caderno de subsÍdios para acompanhamento … · ... principalmente pelo fato dos pais não imporem...

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COLÉGIO ESTADUAL RUBENS LUCAS FILGUEIRAS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: CORNÉLIO PROCÓPIO CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO MUNICÍPIO: URAÍ/PR – DISTRITO DE CRUZEIRO DO NORTE 2012

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COLÉGIO ESTADUAL RUBENS LUCAS FILGUEIRAS – ENSINO FUNDAMENTAL E 

MÉDIO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: CORNÉLIO PROCÓPIO

CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA 

ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO

MUNICÍPIO: URAÍ/PR – DISTRITO DE CRUZEIRO DO NORTE

2012

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COLÉGIO ESTADUAL RUBENS LUCAS FILGUEIRAS

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Autorização de Funcionamento: 3248/82 – Reconhecimento 3381/83

Av. Paraná, 319 - Fone: 3584-1134CEP: 86.285-000 – Cruzeiro do Norte – Uraí – Pr.

e-mail: [email protected]

CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA ACOMPANHAMENTO

PEDAGÓGICO

VIOLÊNCIA E DROGADIÇÃO

A violência e a drogadição é um problema que atinge a sociedade e todos

os contextos institucionais, entre eles, a escola.

Segundo Charlot (1997) o conceito de violência escolar pode ser

classificado em níveis. No primeiro deles, estaria a violência propriamente dita,

cuja definição mais se aproxima daquela do senso comum, representada por

golpes, ferimentos, violência sexual, roubos, crimes, vandalismo, etc. O segundo

nível seria o das incivilidades, cuja forma de expressão seriam as humilhações, as

palavras grosseiras, a falta de respeito, etc. No terceiro nível, teríamos a violência

simbólica ou institucional, compreendida como a falta de sentido de permanecer

na escola por tantos anos; o ensino como um desprazer; as imposições de uma

sociedade que não sabe acolher os seus jovens no mercado de trabalho; a

violência das relações de poder entre professores e alunos, a negação da

identidade e da satisfação profissional dos professores, a obrigação de suportar a

indiferença dos alunos.

Assim, nesta escola ocorre vários tipos de violência, que são: agressão

física e verbal, humilhações, palavras grosseiras, falta de respeito, indiferença dos

alunos e dos pais, etc.

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Os principais problemas que desencadeiam estes tipos de violência é a

indisciplina; família desestruturada; pais que não se importam com a vida escolar

do filho, não dão importância e não transmitem valores, tais como: respeito,

responsabilidade, amor, organização, cooperação, união, etc; pais que não

conseguem dominar o filho, não o direciona para o bom caminho;

desenvolvimento inadequado do trabalho pedagógico.

Para se identificar estes tipos de violência incluindo a sexual, psicológica e

moral, a Equipe Pedagógica e Direção procura sempre estar conversando com

alunos, professores, funcionários e pais para que desse modo, possa-se tomar as

devidas providências com o objetivo de se resolver ou minimizar os problemas

suscitados.

Outro problema que permeia nas escolas hoje em dia e que afeta de forma

negativa o processo ensino e aprendizagem é a indisciplina.

Para Silva (2003) ao definir indisciplina escolar afirma que todas as vezes

que um aluno desrespeita as regras da instituição é considerado indisciplinado.

Ainda para este autor, a violência é considerada também uma forma de

indisciplina, a mais preocupante na atualidade.

Dessa forma, a indisciplina é a falta de respeito às regras da escola,

negação às normas, mal comportamento que compromete a convivência social,

desobediência, desordem, desinteresse.

Nesta escola há problemas de indisciplina, principalmente pelo fato dos

pais não imporem limites nos filhos. Então, os mesmos acham que podem

afrontar, desrespeitar, ofender e desobedecer os profissionais da educação e não

obedecer regras, isso porque os pais não as impõe.

Quando os pais são chamados à escola para conversar sobre problemas

indisciplinares, os mesmos, muitas vezes, apoiam os filhos e vão contra o

Professor, e isso compromete todo o trabalho desenvolvido pelos profissionais da

escola.

Outra questão que conduz a indisciplina na escola é o fato do Professor, às

vezes, não ter domínio do conteúdo, não preparar as aulas e não saber lidar com

certas situações ocorridas na sala de aula.

Desse modo, muitas vezes, diante de tantos problemas indisciplinares e

outros ocorridos em sala de aula, o professor encontra muitas dificuldades em

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trabalhar os conteúdos, além disso, o mesmo se sente responsável pela formação

do caráter dos alunos e acaba deixando de cumprir o objetivo maior da escola

que é a transmissão de saberes científicos, ocorrendo, desta forma, a frustração

do professor que fica com a árdua tarefa de disciplinar e mediar os

conhecimentos.

A indisciplina e a violência são consideradas como os grandes males que

abalam os pilares da escola. E cabe à mesma ser espaço de reflexão e fazer

crítico na busca de possíveis alternativas que minimizem os problemas

suscitados.

Para que esta escola tenha respaldo legal e que haja ordem, disciplina e

um bom aproveitamento educacional, é descrito no seu Regimento Escolar todos

os direitos; deveres; proibições e Ações Educativas, Pedagógicas e Disciplinares

dos alunos. Este documento fica exposto e à disposição de toda a comunidade

escolar, além do mesmo ser estudado nas Reuniões Pedagógicas, na Semana

Pedagógica, Conselho de Classe e em reuniões com os pais, Conselho Escolar e

APMF.

De acordo com o Art. 164 do Regimento Escolar deste Colégio, o aluno

que deixar de cumprir ou transgredir de alguma forma as disposições contidas

neste documento ficará sujeito às seguintes ações: orientação disciplinar com

ações pedagógicas dos Professores, Equipe Pedagógica e Direção; registro dos

fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura; comunicado por escrito, com

ciência e assinatura dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente;

encaminhamento a projetos de ações educativas; convocação dos pais ou

responsáveis, quando criança ou adolescente, com registro e assinatura, e/ou

termo de compromisso. Esgotadas as possibilidades no âmbito do

estabelecimento de ensino, inclusive do Conselho Escolar, será encaminhado ao

Conselho Tutelar, quando criança ou adolescente, para a tomada das

providências cabíveis.

Além da indisciplina ocorre neste estabelecimento de ensino o ato

infracional.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no seu Art. 103,

considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção

penal.

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Assim, ato infracional é um ato típico e antijurídico, ilícito, contrário ao

Direito, de menos importância que o crime, e que só acarreta a seu autor a pena

de multa ou prisão simples. Pode ser considerado ato infracional se o aluno portar

arma, traficar, roubar, matar, destruir patrimônio público, ofender verbalmente o

Professor, ameaçar, difamar, cometer injúrias, discriminar, etc.

Ao aluno cometer o ato infracional na escola deve-se ser lavrado Boletim

de Ocorrência que providenciará os encaminhamentos ao Ministério Público e

Juízo da Infância e da Juventude.

De acordo com o Art. 112 do ECA, verificada a prática do ato infracional, a

autoridade competente poderá aplicar as seguintes medidas: advertência,

obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade

assistida, semiliberdade e internação.

Como já foi citado, discriminar as pessoas é considerado um ato infracional

e na escola este problema acontece tanto com relação à etnia como em relação a

diversidade de gênero e sexual.

A temática da discriminação e preconceito relacionados às relações de

gênero e sexualidade devem ser trabalhadas constantemente na escola, pois a

prática discriminatória é um problema que faz parte da nossa realidade e está

presente no nosso dia a dia. Porém, muitas vezes os profissionais da educação

não buscam conhecimentos e não discutem sobre esta temática, fazendo com

que os mesmos tenham dificuldades em lidar com certas situações ocorridas na

escola e assim acabam por discriminar e excluir o aluno do âmbito escolar.

Segundo Bento (2008, p 128):

[…] a escola, que se apresenta como uma instituição incapaz de lidar com a diferença e pluralidade funciona como uma das principais instituições guardiãs das normas de gênero e produtora da heterosexualidade. Para os casos em que as crianças são levadas a deixar a escola por não suportarem o ambiente hostil, é limitador falarmos em “evasão”. No entanto, não existem indicadores para medir a homofobia de uma sociedade e, quando se fala na escola, tudo aparece sob o manto invisibilizante da evasão. Na verdade há um desejo em eliminar e excluir aqueles que contaminam o espaço escolar. Há um processo de expulsão e não de evasão.

Assim, para que a escola não contribua para a expulsão, a reflexão sobre a

diversidade de gênero deve estar presente no espaço escolar de forma crítica,

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pois o não enfrentamento da discussão e da busca de conhecimentos sobre a

temática faz com que o aluno se depare com uma escola hostil, preconceituosa,

excludente e desigual.

Muitas vezes a discriminação e o preconceito são fatores determinantes no

fracasso escolar e na evasão de sujeitos negros e negras, lésbicas, gays,

travestis e transexuais (BELLO; LUZZI, 2009).

De acordo com o ECA a criança e o adolescente tem o direito a liberdade,

o respeito e a dignidade sem qualquer tipo de tratamento desumano, violento,

vexatório ou constrangedor.

Assim, a escola deve fazer com que este direito seja cumprido e isso só

acontece se a mesma desenvolver um trabalho inclusivo, dialético, crítico e

participativo que conduza a promoção da igualdade e a transformação da

sociedade, onde todos os homens têm o direito de conquistar o seu espaço e sua

posição histórica na sociedade e elaborar ideias de justiça social.

A exclusão, em relação a diversidade de gênero e sexual ou por qualquer

tipo de situação, muitas vezes, é aceita facilmente na escola e Assim o excluído

acaba achando normal tal situação, até que as pessoas conscientes de seus

direitos rogam para que os mesmos sejam cumpridos e lutam por justiça.

Guacira Louro coloca que:

Concebida inicialmente para acolher alguns – mas não todos – ela [a escola] foi, lentamente, sendo requisitada por aqueles/as aos/as quais havia sido negada. Os novos grupos foram trazendo transformações à instituição. Ela precisou ser diversa: organização, currículo. prédios, docentes, regulamentos, avaliações, iriam, explícita ou implicitamente, “garantir” - e também “produzir” - as diferenças entre os sujeitos. (LOURO, 1997, p. 57)

Desse modo, muitas vezes, a própria escola produz a diferença, o

preconceito e a discriminação quando exclui ou expulsa alunos com identidades

sexuais e de gênero fora dos padrões estabelecidos pela escola e pela sociedade

e também quando marginaliza por questões raciais ou de classes desvalorizadas

socialmente.

Diante de tudo isso, ve-se que apesar de tantas mudanças e ações

promovidas pela escola com o intuito de “acolher a todos”, e de “incluir”, ainda há

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muito que se avançar no que diz respeito ás questões relacionadas às diferenças.

Assim, os profissionais da educação devem se capacitar, constantemente, para

buscar conhecimentos que os auxiliem no desenvolvimento de uma prática

pedagógica mais inclusiva e transformadora que conduza todos os envolvidos no

processo educativo a reconhecer e respeitar a presença da diversidade sexual na

escola sem qualquer tipo de preconceito.

Para auxiliar no enfrentamento de questões relacionadas ao preconceito,

bullyng, abandono, assiduidade, indisciplina, violência e ato infracional, este

Colégio conta com o auxílio do Conselho Tutelar, que é um órgão público

municipal, de caráter deliberativo, executivo e fiscalizador. É permanente,

autônomo, não jurisdicional, sendo encarregado pela sociedade de zelar pelo

cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.

A escola mantém contato com o Conselho Tutelar através de comunicados

escritos, conversas por telefone e pessoalmente, com o objetivo do mesmo estar

ajudando os profissionais da educação a sanarem ou minimizarem os problemas

encontrados. Além disso, a escola também pede orientações a este órgão de

como proceder em relação a certas situações apresentadas no dia a dia.

Contudo, se caso o Conselho Tutelar não preceder a resposta a solicitação

da escola, é enviado um ofício comunicando que o problema não foi resolvido e é

feita novamente a solicitação da tomada de providências.

Um dos problemas que está invadindo e aterrorizando toda a sociedade e a

escola é a drogadição.

O uso indevido de drogas é um assunto muito sério, complexo e

desafiador, por isso a necessidade de se trabalhar esta questão na escola, já que

é um problema que permeia toda a sociedade.

Para Paulo Kanapp (1998), embora o homem adulto faça uso de drogas

desde seus primórdios, o abuso de drogas por adolescentes foi reconhecido como

um problema sério somente no século XX, ao final dos anos 50, com os primeiros

relatos do uso de solventes. Nos anos 60, com os movimentos jovens ganhando

força, as substâncias químicas, principalmente a maconha e os alucinógenos,

começaram a fazer parte de seu mundo e, desde então, as drogas povoam parte

do cenário internacional.

Assim, há muito tempo, a droga é um problema delicado e muito grave que

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preocupa estudiosos e pesquisadores que vem realizando estudos intensos sobre

o assunto a fim de tentar resolver ou minimizar o uso abusivo de substâncias que

causam dependência, principalmente entre os adolescentes. Esta fase realmente

é complicada e crucial, pois ela é marcada pelas transformações,

experimentações, desafios e mudanças nos aspectos físicos, psíquicos e social. É

um momento em que a pessoa enfrenta limitações e frustrações e assim, muitas

vezes a droga funciona como uma fuga de tudo isso.

O uso de drogas na adolescência preocupa a família, educadores e

profissionais da saúde. Muitas vezes, esta questão está relacionada a facilidade

da obtenção das drogas, ao abandono da família, desestrutura e conflito familiar,

violência doméstica, pressão dos colegas, falta de socialização, a baixa

autoestima, falta de perspectiva de vida, falta de religião, etc. Desse modo, o

adolescente fica mais suscetível e vulnerável ao uso de drogas, pois a busca de

identidade, a exposição ao novo, a timidez, a baixa autoestima leva-o à condução

de soluções externas inadequadas para seus problemas (uso das drogas).

A família tem um papel importante na vida do adolescente para que o

mesmo não procure as drogas, pois uma família onde estão presentes o amor, o

compromisso, a atenção, o respeito, o diálogo e também os limites que devem ser

colocados com autoridade e afeto e não com autoritarismo, o risco de inserção às

drogas é menor. É necessário que o maior ensinamento seja o uso da liberdade

vinculado à responsabilidade.

A escola como sendo um espaço pedagógico e educativo também tem a

responsabilidade em trabalhar a questão das drogas com os alunos e pais, pois

acreditamos que com a prevenção e o conhecimento podemos tentar evitar o uso

indevido das drogas. Assim, enquanto educadores, temos o compromisso de

buscar subsídios teóricos e práticos em relação ao assunto para auxiliar os alunos

na prevenção e redução dos danos à saúde e à vida, bem como situações de

violência e criminalidade associadas ao uso das drogas.

Falar sobre drogas não é tão fácil assim, pois dependendo de com o tema

é abordado pode até estimular a curiosidade do aluno. O assunto deve ser tratado

de forma que o aluno conscientize, perceba e saiba que o uso das drogas

prejudica a saúde, causa danos ao corpo, à mente, a sua vida social, profissional,

familiar, amorosa, enfim, prejudica e transforma a vida do usuário e de toda a

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família.

Ao tratar sobre as drogas, que é um problema que está presente em todas

as classes sociais, o aluno deve se conscientizar sobre os malefícios causados

pelo abuso destas substâncias à vida e deve saber que buscar a melhora da sua

qualidade de vida, agindo com responsabilidade, é o melhor caminho para se ter

uma vida saudável e tranquila. Além disso, o mesmo deve estar ciente de que o

não uso das drogas conduz a pessoa a resolver melhor os seus problemas, a

vencer as pressões negativas e a viver de forma mais equilibrada, centrada e

digna.

Neste colégio desenvolvemos o projeto: “Prevenção ao uso indevido de

drogas”, durante todo o ano letivo, com o objetivo de conduzir os educadores ir à

busca de conhecimentos sobre o assunto para terem mais segurança para

trabalhar este assunto , informar e esclarecer ao aluno questões referentes ao

tema. Além disso, o maior objetivo é a prevenção, sendo uma preocupação

pedagógica constante no cotidiano escolar que conduz ao desenvolvimento de

práticas pedagógicas diversificadas visando a solução ou minimização dos

problemas suscitados no âmbito escolar.

Assim, são desenvolvidas atividades, tais como: leitura de textos variados,

pesquisas sobre o assunto, confecção de cartazes ilustrativos e informativos,

elaboração de frases e textos, palestras aos alunos e pais, apresentação de

teatro, exposição dos trabalhos realizados a toda a comunidade escolar,

aconselhamentos e conversas individuais e em grupo, apresentação de filmes,

debates, observações, etc.

Dessa forma, a escola procura redirecionar, ressignificar e melhorar as

suas ações, envolvendo a família e toda a comunidade escolar a fim de promover

mudanças de paradigmas que conduza a preparação do aluno para o exercício de

uma cidadania ativa e sadia.

Enfim, violência, indisciplina, preconceito e drogadição são temas muito

sérios, delicados e complexos que merecem muitos estudos e pesquisas para se

obter um cabedal de conhecimentos suficientes capaz de oferecer ao educador

segurança e argumentos necessários para o desenvolvimento de um trabalho

criativo, crítico, inovador e consciente que possa conduzir o aluno a ser capaz de

interferir e transformar a sua vida e proporcionar mudanças significativas e

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positivas na escola, na família e na sociedade.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um tema desafiador, polêmico, pois ela poderá ser

trabalhada e utilizada de várias formas, isso dependendo da concepção

pedagógica internalizada por cada educador, pela concepção de educação,

homem e sociedade que o mesmo possui. Assim, fica evidente, através da prática

do educador a/as concepções teóricas que estão interiorizadas.

Como discorre Libâneo (1990, p. 19):

Fica claro que o modo como os professores realizam o seu

trabalho, selecionam e organizam o conteúdo das matérias, ou escolhem

técnicas de ensino e avaliação tem a ver com pressupostos teóricos-

metodológicos, explícita, ou implicitamente.

Segundo o mesmo autor (1990), esses pressupostos teóricos são

incorporados através da educação que os educadores receberam na escola ou

através da troca de experiências entre os profissionais da educação. Há

educadores que simplesmente aderem à tendência da moda, não se preocupando

se essa tendência realmente está voltada para um ensino de qualidade. Em

contrapartida, há educadores muito preocupados em realizar um trabalho

alicerçado em uma concepção teórica que dê um direcionamento concreto e

eficaz à sua prática pedagógica.

Desse modo, ao pensar a sua prática, o educador tem que ter claro de que

forma irá conduzir o processo ensino-aprendizagem e avaliativo, e para isto é

necessário buscar uma concepção pedagógica que conduza o processo

educativo de maneira significativa.

Nesta escola, de acordo com o Projeto Político Pedagógico (2011), a

concepção teórica que embasa o processo ensino e aprendizagem é a pedagogia

histórico-crítica. Esta pedagogia visa dinamizar o processo ensino e

aprendizagem e se põe a serviço da transformação estrutural da sociedade, tendo

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em vista o atendimento aos interesses das camadas populares, objetivo este não

almejado nas concepções liberais.

Nesta pedagogia, o professor direciona o processo ensino e aprendizagem,

porque tem mais experiência e é formado para isso. Ele age como mediador do

conhecimento que o aluno já traz e que deve superar para um saber mais

elaborado. Existe uma troca onde o aluno confronta seus conhecimentos com os

conteúdos que o professor está transmitindo e rompe com o senso para uma

consciência crítica.

Gasparin (2009) explica como desenvolver um trabalho pedagógico dentro

dos cinco momentos previstos no método proposto pela pedagogia histórico-

crítica, que são: prática social inicial, problematização, instrumentalização,

catarse (síntese) e prática social final. A avaliação acontece no momento da

síntese, que no qual o educando traduz o seu crescimento, “que expressa como

se apropriou do conteúdo, como resolveu as questões propostas, como constituiu

seu processo de concepção da realidade social, enfim passou da síncrese à

síntese”. (GASPARIN, 2009, p. 131).

Assim, na pedagogia histórico-crítica realiza-se a avaliação dos conteúdos,

não simplesmente para se efetivar uma prova, mas para analisar se o educando

apropriou-se do conhecimento e se sabe aplicá-lo na sua prática para a

transformação da realidade.

Dessa forma, para Luckesi (2005) a avaliação não é colocada somente

para verificar se o aluno sabe o conteúdo ou não, mas como fator de

desenvolvimento, como permanente superação da contradição, através de um

processo que não exclui e nem aliena o aluno. Torna-se uma ação assumida pelo

professor e pelo aluno.

A avaliação nesta concepção é de conhecimento de todos os profissionais

da educação desta escola, já que o Projeto Político Pedagógico foi elaborado com

o envolvimento de todos. Em relação aos iniciantes, os mesmos tomam

conhecimento sobre a concepção de avaliação da escola através da leitura,

estudo e análise do Projeto Político Pedagógico e orientações da equipe

pedagógica. No entando, muitos professores ainda encontram dificuldades em

desenvolver a prática avaliativa dentro da pedagogia histórico-crítica, fazendo,

muitas vezes, com que o processo pedagógico esteja a serviço de uma

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pedagogia dominante que prioriza a conservação, tornando o processo avaliativo

classificatório, quantitativo, voltado somente ao aspecto de julgamento.

Vasconcellos ( 2005) afirma que o problema da avaliação tem suas raízes

profundas e é um grande desafio hoje. Todos apontam inúmeros problemas

relativos a esta questão: alunos desinteressados, pais descompromissados, falta

de tempo para o preparo das aulas, questões políticas, de estrutura, enfim, são

vários os motivos que contribuem para o desenvolvimento de um bom trabalho, e

assim, prevalece a dúvida de como realizar uma avaliação justa. Para esta

questão o mesmo autor (2005, p. 32) coloca: “Entendemos que o entrave da

avaliação é o seu uso como instrumento de controle, de inculcação ideológica e

de discriminação social”.

Neste sentido, a avaliação torna-se um instrumento para a conservação da

sociedade, voltada simplesmente para a classificação ou não do aluno,

favorecendo a desigualdade, a exclusão, onde o conhecimento não é essencial a

todos.

Vasconcellos (2005) escreve que a avaliação, muitas vezes, cumpre a

função de legitimar o sistema dominante que impõe certos valores desumanos

como a competição, o individualismo, o consumismo, valores estes que estão

incorporados nas práticas sociais e refletem na sala de aula e consequentemente

na prática avaliativa.

Desse modo, há uma preocupação muito grande dos professores deste

Colégio em desenvolver uma avaliação que contribua para o crescimento do

aluno, para a construção da sua aprendizagem, para a sua promoção e para a

minimização dos índices de reprovação e evasão, garantindo assim o acesso e a

permanência do aluno na escola.

Com base nos estudos, análises e reflexões dos índices apresentados por

este colégio, constatou-se que a escola não está conseguindo cumprir,

plenamente, o seu papel que é o de possibilitar a todos os alunos o saber

sistematizado, o acesso, a permanência, a promoção e a emancipação.

Como coloca Saviani (2008, p. 75) “A escola tem o papel de possibilitar o

acesso das novas gerações ao mundo do saber sistematizado, do saber

metódico, científico. Ela necessita organizar processos, descobrir formas

adequadas a esta finalidade”.

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Assim, para que a escola cumpra o seu papel, há a necessidade de rever

com afinco o processo avaliativo, realizá-lo de forma mais dinâmica, diagnóstica,

processual, inclusiva e democrática, além de rever o conceito e o

desenvolvimento da avaliação, pois se sabe que, de acordo com Luckesi (2005, p.

29) “A avaliação da aprendizagem escolar no Brasil, hoje in genere, está a serviço

de uma pedagogia dominante, o qual genericamente pode ser identificado como

modelo social liberal conservador”.

Desse modo, a avaliação atualmente, ainda é autoritária, controladora e

disciplinadora, por isso a preocupação dos educadores em dinamizar o processo

ensino e aprendizagem e isto só acontece se a avaliação estiver alicerçada numa

pedagogia que esteja a serviço da transformação estrutural da sociedade e não

sua manutenção, como a pedagogia histórico-crítica, dando assim novos rumos à

avaliação e consequentemente um novo sentido à educação.

Diante de tantos problemas e dificuldades que estão postos, tais como:

falta de interesse dos alunos, falta de motivação, indisciplina, condições

socioeconômicas, falta de perspectiva, baixo salário, falta de compromisso da

família, pouco tempo (hora atividade) para reflexão e estudo da prática

pedagógica, supervalorização da nota (pais e alunos), e outros, o professor se

preocupa com o aluno hoje, em como desenvolver um bom trabalho pedagógico,

em com avaliá-lo de forma justa e inclusiva e contribuir para a democratização do

saber e consequentemente para a redução do fracasso escolar.

Mas, esta preocupação é histórica, pois a avaliação sempre foi alvo de

muitas pesquisas, discussões e polêmicas e é a partir da sociedade, da história,

dos acontecimentos, das crises, dos conflitos, das contradições é que se originam

novas formas de se fazer educação e avaliação. E o professor é o grande

responsável para que o processo avaliativo se efetive com êxito, contribuindo

assim, para a permanência e o êxito do aluno na escola. Para isso, o educador,

de acordo com Gasparin (2009), deve assumir o papel de mediador pedagógico,

tornando-se provocador, contraditor, facilitador, orientador.

Assim, o educador tem a responsabilidade de proporcionar condições para

que o aluno aprenda. É necessário investir no aluno; investir em atividades que

despertem o interesse do mesmo; desenvolver metodologias mais dinâmicas,

criativas e significativas que proporcionem as relações entre o conteúdo-método e

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concepção de mundo e que confronte os saberes dos alunos com o saber

elaborado; ter um direcionamento pedagógico seguro; enfrentar os desafios;

superar as dificuldades, buscando ações para que as minimizem; utilizar recursos

didático-pedagógicos e técnicas de ensino diversificadas e desenvolver uma

avaliação de forma contínua e diagnóstica para que a mesma possa fornecer

informações quanto à orientação ou reorientação que as atividades educacionais

já executadas devem receber, possibilitando ao professor caminhos úteis que

conduzam a uma prática pedagógica e avaliativa mais direcionada a atender as

necessidades dos alunos.

Além disso, o educador deve estar sempre se capacitando, estudando,

pesquisando, analisando o contexto social, direcionando o processo pedagógico e

avaliativo, fazendo a mediação entre o saber e o aluno, interferindo e criando

condições necessárias à apropriação do conhecimento.

Para desenvolver a avaliação de forma coletiva, democrática e organizada

o educador tem a responsabilidade de planejar e efetivar um plano de trabalho

docente claro e articulado aos objetivos que se propõe, com critérios, estratégias

e instrumentos de avaliação que permita que o professor e alunos percebam a

avaliação como parte do processo ensino e aprendizagem e conheçam os seus

avanços e dificuldades, tendo em vista a reorganização do trabalho docente.

É necessário, ainda, que alunos, educadores e pais tenham clareza dos

objetivos da escola, do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar, pois

estes documentos são essenciais para o direcionamento da prática avaliativa e

percebam a importância da avaliação no processo educativo, pois, o mesmo não

pode ser uma ação solitária do professor, deve envolver o coletivo da escola para

que todos assumam os seus papéis e concretizem um trabalho pedagógico

relevante para a formação dos alunos.

Para que a avaliação realmente se efetive como parte essencial do

processo ensino e aprendizagem é necessário compreender que a mesma é para

analisar o quanto o aluno aprendeu a fim de perceber onde ele se encontra para

que dessa forma possa-se ajudá-lo a concretizar a aprendizagem. Além disso,

auxilia o professor a rever a sua prática, buscando intervenções e reformulações

pedagógicas dos processos ensino e aprendizagem. Assim, o foco da avaliação

não poderá ser a nota, a mesma é consequência de um ensino bem efetivado e

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de um conhecimento internalizado, por isso, se a preocupação maior for a nota,

com escreve Vasconcellos (2005) ela simplesmente ao invés de ser um elemento

de referência do trabalho de construção do conhecimento, passa a ser vista como

prêmio ou castigo, alienando a relação pedagógica, na medida em que o aluno e

o professor se preocupam mais com a nota do que com a aprendizagem.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), ve-se

que o processo avaliativo deve partir da premissa de que o aspecto qualitativo do

resultado escolar deve prevalecer sobre o aspecto quantitativo. Assim, neste

colégio, e em muitas escolas, ocorre a valorização em demasia da quantidade

sobre a qualidade. O educador acaba dando muita ênfase à nota e o aluno estuda

para tirar nota e não para aprender.

A Deliberação 007/99 do Conselho Estadual de Educação do Paraná em

seu capítulo l contempla: Da avaliação do aproveitamento:

Art. 1º - A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo

qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem de seu próprio

trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes

valor.

[…]

§ 2º - A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao

estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com adequação

dos conteúdos e métodos de ensino.

§ 3º – A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento

do estabelecimento de ensino e do sistema de ensino como um todo.

Art. 3º – A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o

desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem.

§ 1º – A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados.

[…]

Art. 6º – Para que avaliação cumpra sua finalidade educativa deverá ser contínua,

permanente e cumulativa.

De acordo com a Deliberação acima, a avaliação deve dar condições para

que o professor reveja a sua prática avaliativa, a aperfeiçoe e a reformule

adequadamente para que se cumpra a sua finalidade educativa, dentro de um

Page 16: CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA ACOMPANHAMENTO … · ... principalmente pelo fato dos pais não imporem limites nos filhos. Então, os mesmos acham que podem afrontar, ... Conselho de

processo contínuo, permanente e cumulativo e não somente para atribuir notas.

Além disso, este documento deixa evidente a importância dos critérios e

instrumentos de avaliação no processo educativo, que devem ser claros para os

educandos, fidedignos e coerentes com a proposta de trabalho.

Desse modo, o educador tem um instrumento importantíssimo nas mãos

que é a avaliação. Ela fornece informações quanto à orientação e/ou reorientação

que as atividades educacionais já executadas devem receber, isto é, ele

possibilita ao professor caminhos úteis que conduzam a uma prática pedagógica

mais direcionada a atender às necessidades dos alunos possibilitando a

intervenção/reformulação desta prática e dos processos de aprendizagem. A

prática avaliativa corresponde, pois a um trabalho de informação antecipado que

encoraja a participação e o compromisso dos envolvidos na busca do melhor

ensino e da melhor aprendizagem.

Nesta perspectiva, a avaliação coloca sempre as ações educativas em

discussão, reflexão ou revisão para que os objetivos sejam atingidos.

A avaliação, como coloca Nagel (2007), não tem um fim em si mesma. Ela

é um recurso, uma estratégia que permite concretizar comportamentos, hábitos,

habilidades e conhecimentos considerados necessários aos cidadãos que

interagem socialmente.

Dessa forma, pensar a avaliação em uma sociedade marcada pela

desigualdade, competição e individualismo, conduz a escola a analisar as metas

de seu currículo, a organização dos seus conteúdos, a sua postura pedagógica e

superar a ação simplesmente classificatória que somente separa os alunos que

aprenderam dos que não aprenderam, pois agindo desse modo não está se

tentando superar esta sociedade que se caracteriza por excluir os mais fracos.

A avaliação acontece de várias formas na escola: professor que avalia o

aluno e vice-versa, pais que avaliam o trabalho da escola e os profissionais da

escola que avaliam os pais, o estado que avalia a escola... enfim, há uma

dinâmica avaliativa constante. Por isso, para que a escola possa analisar com

mais afinco o seu desempenho, a mesma participa de avaliações externas que

permitem reconhecer informações do desempenho da escola que servirão de

base para futuras tomadas de decisões no âmbito escolar e nas diferentes

esferas do sistema.

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Para Freitas (2002, p. 89) as avaliações externas das escolas “devem ser

entendidas como de utilidade definida e para a obtenção de elementos para

definição de políticas e jamais para utilização como decisão que afete as próprias

categorias intrinsecamente ligadas aos processos educativos [...]”.

Assim a avaliação externa é um instrumento que oferece a oportunidade de

se analisar o resultado da escola e todo o processo ensino e aprendizagem da

mesma para que, dessa forma, possa-se fazer as devidas intervenções e as

mudanças necessárias, visando a melhoria do processo educativo e dos índices

educacionais.

Avaliações externas institucionais nas quais a escola participa:

– Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM):

Este Colégio tem participado todos os anos do ENEM (Exame Nacional do

Ensino Médio), com a finalidade de avaliar as competências e as habilidades ao

longo da educação básica e utilizar os resultados obtidos em prol do aluno.

É realizado pelos Professores e Equipe Pedagógica um trabalho de

conscientização e incentivo para a participação de todos os alunos neste projeto,

reforçando os inúmeros benefícios que os mesmos poderão usufruir, os quais irão

contribuir para o enriquecimento de sua vida pessoal e profissional. Além disso,

são realizados simulados com questões já cobradas em testes anteriores com a

finalidade de melhor preparar o aluno.

Através dos resultados dos simulados, observou-se que os alunos

apresentaram baixo rendimento, pois no último simulado de 60 questões, o

máximo de acertos foi de 23 questões, e na redação valendo 1000, o máximo

conseguido foi 500. Assim, esta escola precisa melhorar a sua prática pedagógica

e avaliativa, rever seu planejamento: metodologia, objetivos, recursos, critérios e

instrumentos avaliativos, enfim, rever todo o processo ensino e aprendizagem.

Dessa forma, os profissionais deste colégio estão procurando desenvolver

um trabalho mais dinâmico, criativo, inovador, produtivo, crítico, participativo e

transformador, através da reavaliação de todo o processo educativo. Desse

modo, os alunos poderão ter a oportunidade de se aperfeiçoar mais, enriquecer

os seus conhecimentos, ter um melhor resultado nas provas e consequentemente

poderão ter maiores oportunidades no mercado de trabalho e no vestibular.

Como esta escola participa do ENEM com menos de 10 alunos, não é

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apresentado, nas estatísticas, o resultado geral da escola, por isso que a análise

do desempenho dos alunos foi feita com base no simulado.

– Olimpíada Brasileira de Matemática:

Visando estimular e promover o estudo da matemática entre os alunos,

este colégio participa da Olimpíada Brasileira de Matemática que é uma

competição nacional dirigida às escolas municipais, estaduais e federais, seguida

de programas de iniciação científica para alunos premiados. É uma promoção do

Ministério da Educação e do Ministério da Ciência Tecnologia (MCT), e realizada

pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada – IMPA com o apoio da

Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

Os principais objetivos da OBMEP são:

• Estimular e promover o estudo da matemática entre alunos das escolas

públicas;

• Contribuir para melhoria da qualidade da educação básica.

• Identificar jovens talentos e incentivar seu ingresso nas áreas científicas e

tecnológicas;

• Incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas, os

institutos de pesquisa e as sociedades científicas;

• Promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento.

Os alunos deste Colégio participam dos três níveis oferecidos pela

Olimpíada: nível 01 – 6º e 7º anos; nível 02 – 8º e 9º anos e nível 03 – Ensino

Médio.

É importante destacar que há a participação de todos os alunos, com

desempenho satisfatório. Para isto, os Professores e equipe pedagógica estão

sempre incentivando e ressaltando a importância da participação dos alunos

neste projeto.

Na Olimpíada de 2012, de 20 questões apresentadas aos alunos, o

máximo de acertos foi de 09 questões. Diante desse resultado, há a necessidade

de rever o processo ensino e aprendizagem e propor ações que viabilize

melhoras no processo educativo e nas avaliações externas.

As provas aplicadas e os resultados obtidos servem de referência para a

realização de uma avaliação do trabalho que a escola vem desenvolvendo, além

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disso, a participação da Escola na Olimpíada Brasileira de Matemática estimula

os professores e todos os envolvidos no processo educativo a buscarem

alternativas pedagógicas para a melhoria da prática e do processo ensino e

aprendizagem, e incentiva os alunos a irem em busca do conhecimento, através

da pesquisa e do melhor aproveitamento das aulas, resultando assim, em

avanços no desempenho escolar.

IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica:

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado pelo

INEP (Instituto Nacional de Estudos e de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)

em 2007, como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e

representa a iniciativa pioneira de reunir num só indicador dois conceitos

igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de

desempenho nas avaliações, isto é, ele é calculado com base na taxa de

rendimento escolar (aprovação e evasão), obtidos no censo escolar e no

desempenho dos alunos no SAEB (Sistema Nacional de Avaliação na Educação

Básica) e na Prova Brasil. Quanto maior for a nota da instituição no teste e quanto

menos repetência e desistência ela registrar, melhor será a sua classificação

numa escala de zero a dez. (fontes: www.educarparacrescer.abril.com.br e

www.educacao.al.gov.br).

Esta escola, no ano de 2009, conseguiu a média 3,9, ficando abaixo da

média do município, do estado do Paraná e do Brasil.

Na Prova Brasil, em 2009, nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática esta escola conseguiu uma pontuação maior do que o Paraná e o

município, mas, mesmo diante desta pontuação a mesma não conseguiu uma

média satisfatória. Assim, viu-se que o que contribuiu para que a média da escola

ficasse baixa foram os índices de reprovação e abandono.

Dessa forma, através da análise destes dados todos os envolvidos no

processo educativo deste estabelecimento de ensino veem a necessidade de

reverem a prática pedagógica que está sendo desenvolvida a fim de que se possa

traçar e executar ações que possibilite a melhoria do processo ensino e

aprendizagem e da prática avaliativa, resultando assim, em índices educacionais

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mais favoráveis.

Esta escola não participou da Prova Brasil nos anos de 2005, 2007 e 2011

por não ter apresentado o número de alunos estabelecido pelo INEP nas séries

avaliadas. Por isso, segue abaixo, o resultado do IDEB do ano de 2009 da escola,

do Brasil, do Paraná e do município, as metas projetadas e o resultado da Prova

Brasil nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática:

8ª série / 9º ano

Ideb Observado Metas Projetadas

Escola 2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

RUBENS L FILGUEIRAS C E E FUND MEDIO

3.9 *** 4.0 4.3 4.6 4.9 5.1 5.4

Anos Finais do Ensino Fundamental

IDEB Observado Metas

2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2021

Total 3.5 3.8 4.0 4.1 3.5 3.7 3.9 4.4 5.5

Dependência Administrativa

Pública 3.2 3.5 3.7 3.9 3.3 3.4 3.7 4.1 5.2

Estadual 3.3 3.6 3.8 3.9 3.3 3.5 3.8 4.2 5.3

Municipal 3.1 3.4 3.6 3.8 3.1 3.3 3.5 3.9 5.1

Privada 5.8 5.8 5.9 6.0 5.8 6.0 6.2 6.5 7.3

8ª série / 9º anoIdeb Observado Metas Projetadas

Estado 2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2015 2017 20192021

Paraná 3.3 4.0 4.1 4.0 3.3 3.5 3.8 4.2 4.5 4.8 5.1 5.3

8ª série / 9º ano

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Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2015 2017 20192021

URAI 3.7 3.8 4.0 3.4 3.8 3.9 4.2 4.6 5.0 5.2 5.5 5.7

FONTE: INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio

Teixeira

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - IDEB

Anos Finais - Ensino Fundamental

3,34,0 4,1 4,03,7 3,8 4,0

3,4

- -

3,9

-0

2

4

6

8

10

2005 2007 2009 2011

Paraná*Seu Município*Sua Escola

Fonte: MEC/Inep.

* Os resultados referem-se à Rede Estadual

SAEB / PROVA BRASIL – LÍNGUA PORTUGUESA

9º Ano - Ensino Fundamental – Língua Portuguesa

125

150

175

200

225

250

275

300

2005 2007 2009 2011

Paraná*

Seu Município*

Sua Escola

Unidade 2005 2007 2009 2011

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Paraná* 223,11 235,72 246,28 243,52

Seu Município* 227,00 239,47 250,38 233,31

Sua Escola - - 264,69 -

Fonte: MEC/Inep.

* Os resultados referem-se à Rede Estadual

9º Ano - Ensino Fundamental - Matemática

175

200

225

250

275

300

325

350

2005 2007 2009 2011

Paraná*

Seu Município*

Sua Escola

Unidade 2005 2007 2009 2011

Paraná* 238,13 252,13 250,78 252,05

Seu Município* 254,30 245,98 249,91 237,94

Sua Escola - - 255,33 -

Fonte: MEC/Inep.

* Os resultados referem-se à Rede Estadual.

Diante destas informações, para que esta escola melhore a sua prática

pedagógica e obtenha resultados mais favoráveis no Índice de Desenvolvimento

da Educação Básica (IDEB), em outras avaliações externas e nas avaliações do

dia a dia é necessário que a mesma execute ações que abram caminhos que

conduzam a uma prática pedagógica mais transformadora e emancipadora para

que desse modo, o aluno seja capaz de desenvolver as atividades escolares e as

avaliações com amplo conhecimento e de forma segura. Além disso, essas ações

também deverão contribuir para que haja a diminuição da evasão e da repetência,

proporcionando assim a oportunidade para que o aluno dê continuidade aos seus

estudos e para que ele cresça e se desenvolva de forma integral.

Desse modo, segue abaixo as ações propostas por todos os envolvidos no

processo educativo:

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• Desenvolver atividades e projetos diferenciados e inovadores para que os

alunos se sintam mais motivados a frequentarem a escola.

• Proporcionar espaço para discussão constante de todo o processo ensino

e aprendizagem.

• Avaliar de forma contínua o trabalho desenvolvido por todo o coletivo da

escola.

• Propiciar a participação de todos os envolvidos no processo educativo na

implementação e desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico,

fortalecendo assim o compromisso coletivo da busca constante da melhoria

do processo educativo.

• Promover com afinco a participação de toda a comunidade escolar nas

ações desenvolvidas pela escola.

• Conscientizar a comunidade escolar sobre a importância do seu

envolvimento no processo educativo e o papel que cada um desempenha

na construção e concretização do Projeto Político Pedagógico.

• Promover e incentivar a formação continuada para que assim possa-se

contribuir para o enriquecimento da prática pedagógica.

• Incentivar a participação dos profissionais da educação na Equipe

Multidisciplinar para que se possa desenvolver um trabalho que combata a

discriminação, o preconceito e o racismo e ressalte o respeito, a inclusão e

a cooperação, contribuindo assim para uma sociedade mais justa e

igualitária.

• Dar condições para que se analise, criticamente, o papel e a

intencionalidade da escola pública, considerando a concepção de homem,

sociedade, educação, ensino, aprendizagem, avaliação, conhecimento,

currículo, infância e adolescência.

• Fazer do Conselho de Classe um momento para discutir e avaliar o

processo ensino e aprendizagem, suas relações e objetivos, sendo um

espaço de reflexão pedagógica onde todos os envolvidos propõem ações

educativas eficazes que possam vir a sanar dificuldades/necessidades

diagnosticadas.

• Desenvolver a avaliação de forma que priorize a aprendizagem e a prática

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pedagógica, sendo a mesma diagnóstica, somativa, formativa, contínua,

qualitativa e processual.

• Efetivar o planejamento de maneira consciente, democrática, inclusiva,

dinâmica e dialética, alicerçado em uma concepção pedagógica

emancipadora.

• Desenvolver a Agenda 21 neste colégio com a finalidade de promover a

melhoria da qualidade de vida do ser humano e as condições ambientais.

• Oferecer o CELEM (Centros de Línguas Estrangeiras Modernas) aos

alunos do Ensino Fundamental, Médio e comunidade.

• Fortalecer os vínculos entre a família e a escola para que todos se sintam

comprometidos com a efetiva educação escolar e cúmplices pelos

resultados obtidos.

• Propiciar a participação efetiva da Instâncias Colegiadas em todas as

ações da escola, promovendo assim uma gestão democrática e

participativa.

• Desenvolver atividades e projetos criativos e inovadores que despertem o

gosto pela escola e pelos estudos, combatendo a evasão e a repetência.

• Incentivar os docentes para o uso dos recursos tecnológicos com a

finalidade de tornar as aulas mais atrativas e interessantes, proporcionando

assim melhor assimilação dos conteúdos.

• Desenvolver o Projeto Segundo Tempo de forma que contribua para a

redução da exposição dos alunos às situações de risco social e despertar o

gosto para a prática esportiva.

• Proporcionar aos alunos o Programa de Atividades Complementares

Curriculares em Contraturno, com o objetivo de viabilizar o acesso, a

permanência e a participação em atividades diversificadas.

• Oferecer a Sala de Apoio a todos os alunos do Ensino Fundamental para

que os mesmos adquiram os conhecimentos não internalizados na classe

comum e que possam melhorar o seu desempenho escolar, garantindo

assim o acesso, a permanência e a promoção efetiva dos educandos.

• Proporcionar aos alunos que possuem dificuldades de aprendizagem a

Sala de Recursos, oferecendo atendimento individual e/ou em grupo de

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acordo com as necessidades do aluno e com a utilização de materiais

didáticos diversificados.

• Incentivar os alunos a frequentarem a Sala de Apoio, a Sala de Recursos,

o Segundo Tempo e as Atividades Complementares Curriculares em

Contraturno, assim como proporcionar metodologias e recursos

diversificados para o desenvolvimento das atividades.

• Realizar um acompanhamento efetivo pela Equipe Pedagógica e Direção,

de todas as atividades e programas desenvolvidos pela escola a fim de

avaliar e replanejar as ações efetivadas.

• Entender que o processo avaliativo contribui e é essencial para o bom

desempenho do aluno e do professor, e por isso a necessidade de

compreender melhor o seu desenvolvimento e aplicabilidade no campo da

educação.

• Rever com afinco o processo avaliativo, realizá-lo de forma mais dinâmica,

diagnóstica, processual, inclusiva e democrática.

• Contribuir para que o educando tenha acesso e permanência na escola

com qualidade de ensino e compreender que o processo de avaliação

pode colaborar para que isso se efetive.

• Incentivar os educadores a se capacitar, estudar, pesquisar e analisar o

contexto social para melhor direcionar o processo pedagógico e avaliativo

e fazer a mediação entre o saber e o aluno, interferindo e criando

condições necessárias à apropriação do conhecimento.

• Desenvolver um trabalho transformador que contribua para a minimização

dos índices de evasão e repetência.

APROVAÇÃO/ REPROVAÇÃO/ ABANDONO/ EVASÃO ESCOLAR

A avaliação educacional no Colégio Estadual Rubens Lucas enfoca o

acompanhamento da aprendizagem com vistas à progressão dos alunos. As

atividades escolares do nosso colégio tem por finalidade acompanhar os

processos de aprendizagem escolar, compreender como os alunos estão se

concretizando, além de oferecer informações relevantes para o próprio ensino

na sala de aula, planejamento e replanejamento contínuo da atividade dos

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professores e alunos. Durante o período do ano letivo o trabalho dos

professores e equipe pedagógica é mediado por muitos aspectos que

fortalecem a busca para um ensino de qualidade, tais como análise dos

índices de aproveitamento escolar, evasão, repetência, acompanhamento dos

alunos em sua dificuldade, estes aspectos decorrentes do dia a dia da vida

escolar faz parte do processo para que com análise e estudos possamos em

conjunto, toda a comunidade escolar, organizar meios de intervenção para

trabalhar com alunos que apresentam déficit de aprendizagem, desmotivação

e desinteresse aos estudos.

A escola, com o objetivo de proporcionar aos alunos um bom rendimento

escolar, combatendo assim, os índices de evasão e repetência, realiza:

- atendimento individualizado aos alunos com dificuldades, acompanhando e

orientando na execução de tarefas e atividades;

- atendimento na sala de apoio aos alunos das 6ª ano e 9° ano nas disciplinas de

Português e Matemática;

- atendimento na sala de recursos aos alunos com necessidades especiais;

- recuperação paralela que possibilita aos alunos a apropriação dos

conhecimentos não assimilados, logo que são constatados, através da retomada

dos conteúdos;

- atendimento individualizado aos alunos, quando necessário, no horário

destinado a hora atividade do professor.

A escola preocupa-se também com o respeito e o reconhecimento às

diferenças individuais e potencialidade dos alunos, não apenas de alunos que

apresentam características diferenciadas decorrentes de deficiências, mas de

condições socioculturais diversas e econômicas desfavoráveis.

No ano de 2011 os levantamentos de dados demonstraram que no ensino

fundamental do 6°ano ao 9° ano, o índice de evasão escolar foi de 2% entre o 8°

e 9° ano e no Ensino Médio 7,6% entre o 1° e 2° ano, os fatores internos que

influenciaram para a evasão escolar em nosso colégio, tem sido a defasagem do

aluno idade/série, também a dificuldade do aluno em se adaptar as normas e

regras da escola. A equipe pedagógica buscou sanar as dificuldades em todos os

aspectos acima apresentado tomando providencias cabíveis e necessárias a cada

caso: conversa com os pais e com os alunos, encaminhando os mesmos caso

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não retornem a escola aos órgãos de apoio à evasão: Conselho Tutelar e

promotoria pública. Externamente os fatores que tem mais contribuído para a

evasão em nossa escola tem sido a falta de perspectivas para o mercado de

trabalho, drogadição e famílias desestruturadas, também a ausência da família na

vida escolar do aluno, consequência de uma desmotivação familiar. A escola tem

buscado conversar com os pais, orientando-os para que os mesmos participem

efetivamente da vida escolar de seus filhos com acompanhamentos e vindas à

escola, porém a falta de apoio e a participação da família e a desmotivação do

próprio aluno está sendo para nossa escola um desafio a enfrentar.

Está sendo o cuidado maior de nossa escola fazer com que os alunos

aprendam bem, para tanto há um trabalho docente com propostas bem urdidas

de aprendizagem aos alunos para que eles venham a obter sucesso escolar,

com aulas motivadoras e participativas, com incentivos para a preparação para

o mercado de trabalho, mostrando e incentivando-os para o futuro. Embora

nossos docentes estejam engajados em um trabalho que fortaleça o interesse

dos alunos aos estudos ainda há os que necessitam de capacitações voltadas

para uma metodologia prática do professor, respeitando-se as particularidades

locais.

Buscando amenizar a evasão escolar em nossa escola o Plano de

Ação está elaborado com atividades extras: palestras, gincanas, passeios

culturais, etc., atividades estas que se deslocam para as necessidades dos

alunos, saber pensar. O conselho de classe em nossa escola é mais do que

uma reunião pedagógica, é parte integrante do processo de avaliação

desenvolvido pela escola. Momento esse para redefinir práticas pedagógicas

com os objetivos de superarmos a fragmentação do trabalho escolar e

oportunizar formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos

os alunos a aprendizagem, porém em nossos conselhos nem todos os

professores participam, esse é um desafio a ser superado pela nossa escola,

além disso, ocorre um impedimento maior nas ações a serem realizadas: as

decisões são tomadas, mas as ações, muitas vezes não se concretizam. O

professor pedagogo por realizar muitas tarefas ao mesmo tempo, lhe falta

tempo para orientar o professor em seu trabalho pedagógico em sala de aula,

além da falta de tempo do próprio professor. Nos pré-conselhos momento esse

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de levantamentos de dados para o Conselho de Classe há uma dificuldade em

reunir todos os professores, pois muitos deles trabalham em vários

estabelecimentos. Através de conversar com os professores e do controle de

frequência do aluno, mantemos um fluxo constante de informação sobre o

aluno ausente que nos permite as tomadas de decisões cabíveis e a sua

comunicação ao Conselho Tutelar.

Periodicamente ou conforme os problemas suscitam fazemos reuniões

com os pais, normalmente as reuniões são bimestrais e nelas ocorrem

conversas extras. Os assuntos que mais requerem a convocação de pais e ou

responsáveis no dia a dia escolar é o baixo rendimento do aluno, indisciplina.

Através de dos índices indicativos tais como tabela e gráfico são analisado por

todos os envolvidos em educação o tema evasão/abandono/reprovação, a

partir dessa análise a escola busca através de reuniões pedagógicas e

conversas, colocar a família a par das Políticas Educacionais, para que os

mesmos adquiram maior compromisso com a permanência dos filhos na

escola.

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,

avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho

pedagógico e administrativo da escola em conformidade com a legislação

educacional vigente e orientações da SEED. Apesar de ter muita força, o

conselho escolar em nossa escola é falho. Não põem em prática suas ações por

medo, falta de interesse, havendo a necessidade de um envolvimento maior

dessa instância no processo educativo de nossa escola. O colegiado faz duas

reuniões semestrais para discutir os assuntos necessários ao contexto escolar.

Com relação ao grêmio estudantil, ainda não foi possível à construção de uma

equipe de alunos responsável e comprometidos com a escola. Temos equipe de

alunos composto de cada série com a tarefa de auxiliar o professor em sala de

aula, passar recados aos alunos e informar a equipe pedagógica sobre os

problemas que ocorrem em sala de aula, avisando também alunos faltosos

através da realização da chamada frequência diários. Em nosso colégio há

demanda de atividades complementares e periódicas que são ofertadas a todos

os alunos tais como: Sala de apoio é uma atividade complementar permanente

com o objetivo de atender às dificuldades de aprendizagem dos alunos das séries

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finais do ensino fundamental. Os alunos participam das aulas de Língua

Portuguesa e Matemática em contraturno, com atividades que visam à superação

das dificuldades referentes aos conteúdos dessas disciplinas, os alunos são

encaminhados assim que os problemas são diagnosticados pelos professores.

Nossa escola também conta com a Sala de Recurso Multifuncional - Tipo I que é

um a atividade permanente de atendimento educacional de natureza pedagógica

que complementa a escolarização dos alunos com deficiência intelectual,

deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e

transtornos funcionais específicos. São atendidos todos os alunos matriculados

na rede pública de ensino, está contemplada no Projeto Político Pedagógico e

Regimento Escolar funcionado de acordo com as necessidades dos alunos,

valorizando os aspectos lúdicos, estimulando a criatividade, promovendo o

desenvolvimento cognitivo do aluno. O atendimento ocorre em contraturno e

realizado por um cronograma com atendimento individualizado ou em grupo, duas

vezes por semana com duas horas aulas diárias. O trabalho do professor da Sala

de Recurso Multifuncional deve ser um trabalho colaborativo ao trabalho dos

professores da sala comum, devendo a família participar deste processo. Todos

os alunos devem ser avaliados, dentro do contexto escolar, onde a equipe

avaliadora fará um levantamento em relação às dificuldades e potencialidades

dos alunos e após a avaliação Psicoeducacional no contexto escolar o aluno será

avaliado por psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, fisioterapeuta, de acordo com

suas necessidades e habilidades.

Durante o desenvolvimento das atividades na Sala de Recursos

Multifuncional o professor especializado desenvolverá um plano de atendimento

educacional especializado elaborado de forma individual, atendendo as

especificidades de cada aluno. Os avanços acadêmicos dos alunos da Sala de

Recurso Multifuncional devem ser discutidos por todos os professores e equipe

pedagógica durante o Conselho de Classe. O Colégio Rubens Lucas Filgueiras

dispõe de uma sala com espaço físico adequado para o atendimento educacional

especializado (AEE). Estão matriculados neste tipo de atendimento 9(nove)

alunos e 8(oito) frequentam a Sala de Recurso Multifuncional. Todos os alunos

foram avaliados por uma equipe avaliadora e são atendidos no período

vespertino, de acordo com o cronograma previsto e suas necessidades são

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atendidas através do diagnóstico elaborado na avaliação pedagógica, em

consonância com o plano de atendimento educacional especializado. Segundo

tempo é uma atividade complementar periódica, trata-se de um programa de

governo oferecido a todos os alunos do Ensino Fundamental e Médio, um

programa idealizado pelo Ministério do Esporte, destinado a democratizar o

acesso à prática esportiva, por meio de atividades esportivas, educacionais e

culturais realizadas no contraturno escolar. Este programa busca tirar as crianças

das ruas, encaminhando-as a conviver como cidadãos na sociedade que está

inserida, com a finalidade de colaborar para a inclusão social, bem estar físico,

promoção da saúde e desenvolvimento intelectual e humano, assegurar o

exercício da cidadania, assim como acrescentar melhoras no cotidiano do aluno,

em sua vida escolar, familiar e pessoal, atendendo alunos de 07 a 17 anos de

idade, com duração de seis meses corridos. Os alunos do Ensino Fundamental e

Médio deste colégio e comunidade participam duas vezes por semana, 4:00 horas

por dia em contraturno. As atividades ofertadas pelo colégio são: Modalidade

individual: xadrez e tênis de mesa; Modalidade Coletiva: futsal e futebol e

Modalidade complementar: dança. O colégio também conta com o CELEM que é

uma atividade complementar permanente extracurricular de ensino de Línguas

Estrangeira, destinado aos alunos, professores, funcionários e à comunidade,

com o objetivo de ofertar o ensino gratuito de idiomas aos alunos do Ensino

Fundamental (anos finais) e Ensino Médio, também aos professores e

funcionários que estejam no efetivo exercício de suas funções na rede estadual

de ensino, com o intuito de contribuir para o aperfeiçoamento cultural e

profissional dos alunos. O colégio oferta o curso de espanhol em duas

modalidades de curso:

• Curso Básico: 2(dois) anos de duração (320h), 4 (quatro) horas/aulas

semanais;

• Curso de aprimoramento para alunos que concluíram o Curso Básico,

com 1(um) ano de duração, com total de 160 h/aula em 4(quatro) horas

aulas semanais.

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REFERÊNCIAS:

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