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CADERNO PEDAGÓGICO
O APRENDER, AS SUAS DIFICULDADES E ESTRATÉGIAS QUE PODEM SER
APLICADAS PARA ENRIQUECER A PRÁTICA DO PROFESSOR
Caderno Pedagógico Produção DidáticoPedagógica apresentado ao Núcleo Regional de Educação de Londrina e Secretaria de Educação do Estado do Paraná Pr, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina UEL, como requisito obrigatório para o desenvolvimento do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE e respectiva conclusão de Curso.
Orientadora: Drª. Ednéia Consolin Poli
Londrina
2011
SUMÁRIO
1. FICHA CATALOGRÁFICA........................................................................................2
2. PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA..................................................................2
3. FICHA DE IDENTIFICAÇÃO.....................................................................................4
4. APRESENTAÇÃO.....................................................................................................5
5. O QUE É APRENDER...............................................................................................7
5.1 MODELOS DE APRENDIZAGEM ............................................................................................8
5.2 O PAPEL DO ERRO NA APRENDIZAGEM ..................................................................................9
6. COMPREENDER A GRANDE DIFICULDADE E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM NA ADOLESCÊNCIA................................................................12
6.1 A ADOLESCÊNCIA ........................................................................................................12
6.2 O ADOLESCENTE NA ESCOLA ...........................................................................................14
7. AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO APLICADAS PELO PROFESSOR PODEM SER ENRIQUECIDAS......................................................................................................18
8. REFERÊNCIAS.......................................................................................................21
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1.FICHA PARA CATÁLOGO 2.PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: O aprender, as suas dificuldades e estratégias que podem ser aplicadas para enriquecer a prática do professor.
Autor Kelly Cristina Cortez
Escola de Atuação Colégio Estadual Albino Feijó Sanches
Município da escola Londrina
Núcleo Regional de Educação Londrina
Orientador Drª. Ednéia Consolin Polli
Instituição de Ensino Superior UEL
Disciplina/Área Pedagogia
Produção Didáticopedagógica Caderno Pedagógico
Relação Interdisciplinar Português
Público Alvo Professor, aluno e direção
Localização Colégio Estadual Albino Feijó Sanches. Ensino Fundamental, Médio e Educação Profissional.
Rua: Jacarezinho, 80 Parque das Industrias Londrina
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Apresentação: Este trabalho tem como justificativa apresentar um programa de intervenção visando melhora nas relações permeadas pelo vínculo afetivo, para reparar possíveis fraturas no processo de aquisição do conhecimento dando espaço para que haja um aprendizado vinculado a uma discussão da prática pedagógica que se aprofundará a necessidade da competência técnica, sem o que, a ação pedagógica será inconsistente. O objetivo é discutir a importância de uma prática pedagógica, que venha atender o real significado da interação professoraluno dentro do processo ensino e aprendizagem. Posto isto é que convido à leitura reflexiva apontando ao final de cada tema algumas questões que me inquietou e que podem vir a provocar novas indagações e proposições por parte dos que destes textos se apropriarem.
Palavraschave Aprender; Afetividade; Ensinoaprendizagem.
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3. FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICOPEDAGÓGICA
PROFESSOR PDE
1. Nome da Professora PDE: Kelly Cristina Cortez
2. Disciplina/Área: Pedagogia
3. IES: Universidade Estadual de Londrina
4. Orientadora: Drª. Ednéia Consolin Poli
5. Caracterização do objeto de Estudo: Caderno Pedagógico
6.Título da Produção DidáticoPedagógica: O aprender, as suas dificuldades e
estratégias que podem ser aplicadas para enriquecer a prática do professor.
7. Justificativa da Produção: Este Caderno Pedagógico tem como justificativa
apresentar aos professores, pedagogos, direção e alunos um programa de intervenção
visando melhora nas relações permeadas pelo vínculo afetivo e que contribuem para
reparar possíveis fraturas no processo de aquisição do conhecimento de cada um dando
espaço para que haja um aprendizado vinculado a uma discussão política da prática
pedagógica que se aprofundará a necessidade da competência técnica, sem o que, a
ação pedagógica será inconsistente.
8.Objetivo geral da Produção: Discutir através da intervenção a importância de uma
prática pedagógica em todos os segmentos da escola, que venha atender o real
significado da interação professoraluno dentro do processo ensino e aprendizagem.
9.Tipo de Produção DidáticoPedagógico: ( ) Folhas ( ) OAC (X) Outros: Caderno
Pedagógico
10. Públicoalvo: Professores, direção e alunos de 5ª série (6º ano).
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4. APRESENTAÇÃO
Como aluna do Programa de Desenvolvimento
Educacional tenho vivenciado diferente experiências formativas que favorecem a reflexão
e a transformação da minha prática pedagógica. A elaboração do Caderno Pedagógico
revelou um processo de apropriação da literatura especializada e dos estudos científicos
atuais, dos quais me vi afastada por conta das demandas da atuação e do cotidiano de
trabalho da escola em que trabalho, proporcionando prazer ao delas me apropriar.
A composição deste caderno pedagógico reúne
diferentes temas articulados entre si e evidencia a necessidade que tive de apropriação
de estudos e pesquisas que analisam o não aprender e suas nuances, justamente por ser
este um fenômeno coproduzido e de múltiplas dimensões. Durante o período no qual
este processo se desencadeou, vivenciei momentos de discussões em grupo e leitura de
pesquisas em comum em torno do tema “afetividade e aprendizagem” e ao mesmo tempo
fui suscitada a assumir especificidades na produção de textos que se desenharam ao
longo das reflexões. Desse modo, a produção que apresento neste caderno pedagógico
tem aspectos em comum no que se refere à literatura estudada e refletida, mas também
revela a tecitura da percepção que cada um de nós dá ao texto vivenciado nas discussões
grupais.
No primeiro capítulo intitulado “O que é aprender”,
analiso os processos de estigmatização e de preconceito comumente produzidos em
contextos institucionalizados e normatizados para o trabalho com o aprender, através de
definição, os componentes da aprendizagem e as atividades mentais mobilizadas durante
a aprendizagem. A sala de 5ª série foi tomada como lócus de reflexão acerca deste tema
por constituirse um espaço pedagógico onde o aprender é trabalhado. Entendo que ao
professor cabe refletir sobre essa realidade no sentido de pensar formas de romper com a
produção de estereótipos e marcas impossibilitadoras de interações produtoras de
aprendizagem.
O segundo capítulo apresenta como temática
“Compreender a grande dificuldade e os transtornos de aprendizagem na
adolescência”. Nele, quero propor a reflexão sobre os indicadores mais pertinentes para
se definir as disfunções pesadas na aprendizagem durante a adolescência, depois
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distinguir o que se refere à dificuldade, ao transtorno grave e as desvantagens. A relação
professoraluno e o não aprender são considerados na literatura científica e são tratados
neste capítulo como possíveis indicadores para a compreensão deste problema.
O terceiro capítulo que compõe este caderno temático,
intitulado “As estratégias de ensino aplicadas pelo professor pode ser
enriquecidas”, quero enfatizar os importantes processos próprios de cada professor e
que o mesmo estabelece implicações com o aprender na sala de aula e que de algum
modo estas relações estão insatisfatórias ou pouco produtivas. Discorro também sobre a
importância de pensar nos modos de elevar a autoeficácia de alunos que freqüentam a
5ª série à aprendizagem, dar (re) significação ao aprender e apropriação de novos modos
de construir conhecimento.
Posto isto que ofereço um panorama geral do que trato
neste caderno pedagógico, e convido à leitura reflexiva apontando ao final de cada tema
algumas questões que me inquietou e que podem vir a provocar novas indagações e
proposições por parte dos que destes textos se apropriarem.
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5. CAPÍTULO 1O QUE É APRENDER
Segundo Perraudeau (2009), a palavra aprendizagem é
uma das mais difíceis de definir na área da educação na qual a complexidade é uma
constante, podemos notar que aprender é confundido com compreender. Para o autor
deve se considerar as estratégias do aluno e conseqüentemente, ao ensinamento do
professor.
Na metade do século XX, os progressos no conhecimento do desenvolvimento da criança e o nascimento da psicologia cognitiva revolucionaram as concepções de aprendizagem. De maneira progressiva, foram sendo diferenciadas as tarefas estritamente de aprendizagem, destinadas a fazer memorizar, consolidar, dotar de saberes ou dos saberesfazer, e as tarefas de compreensão, destinadas a fazer refletir, levantar problemas, incitar a criar novos procedimentos. (PERRAUDEAU, 2009. p.13)
Para Perraudeau (2009, p. 21), “esta dicotomia ainda é
formal, já que as práticas pedagógicas das nossas escolas estão longe de ter evoluído,
pois a ambigüidade permanece”. A aprendizagem na realidade engloba atividades mais
complexas do que aquelas relacionadas a aprender, reúne tudo o que diz respeito ao
compreender.
O psicólogo Piaget (1974) dedicou igualmente muitas
páginas a essa questão, diferenciando a aprendizagem que perpassa o acertar e objetiva
o saber fazer e a aprendizagem que procede do compreender, para ele, o acerto é uma
espécie de compreensão em ação. A aprendizagem reúne: as atividades relacionadas a
aprender, mesmo que não haja intervenção da compreensão em atividade de
memorização, favorece automatismo, usar e aplicar procedimentos simples. Porém as
atividades relacionadas a compreender, isto é, o que diz respeito não só a reflexão, ao
raciocínio, mas também às trocas verbais, à criação, à inovação, à tomada de decisão e
outros.
Para Piaget apud Macedo (1994. p.70), “os educadores
se limitam a preocuparse com os resultados e não com o modo como o sujeito chegou a
eles, deixando de considerar as construções realizadas pelo aluno numa situação de
erro”. Na perspectiva piagetiana, o erro é considerado como constituinte do processo de
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construção do conhecimento.
Segundo Reisdoefer (2006), o termo dificuldade de
aprendizagem é praticamente ausente na obra de Piaget:
O sujeito estudado por Piaget não tem “dificuldades”, mas problemas a resolver, procedimentos a construir, compreensões a formular. Para ele não importa as dificuldades de aprendizagem no sentido em que para os professores é importante. Acredita que é algo positivo porque quem quer conhecer necessita de dificuldades, sob a forma de problemas formulados sobre o objeto, questões remetidas a um desconhecido, desenvolvimento de raciocínios, busca de informações e correção de erros. É imprescindível então afirmar que não se pretende confundir dificuldade de aprendizagem com incapacidade de aprender. Acreditase que o aluno com dificuldade atendido adequadamente, poderá obter êxito em seu processo de aprendizagem (REISDOEFER, 2006. p. 31).
Para Macedo (1994), as representações sobre o que
significa errar no contexto escolar estão relacionadas às concepções sobre o erro em
nossa sociedade. Estas, por sua vez, são dotadas de valores, crenças, regras e costumes
relacionadas a um padrão estabelecido de normalidade. Por isso, o sujeito enquanto um
ser social caminhará na tentativa de cumprir o que está estabelecido como padrão, quem
não cumpre é excluído, é anormal.
5.1 MODELOS DE APRENDIZAGEM
A escolha do modelo de aprendizagem é determinante,
pois envolve a prática do professor em um sentido que, em um caso, dá primazia ao
saber e à maneira de ensinar (modelos de tipo comportamentalista), ou seja, tradicional,
no outro caso, centra a atividade do professor nas necessidades do aluno e nos
processos que ele realiza (modelo do tipo construtivista). Conforme a prática escolhida, o
aluno, sua aprendizagem e suas estratégias mobilizadas serão vistos de maneira
diferente. Qualquer abordagem escolhida pelo professor, o ponto de vista será diferente.
As práticas de ensino “tradicionais”, aquelas que têm
como objeto principal o acúmulo indiferenciado de conhecimentos e que consistem em
esperar que o aluno esteja pronto para aprender, dão espaço aos dispositivos mais
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atentos ao aluno capazes de colocálo em situação de bom desempenho: “[...] a única
regra é o olhar positivo lançado à criança, mesmo que esteja em extrema dificuldade. Os
professores devem, portanto, cuidar para valorizar os resultados já alcançados mais do
que as faltas”. (ALTET, 1997).
As práticas do construtivismo ou do interacionismo são
defendidas por Piaget (1974), diferencia a aprendizagem que procede do acertar e
objetiva o saber fazer e a aprendizagem que procede do compreender, para ele o acerto
é uma espécie de compreensão em ação. Para Vygotsky (1984), a transmissão social é a
mediação indispensável à aprendizagem. O professor sai de seu pólo de ensino para
melhor desenvolver seu papel de intermediário entre o aluno e o saber, ou seja, não é
mais um distribuidor de conhecimento, mas tem um papel de acompanhador. As duas
condutas de ajuda mútua professoraluno são a mediação e a tutoria.
Para Altet (1997. p. 32) “as pedagogias da
aprendizagem, qual seja, são práticas que permitem ao aluno desenvolver uma reflexão
sobre seus procedimentos. Elas se situam em uma perspectiva metacognitiva”. Tratase
mais de fazer com que o aluno compreenda o que gerou o sucesso ou o fracasso em uma
tarefa do que leválo a realizála bem. Um dos dispositivos usados para instrumentalizar o
aluno com essa reflexão é propor a verbalização de sua atividade. Dois tipos de discurso
podem ser provocados pelo professor, primeiro levando o aluno a uma fala descritiva,
levandoo a estabelecer a cronologia de atividade passada, nesse caso, as questões
começam com “como”; a segunda pode visar a produzir uma fala argumentativa, o
questionamento começa, então, frequentemente com a palavra “por quê”.
5.2 O PAPEL DO ERRO NA APRENDIZAGEM
É uma característica importante a ser mencionada e
marca a diferença entre os dois grandes modelos de aprendizagem escolar: tratase da
concepção do erro. Em uma prática centrada no acúmulo de conhecimentos e no
desempenho observável, o erro é a imagem invertida do sucesso e pode ser sancionada
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pela nota, que é o cursor do grau de desempenho. É considerado de forma negativa,
indicando as lacunas sem dar os meios para remediálas.
O fator determinante para classificar os alunos da 5ª
série/6º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas paranaenses, com dificuldade
de aprendizagem, e encaminhálos a atendimento diferenciado como Sala de Apoio à
Aprendizagem tem sido frequentemente o erro do aluno, em especial nas disciplinas de
Língua Portuguesa e de Matemática. Neste caso, o erro é interpretado como um indicador
do fracasso escolar e estabelece um parâmetro para rotular, segregar e culpabilizar o
aluno pelo não aprender.
Para Moysés e Collares (1997) os testes de inteligência
e avaliações diagnósticas que visam classificar pessoas, abstraindo o sujeito, silenciando
o, para conseguir impor sobre ele seu “olhar medicalizante”. Defendem uma nova
perspectiva avaliativa, na qual ao invés de buscar o defeito, a carência da criança, procura
o que ela já sabe, o que tem, o que pode aprender a partir daí. Como resultado é possível
constatar, segundo as autoras que:
Todos são absolutamente normais; ou, pelo menos, eram inicialmente normais... Expropriadas de sua normalidade, bloqueiamse. E só mostram que sabe ler e escrever quando se conquista sua confiança. Na escola, não. Afinal, não foi lá que lhes disseram que não sabem? Crianças normais que, com o passar do tempo, vão se tornando doentes, pela introjeção de doenças, de incapacidades que lhes atribuem. Até o momento em que, ai sim, já precisam de uma atenção especializada. Não pelo fracasso escolar, mas pelo estigma com que vivem. Muitas já precisam de um tratamento psicológico, para reconquistar sua normalidade, da qual foram privadas pela escola, pelas avaliações médicas, psicológicas, fonoaudiológicas, que se propuseram ver apenas o que já sabia: o que elas não sabiam (MOYSES: COLLARES, 1997. p. 6369).
No momento em que se definem os que não irão
aprender, legitimase a sua exclusão futura do rol de cidadão. Para estas autoras, (ibid.
p.6369) este processo que chamam de “tirocínio diagnóstico” conta com o aval da
instituição escolar, que é uma instância reconhecida como competente, que legítima uma
exclusão estabelecida muito antes, pelo estrato social.
Devemos, portanto considerar que o aluno tem direito ao
erro, que deve ser reconhecido e usado como indicador que traduz o percurso autêntico
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do pensamento em evolução. O encontro do aluno com novos obstáculos, geralmente
provocados pelo professor, serve para lhe fazer não adquirir um novo saber, mas para
“mudar de cultura” e “eliminar os obstáculos já acumulados pelo cotidiano” (Bachelard,
1993). O erro é mesmo considerado como uma ferramenta para ensinar.
ATIVIDADES
Atividade I ESTUDOS PARA RELEXÔES DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Esperamos que este texto seja o primeiro passo para dar suporte e condições para a elaboração de uma construção de um futuro Plano de Trabalho Docente na escola, onde os envolvidos tenham a capacidade de refletir, planejar e propor práticas inovadoras para a reorganização do trabalho escolar.
Leitura Complementar: ALTET, M. As Pedagogias da Aprendizagem. Coleção Horizontes Pedagógicos. Lisboa: Instituto Piaget. 1997.
Atividade II
A) Com base no texto analise a realidade educacional e o papel da escola dentro desse contexto.
B) De acordo com o texto faça uma análise crítica das ações que permeiam a construção do Plano de Trabalho Docente na escola.
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6. CAPÍTULO 2COMPREENDER A GRANDE DIFICULDADE E OS
TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM NA ADOLESCÊNCIA
No capítulo anterior, o não aprender foi tomado como
foco das discussões e em especial as significações dadas às inadequações de alunos
que não se enquadram aos padrões de idealização presentes nas expectativas relativas
aos papéis sociais que se apresentam no cotidiano escolar. Este capítulo aponta os
indicadores mais pertinentes para se definir as disfunções pesadas na aprendizagem.
Considerando que o indivíduo na escola não está nela
apenas cognitivamente, apresentamos uma discussão que localiza as principais
demandas de desenvolvimento destes sujeitos de aprendizagem enfatizando que a idade
em que o aluno de 5ª série se encontra deve interessar a quem analisa o cotidiano
escolar e as interações nele produzidas. Vamos analisar as mudanças significativas
marcadas pelo século XX, principalmente para os adolescentes, enfatizando a
irreverência, os questionamentos e transgressões às regras realizadas pelos jovens. E a
necessidade de uma escola preparada para receber este adolescente.
6.1 A ADOLESCÊNCIA
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) a
adolescência estabelece o período de 10 a 19 anos e no Estatuto da Criança e do
Adolescente Brasileiro esta fase abrange dos 12 aos 18 anos.
Profundas transformações físicas, psíquicas e sociais ocorrem na adolescência. Dáse o nome de puberdade às modificações biológicas dessa fase relacionadas ao crescimento físico e à maturação sexual. Os sinais físicos sexuais desenvolvemse de forma progressiva; há aumento da massa corporal e da velocidade de crescimento, cujo ápice é o estirão pubertário. Este termina com a calcificação da placa de crescimentos, sob a influência dos hormônios e com a aquisição da função reprodutora. (MANNA, 2007, p.13)
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De acordo com pesquisas é no início da adolescência
que o cérebro apresenta algumas mudanças típicas no comportamento dos adolescentes
como: o tédio, a impulsividade e a busca de novos desafios. As áreas do cérebro vão
amadurecendo aos poucos, através do fortalecimento dos neurônios. É só no final da
adolescência que ocorre o amadurecimento do raciocínio referente aos atos, da memória,
a ampliação da linguagem como também do raciocínio abstrato (CAVALCANTI, 2007).
As mudanças físicas no período da adolescência
também denominadas de “revolução corporal” ocorrem tanto nos meninos como nas
meninas, e implicam em diferentes possibilidades de interação com o outro, com a escola
e com o conhecimento (MACEDO, 2003).
O esquema piagetiano é uma abordagem pertinente
para compreender o que é a relação entre o desenvolvimento da criança e a
aprendizagem do aluno. Nessa abordagem, a aprendizagem realizase por interação
entre sujeito aprendiz e objeto de saber. Aprender, no sentido amplo que conjuga
aprender e compreender resulta de uma relação do aluno com seu meio, inclusive quando
este último é de natureza desestabilizante. As operações lógicas (organizar, relacionar,
comparar, permutar e outros) são construídas pelo sujeito desde a mais tenra idade, em
função da frequência e da qualidade das interações com o meio, e são solicitadas
constantemente durante as aprendizagens.
Segundo Cuschnir (1994, p. 17): “as relações que a
criança faz com os objetos e com as situações são concretas. Quando entra para a
adolescência estas relações tornamse abstratas, teóricas, passam a realizar projetos
para o futuro, raciocinam; tem idéias e ideais”. O adolescente perde a situação de direitos
e facilidades que pertence a infância. Neste momento, surgem às obrigações, aumenta as
responsabilidades, como estudar, escolher roupas, programas, namoradas, definir a
profissão etc. Necessita de se afirmar perante os outros, mesmo duvidando de si mesmo.
Analisando esta questão, a adolescência é:
[…] a etapa mais ativa da vida e o período do quais nossas capacidades físicas e cognitivas alcançam o ponto máximo de desenvolvimento. Apesar de ser a “flor da idade”, contudo, é uma fase marcada por alterações comportamentais e sentimentais provocadas, primariamente, pela ausência de controle emocional em razão da falta de sincronismo entre um corpo quase adulto e uma mente ainda infantil. A característica predominante é a tomada de decisões impensadas e altamente influenciada pela pressão emocional dos pares; decisões muitas vezes incompreensíveis para a maioria dos adultos. O desenvolvimento de habilidades
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sofisticadas de comunicação interpessoal, julgamento e abstração, bem como de autocontrole e inibição emocional são alguns dos desafios pelos qual o adolescente deve transitar. (BEVILAQUA; CAMMAROTA; IZQUIERDO; 2007, p.14).
Conforme Tardeli (2007, p. 27) “é na adolescência que o
indivíduo internaliza os valores morais e passa estabelecer ligações mais amplas com a
sociedade e a cultura em que vive”.
Nessa perspectiva, o aluno que apresenta grande
dificuldade, ou que manifesta um transtorno, pode ser também aquele que não construiu
ou que construiu mal as operações, as estruturas lógicas ou as abstrações que
constituem seu pensamento. O aluno cuja disfunção não é identificada que não recebe
um acompanhamento, corre o risco de fixar, de cristalizar a dificuldade e tornase mais
difícil de ser superada.
Os sinais de alerta são bastante claros, por exemplo,
relativamente ao insucesso escolar, ou à indisciplina. Mas a motivação e a ação do
professor/educador de alunos adolescentes, ou da escola com alunos adolescentes, não
pode ser como a de um bombeiro que vai apagar um fogo. O aluno adolescente, na sua
imensa riqueza humana, ainda desconhecida mesma para ele próprio a sua forma de ser
única, a sua personalidade que quer desabrochar, exigem um olhar que abarque a pessoa
no seu todo: um desafio a enfrentar pelos educadores dedicados aos jovens no nosso
tempo.
6.2 O ADOLESCENTE NA ESCOLA
A escola, tal como a conhecemos, nasceu como
instituição focalizada no desenvolvimento racional e cognitivo das crianças, e
progressivamente, com o prolongar da escolaridade obrigatória, também dos jovens. Em
consequência deste processo, observase uma expectativa com que a sociedade olha
para a escola, vendo nela a instituição que poderá ser capaz de vencer o desafio de
ensinar, mas de verdadeiramente educar as crianças e os jovens que a freqüentam,
complementando ou mesmo suprindo nessa tarefa a própria família.
Ao longo dos últimos anos temse assistido a uma
grande evolução do conceito e da prática de educação ao nível do ensino, a pessoaaluno
é vista como um todo, procurandose o seu desenvolvimento integral e privilegiando
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métodos de ensino e de abordagem da criança aptos a estimular os passos de
crescimento intelectual, humano e social próprios de cada etapa da infância. Infelizmente,
não podemos ainda dizer o mesmo no que diz respeito à fase da adolescência. Na grande
maioria dos casos, a escola, continua a limitarse a um ensino tipo acadêmico, remetendo
o olhar educativo sobre o aluno adolescente, como pessoa que vive uma fase crucial do
seu desenvolvimento para a boa vontade de alguns professores mais predispostos para o
diálogo pessoal.
A adolescência é, com certeza, uma das etapas da vida
dos alunos em que a necessidade de educação, entendida como serviço ao
desenvolvimento global da pessoa. A escola é hoje um lugar privilegiado de vivência da
adolescência. É o espaço físico, social, humano e, porque não dizer, também ideológico –
visto ser a escola o lugar das idéias por excelência, o lugar da sua transmissão, do seu
debate, da sua assimilação ou rejeição, em que a adolescência acontece, durante muitas
horas de quase todos os dias, em inúmeros casos até aos 17 ou 18 anos de idade.
Nesse sentido, o ambiente escolar terá que ter
necessariamente em conta desafios tais como: olhar para o adolescente na sua
necessidade de desenvolvimento e da consolidação da identidade e da capacidade de
interrelação, catalizar o seu processo de descoberta de si próprio como pessoa única,
valiosa, digna, possibilitar o contato, pessoal e estável, com figuras significativas, bem
como o confronto com valores, atitudes e ideais que poderão dar sentido e objetivos a sua
vida. Esse ambiente educativo deverá proporcionar ao adolescente a possibilidade do
encontro consigo mesmo, num contexto simultaneamente protegido e aberto, que lhe de
todo o tempo necessário para se ir consolidando como pessoa, sem ter que se esconder,
ou converter em agressividade descontrolada, as suas fragilidades, dúvidas e
descobertas.
Como afirma Van Gennep (apud FAR, 2007), em “Os
ritos de passagem”, “viver é continuamente desagregarse e reconstituirse, mudar de
estado e de forma, morrer e renascer. É agir e depois parar, esperar e repousar, para
começar em seguida a agir, porém de forma diferente.
O adolescente precisa de uma turma para reforçar sua identidade, precisa estar no ponto extremo para ser completamente diferente e não se sentir misturado com o status quo. […] é representado pelo pai e a mãe, a família. Ele precisa ser completamente diferente para dizer: “Eu sou eu, não sou
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igual, e eu sim é que vou saber fazer as coisas direito”. Utilizo o grupo para pertencer, sentirse pertinente, e assim ter poder. Esse poder chega a situações perigosas, verdadeiras guerras entre grupos, tomadas de territórios, com confrontos mortais (grifo do autor). (CUSCHNIR, 1994, p.83).
Em todas as etapas é importante que a relação
escola/aluno seja de respeito junto aos grupos ou turmas, procurando sempre dialogar
com os lideres sem atitudes autoritárias, mas através da colaboração, aceitando
sugestões para a tomada de atitudes. É nesse estágio que o adolescente passa a
desenvolver a abstração, ou seja, a capacidade de compreensão atinge o ponto máximo
no colegial. Os interesses são variados e encontram dificuldades de concentração em
atividades que exigem demasiada atenção.
Para Bombonatto (2007, p. 21) “muitos adolescentes
passam por conflitos no processo ensino e aprendizagem com a entrada no mundo adulto
e o desejo de se afastar do seio familiar”. O jovem tem necessidade de ser aceito pelo
grupo, assumindo um estilo para agradar não somente a si e sim principalmente os
outros. Começa a questionar as normas sociais e inicia a descoberta de valores como:
liberdade, privacidade, democracia, respeito e outros.
A escola tem um papel muito importante para o jovem,
além de desenvolver a área cognitiva, é primordial para a construção da identidade
individual e grupal. Não transmite somente conhecimentos acadêmicos, mas sim valores
éticos, morais que permeiam a sociedade, que influenciará em suas expectativas e
decisões (BOMBONATTO, 2007).
É importante que no projeto político pedagógico da
escola esteja inseridos atividades que promovam o respeito pelo próximo, ética, enfim
ações importantes que poderão contribuir para a vida do jovem, na sociedade. A figura do
professor é primordial no processo de ensino e aprendizagem no sentido de superar a
imagem do professor que detém o saber, onde este tem somente a responsabilidade de
transmitir o conhecimento de maneira passiva, ou fazendo o uso do poder com posturas
autoritárias.
O desenvolvimento do ser humano passa pela dimensão social e envolve cognição, afeto e moral. Sua teoria vem fortalecer o foco central desta temática que é a relação professor aluno, caracterizada, positiva ou negativamente, pelas intenções afetivas que por ela perpassam. No estágio das operações formais, o desenvolvimento afetivo emergem das mesmas fontes do desenvolvimento cognitivo e das estruturas intelectuais. Na adolescência, o desenvolvimento afetivo
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é marcado pelo desenvolvimento dos sentimentos idealistas e a continuação da formação da personalidade (Piaget, 1995, p. 59 apud KULOK, 2002).
Reafirmando algumas colocações em relação a
afetividade, é importante compreender que na relação professor/aluno a “afetividade” é
como uma “energia” que leva a ação, pois possibilita um clima mais propício ao
enfrentamento dos desafios da aprendizagem, aumenta o rendimento e melhora a
interação de todos.
ATIVIDADES
Atividade I ESTUDO PARA RELEXÔES DA RELAÇÃO COM O ADOLESCENTE
Este texto dará suporte e condições para reflexão sobre os indicadores mais pertinentes para se definir as disfunções pesadas na aprendizagem durante a adolescência na escola de hoje, portanto os envolvidos tem a capacidade de refletir, planejar e propor práticas inovadoras para a reorganização do trabalho escolar.
Leitura Complementar: BOMBONATTO, Q. O sentido da escola. Revista Mente e Cérebro, São Paulo, v. 3, Série Especial: o olhar adolescente: os incríveis anos de transição para a idade adulta, p. 2129, 2007.
Atividade II
A) Com base no texto analise as disfunções pesadas na aprendizagem durante a adolescência.
B) A partir da síntese das idéias principais do texto, escreva um relatório sobre a relação professoraluno e o não aprender, onde são consideradas na literatura científica e tratadas neste capítulo como possíveis indicadores para a compreensão deste problema.
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7. CAPÍTULO 3AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO APLICADAS PELO PROFESSOR
PODEM SER ENRIQUECIDAS
Ajudar um aluno quando se depara com um obstáculo é
um ato de remediação, mas não seria mais útil prevenir, antecipar o obstáculo para agir
na raiz? É sobre a prática pedagógica do professor, de suas estratégias no dia a dia da
sala de aula , que o capítulo centra sua reflexão.
As estratégias dos alunos correspondem as estratégias
dos professores,elas se referem a transmissão e às posturas do professor em suas
interações educativas com o aluno. Sobre essa questão, Fayol e Monteil (1994) observam
que: “o bom emprego de uma estratégia exige uma mobilização espontânea, por parte do
sujeito, de seus procedimentos, bem como uma consciência do procedimento escolhido,
da eficácia da escolha e da validade da realização”.
Medeiros et al. (2000), confirma em seus estudos, que
as experiências do cotidiano escolar vão sendo internalizadas nos alunos, (positiva ou
negativamente) e passam a agir nestes, como sinalizador de sua capacidade, de seu
potencial produtivo, podendo influenciar em seu desempenho escolar como um todo.
Segundo Perraudeau (2009), dentro do ensino e
aprendizagem, o primeiro aspecto a se considerar é a prevenção, onde voltase para o
papel e os meios dos quais dispõe o professor para ajudar o aluno a mobilizar
procedimentos, a realizar uma escolha e a modificar o que não convém. Segundo aspecto
é relativo aos meios utilizados pelo professor para levar o aluno à aprendizagem. E o
terceiro aspecto é o que permite ao professor a compreender os procedimentos do aluno
e fazer com que este elucide melhor suas estratégias e as modifique quando for
necessário.
Considerando o homem, não um ser passivo, totalmente
dominado pelas ações do meio, mas um ser influente em todos os processos. Um
participante ativo dos rumos de sua vida, que de acordo com seu interesse, pode interferir
no curso dos acontecimentos da mesma.
[…] O homem aprende e adquire experiências observando as conseqüências dentro de seu ambiente, assim como as vivências das pessoas a sua volta,
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considerando que, pensamentos, convivência, crenças e expectativas fazem parte de um processo. (BANDURA apud SOUSA, 2007 p. 163)
Como o aluno passa grande parte do seu tempo no ambiente escolar, é
natural, que seu comportamento seja afetado pelas relações que lá se estabelecem.
Acontece que não podemos esquecer que suas estratégias utilizadas também estão
relacionadas, em parte, ao contexto social, familiar e cultural do aluno. Nesse caso, o
papel da escola é importante, pois compensa na medida do possível a oferecer: um
ambiente seguro, um clima pacífico, referências quanto ao agir, conteúdos estruturados e
outros.
O comportamento humano, gerado a partir das interações do indivíduo com o meio, pode variar de indivíduo para indivíduo. O ambiente se apresenta de modo igual para todos e é denominado, dentro da Teoria Social Cognitiva, de ambiente potencial. Dentro deste ambiente potencial, o indivíduo faz um recorte do que lhe parece importante, criando o seu ambiente real. É neste ambiente real que ele passa a atuar e exercer sua capacidade de agente humano, influenciandoo e sendo influenciado por ele. ( BANDURA apud TORISU; FERREIRA, 2009, p.170).
Todos os envolvidos no processo educativo podem
possibilitar aos alunos o desenvolvimento de uma autoestima mai elevada ao utilizarse de
feedback e incentivos positivos, permitindolhes, que estes se familiarizem com suas
próprias estruturas mentais sem perder a confiança, otimismo e controle, ao incentiválos
ao esforço e persistência, ajudando a entender o que sabem e o que não sabem, ao
acompanhar e avaliar não só os conhecimentos e habilidades, mas também traçar metas
para uma aprendizagem mais efetiva, possibilitandolhes condições para que melhorem
(AZZI; POLYDORO; BZUNECK, 2006, p. 149).
As tarefas ou atividades devem conter partes
relativamente fáceis e partes mais difíceis para todos, que se trabalhe com atividades
complementares, interessantes e de enriquecimento aos que concluírem primeiro,
permitindo que cada um siga o seu próprio ritmo. Alternar trabalhos individuais com
trabalhos em pequenos grupos, desde que estes não se cristalizem e todos recebam a
devida assistência. (STIPEK 1993 apud BZUNECK, 2004).
No ambiente escolar, devese evitar toda a forma de
comparação social, ou seja, evitar dar a mesma tarefa a todos e cobrar deles o mesmo
ritmo, não agrupálos em função de suas capacidades e evitando o clima competitivo em
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sala (BANDURA 1986 apud BZUNECK, 2004).
As estratégias de ensino são constituídas pelo conjunto
das condutas didáticas, pedagógicas e relacionais que o professor utiliza para dar sua
aula. Elas não se resumem a uma exposição indiferenciadas de saberes mais ou menos
afastados da realidade do aluno; elas se apoiam em uma postura de interação que visa a
compreender o aluno em suas escolhas de procedimentos a fim de acompanhálo da
maneira mais eficaz possível em suas aprendizagens. Estes princípios indicam que todos
os envolvidos no processo educativo podem oferecer ao estudante condições mais
favoráveis para que tenha prazer ao estudar.
ATIVIDADES
Atividade I ESTUDOS PARA RELEXÔES DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Este texto dará suporte e condições para uma reflexão sobre as estratégias de ensino aplicadas pelo professor, enfatizando os importantes processos de cada um e que o mesmo estabelece implicações com o aprender em sala de aula. Portanto os envolvidos serão capazes de refletir, planejar e propor práticas inovadoras para a reorganização do trabalho escolar.
Leitura Complementar: BZUNECK, J. A. As crenças de autoeficácia e o seu papel na motivação dos alunos. In: BZUNECK, J. A.; BORUCHOVITCH, E. (Org.). A motivação do aluno: contribuições da psicologia contemporânea. 3. ed. PetrópolisRJ: Vozes, 2004.
Atividade II
A) Com base no texto analise a importância de elevar a autoestima dos alunos que frequentam as escolas públicas onde estamos inseridos.
B) A partir da síntese das idéias principais do texto, escreva um relatório sobre o desempenho dos alunos de 5ª séries das escolas onde desenvolvemos a nossa prática pedagógica. E organize algumas estratégias de aprendizagem para um Plano de Trabalho Docente que respeite as individualidades dos alunos.
C) Quais as contribuições deste debate para construção do Projeto Político Pedagógico, visando uma prática social coletiva?
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