caderno de resumos ii congresso de ciências sociais aplicadas … · 2020-07-04 · caderno de...

Caderno de ResumosII Congresso de Ciências Sociais Aplicadas

VII Semana do Programa Integrado de Ensino, Pesquisa eExtensão

Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG)

Campus Avançado de Varginha09 e 13 de Novembro de 2015.

Congresso de Ciências Sociais Aplicadas. S471c (2. : 2015 : Varginha, MG).

Caderno de resumos do 2º Congresso de Ciências Sociais Aplicadas ; 7º Semana do Programa Integrado de Ensino, Pesquisa eExtensão [recurso eletrônico] / Universidade Federal de Alfenas campus de Varginha. - Varginha, MG : UNIFAL-MG, 2015.

1 CD-ROM. Evento realizado pela Universidade Federal de Alfenas campus de Varginha nos dias 09 a 13 de novembro de 2015. ISSN: 2446-9106

1. Economia. 2. Administração. 3. Ciências Exatas. I. UniversidadeFederal de Alfenas. II. Título.

CDD: 300

Comissão Organizadora

Coordenação

Leonardo Henrique Costa - CoordenadorLarissa Gonçalves Souza - Coordenador Adjunto

Comissão Organizadora

Kellen Rocha de SouzaLuísa Pimenta Terra

Ana Márcia Rodrigues da SilvaFranciane de Oliveira Alvarenga

Comissão Cientí�ca

Ana Márcia Rodrigues da SilvaDébora Juliene Pereira Lima

Vanessa Pereira TerraBruno Eduardo Freitas Honorato

Leandro FerreiraReinaldo Antonio Gomes Marques

Juliana Guedes MartinsDeive Ciro de Oliveira

Edição

Deive Ciro de OliveiraEduardo José Vieira

Sumário

1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E PRIVADA 11.1 A EFETIVIDADE E O IMPACTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: O CASO DO

GRUPO BEM-ME-QUER DE APOIO A PACIENTES COM CÂNCER . . . . . 21.2 A EVASÃO DE ALUNOS NO BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM

CIÊNCIA E ECONOMIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.3 A SITUAÇÃO DO E-GOVERNMENT NO BRASIL: UMA ANÁLISE DAS

TRÊS MAIORES CIDADES DO SUL DE MINAS GERAIS . . . . . . . . . . . 61.4 ANÁLISE DO SITE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ALFENAS . . . . . 91.5 DE COMARE PARA ACOMARE: ANÁLISE DAS TRANSFORMAÇÕES

ENFRENTADAS PELOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DOMUNICÍPIO DE MONTE SANTO DE MINAS, NA TRANSIÇÃO DECOOPERATIVA PARA ASSOCIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

1.6 DESENVOLVIMENTO LOCAL: UMA ANÁLISE DO PROGRAMA�TERRITÓRIOS DA CIDADANIA� . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

1.7 DIALONGANDO: DIALOGANDO COM AS ONGS DO MUNICÍPIO DEVARGINHA-MG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

1.8 ENCONTRO COM O TERCEIRO SETOR- FEIRA DAS ONGS . . . . . . . . 151.9 ESTUDO DE CASO NO INSS: IDENTIFICANDO CARACTERISTICAS DOS

MODELOS DE GESTÃO PÚBLICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161.10 FINANCIAMENTO DE CAMPANHA E DESEMPENHO ELEITORAL NO

BRASIL: UM ESTUDO ACERCA DA INFLUÊNCIA DOS RECURSOSFINANCEIROS, APLICANDO-SE O MODELO DE REGRESSÃO LOGÍSTICA 17

1.11 GESTÃO PÚBLICA: PERSPECTIVAS SOBRE O SENTIDO DOTRABALHO E AS RACIONALIDADES ENVOLVIDAS EM UMAINSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO DO SUL DE MINAS GERAIS. . . . . 19

1.12 MODELOS DE PREVISÃO DE FUSÕES E AQUISIÇÕES: UMA ANÁLISECOMPARATIVA DE METODOLOGIAS PARA O SETOR BANCÁRIOBRASILEIRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

1.13 MORFOLOGIA DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO E POLÍTICASPÚBLICAS DIRECIONADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

1.14 NOVAS ESTRATÉGIAS E ATUAÇÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA:PARTICIPAÇÃO E COLABORAÇÃO DA COMUNIDADE EM PARCERIACOM A POLÍCIA MILITAR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

1.15 O ACESSO À EDUCAÇÃO ÀS CRIANÇAS PORTADORAS DE SÍNDROMEDE DOWN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

1.16 O CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS: O CASO DOMUNICÍPIO DE VARGINHA-MG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

1.17 O DIREITO À SAÚDE E A COMPETÊNCIA DOS ENTES FEDERADOS:UM ESTUDO DE CASO SOBRE DOENÇAS RARAS . . . . . . . . . . . . . . 29

1.18 O TRABALHO INVISÍVEL NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: UMESTUDO SOBRE PROFISSIONAIS QUE PASSAM DESPERCEBIDOSSOCIALMENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

1.19 OFICINA DE MUSICALISAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 321.20 ORÇAMENTO PARTICIPATIVO SEM MISTÉRIO: DESMISTIFICANDO AS

FINANÇAS PÚBLICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331.21 PARCERIAS COM UNIVERSIDADE PÚBLICAS: FOMENTO À INOVAÇÃO

OU MERCANTILIZAÇÃO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

1.22 PERCEPÇÃO DE GESTORES EMPRESARIAIS SOBRE ARESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: AÇÃO CIDADÃ OUNEOLIBERALISMO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA? . . . . . . . . . . . . 36

1.23 PERCEPÇÕES E OBSERVAÇÕES SOBRE A �OFICINA DOS VOLUNTÁRIOS� 371.24 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E GÊNERO: O

CASO DAS MULHERES AGRICULTORAS DE UMA COMUNIDADE RURAL. 381.25 POLÍTICAS PÚBLICAS E DESENVOLVIMENTO RURAL: A INSERÇÃO

DA AGRICULTURA FAMILIAR NO PROGRAMA NACIONAL DEALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

1.26 REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL NO BRASIL . . . . . . . . . . . . . . 411.27 TRANSPARÊNCIA PÚBLICA E CONTROLE SOCIAL: A ATUAÇÃO DE UM

CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (CAE). . . . . . . . . . . . . . . 421.28 UM ESTUDO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DOS MODELOS DE

GESTÃO PÚBLICA NA SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE MINASGERAIS (REGIONAL- VARGINHA). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

1.29 VOLUNTARIADO, EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E A QUESTÃO SOCIAL:CAMINHANDO JUNTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

2 CIÊNCIAS ATUARIAIS E GESTÃO DE RISCO 452.1 ANÁLISE DE UM PROCESSO DE POISSON DO NÚMERO DE GOLS

MARCADOS PELO TIME CAMPEÃO E O ÚLTIMO COLOCADO DASÉRIE A DO CAMPEONATO BRASILEIRO 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . 46

2.2 ANÁLISE DOS BENEFÍCIOS EMITIDOS PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL ESUA RELAÇÃO COM O PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO . . . . 48

2.3 ASSIMETRIA INFORMACIONAL E RISCOMORAL EM OPERADORAS DESAÚDE � UMA BREVE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . 50

2.4 ESTUDO DA MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS DE CRIANÇASE PRÉ-ADOLESCENTES, EM MINAS GERAIS, 2003 E 2013. . . . . . . . . . 51

2.5 FUSÕES E AQUISIÇÕES (F&A) E VOLATILIDADE DO MERCADOACIONÁRIO: O CASO DA BRASIL FOODS S.A. . . . . . . . . . . . . . . . . 52

2.6 MERCADO DE SEGURO RURAL NO BRASIL: SITUAÇÃO ATUAL,DESAFIOS E SOLUÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

2.7 NÍVEIS E PADRÕES DA MORTALIDADE: UM ESTUDO COMPARATIVOENTRE A MAIOR E A MENOR ESPERANÇA DE VIDA DOS ESTADOS DOBRASIL, 2010. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

2.8 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO DE SANTA CATARINA DE 2010 A 2050 . . . 582.9 PROJEÇÃO DE POPULAÇÕES � ESTADO DE SÃO PAULO DE 2010 A 2050 602.10 RELAÇÃO ENTRE INDICADORES DE CAPITAL DE GIRO E O BETA DO

MODELO CAPM: UM ESTUDO NO SEGMENTO DE SIDERURGIA DASEMPRESAS LISTADAS NA BM&F BOVESPA NO PERÍODO DE 1997 A 2014 61

3 ECONOMIA E CONTROLADORIA 633.1 A POBREZA NA LITERATURA ECONÔMICA: UMA SÍNTESE DA

TRAJETÓRIA DE UM CONCEITO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 643.2 ANÁLISE DA ESTABILIDADE DO PONTO DE EQUILÍBRIO DO MODELO

IS-LM CONTÍNUO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 663.3 ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DE MINAS GERIAS NOS ANOS DE

1991 ATÉ 2010 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 673.4 ANÁLISE DOS DETERMINANTES DA MORTALIDADE NA INFÂNCIA NO

BRASIL POR MEIO DE COMPONENTES PRINCIPAIS . . . . . . . . . . . . 68

6

3.5 ANÁLISE TEMPORAL UNIVARIADA DAS SÉRIES DE ÍNDICES DOIBOVESPA E PETROBRAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

3.6 DESIGUALDADE DE RENDA NO BRASIL ENTRE 1991 A 2010 E UMAPERSPECTIVA SOBRE ASPECTOS DO PROGRESSO SOCIAL. . . . . . . . 71

3.7 IMPACTOS ECONÔMICOS CAUSADOS PELA TABELA DO IMPOSTO DERENDA PESSOA FÍSICA NO ESTADO DE MINAS GERAIS NO PERÍODODE 2009 A 2013. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

3.8 O �MILAGRE� ECONÔMICO BRASILEIRO (1968-1973): UMA ANÁLISEEMPÍRICA SOBRE O PARADOXO ENTRE CRESCIMENTO EDESENVOLVIMENTO ECONÔMICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

3.9 RESULTADOS DE UMA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PARA O APOIO ÀGESTÃO FINANCEIRA DAS MICROEMPRESAS DE VARGINHA/MG . . . 74

3.10 TEORIA DOS JOGOS E A INSTABILIDADE DOS CARTÉIS: UM ESTUDOSOBRE A OPEP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

3.11 TEORIA ECONÔMICA E HISTÓRIA EM CELSO FURTADO (1954) . . . . . 78

4 INTERDISCIPLINAR 794.1 A ATUAÇÃO DO PET BICE NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

- CAMPUS VARGINHA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 804.2 A CONTRIBUIÇÃO DO PETBOL NA FORMAÇÃO DE ADOLESCENTES

DA ESCOLA ESTADUAL SÃO SEBASTIÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 814.3 A EXPERIÊNCIA DO CLUBE DE TROCAS DA ITCP-UNIFAL-MG,

CAMPUS VARGINHA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 824.4 A GLOBALIZAÇÃO COMO INTENSIFICADORA DO PROCESSO DE

DESIGUALDADES SOCIAIS NOS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS. . . . . . . 844.5 A IMPORTÂNCIA DAS VIAGENS TÉCNICAS NA FORMAÇÃO ACADÊMICA 854.6 A IMPRENSA COMO PARTIDO POLÍTICO: OS POSSÍVEIS

INTERPRETANTES QUE A CAPA DE VEJA SOBRE FIDEL QUISGERAR NOS SEUS LEITORES (EDIÇÃO 2049) . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

4.7 A ITCP/UNIFAL-MG COMO PROMOÇÃO DO ENSINO, PESQUISA EEXTENSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

4.8 A TAXA DE DESEMPREGO COMO UM POSSÍVEL DETERMINANTE DONÚMERO DE PRISÕES DO ESTADO DE SÃO PAULO. . . . . . . . . . . . . 88

4.9 ANÁLISE COMPARATIVA DA TAXA DE ENVELHECIMENTO DASREGIÕES SUL E NORDESTE DO BRASIL NO PERÍODO DE 1991 A 2010 . 91

4.10 ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO DE UMA REPORTAGEM QUEABORDA A ESFERA PÚBLICA SOB A ÓTICA DA ESFERA PRIVADA . . . 92

4.11 ANÁLISE DO PERFIL DOS ALUNOS DO CURSINHO APRENDENDO AAPRENDER 2015 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94

4.12 APRENDIZAGEM NA DOCÊNCIA: UM ESTUDO DE CASO COM OSPROFESSORES DO CURSO APRENDENDO A APRENDER DA UNIFAL-MG 95

4.13 ÁREAS VERDES DE VARGINHA: UM ESTUDO SOBRE OS SEUSIMPACTOS E SUA INFLUÊNCIA LOCAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97

4.14 AS CONGRUÊNCIAS ACERCA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA E OTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99

4.15 AS DIFICULDADES NA PRODUÇÃO DE UM ARTIGO CIENTÍFICO. . . . . 1014.16 CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA LRF E A LOA: A MORATÓRIA DA

DÍVIDA PÚBLICA E O IMPACTO NA REALIZAÇÃO DE PROGRAMASSOCIAIS E INVESTIMENTOS PÚBLICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

7

4.17 CONSIDERAÇÕES SOBRE A TIPOLOGIA DAS MICRORREGIÕESBRASILEIRAS NAS POLÍTICAS NACIONAIS DE DESENVOLVIMENTOREGIONAL- PNDR I (2007) E PNDR II (2012) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104

4.18 CULTURA UNIFAL-MG, CAMPUS VARGINHA . . . . . . . . . . . . . . . . . 1074.19 DESENVOLVIMENTO DE INTERFACE GRÁFICA VIA R PARA

APLICAÇÃO DE TESTES DE HIPÓTESES SOB MÉDIAS . . . . . . . . . . . 1084.20 DIVULGANDO A UNIFAL-MG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1104.21 ECONOMIA SOLIDÁRIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O

DESENVOLVIMENTO LOCAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1114.22 ESTADO CAPITALISTA E DEMOCRACIA: MARXISMO E EMANCIPAÇÃO 1134.23 ESTUDO DA OCORRÊNCIA DE FEMINICÍDIOS EM SANTA CATARINA

ATRAVÉS DE ANÁLISE DE REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA . . . . . . . 1154.24 ESTUDO DO MÉTODO DE NEWTON-RAPHSON PARA ESTIMAÇÃO DE

PARÂMETROS EMUMMODELO LINEAR GENERALIZADO E APLICAÇÃO.1184.25 FATORES QUE AGRAVAM A CRIMINALIDADE NAS REGIÕES DO BRASIL1204.26 FOME: A CONSEQUÊNCIA FISIOLÓGICA DOS PROBLEMAS

SOCIOECONÔMICOS GLOBAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1214.27 HISTÓRIA ORAL DE VIDA DE MÃES NA UTI NEONATAL . . . . . . . . . 1224.28 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL: UMA

COMPARAÇÃO ENTRE O IFDM E O IDHM . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1234.29 INICIANDO O ESPANHOL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1244.30 MEDINDO A DESIGUALDADE DE RENDA NOS MUNICÍPIOS

BRASILEIROS: O ÍNDICE DE PALMA VS. O ÍNDICE DE GINI . . . . . . . . 1254.31 NOVOS OLHARES SOBRE A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA A PARTIR DO

PROJETO �LITERATURA UM OUTRO OLHAR� . . . . . . . . . . . . . . . . 1264.32 O CINEPET COMO ESTRATÉGIA DE FORMAÇÃO DOS ESTUDANTES . . 1284.33 O FORTALECIMENTO DA ITCP/UNIFAL-MG A PARTIR DO PROGRAMA

NACIONAL DE INCUBADORAS DE COOPERATIVAS POPULARES . . . . 1294.34 O GOLPE PARA VEJA E CARTACAPITAL - UMA DISCREPÂNCIA DE

SENTIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1304.35 O GRUPO DE ESTUDOS �ECONOMIA SOLIDÁRIA EM DEBATE� COMO

INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1314.36 O IMPACTO DA FROTA DE MOTOCICLETAS SOBRE O AUMENTO DOS

ÓBITOS NO TRÂNSITO ENTRE OS MOTOCICLISTAS . . . . . . . . . . . . 1324.37 O PAPEL DA ITCP/UNIFAL-MG NO FORTALECIMENTO DA ECONOMIA

SOLIDÁRIA E NA GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA . . . . . . . . . . . 1334.38 O PAPEL DO PODER JUDICIÁRIO PARA EFETIVAÇÃO DO DIREITO À

EDUCAÇÃO AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS . . . . . 1344.39 O PROCESSO DE INCLUSÃO BANCÁRIA NO BRASIL . . . . . . . . . . . . 1354.40 O PROJETO EXTENCIONISTA LITERATURA UM OUTRO OLHAR EM 20151364.41 PROJETO DESAFIO INTERDISCIPLINAR: REPENSANDO O

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1384.42 PROJETO �EDUCAR PARA A SUSTENTABILIDADE: EDUCAÇÃO,

TERRA, AÇÃO!�: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL, O DESENVOLVIMENTOLOCAL, A PARTICIPAÇÃO POPULAR E O CAPITAL SOCIAL. . . . . . . . 139

4.43 SANEAMENTO E MORTALIDADE NAS CAPITAIS DOS ESTADOS DAREGIÃO SUDESTE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140

4.44 SISTEMA BASEADO EM REGRAS FUZZY NA ANÁLISE DARENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO . . . . . . . . . . . . . . . . . 141

8

4.45 SUSTENTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO LOCAL EM UMAASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS: O CASODA ATREMAR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143

4.46 TERCEIRO SETOR: INCOERÊNCIA E DIMENSIONAMENTO EQUIVOCADO1444.47 UM PROBLEMA DE DIFUSÃO EQUIVALENTE A EQUAÇÃO DE BLACK-

SCHOLES PARA OPÇÕES EUROPEIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1454.48 UMA ANÁLISE DE AGRUPAMENTO DOS MUNICÍPIOS DA

MESORREGIÃO SUL-SUDOESTE DE MINAS A PARTIR DE VARIÁVEISDEMOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146

4.49 VARIÁVEIS MUNICIPAIS ASSOCIADAS À TAXA DE POBREZA . . . . . . 147

II Congresso do ICSA, VII Semana do PIEPEXUniversidade Federal de Alfenas - campus avançado de Varginha

1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E PRIVADA

1


1.1 A EFETIVIDADE E O IMPACTO DE POLÍTICASPÚBLICAS: O CASO DO GRUPO BEM-ME-QUER DE

APOIO A PACIENTES COM CÂNCER

Autores: ISABELA ARIANE BUJATO, RAFAEL AMANCIO FERREIRA

Contato: [email protected]

Resumo: As políticas públicas têm um papel de suma importância no que diz respeito à construção dasociedade. Nesse contexto, o governo possui muita relevância como policymaker, pois as políticas deleoriginadas possuem, na maioria das vezes, uma abrangência maior que as demais. Observa-se o Brasilem destaque entre os outros países pelo fato de, através de suas políticas sociais, conseguir combaterquestões relacionadas a desigualdade e pobreza. E assim como as políticas públicas estadocêntricas,as multicêntricas possuem efeitos positivos socialmente: o Brasil possui diversas ONGs que atuam naresolução de várias causas de justiça social onde, através de um trabalho voluntário apoiado, de algumaforma, pelo Estado, tentam modi�car o contexto social brasileiro através de ações com o objetivo deatingir determinado público-alvo de bene�ciários. A respeito da trajetória de políticas de combatee prevenção ao câncer, a Referência 1 a�rma que o mesmo foi tomado no Brasil como um problemade saúde pública mais precisamente nos anos 30, nascendo, a partir daí, uma preocupação geral emimplantar políticas de combate ao câncer que abrangessem não somente a prevenção, mas que, alémdisso, apresentassem um viés assistencialista aos pacientes. Dessa forma, este estudo objetiva traçaras observações, ações e características do Grupo Bem-me-quer, de apoio aos portadores de câncer domunicípio de Monte Santo de Minas � MG, caracterizando-se como descritivo. Quanto à abordagemdo problema, a pesquisa apresenta-se como qualitativa mediante a análise das observações coletadasque possibilitam dimensionar e explicitar a efetividade da política pública. Estas análises, por sua vez,foram realizadas de duas formas: pesquisa de campo, através de uma visita à sede da ONG e entrevistacom alguns dos bene�ciários da política, escolhidos aleatoriamente através de uma lista fornecida peladiretoria do Grupo, contendo 15 contatos com nome e endereço. Todos os pacientes oncológicos dacidade de Monte Santo de Minas � MG têm acesso e são bene�ciados pelas políticas promovidas pelaONG. Totaliza-se, atualmente, um número de 200 (duzentas) pessoas atendidas pelo Grupo. Dentre asações realizadas, estão: a doação de medicamentos, fraldas, suplementos alimentares e consultas para ospacientes com médicos especializados, psicólogos e psiquiatras; distribuição de pan�etos informativose jornais, que durante todo o ano são confeccionados com a �nalidade de informar sobre assuntosrelevantes e orientar sobre as possíveis prevenções da doença. Além dos informativos, ministram-sepalestras em datas especiais sobre temas diversos relacionados ao combate e prevenção do câncer.Através dos relatos dos bene�ciários a respeito da política, observa-se que o Grupo cumpre com asações propostas, mas são vistas pelos mesmos como ações de �bom coração�, ou como um favor queoutros estão fazendo para eles. As famílias dos pacientes oncológicos não compreendem que toda essaspolíticas públicas recebidas são direitos deles, talvez pelo fato de serem carentes e estarem em umasituação que envolve não somente questões de saúde física, mas também psicológica � anto do própriopaciente como dos outros membros de sua família, envolvidos também em seu tratamento. Há tambéma questão de que a maioria deles não entende que o Estado está envolvido nas ações da ONG. Estaassistência por parte do Estado pode ser observada através dos remédios e suplementos recebidos dehospitais públicos, além do apoio �nanceiro que o Grupo recebe do governo por ter o título de UtilidadePública Municipal e Estadual. É preciso que os diretores e voluntários do projeto plantem em cadabene�ciário que tudo aquilo que eles estão recebendo através do Grupo, por mais que seja de bomcoração e voluntário, partindo de pessoas que vivenciarem ou ainda vivenciam o câncer em suas vidas,continua sendo um direito deles. E que a política não é uma porta de saída para a assistência quede alguma forma o governo não dá, mas o contrário: um dos fatos que tornam a política públicadesenvolvida pelo Grupo Bem-me-quer impactante e efetiva é o apoio concedido pelo Estado.

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Referências:[1] Luiz Antonio Teixeira, Marco Porto, Paula Arantes Botelho Briglia Habib; Políticas

públicas de controle de câncer no Brasil: elementos de uma trajetória; Cad. Saúde Coletiva,edição 20, volume 3; (2012)

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1.2 A EVASÃO DE ALUNOS NO BACHARELADOINTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E ECONOMIA

Autores: AMANDA MAMBELI LOPES, CARLOS GUILHERME DE SOUZA


Resumo: Nas últimas décadas vêm ocorrendo nas universidades brasileiras o fenômeno da evasão, umproblema que atinge as instituições de ensino superiores públicas e privadas, em diferentes proporções.Segundo Castro (2012), a evasão pode trazer consequências prejudiciais tanto para as instituiçõesquanto para os estudantes, entender os motivos que a ocasionam pode ajudar a desenvolver meiosde intervenção para minimizar esse problema. Compreende-se como evasão o desligamento do alunopor qualquer outro motivo que o leve a não diplomação, ou seja, a saída de�nitiva do estudante sem�nalizar o seu curso de origem, de acordo com a Comissão Especial de Estudos sobre Evasão nasUniversidades Brasileiras (1996). Segundo INEP (2012), as instituições de ensino superior brasileiras,públicas e privadas, mantiveram o índice de evasão em torno de 20% nos anos de 2006 a 2012. Nasinstituições públicas de ensino superior o índice médio de evasão anual (que representa a porcentagemde estudantes matriculados que, além de não terem concluído o curso, também não se matricularam noano seguinte) era de 11% no ano de 2011, tendo aumentado para 13,2% no ano de 2012. A necessidadede um trabalho mais aprofundado sobre esse problema nas universidades brasileiras se deu, no casodas instituições públicas, quando ele passou a fazer parte da planilha de alocação de recursos dosistema federal, na década de 1990. A partir disso, em 1996, foi criada, como iniciativa do Ministérioda Educação e Cultura (MEC), uma Comissão Especial para o Estudo da Evasão nas UniversidadesPúblicas Brasileiras (CEEEUPB), que possibilitou a realização de um trabalho que apresentasse aspossíveis causas gerais e especí�cas de evasão e sugestões para reduzir os índices de evasão nas IES, deacordo com Adachi (2009). Com isso, a �m de ampliar as pesquisas sobre evasão no ensino superior,principalmente, em novas modalidades de curso, como o Bacharelado Interdisciplinar (BI), o presenteestudo foi realizado na Universidade Federal de Alfenas � UNIFAL � MG, campus Avançado Varginha-MG, tendo como objetivo identi�car a percepção dos alunos evadidos sobre o curso no qual estãoinseridos. A metodologia utilizada caracteriza-se como pesquisa descritiva, que tem como objetivoexpor características de determinada população ou de determinado fenômeno, estabelecendo relaçõesentre variáveis e de�ne sua natureza (MORESI, 2003). Utilizou-se o conceito de evasão tratado pelaCEEEUPB (1996), o qual a de�ne como a saída do aluno de seu curso de origem sem tê-lo concluídoe foi considerada nesta pesquisa a evasão de instituição e evasão do sistema. Esse estudo pode serdescrito metodologicamente, a partir de duas etapas. Primeiramente, a coleta de dados secundários sedeu através de uma pesquisa documental, conforme Severino (2007), em que se obteve um documentodigitalizado fornecido através do Departamento de Registros Gerais e Controle Acadêmico (DRGCA),que permitiu obter as informações sobre os alunos evadidos, como o nome completo, telefone paracontato, e-mail, ano de ingresso, data da ocorrência da evasão, o número da matrícula e turno queo aluno era matriculado. Na segunda etapa utilizou-se como instrumento de coleta de dados umquestionário semiestruturado, conforme Boni e Quaresma (2005), no qual o indivíduo expressava suaopinião através de escala de concordância. Para a análise da coleta dos dados, utilizou-se a técnica dedistribuição de frequências, conforme Medri (2011), por analisar as ocorrências das possíveis causas deevasão. O per�l predominante dos respondentes foi de estudantes do sexo masculino, com faixa etáriade 21 a 25 anos, solteiros, com renda familiar de 2,1 à 5 salários mínimos e que residiam na cidadede Varginha-MG ou próximos à cidade, em um raio menor de 100 km de distância. Como resultadosobserva-se que está associado à evasão um conjunto de fatores, classi�cados como internos ou externose inerentes ao próprio aluno, como a falta de apoio e aportes �nanceiros da instituição aos alunos debaixa renda; di�culdades em conciliar o trabalho com os estudos; �falta de base escolar� de qualidade;modalidade de ensino empregada na instituição e estrutura precária da universidade em seus primeirosanos na cidade. Além desses, fatores como, ingressei no curso pela situação �nanceira que podia me

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proporcionar; estrutura de apoio ao ensino de graduação insu�ciente; as atividades desenvolvidas forade sala de aula no curso não me interessavam; e o curso não correspondia ao per�l, contribuíram paraevasão, segundo a percepção dos alunos respondentes, porém com menor intensidade. A di�culdadedos respondentes com relação à modalidade de curso na instituição pode ser explicada pelo fato de ocurso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia da UNIFAL � MG ser uma modalidadenova no país, havendo o desconhecimento e/ ou insatisfação do curso, perante os alunos. Espera-se queesta pesquisa, permita a compreender a percepção dos alunos evadidos diante a sua inserção no cursoe que auxilie de certa forma, no desenvolvimento de meios de intervenção para minimizar o problemade evasão em questão.

Referências:[1] Ana Amelia Chaves Teixeira Adachi; Evasão e evadidos nos cursos de graduação da

Universidade Federal de Minas Gerais; Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte;Dissertação de Mestrado; (2009)

[2] Alexandre Kurtz dos Santos Sisson de Castro; Evasão no ensino superior: um estudo nocurso de psicologia da UFRGS; Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grandedo Sul, Porto Alegre; (2012)

[3] MEC/SESU; Comissão Especial de Estudos sobre a Evasão nas Universidades PúblicasBrasileiras; Brasília, ANDIFES/ABRUEM/SESU/MEC; (1996)

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1.3 A SITUAÇÃO DO E-GOVERNMENT NO BRASIL: UMAANÁLISE DAS TRÊS MAIORES CIDADES DO SUL DE

MINAS GERAIS

Autores: FLÁVIO TERRA JUNHO, JESSICA DE MARTINS SAMPAIO

Contato: �[email protected]

Resumo: A sociedade da informação é uma variável essencial para as mudanças sociais ao mesmotempo em que propõe questões ambíguas e inde�nidas, por envolver atores de diferentes cenários.Porém, apesar destes contrapontos, a informação é indispensável nas relações sociais e para ofuncionamento dos espaços urbanos, se estendendo aos aspectos governamentais que necessitam seadaptar a essa nova realidade para que mantenha sua credibilidade e autoridade. O governo adotoude forma estratégica e intensiva as Tecnologias da Informação e Comunicação com o objetivo de seaproximar da população, das empresas e organizações não-governamentais, além de transferência dedocumentos físicos para meios virtuais e oferecimento de serviços online de maneira e�ciente e e�caz.Além desses motivos, pode-se acrescentar pontos como o surgimento de novas demandas pelapopulação, como a transparência das contas públicas e aumento no número de meios de participaçãosocial, e a extrema importância das TICs no caminho tomado pelo Estado para cumprir suasprincipais funções, conjuntamente com a desconstrução da necessidade de presença física do cidadãonos prédios públicos sem perder um caráter de proximidade e e�ciência da realização dos objetivos,melhoria dos processos internos e transparência, sendo um meio de difusão do governo eletrônico oue-gov. A utilização do governo eletrônico nos patamares principalmente do governo municipal é ummeio de agilizar os processos de atendimento ao cidadão, pois um dos seus maiores focos, diretamenteou indiretamente, é o atendimento ao cidadão por meio de serviços, sendo este um re�exo das novaspolíticas buscadas na administração pública municipal contidas na reforma administrativa que visa aagilidade e e�ciência. Assim, os três pontos de análise forma a accountability, tem como instrumentosos processos que responsabilizam os agentes públicos pelos seus atos, aumentando o poder de controledos cidadãos; os direcionamentos de análise da interface, tendo como seus componentes principais adisposição de cores, links e informações e no portal municipal a interface grá�ca tem como objetivotambém de tornar a navegação do usuário uma experiência agradável e ágil; e a acessibilidade eusabilidade, que além de ser a frequência de atualização das informações, a efetividade das transaçõesrealizadas via o portal e toda a segurança que envolve a utilização das aplicações, também englobatornar a interface do portal utilizável por qualquer pessoa, sem distinção entre qualquer tipo delimitação. Baseado nestas informações o trabalho buscou primeiramente revisar bibliogra�as a �m decriar um referencial base para a análise dos portais municipais, além de veri�car quais são as variáveisa serem consideradas quando se pretende analisar a accountability, usabilidade e acessibilidade einterface dos mesmos. Assim, posteriormente, foi desenvolvida uma pesquisa de caráter exploratóriocom o objetivo de obter observações empíricas e analisar os dados coletados nos sites das prefeiturascom o objetivo de analisar como se aplicam as variáveis relacionadas aos critérios citadosanteriormente. Para seleção destas cidades do Sul de Minas que teriam seus sites foi considerado se oÍndice de Desenvolvimento Humano (IDH) das mesmas estava em um patamar semelhante, onde ascidades de Varginha, Pouso Alegre e Poços de Caldas apresentavam, em 2010, um IDH de 0,778,0,774, e 0,779, respectivamente. Este ponto foi considerado pois, para analisar questões relacionadasà tecnologia, é necessário que as comparações sejam feitas entre cidades que apresentem condiçõessociais e econômicas parecidas, pois é de extrema importância considerar as condições �nanceiras dasrespectivas prefeituras, visto que os recursos são condicionantes no momento de de�nição do tipo etecnologia do portal. Os resultados mostraram que a crescente utilização pela administração públicadas diversas funcionalidades oferecidas pode ser observada no primeiro acesso a cada site, onde doisdeles, Varginha e Poços de Caldas, fazem o uso das pop-ups, que se tratam de uma janela sobreposta

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à janela principal do portal, para informar sobre trabalhos exercidos pelos municípios como o IPTUsocial e aumento da �scalização no trânsito, respectivamente, possibilitando que o cidadão dê atençãopara algo que seja de interesse público relevante, porém esta ferramenta não utilizada pela cidade dePouso Alegre. Na análise do que é oferecido no início, portais atendem quase em sua totalidade o quedispõem em seus menus. Todos apresentam um formulário para que o cidadão possa entrar emcontato com a prefeitura, entretanto, enquanto o acesso aos mesmos é feito direto pela página inicialnos portais de Varginha e Pouso Alegre, no portal de Poços de Caldas esse formulário demanda umpouco mais de tempo e pesquisa para ser encontrado, o que se torna um di�cultador do processo deaproximação entre sociedade civil e município. Sobre a análise de interface o portal da cidade dePouso Alegre, tratando-se do layout, é o que apresenta maior organização das informações,balanceando de maneira equilibrada o uso de textos e imagens, além da utilização de cores frias comocinza e tons de azul para tornar a visita ao site mais agradável e menos cansativa para o cidadão queacessa. Os sites das outras duas cidades também apresentam essa utilização de cores frias para nãotornar o acesso cansativo, entretanto quando se trata de organização deixam um pouco a desejar. Nocaso de Varginha, o portal ocupa todo o espaço da tela e distribui seus links de maneira um poucoirregular no espaço da página, utilizando um excesso de texto; e no caso de Poços de Caldas aconteceo mau uso do espaço da página, onde há duas barras de links idênticas na parte superior e central dosite, além de dispor de muitas imagens, o que pode atrapalhar um pouco a navegação pois confunde ocidadão. Quanto à acessibilidade e usabilidade todos os três portais analisados apresentam notíciassobre diversos assuntos logo na sua página inicial, desde obras em bairros até editais e licitaçõesabertos, sendo todos atualizados constantemente (quando não diariamente) o que mostra umapreocupação do governo em manter o cidadão atualizado das informações acerca do município, o quepossivelmente pode facilitar a manifestação por parte da população. Além das notícias maisrelevantes, os municípios disponibilizam informações adicionais como o desenvolvimento de umapolítica de acesso à internet para vários bairros, pontos turísticos aos visitantes e históricos completosdo município, no caso Poços de Caldas; atrações culturais, jornais semanais e feriados municipais, nocaso de Varginha; e agenda cultural e a possibilidade de receber notícias de bairros especí�cos viae-mail no caso de Pouso Alegre. A acessibilidade foi um fator que apresentou problemas na suatotalidade, onde os três portais não apresentaram nenhum tipo de auxílio para o acesso de pessoasque apresentam algum tipo de de�ciência física. Não foi observado nenhum tipo de link quepermitisse que a utilização dos portais pudesse ser adaptada de acordo com a necessidade do visitantecomo, por exemplo, o aumento no tamanho da fonte do texto. O último quesito analisado, sendo umdos mais importantes quando se trata de accountability, foi a transparência das contas públicas e dasinformações sobre o poder público ofertados pelos portais. De maneira geral, todos disponibilizaminformações sobre os gastos públicos, porém existem divergências quanto à periodicidade dasinformações, assim como o a visibilidade das mesmas no site. Varginha foi o portal que se mostroumais completo neste quesito, disponibilizando logo na sua página inicial uma aba sobre prestação decontas que leva o usuário a um segundo endereço que dispõe de informações sobre o Portal daTransparência, prestação de contas, planilhas de custo da tarifa do transporte público e arquivos debalancetes do município. O portal de Poços de Caldas apresenta um link direto para seu próprioportal da transparência, porém o mesmo é disposto ao �nal da página, sem nenhuma referência naparte superior, de modo que o cidadão quando acessa o portal só terá ciência da existência deste linkse chegar ao �nal da página. Por último, o portal que mais apresentou de�ciências quanto a estecritério de avaliação foi o de Pouso Alegre. Primeiramente, é necessário primeiro acessar a parte�Cidadão� e posteriormente há uma guia que direciona às contas públicas. Entretanto, neste únicoendereço relacionado às contas públicas, são disponibilizados apenas relatórios de gestão �scal edespesa referentes à 2013, sem nenhum outro tipo de informação ou indicação de onde pode serencontrado qualquer outro tipo de dado referente às contas públicas do município. Concluiu-se que ogoverno eletrônico é uma realidade presente nos três maiores municípios do sul de Minas Gerais,mostrando assim que há uma difusão cada vez maior das TICs no setor público deixando de ser algo

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centrado nas capitais ou no governo federal, mas sim que se estende aos governos locais, o queconsequentemente possibilitou o cumprimento dos objetivos propostos inicialmente. Foi possívelobservar que todas as três cidades se preocupam em apresentar à população notícias constantes eatualizadas referentes ao que é feito dentro dos municípios, desde processos governamentais atéacontecimentos diversos, mostrando assim uma preocupação com a interação cidadão-governo, dandoaos portais características mais dinâmicas numa tentativa de fugir do tecnicismo que é semprerelacionado às questões que envolvem informatização.

Referências:[1] José Antonio Gomes de Pinho; Investigando portais de governo eletrônico de estados

no Brasil: muita tecnologia, pouca democracia; Revista de Administração Pública; Volume 42;número 3; (mai./jun. 2008)

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1.4 ANÁLISE DO SITE DA PREFEITURA MUNICIPAL DEALFENAS

Autores: MARIANNA RODRIGUES SILVA, GUSTAVO DE SOUZA NAZARE, LETÍCIACEZÁRIO DE NOVAIS, RAFAELA MOURA GOULART, PAULO ROBERTO

RODRIGUES DE SOUZA


Resumo: A Administração Pública Brasileira tem passado por várias transformações ao longo dosanos que visam, dentre outros, a redução dos custos dos serviços prestados e um atendimento maisrápido, seguro e de mais qualidade para os cidadãos. Uma das maneiras mais utilizadas atualmente éo E-Gov. O Governo Eletrônico tem o propósito de intensi�car o uso da tecnologia da informaçãofazendo a transição da maneira hierarquizada e burocrática de governar para um modo mais �exível einovador, com uma maior participação da sociedade nas decisões públicas. Em dias atuais, o acesso àinternet já se tornou uma realidade para muitas pessoas, podendo ser feito a qualquer momento e emqualquer lugar do mundo. O uso de smartphones, tablets, notebooks, para este �m, cresce a cada diaque passa. Sendo assim, muitas prefeituras têm criado os seus sites onde são disponibilizados váriosserviços e informações, que buscam atender os anseios do seu público-alvo: os cidadãos. Então,objetivou-se analisar de maneira qualitativa o site da Prefeitura Municipal de Alfenas. Foramanalisados os seguintes pontos: recursos que permitam a transparência governamental e aparticipação popular, a usabilidade do site e os serviços disponíveis à população, os problemasencontrados e os recursos inovadores constantes no mesmo, além de um teste realizado com aouvidoria municipal. Com relação aos recursos que possibilitam a transparência governamental, épossível consultar a Folha de Pagamento dos Servidores. Nela se tem acesso a dados como data deadmissão, cargo, vencimento, dentre outros. É possível veri�car também as contas públicas domunicípio, mas estes dados não são de fácil entendimento. O site não oferece recurso que possibilita aparticipação popular, pois o webmail disponível, só pode ser acessado pelos servidores municipais. Noentanto, o mesmo oferece grande usabilidade. Informações sobre o trânsito, concursos, leismunicipais, licitações, vagas no Sine, telefones úteis, além de um link para todas as secretarias, estãobem visíveis. Há ainda um canal de serviços on-line, dentre os quais pode-se consultar protocolos,emitir notas �scais, guias de ISS e IPTU e taxas diversas. Alguns dos problemas encontrados dizemrespeito a falta de recursos que contribuiriam para um melhor aproveitamento dos cidadãos, dosquais os mais necessários seriam a inserção de um mecanismo de buscas, atendimento online, mapado site, emissão de alvarás e agenda do prefeito e secretários. Informações da cidade para possíveisinvestidores e para turistas seriam recursos inovadores, mas estes também não foram encontrados. Epor �m, a ouvidoria municipal é falha, pois ao tentar fazer contato, o processo de comunicação não éconcluído. Portanto, o site analisado apresenta pontos positivos e negativos, sendo os negativos defácil correção. É inegável que os sites se tornam um meio de integração social e facilitam o dia a diada administração pública, mas estes precisam estar atentos às verdadeiras necessidades dos cidadãose permitir que os mesmos estejam cada vez mais presentes nas decisões públicas.

Referências:[1] PREFEITURA MUNICIPAL DE ALFENAS; (2015)

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1.5 DE COMARE PARA ACOMARE: ANÁLISE DASTRANSFORMAÇÕES ENFRENTADAS PELOS CATADORES

DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DO MUNICÍPIO DEMONTE SANTO DE MINAS, NA TRANSIÇÃO DE

COOPERATIVA PARA ASSOCIAÇÃO

Autores: ISABELA ARIANE BUJATO, FERNANDA SANTINELLI


Resumo: Quando se fala em meio ambiente, observa-se uma relação de dependência entre o homeme a natureza vinda de tempos muito antigos, persistindo até os dias atuais. E assim como asociedade, que faz sua parte para preservar a natureza e seus recursos através de ações simples do diaa dia, o Estado também tem sua parcela de responsabilidade como garantidor de tais recursos. Entraem cena, então, a administração pública e os diversos meios encontrados pela gestão de utilizar deforma correta aquilo que a natureza nos oferece. É preciso que todas as esferas - sejam elasmunicipal, estadual ou federal - entrem em cena por meio de diversas ações de forma a tentardiminuir a escassez de recursos naturais e modi�car o comportamento dos próprios cidadãos quantoao manejo de tais, colocando em prática a sustentabilidade. No que tange à esfera municipal, deacordo com Giaretta, Fernandes e Philippi Jr.1, os municípios brasileiros possuem diversosinstrumentos de controle e prevenção de impactos ao meio ambiente, incluindo a Lei Orgânica e oPlano Diretor, instrumentos econômicos como o fundo municipal de meio ambiente, incentivostributários e consórcios municipais; instrumentos administrativos e institucionais tais como a questãoda educação ambiental, a Agenda 21 e conselhos municipais do meio ambiente. Este estudo apresentauma análise de uma Cooperativa de catadores de materiais recicláveis do município de Monte Santode Minas � MG, transformada em Associação. O propósito central resume-se em analisar as variaçõesenfrentadas pelos catadores de materiais recicláveis da cidade antes e após a transição de Cooperativapara Associação. A pesquisa possui um caráter descritivo a partir do momento em que traça asobservações, ações e características tanto da Cooperativa, bem como da atual Associação. Para isso,o desenvolvimento da mesma se dá através de entrevistas informais com uma das fundadoras daantiga COMARE e uma catadora associada da ACOMARE. Ante a essa análise, observa-se aquelasmudanças que foram positivas e relevantes para a vida dos catadores, bem como aquelas consideradasnegativas e que provocaram, de alguma forma, um retrocesso. Pôde-se perceber, através dos relatossobre a antiga Cooperativa, que a coleta de resíduos recicláveis ocorria diretamente em cadaresidência, fazendo com que os catadores que antes tinham contato direto com o lixo e com qualquertipo de resíduo no aterro municipal � sem nenhuma proteção �, não o �zessem mais. A melhoriaestendeu-se também para a diminuição do lixo que era depositado diretamente no aterro. Observa-se,ainda, que a relação com os catadores apresentava-se, na maioria das vezes, complicada. E para isso,a equipe tinha que estar sempre preparada. As intervenções, quando diminuídas ou extintas a �m deque catadores pudessem en�m �caminhar com as próprias pernas�, fez com que os mesmosdesanimassem em prosseguir com a participação na Cooperativa. A respeito do �m da COMARE, oscatadores associados alegam o fato de a Cooperativa vender, na época, os resíduos recicláveis a umpreço mínimo. No caso da Associação, no que diz respeito ao lucro, a ACOMARE consegue alcançarum maior valor, o que se apresenta como ponto positivo para o sustento das famílias dos associados,amenizando as di�culdades �nanceiras antes não supridas totalmente. Em outros aspectos, oscatadores passaram a ter, novamente, um contato direto com o lixo, coletando no próprio aterro emmeio a materiais contaminados. Este fato, por sua vez, apresenta-se negativo, de grande regressãopara os catadores que passam a estarem expostos a muito mais perigos relacionados à saúde do queantes. Além disso, não há mais a coleta seletiva nas casas, o que pode diminuir ou até mesmoextinguir o pensamento dos cidadãos de que a separação do lixo é um ato importante. Sem coleta

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seletiva, todo o lixo é encaminhado para o mesmo lugar e, dessa forma, a maioria da populaçãoentende-se por não ser necessário tal descarte correto. É necessário que haja uma mudança decomportamento quanto a questões de proteção e higiene dos próprios catadores, que estão expostos acontaminações diversas no contato direto com o lixo. Além disso, é preciso tentar manter, de algumaforma, a coleta seletiva nas casas, incentivando as famílias sobre o descarte correto, contribuindo maisainda para com a administração pública municipal no que diz respeito à sustentabilidade local.

Referências:[1] Juliana Barbosa Zuquer Giaretta et al; Desa�os e condicionantes da participação social

na gestão ambiental municipal no Brasil; Organizações & Sociedade; edição 62, volume 19;(2012)

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1.6 DESENVOLVIMENTO LOCAL: UMA ANÁLISE DOPROGRAMA �TERRITÓRIOS DA CIDADANIA�

Autores: BRUNO DIAS SOARES, ANA MÁRCIA RODRIGUES DA SILVA, JULIANOSILVA COUGO


Resumo: O desenvolvimento de políticas públicas efetivas é um grande desa�o para qualquerEstado. Em se tratando de um país com proporções continentais e disparidades gritantes, como oBrasil, o desa�o se faz ainda maior. A grande quantidade de estados e de municípios desa�a o Estadoa construir Políticas Públicas que se adaptem as regionalidades e as peculiaridades de cada local.Quase 90% dos municípios possuem menos que cinquenta mil habitantes e grande parte delessobrevive de transferências governamentais, enfrentando di�culdades, até mesmo, para serem alvos deprogramas do governo, por falta de servidores com competências técnicas para confeccionar projetosou por mero desconhecimento. Além disso, 15,5% da população brasileira vive em áreas rurais, o queexige políticas ainda mais especí�cas. Analisar tal diversidade, assim como as políticas públicas quebuscam apreendê-las é essencial para que se construam técnicas e mecanismos administrativos. Naimpossibilidade de se criar políticas públicas que �zessem jus as peculiaridades de cada município dopaís e, partindo da concepção de que municípios geogra�camente próximos gozam de uma identidadecompartilhada, o governo federal criou em 2008 um Plano Territorial de Ações Integradas, envolvendoquase vinte ministérios, com o objetivo de levar desenvolvimento sustentável às microrregiões rurais,onde o desenvolvimento e as políticas públicas não chegam. Diante disto objetivo deste trabalho éanalisar este programa, o Territórios da Cidadania, por meio dos documentos o�ciais publicados, e,posteriormente, efetuar correlações com a literatura de Desenvolvimento Local Sustentável, PolíticasPúblicas e especialmente a de Multidimensionalidade da Pobreza. A concepção da pobreza comofenômeno multidimensional implica compreendê-la como um fenômeno variável conforme a idade, ogênero, a cultura, contextos socioeconômicos (CRESPO, GUROVITZ, 2002) além de inúmeros outroselementos, inclusive subjetivos. Ao contrário das concepções voltadas para a "sobrevivência"e para as"necessidades básicas", à luz da multidimensionalidade da pobreza, as concepções baseadas nas"privações relativas"tiveram seu apogeu em Amartya Sen, com sua teoria acerca das Privações dasCapacidades, onde a pobreza é mensurada conforme a incapacidade do indivíduo em exercer suaspotencialidades humanas de forma plena, não mais baseando-se apenas em aspectos isolados. Oprincipal enfoque da análise é veri�car se o programa se aproxima daquilo que a literatura tem comoideal. Tendo como ideia central promover a sustentabilidade no campo e articular os três níveisgovernamentais com a sociedade civil, o programa teve início no ano de 2008 e atingiu mais de milmunicípios, escolhidos conforme seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e de acordo com aconcentração de bene�ciários do Bolsa Família, entre outros critérios de elegibilidade, somando umtotal de sessenta territórios. As três vias de ação do programa foram o �apoio à atividade produtiva�,o �incentivo à cidadania e à garantia de direitos� e a �infraestrutura�, vias estas que se desdobravamem inúmeros focos de ação. Tal estratégia de combate à pobreza, ao envolver aspectos queultrapassam variáveis �nanceiras, nitidamente partem de uma visão multidimensional da pobreza,buscando não apenas o crescimento econômico, mas o desenvolvimento e a emancipação dosindivíduos. Uma vez que são empreendidas ações de caráter econômico, social e ambiental, o projetotambém possui natureza sustentável. O que tornou o programa exequível foi a utilização do modelobottom up de gestão de políticas públicas, que permite a participação do público alvo durante todo ociclo das políticas, além de realizar com presteza a articulação de todas as esferas de governo e dasdistintas secretarias, o que a literatura chama de intersetorialidade e defende como essencial para otrato de questões de grande complexidade, como o desenvolvimento.

Referências:

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[1] Antônio Pedro Albernaz Crespo; Elaine Gurovitz; A pobreza como um fenômenomultidimensional; RAE electron.; São Paulo; volume 1, número 2, páginas 02-12, dez; (2002)

[2] Amartya Sen; Desenvolvimento como liberdade; São Paulo, Companhia das Letras;(2000)

[3] Territórios da Cidadania: Brasil 2008; Acesso em 20 de fevereiro de 2013

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1.7 DIALONGANDO: DIALOGANDO COM AS ONGS DOMUNICÍPIO DE VARGINHA-MG

Autores: ISABELA GIMENEZ MENEGUCI, BRUNO EDUARDO FREITAS HONORATO


Resumo: O projeto �DialONGando: dialogando com as ONGs do município de Varginha-MG�,surgiu com o intuito de estreitar o diálogo entre as Organizações Não Governamentais (ONGs) domunicípio de Varginha/MG, a sociedade e a universidade por meio de palestras, debates e o�cinas.abordando a metodologia da Pesquisa-Ação como um todo no projeto, tendo em vista que seconstitui num �instrumento de `intervenção' na realidade circundante dos pesquisadores, em parceriacom os atores implicados em determinadas situações problemáticas� [1]. O objetivo deste resumo éapresentar as principais atividades e resultados alcançados pelo projeto em 2015. Neste ano, a equipese dedicou às atividades: o evento �Seminário de apresentação de dados do mapeamento�, �Encontrocom o Terceiro Setor� e um grupo de estudos sobre o Terceiro Setor. O primeiro evento foi realizadono mês de maio apresentando os dados coletados a partir do mapeamento das ONGs do município deVarginha-MG, durante o ano de 2014 e apresentado às ações do projeto para o ano letivo de 2015,além de estreitar a parceria com estas organizações. O evento contou com um público das ONGs domunicípio bem como discentes e docentes da Universidade. Foi aplicado um questionáriosemiestruturado com perguntas gerais sobre a estrutura e divulgação do evento, bem como suaavaliação na percepção dos participantes. A partir destes questionários, observamos que o evento foibem avaliado pelo público e que a incoerência gerada pela falta de clareza na de�nição do que é oTerceiro Setor também incomoda as ONGs e os movimentos sociais. A partir da avaliação foramsugeridos atividades e debates para próximas ações do projeto. O segundo evento foi �Encontro como Terceiro Setor�, realizado no mês de setembro em dois dias. Como fruto de estudo e de pesquisasvisou à possibilidade de proporcionar um espaço para que as ONGs se apresentarem à comunidade,além de atender a demanda feita pelo mapeamento sobre a falta de capacitação dos voluntários quedesenvolve atividades com seus assistidos e a sensibilização de voluntários. No primeiro momentorealizou-se uma o�cina de musicalização, desenvolvendo a sensibilidade auditiva, a coordenaçãomotora e a concentração, além se ser um incentivo a música. Foi desenvolvida uma cartilha pelosextesionistas para dar suporte às entidades ao aplicar essas atividades em sua organização. Nosegundo momento foi realizada uma feira para as ONGs através de banner, pan�etos, vídeos pudessese apresentar aos visitantes, mostrando seus objetivos, ações, di�culdades e carências e oreconhecimento de seu trabalho, além de aproximar-se da comunidade. Em paralelo a feira aconteciauma o�cina para voluntários que contou com a presença de voluntários, apresentando sua históriacom o voluntariado e a importância desse gesto. O público atendido foram os discentes dauniversidade que compreenderam a importância da discussão sobre os temas abordados, seaproximando das ONGs que estavam presentes. O grupo de estudo está sendo realizado com novosmembros do projeto, em que estão sendo discutidas as diversas visões sobre o Terceiro Setor e asorganizações que pertencem a esse setor, bem como noções de voluntariado e a importância do ensinoe da pesquisa dentro de um projeto de extensão. Os resultados foram positivos, pois atendemos todasas ações propostas além da aproximação com as ONGs e conhecimento de outras instituições.

Referências:[1] DIONNE, H; A pesquisa-ação para o desenvolvimento local; Brasília: Liber Livro; (2007)

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1.8 ENCONTRO COM O TERCEIRO SETOR- FEIRA DAS ONGS

Autores: LETÍCIA FERREIRA DE MIRANDA, BRUNO EDUARDO FREITASHONORATO


Resumo: O projeto �DialONGando: dialogando com as ONGs do município de Varginha/MG� temcomo objetivo, o estreitamento do diálogo entre universidade, sociedade e as organizações nãogovernamentais (ONGs). No dia 24 de setembro foirealizado um eventona Universidade Federal deAlfenas, chamado �Encontro com o Terceiro Setor-I Feira das ONGs de Varginha-MG�,proporcionando um espaço para que as entidades pudessem apresentar seu trabalho para acomunidade externa e acadêmica, promovendo assim a divulgação de seus trabalhos, apresentandoaos visitantes. As apresentações abordaram o trabalho cotidiano das ONGs, missão desenvolvida, osetor de atuação e o publico atendido, bem como sua localidade, horário de funcionamento, equestões de ordem valorativa tais como: como ser um voluntário. Segundo a referência 1 no contextodas práticas sociais, a informação é um elemento de fundamental importância, pois é por meio dointercâmbio informacional que os sujeitos sociais se comunicam. A feira contou com a presença deseis ONGs do município. Cada organização contou com a presença de um dois representantes para aapresentação, foram usados banners e cartazes para demonstrar qual entidade representavam, ealguns ainda realizaram a distribuição de pan�etos explicativos e informativos sobre os temasdiscutidos pela entidade. Houveram demonstrações de artesanato, produzidos por atividadesdesenvolvidas dentro de uma das ONGs, e de camisetas, como forma de divulgação das ONGs. Alémdo objetivo principal de divulgação, a feira foi uma tentativa de sensibilizar a comunidade presentepara a necessidade de voluntários nessas ONGs (demanda muito destacada por eles ao longo dodesenvolvimento do projeto). Assim a feira ainda viabilizou que os interessados em se tornarvoluntários pudessem saber um pouco mais do trabalho de cada ONG, e identi�car os interesses deambas as partes. O público presente no evento foi em maioria representado pela comunidadeacadêmica, sendo uma média de 50 pessoas. De acordo com a referência 1 observou-se queconsiderando que a construção da cidadania ou de práticas de cidadania passa necessariamente pelaquestão do acesso e uso de informação, percebemos que mais um passo foi dado frente aoestreitamento entre o diálogo da sociedade, da universidade e das organizações não governamentais,pois as ONGs se mostraram satisfeitas e tiveram resultados positivos com a divulgação, portanto oevento teve uma repercussão de sucesso e dever cumprido.

Referências:[1] Eliany Alvarenga de Araújo; Informação, sociedade e cidadania: gestão da informação

no contexto de organizações não-governamentais (ONGs) brasileiras; Ciência da Informação;(1999)

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1.9 ESTUDO DE CASO NO INSS: IDENTIFICANDOCARACTERISTICAS DOS MODELOS DE GESTÃO

PÚBLICA

Autores: SAMIRA MANSUR SILVA ABOU HAIKAL, VANESSA REIS FERNANDES,KEROLAINE JENIFER CORREA, WILLKER JOSÉ DE SOUZA, MARIA GABRIELA

TAVARES DA SILVA, ADíLIO RENê ALMEIDA MIRANDA


Resumo: O trabalho tem como objetivo identi�car características dos modelos de gestão publica,sendo eles, o patrimonialismo, a burocracia, o gerencialismo e o societal em uma agência do InstitutoNacional do seguro Social (INSS) localizada em uma cidade do sul de Minas Gerais. Utilizou-se umroteiro de entrevista semiestruturado. Foram entrevistados dois funcionários efetivos e concursados.Eles possuem os seguintes cargos na agência: o primeiro é perito previdenciário e chefe da SeçãoSaúde do Trabalhador e o segundo entrevistado é chefe da Seção Operacional de Gestão de Pessoas.Foi realizada uma pesquisa para compreender o funcionamento da Instituição, foram utilizados dadosdo seu endereço eletrônico e buscou-se por meio da análise do discurso dos entrevistados, identi�carcaracterísticas dos modelos de administração pública patrimonial, burocrático, gerencial e societal naagência estudada. Portanto, essa é uma pesquisa qualitativa e descritiva. Assim, foram encontradascaracterísticas dos modelos de administração pública burocrático, gerencial e societal, exceto dopatrimonialismo. Este trabalho deixa aberto a outros estudos, pois acredita-se que as evidênciasdesses modelos na organização, possa ser descrito e relatado em outras organizações públicas.Deve-se considerar que os resultados obtidos dizem respeito somente a agência do INSS estudada.

Referências:[1] Ministério da Previdência Social; (2014)[2] Cecília Vescovi de Aragão; Burocracia, e�ciência e modelos de gestão pública: um ensaio;

Revista do Serviço Público, número 3, páginas 104-132; (1997)[3] Claudio Gurgel, Agatha Justen; Controle social e políticas públicas: a experiência dos

conselhos gestores; Revista Administração Pública, páginas 357-378; (2013)

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1.10 FINANCIAMENTO DE CAMPANHA E DESEMPENHOELEITORAL NO BRASIL: UM ESTUDO ACERCA DA

INFLUÊNCIA DOS RECURSOS FINANCEIROS,APLICANDO-SE O MODELO DE REGRESSÃO LOGÍSTICA

Autores: VANESSA PEREIRA TERRA, GABRIEL RODRIGO GOMES PESSANHA,JULIANA GUEDES MARTINS


Resumo: Em um ambiente de constantes transformações econômicas, sociais e políticas, apreservação da autonomia das instituições políticas e sociais face aos interesses econômicos, tornou-seum dos desa�os políticos centrais enfrentados por países democráticos. Nesse contexto, debatesacerca da in�uência do poder econômico sobre o processo de decisões e representações políticas temsido estimulados, porém, com intensidade inferior àquela que seria a necessária, dado os efeitoserosivos que a representação e a legitimidade da democracia podem sofrer mediante a preponderânciado capital e de agentes econômicos na política. No Brasil, o atual sistema de �nanciamento decampanhas é dominado por poucos atores e instituições, de modo que se tornou objeto de análiseante a apreciação de inúmeros casos de corrupção política no país. Sendo um tema complexo erecorrente, a relevância do capital nas disputas eleitorais é evidenciada, na medida que se atenta paraa correlação existente entre as receitas obtidas e o número de votos alcançados por candidatos epartidos especí�cos nas eleições. Partindo do pressuposto de que no decorrer dos anos a arrecadaçãoe a utilização de recursos �nanceiros nas campanhas eleitorais aumentaram substancialmente, oacesso a esses recursos manifesta-se como imprescindível para o desempenho dos candidatos. Dentrodessa temática, diversos autores atentam-se para a relação existente entre as elites políticas e osinteresses empresariais, resultando em desigualdade de oportunidade entre os candidatos,preponderância do poder econômico nas eleições, corrupção e a deslegitimação das instituiçõesdemocráticas. Nesse ponto, o presente trabalho visa contribuir para as discussões a respeito do�nanciamento de campanhas eleitorais no Brasil investigando a seguinte questão: é possívelidenti�car uma relação entre o custo das campanhas eleitorais e o resultado das eleições no país? Aoperacionalização da investigação acerca da in�uência dos recursos �nanceiros no desempenhoeleitoral deu-se, substancialmente, pela utilização do modelo de regressão logística, visto quebuscou-se veri�car a existência de dependência estatística da variável dependente, denominada�eleição para governador�, em relação as variáveis independentes, denominadas �número de eleitos naCâmara dos Deputados�, �doações diretas ao candidato� e �doações a comitês e diretórios partidáriospertencentes à coligação do candidato�. A base de dados utilizada para a construção desse estudoprovém do banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que fornece tanto informaçõesreferente aos candidatos como suas respectivas prestações de contas eleitorais. Destaca-se que asobservações foram feitas para os anos de 2002, 2006, 2010 e 2014, de modo que a de�nição dohorizonte temporal se deu em função da disponibilidade de informações que consta na base de dadosdo TSE. Para a estruturação do modelo, inicialmente foram levantados todos os candidatos agovernador dos estados brasileiros. Posteriormente, os respectivos candidatos foram elencados deacordo com o Estado em que a eleição foi disputada e o partido político que o mesmo é �liado. Oscandidatos que não apresentaram prestação de contas, retiraram candidatura ou estavam com dadosfaltantes foram eliminados das análises. Assim, selecionou-se cinco candidatos a governador paracada um dos entes federados, totalizando 699 observações no período de quatro anos. As estimativasdo modelo apresentaram-se consistentes, uma vez que no âmbito das observações feitas pelo modelo,595 manifestaram-se como corretamente previstas, a um nível de con�ança de 100%.Concomitantemente, dentre os candidatos eleitos para governador, constatou-se, através da prestaçãode contas feita ao Tribunal Superior Eleitoral, que todos estavam entre os três candidatos com maior

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quantidade de recursos �nanceiros arrecadados, o que evidencia a desigualdade de competiçãoexistente nas disputas eleitorais. Nessa perspectiva, conforme referência 1, argumenta-se que omodelo legal vigente de �nanciamento de campanha eleitoral traz consigo algumas problemáticas denatureza distinta, dentre elas: uma subversão do princípio da igualdade dos cidadãos quanto à suain�uência sobre a representação política, a existência de uma possível dependência dos candidatoseleitos em relação aos seus �nanciadores e uma distorção da competição eleitoral pelo peso dosrecursos �nanceiros em campanhas ou pela distribuição desses recursos entre os candidatos. Essapesquisa é resultado de uma investigação introdutória a respeito da temática �Financiamento deCampanha Eleitoral no Brasil�, como sugestão de trabalhos futuros, dado a relevância do tema,sugere-se a perquisição de outras variáveis que podem in�uenciar no desempenho eleitoral doscandidatos, bem como uma análise da in�uência dos recursos �nanceiros nas demais modalidades dedisputa eleitoral, de modo que seja possível testar as inferências parciais aqui levantadas.

Referências:[1] Bruno Wilhelm Speck; O Financiamento de Campanhas Eleitorais; Leonardo Avritzer,

Fátima Anastasia (orgs); Reforma Política no Brasil; (2006)[2] Leonardo Avritzer, Newton Bignoto, Juarez Guimarães, Heloisa Maria Murgel Starling

(orgs); Corrupção: Ensaios e Críticas; (2012)[3] Mauro Macedo Campos; Democracia, Partidos e Eleições: Os Custos do Sistema

Partidário-Eleitoral no Brasil; Tese de Doutorado; (2009)

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1.11 GESTÃO PÚBLICA: PERSPECTIVAS SOBRE O SENTIDODO TRABALHO E AS RACIONALIDADES ENVOLVIDASEM UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO DO SUL

DE MINAS GERAIS.

Autores: CAMILA PESSOA PRADO, LUANA APARECIDA RIBEIRO, MARINA SILVAMARTINS, TATIANE PAIVA FONSECA DA CRUZ


Resumo: O gestor público exerce uma das funções mais importantes dentro da organizaçãorepresentando a gestão como um todo, a partir de princípios como responsabilidade, legalidade,con�ança, entre outros. Ao longo da história, o trabalho pode ser abordado de diversas formas,associado aos valores sociais, podendo assumir conotações negativas, como positivas e também adiferentes sistemas sociais. A discussão sobre a racionalidade humana remete diretamente àspremissas tomadas como verdadeiras e que desencadeiam o pensamento lógico. Ao se tratar do temada racionalidade, Weber ([1901] 2004) foi pioneiro ao diferenciar quatro tipos de racionalidade:racional referente a �ns; racional referente a valores; racional afetivo e racional tradicional. Apesar dadiferenciação, o autor coloca que, na ação social, haveria quase sempre uma mistura de racionalidadesenvolvidas. Diante do exposto o objetivo deste estudo é analisar as ações gerenciais, o sentido dotrabalho e as racionalidades utilizadas no ambiente de trabalho de uma instituição de ensino do sulde Minas Gerais. A metodologia empreendida baseou-se em uma pesquisa qualitativa estudo decampo, através de uma entrevista semiestrutura junto a coordenadora da instituição. Conforme oresultado analisado, pode-se constatar que o gestor público em questão vê o administrador públicocomo um líder que depende de outras pessoas para a organização funcionar, e que o melhor métodode gestão é o compartilhado. Com relação a pratica social, o tipo de gestão encontrada na instituiçãoé a técnica, pois o principal objetivo é o alcance de resultados coletivos. As relações sociais dainstituição são sempre aperfeiçoadas, buscando métodos que posso agradar e satisfazer todos osenvolvidos. No que diz respeito aos sentidos subjetivos relacionados ao trabalho percebe-se, por meiodo desenho apresentado pela gestora pública, que estão associados a sentimentos positivos comounião, a busca pelo conhecimento, amor pelo trabalho e como o próprio título já diz �força�, e queapesar das di�culdades enfrentadas com relação à família, a mesma se sente muito feliz em seutrabalho. No que concerne as ações sociais realizadas no ambiente de trabalho veri�ca-se que sãoações racionais referentes a �ns, pois todas as atividades devem ser planejadas para diminuir os riscosde erro. E que o tipo de racionalidade utilizada em seu trabalho é a racionalidade funcional. Sendoassim, �ca claro que o gestor público exerce uma das funções mais importantes da organização, tendocomo objetivo alcançar resultados positivos e e�cientes para a instituição. Mostra também que asubjetividade do trabalho se refere a uma essência controlada pela consciência na sociedade e que aracionalidade remete as premissas tomadas antes de qualquer decisão na instituição como verdadeiroe que desencadeiam o pensamento lógico.

Referências:[1] Alexandre de Pádua, Mariana Mayumi; Racionalidades no fazer artístico: estudando a

perspectiva de um grupo de teatro; Revista de Administração de Empresas, volume 51, número4; (2011)

[2] Gelson Silva; Gestão e ação gerencial nas organizações contemporâneas: para além do"folclore"e o "fato"; Gestão e Produção, volume 8, número 3; (2001)

[3] sem referencia3

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1.12 MODELOS DE PREVISÃO DE FUSÕES E AQUISIÇÕES:UMA ANÁLISE COMPARATIVA DE METODOLOGIAS

PARA O SETOR BANCÁRIO BRASILEIRO

Autores: PALOMA MARIA BENELLI, GABRIEL RODRIGO GOMES PESSANHA,JOÃO ESTEVÃO BARBOSA NETO, LEANDRO FERREIRA


Resumo: Considerando o volume de transações de F&A envolvendo empresas brasileiras no setorbancário e a importância de tal estratégia de crescimentos nos resultados das companhias, torna-serelevante estudar e analisar a existência de padrões de ocorrência destes processos e desenvolvermetodologias de previsão a partir de variáveis que expressam as características gerais, econômicas e�nanceiras da �rma e que são capazes de in�uenciar a ocorrência do processo de fusão e/ou aquisição.Sendo assim, o objetivo principal deste trabalho é identi�car os padrões de ocorrência das operaçõesde fusões e aquisições (F&A) nas instituições �nanceiras brasileiras. A metodologia CAMEL,utilizada neste estudo, trata-se de uma ferramenta analítica utilizada para avaliar a situaçãoeconômico-�nanceira de instituições. A sigla CAMEL é composta por cinco blocos de análise, sãoelas: capital (adequação de capital), asset quality (qualidade dos ativos), management capability(qualidade da gestão), earnings (resultados), liquidity (liquidez) (RESENDE, 2012). As dimensõesque compõem a metodologia CAMEL geram inúmeras informações e dão suporte para a tomada dedecisão e avaliação das organizações (EVANS et al., 2000). De maneira geral, pode-se a�rmar que ametodologia CAMEL ainda é pouco utilizada no Brasil. A mencionada metodologia de avaliação émais utilizada pelos órgãos mundiais de supervisão bancária e foi difundida nos trabalhos publicadospelo Federal Reserve e pelo Fundo Monetário Internacional (MIRANDA, 2008). Pouco se conhece dostrabalhos que estudaram a aplicabilidade da metodologia CAMEL na previsão de operações de fusõese aquisições. Os dados necessários para a realização deste trabalho foram obtidos a partir de fontessecundárias, Economática, Banco Central (2015), KPMG (2015) e Ipeadata (2015). O períodoanalisado está compreendido entre o primeiro trimestre de 1995 e o segundo trimestre de 2015.Ressalta-se a relevância e importância do período, pois ele compreende os anos posteriores aimplantação do Plano Real e, além disso, a reestruturação e diversas alterações promovidas noSistema Financeiro Nacional. Os pacotes estatísticos escolhidos para fazer as análises deste trabalhoforam o software SPSS (Statistical Package for Social Science) e o R (The R Foundation forStatistical Computing, Viena, Áustria; http://www.r-project.org), sendo o último gratuito e dedomínio público. Os dados utilizados no decorrer deste trabalho foram organizados em forma depainel não balanceado, por isso, torna-se relevante incluir no processo de modelagem os efeitos nãoobservados oriundos das organizações estudadas ou dos efeitos de tempos especí�cos. Os indicadoresutilizados nesta pesquisa seguem a estrutura do Plano de Contas � COSIF. Foram realizadasadaptações a estes indicadores a �m de adequá-los ao sistema bancário e em função também do nívelde contas contábeis divulgadas pelo BACEN. Nesta pesquisa foram utilizados 36 indicadores gerais,�nanceiros, econômico e contábeis. No total foram estudadas 35 instituições �nanceiras, sendo 3adquirentes e 32 adquiridas. Com relação às variáveis relativas às características de mercado eeconômicas, incluídas para a determinação, sob a ótica das adquirentes, de padrões de ocorrência dasfusões e aquisições, as hipóteses foram formuladas com base na teoria econômica e na literaturaacadêmica. Quanto as técnicas de análise de dados, foram desenvolvidos modelos de AnáliseDiscriminante Linear (ADL), Regressão Logística (RL), Redes Neurais Arti�ciais (RNA) paraidenti�car padrões de ocorrência nos momentos em que as estratégias de F&A são adotadas pelasinstituições adquirentes. A ADL é uma técnica que pode ser aplicada para a classi�cação deelementos amostrais ou população, mas que difere do método da análise de clusters em virtude deque, para a sua utilização, é preciso que os grupos para os quais cada elemento amostral pode ser

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classi�cado estejam de�nidos previamente, ou seja, conhecidos a priori em termos de suascaracterísticas gerais (MINGOTI, 2005). A RL representa um formato especializado de regressão quetem por �nalidade a previsão e explicação de uma variável categórica binária ou qualitativa que nestetrabalho será representada na primeira etapa do trabalho pela adoção ou não adoção de estratégiasde F&A pelas instituições adquirentes e, na segunda etapa, pelo per�l assumido durante taisprocessos (adquirida ou adquirente) (HAIR et al., 2009). As RNAs são elementos computacionaisinspirados em neurônios humanos que, quando conectados em rede, podem reproduzir algumascaracterísticas de processos inteligentes (ARAÚJO, 1996). Especi�camente, nesta tese a rede serácriada com objetivo de alcançar a classi�cação dos casos estudados entre: os grupos de empresasadquirentes e adquiridas e as datas em que se observa e não se observa a ocorrência de F&A. Sendoassim, o parâmetro de saída encontrado estará compreendido entre os valores zero e um,representando a probabilidade de cada caso pertencer a um grupo ou outro. Os resultados mostraramque as variáveis independentes utilizadas têm uma relação direta com o momento de ocorrência dasF&A. Ressalta-se, entretanto o alto poder de previsão demonstrado pela RNA ajustada (pura ehíbrida). A arquitetura de rede utilizada conseguiu prever corretamente, aproximadamente, 99,7% e99,6% dos períodos em que F&A ocorrem e não ocorrem. O pior nível de acerto foi observado naaplicação da metodologia de ADL (67,16%). Em outras palavras, quanto à capacidade preditivaglobal dos modelos ajustados, em termos absolutos a RNA e o modelo híbrido demonstram uma clarasuperioridade em relação às demais metodologias, pois apresentaram um percentual de acertoexpressivo. A comparação do poder preditivo pela estatística Kappa denota a superioridade das redesneurais, sejam em sua forma tradicional ou híbrida, na previsão ou no reconhecimento de padrões deocorrência de F&A. Todavia, pelas características inerentes ao método, não é possível o estudodetalhado do relacionamento entre as variáveis, sendo esta uma das principais limitações dosmodelos. Por �m, ressalta-se a importância do desenvolvimento de trabalhos como este paramercados emergentes. Modelos de previsão podem trazer mais segurança e amenizar o risco assumidopelos investidores. Além disso, podem fornecer úteis informações para a tomada de decisãoempresarial, uma vez que elenca variáveis importantes para a classi�cação de empresas alvo e nãoalvo de F&A. Espera-se, com este trabalho, contribuir para as discussões acerca da importância demodelos de previsão de F&A no setor bancário e em mercados emergentes. Para pesquisas futuras,tendo em vista o fato de que qualquer estatística de previsão é passível de erros, sugere-se a utilizaçãode outras metodologias e técnicas para a complementação dos resultados. Além disso, sugere-setambém a investigação de outros setores de atividade da economia, acreditando-se que assim, sealcançará uma ampliação do entendimento dos fatores determinantes de estratégias de F&A, sejamrelacionados às dinâmicas de mercado, dinâmicas econômicas e/ou dinâmicas especí�cas da �rma.

Referências:[1] Pedro Verga Matos, Vasco Rodrigues; Fusões e aquisições: motivações, efeitos e política;

Principia: Cascais; (2000)[2] Uwe Waldemar Rasmussen; Aquisições, fusões & incorporações empresariais; São Paulo,

Aduaneiras, (1989)[3] Thomas Wood Júnior, Flávio Vasconcelos, Miguel Caldas; Fusões e aquisições no Brasil;

Revista de Administração de Empresas Executivo, São Paulo, volume 2, número 4, (nov. 2003/jan. 2004)

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1.13 MORFOLOGIA DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO EPOLÍTICAS PÚBLICAS DIRECIONADAS

Autores: nenhum Primeiro Autor informado, JULIANO SILVA COUGO, JONATAMAUGUSTO MARINHO, MAYARA CRISTINE DOS REIS, LUIZ OTAVIO DE OLIVEIRAPALA, THAISA DE OLIVEIRA TANABE, TâNIA RIBEIRO LAIRA, CASSIA HELENA

MARCHON


Resumo: O conhecimento de dados sobre acidentes de trânsito possibilita apontar novos rumos depolíticas públicas para diminuição de suas fatalidades e riscos. Além disso, o estudo sobre o temapromove a conscientização e responsabilidade dos cidadãos enquanto usuários das vias de trânsito.Em 2013, estima-se que os acidentes de trânsito foram responsáveis por aproximadamente 42 milmortes e 175 mil feridos. As principais vítimas do trânsito são homens jovens. Em 2012, morreramaproximadamente 20 mil indivíduos no trânsito com idades entre 20 e 39 anos. Destes, 17 mil sãohomens. Diversos fatores ocasionam as mortes do trânsito, sendo o mais relevante, a combinaçãode álcool e direção. No Brasil, a lei permite o consumo de álcool a partir dos 18 anos de idade ea quantidade anual consumida varia entre 7,5 e 9,9 litros per capita. Visando conter o uso de álcoolatrelado à direção, criou-se a Lei 11.705 em 2008, popularmente chamada Lei Seca. Em 2012, alteraçõesainda mais rigorosas foram adotadas com a Segunda ou Nova Lei Seca. A primeira lei estabeleciatolerância de dois decigramas por litros de sangue no exame sanguíneo ou, aproximadamente, uma lataou copo de cerveja e multa de R$ 957,70. A Nova Lei Seca estabeleceu tolerância zero para direçãoembriagada. A multa subiu para R$ 1.915,40 e, em caso de reincidência, o valor dobra e o motoristaperde o direito de dirigir. Entre 2007 e 2009 houve uma diminuição de 7,4% de mortalidade no trânsito,com destaque para os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo onde houve queda de 32,5% e 18,45%,respectivamente. Nas capitais, a mortalidade no trânsito caiu 11,8% no mesmo período, sendo asmaiores reduções observadas na capital do Rio de Janeiro (58,1%) e Salvador (37%). Porém, essaredução se ateve apenas ao primeiro ano de implantação da Lei Seca. Após este período, as séries deóbitos e feridos retornaram as suas tendências originais de crescimento. Segundo dados do Ministérioda Saúde, entre 2012 e 2013, houve uma redução de 2.546 óbitos no trânsito, mas ainda resta veri�car osimpactos de longo prazo da Nova Lei Seca. O número de óbitos no trânsito vem apresentando tendênciade crescimento na última década. Entre 2000 e 2013, este número subiu de aproximadamente 29 para42 mil. Contribuiu para esta tendência de crescimento o aumento expressivo na frota de veículos emcirculação. Em 2003, o Brasil possuía uma frota de quase 40 milhões. Uma década depois, este númeromais que dobrou. A taxa de crescimento dos óbitos vem sendo particularmente preocupante entre osmotociclistas. A partir de 2010, o total de óbitos de motociclistas superou os óbitos de pedestrese passageiros e condutores em automóveis. Este aumento se deve em grade parte ao crescimentoexpressivo da frota de motocicletas que mais que triplicou entre 2003 e 2013. Através de uma análisequalitativa e quantitativa dos dados disponíveis em órgãos governamentais e um estudo bibliográ�co,pode-se considerar que um aumento do número de veículos tem levado a um aumento também damortalidade no trânsito e que interferências do Estado como na Lei Seca surtem efeito apenas imediato.Os homens e os jovens são as maiores vítimas. A imprudência e propensão ao risco ainda são fatorescausadores de óbitos no trânsito. Mesmo com as campanhas de conscientização realizadas por váriasinstituições públicas e organizações não-governamentais ainda não foi possível promover uma mudançacomportamental no trânsito. Palavras-chave: Acidentes de Trânsito. Lei Seca. Direção Embriagada.

Referências:[1] Deborah Carvalho Malta et al; Análise da mortalidade por acidentes de transporte

terrestre antes e após a Lei Seca-Brasil, 2007-2009; Epidemiologia e Serviços de Saúde, volume19, número 4, páginas 317-328; (2010)

[2] Brasil; Lei no 11 705 de 19 de junho de 2008; Diário O�cial da União; (2008)

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[3] Brasil; Ministério da Saúde; Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM); Disponívelem: http://bvsms.saude.gov.br/; Acesso em 28 de outubro de 2015

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1.14 NOVAS ESTRATÉGIAS E ATUAÇÃO EM SEGURANÇAPÚBLICA: PARTICIPAÇÃO E COLABORAÇÃO DACOMUNIDADE EM PARCERIA COM A POLÍCIA

MILITAR.

Autores: RENÊ WILLIAN DE SOUZA PEDROSO, TâNIA RIBEIRO LAIRA, LUIZANTONIO STAUB MAFRA


Resumo: Em atividade no município de Nepomuceno/MG desde o ano de 2008, o ConselhoComunitário de Segurança Pública (CONSEP) atua tanto nas áreas urbanas através da �Rede deVizinhos Protegidos� e �Rede de Comércios Protegidos� quanto nas áreas rurais através da �Rede dePropriedades Rurais Protegidas�. O CONSEP procura planejar as ações de segurança pública a partirde uma relação mais próxima com a comunidade. Dessa forma, este trabalho tem como objetivoanalisar a atuação do Conselho Comunitário de Segurança Pública no município de Nepomuceno noestímulo à participação e colaboração entre os membros da comunidade e com a Polícia Militar nocombate à criminalidade. Essa nova estratégia de segurança pública tem contribuído tanto nocombate à criminalidade como também na construção do capital social. A pesquisa realizada é denatureza qualitativa tendo como objeto de estudo o Conselho Comunitário de Segurança Pública nomunicípio de Nepomuceno/MG. O levantamento dos dados foi elaborado por meio de: i. Entrevistacom o Primeiro Tenente do 2o Pelotão da 116a Cia do 8o Batalhão PMMG onde foram fornecidosdados referentes ao número total de ocorrências durante os anos de 2012 a 2014; ii. A observação dasferramentas utilizadas pelo CONSEP tanto para a comunicação entre os moradores quanto para coma Polícia Militar. O CONSEP tem importante papel no combate à criminalidade uma vez que age naraiz do problema através da união e conscientização dos moradores e a parceria dos mesmos com oórgão de segurança local. Nas referências 2 e 3 observou-se que o Conselho Comunitário de SegurançaPública se caracteriza como uma associação civil com personalidade jurídica de direito privado. Sem�ns lucrativos, com funcionamento independente de qualquer órgão público, apoiada sob o direito deassociação, dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos garantidos em lei no art. 5o, incisos: �XVII- é plena a liberdade de associação para �ns lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criaçãode associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada ainterferência estatal em seu funcionamento;� (BRASIL. Constituição, 1988). No que se diz respeito aocapital social de acordo com a referência 1, Putnam (1996) o descreve como sendo a cooperaçãoespontânea entre os membros de uma sociedade para a realização de objetivos que tenham emcomum. Porém, para que isso ocorra é necessária a existência de con�ança mútua entre estesindivíduos. Ao observar a ação do CONSEP na cidade de Nepomuceno/MG pôde-se identi�car que omesmo promove tal �cooperação espontânea� mencionada por Putnam na medida em que promove aunião da comunidade aumentando o nível de con�ança entre os membros, assim como dos mesmoscom a polícia militar. Como incentivo à participação e criação da con�ança entre comunidade epolícia, o conselho comunitário promove mensalmente reuniões nos bairros onde os moradores podemexpor suas reclamações e sugestões referentes ao policiamento nos locais. Além disso, a �Rede deComércios Protegidos� possui contato direto com os policiais através de um grupo de WhatsApp(rede social) onde trocam informações em tempo real sobre atos criminosos que ocorram dentro oupróximo aos comércios membros da rede, na qual resulta em uma ágio identi�cação e localização dosmeliantes. Apesar de as reuniões ocorrerem regularmente, a participação dos moradores em algunsbairros é baixa em relação ao número de associados, isso se deve pelo fato de que em muitas vezes osmesmos se sentem coagidos por criminosos residentes nos locais. Uma das medidas adotadas peloCONSEP para contornar tal situação é a existência de �chefes de bairro�, que são moradores eleitospela própria comunidade com o intuito de promover a ligação entre ela e a polícia militar. Qualquer

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morador pode se tornar chefe de bairro desde que não tenha passagens pela polícia, se comprometa aparticipar das reuniões do conselho e goze da con�ança dos residentes de seu bairro. Diante aapresentação dos dados obtidos, constatou-se que, assim como expresso na referência 3, o CONSEP �éum inovador ambiente de exercício da cidadania, em que os moradores residentes no espaço por eleabrangido, inteiram-se do trabalho da Polícia Militar e dos órgãos de Defesa Social, tomamconsciência da complexidade da intervenção no fenômeno da criminalidade e se mobilizam no sentidodo acionamento de outros setores públicos�. Dados fornecidos pelo Primeiro Tenente do 2o Pelotão da116a Cia do 8o Batalhão PMMG, atualmente no comando da Polícia Militar de Nepomuceno/MG,demonstram uma queda de cerca de 30,62% no número de ocorrências anuais entre o ano de 2012 à2014, período o qual o CONSEP vem se propagando no município. Com isso, ele não só se manifestacomo uma e�caz estratégia para a melhoria da segurança pública, como também para a construção efortalecimento do capital social.

Referências:[1] Robert D. Putnan; Comunidade e democracia: a experiência da Itália Moderna; 5a

Edição, Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas; (1996)[2] BRASIL; Constituição da República Federativa do Brasil; Brasília; (1988)[3]

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1.15 O ACESSO À EDUCAÇÃO ÀS CRIANÇAS PORTADORASDE SÍNDROME DE DOWN

Autores: MARIANNA RODRIGUES SILVA, AMANDA FERREIRA ALVES, CARLOSJOSE DA SILVA JUNIOR, ITALO DO NASCIMENTO MENDONÇA, LETÍCIA CEZÁRIO

DE NOVAIS, RODRIGO PAIVA CAMPOS CARVALHO, FERNANDA SANTINELLI


Resumo: Atualmente, assuntos como a inserção dos diferentes tipos de grupos sociais que compõem asociedade e o repúdio à discriminação seja por raça, sexo, cor, opção religiosa ou política, têm se tornadoconstantes. Este é um processo de aceitação das diferenças e aprender a conviver com as mesmas é maisdo que fundamental. Incluir estes grupos que são excluídos da sociedade e sofrem preconceitos, injúriasou até mesmo algum tipo de fobia, signi�ca garantir direitos básicos aclamados tanto pela DeclaraçãoInternacional dos Direitos Humanos como pela Constituição Federal do nosso país. Neste contexto,também estão inseridas as pessoas portadoras de síndrome de down, que, na maioria das vezes, passampor diferentes tipos de preconceitos ao longo de suas vidas. E um dos principais desa�os enfrentadosse dá com respeito a educação. Apesar de ser um direito garantido por lei à todos, muitas instituiçõesde ensino privado se dizem não estar aptas para receber tais crianças. Então, objetivou-se investigaratravés de amparo legal e de uma pesquisa de campo, os motivos de cada lado deste caso. Há várias leisque visam garantir o direito à educação à todas as crianças, independente da particularidade de cadauma, tais como o inciso III do artigo 208 da Constituição, o artigo 59 da Lei 9.394/96 de Diretrizese Bases da Educação Nacional, a Lei 8.069/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 53,inciso I, além do Decreto 3.298 que regulamenta a Lei 7.853/89, que trata da Política Nacional paraa Integração de Pessoa Portadora de De�ciência. O artigo 8o estabelece que seja crime passível depunição com multa e pena de 1 (um) a 4 (quatro) anos de prisão, recusar, suspender, cancelar oufazer cessar, sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer grau,público ou privado, por ser portador de de�ciência. Entretanto, por existirem algumas �brechas� nasleis, algumas instituições de ensino privado, alegam ser dever do Estado, garantir as formas de acessoà inclusão na educação, inclusive para crianças especiais e que a aceitação das mesmas, poderia trazerprejuízos �nanceiros e ao aprendizado dos demais alunos. Porém, na prática, através de entrevistasde campo com as crianças portadoras desta síndrome e com os professores educadores, foi possívelconstatar uma integração bem sadia com os demais alunos dentro e fora da sala, sem que os mesmosfossem prejudicados e com benefícios imensuráveis à formação da criança portadora. Sendo assim,conclui-se que não há empecilhos ou qualquer outro problema que impeça a matrícula dessas criançasem qualquer instituição de ensino, seja ela pública ou privada. O direito à educação, à igualdade detratamento em qualquer situação e a garantia da inclusão das minorias sociais, são pontos chave dasociedade atual e pauta das discussões nos processos políticos. É a partir da aceitação das diferençasque se constrói um mundo justo, igualitário e digno, fazendo com que haja a possibilidade de viverplenamente na igualdade de direitos.

Referências:[1] BRASIL; Constituição da República Federativa do Brasil; Brasília, Senado Federal,

Centro Grá�co; (1988)[2] BRASIL; Estatuto da Criança e do Adolescente; Lei Federal no 8069, de 13 de julho de

1990; (1990)[3] BRASIL, Senado Federal; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: no 9394/96,

Brasília; (1996)

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1.16 O CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICAS SOBREDROGAS: O CASO DO MUNICÍPIO DE VARGINHA-MG

Autores: CARLOS GUILHERME DE SOUZA, AMANDA MAMBELI LOPES


Resumo: A criação dos Conselhos se deu em um momento histórico no qual se acreditava estardentro de um período democrático no Brasil e no mundo (BEHRING E BOSCHETTI, 2009). Assim,a importância dos conselhos está no fortalecimento da participação democrática advindas dapopulação no que diz respeito à implementação de políticas públicas e inserção da população nagestão (BRAVO E SOUZA, 2004). Diante disso, o papel dos conselheiros na efetivação daparticipação democrática, através de sua atuação dentro dos conselhos como representantes dasociedade civil e do poder público, é de extrema importância. Com isso, a presente pesquisa vem comobjetivo de identi�car a presença de práticas democráticas, através da atuação dos conselheiros, nasreuniões do Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas -COMAD de Varginha � MG. O debatesobre conselhos ganhou importância no país nos anos 1990 como resultado da Constituição de 1988,ao adotar mecanismos de participação direta dos cidadãos nas tomadas de decisões públicas, atravésde instrumentos concretos para seu exercício via democracia participativa. Os conselhos constituemum novo espaço de participação política, Leis orgânicas especí�cas passaram a regulamentar o direitoà participação por meio de conselhos deliberativos, entre representantes do poder Executivo e deinstituições da sociedade civil. Porém, a sua efetivação apresenta alguns problemas em relação aoavanço e limites na sua atuação (TÓTORA e CHAIA, 2002). Os conselhos possuem comoatribuições, avaliar e apresentar novas diretrizes e soluções para o pleno funcionamento da política domunicípio, além de apresentarem caráter �scalizador, deliberativo, consultivo, normativo epropositivo (ALVES, 2014). A metodologia utilizada nessa pesquisa se deu através de abordagemqualitativa, no qual utilizou-se como coleta de dados, a análise documental através de atas eRegimento Interno, e observação não participante. Na análise documental foi feita uma leitura dastrês ultimas atas das reuniões, referente ao mês de fevereiro, março e abril do ano de 2015 e tambéma leitura do Regimento Interno do COMAD de Varginha, a �m de veri�car como era composto osrepresentantes do conselho, além de suas atribuições e objetivos. Diante a observação nãoparticipante, notou-se que não era realizada a leitura das atas nas reuniões do COMAD, sendo atocontrario ao estabelecido pelo Regimento Interno do Conselho em estudo. Segundo Tatagiba (2002),os conselhos devem se con�gurar mais como instrumentos de participação do que regrados em normase leis estabelecidas. É possível observar que os conselheiros do COMAD conduzem as reuniões comoum procedimento, realizando algumas atividades por estar presente no Regimento por lei. Essa faltade importância dos conselheiros frente às atas também pode ser evidenciada nas reuniões pelaspoucas assinaturas dos mesmos, visto que, havia a presença da maioria dos membros, ou seja, algunsdos presentes na reunião não assinaram as atas. Observou-se que nas reuniões, os conselheiros,titulares e suplentes, não seguiam uma ordem sequencial das pautas e principais abordagens queseriam discutidas, apresentando assim, certa confusão ao se conduzir os assuntos a serem abordadosnos encontros. A partir da observação não participante, �cou evidente que o debate, a condução edecisão das reuniões �rmaram-se sob a palavra de três representantes do conselho, sendo eles oPresidente a Secretária-Geral e uma representante da Sociedade Civil, não abrindo espaço paramaiores discussões com os demais conselheiros. Segundo Raichelis (2007), o conselho tem função defortalecimento e efetivação da participação democrática da população, tornando mais próximo ocidadão da gestão pública. Nota-se que as questões apresentadas nas reuniões possuem maior caráterconsultivo (normativo), no qual a maioria das vezes se segue através de consultas e aprovações dedocumentos pelos conselheiros. Esse caráter consultivo pode comprometer uma das atribuições doconselho que é a deliberação, uma vez que, está ligada a atuação passiva dos conselheiros. Apesar deo COMAD de Varginha � MG ser um conselho ainda com poucos anos de trajetória na cidade, foi

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possível observar pontos positivos em seu funcionamento, como: ter um site próprio; ter em suacomposição: Plenário, Presidente (vice-presidente), Secretária-Geral e Comitê-REMAD; presençasigni�cativa dos conselheiros nas reuniões; e realização de conferências na cidade. Contudo, conclui-seque no COMAD de Varginha � MG há falta de articulação entre o que é exposto no RegimentoInterno e a prática das ações dentro do conselho pesquisado. Não eram feitas as leituras das atasanteriores e as reuniões se apresentaram de forma desorganizada, não seguindo as normas contidas noRegimento. Isso, possivelmente di�culta a participação democrática dentro do conselho, uma vez queo Regimento contém leis e normas que assegura os direitos, obrigações e deveres dos conselheiros paramanter a ordem e igualdade dentro do conselho. Em relação às pautas discutidas no conselho,conforme apresentado pelas atas, percebeu-se certa di�culdade dos conselheiros em presidir asreuniões, o que acabava fortalecendo o debate em apenas alguns integrantes presentes na reunião,di�cultando assim a participação dos mesmos. Esses integrantes que acabam, de maneira arbitráriaou não, conduzindo as reuniões, dizem respeito à Presidência do conselho, Secretária-Geral e um dosrepresentantes da Sociedade Civil. Apesar da di�culdade dos conselheiros em presidirem as reuniões,nota-se que uma das pautas discutidas foi à questão da realização de uma conferência na cidade deVarginha, descrita na 13o ata. Esse fato é interessante, pois essas conferências são espaços quefavorecem a participação da população. Nota-se que as questões discutidas nas reuniões apresentammaior caráter consultivo, no qual a maioria das vezes se segue através de consultas e aprovações dedocumentos pelos conselheiros, sendo realizados como procedimentos e não com caráter deliberativopelo conselho em estudo. Dessa forma, deve-se compreender que o COMAD de Varginha � MG não éum espaço imune de contradições, porém pode-se constituir um canal aberto ao debate público e eloentre a sociedade e governo, ampliando os canais de participação da população.

Referências:[1] Cleusimar Cardoso Alves; Valores pessoais na atuação em conselhos municipais: o caso

do CMAS de Minas Gerais; F 104, Varginha � MG, (2014)[2] Raquel Raichelis; Esfera pública e conselhos de assistência social: caminhos da

construção democrática; edição 4, São Paulo, Cortez; (2007)[3] TATAGIBA, L.; Os conselhos gestores e a democratização das políticas públicas no

Brasil; In: DAGNINO, E. (org.); Sociedade civil e espaços públicos no Brasil; São Paulo;(2002)

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1.17 O DIREITO À SAÚDE E A COMPETÊNCIA DOS ENTESFEDERADOS: UM ESTUDO DE CASO SOBRE DOENÇAS

RARAS

Autores: LAUDICÉIA TEIXEIRA DA SILVA, THIAGO PELEGRINI RIBEIRO SILVA,LIVIA BRITO DE FARIA, GUSTAVO DE SOUZA NAZARE, FERNANDA SANTINELLI


Resumo: O objetivo do presente trabalho é analisar a competência dos entes federados notratamento de doenças raras. São consideradas raras, doenças que afetam até 65 pessoas em cada 100mil indivíduos, ou seja, 1,3 para cada 2 mil pessoas segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS). Existem de seis a oito mil tipos de doenças raras, em que 30% dos pacientes morrem antesdos cinco anos de idade; 75% delas afetam crianças e 80%têm origem genética. No Brasil há cerca de240 serviços que oferecem ações de assistência e diagnóstico a esse tipo de doença, no entanto, muitasvezes elas são diagnosticadas tardiamente e, na maioria das vezes, os pacientes encontramdi�culdades no acesso ao tratamento. No caso estudado, o menino Artur tem dois anos e com apenas31 dias de vida foi diagnosticado com MSUD � uma doença rara e grave que afeta seu metabolismo.Seus pais, não podendo arcar com o valor da cirurgia nem possuírem recursos para contratar umadvogado, procuraram o Ministério Público Federal (MPF) em busca de ajuda, o qual sensibilizadocom a situação ingressou uma ação civil pública obrigando a União, Estado do Ceará e o Municípiode Fortaleza, a custearem o tratamento. A União entrou com três argumentos de índole processual,sendo estes: 1)a sua ilegitimidade passiva, 2) a incompetência da Justiça Federal e 3) a ilegitimidadeativa do MPF para proteção de direito individual. Alegou que o Ministério Público não poderiaingressar com ação civil pública para defender o direito subjetivo de um único indivíduo, pois sópoderia defender interesses difusos e coletivos. Estado do Ceará defendeu que não cabe ao PoderJudiciário estabelecer obrigações ao Poder Público em matéria de políticas públicas sob pena deafronta ao princípio de separação dos poderes. O Estado ainda alegou que o SUS (Sistema Único deSaúde) possui uma estrutura complexa e que necessita de um planejamento de todas as despesas,pois, um grande gasto não planejado pode causar uma exaustão orçamentária no qual, outras áreasigualmente importantes �cariam sem verba, e outros pacientes �cariam sem atendimento. Municípiode Fortaleza argumentou que a cirurgia seria experimental, e que não valeria gastar tanto dinheirocom um tratamento de risco que pode levar a morte do paciente. Alegou ainda que o SUS, já gastacerca de R$120.000,00 (cento e vinte e mil reais) com o medicamento de Artur para estabilizar osdanos causados pela MSUD, e, assim, já faz sua parte. O Conselho Federal de Medicina alega que omelhor tratamento seria o transplante, que, apesar dos riscos, possibilitaria qualidade de vida aogaroto. A saúde consiste no bem-estar biopsicossocial e religioso do ser humano. Segundo referência1, a saúde deve ser preservada, através de políticas sociais que reduzem o risco de doença e com açõesque visam promoção, proteção e recuperação da saúde. O artigo também garante o acesso universalàs políticas de saúde, ou seja, as políticas e ações do SUS devem �car disponíveis a toda a população,desconsiderando cor, raça, sexo e etnia. Assim, a negação do tratamento pode ser compreendidacomo negligencia e descumprimento da lei.

Referências:[1] BRASIL; Constituição da República Federativa do Brasil; Organização de Alexandre de

Moraes, Edição 16; (2000)[2] Pedro Lenza; Direito Constitucional Esquematizado; Edição 14; (2009)[3] George Marmelstein; Curso de Direitos Fundamentais; Edição 5; (2014)

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1.18 O TRABALHO INVISÍVEL NA SOCIEDADECONTEMPORÂNEA: UM ESTUDO SOBRE

PROFISSIONAIS QUE PASSAM DESPERCEBIDOSSOCIALMENTE

Autores: CAROLINE PAVAN FERNANDES, ANA CAROLINA ORRICO E SILVA,VANESSA PEREIRA TERRA


Resumo: Resumo: Na sociedade contemporânea o termo trabalho invisível é utilizado para fazerreferência a pro�ssionais que, apesar de indispensáveis a sociedade, não recebem o devidoreconhecimento pela atividade desenvolvida. Sendo o trabalho responsável por de�nir direta eindiretamente o cidadão como ser social, a atividade pro�ssional desempenhada por trabalhadoresinvisíveis socialmente são consideradas desquali�cadas intelectualmente e sem prestígio social, emdetrimento da importância dos mesmos na prestação de serviços à população. Nesse sentido, comoprincipal motivação para a realização desse estudo, teve-se a pretensão de compreender e assimilar aspeculiaridades de duas ocupações que, apesar de estarem no cotidiano da maioria das pessoas,tendem a não ser percebidas e reconhecidas por grande parte da população. Para o seudesenvolvimento, inicialmente, fez-se um estudo teórico com relação a invisibilidade social, partindodos estudos empreendidos por Mendes (2007), Costa (2008), Diniz, Carrieri e Barros (2013);posteriormente, como parte empírica desse aprendizado e com o objetivo de congregar a teoria com aprática com relação ao fato social, realizou-se entrevistas semiestruturadas com pro�ssionaisterceirizados, a saber, vigilante e auxiliares de serviços gerais, de uma instituição pública de ensinosituada no município de Varginha, Minas Gerais. A partir da análise das entrevistas, foi possívelobservar a existência de uma percepção em relação a importância do trabalho e do indivíduo,condicionada a função exercida pelo pro�ssional e não ao papel social ocupado por ele. Nesse cenário,dominado por uma supervalorização do capital em detrimento da subjetividade do trabalhador e daimportância da pro�ssão exercida pelo mesmo, quem não encontra-se bem posicionado sente-se comouma mera sombra social. Embora vigilante e auxiliar de serviços gerais apresente-se como pro�ssõesque, muitas vezes, permanecem à margem da sociedade, com reconhecimento social, intelectual,pessoal e �nanceiro limitados, foi possível observar no decorrer do trabalho algumas tentativas dereposicionamento dentro desse contexto, inclusive através do ingresso tardio na universidade eparticipação em cursos pro�ssionalizantes. Todavia, sem a existência de incentivos organizacionais, osentrevistados explicitam que para dar continuidade a essas iniciativas, muitas vezes, é necessário aextensão da jornada de trabalho, de uma menor disponibilidade de tempo para as relações sociais ede um aumento substancial no esforço físico e psicológico necessário para conseguir �nalizar asatividades. Na entrevista realizada com um dos auxiliares de serviços gerais, o mesmo elucidou queatitudes simples e corriqueiras, como cumprimenta-los são ignoradas por muitas pessoas que passampor eles, não direcionando-se inclusive para pedir desculpas ao se esbarrarem. O termo �animal� foiutilizado por dois trabalhadores para caracterizar como eles se sentem em relação ao olhar etratamento recebido por algumas pessoas. O estudo permitiu uma maior compreensão sobre osentimento de invisibilidade compartilhado por esses pro�ssionais, embora todos tenham consciênciada sua importância para o funcionamento da organização. Em uma sociedade onde inúmeraspro�ssões e trabalhadores passam despercebidos, ressalta-se a necessidade de uma maior valorizaçãocom relação a contribuição desses pro�ssionais, reconhecendo-os, sobretudo, não pela função exercida,mas pela sua subjetividade, importância e contribuição social.

Referências:[1] Fernando Braga da Costa; Homens Invisíveis: Relatos de uma humilhação social; São

Paulo, Globo; (2004)

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[2] Ana Paula Rodrigues Diniz, Alexandre de Pádua Carrieri, Amon Narciso de Barros;Invisibilidade Social e Trabalho Noturno; Revista Gestão e Planejamento, Salvador, volume 14,número 1, páginas 18-38, jan/abr; (2013)

[3] Ana Magnólia Mendes; Novas formas de organização do trabalho, ação dos trabalhadorese patologias sociais; In: Ana Magnólia Mendes (org.); Psicodinâmica do trabalho; São Paulo,Casa do Psicólogo; (2007)

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1.19 OFICINA DE MUSICALISAÇÃO

Autores: LETÍCIA FERREIRA DE MIRANDA, NAGILA CAMILA FELIX DEOLIVEIRA, BRUNO EDUARDO FREITAS HONORATO


Resumo: O projeto de extensão �DialONGando: dialogando com as ONGs no município deVarginha/MG� busca desenvolver um canal de diálogo com as ONGs do município, a �m dedesenvolver re�exão conjunta de diversas temáticas de relevância para o seu cotidiano. Visando odesenvolvimento do indivíduo, no dia 24 de setembro na Universidade Federal de Alfenas, foirealizado o evento �O�cina de musicalização�. Num primeiro momento, de acordo com a referência 1,poderíamos dizer que a musicalização é uma abertura de espírito para o universo sonoro, umaestimulação constante da curiosidade de conhecer o mundo dos sons. O objetivo da o�cina foi o decapacitar e treinar os possíveis interessados a se tornarem voluntários e também as pessoas quetrabalham nas ONGs, pois esse poderia ser um método útil para suas atividades diárias. Segundo areferência 1 percebe-se que durante as o�cinas, busca-se promover, no grupo, momentos deinformação, questionamento, integração e aprendizagens. Os participantes do evento foram discentesda própria universidade, contando com uma média de vinte pessoas. A o�cina se deu principalmentepela realização de quatro atividades: a pulsação, que buscava trabalhar a pulsação e sílabas tônicasdo nome; a limpeza, cujo objetivo era sensibilizar o ouvido dos alunos, perceber e identi�car osdiferentes sons; a melodia, que buscava conhecer o primeiro elemento da música; e por último aharmonia, que era conhecer o segundo elemento da música e ainda trabalhar a sensibilidade auditiva.A importância do evento se fundamenta na capacidade da musicalização em desenvolver asensibilidade auditiva, a coordenação motora, a criatividade, a imaginação, a memória, aconcentração, e ainda a integração com diferentes grupos de pessoas. Através da referência 2observou-se que sob esta perspectiva relacionamos uma extensa variedade de vivências com sons,ritmos e movimentos, portanto as atividades musicais propõem estimular não somente o gosto pelamúsica, como também o desempenho autônomo e criativo. Outro aspecto relevante, é que ao �nal doevento todos os participantes receberam uma cartilha, que tinha o objetivo de propiciar aos alunosum contato inicial com a música, assim despertando o gosto e o interesse em aprendê-la. Percebemosque o resultado obtido com o evento foi satisfatório, apesar do evento ser destinado ao pessoal dasONGs, e eles se mostraram pouco interessados, entretanto entendemos que os discentes queparticiparam podem vir a atuar como voluntários e repassar o conhecimento adquirido na o�cina.Cumprimos com o nosso papel fundamental que é o de propiciar um espaço para diálogo nauniversidade entre os saberes práticos das ONGs e os saberes técnicos dos músicos responsáveis pelao�cina.

Referências:[1] Patrícia Fernanda Carmem Kebach, Rosangela Duarte; O�cinas Pedagógicas Musicais:

Espaço Construtivista Privilegiado de Formação Continuada; Schème, volume 1; (2008)[2] Danielle Ferreira; A importância da música na educação infantil; Universidade Cândido

Mendes; (2002)[3] sem referencia3

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1.20 ORÇAMENTO PARTICIPATIVO SEM MISTÉRIO:DESMISTIFICANDO AS FINANÇAS PÚBLICAS

Autores: THAYRINE SILVA REIS, GABRIEL RODRIGO GOMES PESSANHA


Resumo: Segundo Miranda (2011), orçamento participativo é o instrumento que possibilita aparticipação da população na elaboração do orçamento municipal, por meio de encontros, reuniões,etc. Com a implantação do orçamento participativo, as pessoas conseguem buscar de forma maisefetiva o atendimento às suas necessidades, pois estão em contato diretamente com as necessidadesmais urgentes. Serão utilizados como material e métodos, entrevistas com conselheiros comunitários,análise de artigos cientí�cos sobre o assunto e a participação em reuniões da plenária, com o intuitode conhecer como ocorre o orçamento participativo, qual o conhecimento dos conselheiros eparticipantes das reuniões sobre o tema. Busca�se também criar debates em escolas do municípiosobre orçamento participativo e outras questões relacionadas com o tema, no intuito de promover nosestudantes uma conscientização sobre a importância da participação popular, tantos nos conselhos debairro como em ações do dia-dia. O projeto possibilita também a troca de conhecimento, poispromove a interação entre os alunos e a comunidade. As entrevistam possibilitam um contato maisdireto com os conselheiros, sendo expostos os desa�os dos conselhos, as di�culdades na manutençãodo conselho, na comunicação tanto com os moradores quanto com a prefeitura, há também falta departicipação popular, o tempo que os conselheiros dispõem para exercer o trabalho no conselho, todasessas e outras questões são expostas nas entrevistas. Sobre os resultados iniciais, o que se pode dizeré que o contato com conselheiros e escolas ainda são di�cultados pela questão de tempo para arealização das entrevistas e debates, mas as entrevistas que foram realizadas até o momentodemonstraram muita disponibilidade dos entrevistados em participar, houve uma abertura, quepossibilitou uma conversa franca, onde os entrevistados se sentiram bem a vontade para falar sobre osconselhos e o orçamento participativo, demonstraram também falta de conhecimento sobre osinstrumentos que auxiliam no planejamento da Administração Pública Municipal. Na visão dosentrevistados, o orçamento participativo não está ocorrendo da maneira que ocorria em anosanteriores. Segundo os mesmos, o atual governo não divulga os valores que seriam destinados aoorçamento participativo e a tomada de decisões ocorre em uma única reunião onde as obrasescolhidas nessa não são garantidas de serem feitas na realidade. A partir dos primeiros dadoscoletados, o projeto pretende continuar com entrevistas, promover os debates nas escolas públicas eoutras análises em reuniões de conselhos, visando buscar a percepção dos participantes do orçamentoparticipativo, confrontando com a teoria estudada.

Referências:[1] Suelen Miranda; Orçamento participativo: uma sugestão de implementação no município

de Cascavel PR; Monogra�a, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba; (2011)

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1.21 PARCERIAS COM UNIVERSIDADE PÚBLICAS:FOMENTO À INOVAÇÃO OU MERCANTILIZAÇÃO?

Autor: BRUNA CARVALHO MOURA AVELAR


Resumo: Pretende-se com essa pesquisa fazer uma crítica à maneira como as parcerias entre entidadesde apoio e universidades públicas têm sido disciplinadas pela atual legislação. A primeira lei a tratar deparcerias com universidades públicas foi a Lei 8.958/1994 que dispunha sobre as relações das instituiçõesfederais de ensino superior e de pesquisa cientí�ca e tecnológica com fundações de apoio. Aconteceque essa Lei foi modi�cada in totum por duas leis posteriores. Quanto à primeira, Lei no 12.349/2010,podem ser citadas as seguintes alterações: a inclusão das Instituições Cientí�cas e Tecnológicas (ICTs),além da especi�cação do signi�cado de desenvolvimento institucional vedando a contratação de objetosgenéricos. E ainda introduziu os artigos 1o A, 4o A e 4o B, que tratam respectivamente: da inclusãoda Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí�coe Tecnológico - CNPq e das Agências Financeiras O�ciais de Fomento no rol das colaboradoras; datransparência nas contratações com divulgação dos instrumentos contratuais, relatórios de execuçãoe relação de pagamentos em sítios na Internet; por �m, da concessão de bolsas de ensino, pesquisa eextensão aos alunos de graduação e pós-graduação vinculadas a projetos institucionais das IFES e ICTs.De maneira geral, a Lei no 12.349/2010 trouxe alterações positivas a Lei no 8.959/1994, em consonânciacom as demais normas de direito público. Já a segunda, Lei no 12.863/2013, dispõe, em sua maioria,sobre a estruturação do Plano de Carreiras e Cargos do Magistério Federal, entretanto, inseriu no seuartigo 6o alterações à Lei no 8.958/1994. Inicialmente, alterou o artigo 1o, acrescentando a expressão�estímulo à inovação� nas �nalidades da celebração de acordos e convênios com as instituições deapoio. Essa inserção pode signi�car uma ligação com a Lei no 10.973/2004, conhecida como a Lei daInovação, que procurou consolidar uma política nacional voltada a estreitar os laços de atuação dasuniversidades com as empresas privadas na produção de conhecimento cientí�co. Além disso, alterou oartigo 1o A, acrescentando no rol das autorizadas a celebrar contratos e convênios com as universidades:as empresas públicas, as sociedades de economia mista, suas subsidiárias ou controladas. E ainda,adicionou à Lei o artigo e 1o B, incluindo, também, nesse rol, as organizações sociais e entidadesprivadas. Agora mais melindrosa, foi a criação do parágrafo único desse artigo que dispensou a aplicaçãode lei federal de normas para licitação e contratos com a administração pública para identi�cação eescolha das empresas convenentes. Nesse mesmo sentido, introduziu-se o art. 1o C, conferindo aoPoder Executivo Federal a atribuição de regulamentar os convênios celebrados a partir dessa Lei. Asaberrações continuam, e talvez a mais problemática delas encontra-se nas alterações ao artigo 3o, querevogou as obrigações: de licitação e obediências às normas de contratos com a administração pública,de prestação de contas aos públicos �nanciadores, de submissão ao controle �nalístico e de gestão, e desubmissão ao Tribunal de Contas da União. Assim, instituiu que a execução de contratos, convêniose acordos, inclusive aqueles que envolvam recursos provenientes do poder público terão regulamentoespecí�co de aquisições, contratações, obras e serviços por meio de ato editado pelo Poder ExecutivoFederal. Em meio a tantas discricionariedades, permitiu também que as fundações de apoio poderãocaptar e receber diretamente os recursos �nanceiros necessários à formação e à execução dos projetosde pesquisa, desenvolvimento e inovação, sem ingresso na Conta Única do Tesouro Nacional. Percebe-se nessas alterações uma concepção de �autonomia da universidade� que afronta sua responsabilidadesocial, uma vez que a desliga do controle �nanceiro e de gestão pelos órgãos �scalizadores do direitopúblico e a exime da prestação de contas à sociedade, centrando o processo de escolha de parceirose de execução de contratos, convênios e acordos na sua própria gestão, e intimamente ligados aoPoder Executivo, ou seja, à política(gem). Por �m, foram detectados mais dois pontos, no mínimo,polêmicos desta Lei. Cita-se o �5o do art. 4o, incluído por ela, que permite a participação nãoremunerada de servidores das IFES e ICTs nos órgãos de direção de Fundações de Apoio, escusando

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esses servidores dos preceitos estampados no art. 117, inciso X, da Lei no 8.112/1990 (que dispõesobre o regime jurídico dos servidores públicos civis) que proíbe o servidor de participar de gerênciaou administração de sociedade privada, personi�cada ou não personi�cada. O segundo ponto polêmicoenvolve a autorização às fundações de apoio para utilizarem-se de bens e serviços das IFES e ICTsapoiadas, artigo 6o. Entende-se que a busca pela autonomia universitária plena não pode fugir dasregras de direito público, mas sua reconstrução deve acontecer dentro dessas regras para uma maiore�ciência nas ações. Dessa maneira, esse trabalho justi�ca-se diante dos processos de sucateamento eprecarização pelos quais passam a educação pública brasileira. Para isso, procedeu-se a uma discussãoa respeito do princípio da autonomia da universidade pública e sua responsabilidade social, já quepor ser o Brasil um Estado de direito democrático, de economia capitalista, é importante observarque a convivência das esferas pública e privada � tem capacidade de intervenção na questão de ordeme poder do espaço público. Sendo assim, nota-se uma crescente mercantilização da educação, aopasso que as transformações que têm ocorrido na educação superior possuem como pano de fundo asmudanças na produção e expansão do capital, rede�nindo as esferas pública e privada. Importantese faz, então, debater a fronteira entre o público e o privado, a partir da ideia de regime jurídico.Mais do que o regime jurídico dos bens públicos, incitar considerar o regime jurídico das utilidadespúblicas a que estes bens são aplicados, o que pode viabilizar ou inviabiliza o pleno exercício das�nalidades primárias a que o bem está destinado a satisfazer. A múltipla utilização do bem só se tornaadmissível se sua otimização ocorrer em benefício da coletividade, evitando que o valor econômicosobreponha-se à sua função pública, referência 2. Diante dessas considerações, percebe-se, uma tênuelinha de separação entre o fomento à inovação e a mercantilização do ensino, uma vez que o processo dedesenvolvimento tecnológico deveria se situar na aquisição e melhoramento da capacidade tecnológica,e não nas fronteiras do conhecimento. Essa relação mais acentuada entre pesquisadores universitáriose empresas permite que aumentem os recursos �nanceiros nas universidades, mas, ao mesmo tempo,altera as funções tradicionais das universidades públicas de serem disseminadoras do conhecimento.Deste modo, o investimento público em pesquisa pode não ser usufruído por toda a sociedade, �cando oproveito com as empresas privadas, cujo resultado é a apropriação privada do conhecimento. Conclui-secom ideia de que o aproveitamento econômico mediante outorga de direito com contrapartida onerosa,se não devidamente �scalizado, colide com os interesses sociais e culturais imanentes das universidadespúblicas.

Referências:[1] BRASIL; Lei no 8.958 de 20 de dezembro de 1994[2] Floriano de Azevedo Marques Neto; Bens públicos: função social e exploração econômica

O regime jurídico das utilidades públicas; Belo Horizonte, Fórum; (2009)[3] Asa Fujino, Eva Stal, Guilherme Ary Plonski; A proteção do conhecimento na

universidade. Revista de Administração; São Paulo, volume 34, número 4; (1999)

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1.22 PERCEPÇÃO DE GESTORES EMPRESARIAIS SOBRE ARESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: AÇÃOCIDADÃ OU NEOLIBERALISMO NA ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA?

Autores: TALYTA IRIS DE SOUSA, FERNANDA MITSUE SOARES ONUMA


Resumo: O trabalho a ser apresentado analisa a percepção dos gestores de empresa sobre aResponsabilidade Social Corporativa (RSC). Tal abordagem se faz necessária em razão do temaganhar cada vez mais destaque no meio empresarial devido ao retorno �nanceiro e de imagem quepode gerar. O objetivo deste trabalho é analisar como os gestores de empresas percebem suas açõesde RSC, conhecer os motivos que alegam para realizar tais ações e compreender a relação dessasações com a atividade central da empresa. Este propósito foi conseguido através de pesquisaqualitativa, tendo por base entrevistas realizadas por meio de formulário semiestruturado comgestores de quatro empresas. A análise de suas respostas demonstrou que, na tentativa de manteruma boa imagem da empresa, os gestores preocuparam-se em destacar os pontos positivos das açõesde RSC que realizam, e a sua visão sobre o tema, além de evidenciaram que o retorno gerado nãoimporta, e sim, a satisfação em atender à comunidade. Todavia, aponta-se no artigo para apossibilidade destes relatos representarem iniciativa de marketing institucional, alertando para aimportância de uma re�exão a partir das críticas que diversos autores traçam sobre o tema

Referências:[1] Elvécio Ribeiro Brasil; Responsabilidade social: uma abordagem crítica; In: PIMENTA,

Solange Maria, SARAIVA, Luiz Alex Silva, CORRÊA, Maria Laetitita (Orgs); Terceiro Setor:dilemas e polêmicas; edição 1, São Paulo, Saraiva; (2006)

[2] Luiz Carlos Bresser Pereira; Nuria Cunill Grau; Entre o Estado e o mercado: O públiconão-estatal; In Luiz Carlos Bresser Pereira; Nuria Cunill Grau (Orgs.); O Público Não-Estatalna Reforma do Estado; Rio de Janeiro, Editora FGV; (1999)

[3] Maria da Glória Gohn; Movimentos sociais na contemporaneidade; Revista Brasileirade Educação, Rio de Janeiro, volume 16, número 47; (2011)

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1.23 PERCEPÇÕES E OBSERVAÇÕES SOBRE A �OFICINA DOSVOLUNTÁRIOS�

Autores: PEDRO VAZ DO NASCIMENTO ALMEIDA, BRUNO EDUARDO FREITASHONORATO


Resumo: As práticas voluntárias são exercidas por diversas pessoas, em diversos setores dasociedade e ainda são, majoritariamente, as que compõem as organizações não-governamentais(ONGs). Segundo IBGE (2012), 72,2% das entidades sem �ns lucrativas pequenas são compostas pormão de obra totalmente voluntária. Porém, se comparada com o IBGE (2004), 76,9% das entidadespequenas eram compostas por mão de obra voluntária, ou seja, havendo um decréscimo da mão deobra voluntária nas entidades pequenas. Fernandes (2005) a�rma que a participação voluntária é aênfase num contexto composto por ONGs conjuntamente com a �lantropia e outras práticastradicionais, expandindo-se e incorporando seu sentido ao conceito de cidadania. Diante disso, opresente trabalho tem como objetivo demonstrar as ações e resultados da �O�cina dos Voluntários�,ocorrida concomitante à �Feira das ONGs� na Universidade Federal de Alfenas (campusVarginha-MG) no segundo semestre de 2015. Esta o�cina foi conduzida pelo projeto extensionista�Voluntários com compromisso: ação e re�exão com as ONGs de Varginha-MG�. Tal o�cina surgecom o intuito geral de incentivar organizações, voluntários, comunidade acadêmica e comunidadeexterna entorno do voluntariado, uma vez que, em pesquisas realizadas em anos passados com asONGs, a questão do voluntariado foi expressamente demandada e requer maiores re�exões num tripédialógico entre universidade-sociedade-organização. A o�cina contou com dois voluntários de duasONGs do município de Varginha-MG. Ambos, num processo de condução, relataram suasexperiências subjetivas sobre o que é ser voluntário. Abrindo este canal de diálogo, a ideia era re�etir,sensibilizar e conscientizar as pessoas entorno da causa. A o�cina contou com nove participantes,sendo 33,33% da comunidade externa e os outros 66,67% da comunidade acadêmica. Os resultadosforam construídos a partir das observações perante a o�cina, observando os relatos dos voluntários eo debate gerado pelos participantes da o�cina acerca dos relatos. Diante disso, as percepções dao�cina foram de uma alta sensibilização diante dos relatos de experiência dos dois voluntários, umaalta integração entre o grupo presente e um real interesse dos participantes em ser voluntário diantedos relatos, além da troca de saberes e a ampliação da realidade social do grupo. Além disso, foramentregues a todos os participantes �cartilhas� que visa incentivar, re�etir e conscientizar as pessoas ea interação e participação das pessoas em ONGs, Conselhos de Bairro, dentre outros. Consideramos,portanto, que a o�cina foi bem sucedida em relação aos objetivos a que se propôs. Palavras-chave:Voluntários, sensibilização, ONGs, comunidade acadêmica, comunidade externa.

Referências:[1] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA; As Fundações

Privadas e Associações sem �ns lucrativos no Brasil; edição 2, Rio de Janeiro; (2004)[2] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). As Fundações

Privadas e Associações sem �ns lucrativos no Brasil. Rio de Janeiro, 2012[3] FERNANDES, R. B; O que é terceiro setor?; In: Evelyn Berg Ioschpe (Org.); Terceiro

setor desenvolvimento sustentado; Rio de Janeiro, Paz e Terra; (2005)

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1.24 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇA ALIMENTAR EGÊNERO: O CASO DAS MULHERES AGRICULTORAS DE

UMA COMUNIDADE RURAL.

Autores: CAMILA TAVARES, LUIZ ANTONIO STAUB MAFRA


Resumo: As políticas públicas de desenvolvimento local têm sido desa�adas a enfrentar osproblemas sociais e econômicos do campo. No que tange à Agricultura Familiar, a insu�ciência darenda torna difícil o acesso a direitos básicos como alimentação, educação, saúde, moradia, entreoutros, con�gurando um cenário de vulnerabilidade social. Muitas vezes, esse segmento não consegue�rmar-se economicamente em virtude do ambiente social que a vincula ao mercado. Isso se dá pelasmínimas opções que lhe são oferecidas, incluindo oportunidades de comercialização de sua produção.Nesse contexto, a implementação de políticas públicas direcionadas a esse segmento torna-sefundamental para garantir a realização de direitos, promover geração de renda, combater a pobrezano campo e ressaltar o importante papel da mulher agricultora. O objetivo deste estudo de caso foianalisar o processo de desenvolvimento local numa comunidade rural lideradas por mulherescamponesas, a partir da atuação de uma associação comunitária, a Associação de MulheresAgricultoras e Artesãs da Comunidade Rural dos Bárbaras (AMAACORB) localizado no Sul deMinas Gerais. A metodologia baseou-se numa pesquisa qualitativa exploratória, na qual foramrealizadas 08 entrevistas com as lideranças comunitárias � quais sejam mulheres integrantes defamílias que vivem da Agricultura Familiar � bem como acompanhamento das reuniões da associaçãoe das atividades na Agroindústria/Fábrica de Doces existente na comunidade. Segundo os relatos, acriação da AMAACORB resultou da necessidade percebida pelas mulheres de obter maior retornoeconômico das atividades artesanais e agrícolas. Por serem produtos primários, vendidos in naturaem feiras e mercados locais, constatou-se a importância de agregar valor aos produtos, bem comodiminuir as perdas ocorridas nas lavouras e pomares. Em 2005, a associação começou a participar daComissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (CRSANS)-Sul Minas 2,articulando-se para a inserção em diversos programas. Em 2007 por meio do Orçamento Participativoimplementado pelo município e parceria com o Programa Minas Sem Fome, do governo estadual, foiviabilizada a construção da Fábrica de Doces. Em 2009, obtiveram acesso ao Programa de Aquisiçãode Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) � do governo federal - e passaram a fornecer alimentosao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). De acordo com referência 1, as mulheres, emgeral, são responsáveis pela aquisição e preparação dos alimentos para família. No meio rural, étambém parte de suas responsabilidades a produção direta dos alimentos, por meio das hortas, dospequenos animais e da transformação de produtos como queijos, doces e pães. Além disso, há muitosanos as camponesas vêm chamando a atenção para a destruição dos meios produtivos na agricultura(biodiversidade, água, recursos energéticos) produzida pela lógica dominante, que utiliza o meioambiente como uma fonte inesgotável de riqueza, em nome de um aumento da produtividade e doslucros de poucos. Aliando o trabalho cooperativo às estratégias de inserção no mercado local, aassociação de mulheres conseguiu aproximar as moradoras e implementar, de forma e�ciente, aspolíticas públicas de desenvolvimento rural, reduzindo a instabilidade econômica existente nacomunidade, resgatando a cultura local, colaborando para a permanência do(a) agricultor(a) nocampo e contribuindo, por outro lado, para a Segurança Alimentar e Nutricional da população, comvistas a uma sociedade mais justa e igualitária.

Referências:[1] Emma Cademartori Siliprandi; A alimentação como um tema político das mulheres;

Segurança Alimentar e Nutricional: perspectivas, aprendizados e desa�os para as políticaspúblicas; FIOCRUZ; (2013)

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1.25 POLÍTICAS PÚBLICAS E DESENVOLVIMENTO RURAL:A INSERÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR NO

PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR(PNAE)



Resumo: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é considerado o mais antigo programagovernamental de suplementação alimentar do país na área de educação, em vigor desde 1955. Alusivoa referência 1, ao longo deste período, o discurso que fundamenta o Programa foi sofrendo alterações,passando do combate à desnutrição e à evasão escolar, para a garantia da alimentação escolar comoum direito fundamental, inserida entre as políticas públicas prioritárias para garantir a segurançaalimentar e nutricional. A Lei no 11.947, de 16 de junho de 2009, determina que no mínimo 30% dovalor repassado a estados, municípios e Distrito Federal pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento daEducação (FNDE) seja destinado ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Os gênerosalimentícios adquiridos devem ser oriundos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural oude suas organizações, priorizando-se os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionaisindígenas e as comunidades quilombolas. A aquisição dos produtos da Agricultura Familiar poderáser realizada por meio da Chamada Pública, dispensando-se, nesse caso, o procedimento licitatório,concernente a referência 2. O encontro da alimentação escolar com a agricultura familiar tem promovidouma importante transformação na alimentação escolar, ao permitir que alimentos saudáveis e comvínculo regional, produzidos diretamente pela agricultura familiar, possam ser consumidos diariamentepelos alunos da rede pública de ensino de todo o Brasil, referência 3. Neste contexto, o estímulo eo apoio à agricultura familiar têm se mostrado relevantes para a formulação e a implementação deações municipais de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e de desenvolvimento local, que visampromover o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Assim, a produção de alimentos,especialmente a da agricultura familiar, tem se fortalecido com iniciativas de articulação de políticaspúblicas, a exemplo do PNAE com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O objetivo destapesquisa baseia-se em um estudo de caso a cerca da execução do Programa Nacional de AlimentaçãoEscolar (PNAE), em um município com 70.000 habitantes situado ao Sul de Minas Gerais. O programaé responsável por garantir a segurança alimentar de 7.000 alunos matriculados na rede pública deensino e incentivar a permanência do agricultor no campo por meio da aquisição de seus produtos. Ametodologia utilizada para essa investigação partiu de uma pesquisa qualitativa exploratória, na qualforam destinadas entrevistas a 05 atores sociais responsáveis pela execução do programa. Os dadosforam obtidos na Secretaria de Educação e Cultura, no setor de almoxarifado e a partir de visitasnas escolas durante o processo de fornecimento da merenda. A partir da análise dos resultados pode-se observar, perante a Lei no 11.947/2009, que a administração pública municipal garante a compramínima dos agricultores familiares. Foi diagnosticado que todos os entrevistados compartilham daimportância da compra da agricultura familiar, no entanto o município adquire apenas o mínimo exigidopor lei. Percebe-se, ainda, que existe a identi�cação positiva do programa, mas que a administraçãopública municipal apresenta um dé�cit na gestão. Ante a isso, o gestor público precisa visualizaro PNAE não apenas de uma forma vertical, mas atentar ao fato de que se trata de uma das maisimportantes políticas no combate à fome e desnutrição e, portanto, é crucial compreender a necessidadede se formar gestores com os olhos voltados para questões sociais.

Referências:[1] Maria Angélica Schievano Danelon; Programa Nacional de Alimentação Escolar:

experiências da autogestão e da terceirização; Edição 1; Campinas; (2009)

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[2] Brasil, Ministério da Educação; Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação(FNDE); Manual de Aquisição de produtos da Agricultura Familiar para a AlimentaçãoEscolar; (2015a)

[3] Brasil, Ministério da Educação; Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação(FNDE); Manual de Aquisição de produtos da Agricultura Familiar para a AlimentaçãoEscolar; (2015b)

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1.26 REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL NO BRASIL

Autores: CAMILA PESSOA PRADO, TATIANE PAIVA FONSECA DA CRUZ


Resumo: A redução da maioridade penal é um tema que causa polêmica não só no sistema jurídico,mas em toda sociedade, trazendo assim, várias opiniões controvérsias sobre o assunto. Consideradoum fator preocupante, devido ao aumento da violência cometida por menores infratores, as políticaspúblicas voltadas para a ressocialização desses menores é ine�caz e não atinge a maioria deles. Apósserem assistidos pela política estratégica que os leva de volta para a vivência em sociedade, retrata-seque os menores infratores continuam a cometer crimes. Pode-se perceber que existe uma carênciaquando se trata da maioridade penal, pois as políticas públicas oferecidas pelo Estado apresentamine�ciência frente ao número de menores infratores que o Brasil vem gerando. O objetivo desteestudo, tendo como base o caso do menino João Hélio, é apresentar o posicionamento contrário àredução da maioridade penal no Brasil e também se o artigo 228 da Constituição Federal de 1988 éconsiderado uma cláusula pétrea. Para alcançarmos os objetivos de�nidos, o trabalho será orientadopor pesquisa bibliográ�ca. Para norteá-la de forma plausível, a bibliogra�a a ser pesquisada écomposta pelo Estatuto da Criança e do Adolescente � ECA, Constituição Federal de 1988 eproduções de estudiosos que pesquisam sobre o tema para então, através desse conhecimento, analisaros pontos que envolvem esse assunto delicado e polêmico. De acordo com a referência 1, está explícitoo dever da família, da sociedade e do Estado em relação à criança, adolescente e jovens uma vez queos mesmos têm direitos e garantias individuais abrangendo a vida, saúde, educação, lazer, liberdade,dentre outros. Vale ressaltar que a criação de uma rede de apoio ao adolescente, com a família e asociedade poderá evitar a reincidência, dando bem-estar para o sujeito e tranquilidade para asociedade. A situação do sistema prisional brasileiro é extremamente caótica, muitas vezes em estadode superlotação, não oferecem a mínima infraestrutura para a garantia de uma qualidade de vidaaceitável e o contato desses menores com este local certamente regrediria a situação e a recuperaçãose tornaria mais distante, ferindo assim, a dignidade da pessoa humana. O Brasil enfrenta hojediversos problemas sociais, a desigualdade social, a pobreza, o desemprego, a educação ine�ciente, afalta de políticas públicas que realmente alcancem as minorias, todos esses fatores colaboram para oaumento da criminalidade de menores infratores. No decorrer do estudo de caso, a partir de estudospublicados, constata-se uma possível solução para a resolução desses con�itos. As vistas de umasociedade desigual onde não existe oportunidade para todos, confere-se que reduzindo a maioridadepenal os con�itos existentes tendem a permanecer ou até mesmo piorar, fragmentando a sociedade. Oque deve ser feito, é ampliar as oportunidades, investindo em políticas de educação, cultura, lazer.Entender a real situação do menor, e ajudá-lo na recuperação aplicando as medidas do ECA ereinserindo os jovens na sociedade com a aplicabilidade do o artigo 227 desta Carta Magna. O art.228 da Constituição Federal, estabelece que menores de 18 anos são penalmente inimputáveis. Destaforma, a redução da maioridade penal fere os princípios constitucionais, por se tratar de um dosdireitos e garantias individuais, inerentes ao artigo 60, parágrafo 4o, inciso 4o da Constituição, sendoassim caraterizado como cláusula pétrea, não podendo sofrer alterações e qualquer projeto que atentepara esse �m é inconstitucional.

Referências:[1] Brasil; Constituição da República Federativa do Brasil; (1988)[2] Brasil; Estatuto da criança e do adolescente, Lei federal no 8069, de 13 de julho de 1990;

Rio de Janeiro: Imprensa O�cial; (2002)[3] José Carlos, André Rocha; Redução da Maioridade Penal: entre leis e correntes

ideológicas; Caderno de Graduação - Ciências Humanas e Sociais FITS, volume 2, número 1;(2014)

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1.27 TRANSPARÊNCIA PÚBLICA E CONTROLE SOCIAL: AATUAÇÃO DE UM CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO

ESCOLAR (CAE).



Resumo: Nos últimos anos tem se dedicado a inserção da transparência aos atos da administraçãopública. A população tem buscado a emancipação política, fazendo jus aos seus direitosparticipativos, na perspectiva de fazer pressões bem sucedidas aos gestores públicos a �m deenvolver-se na atuação de conselhos e políticas destinadas aos cidadãos. Em contrapartida, aadministração pública se esforça para se tornar mais transparente e menos fechada, onde se criacondições para que aumente a participação social sobre os atos dos gestores públicos e agentespolíticos, que representa uma grande valia para a administração pública. De acordo com referência 1,a transparência e a disponibilização da informação no setor público consagram, entre outros, doisgrandes objetivos: atacar o importante problema da corrupção e propiciar o aperfeiçoamentoconstante das ações estatais. Tanto a máquina pública quanto a população sofre com o disparatadoda corrupção. Com o aumento da transparência das ações estatais, os mecanismos de controle socialsão aumentados, com impactos positivos sobre a responsabilização dos governantes, o quenecessariamente leva a diminuição dos níveis de corrupção praticados no Brasil. O objetivo desteestudo de caso foi analisar a atuação do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), situado em umacidade no Sul de Minas Gerais, a partir dos conceitos de transparência pública e controle social. Ointuito é veri�car se o conselho cumpre de maneira e�ciente as exigências para a execução doPrograma Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A metodologia baseou-se numa pesquisaqualitativa exploratória, onde foram feitas entrevistas com atores sociais envolvidos, cujo critério deescolha foi pelo papel que os mesmos desempenham no conselho. Para além, foram analisadas as atasdo CAE e os formulários de �scalização da merenda. Na análise de resultado pode-se observar umacarência de incentivos de participação social por parte dos gestores públicos, onde, o que está previstona lei não condiz com a realidade do conselho estudado. Consoante, percebe-se a importância dadisponibilidade dos dados e acesso as informações, desde a prestação de contas ao fornecimento depalestras e cursos para tornar-se claras as informações obtidas pela participação da população. Aatuação do conselho é fundamental para a execução do PNAE e consequentemente para que seusobjetivos sejam alcançados. O desempenho de um conselho transparente e participativo, resulta emuma e�ciência na gestão das políticas públicas, respeitando e valorizando as ações públicas locais.

Referências:[1] Marcelo Douglas de Figueiredo Torres; Estado Democracia e Administração Pública no

Brasil; Editora FGV; Edição 1; (2004)

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1.28 UM ESTUDO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DOSMODELOS DE GESTÃO PÚBLICA NA SECRETARIA

ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS (REGIONAL-VARGINHA).

Autores: JULIANO SILVA COUGO, JOSAFAT JORGE BARBOZA AMORIM,NATHALIA ALEXANDRE, JILMARA DE SOUZA CARNEIRO CARVALHO, MARIA

ISABEL DA SILVA, ADíLIO RENê ALMEIDA MIRANDA


Resumo: Um modelo organizacional é o conjunto de discursos e práticas que permeiam as estruturase as relações organizacionais (referência 1). Sendo assim, compreender os modelos de AdministraçãoPública possibilita entender melhor a forma de funcionamento da máquina pública e o contextohistórico que a determinou. No decorrer da história brasileira, a administração pública vivenciouquatro modelos de administração, sendo eles, o Patrimonialista, o Burocrático, o Gerencialista, e omais recente, o Societal, que apesar de não ter sido efetivamente implementado é alvo de importantesdiscussões no campo acadêmico e na área pública, em geral. O objetivo deste trabalho foi aidenti�cação das características de cada um destes modelos na estrutura organizacional e nas práticasadministrativas e operacionais e da Secretaria Estadual da Saúde de Minas Gerais, regional Varginha.A pesquisa de exploratória-descritiva e de caráter qualitativo foi realizada por meio de entrevistassemiestruturadas com a diretora do órgão e com 15 demais funcionários dos 13 setores que englobama instituição, além disso, informações contidas na página virtual da instituição também foramutilizadas na pesquisa como fonte complementar de dados. Foram constatadas características domodelo patrimonialista tais como admissão e promoção de funcionários indicados por representantespolíticos e prioridade para atendimentos de cidadãos que possuíam in�uência política, rompendo,dessa forma, o princípio da isonomia. Além disso, segundo alguns entrevistados, os funcionárioscontratados por apadrinhamento político gozam de certa ociosidade, com o consentimento dadiretoria do órgão, caracterizando clientelismo. Quanto às características da Burocraciadestacaram-se as contratações mediante concurso público, a organização hierárquica e asformalizações dos processos. Das características do modelo gerencialista as que mais se destacaramforam a avaliação de desempenho dos servidores, a utilização de metas, as premiações porprodutividade e a terceirização de algumas atividades. Além dessas, apesar da tolerância ao óciosupracitado, os servidores mostraram-se preocupados com a e�ciência de suas atividades. Dascaracterísticas do modelo societal, veri�cou-se que a organização possui diversos canais de aberturapara a opinião pública, possibilita fácil acesso para reclamações e solicitações de atendimento edistribui, periodicamente, cartazes informando suas formas de contato. Além disso, por exigêncialegal, as atividades do órgão são discutidas em um conselho gestor cuja composição é formada por50% de participação popular. Ainda que sutilmente, os canais de participação e as discussões nosconselhos gestores produzem efeito na administração do órgão. Conclui-se, portanto, que aadministração da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais-regional Varginha-MG, mostrou-sehíbrida, fortemente in�uenciada pelos modelos Patrimonialista, Burocrático e Gerencialista, e emmenor grau pelo modelo Societal.

Referências:[1] Felipe Sobral, Alketa Peci; Administração: teoria e prática no contexto brasileiro; São

Paulo, Pearson - Prentice Hall; (2008)[2] Leornardo Secchi; Modelos organizacionais e reformas da administração pública; Revista

de Administração Pública, Rio de Janeiro, volume 43, número 2; (2009)[3] Ana Paula Paes de Paula; Administração pública brasileira entre o gerencialismo e a

gestão social; Revista de Administração de Empresas, Rio de Janeiro, volume 45, número 1,páginas 36-49; (2005)

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1.29 VOLUNTARIADO, EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E AQUESTÃO SOCIAL: CAMINHANDO JUNTOS

Autores: PEDRO VAZ DO NASCIMENTO ALMEIDA, BRUNO EDUARDO FREITASHONORATO


Resumo: O voluntariado nas organizações não-governamentais (ONGs) é um dos pilares maisrelevantes para o funcionamento de projetos sociais e o estreitamento das relações sociais paramelhoria coletiva. Portanto, pensar e re�etir sobre ONGs, voluntariado e Terceiro Setor torna-se cadavez mais necessário, além da sua crescente ocupação no espaço social, político, cultural e econômico.O objetivo desse resumo é apresentar algumas das ações realizadas pelo projeto �Voluntário comcompromisso: ação e re�exão com as ONGs de Varginha-MG� no ano de 2015 e demonstrar tambémquão o projeto vem contribuindo e se articulando em proximidade a extensão, respeitando o processocultural, educacional e cientí�co que articula ensino e a pesquisa de forma indissociável e quefortalece a relação dialógica e transformadora entre universidade e sociedade (CORRÊA, 2003).Justi�ca-se o presente trabalho pela pesquisa realizada em 2014 pelo projeto �DialONGando:dialogando com as ONGs no município de Varginha/MG� em que, 41,7% dos gastos das doze ONGspesquisadas são com funcionários. O principal motivo das ONGs para tais práticas é a falta devoluntários comprometidos com as entidades. Assim, entende-se que as ações perante o voluntariadonas organizações devem ser reforçadas através do ato de sensibilizar, atrair e capacitar voluntários eorganizações em torno da causa, ressaltando que, a transformação da mão de obra das ONGs em mãode obra empregada, além de elevar seus custos, coloca em risco o atendimento à questão social.Metodologicamente, as ações do projeto buscam se aproximar da pesquisa-ação, em que Dione (2007)a�rma ser necessária a participação de pesquisadores e atores sociais para transformação de certasituação. As ações contaram com oito participantes, sendo que, quatro pessoas são representantestrês ONGs, ou seja, participaram cerca de 12,12% das entidades que temos em nosso banco de dados.A primeira ação foi à palestra �O voluntário e suas principais práticas jurídicas: conversando com asONGs de Varginha-MG�, uma das demandas levantadas com doze ONGs em pesquisas do ano de2014. Na palestra, introduzimos a discussão sobre prática voluntária ressaltando aspectos jurídicosque organizações e voluntários têm de se atentar, além do incentivo a prática voluntária diante daentrega no começo da palestra da cartilha do voluntariado, nossa segunda ação. Na cartilha foramexpostas informações sobre o funcionamento do projeto, quem é o voluntário, benefício de servoluntário, direitos e deveres, breve de�nição de Terceiro Setor e ONG, além de endereços de ONGs eConselhos de bairros, incentivando a participação nestas entidades. Os resultados encontrados pormeio dos formulários de avaliação foram que 50% dos participantes acharam os temas abordados bomou excelente. Alguns dos participantes relataram ter di�culdade com os temas abordados e gostariamde receber mais voluntários para conhecer suas organizações. Palavras-chave: Voluntariado, ONGs,extensão universitária, questão social.

Referências:[1] Edson José Corrêa; Extensão Universitária, política institucional e inclusão social; edição

1, Revista Brasileira de extensão universitária; (2003)[2] Hugues Dionne; A pesquisa-ação para o desenvolvimento local; Brasília, Liber Livro;

(2007)[3] sem referencia3

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2 CIÊNCIAS ATUARIAIS E GESTÃO DE RISCO

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2.1 ANÁLISE DE UM PROCESSO DE POISSON DO NÚMERODE GOLS MARCADOS PELO TIME CAMPEÃO E O

ÚLTIMO COLOCADO DA SÉRIE A DO CAMPEONATOBRASILEIRO 2014

Autores: PALOMA MARIA BENELLI, HUMBERTO MARCILIO MARTINS, DEIVECIRO DE OLIVEIRA


Resumo: Este trabalho objetiva realizar uma análise de dados sobre um Processo de Poisson, com amodelagem do comportamento dos dados, comparação dos modelos ajustados e expressão dasprobabilidades associadas ao número de eventos que ocorrem em um determinado intervalo de tempo.Os dados consistem em gols marcados por minuto durante as partidas jogadas nas 38 rodadas doCampeonato Brasileiro 2014 por dois times: o campeão e o último colocado da série A, ou seja, oCruzeiro e o Criciúma, respectivamente. Este estudo faz uso de dados secundários, coletados no mêsde outubro de 2015, junto ao site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e correspondem aosresultados dos jogos do Cruzeiro e do Criciúma no Campeonato Brasileiro de Futebol 2014 � Série A.Foram coletados o número de gols pró desses times, isto é, os gols marcados a favor do Cruzeiro e doCriciúma, considerando todas as 38 rodadas da competição. Sabe-se que o tempo de acréscimoconcedido em cada partida varia de acordo com a determinação do árbitro. Como o presente estudoconsiste na análise de mais de uma partida, isto é, de 38 rodadas no torneio, foi necessário estabelecerum padrão para a análise do tempo de ocorrência dos gols do Cruzeiro e do Criciúma. Dessa forma,consideramos somente o tempo regular de partida, ou seja, 90 minutos de jogo. Para tanto, os golsfeitos no tempo de acréscimo do primeiro tempo da partida foram considerados como realizados noúltimo minuto do primeiro tempo regular de jogo, ou seja, aos 45 minutos do primeiro tempo. Damesma forma, os gols marcados nos acréscimos do segundo tempo de partida foram considerados noúltimo minuto do segundo tempo, isto é, aos 45 minutos do segundo tempo que, no estudo,corresponde a 90 minutos. Um Processo de Poisson pode ser de�nido como um processo estocásticoem termos das ocorrências de eventos, isto é, se denotarmos este processo como Ntt ≥ 0 e �xarmos otempo no instante t, teremos que Nt é um número instante t, teremos que Nt é um número inteiroque representa o número de eventos até o instante t (HINOJA, A.; MILANÉS, A.; 2011). Para oestudo em questão foi de�nido Nt como o número de gols realizados ao longo das partidas durante oreferido campeonato e t o tempo regular em minutos da duração de uma partida de futebol dacompetição, ou seja, de 0 a 90 minutos. Uma das hipóteses do processo de contagem é que somenteum evento pode ocorrer num instante de tempo t, ou seja, não há ocorrência de eventos simultâneos.O Cruzeiro, campeão do Campeonato Brasileiro 2014, realizou 67 gols durante as 38 partidasdisputadas, isto é, uma média de 1,763 gols por partida. Enquanto que o Criciúma, último colocadoda Série A, conseguiu acumular um total de 28 gols nos jogos que disputou, resultando em umamédia de 0,736 gols por partida. Do total de gols do Cruzeiro, 44 foram marcados em casa e 23 forammarcados fora. Do total de gols do Criciúma, 19 foram feitos em casa e 9 fora. Quanto aos dados doCruzeiro, observa-se o 1o Quartil corresponde a 36,50, isso signi�ca que 25% dos gols feitos peloCruzeiro durante o Campeonato ocorreram antes de 36min 30s de jogo e 75% dos gols realizados pelotime foram superiores a este tempo. O 2o Quartil, que corresponde a mediana, é igual a 51,50 nosrevela que 50% dos gols do time foram feitos após 51min 30s de jogo (que equivale a 6min 30s dosegundo tempo) e 50% dos gols foram realizados abaixo deste tempo. O 3o Quartil é igual a 71,25, oque indica que 75% dos gols foram feitos antes de 71min 15s e 25% dos gols foram realizados apóseste período. No que diz respeito aos gols do Criciúma, observa-se que 25% dos gols foram feitos aolongo dos primeiros 21min de partida (1o Quartil), 50% dos gols foram marcados até os 53min 30s dejogo (2o Quartil) e 75% de todos os gols do clube foram feitos até os 20min do segundo tempo (3o

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Quartil). O gol mais rápido feito pelo Cruzeiro no Campeonato foi aos 4 minutos, ao passo que o golmais rápido do Criciúma foi logo aos 2min de jogo. Com os dados coletados foi possível construir umhistograma, também conhecido como distribuição de frequências ou diagrama das frequências, épossível observar a representação grá�ca da frequência de gols marcados por minuto por ambos osclubes, durante as partidas do Campeonato 2014. Pela análise do histograma construído para oCruzeiro, é possível observar gra�camente que existe uma concentração de gols no �nal do primeirotempo e no início do segundo tempo de partida. Visualmente, percebe-se que no segundo tempo(após 45min de jogo) houve um aumento na frequência de gols marcados em relação ao primeirotempo (antes de 45min de jogo). Quanto ao histograma construído para o Criciúma é possívelobservar que há uma intensidade maior de gols nos vinte primeiros minutos do primeiro tempo etambém nos 20 primeiros minutos do segundo tempo. Na metade do primeiro tempo o número degols cai mais da metade e nos últimos 10 mim de jogo o clube conseguiu realizar apenas um goldurante todo o campeonato. Com base no histograma, foi ajustada uma função para descrever ocomportamento que os dados seguem. O ajuste foi realizado com a ajuda do software gratuito R,versão 3.2.2, utilizando a biblioteca NHPoisson para o ajuste de processos de Poisson não homogêneo.Dessa forma, foi ajustado um modelo para cada clube em estudo: a função quadrática para oCruzeiro e a função cúbica para o Criciúma. A partir do cálculo da integral da função intensidadedentro de intervalos, foi possível calcular algumas probabilidades de ocorrência desses eventos. Sobuma análise mais genérica dos cálculos de probabilidade de eventos, pode-se concluir que embora oCriciúma tenha uma alta taxa de ocorrência de gols marcados no início do primeiro tempo e no iníciodo segundo tempo das partidas disputadas ao longo do Campeonato, em nenhum momento eleconsegue superar os resultados obtidos pelo Cruzeiro. A probabilidade do Criciúma fazer de 1 até 10gols durante o campeonato todo nos 20 minutos inicias de jogo é alta (0,96), em outras palavras, aprobabilidade do time fazer mais de 10 gols é relativamente baixa (0,04). Esse é um resultadocoerente, uma vez que o Criciúma não fez muitos gols ao longo do torneio, sendo estes marcados commais frequência nos minutos iniciais do primeiro e segundo tempo de partida. Já o Cruzeiro tem umaprobabilidade igual a 0,745 de somar 10 gols nos 20 primeiros minutos de jogo considerando todaspartidas da competição. Isto é, uma probabilidade menor quando comparado a do Criciúma, pois oCruzeiro tem uma chance maior de fazer mais de 10 gols nos 20 primeiros minutos de jogo em todasas partidas disputadas. Percebe-se uma grande diferença entre as probabilidades de ocorrência degols entre os dois times nos 10 minutos �nais do primeiro tempo e uma diferença ainda maior nosúltimos minutos do segundo tempo. A probabilidade do Criciúma fazer no máximo 10 gols é muitopróxima de 1, indicando que di�cilmente o clube chegará a superar esse número de gols ao longo detodas as partidas disputadas. Em contrapartida, a probabilidade do Cruzeiro fazer até 10 gols nosúltimos dez minutos do segundo tempo, ao longo de todas as partidas da competição, corresponde a0,74125, ou seja, existe uma chance considerável (25,875%) do clube fazer mais de 10 gols nosminutos �nais dos jogos. Os resultados obtidos mostra que houve de fato uma grande superioridadedo time campeão quando comparado ao último colocado da tabela. O único momento que o Criciúmase aproxima do Cruzeiro são nos 20 primeiros minutos do segundo tempo dos jogos realizados. Emtodos os demais minutos das partidas, houve uma grande diferença entre os times na ocorrência degols, em que o Cruzeiro se mostrou superior ao Criciúma em número de gols marcados ao longo daspartidas disputadas no Campeonato, sendo esta diferença muito maior nos 10 minutos �nais dosjogos do torneio.

Referências:[1] Confederação Brasileira de Futebol (CBF); Estatísticas das competições; (2015)[2] Adrian Hinojosa; Aniura Milanés; Uma introdução aos processos estocásticos com

aplicações; Departamento de Estatística, ICEx; UFMG; (2011)[3] R Core Team; R: a language and environment for statistical computing; Vienna, Austria;

R Foundation for Statistical Computing; (2015)

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2.2 ANÁLISE DOS BENEFÍCIOS EMITIDOS PELAPREVIDÊNCIA SOCIAL E SUA RELAÇÃO COM O

PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Autores: PALOMA MARIA BENELLI, GABRIEL RODRIGO GOMES PESSANHA


Resumo: No Brasil, o tema Previdência, seja de caráter público ou privado, tem se mostradofrequentemente objeto na mídia em geral e também na literatura especializada. Nesse sentido, aprevidência se con�gura como um forte elemento social, uma questão que determina o futuro e osonho dos trabalhadores para a terceira etapa de suas vidas. A Previdência Social também possuigrande participação e importância na economia dos países, representando uma importante fonte derecursos e fator fundamental para o equilíbrio social, por meio de concessão de benefíciosprevidenciários e arrecadação de contribuições. Tendo em vista a importância da previdência socialna questão econômica e social, o estudo busca analisar a relação existente entre os benefícios emitidospela previdência pública brasileira e a produção nacional de todos os bens e serviços �nais realizados,no curto prazo. A presente pesquisa utiliza o método quantitativo, com o uso de uma análiseestatística, por intermédio da técnica de Regressão Linear Simples com time series (série temporal),no intuito de auxiliar a interpretação dos dados e alcançar o objetivo proposto. A amostra em análiserestringe-se aos dados da Previdência Social e do PIB. O período observado para análise se estendede janeiro de 2009 a dezembro de 2013, com dados coletados no mês de junho de 2015, junto à basedo IPEADATA e dos Anuários Estatísticos da Previdência Social (AEPS). Quanto aos dados, foramcoletados o valor do PIB mensal brasileiro (a preços correntes, em milhões de reais) e a valor mensalde benefícios emitidos pela previdência social. �Os benefícios emitidos correspondem aos créditosemitidos para pagamento de benefícios, ou seja, são benefícios de prestação continuada que seencontram ativos no cadastro e para os quais são encaminhados créditos junto à rede pagadora debenefícios� (MPS, 2015). O programa escolhido para fazer as análises deste trabalho foi o softwareestatístico gratuito R, versão 0.98.1102. Dessa forma, a análise empírica apresenta como variávelexplicativa os benefícios mensais emitidos pela previdência social e como variável dependente o PIBmensal. Charnet et al. (2008) revelam que o Modelo de Regressão Linear Simples descreve umavariável de interesse, Y, como uma soma da parte determinística e parte aleatória. De acordo com oreferido autor, �a parte determinística, uma reta em função de X, representa a informação sobre Yque já poderíamos �esperar�, apenas com o conhecimento da variável X. A parte aleatória,denominada erro, representa os inúmeros fatores que, conjuntamente, podem interferir em Y�. Nesteestudo, busca-se conhecer em que medida o benefício mensal emitido pela previdência social ésigni�cativo para explicar o valor do PIB brasileiro. Em um primeiro estágio foi realizada umaanálise descritiva dos dados, a �m de detectar a presença de outliers (valores discrepantes) e missingvalues (valores perdidos) na base de dados. Com o intuito de retirar os efeitos da in�ação, foirealizado o de�acionamento dos valores monetários do PIB, pelo IPCA (Índice Nacional de Preços aoConsumidor Amplo). Em seguida foi realizada uma regressão linear simples com as duas variáveis emanálise a �m de buscar uma relação entre as mesmas. Uma primeira etapa na análise estatística érealizar testes de hipóteses para veri�car se o Modelo de Regressão Linear Simples (MRLS) éadequado. Logo, por meio do teste t e teste F (anova) aplicados ao modelo em estudo, foi possívelconcluir que existe regressão (MRLS). O valor-p, interpretado como o menor valor possível de alfa(α) que nos levaria a rejeitar a hipótese nula, indica a existência de regressão. Quanto ao coe�cientede correlação entre X e Y, que mede a possível relação entre as variáveis aleatórias, observa-se que aestimativa da correlação linear entre o PIB e o benefício emitido pela previdência social é de 0.8814, oque nos permite concluir que a relação linear entre as variáveis é positiva e forte. O modeloapresentou um coe�ciente de determinação igual a 0,7769, revelando que o modelo ajustado nos

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explica 77,69% da variação do PIB. Para que os resultados da regressão sejam con�áveis foi realizadaa Análise de Resíduso. De acordo com o teste de Kolmogorov-Smirnov veri�ca-se que os resíduos sãooriundos de uma população normal. O teste de Durbin Watson indica que os resíduos possuem certadependência. Pelo teste de Breush-Pagon veri�ca-se que os residuos são homocedásticos, isto é,possuem variância constante. Quanto ao teste para cada uma das variáveis studentizadas, percebe-sepor meio da análise grá�ca que há 2 observações que são consideradas in�uentes. Entretanto, deforma geral, os resultados adquiridos con�rmam que os benefícios mensais emitidos pela previdênciasocial representam uma valiosa fonte de informação para a macroeconomia do Brasil. Como limitaçãosalienta-se que as conclusões deste estudo não podem ser generalizadas a demais modalidade debenefícios e demais indicadores macroeconômicos, uma vez que na presente pesquisa foi analisado umcaso especí�co.

Referências:[1] Reinaldo Charnet, et al; Análise de modelos de regressão linear: com aplicações; 2.ed,

Campinas; editora da Unicamp; (2008)[2] IPEADATA; Disponível em:< http://www.ipeadata.gov.br>, Acessos em 01 Jun 2015.[3] MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (MPS); Anuário estatístico da previdência

social; (2015)

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2.3 ASSIMETRIA INFORMACIONAL E RISCO MORAL EMOPERADORAS DE SAÚDE � UMA BREVE REVISÃO

BIBLIOGRÁFICAAutores: LUCIENE DE CÁSSIA INÁCIO, WESLLAY CARLOS RIBEIRO


Resumo: O lema constitucional �Saúde, direito de todos e dever do Estado� marca o início do processode universalização da saúde no Brasil, dado pela instituição de um Sistema Único de Saúde (SUS) oqual tem o propósito de garantir assistência integral a saúde a todos os cidadãos do país. Com isso asaúde passa a se estruturar em três principais setores: o público representado pelo SUS; o complementardeterminado pelos convênios do sistema público com o privado; e o suplementar, onde as operadoras desaúde desempenham um papel fundamental no setor privado. Esse certamente foi um grande avançoem relação ao cenário anteriormente vivenciado, garantindo amparo a pessoas totalmente desassistidas;no entanto, a realidade se mostrou muito mais desa�adora do que os objetivos almejados pelo sistema.Prova disso é que antes de 1998 o setor privado não possuía nenhuma regulação especí�ca, sendo aprimeira a Lei 9656/98 e posteriormente a Lei 9961/00 que instituiu a Agencia Nacional de SaúdeSuplementar - ANS, um órgão regulador que prima pela minimização de distorções causadoras dedesequilíbrios e vulnerabilidades entre as partes envolvidas nesse comércio. Uma das característicasque permeia as relações entre os agentes do setor suplementar é a não conformidade com os ideaiseconômicos de equilíbrio de mercado; pois, diferentemente do ideal de concorrência perfeita, esse setorlida diariamente com falhas de mercado decorrentes da assimetria de informação entre os agentes queofertam e demandam serviços de saúde. A assimetria de informação é a falha de mercado que origina osdemais desequilíbrios; haja vista que as operadoras de saúde não tem garantias de que os pagamentospreviamente efetuados pela sua carteira de clientes será su�ciente para cobrir os custos administrativose operacionais dos serviços, uma vez que o evento adoecer não é previsível. Por outro lado os agentesdemandantes de serviços de saúde possuem vantagem informacional sobre a operadora, na medida emque conhecem seu histórico médico e eventuais propensões a doenças. Essa vantagem é determinantena ocorrência do risco moral que está relacionado a situações onde as ações dos participantes, não sãodo conhecimento da operadora, e trazem consequência onerosa as partes envolvidas, pois em virtudeda proteção oferecida pelo plano, os participantes tendem a sobre utilizar o serviço já que isso nãoincorreria em mais custos e, portanto, maximizaria a sua utilidade. Alguns estudos feitos no mercadobrasileiro detectaram evidencias da presença do risco moral decorrente da assimetria de informação nosetor após as regulações determinadas pela ANS; no entanto, ainda são poucos os estudos que tratamde casos concretos desse fenômeno. Apesar desse problema, o setor detém hoje segundo dados daANS, mais de 47 milhões de usuários dos planos operacionalizados por contratos entre as operadorasde saúde, prestadores de serviços de assistência médico-hospitalar e odontológica, e a indústria demedicamentos e de materiais; o que con�gura um momento de crescimento do mesmo. Logo, dada àimportância social deste serviço, torna-se relevante conhecer esse tipo de risco, de qual das partes eleprovém e o que fazer para detecta-lo e minimizar seus efeitos. Espera-se que o produto desse trabalhoestimule novas discussões sobre os desa�os que envolvem o importante mercado de saúde suplementar,e promova a busca de soluções que impulsionem o crescimento do setor em benefício daqueles quecolaboram com a promoção da saúde e de toda à população.

Referências:[1] Lauro Vieira Faria; Informação assimétrica em seguros; Revista Cadernos de Seguros;

(2012)[2] João Éricson Pimenta Melo; O risco moral no mercado de plano de saúde: uma potencial

contribuição à e�ciência regulatória da agência nacional de saúde suplementar; VII PRÊMIOSEAE; (2012)

[3] Ana Carolina Maia; Ensaios sobre a demanda no Setor de Saúde Suplementar Brasileiro;Universidade Federal de Minas Gerais; (2012)

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2.4 ESTUDO DA MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNASDE CRIANÇAS E PRÉ-ADOLESCENTES, EM MINAS

GERAIS, 2003 E 2013.Autores: ANA PAULA ROCHA ROSA, LARISSA GONCALVES SOUZA


Resumo: As causas externas são responsáveis por mais de cinco milhões de mortes, em todo o mundo,apresentando uma tendência crescente. No Brasil, estudos demonstram que, nas últimas décadas, taiscausas aumentaram sua representatividade na mortalidade geral. Esses eventos podem ser classi�cadosem acidentais, isto é, aqueles relacionados ao trânsito, trabalho, quedas, envenenamentos, afogamentose também classi�cados em intencionais, referentes a agressões e lesões autoprovocadas2. Os acidentes nainfância são responsáveis por custos emocionais, econômicos e sociais que repercutem na sociedade. Aocorrência pode estar associada ao sexo, idade e características da personalidade como hiperatividade,agressividade, impulsividade e distração3. A abordagem da saúde pública, sobre o reconhecimento doproblema das mortes por causas externas e sua solução, é baseada em alguns requisitos. Dentre os quaisa produção do máximo conhecimento possível, sobre todos os aspectos do problema, com o objetivo decaracterizar sua magnitude, características e impacto1. Neste sentido, o objetivo deste trabalho consisteem analisar a mortalidade por causas externas, segundo grupos etários de crianças e pré-adolescentes, noestado de Minas Gerais, em 2003 e 2013. Especi�camente, pretende-se encontrar a representatividadedas causas externas na mortalidade geral e, em seguida, os três principais agrupamentos que constituemo capítulo de causas externas, nas faixas etárias estudadas. Os materiais necessários para o estudosão dados de óbitos e tamanho da população. Os dados de óbitos foram desagregados por gruposetários (1 a 4 anos, 5 a 9 anos e 10 a 14 anos) e causas de morte, de acordo com a décima revisãoda Classi�cação Internacional de Doenças (CID 10). O conjunto de eventos de causas externas demorbidade e mortalidade está especi�cado no capítulo XX, da CID 10. As populações residentestambém foram desagregadas por grupos etários. Os dados de óbitos são provenientes do Sistema deInformação sobre Mortalidade (SIM), e podem ser obtidos via endereço eletrônico do Departamentode Informática do SUS (DATASUS). As populações residentes também foram coletadas no endereçoeletrônico do DATASUS. Os resultados obtidos mostram que as causas externas são as principais causasde morte em Minas Gerais, tanto em 2003 quanto em 2013, em todas as faixas etárias estudadas. Opercentual aumenta à medida que a idade aumenta, na faixa etária de 10 a 14 anos, estas causas sãoresponsáveis por quase 50% da totalidade dos óbitos. Do ano 2003 para 2013, as faixas etárias de 1 a 4e de 10 a 14 anos, experimentaram um aumento de 6,34% e 3,63%, respectivamente. A faixa etária de 5a 9 anos, por sua vez, reduziu em 3,78% a participação dessas causas na mortalidade geral. No estudodas mortes por causas externas, segundo os agrupamentos, os resultados indicam que os acidentesde transporte ocupam a primeira posição como principal causa de morte, em todas as faixas etáriasestudadas, representando mais de 50% na faixa etária de 5 a 9 anos, nos dois anos analisados. Emseguida, os óbitos ocasionados por afogamentos e submersões acidentais ocupam a segunda posição.Por último, todas as outras causas externas nas faixas etárias 1 a 4 anos e 5 a 9 anos e as agressõesde 10 a 14 anos. De forma geral, a redução das mortes por causas externas representa um grandedesa�o, que necessita de informação para decisão de alocação de recursos e implementação de açõespreventivas.

Referências:[1] OMS; World report on child injury prevention; Geneva: Organização Mundial da Saúde;

(2008)[2] Maria Helena Jorge, Maria Koizumi, Vanessa Tono; Causas Externas: O que são, como

afetam o setor saúde, sua medida e alguns subsídios para a sua prevenção; Revista Saúde, UnG,volume 1; (2007)

[3] Christine Martins; Acidentes na infância e adolescência: uma revisão bibliográ�ca;Revista Brasileira de Enfermagem REBEn; (2006)

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2.5 FUSÕES E AQUISIÇÕES (F&A) E VOLATILIDADE DOMERCADO ACIONÁRIO: O CASO DA BRASIL FOODS S.A.

Autores: LUCAS PEREIRA LOPES, GABRIEL RODRIGO GOMES PESSANHA,LEIZIANE NEVES DE AZARA


Resumo: Na tentativa de criação de valor para os acionistas, as organizações, diante da concorrênciado mercado, vêm buscando ferramentas e alternativas para auxiliar na sua gestão e desempenho. Nestecontexto, o processo de F&A se destaca. Referência 1 a�rmam que um dos motivos para as F&A é aobtenção de ativos estratégicos. A fusão entre Sadia e Perdigão, criou, o�cialmente, a Brasil Foods S.A.,uma das maiores empresas do ramo alimentício do Brasil e do mundo. Tal acontecimento representouum marco para o agronegócio brasileiro. Dada a representatividade e importância da empresa paraa economia brasileira, torna-se relevante estudar e avaliar os efeitos de tais estratégias no mercadoacionário. Sendo assim, a questão norteadora deste trabalho é: qual a reação do mercado mediante oanúncio das estratégias de F&A da BR Foods S.A.? Visando responder tal questão, o principal objetivodeste trabalho foi veri�car a existência de impactos causados pelas estratégias de F&A na volatilidade(risco) da empresa BRFoods no período de 1994 a 2015. Hipoteticamente, espera-se que o mercado reajaao anúncio das F&A e que haja um incremento da volatilidade no período analisado. Para referência 2,o mercado acionário é considerado o melhor avaliador dos benefícios gerados por um processo de fusão eaquisição. Para desenvolver seus raciocínios, os autores se baseiam na hipótese de e�ciência de mercado.Em um mercado e�ciente, o surgimento de novas informações sobre uma empresa, faz com que osinvestidores analisem e tomem decisões acerca de como o evento afeta o �uxo de caixa esperado da �rmae consequentemente, o seu valor intrínseco. Assim, os preços das ações sofrem um ajuste, re�etindo asnovas expectativas do mercado. Seguindo esta mesma linha, alguns autores defendem que um mercadoe�ciente é aquele no qual, os preços re�etem plena e instantaneamente todas as informações relevantesdisponíveis, logo, quando os ativos são negociados, os preços são indicações corretas para a alocaçãode capital. Sinteticamente, pode-se a�rmar que em um mercado de capitais e�ciente, em termosinformacionais, o anúncio de um processo de F&A deve gerar um impacto no valor das ações, uma vezque este sofrerá um reajuste oriundo das expectativas dos investidores, quanto aos resultados futurosdo processo de combinação empresarial, sejam eles, positivos, negativos ou indiferentes. Quanto maisrápida e precisa for essa incorporação, mais e�ciente é considerado o mercado. Na Teoria de FinançasModerna, a volatilidade apresenta-se como um elemento essencial a ser considerado na avaliação dosprocessos de preci�cação de ativos, tomadas de decisão �nanceira e no gerenciamento de riscos. Avolatilidade é caracterizada pelas oscilações ocorridas no preço de um bem num determinado intervalode tempo e quanto maior a oscilação do preço, maior a volatilidade deste mercado. Segundo referência3 a volatilidade é um dos mais importantes conceitos em toda a área de �nanças. A volatilidade é umavariável-chave, que permeia a maioria dos instrumentos �nanceiros e que exerce um papel central emdiversas áreas de �nanças. Com o objetivo de modelar o que se chama de volatilidade, que é a variânciacondicional de uma variável, comumente um retorno, surgiram os modelos da família ARCH. Sendoassim, analisaram-se nove estratégias de aquisições realizadas pela BRFoods: Eleva (outubro/2007),Cotochés (abril/2008), Sadia (maio/2009), Avex (outubro/2011), Dánica (outubro/2011), Quick Foods(junho/2012), Federal Foods (outubro/2012 e abril/2014), Alyasra Food Company (Agosto/2014). Osdados foram obtidos junto ao banco de dados do Economática e, posteriormente, tratados e ajustadosno software Eviews 7.0. Aplicou-se os modelos da classe ARCH para veri�car se as F&A impactavamna volatilidade dos retornos das ações da empresa. Os resultados mostraram que a ocorrência de F&Aé responsável por gerar um incremento na volatilidade das ações, porém de diferentes maneiras. Éimportante ressaltar que o valor do coe�ciente da variável F&A foi pouco expressivo para todos osmodelos ajustados, todavia a signi�cância destes coe�cientes denota os impactos exercidos por taisoperações. Os resultados veri�cados a partir das modelagens estatísticas da série de retorno das ações

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con�rmam o fato, preconizado pela teoria, de que a abordagem econométrica, por meio dos modelosda classe ARCH é mais adequada para o tratamento das séries �nanceiras, que apresentam os fatosestilizados (heterocedasticidade, agrupamento de volatilidade e leptocurtose), tal como se mostrou nasérie estudada. Os impactos apresentados nas séries foram distintos em relação às estratégias de F&A.Na maioria dos casos houve incremento na volatilidade e, consequentemente, um aumento no risco doacionista. Somente em uma das operações estudadas observou-se uma redução da variabilidade dosretornos. Este fato pode estar associado às peculiaridades e especi�cidades da estratégia. Por �m,devem ser ressaltadas as limitações deste trabalho, como o restrito número de observações decorrentedo curto prazo de operação e o caráter probabilístico dos resultados. Dessa forma, os resultadosaqui obtidos, não têm a pretensão de esgotar os estudos dos impactos das fusões e aquisições sobrea volatilidade, mas sim contribuir e recolocar em discussão um tema de crucial importância para ogerenciamento de riscos e tomada de decisão.

Referências:[1] Jan Bena, Kai Li; Corporate innovations and mergers and acquisitions; The Journal of

Finance, volume 69, pg. 1923-1960; (2014)[2] Katherine Schipper, Rex Thompson; Evidence on the capitalized value of merger activity

for acquiring �rms; Journal of Financial Economics, New Haven, volume 11, páginas 85-120;(1983)

[3] Chris Brooks; Intoductory econometrics for �nance; Cambridge: Cambridge University,edição 1; (2002)

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2.6 MERCADO DE SEGURO RURAL NO BRASIL: SITUAÇÃOATUAL, DESAFIOS E SOLUÇÕES

Autores: JESSICA DA SILVA CARDOSO, LEONARDO HENRIQUE COSTA


Resumo: De acordo com referência 1, a agricultura é um setor de grande relevância para a economiabrasileira. No entanto, o setor agrícola possui riscos inerentes a sua atividade, e o que torna a atividadeagrícola mais arriscada é o de ser totalmente dependente de mudanças climáticas. As organizaçõesagrícolas lidam com esses riscos e incertezas, que podem lhes causar grandes prejuízos. O segurotransfere os riscos inerentes à atividade agrícola para outros agentes econômicos, contribuindo para asobrevivência das organizações agrícolas em épocas de desastre. No caso da agricultura existe o segurorural, que se divide em modalidades que buscam atender as necessidades de cada produtor. No segurode automóvel existe uma baixa dependência, permitindo a observação do principio do mutualismoneste tipo de seguro. Esse princípio indica que: caso se observe um sinistro em um veiculo de umdeterminado bairro, a chance de um veículo de outro bairro sofrer sinistro não se altera de maneirasigni�cativa. Já no seguro rural, existe uma forte dependência entre os eventos. Caso se observe umaseca prolongada ou um excesso de chuva que destrua a plantação em um determinado município, o riscode alteração na produtividade dos cultivos em cidades vizinhas aumenta. Nesse sentido, caso exista umou mais eventos adversos que impacte na produção de determinados cultivos em uma região, o valortotal do sinistro para a seguradora pode ser alto o su�ciente par torna-la insolvente. Esse trabalho sepropõe a fazer uma revisão de literatura referente aos trabalhos já publicados sobre o Seguro Rural noBrasil, com o objetivo de de�nir bem o problema a ser estudado e obter uma ideia mais precisa sobrea situação atual desse setor securitário no país. Procurou-se responder sobre a questão de quais sãoos principais entraves que prejudicam o desenvolvimento desse setor securitário no Brasil, apontandosoluções presentes na literatura que possam resolver tais entraves. No Brasil, no ano de 2004, ogoverno tentou estruturar o mercado de seguro rural a partir da subvenção econômica do prêmio doseguro rural. O seguro rural é fundamental para auxiliar agricultores, produtores e os governos nosentido de diminuir os impactos �nanceiros que poderiam inviabilizar novos plantios pós-catástrofes.É importante buscar soluções que ajudem esse setor securitário no Brasil a se desenvolver. Segundoreferência 2, um grande esforço deve ser feito para que o mercado atinja o pleno desenvolvimento.Através do estudo pode-se concluir que o governo deve intervir com maior intensidade no setor deseguro rural, para que o mercado consiga se desenvolver. Apesar de o governo ter aumentado osincentivos no setor promovendo uma tendência de crescimento do mercado, é necessário que o governotambém se preocupe com as condições necessárias de suporte para que o mercado consiga se consolidar.Foi possível perceber através da revisão bibliográ�ca que o seguro rural no Brasil encontra-se poucoconsolidado, mas acena-se como um instrumento promissor para crescimento, pois a cultura do seguroainda é recente e já foram muitas as experiências signi�cativas que ocorreram nos últimos anos.

Referências:[1] BRASIL, IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Desa�os do

Desenvolvimento, Agricultura: Do subsídio a política agrícola; Ano 8. Edição 8; (2011)[2] Vitor Augusto Ozaki, Pedro Carvalho de Mello, Humberto Francisco Silva Spolador;

Estudos de Risco e Seguro no Agronegócio Brasileiro; Rio de Janeiro, Funenseg; (2007)[3] sem referencia3

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2.7 NÍVEIS E PADRÕES DA MORTALIDADE: UM ESTUDOCOMPARATIVO ENTRE A MAIOR E A MENOR

ESPERANÇA DE VIDA DOS ESTADOS DO BRASIL, 2010.

Autores: MARCOS PAULO FERREIRA LASMAR, PAMILA CRISTINA LIMA SIVIERO


Resumo: INTRODUÇÃO Os avanços na longevidade observados na última década mostram osefeitos da transição demográ�ca e epidemiológica, resultando na diminuição da taxa de mortalidade enatalidade. No entanto, segundo a referência 2, mesmo atingindo a população como um todo, podemser observados diversos diferenciais no decorrer do processo da transição demográ�ca de um país.Diante disso, o objetivo geral do trabalho é analisar o diferencial nos níveis e padrões da mortalidadedas macrorregiões brasileiras, as quais são representadas pelas unidades da federação com maior emenor esperanças de vida. Mais especi�camente, para o ano de 2010, utilizando um método dedecomposição, veri�cam-se os grupos etários que vem contribuindo para o diferencial de mortalidadeentre a maior e menor esperanças de vida observada no país. Essa análise é complementada pelaapresentação das principais causas de morte que incidiram nas populações, por idade e sexo. Nessecontexto, pode-se veri�car a existência de extremos no país, conforme apresentam alguns estudos.Espera-se, com este trabalho, entender o comportamento da queda da mortalidade em cadamacrorregião e explanar um provável comportamento da queda da mortalidade no país.REFERENCIAL TEÓRICO Diversas etapas de transição epidemiológica foram observadas nasmacrorregiões mundiais. Segundo a referência 1, a característica central desse processo nos paísesdesenvolvidos foi um declínio lento acompanhado pelo desenvolvimento econômico. Os ganhos nosníveis de saúde de tais países se deram, com mais ênfase, após transformações sociais associadas àRevolução Industrial, resultando em melhorias na obtenção de alimentos, nas condições de moradia eem medidas de saneamento básico. Nos países que não foram diretamente bene�ciados pelos aspectospositivos da Revolução Industrial, as mudanças nos padrões de morbidade também ocorreram, porémtardiamente. Somente após a era dos antibióticos e de outros avanços da medicina moderna é que odeclínio das doenças infecciosas, até então de forma lenta, passou a ser mais acentuado. Essa fase écaracterizada pela rápida queda da mortalidade, com altos índices de natalidade, levando a umaaceleração do crescimento populacional. Na transição epidemiológica observada nos países emdesenvolvimento, as doenças cardiovasculares (DC), neoplasias malignas e causas externas setornaram as principais causas de óbito. Porém, ao contrário dos países desenvolvidos, aindapersistem altas taxas de morbidade e de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias. Aoencaixar o Brasil em um dos modelos apresentados pela referência 1, observa-se que o país faz jus aomodelo contemporâneo ou atrasado, uma vez que o início do declínio dos níveis de mortalidade se deuapenas na década de 1940, resultado da importação de medidas de saúde pública e tecnologia médica.METODOLOGIA Tem-se por objetivo analisar os extremos do país. Para isso, foram escolhidos osestados com a maior e menor expectativa de vida ao nascer para homens e mulheres no ano de 2010.As tabelas de vida dos estados foram obtidas através do banco de dados e de publicação do InstitutoBrasileiro de Geogra�a e Estatística � IBGE. Para analisar os diferenciais de nível de mortalidadeentre duas populações, foi utilizada a diferença na esperança de vida ao nascer de cada uma das UFs,com o intuito de veri�car a tendência e os diferenciais de níveis de mortalidade entre homens emulheres. Para a veri�cação dos padrões, ou da relação entre as taxas de mortalidade por idade, ametodologia adotada foi a decomposição da diferença entre as esperanças de vida. Tal método,proposto pela referência 3 , faz a decomposição da variação entre a esperança de vida ao nascer deduas populações em determinado período do tempo, permitindo mensurar a contribuição de cadagrupo etário para a diferença entre as esperanças de vida ao nascer. Após isso, a análise dacontribuição dos grupos etários para o diferencial na esperança de vida ao nascer foi complementada

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pelo estudo das principais causas de morte, segundo a Classi�cação Internacional de Doenças (CID10), para os diferentes sexos e estados estudados. Para isso, os dados de óbitos desagregados porgrupos etários, sexo e causas de morte foram obtidos no Sistema de Informação sobre Mortalidade(SIM) disponível no Sistema Único de Saúde (DATASUS). RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordocom alguns estudos, o Brasil tinha como extremos as macrorregiões Nordeste e Sudeste, com umdiferencial de 9,7 anos em 1940 e 11,1 anos em 1960. Depois da análise deste trabalho, veri�ca-se queainda há extremos no país. Os ganhos na esperança de vida ao nascer foram maiores na MacrorregiãoSul (representada por Santa Catarina), tanto para os homens quanto para as mulheres. Por outrolado, a Macrorregião Nordeste apresenta as piores expectativas de vida, representada por Maranhão(mulheres) e Alagoas (homens). Contudo, veri�ca-se uma queda no diferencial da mortalidade, sendode 7,13 anos para as mulheres e 9,13 anos para os homens, em 2010. Isso mostra que as UFs menosdesenvolvidas, mesmo que lentamente, estão avançando nos cuidados à saúde, apresentando quedanos índices de mortalidade e ganhos na expectativa de vida. Tal conclusão pode ser observada aocomparar dados onde a expectativa de vida do brasileiro era de 65,9 anos em 1991 e 68,55 anos em2000, com os dados apresentados neste trabalho, esperança de vida ao nascer de 79,9 anos (maior) e72,8 anos (menor) para as mulheres e 73,7 anos (maior) e 64,6 anos (menor) para os homens, em2010. Os ganhos na expectativa de vida em Santa Catarina vão de acordo com a projeção do IBGE, aqual indica que o estado deve ser o primeiro no Brasil a ultrapassar uma esperança de vida ao nascerde 80 anos, sendo 77,0 anos para os homens e 83,5 anos para as mulheres. De acordo com os dadosapresentados no presente estudo, a esperança de vida ao nascer, em 2010, é de 79,90 anos para asmulheres e 73,73 anos para os homens. Com isso, espera-se que o estado continue avançando nosganhos da esperança de vida ao nascer e ultrapasse, no decorrer dos próximos anos, a média de 80anos na expectativa de vida, ambas previstas pelo IBGE. No que diz respeito às causas de morte nopaís, nota-se que há homogeneidade nas causas de morte das mulheres. Contudo, a principal causa deóbito feminina, tanto em Santa Catarina quanto para o Maranhão, são as doenças do aparelhocirculatório. Isso mostra claramente o processo de transição epidemiológica, em que as causas deóbitos por doenças infecciosas e parasitárias perdem lugar para as doenças degenerativas. Porém,cabe ressaltar que, em relação aos óbitos ocasionados pelas doenças infecciosas e parasitárias, SantaCatarina está claramente à frente do Maranhão na transição epidemiológica. Uma vez que no grupoetário dos menores de um ano, SC tem um percentual de 3,0% contra 8,3% do Maranhão. Para oshomens, há diferença nas causas de morte dos dois estados. Enquanto em Santa Catarina, 26,3% doshomens morrem devido às doenças do aparelho circulatório, cerca de 28,6% dos homens de Alagoas,estão morrendo devido às causas externas. Isso mostra que em Alagoas há predomínio das mortesocasionadas devidos aos acidentes de trânsito, aumento da violência, dentre outras, principalmentepara os indivíduos de 15 a 39 anos. Contudo, vale ressaltar que a contribuição das doenças doaparelho circulatório para os óbitos também é válida. Cerca de 23,3% dos alagoanos morrem devido atais doenças. Ao comparar a proporção dos óbitos dos menores de um ano devido às doençasinfecciosas e parasitárias, veri�ca-se que, assim como no caso das mulheres, Santa Catarina, com1,6%, está à frente do Maranhão, com 10,4%, na transição epidemiológica. Tais resultados mostramos avanços da transição epidemiológica no Brasil, com a menor proporção das mortes por doençasinfecciosas e parasitárias como causas de óbitos, e o aumento da participação das doençasdegenerativas, ou não transmissíveis. E, de fato, isso é veri�cado atualmente no país. Pode-se inferirque as principais causas de morte, de forma geral, são as doenças do aparelho circulatório, seguidopor neoplasias e causas externas. Porém, ainda há um caminho a percorrer no combate às doençasinfecciosas e parasitárias para os menores de um ano, principalmente na Macrorregião Nordeste(representada por Alagoas e Maranhão), na qual a porcentagem de óbitos por tal causa ainda é altase comparado às demais localidades do país.

Referências:[1] Abdel Omran; The epidemiologic transition: A theory of the epidemiology of population

change; The Milbank Memorial Fund Quarterly, volume 49, número 4, páginas 509-538; (1971)

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[2] José Duarte de Araújo; Polarização epidemiológica no Brasil; Epidemiologia e Serviçosde Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde, volume 21, número 4, páginas 533-538; (2012)

[3] United Nations; Sex di�erentials in life expectancy and mortaity in developed countries:an analysis by age groups and causes of death from recent and historical data; (1988)

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2.8 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO DE SANTA CATARINA DE2010 A 2050

Autores: PALOMA MARIA BENELLI, LUCIENE DE CÁSSIA INÁCIO, LUISAPIMENTA TERRA


Resumo: As projeções populacionais são um instrumento valioso como previsoras da evoluçãodemográ�ca de uma região, por essa razão neste trabalho é feita a projeção populacional do estado deSanta Catarina, sendo este um estado diferenciado dos demais graças a seus elevados indicadoressociais que estão entre os melhores do país, incluindo ser o local onde se tem a maior expectativa devida, menor índice de mortalidade infantil, maior taxa de alfabetização e menor nível de desigualdadeeconômica. Essas características fazem de Santa Catarina um estado em processo acelerado dedesenvolvimento comparável hoje a países desenvolvidos que já passaram pelo mesmo processo detransição demográ�ca. Logo, o processo de projeção dessa população baseia-se em criar estimativasque descrevem o comportamento dela com base em pressupostos feitos sobre seus componentesdemográ�cos, sendo eles: mortalidade, fecundidade e migração. Sobre a mortalidade e fecundidade opressuposto é que elas são decrescentes ao longo dos anos, e quanto à migração pressupõe-se que apopulação é fechada. A projeção é feita através do método das componentes que consiste em projetaras componentes e a população entre os sucessivos quinquênios, tendo como populações limites dessainterpolação o estado de Santa Catarina no ano de 2010 como inicial, e a Inglaterra e País de Galesno ano de 2013 como �nal, escolhidos por apresentarem semelhanças de comportamentos e tendênciascom o estado projetado. O processo de projeção inicia-se pela componente mortalidade, e é baseadoem duas tábuas de mortalidade limites sob as quais se aplica a técnica de interpolação portransformação logital para se estimar as tábuas intermediárias. A projeção seguinte é a dacomponente fecundidade, que é feita primeiro em termos do nível, que representa a quantidade denascimentos por mulher; e posteriormente com relação à estrutura da fecundidade, ou seja, a idadeem que as mulheres estão tendo �lhos. A última etapa de projeção consiste em estimar a evolução dapopulação durante o período projetado, com base em valores reais do estado de Santa Catarina noano de 2010. O método que torna isso possível é a Matriz de Leslie, um modelo matricial quedescreve o crescimento de uma população por meio da projeção de um vetor populacional, o qualcorresponde aos valores da população projetados através de intervalos de tempo quinquenais. Ascomponentes demográ�cas projetadas por esse trabalho em geral apresentaram o comportamentoesperado pelos pressupostos tomados inicialmente, seguindo o que já fora observado em períodosanteriores. Nas últimas décadas as mudanças no comportamento da fecundidade e mortalidade foramrápidas, generalizadas e muito provavelmente irreversíveis, anunciando tendências preocupantes.Conforme projetado, haverá uma contínua diminuição da taxa de fecundidade, tendendo a seestabilizar a um nível bem abaixo do necessário para manter a taxa de reposição da populaçãoconstante. Com a redução da fecundidade em uma população fechada, o número de pessoas tende adiminuir no estado de Santa Catarina. Estruturalmente falando, é possível perceber umcomportamento de �envelhecimento da fecundidade�, ou seja, as mulheres continuarão tendo �lhos,entretanto um pouco mais velhas. Sucintamente, pode-se dizer que Santa Catarina está deixando deser um estado de jovens. A redução do índice de natalidade acentuou a mudança da pirâmide etáriade Santa Catarina. A base de pessoas com até 15 anos vem se estreitando. Ao mesmo tempo a faixaprodutiva, dos 15 aos 65 anos, ganha corpo. Vale ressaltar aqui que essa fase de bônus demográ�co,onde a mudança ainda pode favorecer o estado, vai acabar. E após essa fase, a proporção de idososserá um desa�o para Santa Catarina. A pirâmide etária projetada referente ao ano de 2050 jácaracteriza uma �pirâmide invertida�, onde a população adulta é predominante e a base bemreduzida, apresentando um número de idosos signi�cativamente maior quando comparado às demaispirâmides. Esse tipo de pirâmide, também chamada de pirâmide envelhecida, é mais comum em

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países desenvolvidos e será observada, segundo a projeção deste trabalho, no estado de SantaCatarina em 2050. Portanto, os resultados obtidos neste estudo revelam em números e ilustrações ocomportamento demográ�co futuro do estado de Santa Catarina. E, nesse sentido, o trabalhorepresenta uma valiosa fonte de informações para os estudiosos da área, os gestores públicos e apopulação em geral, na busca pelo desenvolvimento sustentável, no âmbito econômico, �nanceiro,político e social.

Referências:[1] Ministério da Saúde Brasil; População residente � Santa Catarina; Sistema DATASUS;

(2015)[2] O�ce for National Statistics; Statistical bulletin: Public Sector Finances; United

Kingdon; (2015)[3] José Alberto Magno de Carvalho, Diana Oya Sawyer, Roberto do Nascimento Rodrigues;

Introdução a alguns conceitos básicos e medidas em demogra�a; Edição 2, São Paulo, ABEP;(1994)

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2.9 PROJEÇÃO DE POPULAÇÕES � ESTADO DE SÃO PAULODE 2010 A 2050

Autores: THAIS BRENDA MARTINS, AMANDA ELISA DIAS SOARES, LUISAPIMENTA TERRA


Resumo: Este trabalho busca realizar a projeção da população do estado de São Paulo por 40 anos apartir da população de 2010, ou seja, tem como intuito fazer uma projeção até o ano de 2050. O Brasilvem passando por grandes transformações demográ�cas, causadas pela rápida queda da fecundidade e oaumento da expectativa de vida. Os impactos causados sobre as demandas sociais tornam a projeção depopulação uma ferramenta de signi�cativa importância para as tomadas de decisões dos governos. NoBrasil, o estado de São Paulo se destaca por ser considerado a principal componente da federação queabriga os maiores centros �nanceiros, ou seja, este estado atrai muitas indústrias e empresas de grandeporte, e portanto, muitas pessoas em busca de trabalho. Para realização deste trabalho foram utilizadasquatro fontes de base de dados, a SIDRA (Sistema IBGE de Recuperação Automática), o próprio IBGE(Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística), o DATASUS (Departamento Informática do SUS) eo Life Table. As projeções são elaboradas a partir da mortalidade, da fecundidade e da migração,que são coletados através de censos demográ�cos, pesquisas domiciliares e registros de nascimento efalecimento. Entretanto, neste trabalho, foi tido como pressuposto que o saldo migratório é igual a zerono período, dessa forma a população do estado de São Paulo foi considerada como fechada, ou seja,não sai e nem entra ninguém a não ser através de nascimentos e óbitos. O Método das Componentes éuma metodologia para projeções populacionais e se caracteriza por destacar os papéis da fecundidade,mortalidade e migração, este método segmenta a população nesses três subgrupos, e separadamentecomputa as mudanças que ocorrem ao longo do tempo em cada grupo. A projeção da mortalidadeé realizada através de interpolação entre a tábua de mortalidade característica do primeiro ano deprojeção e uma tábua de mortalidade limite. A projeção da fecundidade é calculada a �m de se teruma ideia de quantas crianças nascerá em cada período estudado. Ela é importante por ser a principalmedida que causa mudanças na estrutura da pirâmide etária de uma população. O último passo para aprojeção da população é a matriz de Leslie. Ela é utilizada para mostrar o crescimento populacional emum determinado grupo onde não existe migração e apenas o sexo feminino é considerado. As projeçõesmostram um nítido aumento da expectativa de vida tanto masculina como a feminina, assim como adiferença desses valores entre homens e mulheres. Em todos os anos projetados a mulher se apresentacomo o sexo que vive mais tempo. Outra característica notada é que a população masculina se reduzem uma velocidade muito mais rápida do que a feminina. Na maioria das faixas etárias, se não emtodas, dos diferentes anos projetados, as mulheres se apresentam sempre em maiores números. Alémdisso, a taxa de fecundidade cai consideravelmente ano após ano. Isso provoca o afunilamento da baseda pirâmide etária da população, quanto menor a TFT, menor é a base. É importante lembrar que osdados da projeção não podem ser considerados como reais, uma vez que são estimativas.

Referências:[1] BRASIL; Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados; Projeções Populacionais

para os Municípios do Estado de São Paulo; (2015)[2] IBGE; Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística; Fecundidade; (2015)[3] sem referencia3

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2.10 RELAÇÃO ENTRE INDICADORES DE CAPITAL DE GIROE O BETA DO MODELO CAPM: UM ESTUDO NO

SEGMENTO DE SIDERURGIA DAS EMPRESAS LISTADASNA BM&F BOVESPA NO PERÍODO DE 1997 A 2014

Autores: BEATRIZ REZZIERI MARCHEZINI, LUCAS PEREIRA LOPES


Resumo: O modelo Capital Asset Princing Model (CAPM) desenvolvido por referência 1 mostraque a determinação da carteira e�ciente está baseada na avaliação do risco sistêmico, de modo que orisco especí�co pode ser suprimido por meio da técnica de diversi�cação estudada por Markowitz em1952 (referência 2). O risco relativo de um título individual, o beta, de acordo com o modelo CAPM,é calculado por meio da relação da covariância entre os retornos do título com o retorno da carteirade mercado com a variância de mercado. Logo, o beta é a medida da sensibilidade dos retornos dacarteira do mercado (referência 2). Todavia, em oposição com a imensa literatura existente sobre oestudo do CAPM, o capital de giro é um assunto ainda pouco pesquisado nas �nanças corporativasnacional. De�ni-se como capital de giro, de maneira simpli�cada, como o ativo circulante quesustenta as operações diárias de uma empresa. A falta de um planejamento do capital de giroacarreta em problemas drásticos para o �uxo de caixa. Para estudar e analisar o capital de giro dasempresas, os analistas utilizam a metodológica contábil clássica que é considerada uma análiseestática, desconsiderando as variações no decorrer da existência da mesma, logo ela deixa a desejarquando o assunto é descobrir o futuro econômico-�nanceiro da empresa a partir de dados contábeis.Segundo referência 3, o uso do modelo dinâmico de Fleuriet é uma sistemática e�ciente para o cálculodos índices dos setores em relação ao capital de giro, tanto para a análise individual quanto para umaanálise setorial, de modo a situar melhor a empresa em relação a seus concorrentes e esta análisepode demonstrar tendências importantes, que podem não ser detectadas com a análise clássica. Dadaà importância do capital de giro para uma boa gestão, o objetivo deste trabalho é investigar aexistência de uma relação de curto prazo entre o coe�ciente beta do modelo CAPM e as variáveis domodelo Fleuriet, a �m de veri�car a relação dos indicadores de capital de giro e a estabilidade docoe�ciente beta (risco das empresas) nas empresas do segmento de siderurgia listadas na BM&FBovespa, do período de 1997 a 2014. Esta pesquisa tem caráter descritivo e os procedimentos sãodocumentais. Para a estrati�cação da amostra foi utilizado como parâmetro as empresas do segmentode siderurgia listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) que tinham dados a partir do anode 1994, resultando em uma amostra de cinco das seis empresas. O recorte na data foi utilizado parao modelo não sofrer in�uência da desestabilização da moeda nos anos precedentes ao plano real(1994). A partir do banco de dados Economática, obteve-se as demonstrações e foram elaboradas asvariáveis para o estudo. Como variável dependente, utilizou-se o beta do modelo CAPM,representando o risco das empresas, utilizando como proxy para o retorno do mercado o índiceIbovespa. Já as variáveis independentes para servirem de explicação para o modelo foram:Necessidade de Capital de Giro (NCG) e Saldo de Tesouraria (ST). Para lidar com a relação entre osindicadores de capital de giro e o risco das empresas foi utilizada uma variável de controle: Tamanhoda Empresa (TE). A explicação é que empresas maiores estão mais propensas a terem um maiorendividamento, custos menores e, por isso, apresentam maior risco. Para este trabalho, utilizou-se ologaritmo natural do ativo total da empresa como proxy para o tamanho. Com o propósito deresponder a questão da pesquisa, utilizou-se neste trabalho o modelo de dados em painéis,totalizando um n = 85. Pelos dados apurados, através de uma regressão múltipla, há uma correlaçãonão muito forte (R2 = 0,572), indicando que outras variáveis relevantes não foram consideradas naanálise. Todavia, este resultado já revela que o grau de risco de uma empresa pode ser obtido pelouso conjunto das variáveis do modelo de Fleuriet com outras variáveis não adotadas nesse modelo.

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Em termos gerais, a regressão apresentou um relacionamento positivo e signi�cativo a 5% com anecessidade de capital de giro das empresas do segmento, sugerindo que o risco é afetado pela buscade novas fontes de recursos externos para o �nanciamento das atividades das empresas. O saldo detesouraria apresentou uma relação positiva e signi�cativa com o beta, indicando que para este modeloo risco do segmento aumenta quando a empresa possui uma folga �nanceira. Portanto, a regressão dedados em painel, apresentou uma tendência que associa o grau de risco da empresa em relação aomercado com a necessidade de capital de giro e o saldo de tesouraria, o que corrobora parcialmentecom o estudo dos autores da referência 3, que indicam que a necessidade de capital de giro demonstrauma relação positiva com o beta e que a folga �nanceira representada pelo saldo de tesouraria reduza sensibilidade dos riscos do setor. Por �m, devem ser ressaltadas as limitações deste trabalho, comoo restrito número de empresas do segmento de siderurgia listadas na BOVESPA na presente datadeste trabalho. Dessa forma, os resultados aqui obtidos, não têm a pretensão de esgotar os estudosda relação de indicadores de capital de giro e o beta do CAPM, mas de modo a contribuir e recolocarem discussão um tema de crucial importância para o gerenciamento de riscos. Além disso, é relevanteinvestigar outras variáveis que possam afetar o beta, de modo a se obter um novo modelo deregressão que apresente um coe�ciente de determinação mais signi�cante.

Referências:[1] William Sharpe; Capital asset prices: a theory of market equilibrium under conditions

of risk; Journal of Finance, volume 19; (1964)[2] Eldon Hendriksen, Michael Van Breda; Teoria da Contabilidade; São Paulo, Atlas; (2007)[3] Douglas Cardoso, Hudson Fernandes Amaral; Building a comparative system between

the Belgo Mineira and the sectorial indicators using the Fleuriet model; Anais... Balas, Caracas;(2000)

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3 ECONOMIA E CONTROLADORIA

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3.1 A POBREZA NA LITERATURA ECONÔMICA: UMASÍNTESE DA TRAJETÓRIA DE UM CONCEITO

Autores: ENDER LUCAS FERREIRA, ANA MÁRCIA RODRIGUES DA SILVA


Resumo: Na literatura econômica as abordagens de pobreza são signi�cativas por procuraremresponder como indivíduos considerados pobres se inserem nas relações socioeconômicas vigentes emuma sociedade. Porém, o que se entende como pobreza é marcado por diferentes interpretações, istoé, não existe um consenso entre os estudiosos do tema. Assim, o presente trabalho objetiva-se emrevisitar a trajetória do conceito de pobreza para compreender sua delimitação na literaturaeconômica e traçar uma síntese desse conceito. Para tanto, a metodologia utilizada será um estudo deliteratura especializada, produzida nos últimos anos. Aqui, enfoca-se nas seguintes abordagens:insu�ciência de renda, necessidades básicas e pobreza como privação de capacitações. A abordagemde insu�ciência de renda fundamenta-se no pensamento utilitarista. A renda, ou sua insu�ciência, é oindicador exclusivo de bem-estar. A abordagem por insu�ciência de renda é marcada por um aspectounidimensional. Assim, a identi�cação de pobreza é possível a partir da utilização de uma linha quesepara dois grupos, pobres e não-pobres, quando se utiliza uma linha de pobreza; ou de indigentes enão-indigentes, quando se utiliza a linha de indigência. Nessa linha de pensamento, surgemabordagens que preconizam a necessidade do uso de uma linha de pobreza absoluta, baseada emnecessidades mínimas de sobrevivência, e também abordagens que defendem uma linha de pobrezarelativa, baseada nas particularidades da sociedade a ser analisada. A pobreza também pode serentendida por meio da abordagem das necessidades básicas, a qual é caracterizada por diferentesestágios. De acordo com a referência 3, no primeiro estágio as necessidades básicas são entendidascomo precondições morais, necessidades culturais ou de sobrevivência. O segundo estágio surge apartir de 1970, de acordo com essa ótica entende-se que as necessidades básicas dizem respeito àsnecessidades de consumo e de serviços essenciais, ou seja, necessidades �siológicas e de acesso aosbens e serviços públicos. A terceira fase entende que as necessidades básicas são amplas e estãopresentes em todas as sociedades, culturas e tempos, isto é, existem necessidades que são as mesmaspara todas as pessoas independente de onde vivem. Desse modo, as necessidades básicas sãoobjetivas. Assim, segundo a referência 3, existem dois conjuntos de necessidades humanas básicas:saúde física, sem a qual os indivíduos são impedidos de viver; e autonomia, a qual liberta o individuoda opressão, especialmente da pobreza. Contudo, as necessidades humanas básicas não sãohomogêneas, mas relativas, pois mulheres e crianças merecem necessidades humanas básicasdiferenciadas para se desenvolverem (Necessidades intermediárias). Outra abordagem é a decapacitações, a qual se difundiu com base nos trabalhos do economista Amartya Sen, ao analisar osproblemas de injustiça social e desenvolvimento socioeconômico. De acordo com referência 1, o êxitode uma sociedade está relacionado a um conjunto de liberdades desfrutadas pelos seus membros. Aliberdade é o �m e o meio do desenvolvimento socioeconômico. Dessa forma, a vantagem individual épossível através de um conjunto de capacitações que uma pessoa possui, isto é, das liberdadessubstantivas e potencialidades que a pessoa dispõe para levar o tipo de vida que valoriza. Osresultados alcançados são os funcionamentos, estes são relacionados à saúde, moradia, alimentação eoutros. De acordo com a referência 2, observa-se que a pobreza é a situação de privação dascapacitações básicas, situação na qual as pessoas são impedidas de alcançar um conjunto defuncionamentos. A abordagem das capacitações compatibiliza aspectos absolutos no que se referemàs capacitações básicas e relativas no aspecto dos funcionamentos. Os resultados da pesquisa indicamque as fronteiras do conceito de pobreza foram ampliadas, pois esta passou a ser entendida como umconjunto mais abrangente que a renda, ou seja, a pobreza passou a ser vista como um fenômenomultidimensional. Assim, conclui-se, o conceito de pobreza evoluiu de uma noção simples ausência de

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renda para um conjunto de critérios além da renda, como saúde, educação, estar bem alimentado eoutras de�ciências que interferem na qualidade de vida das famílias. Palavras-chaves: Pobreza;mensuração; Economia dos pobres.

Referências:[1] Amartya Sen; Desenvolvimento como liberdade; São Paulo; Companhia das Letras;

(2010)[2] Ana Luiza Machado de Codes; A Trajetória do pensamento cientí�co sobre pobreza: em

direção a uma visão complexa; TEXTO PARA DISCUSSÂO No 1332, IPEA; (2008)[3] Ana Márcia da S. Rodrigues, Fernanda C. C. Lacerda, Henrique D. Neder; A evolução do

estudo da pobreza: da abordagem monetária à privação de capacitações; Bahia Anál. Dados.número 3, volume 21; (2011)

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3.2 ANÁLISE DA ESTABILIDADE DO PONTO DE EQUILÍBRIODO MODELO IS-LM CONTÍNUO

Autores: LEONARDO HENRIQUE DE ANDRADE BENTO DO NASCIMENTO, SILVIOANTONIO BUENO SALGADO


Resumo: Este trabalho refere-se a um estudo sobre a estabilidade, no sentido de Lyapunov, do pontode equilíbrio do modelo Macroeconômico IS-LM contínuo. Este modelo é uma tentativa de descrever aTeoria geral do Emprego, do Juro e da Moeda, confrontando no espaço cartesiano os pares ordenados detaxa de juro nominal e renda, na qual tem-se o equilíbrio de curto prazo no Mercado de Bens e Serviçose no Mercado Monetário econômico. Para o desenvolvimento desse estudo utiliza-se ferramentas dateoria da estabilidade de pontos de equilíbrio de Equações Diferenciais Ordinárias. Por meio dessaanálise será possível concluir como se comporta o equilíbrio do modelo mediante perturbações, queserão simuladas pelo software Máxima.

Referências:[1] Richard T. Froyen; Macroeconomia; Saraiva; (1999)[2]Morris W. Hirsch, Stephen Smale; Diferential Equations, Dynamical Systems and Linear

Algebra; New York, Academic Press; (1974)[3] Jorge Sotomayor; Lições de Equações Diferenciais Ordinárias; Rio de Janeiro, IMPA,

Projeto Euclides; (1979)

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3.3 ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DE MINAS GERIASNOS ANOS DE 1991 ATÉ 2010

Autor: ALICE SILVA DUARTE


Resumo: A região Sudeste do Brasil é a segunda menor região do território, sendo maior apenas quea região Sul, é composta por quatro estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e EspíritoSanto. O objetivo deste artigo é mostrar a relação da escolaridade, a qualidade de vida e adesigualdade com o desenvolvimento econômico do estado de Minas Gerais. Foram utilizados osdados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil dos anos de 1991 até o ano de 2011 em umaanálise quantitativa. Avaliando os indicadores de renda, educação e desenvolvimento e a relação entreeles percebe-se que houve uma melhora educacional e a diminuição na taxa de analfabetismo,podendo caracterizar uma crescimento econômico positivo consequente a diminuição da desigualdadesocial mineira em comparação as outras regiões do sudeste. A análise grá�ca dos dados permiteobservar por meio da comparação feita entre renda, educação e qualidade de vida da população, queos efeitos a longo prazo dos investimentos na educação são positivos para a economia e sãoobservados nitidamente nos dados avaliados.

Referências:[1] Amartya Sen; Desenvolvimento como liberdade; São Paulo, edição 1, Schwarcz S.A;

(2012)

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3.4 ANÁLISE DOS DETERMINANTES DA MORTALIDADE NAINFÂNCIA NO BRASIL POR MEIO DE COMPONENTES

PRINCIPAIS

Autores: MARCELA DE MARILLAC CARVALHO, MANOEL VITOR DE SOUZAVELOSO


Resumo: No Brasil, a Taxa de Mortalidade de menores de 5 anos (TMM5) caracteriza-se em apresentaruma tendência decrescente o que é um re�exo da melhoria das condições socioeconômicas através daevolução de indicadores associados ao desenvolvimento. Entretanto, o contexto de queda da TMM5 nopaís vem ocorrendo de maneira desigual, ou seja, a proporção da redução da mortalidade na infância,não é a mesma em todas as regiões geográ�cas. De acordo com informações do IBGE, este episódio éo re�exo do peso da mortalidade na região Nordeste que apresentou, para o ano 2000, uma TMM5 de66,8%�, 4 enquanto, no Sul, o valor é bem mais baixo 23,9%, ou seja, cerca de três vezes menor. Segundo[3] este fato está relacionado principalmente, a má distribuição de renda e ao acesso diferenciado aosrecursos da saúde, saneamento e educação nas diferentes classes sociais. Em vista disso, [1] salientaque a mortalidade na infância é um modo de captar o padrão da desigualdade regional, em termos dedesenvolvimento, que o Brasil apresenta por meio da análise de indicadores socioeconômicos e os seusimpactos como o da má distribuição de renda e acesso diferenciado aos recursos da saúde, saneamentoe educação nas diferentes regiões e classes sociais afetam a TMM5 no país, mostrando que a redução damortalidade na infância no Brasil ainda depende essencialmente de medidas direcionadas à distribuiçãode renda e o acesso a serviços de saneamento básico. Utilizando a técnica multivariada de Análise dosComponentes Principais (ACP) que a agrupa os indivíduos de uma população segundo a variaçãode suas características, veri�cam-se quais variáveis socioeconômicas apresentam maior in�uência naredução da TMM5 no período considerado na análise. De acordo com [2], esta técnica possibilitarepresentar os determinantes da mortalidade na infância por componentes, independentes entre si,resultantes de adequadas combinações lineares das variáveis econômicas selecionadas, extraindo-se omáximo de informação, em termos da variação total, contida nos dados e obtendo o grau de importânciapelas correlações resultantes entre as componentes principais e as variáveis originais. A TMM5 podeser especi�cada por diversos fatores que podem variar de acordo com a região e o período. [1] apresentaesses fatores como determinantes proximais, ou intermediários, e socioeconômicos da mortalidade decrianças mostrando a relação, direta ou indireta, que há entre eles na redução da mortalidade nainfância. Os indicadores considerados no estudo foram os associados aos determinantes proximaisrepresentados pelas variáveis Taxa de Fecundidade total (X1), percentual de mulheres de 15 a 17 anosque tiveram �lhos (X6) e acesso a água encanada e banheiro (X2) e aos determinantes socioeconômicospelas variáveis renda per capita (X3), Índice de Gini (X4) e Taxa de Analfabetismo de pessoas commais de 15 anos (X6). A análise foi realizada com informações anuais de dados provenientes dosCensos Demográ�cos do IBGE, nos anos de 2000 e 2010, disponibilizados e tratados pela PNUDque são referentes aos fatores socioeconômicos que afetam a taxa de mortalidade infantil do Brasil.A metodologia foi realizada através do software R, que permitiu a formulação dos resultados e dasconclusões referentes à estrutura da mortalidade na infância no país e seus determinantes. Os resultadosobtidos pela ACP, por meio da matriz de correlações, temos que o primeiro componente explica 99,56%da variância total. Os determinantes da mortalidade na infância no Brasil foram explicados em quase100% por apenas um componente principal, reduzindo a dimensionalidade de seis para uma variávellatente que é uma combinação linear das variáveis em estudo. As variáveis que mais contribuem nestacomponente principal foram determinadas por meio do cálculo da correlação entre componente Z1e cada variável Xi, fornecendo a contribuição de cada uma dessas variáveis para a formação destacomponente. Os resultados mostram que a variável que maior contribuição ofereceu para a primeira

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combinação linear foi a variável renda per capita (ρ=1), seguida das variáveis Taxa de Analfabetismo(ρ=0,87), acesso á água e banheiro (ρ=0,76), Taxa de Fecundidade (ρ=-0,68) mulheres que forammães entre 15 e 17 anos (ρ=-0,60) e Índice de Gini (ρ=0,59). Diante desses resultados, veri�ca-seque a variável econômica que exerceu maior in�uência na redução da mortalidade na infância no país,dentre os indicadores selecionados, foi o nível de renda. Evidencia-se desta forma que a melhora donível de renda da população foi importante no processo da redução de TMM5, pois, como abordadopor diversos autores, viabilizou o acesso da população a serviços de saúde e saneamento e expansão daeducação dada pela redução do analfabetismo em todas as regiões brasileiras.

Referências:[1] Ana Maria Bonomi Baru�; Dimensões regionais da mortalidade infantil no Brasil;

Dissertação de Mestrado; Universidade de São Paulo; (2009)[2] Daniel Ferreira Furtado; Estatística multivariada; edição 1, Lavras, UFLA; (2008)[3] Júnia Quiroga, Sonaly Rezende; A mortalidade infantil por causas de morte no Vale do

Jequitinhonha-MG; XIII Encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais; (2003)

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3.5 ANÁLISE TEMPORAL UNIVARIADA DAS SÉRIES DEÍNDICES DO IBOVESPA E PETROBRAS

Autores: MARIA EUGÊNIA DE OLIVEIRA BATISTA, GABRIEL RODRIGO GOMESPESSANHA, LUCIENE RESENDE GONÇALVES


Resumo: O Índice Bovespa é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações domercado de ações brasileiro, retratando o comportamento dos principais papeis negociados na Bovespa.O Índice Petrobras diz respeito às cotações da Petrobras dentro da bolsa de valores de São Paulo(Bovespa).Tendo em vista a expressividade desses índices, o objetivo deste trabalho será fazer umaanálise temporal univariada das séries de retornos da Petrobrás e do Ibovespa com a �nalidade deobtenção de previsões de valores futuros. Os dados das séries foram retirados do site IPEADATA,e depois, foram calculados seus retornos no software R. Na modelagem de um retorno, modela-se avolatilidade por meio da classe dos modelos ARCH. Isso é feito em duas etapas. Na primeira, modelam-se os dados por meio do modelo ARIMA, e, na segunda, ajusta-se o GARCH aos resíduos ao quadrado.Para a série do índice Bovespa, foi ajustado um ARIMA (3,0,3) e então o GARCH (1,1). Já para asérie de retornos da Petrobrás, ajustou-se, primeiramente, um ARMA incompleto com os parâmetrosautoregressivos de ordem 6 signi�cativo e o de ordem 3 de médias móveis também signi�cativo. Avolatilidade, neste caso, também foi ajustada por um GARCH (1,1). As previsões dos dois retornosforam então obtidas.

Referências:[1] Pedro Alberto Morretin; Econometria Financeira; edição 2, São Paulo; Egard Blucher;

(2011)[2] Eduardo Fortuna; Mercado Financeiro: produtos e serviços; edição 17, Rio de Janeiro,

Qualitymark; (2008)[3] sem referencia3

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3.6 DESIGUALDADE DE RENDA NO BRASIL ENTRE 1991 A2010 E UMA PERSPECTIVA SOBRE ASPECTOS DO

PROGRESSO SOCIAL.

Autor: RODRIGO FERNANDES DE MOURA


Resumo: O objetivo deste artigo é entender como se desenvolveu a desigualdade de renda nasúltimas duas décadas e o que isso ocasiona hoje no Brasil. O método utilizado para a realização desteestudo consistiu em uma pesquisa quantitativa sobre a distribuição e desigualdade de renda,analisando também indicadores que ajudam a mensurar o progresso social no Brasil. A discussão econclusão foram realizadas a partir da análise dos resultados obtidos no Censo demográ�co do IBGEde 1991 a 2010 e dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável de 2010. Conclui-se que existe umaforte disparidade de renda no Brasil e que algumas pessoas ainda são muito mais afetadas por estadesigualdade do que outras, acarretando vários problemas sociais.

Referências:[1] Maria Ozanira; Pobreza, desigualdade e políticas públicas: caracterizando e

problematizando a realidade brasileira; Revista Katálysis, volume 13, número 2, páginas155-163; (2010)

[2] Thomas Piketty; O Capital no século XXI; edição 1, Rio de Janeiro, Intrínseca; (2014)[3] sem referencia3

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3.7 IMPACTOS ECONÔMICOS CAUSADOS PELA TABELA DOIMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA NO ESTADO DE

MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 2009 A 2013.Autores: VERÔNICA ROSA TEMPESTA, FRANCIANE DE OLIVEIRA DE

ALVARENGA, LEANDRO FERREIRA


Resumo: A prática quanto à cobrança de tributos está correlacionada à gestão pública, uma vez queesta se faz necessária para administrar a estrutura pública, bem como promover as atividades sociais.Porém, com o passar dos anos a carga tributária está cada vez mais sobrecarregada para a sociedade,mesmo sabendo que os tributos recolhidos são essenciais na composição da receita para a realização dasfunções governamentais, estaduais e municipais. Dessa forma, um dos tributos mais representativosaplicados às pessoas físicas é o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), que é considerado umimposto bem quali�cado levando em consideração os princípios tributários de e�ciência econômica,equidade e arrecadação. Uma vez que, além de atender as necessidades de arrecadação pública, temcomo primórdios a função de política econômica e social, possibilitando técnicas de redistribuição derenda. Porém, sua tabela de alíquotas está defasada desde em 1996, no qual havia a isenção para quemrecebia até 8 salários mínimos, e hoje este valor foi reduzido para 2,36 salários mínimos em 2014. Assim,com as novas tabelas de progressão de alíquotas, a quantidade de contribuintes de baixa renda vemaumentando paulatinamente. Diante disso, este trabalho tem como objetivo analisar o impacto anualda tabela progressiva do Imposto de Renda da Pessoa Física aos contribuintes do Estado de MinasGerais de 2009 a 2013. Dessa forma em termos metodológicos foram utilizadas a pesquisa quantitativae qualitativa, nos quais os principais conteúdos utilizados na revisão de literatura foram: o CódigoTributário, a Constituição Federal de 1988 e os principais questionamentos para o reajustamento databela progressiva do IRPF. Para a análise quantitativa foi utilizado o programa R, no qual foi feitoa correlação de Pearson entre: isenção e arrecadação do IRPF, IPCA e isenção, IPCA e arrecadação,e por �m, número de contribuintes com o número de pessoas retidas em malha. Contudo o trabalhodemostra que a progressividade brasileira ainda não é atendida, devido ao fato da falta de correçãoadequada da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física nos últimos anos, no qual podemos a�rmar queela provoca um impacto econômico na sociedade, assim isso é veri�cado a partir das correlações. Aoanalisar a arrecadação com a faixa de isenção do IRPF, veri�ca-se alta correlação (rs =0,9). Pode-seexplicar essa relação a partir dos princípios de isenção das tabelas progressiva do Imposto de RendaPessoa Física. Já ao analisar se há relação entre a taxa de juros do IPCA acumulada com a faixa deisenção do Imposto de Renda da Pessoa Física pode-se veri�car que há moderada correlação (rs =0,5).Justi�ca-se essa relação pela falta de adequação da tabela progressiva do IRPF. A correlação da taxade in�ação do IPCA acumulado com os valores arrecadados do IRPF pode-se veri�car fraca correlação(rs =0,3), pois a arrecadação está diretamente relacionada com a tabela do IRPF, pois é a partir dasalíquotas dela que é feito o cálculo do valor a ser contribuído por cada pessoa que não se enquadra nafaixa de isento. Como a tabela do IRPF está em defasada desde 1996, de acordo com a OAB, há anecessidade de adequação da tabela progressiva seguindo a taxa de juros anual utilizada pelo governo,o IPCA acumulado. Pois de acordo com a referência 1 as faixas de incidência do IRPF foram corrigidosde forma substancialmente inferior a in�ação do período. Por �m, a partir da análise do Imposto deRenda da Pessoa Física veri�cou-se uma alta correlação (rs =0,8), explica-se pelo fato da variaçãoentre o número de contribuintes e o número de pessoas retidas em malha terem sido diferentes. Assim,não se pode aferir a real capacidade contributiva do contribuinte. Além disso, o trabalho tambémdemonstra que a atual tabela progressiva do Imposto de Renda Pessoa Física impacta a arrecadaçãopor conta da sua defasagem, assim cada vez mais pessoas se tornam contribuintes.

Referências:[1] Elton Bezerra; Conjur: OAB vai ao Supremo Tribunal pela correção da tabela do IR;

Conselho federal dos Advogados do Brasil; (2014)

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3.8 O �MILAGRE� ECONÔMICO BRASILEIRO (1968-1973):UMA ANÁLISE EMPÍRICA SOBRE O PARADOXO ENTRECRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Autores: ITALO DO NASCIMENTO MENDONÇA, AMANDA FERREIRA ALVES,ALEXANDRE IRINEU DE SOUZA, BRUNA MONALIZA DA SILVA, LUCIANO CAVINI

MARTORANO


Resumo: Entre todos os períodos vivenciados pela economia brasileira, um, particularmente,chamou a atenção por ser denominado um �milagre� econômico. Foi vivenciado na história entre osanos de 1968-1973, como retrata a maioria dos estudiosos da área. Ficou conhecido por esse nomegraças aos resultados satisfatórios quanto ao PIB (Produto Interno Bruto) e taxas de in�ação baixas.Assim, muito se discute quanto a dizer se esse período foi de crescimento ou desenvolvimento nanossa economia. Os dois conceitos são diferentes um do outro e trazem consigo diferentesconsequências para a sociedade como um todo. O governo militar tinha maior liberdade para tomarações e medidas econômicas do que um governo democrático (como o que vivemos atualmente), dessemodo, torna-se possível ditar a curtas rédeas os rumos que o país iria tomar. O objetivo deste artigoé analisar o crescimento/desenvolvimento do período chamado de �Milagre Econômico� (1968-1973),tendo em vista os seus principais determinantes. O estudo foi realizado através de leituras de algunsdos principais autores inseridos na conjuntura intelectual do período, dentre eles, Del�m Neto e CelsoFurtado. Com pauta no conteúdo abordado por eles, são discutidas características fundamentais doperíodo anterior ao milagre; também são mencionadas as ações que o governo militar adotou na faseem questão, apontando os principais indicadores e setores que vieram a contribuir para talacontecimento econômico e, por �m, são analisadas as consequências das políticas adotadas pelogoverno militar, quais os setores bene�ciados e os seus impactos sociais. Após a avaliação dosindicadores econômicos e das ações adotadas pelo governo, o principal resultado encontrado foi que opaís obteve somente crescimento econômico. Não houve desenvolvimento econômico de fato, o queacabou resultando em um prejuízo maior para a sociedade. Logo, o �milagre� econômico aparececomo um fenômeno da economia brasileira que trouxe benefícios para apenas uma pequena parcelada população, sendo responsável por acentuar a má distribuição de renda e as desigualdadessocioeconômicas do país. Com a noção do que ocorrera no período e analisando-se fatores de ordemeconômica, social e política, chegou-se a conclusão de que o período trouxe apenas o crescimentoeconômico, e não o desenvolvimento, visto que a desigualdade se acentuou e a renda se concentrounas mãos dos grandes industriais e dos grandes proprietários de terra (graças as políticas de incentivoindustrial e de incentivo à exportação agrícola).

Referências:[1] Celso Furtado; Teoria e política do desenvolvimento econômico; São Paulo, Editora

Nacional; (1967)[2] Carlos Lessa; A estratégia de desenvolvimento 1974-1976: sonho e fracasso; Campinas,

Unicamp, Instituto de Economia; (1998a)[3] Luiz Carlos Bresser Pereira; Crescimento e desenvolvimento econômico; Rio de Janeiro,

Fundação Getúlio Vargas; (2008)

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3.9 RESULTADOS DE UMA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIAPARA O APOIO À GESTÃO FINANCEIRA DAS

MICROEMPRESAS DE VARGINHA/MG

Autores: JOSÉ RODOLFO LEONEL, PEDRO HENRIQUE REZENDE OLIVEIRA, ANAPAULA ROCHA ROSA, WILLIAM OLIVEIRA SANTOS, JÉSSICA PEREIRA RUAS,

ADRIANA GREGATTI MOTA DA CRUZ, LEANDRO RIVELLI TEIXEIRA NOGUEIRA


Resumo: Micro e pequenas empresas tem papel relevante na economia nacional. Estas são, segundoa FGV (2011), juntas, as cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil representam27% do PIB, um resultado que vem crescendo nos últimos anos. No entanto, o desconhecimentode ferramentas administrativas, como a falta de método para gerir recursos �nanceiros podem serresponsáveis por impedir a manutenção do negócio. Neste sentido, com o objetivo de auxiliar osgestores, elaborou-se um projeto de extensão que tem como proposta a orientação a estes gestores.Para isso, inicialmente foi desenvolvida uma atividade de ensino para a capacitação dos alunos sobreas ferramentas de gestão �nanceiras a serem utilizadas pelos gestores das micro e pequenas empresas.Posteriormente foi elaborado um questionário com o propósito de identi�car o grau de utilização dasferramentas de gestão por parte destes gestores. A partir desta pesquisa, que é caracterizada como umestudo exploratório descritivo, com aquisição de dados mediante a aplicação de questionário fechado,identi�cou-se que é grande o número de gestores que não realizam controles �nanceiros (gestão docapital de giro) e projeção do �uxo de caixa. Concluiu-se, pois, que existe negligência na utilizaçãodessas ferramentas de administração das �nanças de curto prazo, sendo que, 50% não realizam gestãodo capital de giro e 50% não projetam �uxo de caixa. Dado que a maioria das microempresas não atentaao regime de competência, faz-se necessário que estas tenham um mínimo de organização no regime decaixa, visando sobrevivência do negócio. Visto esta de�ciência na utilização das ferramentas de gestão,justi�ca-se este projeto de extensão que busca apoiar na gestão �nanceira das microempresas, que foidesenvolvida em 2015 na UNIFAL/MG campus Varginha. Após analisar os dados, os alunos retornaramaos locais, em que recolheram os dados, bene�ciando os gestores com uma cartilha orientadora, parasuprir as dúvidas dos empresários no que se refere à gestão �nanceira. Em suma, essa pesquisa foi útilcomo subsídio e para identi�car as di�culdades presentes neste meio. Os alunos foram orientados aconversar com os gestores, com intuito de auxiliá-los na gestão de seus empreendimentos.

Referências:[1] ASSIS, Jonatas.

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3.10 TEORIA DOS JOGOS E A INSTABILIDADE DOSCARTÉIS: UM ESTUDO SOBRE A OPEP

Autores: GISELE GONCALVES DE BRITO, JULIANA SOUZA SCRIPTORE


Resumo: Embora legalmente proibidos em muitos países, os cartéis constituem um importantemecanismo de controle de preços que visa aumentar a lucratividade de seus membros. O termo cartelé usado para designar a união entre empresas com o objetivo de aumentar sua lucratividade, sejaatravés de intervenções nos preços ou mesmo nas quantidades ofertadas. Segundo referência 1, estacoordenação nos preços e/ou quantidades caracteriza uma coalizão, sendo que um cartel é, portanto,�um grupo de empresas competidoras que �zeram uma coalizão, de forma a maximizar seus lucros,comportando-se como uma empresa monopolista�. A teoria econômica nos diz que é sempre mais fácilformar um cartel no caso de um produto homogêneo, ou seja, quando não há nada além do preço quepossa in�uenciar na decisão do consumidor de comprar deste ou daquele produtor. Um produtohomogêneo largamente consumido pela sociedade contemporânea é o petróleo, sendo que existe umcartel relacionado a ele: a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, conhecida pela siglaOpep. De acordo com a referência 1, este cartel foi formado em 1960 por Irã, Iraque, Arábia Saudita,Kuwait e Venezuela; o objetivo era controlar os preços e o volume de produção, estabelecendopressões no mercado petrolífero e centralizando a administração. Atualmente composta por 12membros, a Opep é responsável por 42,42% da produção mundial diária e possuidora de 71,94% dasreservas provadas de petróleo. A relevância em estudá-la origina-se na sua importância no mercadopetrolífero. Ainda segundo a referência 1, os cartéis, porém, são instáveis, pois muitas vezes é maislucrativo para os membros o desrespeito às cotas de produção impostas. Foi o que ocorreu com aOpep na década de 1980, quando, durante um período de tempo, apenas a Arábia Saudita manteve orespeito às cotas, sendo que quando ela desistiu de sustentar o cartel, os preços despencaram.Trata-se de um processo de interação estratégica, pois cada empresa (ou, no caso da Opep, cada país)precisa decidir se deve ou não respeitar as cotas, porém levando em consideração o que as outras vãofazer. Desta forma, o comportamento dos membros de um cartel pode ser estudado pelo aporteteórico da Teoria dos Jogos. Este estudo visa relacionar o caso do cartel da Opep à Teoria dos Jogos,e identi�car os possíveis fatores que levam um cartel formado em 1960 a se manter até os dias dehoje, driblando a característica da instabilidade presente na maioria dos cartéis. De acordo comreferência 1, entende-se por jogo uma situação na qual dois ou mais indivíduos, os jogadores,precisam tomar decisões, sendo que cada um deve escolher uma estratégia para si a �m de conseguirum bom resultado; porém, ao mesmo tempo, cada jogador precisa saber que as decisões dos demaistambém impactarão no seu próprio resultado, ou seja, as ações são interdependentes, sendo, por isso,analisadas conjuntamente. Segundo referência 3, a Teoria dos Jogos pode ser de�nida como �umateoria matemática criada para se modelar fenômenos que podem ser observados quando dois ou mais`agentes de decisão' interagem entre si.� Ela surgiu para explicar as decisões interdependentes entrepoucas empresas de um setor, ou seja, um oligopólio. Segundo referência 2, no mercado oligopolista,cada empresa determina o preço ou a produção com base, pelo menos em parte, em consideraçõesestratégicas relativas ao comportamento dos concorrentes, pois �cada empresa deve considerar asreações dos concorrentes, ciente do fato de que estes também considerariam suas reações em relaçãoàs decisões deles.� O presente estudo, inicialmente, aborda o modelo de Cournot para explicar umexemplo simpli�cador de interação estratégica entre os dois maiores produtores de petróleo da Opepem 2013: a Arábia Saudita, que produzia 11,525 milhões de barris de petróleo por dia, e os EmiradosÁrabes, cuja produção era de 3,558 milhões de barris de petróleo por dia. Em 2013, o petróleo Brent(produzido e exportado para a Europa), que usaremos na análise, custava US$ 108,60 o barril. Alémdisso, vamos assumir o pressuposto de que o custo de produção do barril de petróleo é o mesmo paraambos os países, e igual a US$ 5,00. A partir dos resultados obtidos neste cenário, as conclusões ao

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caso da Opep foram expandidas. Faremos outra simpli�cação em nosso modelo, assumindo opressuposto de que cada um dos dois países produz a média das produções observadas, ou seja,aproximadamente 7,5 milhões de barris de petróleo por dia. Com esses valores, temos condições desolucionar as equações do modelo de Cournot, descritas na referência 1. Tal modelo é um clássico deanálise de mercados com poucas empresas. Ele considera que o preço p é dado por uma função dotipo p(q) = a � b (q1 + q2), onde a e b são constantes (encontradas por solução de sistema linear; nocaso, a = 314 e b = 0,000013733) e a soma (q1 + q2) representa a quantidade total do produto que éofertada no mercado, sendo q1 a quantidade produzida pela �rma 1 e q2 a quantidade produzida pela�rma 2. A função custo de cada �rma é dada pela multiplicação da quantidade produzida pelo custounitário, e a receita total é a multiplicação da quantidade produzida pelo preço. O lucro é dado porreceita menos custo. De acordo com a condição de primeira ordem para maximização, deriva-se aequação do lucro e iguala-se o resultado a 0. Colocando q1 e q2 em evidência, encontraremos asquantidades que cada empresa produz em função do nível de produção da outra. Igualando asexpressões das quantidades (pelo conceito de equilíbrio de Nash), encontra-se a equação quedetermina a quantidade do equilíbrio de Cournot. Assim procedendo, encontramos que o lucro doequilíbrio de Cournot é de US$ 772.500.000, e o preço do barril de petróleo seria de US$ 108, comcada um produzindo 7.500.000 barris. Porém, se elas decidirem formar um cartel, as duas agirãocomo se fossem uma única empresa, sendo que o preço seria de US$ 162. Com este valor, o lucro decada um será dado por US$ 868.856.040,9 por dia, e a produção individual seria de 5.534.114,91barris de petróleo por dia. Assim, de acordo com a referência 1, do ponto de vista das empresas (oupaíses, como no caso do exemplo), o equilíbrio de Nash do modelo de Cournot é Pareto ine�ciente,pois é possível, por meio de uma coalizão, isto é, de um cartel, aumentar os lucros das duas empresasao mesmo tempo. Porém, a referência 1 destaca que apesar de um cartel aumentar a lucratividade,nem sempre as empresas vão formar cartéis, pois em muitos países eles são proibidos legalmente,além de serem muito instáveis. Muitas vezes, os membros do cartel aumentarão ainda mais seuslucros pelo desrespeito às normas estabelecidas, o que gera problemas de cooperação. Supondo queum dos países decida produzir não mais a quantidade do cartel, mas a quantidade do equilíbrio deCournot. O preço, então, será dado por US$ 135. O lucro do país que desrespeitou o cartel será deUS$ 975.000.000, enquanto o lucro do país que respeitou será de US$ 719.434.938,3. Percebe-se,portanto, que não cooperar é uma estratégia estritamente dominante, pois, segundo referência 1, �ésempre melhor não cooperar, não importa o que a outra empresa decida�. É importante ressaltar quea não cooperação apresenta suas desvantagens (apesar do lucro inicial se elevar), pois a empresa queadotou esta estratégia pode sofrer retaliações no longo prazo e até mesmo ser expulsa do cartel. Istoocorre porque, na verdade, estamos diante de um chamado jogo repetitivo, ou seja, um jogo, segundoreferência 2, no qual �as ações são tomadas e os decorrentes payo�'s são recebidos várias vezes, demodo consecutivo�. Segundo referência 1, o que os membros de um cartel fazem consiste emcomparar os ganhos futuros da não cooperação com os ganhos da cooperação, trazendo todos eles avalor presente. Sendo assim, o cartel só conseguirá se sustentar se o valor presente dos ganhos com anão cooperação for tão alto a ponto de superar o valo presente dos ganhos com a cooperação. Areferência 2 trabalha ainda com a segunda condição de sobrevivência do cartel, que é a necessidade dehaver espaço para o poder de monopólio, pois mesmo que o cartel consiga resolver seus problemasorganizacionais, haverá pouca possibilidade de elevação do preço caso ele esteja diante de uma curvade demanda altamente elástica. Pela referência 2, a possibilidade do poder de monopólio pode serconsiderada a condição mais importante para a obtenção de sucesso, pois se os ganhos decorrentes dacooperação forem grandes, os membros do cartel terão mais estímulo para resolver os problemasorganizacionais. A Opep, porém, existe desde 1960. Desde que foi fundada, crises ocorreram, masmesmo assim a Opep se mantém até os dias de hoje. Na década de 1980, a tentativa de aumento dospreços fracassou, pois ocorreu que todos os países tomaram a decisão de não cooperar e os preçosdespencaram. Provavelmente, naquela época, era muito vantajoso adotar a estratégia de nãocooperar. Os ganhos com a não cooperação deveriam ser bem maiores do que aqueles obtidos com o

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respeito às cotas impostas. É possível concluir que tais ganhos não devem ser tão signi�cativos secomparados aos ganhos com a cooperação, pois não há mais registros de desrespeito às cotas damaneira como ocorreu na década de 1980. Há também a possibilidade de que as retaliações sejamseveras, sem falar nos benefícios que aqueles que desrespeitarem o cartel podem perder (se for ocaso), seja por punição ou mesmo pela expulsão do grupo. Tudo isto permitiria à Opep driblar acaracterística de instabilidade presente na maioria dos cartéis.

Referências:[1] Ronaldo Fiani; Teoria dos jogos; Rio de Janeiro, Elsevier; (2009)[2] Robert Pindyck, Daniel Rubinfeld; Microeconomia; São Paulo, Pearson Prentice Hall;

(2010)[3] Alexandre Brígida Sartini et al; Uma introdução à teoria dos jogos; Trabalho apresentado

na II Bienal da SBM, Universidade Federal da Bahia, Bahia; (2004)

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3.11 TEORIA ECONÔMICA E HISTÓRIA EM CELSOFURTADO (1954)

Autor: RAFAEL FERNANDES PEREIRA


Resumo: Este trabalho tem por objetivo examinar a relação entre história e teoria econômica para areferência 1, e como ela repercutiu em sua formulação teórica do desenvolvimento econômico. Paraisto utilizamos como objeto de estudo o Prefácio e o Capítulo VI (Formulação teórica do problema docrescimento econômico) do seu livro A Economia Brasileira (1954). Esta obra é um marco naevolução teórica de Furtado, pois é a primeira vez em que ele sistematiza sua teoria dodesenvolvimento econômico e a aplica a modelos históricos de análise da economia. Além disto, elaregistra um dos poucos momentos da bibliogra�a de Furtado no qual ele demonstra seu método.Utilizamos a posição da referência 2 sobre a relação entre história e teoria econômica como umparâmetro geral para nortear o trabalho, pois ele demonstra as diferentes concepções das escolas depensamento econômico sobre o assunto. Segundo a referência 2, a economia e a história crescemjuntas, ambas são ciências sociais e não podem ser desvinculadas uma da outra, pois isto comprometea compreensão da realidade. Para referência 2 a união plena entre história e economia permaneceuaté Marx; a escola histórica alemã manteve a união, porém de forma menos satisfatória; e a economiase separou radicalmente da história após a revolução marginalista. O debate metodológico na décadade 1880 entre os neoclássicos e os historicistas alemães colocou em choque a união entre as duasdisciplinas. E como aponta a referência 2, a economia neoclássica ao sair vitoriosa na discussãodesmembrou a história da análise econômica. Uma tentativa de reintegração da história à economiafoi feita pelos economistas que pensaram o desenvolvimento econômico. Eles buscaram responder porque o Terceiro Mundo não havia se industrializado e desenvolvido, mantendo sua condição desubdesenvolvimento. Para responder a estas perguntas foi necessário ultrapassar as barreiras dateoria econômica abstrata e aplicá-la nas distintas realidades concretas dos países subdesenvolvidos.Neste contexto um dos economistas desenvolvimentistas de maior destaque foi Celso Furtado, quepensou o subdesenvolvimento do Brasil e da América Latina. A forma de análise adotada pelareferência 1 busca formar um equilíbrio entre a teoria econômica e a história. Segundo a referência 1,a teoria econômica fornece parte da explicação do fenômeno social, mas para conseguir captar suatotalidade devemos olhar para o processo histórico. Para adequar sua metodologia a seus objetivos deestudo, Furtado construiu modelos onde realizou a reconstrução de pontos estratégicos do processohistórico. Utilizou a história como um apoio, não descrevendo os fatos históricos, mas expondo-os namedida em que colaboraram para a explicação. Seu objetivo principal foi entender o fenômeno comoum todo. E para isto procurou compreender os mecanismos que condicionam as estruturas básicas doprocesso econômico. Desta forma foi que conseguiu observar linhas básicas em todos os processoseconômicos e testar hipóteses na prática, colocando a história como a sua prova. É clara aimportância da história na teoria de Celso Furtado. A relação que ele a coloca com a teoriaeconômica foi fundamental para criação de seu modelo. Este modelo projetado diretamente para asespeci�cidades dos países subdesenvolvidos procurou romper com a teoria econômica dominante.Neste ponto ele se revela extremamente original e fértil, pois coloca no centro das discussões asregiões periféricas, antes excluídas da análise econômica.

Referências:[1] Celso Furtado; A economia brasileira: contribuição à análise de seu desenvolvimento;

Rio de Janeiro: A Noite; (1954)[2] Eric Hobsbawm; Historiadores e Economistas: I; In: Eric Hobsbawm; Sobre história;

São Paulo, Companhia das Letras; (1998)[3] sem referencia3

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4 INTERDISCIPLINAR

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4.1 A ATUAÇÃO DO PET BICE NA UNIVERSIDADEFEDERAL DE ALFENAS - CAMPUS VARGINHA

Autores: RAFAEL FERNANDES PEREIRA, RAFAELA FERNANDA BARBOSA DESIQUEIRA, ANA CAROLINA GUERRA


Resumo: O presente resumo tem como objetivo apresentar o Programa de Educação Tutorial doBacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia da Universidade Federal de Alfenas, CampusVarginha � PET BICE. Os PET's foram instituídos em 2005 pela Lei no 11.180, com objetivos de: a)desenvolver atividades com alto nível de excelência para auxiliar a elevação da qualidade acadêmicados cursos de graduação; b) fomentar o espírito crítico e a atuação pro�ssional pautada na cidadania;e c) buscar novas estratégias para modernizar o ensino superior do Brasil. Nesse intuito, se apresentao PET BICE, que iniciou suas atividades em dezembro de 2010. A formação atual do PET BICE écomposta por catorze graduandos, e uma professora Tutora, e desenvolve os seguintes projetos: a)PETBOL: projeto de extensão que por meio da oferta de aulas de futebol e vôlei, busca eliminar adistância entre a universidade e os alunos da Escola Estadual São Sebastião, no município deVarginha. O público-alvo possui baixa renda familiar, e o contato com a universidade proporcionaaos participantes obterem visões diferenciadas de suas realidades e traz novas possibilidades para seufuturo; b) Aprendendo a Aprender: um curso pré-vestibular para alunos e concluintes da rede públicade ensino, que visa melhorar as oportunidades de ingresso no ensino superior, no qual os professoressão voluntários e discentes do BICE; c) CinePET: projeto que objetiva exibir �lmes e documentáriosque abordam temas contemporâneos, proporcionando re�exões sobre a sociedade brasileira,estimulando o pensamento crítico direcionado para a comunidade acadêmica e externa; d) Desa�oInterdisciplinar: projeto de ensino e pesquisa, que busca discutir o conceito da interdisciplinaridade,para entender a modalidade dos bacharelados interdisciplinares, sobretudo o BICE, utilizando-se dametodologia da problematização; e e) Viagens técnicas: realização de viagem anual que permite aosdiscentes o enriquecimento acadêmico e cultural. Apresentados os projetos, é oportuno ressaltar aimportância de estabelecer grupos PET's, pois, ao desenvolver atividades de ensino, pesquisa eextensão, eles contribuem para a formação crítica dos discentes, assim como o desenvolvimento socialdo entorno das universidades brasileiras. Assim, o PET BICE busca na realização de suas atividades,contribuir para o progresso da universidade e a comunidade externa, tendo em vista sua importânciano desenvolvimento acadêmico e social, em âmbito local.

Referências:[1] BRASIL; Ministério da Educação; Lei no 11.180; Diário O�cial da União; (2005)

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4.2 A CONTRIBUIÇÃO DO PETBOL NA FORMAÇÃO DEADOLESCENTES DA ESCOLA ESTADUAL SÃO

SEBASTIÃO.

Autores: LARISSA REIS BORGES DE MESQUITA, LUIS GUSTAVO GUTIERREZGEBIN, ANA CAROLINA GUERRA


Resumo: Entende-se que os adolescentes das camadas mais baixas da sociedade, muitas vezes, nãotêm atividades extracurriculares de fácil acesso em seus bairros, ou, caso tenham, não gozam depoder econômico para fazê-las. De certa forma, uma das principais atividades extracurricularesvoltadas para adolescentes de ensino médio é a prática de esportes, como Futebol, Vôlei, Basquete,Handebol e outros. Até porque, de acordo com a referência 1 o desenvolvimento do conteúdo doesporte enquanto componente curricular difere do conteúdo de esporte enquanto componenteextracurricular nos seguintes aspectos: Critérios para a formação das turmas e nível de interesse naparticipação dos alunos nas aulas práticas. Além disso, a prática do esporte como componentecurricular encontra di�culdades estruturais, muitas vezes as quadras utilizadas são inadequadas ouestão descuidadas. Considerando a atividade física e a prática de esportes como um dos elementosprincipais para se ter uma vida saudável, vê-se que é de obrigação do poder público colocar emprática um dos pilares da seguridade social, o direito à saúde. Dessa maneira, o Programa deEducação Tutorial do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia da Universidade Federalde Alfenas - PET BICE/UNIFAL � MG busca promover ações nesse intuito, tendo como foco acomunidade externa da universidade. É o caso do projeto de extensão �PETbol�, que tem comoobjetivo proporcionar aos estudantes da Escola Estadual São Sebastião a oportunidade de praticaresportes, de modo regular, gratuito e organizado, por meio de uma integração com a UNIFAL � MG,e o PET BICE. O projeto acontece semanalmente, com a supervisão dos discentes bolsistas doPETBICE e de uma professora de educação física da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer deVarginha - SEMEL, atendendo cerca de 30 alunos da referida escola, com a �nalidade deproporcionar-lhes uma atividade de qualidade bem como incentivá-los a investirem em sua formaçãoeducacional, por meio do contato e vivência com a Universidade pública. É importante salientar queo projeto ainda está em desenvolvimento, no entanto, alguns resultados já podem ser observados,como a contribuição para com os alunos de ensino médio quanto ao direito que os mesmos possuemna prática de esportes despertando neles, assim, a importância da atividade física para o bem estarsocial, além disso, há uma integração entre a UNIFAL � MG e a sociedade externa próxima aocampus. Essa integração acontece, não apenas pela utilização do espaço da universidade, mastambém pela proposta de integração desses jovens com os universitários e com outros projetos doPET BICE, como o CINE PET.

Referências:[1] Ricardo Luiz Rocha do Nascimento; Entre o professor e o treinador: A Educação Física

como Componente Curricular e a Atividade Extracurricular; Faculdade Atântico; (2009)

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4.3 A EXPERIÊNCIA DO CLUBE DE TROCAS DAITCP-UNIFAL-MG, CAMPUS VARGINHA

Autores: JOÃO AUGUSTO DE MENDES DOMINGUETI, DIMITRI AUGUSTO DACUNHA TOLEDO


Resumo: Universidade Federal de Alfenas/Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, B.I.C.E, campusVarginha O presente estudo refere-se a atividade de extensão, aprovada pela Universidade Federal deAlfenas, campus Varginha, �Clube de Trocas da ITCP/UNIFAL-MG�, bem como seu funcionamento,resultados e expectativas. Vale ressaltar, que o projeto Clube de Trocas é uma ação de extensãovinculada ITCP/UNIFAL-MG, que desde 2011 vem desenvolvendo e estimulando os clubes de trocas.Entretanto, o objeto de discussão deste texto é o Clube de Trocas de 2015. Seguindo uma linha depesquisa empírica de estudos a cerca da economia solidária e da Incubadora Tecnológica deCooperativas Populares, a ITCP. A ITCP/UNIFAL vem auxiliando empreendimentos econômicossolidários, visando a geração de trabalho e renda, contribuindo para diminuição da desigualdade e aressigni�cação dos indivíduos. O processo de incubação dos empreendimentos econômicos solidáriostem suas demandas de�nidas ao longo do tempo de incubação, onde há os espaços de formaçãotécnica, política e econômica do empreendimento. Para Paul Singer [1], o movimento da economiasolidária surge no auge do desemprego oriundo da Revolução Industrial. Os empreendimentoseconômicos solidários começaram a surgir, e uma nova forma de encarar a crise, de gerar trabalho erenda começa a ser desenvolvida. O clube de trocas é mais uma ação de extensão da ITCP, de formaque suas ações entre comunidade externa e comunidade acadêmica se comportam de maneiradialógica. Uma das manifestações da economia solidária praticada pela ITCP/UNIFAL-MG é o clubede trocas. Que traz consigo o conceito de teórico prático, onde ocorre grande interação com acomunidade externa da Unifal. Proporcionando espaços para discussões que percorrem assuntospertinentes da economia solidária, priorizando o diálogo voltado para análise das formas de consumoda nossa sociedade. A ITCP/UNIFAL-MG junto ao Clube de Trocas traz experiências práticas dealternativas ao sistema capitalista. O clube de trocas proporciona aprendizado mútuo, trazendo adiscussão acerca de um consumo consciente em contraste aos hábitos de consumo praticados nasociedade capitalista. Para alguns a ideia de clube de trocas pode parecer um tanto quanto simbólica,no entanto, o intuito do clube de trocas é transmitir uma forma alternativa de pensar o consumoajudando assim a criação de uma consciência critica. As trocas em um clube de trocas vão além dosimples escambo e do não uso de recursos �nanceiros, a troca de saberes e experiências sãofundamentais para o desenvolvimento do clube, elas realçam a con�ança nas pessoas e alimentamainda mais o processo de formação de um pensamento re�exivo. Vivemos hoje em uma geração deconsumo, onde a oferta acontece antes da demanda, nas inegáveis formas de como e o que consumirque são altamente ditadas pelo sistema, através das suas ferramentas de dominação-controle(aparelho ideológico) sejam elas à mídia, à desigualdade social, ou à concentração do poder. Em umclube de trocas abandona-se a imagem de produtores e consumidores, e coloca os indivíduos comoprossumidores (produtores e consumidores simultaneamente); enquanto na transação monetária osobjetivos dos indivíduos são con�ituosos (cliente quer gastar menos; vendedor quer lucrar mais), nastrocas solidárias, os prossumidores deixam de lado esse valor de troca (valor monetário) e passam ausar o valor de uso, embasados na real necessidade, sem ideias de acumulo e lucro. O resultado darelação de prossumidores que adotam o valor de uso pra consumir é totalmente satisfatório a ambasas partes, (RIBEIRO, 2014); [2]. A metodologia utilizada nos clubes de trocas segue a temática daeconomia solidária, onde em todos os clubes realizados na UNIFAL-MG, campus Varginha, existeuma discussão à cerca do consumo e princípios da economia solidária e apresentação cultural ao �mde cada clube. Os clubes de trocas da ITCP UNIFAL-MG seguem uma ordem de cinco fases: a)Debates em torno da economia solidária, ITCP e consumo; b) apresentação do funcionamento do

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clube de trocas feita oralmente; c) apresentação individual de cada membro participante do clube detrocas; d) as trocas propriamente ditas; e) apresentação cultural (música, teatro, poesia, artes visuais,etc.) ao �nal de cada clube é realizada uma de avaliação em forma de relatório, imprescindível para odesenvolvimento da atividade do clube. Neste ano de 2015 foram realizados pelo projeto de extensãoClube de Trocas da ITCP UNIFAL-MG, quatro clubes. O primeiro em junho, com a participação de15 pessoas, entre elas membros da ITCP, alunos da instituição e moradores de Varginha, aapresentação musical �cou a cargo de uma banda local, de som autoral, Banda Grilo Apaisanarealizado no auditório da UNIFAL. O segundo clube, em agosto, contou com a participação de 34pessoas, mais que o dobro do primeiro, em especial, maior participação de alunos da UNIFAL,apresentação de cultura contou com som acústico de violão de um aluno da própria UNIFAL, AlexSilva. Recentemente, em setembro, em parceria com o Festival de Artes e Interatividade Social oFAISCA, o clube de trocas teve sua atividade realizada na praça central da cidade de Varginha, comtrinta membros ativos e mais trinta pessoas ao redor das discussões iniciais e as trocas. Asapresentações culturais �caram com apresentação de seis bandas na própria praça da cidade, quecontou inclusive com outro projeto de extensão da UNIFAL-MG o grupo de mulheres do maracatu,do campus de Alfenas. O clube de trocas deu inicio ao último dia do festival FAISCA. Em outubrodeste ano aconteceu o quarto clube de trocas, que teve como atividade cultural sarau de poesias epalco livre, teve o público de 20 pessoas. É diante deste cenário que a economia solidária através daITCP/UNIFAL-MG junto ao Clube de Trocas vem tentando criar espaços não somente nauniversidade, mas também na comunidade externa para transformações e pensares críticos a respeitode situações sociais, políticas, econômicas, ambientais e culturais. Perante isto, o clube de trocas daITCP UNIFAL-MG se demonstra animado e operante tanto na universidade quanto na comunidadeexterna. Se colocando como promissor na disseminação de práticas econômicas solidárias,construindo coletivamente e solidariamente uma consciência critica aos envolvidos nas atividades. Oclube se comporta e�ciente por levar as discussões a respeito de consumo e sociedade para o ambienteda universidade e da comunidade externa, de forma que tais discussões transcendam o tempo daatividade do clube, levando-as para discussões do dia-a-dia. Se pararmos bem para pensar, fazemostrocas o tempo todo.

Referências:[1] Paul Singer; Introdução à Economia Solidária; São Paulo, Editora Fundação Perseu

Abramo, 5a reimpressão; (2012)[2] PINHEIRO,C,R. MARTINS,M,J. TOLEDO,D. GUERRA, A,C; Clube de Trocas

ITCP/UNIFAL-MG: Uma Análise Quanto a Percepção do Valor de Produto; IICONGRESSO BRASILEIRO DE DE ESTUDOS ORGANIZACIONAIS, Uberlândia; (2014)

[3] sem referencia3

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4.4 A GLOBALIZAÇÃO COMO INTENSIFICADORA DOPROCESSO DE DESIGUALDADES SOCIAIS NOS PAÍSES

SUBDESENVOLVIDOS.

Autor: DICKISON LEITE CARVALHO


Resumo: O grande hiato que desertava as relações econômicas, culturais e sociais entre os paísesfora acabado com a globalização. O inédito e vasto contato entre inúmeras culturas, gerado pelainteração dos povos, desembocou em negativas consequências no que diz respeito à qualidade de vida eà injustiça social das populações dos países ditos subdesenvolvidos. A relação direta entre o aumentoda diferença econômica e social entre nações ricas e pobres e entre o modelo consolidado de economiacapitalista globalizada contemporâneo será evidenciada nos dados apresentados através da metodologiaquantitativa. Relatórios o�ciais sobre desenvolvimento social e grá�cos mostraram as diferenças aolongo do tempo, principalmente sociais, que separam os países promotores da globalização daquelespassivos, no sentido de não agentes, desse processo.

Referências:[1] Maria Cristina Cacciamali; Globalização e processo de informalidade; Revista

Globalização e processo de informalidade, volume 14; (2000)[2] Milton Santos; Por uma outra globalização; Rio de janeiro, Record; (2000)[3] sem referencia3

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4.5 A IMPORTÂNCIA DAS VIAGENS TÉCNICAS NAFORMAÇÃO ACADÊMICA

Autores: PATRICIA DE SOUZA SILVA, BRUNA DA COSTA SILVA, ANA CAROLINAGUERRA


Resumo: A formação pro�ssional visa, não apenas a concepção teórica da pro�ssão, mas também aconexão entre seu conteúdo e as experiências vividas além da universidade. O tripé formado peloensino, pesquisa e extensão oferece ferramentas para essa complementação na graduação, envolvendoos alunos em vários tipos de experiências e aprendizados. Uma dessas ferramentas utilizadas no cursoBacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia da Universidade Federal de Alfenas - CampusVarginha é a viagem técnica que, de acordo com a referência 1, tem por objetivo estabelecer conexãoentre a teoria e a prática, resultando na formação ampla do pro�ssional, ou seja, extrapolando osconteúdos apresentados em sala de aula, proporcionando a identi�cação do aluno com sua área deatuação e tornando-o motivado para o exercício da pro�ssão. Com isso, é necessário que a viagemtécnica vise a capacidade de aprendizado do aluno para que não se torne uma mera atividade delazer. Nesse contexto, esse resumo tem como objetivo apresentar a importância das viagens técnicasna formação acadêmica baseando-se numa análise bibliográ�ca e no planejamento anual das viagenstécnicas do Programa de Educação Tutorial do BICE. Entre as viagens técnicas já realizadas peloPET BICE está a visita à Bolsa de Valores de São Paulo - BM&F BOVESPA, que contemplouaproximadamente 120 alunos, em três anos. A visita seguiu o regulamento da Pró-Reitoria deGraduação e foi registrada na Pró-Reitoria de Extensão. A inscrição foi divulgada através do blog dogrupo e dos painéis no âmbito da universidade. Para a seleção, foram usados critérios distintos aolongo do período analisado. Entre eles, podemos citar a utilização do coe�ciente acadêmico do aluno,do maior para o menor, para classi�cação na lista de inscritos com as vagas dos petianos e da tutorapreenchidas prioritariamente. Sendo o mercado �nanceiro uma das áreas de atuação dos cursosofertados no Campus Varginha, a visita mencionada visou a complementação do aprendizado teóricojá que não são oferecidas disciplinas regulares que contemplem esse conteúdo. Através da visita osalunos também puderam conhecer uma parte da rotina de alguns pro�ssionais de uma das áreas deatuação do pro�ssional egresso do BICE. Neste exemplo, é possível perceber que tal ferramentaacrescenta conteúdo e experiência que enriquecem a formação acadêmica. Podemos concluir que asviagens técnicas ajudam no conhecimento prático da pro�ssão, no complemento de conteúdos, alémdas experiências sociais e culturais.

Referências:[1] Cidiléia Firmino de Souza, Ana Maria Gonçalves Ferreira, Chirlane da Silva, Felipe

Fontes Chaves, Paulo Hernandes Gonçalves da Silva; O Papel da Visita Técnica na EducaçãoPro�ssional: estudo de caso

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4.6 A IMPRENSA COMO PARTIDO POLÍTICO: OS POSSÍVEISINTERPRETANTES QUE A CAPA DE VEJA SOBRE FIDEL

QUIS GERAR NOS SEUS LEITORES (EDIÇÃO 2049)

Autor: JONATAM AUGUSTO MARINHO


Resumo: Veja, uma das maiores revistas do mundo, traz em suas capas e reportagens �informações�para atrair o leitor. A�nal, a revista não é apenas um veículo de comunicação. É também um produtoque precisa atingir uma determinada quantidade de exemplares vendidos. Mas, além de números,Veja também vende ideologias. Tal posicionamento, dá um viés político à revista - que ultrapassa suasimples função de formar, informar e entreter para atuar a serviço dos interesses das classes dominantes.E isso não apenas nos dias de hoje. Portanto, o propósito dessa pesquisa é apontar se os possíveisinterpretantes presentes na capa da revista Veja sobre Fidel Castro transmitem alguma mensagem quepode ser lida apenas através de uma leitura baseada na semiótica ou no sentido literal da interpretação.Ou seja, se a foto, cores e texto utilizados não trazem outras intenções para in�uenciar a opinião doleitor. Trata-se de uma análise bibliográ�ca, de natureza qualitativa, embasados em estudos sobredisciplinas da comunicação como a semiótica e a ética jornalística. A capa da edição de número 2049da Veja traz uma foto de Fidel Castro logo após abdicar o posto de governante em Cuba e é analisadasegundo conceitos semióticos. Os subjetivos �artifícios de atração� para ��sgar o leitor� (interpretante)são apontados e estudados com base em outras pesquisas. A relação entre �mercado-jornalismo� e�imprensa-espetáculo� estão presentes nas análises da reportagem, do editorial, das fotos, de artigose entrevistas que compõem o conteúdo interno da edição. Com isso, podemos notar que Veja usa daespetacularização como uma tentativa de manipulação. O propósito é vender mais exemplares, visandomaior in�uência sobre a sociedade, especialmente na política. Além disso, muitos �excessos negativos�mostram que há desequilíbrio entre a ética jornalística e o apelo à venda. Um exemplo concreto douso de elementos grá�cos na capa sobre Fidel para transmissão de uma mensagem decodi�cada atravésdas cores é o preto, que geralmente é associado com coisas ruins - miséria, pessimismo, sordidez,tristeza, desgraça, dor, temor e opressão. Com outros elementos como texto, imagens e acusações,Veja demonstra seu posicionamento político e ideológico contrário a função ética de um veículo decomunicação pautado pela busca da verdade. Ou seja, ela revela-se como uma mídia que apenasatende a determinados interesses políticos vinculados ao pensamento conservador.

Referências:[1] Veja São Paulo; Editora Abril; Edição 2049, ano 41, número 08, 27 de fevereiro 2008.[2] Luciano Guimarães; A cor como informação: a construção biofísica, lingüística e cultural

da simbologia das cores; São Paulo, Annablume; (2000)[3] sem referencia3

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4.7 A ITCP/UNIFAL-MG COMO PROMOÇÃO DO ENSINO,PESQUISA E EXTENSÃO

Autores: FERNANDA MAYUMI NISHIHATA, LAÍS BATISTA PEREIRA, DIMITRIAUGUSTO DA CUNHA TOLEDO


Resumo: A Extensão Universitária, segundo Guerra (1) tem como ponto de partida os movimentossociais, políticos e culturais, organizados por estudantes universitários brasileiros, que ao longo dosanos vem se perpetuando como signi�cativo instrumento de democratização do conhecimento àsociedade, sociedade esta que, muitas vezes, acredita se encontrar distante do mundo acadêmico.Neste contexto, a Extensão, atrelada ao Ensino e a Pesquisa, tem se apresentado como importantemeio de ligação entre a universidade e a comunidade para a construção coletiva de transformações darealidade social. Dentre as ações extensionistas existentes, tem-se a da Incubadora Tecnológica deCooperativas Populares da Universidade Federal de Alfenas (ITCP-UNIFAL/MG), CampusVarginha, que se con�gura como um Programa de Extensão implantado em 2010 que conta com odesenvolvimento de diferentes projetos que articulam Ensino, Pesquisa e Extensão. A Incubadoratem como proposta a promoção da relação dialógica, a partir do assessoramento de grupos popularese/ou empreendimentos econômicos solidários (EES) pelo que se denomina processo de incubação. Oprocesso de incubação acontece pelo desenvolvimento da formação socioeconômica construída juntoàs demandas e realidade do grupo, se dando pela constante troca de saberes e construção mútua doconhecimento, uma vez que a Universidade e sociedade participam e são sujeitos da produção dosaber. Com isso, a ITCP/UNIFAL-MG contribui para o desenvolvimento de ações de Extensão, setornando instrumento de inserção social e cidadania, possibilitando a busca pela transformação darealidade brasileira. E como prática da relação dialógica proposta pela ITCP-UNIFAL/MG inseridono tripé extensão, ensino e pesquisa, há a incubação de três grupos onde a Incubadora propõe osuporte à formação e desenvolvimento de cooperativas populares e da Economia Solidária e o Clubede Trocas � UNIFAL/MG que articula dentro dos pressupostos da Economia Solidária, visando oconsumo e desenvolvimento sustentável, por meio de trocas diretas. Nesse sentido, aITCP-UNIFAL/MG apresenta-se como uma articuladora dentro deste tripé de Ensino, Pesquisa eExtensão, proporcionando a troca e construção de experiências e conhecimentos no âmbito daUniversidade juntamente com a sociedade.

Referências:[1] Plano Nacional de Extensão Universitária; FORPROEX; (1999)

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4.8 A TAXA DE DESEMPREGO COMO UM POSSÍVELDETERMINANTE DO NÚMERO DE PRISÕES DO ESTADO

DE SÃO PAULO.

Autores: RICHARD HERNANI PEREIRA, LETICIA LIMA MILANI RODRIGUES,PABLO CESCON PORTES, PEDRO VAZ DO NASCIMENTO ALMEIDA


Resumo: INTRODUÇÃO Os indicadores de criminalidade demonstram que a segurança pública noBrasil deve estar em foco para constante realização de políticas públicas de redução de criminalidade,especialmente em grandes centros urbanos, como as regiões metropolitanas. Comumente é visto que aregião metropolitana do estado de São Paulo vem experimentando aumentos relevantes nos índices decriminalidade, e para evidenciar esta realidade pode-se citar os dados da Fundação SEADE, quedemonstra que somente entre 1990 e 2002 o número de prisões do estado e em cadeias da RegiãoMetropolitana cresceu 208,76%. A escolha do estado de São Paulo para este trabalho pode sercompreendido, por ser um dos únicos estados do país a disponibilizar índices de criminalidadepublicamente e pela credibilidade na construção destas estatísticas, realizadas pela Secretária deSegurança Pública (SSP-SP) do estado em questão. As estatísticas o�ciais de criminalidade dispostaspela SSP-SP, são utilizados como referência em âmbito nacional com frequência, para analisarquestões referentes a segurança pública e criação de políticas públicas. Estabelecer uma compreensãoa respeito dos fatores que in�uenciam as pessoas à cometerem crimes é uma difícil tarefa, por seremeter a complexidade do ser humano e das diferentes condições sociais e culturais vividas. Contudoas pesquisas nesta área tem dividido as atenções em duas direções: as motivações individuais e aosprocessos que levariam as pessoas a cometerem crimes. Em relação aos processos que levariam aspessoas cometerem crimes, uma das possíveis causas seriam as condições econômicas dos indivíduos,especi�camente dizendo em virtude ao desemprego, como poder ser observado nas obras de Freeman(1994, apud CERQUEIRA; LOBÃO, 2003) e Schneider (2005) que demonstraram haver certarobustez na relação entre o número de prisões e desemprego. O desemprego pode ser elucidado, pelasituação em que um indivíduo está submetido involuntariamente, por falta de oportunidade detrabalho e pode ser separado em três tipos de desemprego: aberto, oculto pelo trabalho precário eoculto pelo desalento. O desemprego aberto é a situação em que a pessoa procurou empregoefetivamente nos últimos 30 dias, o desemprego oculto pelo trabalho precário refere-se a condição depessoas que realizam trabalhos precários � trabalhos remunerado ocasionalmente ou ajuda à parentessem remuneração � e que procuraram mudar de trabalho e o desemprego oculto pelo desalento sãopessoas que não trabalham e nem procuram por desestímulos ao mercado de trabalho ou outrascondições fortuitas (DIEESE, 2015). Visto que há uma possível relação entre os números de prisões eo desemprego, o presente trabalho objetivou-se a realizar um método quantitativo denominado,regressão linear simples para investigar esta possibilidade. Para esta análise, foram levadas emconsideração as variáveis número de prisões do estado de São Paulo e Taxa de Desemprego da regiãometropolitana do estado de São Paulo. MATERIAL E MÉTODOS VARIÁVEIS A variável emquestão para análise deste modelo, é o número de prisões mensais do estado de São Paulo, por oradenominada como variável dependente, e na tentativa de explicar o comportamento da variáveldependente, selecionou-se à taxa de desemprego, que por sua vez, será denominada como variávelindependente, através de um modelo de regressão linear simples. A Taxa de Desemprego de acordocom a Pesquisa de Emprego e Desemprego (2015), elaborada pelo DIEESE, demonstra a proporçãoda População Economicamente Ativa - PEA que se encontra involuntariamente na situação dedesemprego. Para esta análise, a taxa de desemprego compreende o desemprego aberto e oculto(trabalho precário e desemprego por desalento) e foi coletada no portal online do ipeadata. A variáveldependente aborda o número de prisões efetuadas por ações policiais no estado de São Paulo, sendo

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este número o total de prisões por todas as causas possíveis. Estes dados foram coletados no portalonline da Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Os dados foram coletados eorganizados mensalmente, no período de janeiro de 2013 a fevereiro de 2014, totalizando 26observações. Foi utilizado o software R. A respeito do método quantitativo escolhido para estaanálise, serão tecidas considerações pertinentes no tópico abaixo. ANÁLISE DE REGRESSÃOLINEAR A análise de regressão linear consiste em uma técnica estatística de investigação emodelagem sobre a relação entre as variáveis observadas. Esta análise é referência em quase todos oscampos do saber, incluindo as áreas de engenharias, física, ciência e química e pode ser considerada atécnica estatística mais amplamente utilizada (MONTGOMERY; PECK; VINING, 2006). A análisede regressão fundamenta-se em de�nir uma função estatística a �m de descrever o comportamento deuma variável especí�ca, denominada variável dependente, com base na relação desta variáveldependente com uma ou mais variáveis, denominadas independentes. A ideia principal da regressão émensurar um possível grau de dependência estatística da variável dependente em relação a uma oumais variáveis independentes. Em alguns casos o problema a ser solucionado envolve apenas umavariável independente enquanto em outros casos, mais de uma. (CORRAR; PAULO; FILHO, 2009).Para as análises pertinentes a este trabalho, será utilizada a técnica de regressão linear simples.MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS A análise estatística de um fenômeno da naturezabaseia-se na avaliação dos erros ou resíduos, que são de�nidos pela diferença entre as observaçõesreais e os valores estimados. As estimativas mais adequadas serão as que apresentarem a menordiferença entre os valores reais observados e os valores estimados pelo modelo. Estas estimativasrepresentam medidas de tendência central e as menos enviesadas são aquelas que mais se aproximamdos dois valores. A melhor reta a ser traçada será a que apresentar a menor soma dos quadrados detais diferenças (CORRAR; PAULO; FILHO, 2009). Os mesmos autores citam que, para esta análisejulgam-se importante respeitar os denominados, pressupostos da análise de regressão. A aplicação daanálise de regressão adequada requer o desenvolvimento de alguns testes para as variáveis, e essastécnicas denotam um conjunto de pressupostos importantes para a validação do método estatístico.Tais pressupostos podem ser compreendidos da seguinte maneira: a.1 Normalidade dos resíduos: estepressuposto de�ne que os resíduos observados em toda amostra deverá apresentar distribuiçãonormal, demonstrando que dentre toda a extensão da população, as amostras se comportam demaneira normal. Esta condição é necessária para a obtenção de intervalos de con�ança e testes designi�cância. a.2 Homocedasticidade dos resíduos: esta característica acerca dos resíduos refere-seque a cada observação de uma variável dependente a variância deve ser constante ou homogêneadurante toda extensão das variáveis independentes, caso contrário, seria uma violação do pressuposto.a.3 Linearidade dos coe�cientes: esta relação pode ser modelada por uma por uma funçãomatemática de primeiro grau, relacionando o grau em que a variável dependente oscila em virtude davariável independente. Utiliza-se de diagramas de dispersão para avaliar a linearidade das variáveisa.4 Ausência de autocorrelação serial nos resíduos: este pressuposto implica que as variáveisindependentes devem assumir valor de correlação zero entre os resíduos, resultando em nãocausalidade entre os resíduos e as variáveis independentes. O impacto disso é que a variáveldependente sofrerá in�uências somente das variáveis independentes, ou seja, os resíduos sãoindependentes e não provoca efeito sobre as variáveis dependentes. Após a exposição do material emétodo, discute-se na próxima seção os resultados obtidos e diagnósticos a respeito do modeloajustados. RESULTADOS O modelo ajustado, pode ser expresso pela seguinte função linear:y=8494,3+401,3*xi. Ou seja, o coe�ciente da taxa de desemprego se comporta de maneira positivaem relação ao número de prisões, sendo que, se a taxa de desemprego aumentar em 1%, o número deprisões aumentará, em média, aproximadamente 401%. Por meio do teste T, observa-se que ointercepto possui nível de signi�cância inferior a 1%, bem como a variável independente com um nívelde signi�cância inferior a 5%. Enquanto o R-quadrado Ajustado exibe o poder de explicação domodelo ajustado, que em 18,62% dos casos a variável independente explica a variável independente.A análise de variância demonstra pelo teste F que o modelo de regressão simples é adequado e

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apresenta signi�cância inferior a 5%. A análise da normalidade dos resíduos será observada atravésdo teste Shapiro-Wilk, e através do p-valor apresentado (0.2188) maior que o alpha (0.05) que osresíduos podem ser considerados normais. A análise do pressuposto sobre a independência dosresíduos, será obtida através do teste Durbin-Watson. Portanto, nota-se que o p-valor (0.198) é maiorque o alpha considerado (0.05), e os resíduos são independentes entre sí. O pressuposto sobre a deHomocedasticidade, será observado pelo teste de Brewsh-Pagan. O p-valor obtido (0.2558244) émaior que o alpha (0.05), portanto os dados são homocedásticos. CONCLUSÕES A partir dodiagnóstico dos resultados obtidos através do modelo de regressão linear simples, pode se observar ae�ciência da metodologia proposta com base nos resultados e a identi�cação da relação entre asvariáveis dependente e independente. Apesar do R-quadrado Ajustado apresentar um valorconsideravelmente baixo, ele se torna expressivo quando observado que a variável dependente possuicaracterísticas muito complexas e densas. Em trabalhos futuros serão implementadas novas variáveisindependentes a�m de reconhecer outros possíveis determinantes para a variável dependente, bemcomo investigar outros aspectos teóricos.

Referências:[1] CANO, I., SOARES G.D; As teorias sobre as causas da criminalidade; (2002)[2] Alexandre Alves Schneider; Determinantes da Criminalidade na Região Metropolitana

de São Paulo; Fundação Getúlio Vargas; Brasil; (2005)[3]MONTGOMERY, D., PECK, E., VINING, G.; Introduction to linear regression analysis;

New Jersey, Wiley; (2006)

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4.9 ANÁLISE COMPARATIVA DA TAXA DEENVELHECIMENTO DAS REGIÕES SUL E NORDESTE DO

BRASIL NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Autor: LETÍCIA APARECIDA LOPES


Resumo: A taxa de envelhecimento estabelece a relação que existe entre o número de idosos e apopulação total com o intuito de veri�car a ampliação do segmento idoso. Por meio da razão entrea população idosa e a população total multiplicado por 100, obtêm-se tal indicador que possibilita oauxílio na formulação, gestão e avaliação de políticas públicas nas áreas de saúde e de previdênciasocial através da análise do ritmo de envelhecimento da população, segundo a Referência 1. O objetivodo presente trabalho é apresentar a evolução da taxa de envelhecimento nas regiões Sul e Nordestedo Brasil no período de 1991 a 2010. Trata-se de um estudo descritivo com os dados dos censosdemográ�cos do IBGE, acessados através do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil e com baseem uma revisão de literatura realizada por meio dos sites Google Acadêmico e Scielo. Percebeu-se queem 2010 a taxa de envelhecimento da região Sul era 63% maior que em 1991, ao passo que na regiãoNordeste o crescimento dessa taxa no mesmo período representou 39%. Na região Sul o estado commaior crescimento percentual foi o Paraná (73%) e na região Nordeste foi o estado do Piauí (63,5%).

Referências:[1] Vera Elizabeth Closs, Carla Helena Augustin Schwanke; A evolução do índice de

envelhecimento no Brasil de 1970 a 2010; Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia,edição 3, volume 15; (2012)

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4.10 ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO DE UMAREPORTAGEM QUE ABORDA A ESFERA PÚBLICA SOB

A ÓTICA DA ESFERA PRIVADA

Autor: BRUNA CARVALHO MOURA AVELAR


Resumo: Adota-se como premissa desse trabalho investigar se a mídia hegemônica tem propensãoem representar os espaços públicos como se fossem, ou como se devessem ser privados, através do usodo discurso como instrumento de poder e construção social da realidade. Considerou-se, assim, que osmeios de comunicação constituem um dos instrumentos centrais na disputa pela hegemonia nassociedades contemporâneas. Ainda segundo referência 2 o jornalismo como o veículo de formação,organização e difusão de consensos e concepções de mundo, de forma que o jornalismo não somentepretende satisfazer todas as necessidades de certa classe, mas pretende também criar e desenvolvernecessidades, produzindo informações através de recortes da realidade. Por isso, com essa pesquisapropomos a abordagem da relação entre a esfera pública e a esfera privada por meio de um textomidiático, isto é, a reportagem, para provocar um questionamento na interpretação do discursohegemônico, com vistas a criar pontos de resistência, bem como construir perspectivascontra-hegemônicas. Especi�camente, neste trabalho, avaliamos como as categorias de análiselinguística se conectam com as categorias de análise social, bem como sua interação com aestruturação social, investigamos a propensão da mídia hegemônica em representar os espaçospúblicos como se fossem ou como se devessem ser privados. Essa investigação baseia-se, em especial,nos trabalhos da referência 1, para quem o discurso é, ao mesmo tempo, uma prática social, umaprática discursiva e uma prática textual. Como complementação à abordagem do Fairclough, serãoutilizadas as contribuições da referência 3 com relação a seus estudos sobre a mudança estrutural daesfera pública, para oportunizar a análise da dimensão das práticas sociais. Inicialmente,explicitamos a relação entre a Análise Crítica do Discurso e a Ciência Social e como elas podemcontribuir para as pesquisas críticas sobre mudança social. Em seguida, realizamos uma discussãoteórica acerca dos conceitos de poder, ideologia e hegemonia, evidenciando não só sua de�nição, masabordando sua relação com a ideologia capitalista. Ainda, em breve análise, destacamos a tendênciade a esfera pública ser transpassada pela ótica da esfera privada numa possível tensão entre asubjetividade individual e a subjetividade coletiva. Por �m, procedemos à Análise Crítica doDiscurso da reportagem �Sol, Mar e Organização�, veiculada na edição da revista Veja de 06/01/2010.Subjaz a essa análise o pressuposto de que o mundo (as estruturas sociais) em que os jornalistas estãoinseridos inevitavelmente in�uencia a forma como eles (re)constroem os acontecimentos ou o mundorepresentado no discurso. Para dar conta desse jogo de in�uência, analisamos a dimensão daspráticas socais, por meio de breve discussão da situação conjuntural; a dimensão da práticadiscursiva, caracterizando o gênero do discurso; e a dimensão textual, com a análise linguística dotexto. Com base nas análises, pode-se veri�car que os mecanismos utilizados na reportagemcontribuem para reforçar o caráter ideológico de subjetividade privada em que se apresenta a esferapública. A imprensa contribui para construir um senso comum favorável aos interesses hegemônicosque são mantidos na medida em que as classes subalternas são enganadas a respeito de seus própriosinteresses. Na perspectiva adotada neste trabalho, não basta conhecer o signi�cado literal daspalavras. É preciso saber reconhecer que o sentido das palavras pode variar de acordo com asintenções do falante e as circunstâncias de sua produção. Ao entender o uso da linguagem comoprática social, concebe-se o discurso como um modo de ação, com o qual o locutor pode agir sobre omundo e sobre os outros. Destarte, a signi�cação do enunciado é obtida pela relação entre alinguagem e o mundo, de forma que existe uma relação dialética entre discurso e estrutura social, ouseja, o discurso é moldado e restringido pela estrutura social. O discurso contribui para formar

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relações consensuais de identidade sociais. Nesse contexto, a análise crítica realizada apontou que amídia hegemônica busca naturalizar hierarquias sociais. Portanto, essa aproximação da Linguísticacom as Ciências Sociais contribui para a interpretação das relações sociais e ilumina a luta poremancipação, encorajando a resistência ao discurso como construção social da realidade. Noentendimento de Habermas (1984), o que é determinante é o argumento racional e não o poder e osprivilégios, a classe social ou qualquer outro tipo de in�uência. Uma vontade individual ou de gruposnão pode ser imposta. Por isso, as vontades individuais precisam ser transformadas em uma vontadegeral. Esta deve ser construída racionalmente. Sendo assim, o caminho para uma autêntica esferapública seria a construção de uma opinião pública que leve a uma tomada de decisões que atendam aesta vontade geral.

Referências:[1] Norman Fairclough; Discurso e mudança social; Brasília; Editora Universidade de

Brasília; (2008)[2] Antonio Gramsci; Cadernos do cárcere; Volume 2, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira;

(2004)[3] Jürgen Habermas; Mudança estrutural da Esfera Pública; Rio de Janeiro, Tempo

Brasileiro; (1984)

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4.11 ANÁLISE DO PERFIL DOS ALUNOS DO CURSINHOAPRENDENDO A APRENDER 2015

Autores: nenhum Primeiro Autor informado, JONATAM AUGUSTO MARINHO, ENDERLUCAS FERREIRA, ANA CAROLINA GUERRA


Resumo: Desde 2012, o Projeto Aprendendo a Aprender é desenvolvido pelo Programa de EducaçãoTutorial do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia � PET BICE, que se apresenta comouma proposta de cursinho Pré-vestibular. Oferece oportunidade de inserção social através da educaçãopara alunos de escolas públicas de Varginha. O objetivo principal é colaborar para a aprendizagem epreparação dos alunos oriundos das escolas públicas para a realização das avaliações que proporcionema sua admissão no Ensino Superior, especi�camente através do Exame Nacional do Ensino Médio(ENEM). Também é uma oportunidade de ter esses alunos frequentando o ambiente acadêmico efomentando o sonho de, no futuro, tê-los na universidade de forma regular. Em seis anos, muitosjovens ingressaram no ensino superior. Nesse contexto, esse resumo tem como objetivo compreender oper�l dos alunos matriculados no ano de 2015 no Curso Pré-vestibular Aprendendo a Aprender. Paraisso, procurou-se traçar o per�l dos estudantes através de um questionário individual, aplicado em 41alunos, que buscava investigar informações tais como, sexo, idade, estrutura familiar (escolaridade erenda), curso e universidade pretendidos. Através de uma análise comparativa dos resultados obtida douniverso amostral de 41 alunos representados através dos questionários analisados, foi possível perceberque todos os alunos residem em Varginha (MG) e que 80 % deles são do sexo feminino. Com relaçãoà faixa etária, 68% dos respondentes, tem 17 anos e 32% deles trabalham. Pode-se observar também,que a maioria (representada por 58%) almejam uma universidade pública. O projeto foi avaliado entre8 e 10 por 71% dos que deram a nota e 27% avaliaram entre 6 e 7. Apenas 2% creditaram nota 3.Psicologia, Medicina e Engenharia Civil são os cursos mais almejados com 17,07%, 12,19% e 9,75%respectivamente. Outro dado que pode ser observado na amostra foi a média da renda familiar. Dos41 estudantes, 13 não souberam responder. Porém, a média obtida pelos demais foi de R$ 891,42.Através do questionário foi possível entender a opinião de cada aluno sobre o que almejam do projeto.Foi possível ainda, compreender o per�l dos alunos atendidos: moram em Varginha, tem em média 17anos, são mulheres, não trabalham, almejam ingressar em uma universidade pública e não tem outrotipo de preparação para o ENEM. Portanto, todos os dados apontados são úteis para aperfeiçoar oprojeto com implantação de novas estratégias pedagógicas.

Referências:[1] Pereira at al; Aprendendo a Aprender: Uma Integração Entre a Universidade e as

Escolas; In: Congresso de Ciências Sociais Aplicadas, 01, 2014, Varginha; Caderno de Resumos;UNIFAL-MG; (2014) p.02.

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4.12 APRENDIZAGEM NA DOCÊNCIA: UM ESTUDO DECASO COM OS PROFESSORES DO CURSO

APRENDENDO A APRENDER DA UNIFAL-MG

Autores: BEATRIZ REZZIERI MARCHEZINI, LUCAS PEREIRA LOPES, ANACAROLINA GUERRA


Resumo: O projeto Aprendendo a Aprender é um cursinho pré-vestibular social desenvolvido pelogrupo PET-BICE desde 2012, que objetiva preparar os alunos do ensino médio de escolas públicas ealunos já formados para o ingresso no ensino superior. As aulas são lecionadas pelos discentes daUniversidade Federal de Alfenas - Campus Varginha que atuam como professores voluntários dosconhecimentos e habilidades exigidos no ENEM. Neste contexto, tendo como pressuposto de que aaprendizagem da docência é subjetiva, pessoal, particular e contextualizada, este estudo tem porobjetivo indicar a aprendizagem adquirida e construída pelos professores durante o exercício dedocência no projeto, sob a sua perspectiva. Considera-se o sentido de aprendizagem como umamudança de comportamento advinda de um treino ou de uma experiência vivenciada (referência 1).Segundo a referência 2, a de�nição da docência contemporânea está na valorização dos aspectoscontextuais, organizativos e orientados para a mudança, o que obriga a conjugar as dimensõesindividuais da atividade pedagógica às do trabalho em equipe, entendendo que a construção do saberdocente se dá na relação dialética entre o individual e o coletivo; o princípio da indagação-re�exão,que proporciona aos professores a consciência sobre suas práticas de ensino. Portanto, a literaturaeducacional sobre o processo de aprendizagem apresenta um caminho para compreender a formaçãodos professores, utilizando a re�exão, tomando-se os conhecimentos produzidos pelos professores aolongo de sua prática. A escolha da abordagem metodológica para atingir o objetivo proposto, foibaseada no modelo aplicado por referência 3. Deste estudo foram adaptadas as categorias de análise eos questionários para a entrevista. Dentre as categorias estão o início da docência dos professoresvoluntários, as mudanças ocorridas nas práticas da docência, a in�uência do cursinho para aformação acadêmica e fatores de convivência com a equipe do projeto que poderiam ter in�uenciadonessa aprendizagem. O recorte dos participantes desta pesquisa ocorreu por disponibilidade dos 10entre os 15 docentes do cursinho, onde os mesmos responderam um questionário e a entrevista entreos meses de setembro e outubro de 2015. Na análise das entrevistas, ao descreverem sobre o início dadocência, evidenciam a in�uência da sua trajetória escolar desde a sua formação inicial, e mostramque pelo contato que tiveram com vários professores se sentem mais seguros com seu desempenho ecomportamento dentro da sala de aula. Considerando as mudanças ocorridas, revelam que astransformações mais signi�cativas foram à diminuição da timidez e a adequação dos instrumentospedagógicos para transmitir o conteúdo de maneira mais clara aos alunos. Em relação à in�uência docursinho para a formação acadêmica notaram uma melhoria da oratória quando retornam deprofessor para o papel de aluno e a valorização da �gura do professor. Tratando-se dos fatores deconvivência com a equipe do projeto, as reuniões gerais pedagógicas colaboraram para uma visãosobre o trabalho em equipe, onde os coordenadores e professores trabalham em conjunto para a trocade experiência sobre o ato de lecionar, corroborando com a de�nição da docência contemporâneadefendida por referência 2. Mediante a análise das percepções dos professores, observa-se que osmesmos passam por um processo de aprendizagem, no qual há um aprimoramento e modi�cações dasestratégias de ensino com o intuito de superarem as di�culdades encontradas e se adaptarem àscaracterísticas das salas de aula. As atividades desenvolvidas com a equipe do cursinhopossibilitaram o processo re�exivo sobre as práticas da docência, impactando no processo deaprendizagem de�nido por referência 1.

Referências:

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[1] Agnela da Silva Giusta; Concepções de aprendizagem e práticas pedagógicas; Educaçãoem Revista; volume 29; (2013)

[2] J Gary Knowles, Alfred Rudolph Cole, Colleen Presswood; Trough PreserviceTeacher's eyes: exploring �eld experiences through narrative and inquiry; N.Y., MacmillanCollege Publising Company; (1994)

[3] Alessandra Cardoso de Moraes; Aprendizagem da docência: um estudo com professoresdo curso pré-vestibular da UFSCar; Tese de Mestrado em Educação, São Carlos/UFSCar;(2006)

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4.13 ÁREAS VERDES DE VARGINHA: UM ESTUDO SOBRE OSSEUS IMPACTOS E SUA INFLUÊNCIA LOCAL

Autores: LUANA APARECIDA RIBEIRO, LUIZ ANTONIO STAUB MAFRA


Resumo: ÁREAS VERDES DE VARGINHA: Um estudo sobre os seus impactos e sua in�uêncialocal As áreas verdes no meio urbano são encontradas em principais pontos como Jardins Zoológicos,Botânicos e Praças e são essenciais para a reprodução do ciclo natural e a manutenção do equilíbrioecológico, constituindo elementos relevantes para o bem estar da população, pois atua diretamente nasaúde física e mental, bem como o lazer e a socialização. As áreas verdes estão associadasdiretamente com a qualidade de vida da população, que é, resumidamente, como as condições de vidadas pessoas envolvendo a saúde, educação, habitação, saneamento básico, forma física e emocional e orelacionamento social, com a família e os amigos. Em busca de alternativas para melhorar osmunicípios é possível encontrar áreas verdes em outras diversas formas como nas áreas comvegetação, parte dos espaços urbanos, parques, jardins, cemitérios existentes, áreas de pequenosjardins, alamedas, bosques, praças de esportes, balneários, `camping' e margens de rios e lagos. Essasáreas verdes proporcionam efeitos diretos sobre o bem estar da população, pois possuem funções deextrema importância e interrelacionadas com o ambiente urbano diversi�cam a paisagem eembelezam a cidade que geralmente é representada por prédios e poluição. Devido ao acelerado ritmode crescimento populacional, houve um aumento mais que proporcional nos usos dos recursosnaturais. Por isso é necessário criar e implementar projetos que incentivem a preservação, aconscientização ambiental, a melhoria e a recuperação dessas áreas. Tendo como referência o Artigo225 da Constituição Federal de 1988 que assim preceitua: �Todos têm direito ao meio ambienteecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes efuturas gerações�, ressaltando a necessidade da existência das áreas verdes nos centros urbanos. Apreservação do meio ambiente no espaço urbano ou em zonas rurais na maioria das vezes depende dasensibilidade dos indivíduos em sociedade. O crescimento e desenvolvimento das cidades muitas vezesnão ocorrem de maneira planejada e acabam não disponibilizando áreas verdes su�cientes para apopulação. Nesses casos, as pessoas devem se conscientizar e buscar por alternativas que possamtrazer benefícios para a população através do meio ambiente. O trabalho associa a qualidade de vidada população com as áreas verdes existentes no município de Varginha - MG, de modo a ressaltar aimportância de espaços arborizados e das condições ambientais no meio urbano, tendo como objetivoapresentar a in�uência e os impactos que as áreas verdes proporcionam para a população e suapercepção sobre essas áreas. Para a elaboração do trabalho o objeto de estudo foi o ZoológicoMunicipal dessa cidade, construído em área urbana, ao ar livre, com vasta vegetação arbórea e comuma rica fauna, destinados a vários tipos de utilização como a caminhada, piquenique, descanso,passeio e recreação em geral. Primeiramente realizamos um levantamento bibliográ�co sobre ostrabalhos existentes nas áreas verdes da cidade. Em seguida, delimitamos a área de estudo erealizamos a pesquisa in loco, aplicando um questionário semiestruturado, composto de perguntas demúltipla escolha aos visitantes do parque. As perguntas contidas no formulário buscaram traçar oper�l dos usuários e em um segundo momento levantar o entendimento da população sobre essasáreas. Os questionários foram aplicados em pessoas de diferentes gêneros, idades, graus deescolaridade e percebido que a maioria dos visitantes entrevistados reside em Varginha. Isso torna aamostra interessante, ao obter a visão de diferentes parcelas da população. Por �m, realizamos aanálise dos dados coletados, para reconhecer de forma qualitativa, as impressões da população comrelação ao parque e as áreas verdes da cidade em geral. Dentre todas as opções oferecidas,destacamos que a maioria da população busca o lazer e que ver os animais é o maior atrativo avisitação, e que se sentem em harmonia com a natureza durante o passeio. A maior parte dos

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entrevistados não souberam informar quais seriam as utilidades das áreas verdes urbanas para omunicípio, e os que souberam citavam apenas a arborização como fator bené�co. Desta formanotamos que não ocorre um trabalho adequado de conscientização e educação ambiental. Osresultados obtidos destaca a falta da existência de políticas públicas e de projetos voltados para atemática ambiental, baseados no conceito de sustentabilidade, onde deve haver a cooperação para sealcançar a e�ciência entre os meios sociais, econômicos e ambientais. Espera-se que todos,comunidade e poder público conscientize e proteja o meio ambiente para os presentes e as geraçõesfuturas.

Referências:[1] Danúbia Caporusso Bargos, Lindon Fonseca Matias; Áreas verdes urbanas: um estudo de

revisão e proposta conceitual; Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, volume6, número 3, páginas 172-188; (2011)

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4.14 AS CONGRUÊNCIAS ACERCA DA ECONOMIASOLIDÁRIA E O TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA

Autores: EDUARDA MARIA MADEIRA DRAMOS, ANA CAROLINA GUERRA


Resumo: No modelo capitalista, as análises acerca do desenvolvimento que sempre foram difundidase aplicadas à sociedade consistiam em métodos extremamente quantitativos, engessados e voltadospara questões simplesmente econômicas que acabavam desconsiderando uma série de fatoresimportantes na convivência em sociedade e, de maneira cada vez mais globalizada, ignorava asespeci�cidades de cada território. Contudo, nas últimas décadas houve um aumento doreconhecimento por parte da sociedade e também do governo sobre a necessidade de se atentar aformas de desenvolvimento que consistam numa organização mais territorializada, menos vertical, emais adequada a cada lugar e ao seu contexto social, ambiental, cultural e político. Desta maneirasurge à necessidade de se atentar aos anseios da comunidade local, emergindo iniciativas que vão nacontramão ao modo capitalista de desenvolvimento, como a Economia Solidária e o Turismo de BaseComunitária, que apesar de serem movimentos diferentes, convergem em vários pontos e secorrelacionam como fenômenos complementares um ao outro. Assim, esta síntese tem como objetivoanalisar os conceitos e práticas destas novas iniciativas de desenvolvimento local, a EconomiaSolidária e o Turismo de Base Comunitária, uma vez que foi observada grande proximidade entreestes dois movimentos. Através da metodologia qualitativa empírica, este resumo se caracterizainicialmente como uma pesquisa exploratória visando o entendimento dos conceitos para poderembasar as experiências observadas em campo junto a comunidade assistida pelaITCP-UNIFAL/MG, a Associação Terra do Marolo (ATM) onde as práticas de ES e TBCtransparecem abertamente. Ao resgatar os conceitos foi possível observar através de Emmendoerfer,Moraes e Fraga, (referência 1) que o Turismo de Base Comunitária (TBC), ou Turismo Solidário,con�gura-se como uma atividade turística onde a comunidade é proprietária das iniciativas deturismo, apresentando uma gestão coletiva, transparência no uso e destinação dos recursos e na quala atração turística é o modo de vida da população local. Procura-se através dele a preservação danatureza minimizando os impactos ambientais; nas questões socioculturais deve estabelecer umarelação de troca de saberes, viveres e experiências, sendo esta a matéria-prima base para atividade.Por isto mesmo, o TBC deve ser mais do que uma alternativa de renda, crescimento econômico edesenvolvimento, ele deve proporcionar a valorização do saber e da cultura, preservação efortalecimento da identidade local de povos tradicionais independente de serem rurais, urbanas,indígenas, quilombolas, etc. Convergindo com os princípios do TBC o julgamento de EconomiaSolidária segundo o FBES (referência 2) �constitui o fundamento de uma globalização humanizadora,de um desenvolvimento sustentável, socialmente justo e voltado para a satisfação racional dasnecessidades de cada um e de todos os cidadãos da Terra seguindo um caminho intergeracional dedesenvolvimento sustentável na qualidade de sua vida�. Sendo regida por princípios comosolidariedade e cooperação; autogestão; democracia; emancipação; valorização da natureza, dadiversidade, da aprendizagem e do saber local; justiça social e centralidade do ser humano. Aoanalisar ambas apreciações é con�rmada a hipótese de que elas se caracterizam como meios dedesenvolvimento local e sustentável. Um exemplo é a Associação Terra do Marolo, formada poriniciativa popular e incubada pela ITCP-UNIFAL/MG desde 2011, onde tem-se através da associaçãoa união entre os produtores do Marolo, visando preservar este aspecto da cultura local, bem comodifundi-la através da festa anual havendo a propagação do conhecimento sobre essa fruta típica docerrado. A associação é regida pelas premissas da ES e busca através dela uma alternativa de renda etrabalho, além disto ela serve como meio de perpetuar as receitas feitas com a fruta pela propagaçãodo saber local tanto do plantio quanto da produção dos doces. Além de auxiliar nestes aspectospercebe-se também que através da associação os �maroleiros� mantêm e difundem o Marolo do qual

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eles possuem orgulho e satisfação de representarem parte da identidade cultural de Paraguaçu-MG,grande parte deste orgulho veio da valorização recebida através dos visitantes assim como oreconhecimento da festa na região, é colocado pelos próprios associados como fator crucial para ofortalecimento da identidade local. Nas palavras de um dos associados �a gente como associado emaroleiro hoje em dia é mais respeitado, e as pessoas de fora �cam impressionados da gente fazer osprodutos do marolo, que muitos acham que nem existe mais�. Este exemplo endossa que aconvergência de ações e linhas de pensamento da ES e do TBC tem muito a contribuir como novasmeios para o desenvolvimento local. Além dos conceitos demonstrarem certa proximidade, as práticasacerca da ES e do TBC estreitam ainda mais os laços entre estas atividades, uma vez que as práticasincentivadas pela Economia Solidária podem se caracterizar como via de fomento intrínseco para a oTurismo Solidário, assim como o TBC auxilia como via de manutenção e fortalecimento destaspráticas. Em suma, pode ser a�rmar que a Economia solidária é um movimento mais amplo demudança na postura de desenvolvimento social, e o TBC seria um dos fenômenos que con�rmam queem diferentes âmbitos esta mudança tem se tornado cada vez mais real, pois da mesma maneira que oES incentiva a solidariedade, a democracia e a emancipação das comunidades locais, o TBC torna-seum meio de que estes possam ser alcançados principalmente por povos tradicionais. Assim sendo,conclui-se que o ES e o TBC são vertentes convergentes de desenvolvimento, assim como podem sercomplementares na busca pela sustentabilidade, emancipação, valorização local e democracia.

Referências:[1] Magnus Luiz Emmendoerfer, Werter Valentim Moraes, Brendow de Oliveira Fraga;

Turismo Criativo e Turismo de Base Comunitária: Congruências e Peculiaridades; En: Anaisdo XI Seminário Anual da ANPTUR; (2014)

[2] Carta de princípios da Economia Solidária; Fórum Brasileiro de Economia Solidária; IIIPlenária Nacional da Economia Solidária; (2003)

[3] Paul Singer; Introdução à economia solidária; Fundação Perseu Abramo; (2002)

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4.15 AS DIFICULDADES NA PRODUÇÃO DE UM ARTIGOCIENTÍFICO.

Autores: JOSIANE CORREIA DE SOUZA CARVALHO, LEONARDO HENRIQUE DEANDRADE BENTO DO NASCIMENTO, FRANCIELE IMACULADA COUTINHO,

LAURA REGINA DIAS VIEIRA DA SILVA, JÉSSICA TOMAZ DE PAIVA, MARIANA DESOUZA GONÇALVES


Resumo: O presente artigo tem como objetivo observar quais as di�culdades e facilidades que residemna criação de um artigo cientí�co no meio acadêmico. O estudo empírico e de caráter qualitativo, foirealizado na Universidade Federal de Alfenas, campus Varginha-MG. Foram feitas entrevistas com osdiscentes do instituto, questionando-os sobre a maior facilidade e a maior di�culdade na produção doartigo cientí�co e a justi�cativa de cada resposta. A análise das informações obtidas deixou evidente adi�culdade dos alunos em diversas etapas da criação, sendo que a discussão destacou-se. A facilidadese dispersou em todas as etapas também, mas a conclusão foi a resposta da maioria dos alunos. Ajusti�cativa para tais opiniões foram diversas e pessoais, entretanto a di�culdade de argumentação foimuito citada. Além de expor os problemas, o presente estudo, de acordo com as maiores di�culdadesapontadas, apresenta sugestões visando auxiliar o aluno neste tipo de produção textual.

Referências:[1] Gerenice de Oliveira Cortes; O gênero artigo cientí�co e os manuais didáticos acadêmicos:

um olhar sobre as propostas de ensino; Uniletras; Ponta Grossa, volume 31, número 2, páginas55-74 jul/dez; (2009)

[2] Raquel Leite Saboia da Costa; A organização retórica do gênero artigo experimental emcomunidades disciplinares distintas; Fortaleza, Entrepalavras, ano 2, Volume 2; (2012)

[3] Désirée Motta-Roth, Graciela H. Hendges; Produção textual na universidade; São Paulo,Parábola Editorial, (2010)

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4.16 CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA LRF E A LOA: AMORATÓRIA DA DÍVIDA PÚBLICA E O IMPACTO NA

REALIZAÇÃO DE PROGRAMAS SOCIAIS EINVESTIMENTOS PÚBLICOS

Autores: ROSSI HENRIQUE CHAVES, FERNANDA VENTURATO ROQUIM


Resumo: A aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que passou a vigorar a partir de2000, signi�cou a garantia de mecanismos de controle com os quais seria possível exigir do poderpúblico uma ação mais delineada e transparente, possibilitando assim, uma prevenção de riscoseconômicos. O objetivo principal é garantir o equilíbrio das contas públicas através do cumprimentode metas de resultados �nanceiros, em outras palavras, buscar paridade entre receitas e despesas. Osinstrumentos preconizados pela LRF para planejar o gasto público são: o Plano Plurianual (PPA),Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). Com a LRF teve-se apreocupação de impor limites ao endividamento público, principalmente devido ao aumento da dívidana década de 90, e também pela pressão advinda do FMI para a quitação da mesma. Portanto foiestabelecido em lei que a dívida pública não deverá ultrapassar o limite máximo de 2 vezes a ReceitaCorrente Líquida para os estados, para os municípios 1,2 vezes. Também para os municípios quepossuem excesso de endividamento, foi estipulado o prazo máximo de 15 anos para corrigirem, prazoque está se esgotando na prática este ano. Por um lado a elaboração da LRF signi�cou um avanço nocontrole das �nanças públicas, principalmente no que tange a transparência, permitindo uma maiorinserção social no controle orçamentário. Por outro como podemos ver na referência 2, esta mesma leitem garantido grandes quantias da arrecadação total da União para amortização e juros da dívidaexterna, o que pode acarretar cortes abusivos nos gastos com programas sociais e investimentos.Portanto o objetivo deste trabalho é analisar qual o impacto da aprovação da LRF no país através dodemonstrativos da LOA, dentre outras informações. A lei orçamentária anual (LOA) estima asreceitas que o governo espera arrecadar durante o ano e �xa os gastos a serem realizados com taisrecursos. A análise da LOA, neste trabalho, ocorreu através de orçamentos de execução de despesapor grupo de despesa (GND) nos anos de 2001 até a previsão para 2015 disponibilizados na referência3. Foi construída uma tabela organizando o montante efetivamente pago em reais com despesa depessoal e encargos sociais; juros e encargos da dívida; investimentos; e amortização/re�nanciamentoda dívida no horizonte temporal previamente citado. A �m de se corrigir quaisquer in�uencias dain�ação na análise em questão foi de�nido para esta pesquisa um coe�ciente de�ator, baseado noÍndice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) de frequência anual, para cada ano do orçamento.Em média, dentro dos anos analisados, os gastos com pessoal e encargos sociais conjuntamente cominvestimentos representam 11,83% do total de despesas da união, enquanto que a soma dos juros,encargos, amortização e re�nanciamento da dívida representam 50,82%. Cronologicamente, o gastocom pessoal e encargos sociais aumentou de R$ 68 bilhões em 2001 para aproximadamente R$ 237bilhões em 2014, fato esperado, dado que a população também cresceu, demandando maior quantia.O gasto com juros e encargos da dívida passa de R$ 56 bilhões em 2001 para R$ 192 bilhões em 2015,crescimento de 242,85%. Gastos com investimento teve seu pico em 2012, com total de R$ 22 bilhões,mas que ainda assim representa uma parcela muito pequena do orçamento total (1,25%).Amortização e re�nanciamento da dívida teve um comportamento crescente. Em 2001 foi amortizadoo equivalente à R$ 295 bilhões enquanto que em 2015 a previsão é que seja amortizado R$ 747bilhões, crescimento de 252,22%. Em 2015 tal valor é equivalente à aproximadamente 4 vezes omontante gasto com encargos sociais no mesmo ano. A dívida pública acumulada pelo Brasil até osdias de hoje, tem como uma de suas causas a sua relação com o FMI. Tal fundo tem comocaracterística conceder empréstimos aos seus países membros que estejam passando por di�culdades

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na balança de pagamentos. A relação entre Brasil e FMI tem início efetivamente em 1982, e foiconcretizada em março de 1983 com a realização de uma série de acordos de �nanciamento externo,principalmente entre as décadas de 80 e 90. O problema maior é que o Brasil não tem cumprido ascláusulas desta relação, quitando apenas parte dos dividendos, acumulando juros ou realizandore�nanciamento da dívida. Também postergam uma auditoria da dívida, fato que con�ita com oquesito transparência da LRF fato este ressaltado na referência 1. A LRF surgiu em um contextointerno de aumento da dívida pública. Existia forte pressão externa por parte dos bancosestrangeiros, em sua grande maioria norte-americanos, para que os gastos públicos fossem controladose o pagamento dos credores fosse garantido. Este ato levou o até então presidente Fernando HenriqueCardoso a renegociar grande parte da dívida pública advinda da década de 80 e criar a Lei deResponsabilidade Fiscal. O intuito era controlar as �nanças públicas, garantindo a disponibilidade derecursos para o pagamento da dívida pública. Vale ressaltar também que durante o governo FHC adívida se agravou, impulsionada pelas políticas de combate à in�ação, com altas taxas e juros eafastamento de investimentos externos. Em agosto de 2009 foi instalada uma Comissão Parlamentarde Inquérito (CPI) com o objetivo de apurar a dívida pública da União, dos estados e dos municípios,acompanhando o pagamento de juros da mesma. O trabalho realizado por essa CPI, concluiu entreoutras coisas, que esse processo de endividamento brasileiro possui diversas ilegalidades eilegitimidades, tais como a aplicação de juros sobre juros, que é considerado ilegal pelo SupremoTribunal Federal. Também foram apresentados números que demonstram que a taxa de juros passoude 6% para 20,5% ao ano, crescimento este que impossibilita a quitação da dívida. Sob a ótica daanálise das �nanças públicas realizadas no presente artigo, não observou-se um dos principaisprincípios da LRF: o �m das dívidas públicas no âmbito da União. Este fato não ocorre por escassezde recurso dedicados ao pagamento da mesma, pelo contrário, a cada ano, desde a criação da LRF em2000, o país tem garantido montantes cada vez maiores do total arrecadado para pagamento destadívida. E o aumento deste montante consequentemente gera redução dos recursos disponíveisdestinados à programas sociais e investimentos, colocando em risco o bem estar de sua população.Observa-se então que a não amortização da dívida é ocasionada pelas regras e condições impostas,em sua maioria, pela inciativa de bancos privados que assim, ditam como e qual a quantia que aUnião deve pagar, visando interessem privados e não públicos. Sinalizar para uma revisão dos limitesimpostos pela LRF no campo do �nanciamento público, não signi�ca defender a atuação do governoem um cenário de dé�cit e nem que os mesmo devam rejeitar mecanismos que encorajem o equilíbrioorçamentário, mas sim, evidenciar que por traz dessa ideia de um rígido equilibro orçamentárioexistem muitas consequências para o campo das políticas sociais, principalmente no que tange osestados e municípios, onde os recursos são escassos. As alternativas de investimento nesse quadro�nanceiro quase sempre estão em fontes como empréstimos e �nanciamentos, que em sua grandemaioria esbarram nos limites impostos pela LRF. Nesse sentido, observa-se que, inicialmente, acriação da LRF signi�cou um grande avanço na gestão pública das �nanças, entretanto, tal lei temestabelecido enormes di�culdades para a aprovação de quaisquer propostas legislativas que impliquemem aumento de gastos sociais. É preciso reconhecer também que um dos pilares da LRF, atransparência �scal, é essencial, porque implica aos entes públicos o planejamento e a divulgação derelatórios minuciosos aos órgãos de �scalização, o que acaba estimulando o controle social das�nanças públicas. Foi através deste pilar de transparência que pudemos obter dados no qualbaseamos esta pesquisa, demonstrativos da LOA disponíveis no site do senado federal através dareferência 3.

Referências:[1] Maria Lucia Fattoreli; Auditoria Cidadã da Dívida dos Estados; Inove Editora; (2013)[2] César A. Guimarães Pereira; O endividamento público na lei de responsabilidade �scal;

Revista Diálogo Jurídico; número 10; (2002)[3] Senado Federal, Sistema SIGABRASIL; Sistema SIGABRASIL: Lei Orçamentária

Anual; Disponível online na página do Senado Federal; (2015)

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4.17 CONSIDERAÇÕES SOBRE A TIPOLOGIA DASMICRORREGIÕES BRASILEIRAS NAS POLÍTICAS

NACIONAIS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL- PNDRI (2007) E PNDR II (2012)

Autores: MARIELLE JACINTA PEREIRA COSTA, THIAGO CALIARI SILVA


Resumo: INTRODUÇÃO: No contexto brasileiro no �nal dos anos 1990, os elementos de gestãotambém foram direcionados para desenvolver as potencialidades locais e regionais. Conforme(GOULART, 2006) devido a um novo molde institucional proposto na Constituição brasileira de 1988e o processo de descentralização das políticas públicas somado às discussões teóricas emergentes, olocal passa a interessar a pesquisadores, formuladores de políticas e governantes brasileiros. APolítica Nacional de Desenvolvimento Regional-PNDR foi instituída basicamente em 2005 e seformalizou pelo decreto no 6.047, de 22 de fevereiro de 2007, representado um marco teórico e legalpara que as políticas públicas se voltassem para esferas territoriais e regiões prioritárias. Na políticaas regiões recebem a tipologia de sub-regiões de alta renda, baixa renda dinâmicas ou estagnadas.Essa política pretende promover o desenvolvimento e por meio de atividades produtivas distribuídasno território, priorizando as áreas de�nidas como dinâmicas ou estagnadas. (BRASIL, 2007a) Diantedessa nova dinâmica descentralizadora das políticas de desenvolvimento regional, o presente trabalhopretende tecer considerações sobre as tipologias criadas para enquadrar as microrregiões brasileirasem grupos de interesse das políticas de desenvolvimento local. Neste sentido é tomada comodirecionamento a Política Nacional de Desenvolvimento Regional-PNDR I estabelecida em 2007 e suafase II estabelecida em 2012. Pretende-se constatar se as políticas não podem estar generalizandoessas microrregiões com essas tipologias e priorizando algumas variáveis em detrimento de outraspodendo oferecer entraves à devida aplicação da política pública. AS POLÍTICAS PÚBLICAS DEDESENVOLVIMENTO REGIONAL NO BRASIL As políticas públicas de desenvolvimento locale/ou regional partem de uma descentralização do poder, agregando atores institucionais ao processo.No Brasil, a descentralização institucional pretendida pelo Estado em novas Políticas deDesenvolvimento como a PNDR I e a PNDR fase II, recentemente apresentada, demonstra umaintenção em redistribuir a administração dos programas, políticas e ações entre as organizações deadministração pública com abrangências macro e microrregionais. Diante disso é possível observarque: �A ênfase nas demandas locais é um deslocamento importante, diante de nossa evidente tradiçãoofertalista em políticas públicas, ligada ao centralismo, ao estatismo e ao clientelismo.� Silveira (2008,p. 61). A valorização das diversidades existentes no território e sua dimensão nas ações são pontospositivos na PNDR, mas pela complexidade presente nas instâncias macro e microrregionais a leituramerece visão ainda mais detalhada para analisar como as políticas se dialogam com contexto local.Sobre estudos como o aqui proposto Simões; Cunha ( 2010, p. 8) a�rmam que na última décadapodemos notar uma tendência mundial de se aprofundar o estudo de avaliação de políticas públicas.Tal aprofundamento dá-se em vários níveis, sendo o esforço de construção de novas metodologias � eaperfeiçoamento de antigas � um dos mais notáveis. No sentido das regiões enquanto instrumentos deação, os programas regionais demonstram a �nalidade de marcar a presença de nova abordagem daPNDR no Brasil e servir de instrumento que o Ministério da Integração Nacional dialogue com outrasações governamentais, principalmente com as do Governo Federal. A PNDR busca o estabelecimentode tomadas de decisão amplas, em que as tipologias propostas devem ser consideradas comobjetivamente na de�nição das prioridades e também para orientar a distribuição dos recursos.(BRASIL, 2007a) METODOLOGIA O presente trabalho é de natureza documental, onde foramcoletados dados por meio de documentos o�ciais publicados pelo Ministério da Integração Nacional(MI), especi�camente a PNDR I (2007a) e PNDR II (2012) que constituíram o corpus principal. A

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análise foi conduzida pelo método de análise do conteúdo da PNDR I, seguindo a orientação daanálise categórica ou temática de Bardin (1979). Buscou-se, delimitar os núcleos de sentido dasTipologias propostas pelas políticas e suas categorias sendo as que as microrregiões foramsubdivididas em quatro grupos seguindo uma hierarquia: (1) alta Renda, (2) dinâmicas, (3)estagnadas e (4) baixa renda. ANÁLISE DE RESULTADOS A Política Nacional de DesenvolvimentoRegional- PNDR em sua fase I, proposta em 2005, elaborou uma tipologia que classi�cou as 557microrregiões do Brasil de acordo com cruzamento de dados sobre o rendimento domiciliar médio ecrescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capta em quatro regiões que apresentam questõesem comum ou que se mostram frequentes. Como resultado do cruzamento entre dados sobre orendimento domiciliar médio/hab. em reais e sobre a constante de 2000 (IPEA/PNUD), Produtointerno Bruto (PIB) municipal médio Trienal 1990/1992 em reais com base na constante de 2002(IPEA), PIB municipal médio trienal 2000/2002 também com a constante em de 2002 em reais(IBGE) e sobre o valor da cesta básica média em 2000 (DIEESE) obteve a classi�cação em regiões de,alta renda (1) e dinâmicas (2) e estagnadas (3) e baixa renda (4) . Segundo a PNDR I (BRASIL,2007a) as regiões prioritárias para atendimento da política serão aquelas consideradas de baixa renda,dinâmicas e estagnadas, uma vez que, as regiões de alta renda possuem recursos e condições desuperarem a pobreza, um dos objetivos da política. As desigualdades regionais são reconhecidas naPNDR, porém também se estabelecem nas diferenças sociais, climáticas e econômicas. Desta forma,as políticas de desenvolvimento buscaram atingir regiões especí�cas como a Nordeste, Centro-Oeste ea Amazônica no âmbito das superintendências de desenvolvimento como a Superintendência deDesenvolvimento do Nordeste-SUDENE. Apesar desse nível macrorregional ainda no século XIX aquestão regional era vista como problema no território brasileiro. Diniz (2009, p. 233) acrescenta: Apreocupação com o problema regional no Brasil esteve presente desde o século XIX, embora nãotivesse essa denominação, em função das consequências sociais das secas, no Nordeste, e danecessidade de controle do território da Amazônia, como retratam as várias comissões e tentativas depolíticas realizadas desde aquele século. Pudemos inferir que para organizar os grupos demicrorregiões, a PNDR (2007) considerou as características ligadas aos rendimentos, as dinâmicaseconômicas, o grau de urbanização, a abrangência territorial, a concentração da população e oProduto Interno Bruto (PIB) entre 1990 e 2002. No entanto, percebe-se que a para criar a tipologia aPNDR I prioriza variáveis que conferem dinamismo às regiões, mas, ao se reconhecer apenas essasvariáveis generaliza as microrregiões � MRs nesses grupos, uma vez que, dentro das MRs de altarenda podem haver espaços de baixa renda, então a política poderia deixar de incluir microrregiõesprioritárias ou incluir áreas que não são prioritárias em políticas públicas, uma vez que, as regiões dealta renda são colocadas fora da agenda de prioridades das políticas. Não considerar a renda percapta e desconsiderar as questões de ordem social que às acarretam pode-se deixar de consideraralgumas variáveis importantes para se compreender as desigualdades regionais: Na PNDR IIconsolidada em 2012, a tipologia é retomada e a variável renda per capita/PIB são consideradas paradeterminar as microrregiões eleitas como prioritárias. Segundo a PNDR (2012, p. 6): �No que serefere aos critérios de elegibilidade da política, a PNDR constrói uma Tipologia baseada no nível derenda domiciliar per capita e na variação do PIB em escala microrregional.�. Há também umadi�culdade em delimitar essas regiões conforme a categoria extensão territorial ou pouca precisãoquanto às características do crescimento econômico e da urbanização das mesmas. Como adiversidade regional é considerada pelas politicas as mesmas precisam ter o cuidado para nãosimpli�ca-las ou limitar as escalas de atuação da política levando-se em conta a priorização. Destaforma, a PNDR II propõe a inclusão de algumas variáveis que possibilitassem �a partir do quadrobásico, um aprofundamento do conhecimento sobre a dinâmica regional naqueles espaços, de forma acontribuir com a discussão das políticas especí�cas.� (BRASIL, 2012, p. 14). CONSIDERAÇÕESFINAIS Pelo que aqui foi apresentado, as questões regionais estão vislumbradas nas novas políticasde desenvolvimento que se consolidam após os anos de 1990, principalmente por meio de algumaspolíticas que pretendem-se descentralizadoras das ações estatais. Neste contexto, a Política Nacional

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de Desenvolvimento Regional-PNDR I (2007) mostra, em seu escopo, que a redução dasdesigualdades entre as regiões é um caminho para o desenvolvimento, voltando suas medidas para odesenvolvimento local/regional. Desta forma, a política supracitada pretendeu na sua primeira fasecriar uma tipologia que classi�que as microrregiões brasileiras e que possam orientar as políticasfederais e oferecer contribuições às políticas em esfera local. No entanto, pudemos perceber que podeser um trabalho minucioso classi�car regiões tão diversas e suas demais microrregiões por gruposconsiderando que as variáveis escolhidas correm o risco de simpli�car, generalizar ou defenderparâmetros de atuação das políticas públicas que muitas vezes podem excluir algumas áreas elegíveispelas políticas públicas em detrimento de outras. Na PNDR II, há um reconhecimento danecessidade de se encontrar novas variáveis para entender de forma mais profunda as regiões, noentanto nos revelam que o processo de construção dessas tipologias, da classi�cação e doentendimento da realidade regional no Brasil que ainda está em consolidação.

Referências:[1] BRASIL, Ministério da Integração Nacional, Secretaria de Políticas de Desenvolvimento

Regional, Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura; Política Nacional deDese

[2] Laurence Bardin; Análise de conteúdo; Lisboa, Edições 70; (1979)[3] Luis Henrique Pires; A descentralização do poder e a regionalização das soluções:

instrumentos de promoção do desenvolvimento local/regional; In: Ladislau Dowbor, MárcioPochmann; Políticas para

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4.18 CULTURA UNIFAL-MG, CAMPUS VARGINHA

Autores: LAYMA MELO DE BRITO, EDUARDO JOSE VIEIRA


Resumo: Resumo: O projeto Cultura Unifal, campus Varginha busca, por meio da promoção edifusão de atividades culturais, promover uma maior interação da comunidade acadêmica com acomunidade externa à universidade. Ao organizar e incentivar eventos culturais, tanto no ambienteacadêmico, quanto no ambiente externo, o projeto intensi�ca o relacionamento entre a universidade ea comunidade local. Com essas atividades, o projeto viabiliza a realização de ações culturaisrevestidas do caráter extensionista, considerando Cultura como uma área de atuação da Extensão,conforme determinado pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades PúblicasBrasileiras [1]. Antes do projeto, não havia articulação entre as iniciativas de realização de eventosculturais no campus. Tratava-se, na maioria das vezes, de atividades isoladas de diferentes grupos dealunos e projetos. Esse isolamento determinava quase sempre a insu�ciência da infraestrutura e opouco alcance das atividades. Com a criação do projeto Cultura Unifal, campus Varginha foi dadoapoio à execução de atividades culturais, tanto propostas por alunos, quanto propostas por outrosprojetos de Extensão. Como exemplos, destacamos o apoio dado ao desenvolvimento da O�cina deForró, atividade de iniciativa dos alunos que antecede a criação do projeto, e a interação com o Clubede Trocas da Unifal, projeto vinculado à Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares daUnifal-MG (ITCP/Unifal-MG). A O�cina de Forró passou a ter apoio na realização das o�cinas, bemcomo na sua divulgação. Foi facilitada ainda a interação com grupos de outras universidades, como oGrupo Forrozeiros de Lavras, da Unilavras, que visitou o campus Varginha e recebeu, em Lavras-MG,a visita de nossos alunos. Já o Clube de Trocas contou com apoio na realização das atrações culturaispresentes em cada encontro. Ainda atendendo aos objetivos do projeto, foram inseridas atividadesculturais na programação de eventos acadêmicos realizados no câmpus. Foram realizadas exposições,apresentações musicais e teatro. Dentre as atividades de apoio a eventos, destaca-se a colaboração noFestival de Artes e Interações Socioculturais-FAISCA, realizado no mês de setembro nas três cidadesonde existem campus da Unifal-MG. Neste evento, foram disponibilizadas várias o�cinas eapresentações no próprio campus e em áreas externas a universidade, visando maximizar a interaçãoentre a comunidade acadêmica e externa. Com esse conjunto de atividades, acredita-se que o projetotenha alcançado seus objetivos, embora necessite de um maior esforço para ampliação do número deatividades, ampliação do público atendido e, especialmente, maior participação do público interno eexterno nas atividades realizadas dentro do câmpus. Financiamento: Probext/2015 � Pró-Reitoria deExtensão da Unifal-MG.

Referências:[1] FÓRUM DE PRÓ-REITORES DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS;

Extensão Universitária: Organização e Sistematização; Belo Horizonte, COOPMED; (2007)

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4.19 DESENVOLVIMENTO DE INTERFACE GRÁFICA VIA RPARA APLICAÇÃO DE TESTES DE HIPÓTESES SOB

MÉDIAS

Autores: THAIS BRENDA MARTINS, DEIVE CIRO DE OLIVEIRA


Resumo: O teste de hipótese é um procedimento estatístico, usado quando se pretende tomar a decisãode aceitar ou rejeitar uma a�rmação, ou hipótese, sobre parâmetros de uma população. A decisão seum medicamento é efetivo, uma metodologia de ensino é mais e�ciente do que outra ou se deve-seinvestir em um fundo A ou B são exemplos de aplicação. Os testes são importantes para avaliar aprobabilidade de se cometer erros ao tomar uma decisão. Por ser uma ferramenta fundamental, é precisoter cuidados ao escolher qual teste aplicar. Testes de mesma �nalidade podem exigir diferentes graus derigorosidades em termos de pressuposições. Exemplos são o Teste t, Teste dos Sinais, Teste F, Teste deKruskal-Wallis, entre outros. Algumas ferramentas computacionais automatizam a aplicação de testes.Por vezes são linguagens que exigem um grau de conhecimento por parte do usuário. Em outros casosas ferramentas com interface prejudicam a funcionalidade. Para minimizar estas di�culdades o objetivodesse trabalho foi desenvolver uma ferramenta com interface grá�ca que automatize a escolha e apliqueos testes adequados sobre as amostras fornecidas pelo usuário. Segundo Triola (1998) hipóteses sãoa�rmações sobre os parâmetros de uma população. São formuladas duas a�rmações complementaresdenominadas como hipótese nula (H0) e hipótese alternativa (H1). Os testes são aplicados de formaa confrontar a hipótese testada com os dados observados. Ao escolher entre aceitar ou rejeitar umahipótese podemos cometer erros. O erro tipo I é quando se rejeita a hipótese nula sendo que a mesmaé verdadeira e o erro tipo II é quando se aceita a hipótese nula e a mesma é falsa. Os testes sãoaplicados de forma a aferir as probabilidades destes erros. Nesse trabalho, consideram-se hipótesesde comparações sobre as médias de duas amostras. A hipótese nula avaliada é igualdade de médiasde duas populações. Podemos realizar dois tipos de testes: os paramétricos e os não-paramétricos.Os testes paramétricos são restritos a situações onde se tenha mais conhecimento (ou pressuposiçõessobre a população). Em geral considera-se as populações das amostras como normais. Já os testesnão-paramétricos não dependem da condição de normalidade das amostras para serem aplicados. Paraaplicação de testes paramétricos, primeiro deve-se testar a normalidade das amostras, e se assumidaa condição de normalidade, então aplica-se o teste adequado. Se for assumida a condição de nãonormalidade, é necessário optar por um teste não-paramétrico. Para testar a igualdade das variânciasde duas amostras, pode-se usar um teste paramétrico ou não paramétrico, neste caso, o Teste F ouo Teste Kruskall Wallis, respectivamente. Mas deve-se lembrar que o teste paramétrico pressupõe anormalidade das amostras. No que se refere a testes sobre igualdade de médias de duas amostras,pode-se usar o Teste T como teste paramétrico ou Teste do sinal com postos de Wilcoxon, no caso dasamostras não serem de distribuição normal, sendo este o teste não-paramétrico. Para o desenvolvimentodeste trabalho foi utilizada a linguagem de programação R (R Core Team, 2014), uma linguagemde programação interpretada, que foi desenvolvida por Ross Ihaka e Robert Gentleman, a partir danecessidade de ambos professores de desenvolver um software para dar aulas de estatística, mas quefosse gratuito. Eles se basearam na linguagem S para desenvolver o R que é um ambiente paracomputação estatística e grá�cos com uma ampla variedade estatística (linear e modelagem não-linear,testes estatísticos clássicos, análise de séries temporais, classi�cação, clustering) e técnicas grá�cas. Ostestes de hipóteses podem ser implementados com a utilização desta linguagem, através de linhas decomando. A aplicação destes testes pode ser facilitada com o desenvolvimento de uma interface grá�cado usuário, a GUI (Graphical User Interface). Esta interface pode ser composta por widgets (menus,botões, caixa de texto, barra de rolagem, barra de progresso, rótulos, entre outros). Eles permitema interação do usuário com o programa sem precisar utilizar a linha de comando, apenas inserindo

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seus dados e/ou clicando em botões. A Tcl/Tk (R Core Team, 2014) é uma biblioteca de interfacessob a linguagem R, na qual foi desenvolvida a ferramenta. Um exemplo de interface criada sobreessa biblioteca é o neaGUI, pacote do R para realizar a análise de enriquecimento de rede (Pramanaet al., 2013). A ferramenta desenvolvida, primeiramente, testa a normalidade das duas amostras,caso não haja normalidade, aplica-se o Teste de Wilcoxon. Se o teste de normalidade resultar emamostras normais veri�ca-se então a igualdade de variâncias através do Teste F, e depois aplica-seo Teste t, considerando o resultado do Teste F, a igualdade ou não das variâncias. A ferramentaemite um relatório dos testes realizados e histogramas das amostras. E pode ser considerada comoum auxílio signi�cante para usuários leigos em testes de hipóteses, que desejam realizar os mesmos, aferramenta poupa tempo e trabalho dos usuários. A di�culdade encontrada durante o desenvolvimentodeste trabalho, foi no estudo da biblioteca Tcl/Tk por não existir uma documentação completa eexempli�cada dos recursos disponíveis da mesma. Como perspectiva de trabalhos futuros, tem-sea adição de funcionalidades que incorporem e automatizem a aplicação de diferentes testes sobrediferentes pressuposições. E a realização de um processo de avaliação da ferramenta quanto ao graude usabilidade e possíveis incrementos pra melhoria da mesma.

Referências:[1] S. Pramana, Woojoo Lee, y. Pawitan; neaGUI: An R package to perform the network

enrichment analysis (NEA); [S.l.]; (2013)[2] R Core Team; R: A language and environment for statistical computing; R Foundation

for Statistical Computing, Vienna, Austria; (2013)[3] Mario F Triola; Introdução à Estatística; Rio de Janeiro, Editora JLC; (1998)

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4.20 DIVULGANDO A UNIFAL-MG

Autor: ALINE DE ASSIS GUEDES PEREIRA


Resumo: Através do Projeto pretende-se mostrar aos alunos do Ensino Médio da região a realidadeda Universidade, proporcionando um melhor conhecimento sobre o ENEM, suas formas de ingresso,e dos cursos oferecidos na UNIFAL-MG para que assim eles tenham uma visão ampla e conscientedo papel da universidade na sociedade e sintam-se motivados a ingressar no ensino superior federal.Além disso, pretende-se promover o amadurecimento dos universitários em relação às ações sociais,no desenvolvimento de habilidades de comunicação e de expressão e no trabalho baseado na tríadeEnsino, Pesquisa e Extensão. Neste sentido a primeira etapa do projeto foi elaborar a estrutura e omaterial a ser utilizado durante as etapas de seu desenvolvimento. O projeto se divide em três fases:Ensino, Extensão e Pesquisa. A primeira fase é caracterizada pela capacitação dos universitários,onde eles leram e resenharam textos sobre o assunto e discutiram com os coordenadores, em encontrospré-determinados. Na segunda fase os graduandos receberam o material a ser utilizado, elaboradopelos coordenadores, sendo eles: apresentação de power point, folder institucional de apresentaçãoda Universidade Federal de Alfenas e questionários. E com isso iniciou-se a aplicação do projeto nasescolas de Ensino Médio com uma palestra a qual mostra o funcionamento do ENEM, as formas deingresso nas IES, os cursos oferecidos na UNIFAL-MG e o campo de atuação e o mercado de trabalhodos bacharéis em Ciências Econômicas, Administração Pública e Ciências Atuariais, uma palestramotivacional e instrutiva. E, por �m, a terceira fase, ainda não concluída envolverá a sistematização dasinformações e conhecimentos recolhidos na fase de extensão e a avaliação do impacto e dos resultadosdas intervenções. Para isso, serão utilizados os questionários que foram aplicados antes da palestra, comobjetivo de coleta de informações mais detalhadas sobre o conhecimento que os acadêmicos possuíamsobre o tema abordado, e após o término da palestra, com o objetivo de identi�car se a palestra ajudouos acadêmicos com relação ao tema abordado. Devido ao fato de que o projeto ainda não foi concluídonão é possível mostrar todos os resultados obtidos, mas percebeu-se que mesmo com a UniversidadeFederal de Alfenas e suas duas unidades estarem próximas às cidades em que foi desenvolvido o projeto,a maioria dos alunos não tinham conhecimento de sua existência e nem mesmo dos cursos oferecidos.Além disso, também observou-se que os alunos muitas das vezes não tinham conhecimentos nemmesmo das Universidades Federais, bem como suas formas de ingresso e seus programas de assistênciaestudantil. Por esses motivos tais alunos acabam desistindo dos estudos ou optando pelas faculdadesparticulares. Através do desenvolvimento parcial do projeto foi possível perceber que as intervençõesem escolas públicas serão capazes de proporcionar aos estudantes do ensino médio o conhecimento sobreo ENEM e sobre a UNIFAL-MG, estimulando-os a ingressar em uma Instituição Federal de EnsinoSuperior e proporcionando maior conhecimento sobre os cursos ofertados.

Referências:[1] ZAGO, N; Do acesso à permanência no ensino superior: percursos de estudantes

universitários de camadas populares; Revista Brasileira de Educação, volume 11, número 32,páginas 226-237; (2006)

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4.21 ECONOMIA SOLIDÁRIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARAO DESENVOLVIMENTO LOCAL.

Autores: CAMILA ROQUE FERREIRA PINHEIRO, ANA CAROLINA GUERRA


Resumo: Atualmente, o cenário em que os indivíduos se deparam caracteriza-se pela má distribuiçãode riquezas, acumulação de capital nas mãos de poucos, situações precárias de trabalho e desemprego,onde grande parte da sociedade se encontra a margem do sistema capitalista. Como um mecanismopara abrandar essas características provenientes do sistema capitalista, tem-se a Economia Solidária,proposta alternativa e transformadora que visa organizar as relações sociais e de trabalho, bem como,uma nova proposta de desenvolvimento. De acordo com França Filho e Laville (2004) apud BORBAet al (2010), a Economia Solidária se contrapõe ao modelo capitalista vigente e de enxergar as relaçõesde mercado, que tem como fundamento de exercício a autogestão, a democracia, o comércio justoe solidário, novas práticas de consumo consciente, a cooperação, a coletividade e a valorização doser humano. Entre as entidades que dão suporte à essas ações, estão as Incubadoras Tecnológicasde Cooperativas Populares � ITCPs, presentes em várias universidades brasileiras, atuando para aconsolidação de Empreendimentos Econômicos Solidários � EES, proporcionando assim, a geração detrabalho e renda sob uma nova organização de trabalho, autogestionária. Dentre as ITCPs, tem-se aITCP da Universidade Federal de Alfenas (ITCP/UNIFAL-MG), que surgiu em 2010, sendo constituídapor uma equipe multidisciplinar de professores e alunos, a partir de uma metodologia própria deincubação. Entre os seus EES incubados está a Associação Terra do Biscoito, do município de Areado-Minas Gerais. Nesse contexto, este resumo objetiva relatar as ações da Associação Terra do Biscoito,bem como, veri�car as possíveis contribuições para o desenvolvimento local de Areado-MG. O municípioé conhecido culturalmente pela produção de biscoito de polvilho em fornos de barro, provocando umimpacto signi�cativo na complementação da renda dos produtores rurais, e em razão dessa cultura,o município é conhecido como a �Terra do Biscoito�. Embora haja essa cultura, o município temenfrentado contratempos como a falta destes, acarretando em uma progressiva perca da identidade e dacultura areadense. Dessa maneira, pela representatividade socioeconômica que o biscoito proporcionaao município, e com o propósito do resgate histórico, surgiu uma proposta de consolidação da associaçãoacima referida, formada por agricultores, artesãos e produtores de biscoito, num total de 45 pessoas,com intuito de geração de trabalho e renda e estímulo ao desenvolvimento local. O processo deincubação do Associação Terra do Biscoito ainda se encontra em desenvolvimento, já que está sendorealizado cursos para formalização e consolidação do EEE e por consequência, os resultados são parciais.No entanto, alguns resultados já podem ser salientados, como a realização da Primeira e Segunda Festado Biscoito de Areado, onde os associados colocaram fornos de barros na praça e a produção foi realizadanaquele local. Essa festa é importante, já que houve uma divulgação da associação contribuindosigni�cativamente para o desenvolvimento da mesma, bem como, a busca da identidade e da culturado biscoito do município, caracterizando-se assim, como uma estratégia de desenvolvimento local.Ademais, os associados participaram da 6a Festa do Marolo, no município de Paraguaçu-MG, com ointuito de estabelecer parcerias com os municípios vizinhos, divulgar e comercializar seus produtos,proporcionando a consolidação do desenvolvimento local da região. Além dos cursos de formaçãosocioeconômica e política (oferecidos pela ITCP/UNIFAL�MG), a associação vem promovendo cursosvoltados para a produção agrícola, culinária e artesanatos. A �nalidade desses cursos é ampliar aárea de atuação da associação para a consolidação da proposta de desenvolvimento local, assim comoa inserção de novos moradores de Areado e região na associação. De acordo com essas ações, aAssociação Terra do Biscoito vem demonstrando expressivos avanços em relação ao resgate da culturae identidade do biscoito de Areado, e a própria geração de trabalho e renda, já que agora não há faltados Biscoitos para os turistas e a população. A festa, por exemplo, contribui para o desenvolvimentodo município por meio da movimentação do comércio. Desta maneira, observa-se que a Economia

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Solidária, e a atuação da ITCP/UNIFAL-MG oferecem subsídios para o desenvolvimento de EES,como a Associação Terra do Biscoito. Essas experiências objetivam a promoção do desenvolvimentolocal, em especial em municípios pequenos, que em sua maioria não possuem altas arrecadações, econsequentemente, economias desenvolvidas. Portanto, há que se pensar na busca da consolidaçãode experiências dessa natureza, assim como o incentivo às ferramentas e práticas de desenvolvimentolocal.

Referências:[1] BORBA E.L et al; Economia Solidária e Cidadania; VII SEGeT; (2010)

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4.22 ESTADO CAPITALISTA E DEMOCRACIA: MARXISMO EEMANCIPAÇÃO

Autores: ROSSI HENRIQUE CHAVES, GUSTAVO SILVA NORONHA


Resumo: O Estado capitalista contemporâneo é caracterizado, por diversos autores e pela opiniãopública, pela instituição e pelo avanço da democracia, principalmente quando analisamos nohorizonte temporal os períodos históricos que os antecedeu, partindo do regime oligárquico feudal,passando pelo regime monárquico liberal e chegando no Estado capitalista, assistimos à consolidaçãoda democracia representativa e do sufrágio universal, como se signi�cassem o avanço pleno dademocracia. O ideal liberal no âmbito do discurso, estimulou a liberdade dos que antes estavamsubjugados à servidão. Porém, para o autor da referência 3 a verdadeira democracia, enquantoentendida como esse instrumento de ação coletiva (no sentido de transformação social), seria possívelapenas com a ascensão da intervenção da classe trabalhadora na política, a tal ponto que a dimensãosocial e a política fossem incorporadas como aspectos de unidade de ação, a simples existência doEstado não garante a verdadeira democracia, Marx ressalta que inclusive o Estado possui sériascontradições com a sociedade civil e que na verdadeira democracia ele tende a desaparecer, averdadeira democracia ressaltada na referência 3 �é conteúdo e forma�, ou seja, ela é muito além daconstituição do Estado, é também ação social. Este artigo busca confrontar as ideias deBresser-Pereira quanto a formação do Estado democrático capitalista contemporâneo com as ideiasde autores marxistas. Para Bresser-Pereira, no Estado capitalista contemporâneo, a burguesia,mesmo que continue sendo a classe dominante, agora, compartilha poder e privilégios com a classetrabalhadora, a qual tem alcançado maior poder político do que nos períodos do Estado liberal. Essemesmo autor ainda vai além e diz na referência 1 que a coalizão entre as classes provocada por umprocesso dialético entre o povo e as elites (classe dominante), proporcionaria, portanto, umcrescimento contínuo no poder relativo da sociedade civil fazendo com que a democracia continue aprogredir devido à pressão dos trabalhadores e da classe média por maior participação na vidapública. A partir disso, caminhamos no sentido de re�etir que, principalmente passando pelo períodomilitar 1964-1989 que marcou a �revolução burguesa� no Brasil a qual deixou profundas marcas naformação do Estado democrático e no arranjo do Estado pós-89, que continuou a favorecer as classesburguesas na defesa dos interesses, o que re�ete uma formação social bem diferente com a queBresser-Pereira sugere. No campo marxista a discussão sobre democracia vai ganhar forçaprincipalmente a partir da crítica dos elementos constitutivo do Estado capitalista. Coutinho a�rmaque com o desenrolar da história das lutas de classes pelo mundo, e principalmente pelos novoselementos incorporados pelo capitalismo a partir das revoluções burguesas, novas formas derepresentativas no campo político surgiram, e a derrocada do �modelo soviético� também contribuiupara a re�exão no campo marxista. Isso impulsionou como ressalta a referência 2 a reincorporação dopensamento do Marx, numa espécie de nova re�exão marxista, que vinha até então ignorando estastransformações . Ou seja, as novas práticas socialistas deveriam partir da recognição da pluralidadedos indivíduos sociais e da percepção do quão irreversíveis são as contradições sociais estabelecidaspelo sistema capitalista, fazendo assim uma conexão com a realidade social. A democracia será parao autor da referência 2 não um �instrumento�, mas sim a base de �estruturação e impulsionamento detodos os movimentos políticos progressistas, reformadores�. Ou seja, ela não era apenas um novoplano de ação coletiva, mas um campo de constituição da transformação social. No �nal do anos2000, principalmente após a subida ao poder dos governos petistas e promoção de políticas dedistribuição de renda e de emancipação social, diversos autores entre eles Bresser chegaram a a�rmarque a classe trabalhadora no Brasil havia se emancipado e que a hegemonia já não estava nas mãosda classe burguesa. A�rmação essa que consideramos não re�etir a realidade da construção social epolítica brasileira. Principalmente porque no plano democrático político pouco se mudou em relação

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aos períodos passados, que signi�casse um avanço rumo a democracia socialista. Não foramestabelecidas no plano econômico políticas contra o monopólio e contra a concentração latifundiária.E apesar da crescente mobilização social no plano político, as classes menos favorecidas tiverampouca efetividade e in�uência no plano de ações. Em outras palavras, as classes populares quetiveram ao seu favor programas sociais de redistribuição de renda, não se transformaram em sujeitospolíticos ativos no campo da transformação, e nem desencadearam algum processo de renovaçãodemocrática. A tendência à socialização da política ainda não é presente no campo democrático. Oque propomos neste artigo portanto é um contraponto a esta visão de Bresser, no sentido deconstatar que ainda hoje as classes populares se encontram distantes das decisões políticas e édominada pela apatia política.

Referências:[1] Luiz Carlos Bresser-Pereira; A construção política do Estado; Lua Nova, volume 81,

número 1; (2010)[2] Carlos Nelson Coutinho; A democracia como valor universal: notas sobre a questão

democrática no Brasil; Livraria Editora Ciências Humanas; (1980)[3] Karl Marx; Crítica da Filoso�a do Direito de Hegel; Boitempo Editorial, edição 2; (2010)

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4.23 ESTUDO DA OCORRÊNCIA DE FEMINICÍDIOS EMSANTA CATARINA ATRAVÉS DE ANÁLISE DE

REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA

Autores: FERNANDA VENTURATO ROQUIM, GISELE GONCALVES DE BRITO


Resumo: Existem inúmeras áreas, como por exemplo, a social e a �nanceira, em que há grandeinteresse em explorar e inferir a relação de uma variável resposta com uma ou mais variáveisexplicativas. Para expressar esta relação pode-se estabelecer um modelo estatístico, chamado deanálise de regressão, que nos permite obter os parâmetros que medem a relação das variáveis a�m dese entender algum fenômeno. Um modelo de regressão linear, como o próprio nome diz, pressupõeque a relação entre as variáveis acontece linearmente. Dentro dos modelos lineares podemos tambémestabelecer modelos simples, com apenas uma variável explicativa, ou um modelo múltiplo, comvárias variáveis explicativas. Conforme Referência 1, seja Y uma variável aleatória de interesse,denominada também de variável resposta, e seja X uma variável regressora, também chamada deexplicativa ou auxiliar. O modelo de regressão linear simples descreverá a variável Y como uma somade uma quantidade determinística e uma quantidade aleatória. A parte determinística, uma reta emfunção de X, representa a informação sobre Y que poder-se-ia esperar, apenas com o conhecimento davariável X. A parte aleatória, denominada erro, representa os inúmeros fatores que, conjuntamente,podem interferir em Y. No modelo de regressão linear múltiplo podemos ajustar o modelo de mesmaforma, mas com mais de uma variável X, ou polinômios de maior grau de uma única variável ouainda com interação de uma variável com outra. Pode-se generalizar ambos os modelo de regressãolinear simples e múltiplos através de seguinte forma matricial: Y = Xβ + ε ε ∼ N(0,σ2I) Em que Y éo vetor de valores da variável resposta, X é a matriz de valores da(s) variável(is) explicativa(s), β é ovetor de parâmetros e ε é o vetor de valores aleatórios ou vetor dos erros. O processo de estimaçãodos parâmetros dentro de uma regressão linear mais comumente utilizado é o método de mínimosquadrados que consiste em determinar a reta que apresenta a menor soma de quadrados da distânciaentre cada valor de Y até esta reta, sendo o método preferido por não necessitar conhecer adistribuição das variáveis. Após realizado o ajuste, é necessário acompanhar a validade do modelo, ouseja, acompanhar se este está de acordo com os pressupostos da regressão linear. Os três principais,relacionados ao erro, são a independência, homocedasticidade e normalidade. Neste contexto, opresente trabalho utiliza a regressão linear múltipla para identi�car quais variáveis podem explicar onúmero de feminicídios ocorridos em Santa Catarina, no período de 1984 a 2009, exceto 1991, 1994 e2000 (por falta de dados), trazendo assim notoriedade para este problema, que tem suas raízes nadesigualdade de gêneros. De acordo com a Referência 3, entende-se por feminicídio a prática deviolência contra a mulher que resulta em sua morte e que tem como de�ator uma condição inerente aela: o fato de pertencer ao gênero feminino. A violência contra as mulheres é um fenômeno que aindapersiste e ocorre, principalmente, no contexto das relações desiguais de poder entre homens emulheres, sendo que estas relações são frutos das construções de papéis sociais de ambos, que, desdeos primórdios históricos privilegia o homem em detrimento da mulher. Segundo Referência 2, o termofeminicídio corresponde a qualquer manifestação ou exercício de relações desiguais de poder entrehomens e mulheres que resulta na morte de uma ou várias mulheres pela própria condição de sermulher, sendo que esse tipo de crime pode ocorrer em diversas situações, incluindo mortesperpetradas por parceiro íntimo com ou sem violência sexual, crimes seriais ou violência sexualseguida de morte. Dentre as variáveis passíveis de serem usadas para explicar as causas dofeminicídio, a Referência 2 destaca (para os casos de mulheres assassinadas pelos parceiros) questõessocioeconômicas e demográ�cas, como a pobreza, a disparidade de idade entre os cônjuges e asituação marital não formalizada, sendo que esta prática de violência tem sido fortemente associada a

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situações de privação econômica e machismo O tema feminicídio mostra-se importante não só porenvolver o ponto extremo da desigualdade de gêneros na sociedade contemporânea, mas também pelarelevância que o feminícidio tomou no ano de 2015, após a sanção da lei 13.104, de 9 de março de2015. Esta lei altera o art. 121 do Decreto-Lei 2848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, demodo a prever o feminicídio como circunstância quali�cadora do crime hediondo, e o art. 1o da Lei8072, de 25 de julho de 1990, para incluir o feminicídio no rol dos crimes hediondos. Por sua vez, aescolha por SC deve-se ao fato que, desde o ano de 2001, o estado se manteve como o maior IDHdentre as regiões Sul e Sudeste. Em relação ao Brasil, neste período, o maior IDH foi registrado peloDistrito Federal, mas como este apresenta caraterísticas muito distintas dos 26 estados que compõe aFederação (a começar pela sua própria área geográ�ca), optamos por trabalhar com o estado deSanta Catarina na análise proposta. Utilizamos as variáveis independentes: número de domicíliospobres, mulheres entre 20 e 49 anos, analfabetismo nas mulheres com 15 anos ou mais, separaçõesjudiciais e mortalidade masculina por agressão, utilizando o modelo de regressão múltipla, onde avariável dependente é o número de homicídios femininos em Santa Catarina no período considerado.Inicialmente, buscou-se variáveis regressoras relacionadas à educação e renda. O uso da mortalidademasculina por agressão deve-se ao fato de que tal variável pode ser utilizada como um indicador deviolência urbana. Por sua vez, o estudo realizado na Referência 3 constatou que os principaisagressores são os maridos e companheiros ou ex-maridos e ex-companheiros, con�rmando que aviolência contra a mulher está muito associada à categoria de violência doméstica e conjugal, levandoao entendimento de um problema de caráter privado, e não de um problema social e de saúdepública. Com base neste estudo, incluímos a variável número de separações judiciais. Foi aplicadatransformação logarítmica na variável Y, transformação esta que estabiliza a variância, quando estatende a crescer à medida que Y também cresce. Em algumas situações, pode também ajudar anormalizar os dados. Ao nível de con�ança de 90% todas as variáveis foram signi�cativas, exceto ointercepto, o analfabetismo e a mortalidade masculina por agressão, sendo as duas últimas retiradasdo modelo. O intercepto não ser signi�cativo nos leva ao resultado de que a hipótese H_0: β0=0 nãofoi rejeitada, trazendo a possibilidade de a reta ajustada cruzar o ponto (0,0), fato que não invalida omodelo. O ajuste obteve coe�ciente de determinação de 0,8473, ou seja, as variáveis utilizadasexplicam em 84,73% as variações da variável dependente em questão. Portanto vejamos o modeloajustado do logaritmo de Y estimado apresentou os seguintes coe�cientes:log(Y ) = −0, 6057+ 4, 48× 10−6X1+ 4, 105× 10−6X2− 2, 849× 10−4X3+ ε Com Y sendo o númerode homicídios femininos, X1 a população de mulheres com idade entre 20 e 49 anos, X2 o número dedomicílios pobres, e X3 o número de separações judiciais. Entretanto, conforme referência 1, quandofazemos uma transformação na variável original Y, as estimações e predições serão expressas emnovas unidades. Portanto temos uma reta que nos fornece estimativas dos valores de log(Y), paravalores da variável regressora. A �m de con�rmar a validade das inferências realizadas, realizou-se oteste de Shapiro-Wilk para a normalidade; o teste de Durbin-Watson para a independência e o testeNon-Constant Variance para a homocedasticiadade. O software empregado nesta análise de resíduosfoi o R. Adotando um nível de con�ança de 90%, pode-se aceitar as hipóteses de que os resíduos sãonormais, independentes e homocedáticos, e que, portanto, as inferências do modelo proposto sãoválidas. Sendo assim, temos que as variáveis: população de mulheres com idade entre 20 e 49 anos,número de domicílios pobres e número de separações judiciais são signi�cativas para explicar osfeminicídios ocorridos em Santa Catarina entre 1984 e 2009. Além disso, percebe-se que a relaçãoentre as duas primeiras variáveis independentes aqui com mencionadas (população de mulheres comidade entre 20 e 49 anos e número de domicílios pobres) com a variável dependente é direta, de modoque um aumento dessas covariáveis causa aumento no número de feminicídos. Por outro lado, arelação entre as separações judiciais e os feminicídos é inversa, de modo que o aumento nasseparações causa redução nos feminicídios. Isto con�rma a ideia da Referência 2 de que parteconsiderável dos feminicídios ocorre dentro de casa e que a violência contra a mulher está muitoassociada à categoria de violência doméstica e conjugal.

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Referências:[1] Reinaldo Charnet, et al; Análise de Regressão Linear: com aplicações; Editora da

UNICAMP, 2a Edição; (2008)[2] Stela Nazareth Meneghel, Vânia Naomi Hirakata; Feminicídios: homicídios femininos

no Brasil; Revista de Saúde Pública; (2011)[3] Celina Rangel, Elzira Oliveira; Violência contra as mulheres: Fatores Precipitantes e

Per�l de Vítimas e Agressores; Fazendo Gênero 9: Diásporas, Diversidades, Deslocamentos;(2010)

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4.24 ESTUDO DO MÉTODO DE NEWTON-RAPHSON PARAESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS EM UM MODELO

LINEAR GENERALIZADO E APLICAÇÃO.

Autores: FERNANDA VENTURATO ROQUIM, DANILO MACHADO PIRES


Resumo: A análise de regressão é uma técnica que permite explorar e inferir a relação de uma variáveldependente com uma ou mais variáveis independentes. O modelo linear, ou também chamado demodelo clássico, relaciona as variáveis por meio de uma função linear nos parâmetros e requer algumascondições para obter-se um modelo válido. Uma das principais é o pressuposto de normalidade dos errosque, devido a aditividade do modelo, pressupõe também a normalidade da variável resposta. Sendoassim, ainda existe uma gama de situações as quais este tipo de modelagem não se mostra apropriada,tais como conjuntos de dados com porcentagem, contagem, categorias e binariedade. Para lidar comessa fragilidade, a proposta mais interessante e pode-se dizer inovadora no assunto foi apresentadapor Nelder e Wedderburn (1972), que propuseram os modelos lineares generalizados (MLGs). A ideiabásica consiste em abrir o leque de opções para a distribuição da variável resposta. O MLG relacionaas variáveis independentes com a as variáveis explicativas através de uma função de ligação que tempor objetivo linearizar o valor esperado da variável. Ele veio para uni�car vários modelos estatísticos esó é valido se a distribuição usada pertencer à família exponencial. Segundo a referência 3, o ajuste domodelo baseia-se em encontrar as estimativas de seus parâmetros, podendo ser feita através do métododo da máxima verossimilhança, que consiste em determinar qual a distribuição, dentre todas aquelasde�nidas pelos possíveis valores de seus parâmetros, com maior possibilidade de ter gerado tal amostra.Usualmente, este método gera equações que não possuem solução analítica e, portanto, a sua resoluçãoimplica o recurso de métodos numéricos, podendo-se citar o método iterativo de Newton-Raphson. Deacordo com a referência 2, métodos numéricos iterativos são baseados em interações, ou seja, repetiçõesde um determinado procedimento. Segundo o novo dicionário Aurélio pode-se de�nir iteração como umprocesso de resolução, de uma equação ou um problema, mediante uma sequência �nita de operaçõesem que o objeto de cada uma é o resultado da que a precede. Sendo assim, a cada iteração temosum resultado mais preciso que o anterior, sendo necessário observar questões de convergência, critériosde parada e qual a estimativa inicial. O método de Newton-Raphson busca estimar os valores dasraízes de uma equação baseada em iterações na aproximação de Taylor. Ele é amplamente utilizadopara resolução de equações polinomiais de grais mais elevados por sua praticidade e simplicidade deaplicação. A referência 2 diz que este método foi proposto por Isaac Newton em 1669 em De analysi peraequationes número terminorum in�nitas, publicado em 1711 e em De metodis �uxionum et serierumin�nitarum, escrito em 1671. Foi aprimorado para qualquer tipo de função real em 1690 por JosephRaphson, originando assim, o nome do método. O método de Newton-Raphson, também chamadode Método Iterativo de Newton ou ainda Método das Tangentes, acontece nos seguintes passos: 1oEscolhe-se uma aproximação inicial qualquer; 2o Calcula-se a equação da reta tangente da função nesteponto e a interseção dela com o eixo das abcissas, a�m de encontrar uma melhor aproximação para araiz; 3o Repete-se o processo até que o valor estabilize-se. Este método como descrito é utilizado paraencontrar as raízes de uma única equação, entretanto, quando realiza-se o método de estimação demáxima verossimilhança dentro de um modelo linear generalizado obteremos um sistema de equações,nas quais o interesse agora está em encontrar os valores críticos de β, ou seja, aqueles valores queanulam as derivadas. Para tal, generaliza-se o método de Newton-Raphson de forma a abarcar, nãosó uma equação, mas um vetor de equações. Análogo ao que é feito para uma equação, tem-se β ovetor de equações de máxima verossimilhança o qual deseja-se encontrar suas raízes; I a matriz deinformação de Fisher composta pela esperança da derivada segunda em relação à cada parâmetro dologaritmo da verossimilhança; e, U a função escore, composta pela derivada primeira em relação a

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cada parâmetro do log-verossimilhança. O logaritmo natural aplicado nas funções de verossimilhançaé mais adequado para cálculos e permite que modelos possam ser comparados aditivamente, ao invésde multiplicativamente. Toma-se como exemplo de aplicação em um Modelo Linear Generalizado omodelo logístico, modelo ajustado quando possui-se variáveis dicotômicas, ou seja, podem assumirapenas dois valores. Ele pode ser ajustado através da função de ligação logit. Suponha que hajainteresse nos fatores que in�uenciam a admissão ou não de um aluno em um curso de pós-graduação.Esta variável é binária podendo assumir 0 ou 1, se foi admitido ou não. Através de um banco dedados com 400 observações obtém-se como variáveis explicativas, ou variáveis de in�uência, a notaobtida no GRE (Graduate Record Exam), exame utilizado como critério de entrada em cursos de pós-graduação nos EUA; GPA (Grade Point Average), refere-se ao coe�ciente de desempenho acadêmicoutilizado também no mesmo país; e Rank, nota de prestígio da instituição de graduação anterior.Trataremos GRE e GPA como variáveis contínuas. A variável Rank é categórica, assumido valoresinteiros de 1 a 4. As instituições com uma classi�cação de 1 têm o maior prestígio, enquanto queaqueles com uma classi�cação de 4 têm o menor. Após a aplicação do método de Newton-Raphsonpara estimação dos parâmetros através da máxima verossimilhança obtivemos o seguinte vetor paraβ: β = [-3,9899;0,0023;0,8040;-0,6754;-1,3402;-1,5515] Em tradução livre da referência 1, para cadamudança de unidade na nota GRE a probabilidade de ser admitido ou não na pós-graduação altera-seem 0,0023, já para o aumento de uma unidade no coe�ciente GPA a probabilidade de ser admitidoaumenta em 0,804. A variável rank tem uma interpretação um pouco diferente. Por exemplo, tendoum estudante formado em uma instituição de nota 2 em comparação a um formado em uma instituiçãonota 1, a chance de ser aprovado decai em 0,6754, se em instituição de nota 3, decai 1,3402 e se nota4, decai 1,5515. Inicia-se o processo de iteração atribuindo valores nulos para os parâmetros, o quegerou 4 iterações até os valores se estabilizarem. Cabe aqui ressaltar a importância das ferramentascomputacionais para utilização do método de Newton-Raphson, porque o processo de iteração exigeinversão de matrizes com número de linhas equivalente ao número de observações do banco de dados,no caso em questão 400 observações, portanto é inviável realizar os cálculos manualmente. Esta é umadesvantagem do método. O método ideal para aproximação de raízes é aquele em que a convergência éassegurada e rápida, de forma que haja o menor número de iterações possíveis. O método de Newton-Raphson será o mais indicado para encontrar as raízes da máxima verossimilhança, onde é possívelidenti�car um valor plausível para início da iteração.

Referências:[1] IDREUCLA Institute for Digital Research and Education; R Data Analysis Examples:

Logit Regression; Disponível no site do instituto ATS-UCLA; (2015)[2] Inácio de Araujo Machado, Ronaldo Ribeiro Alves; Método de Newton; Revista

Eletrônica de Educação da Faculdade Araguaia, Edição 4; (2013)[3] Antónia Amaral Turkman, Giovani Loiola Silva; Modelos Lineares Generalizados: da

teoria à prática; Universidade de Lisboa, FCT - PRAXIS XXI - FEDER; (2000)

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4.25 FATORES QUE AGRAVAM A CRIMINALIDADE NASREGIÕES DO BRASIL

Autor: LAÍSA DE BEM BASTOS


Resumo: Este trabalho tem como objetivo apurar, por meio de comparações, alguns dos determinantesque podem fazer com que o Brasil apresente uma alta taxa de homicídios comparada com outros paísesjá que o mesmo atingiu em 2009, de acordo com a referência 1, a marca de um milhão de mortespor esta causa externa e atribuiu a posição de um dos países mais violentos do mundo. Para issoestudou-se as cinco regiões que subdividem o Brasil. A base de dados deste artigo foi constituída apartir do DATASUS, do Mapa da violência que apresenta como base dos seus dados o DATASUS edo Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, em um estudo descritivo e uma análise quantitativa.Os resultados encontrados são que as regiões Nordeste e Norte destacaram-se, negativamente, emquase todos os pontos estudados, a região Sudeste foi a que apresentou os melhores percentuais, jáas regiões Sul e Centro-Oeste apontaram resultados positivos em algumas pesquisas e negativos emoutras. Contudo, percebeu-se que os preços das armas de fogo, a renda e sua desigual distribuiçãopodem in�uenciar na taxa de homicídios.

Referências:[1] Claudio Beato; Crime e cidades; Belo Horizonte: UFMG; (2012)

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4.26 FOME: A CONSEQUÊNCIA FISIOLÓGICA DOSPROBLEMAS SOCIOECONÔMICOS GLOBAIS.



Resumo: Com uma população mundial que ultrapassa sete bilhões de pessoas, quase um bilhão sofrecom a má alocação de alimentos e consequentemente com a má nutrição. Por mais que países comoÁfrica e Índia possuam grande parte dos famintos do mundo, a fome é, atualmente, um problemade quase todos os países e que cresce signi�cativamente. Este artigo tem como objetivo mostrarquais são as possíveis hipóteses que desencadearam a atual situação do problema da fome no mundo,evidenciar dados sobre os alimentos e sobre aqueles que vivem na linha da miséria, além de relacionara importância da alimentação com a formação do indivíduo e, por �m, desnaturalizar a pobreza e seusclichês conservadores e mostrar outras necessidades pessoais que os pobres possuem além da comida.

Referências:[1] Esther Du�o; Abhijit Banerjee; A Economia dos Pobres: Repensar de modo radical a

luta contra a pobreza global; Portugal, 1a edição (2012)[2] PORTAL JOSUÉ DE CASTRO; Fome; Disponível em:

http://www.josuedecastro.com.br/port/index.html; Acesso em julho de 2014[3] sem referencia3

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4.27 HISTÓRIA ORAL DE VIDA DE MÃES NA UTI NEONATAL

Autores: LíVIA RIBEIRO VIEIRA, LUIZ ANTONIO STAUB MAFRA


Resumo: O Programa Nacional de Humanização da Atenção Hospitalar (PNHAH) iniciou suasações em hospitais, no ano 2000, com o intuito de criar comitês de humanização voltados para amelhoria na qualidade da atenção aos usuários e, posteriormente, aos trabalhadores. Visando corrigirfragilidades apresentadas pelo PNHAH, foi promulgada, em 2003, a Política Nacional deHumanização (PNH). A partir desse contexto, a pesquisa tem por objetivo geral analisar a PNH(2003) sob a perspectiva das mães, acompanhantes de bebês internados em UTIs Neonatais, eidenti�car quais são os fatores humanizadores e desumanizadores que contribuem para amenizar ouagravar o sofrimento. Para consecução dos objetivos deste trabalho foram entrevistadas seis mãesacompanhantes de bebês internados em UTI Neonatal e duas enfermeiras com experiência na área.Todas as entrevistas foram não-dirigidas, com uso da metodologia história oral de vida. Os dadoscoletados foram analisados através do método Análise de Conteúdo, proposto por Bardin (2011).Para a realização da Análise de Conteúdo, foram utilizadas as seguintes categorias e subcategorias:fatores humanizadores (�atendimento individualizado�, �acolhimento�, e �respeito aos direitos dacriança�) e fatores desumanizadores (�hostilidade�, �não-acolhimento�, �desrespeito aos direitos dacriança� e �falta de estrutura�). Na maioria dos relatos referentes a fatores humanizadores as mãesmencionaram situações em que a equipe proporcionou um atendimento personalizado, e nãopuramente técnico, aos bebês internados na UTIN. Já em relação aos fatores desumanizadores, amaioria relatou situações referentes à falta de estrutura física do hospital e ao desrespeito aos direitosda criança, preconizados pelo ECA (1990).

Referências:[1] Política Nacional de Humanização[2] UTI Neonatal[3] História Oral de Vida

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4.28 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL:UMA COMPARAÇÃO ENTRE O IFDM E O IDHM

Autores: MIRELA EVANGELISTA CARLOS, LINCOLN THADEU GOUVEA DE FRIAS,PATRICIA DE SIQUEIRA RAMOS


Resumo: A construção de indicadores sintéticos é uma tarefa delicada, pois envolve a combinação dediversas medidas que diferentes sobre questões socioeconômicas heterogêneas. Inúmeros indicadorestêm o intuito de disponibilizar um retrato da sociedade e assim orientar as políticas públicas. Estetrabalho possui o objetivo de discutir a di�culdade em se compor um indicador sintético, analisandoas vantagens e desvantagens de dois indicadores, o índice de desenvolvimento humano municipal(IDHM) e o índice Firjan de desenvolvimento municipal (IFDM). O trabalho foi dividido em trêspartes: a primeira parte traz uma ampla explicação do que são os indicadores sociais, quandosurgiram, suas especi�cidades e propriedades. A segunda parte traz a comparação entre o IDHM e oIFDM, comparando as vantagens e desvantagens de ambos. A terceira e última parte discute asdi�culdades mais fundamentais dos índices sintéticos, incluindo a de�nição dos pesos e a falta deexplicitação das escolhas normativas. O principal contraste entre os dois indicadores é que, emborapossuam a mesma função, seus componentes trazem perspectivas diferentes. Enquanto o IFDM focana qualidade de vida proporcionada pelos serviços prestados pelo setor público, o IDHM observa aqualidade de vida de forma abrangente. A partir dessa análise percebe-se a di�culdade de que umindicador capte todas as nuances necessárias para retratar a realidade. Isto é, embora os indicadoressintéticos tenham a vantagem de combinar diversas dimensões da qualidade de vida da população,aspectos importantes podem ser perdidos no processo de construção dessa síntese.

Referências:[1] Paulo de Martino Jannuzzi; Indicadores Sociais no Brasil; Editora Alínea; (2001)[2] Paulo de Martino Jannuzzi; Considerações sobre o uso, mau uso e abuso dos indicadores

sociais na formulação e avaliação de políticas públicas municipais; Revista de AdministraçãoPública, (2012)

[3] sem referencia3

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4.29 INICIANDO O ESPANHOL

Autores: DIESLEY HENRIQUE SILVA, JONATHAN ENRIQUE PÉREZ, BÁRBARAALVES LOPES, AMANDA FERNANDES MARINHO, EVERLANI APARECIDASILVERIO, RAQUEL MADURO AYRES BANDEIRA, LUCIENE RESENDE

GONÇALVES, GABRIEL RODRIGO GOMES PESSANHA


Resumo: Resumo: O objetivo do projeto de extensão Iniciando o Espanhol consiste em inserir alunosuniversitários em escolas públicas locais do ensino médio para mostrar a importância dessa língua.Isto esta sendo aplicado aos alunos do 2o e 3o ano de uma Escola Pública Municipal chamada SãoSebastião, localizada na cidade de Varginha � MG. Está é uma possibilidade dos alunos terem umprimeiro contato com a língua Espanhola e conhecerem um pouco mais desta cultura que está presentena América do Sul. Como forma de apresentação aos alunos, foram feitas pequenas atividades emgrupos, através de aulas dinâmicas, brincadeiras, musicas e por meio de uma página no facebook ondesão postadas imagens com conteúdo em espanhol e tradução em português. Assim, foi possível aosalunos obter um maior aproveitamento no aprendizado e contribuindo de forma simples para a provado Enem. O projeto conta com 1 bolsista e 5 voluntários, sendo um deles, o nativo da Venezuela. Valeressaltar que o bolsista teve uma pequena experiência de intercambio no USA o que contribui paraseu aprendizado no espanhol. Desse modo, as atividades eram elaboradas pelos integrantes do projetona universidade, onde acontece uma reunião, uma vez por semana com duração de 2 horas. Porém, acoordenação, pesquisa e criação das atividades são realizadas pelo bolsista com auxilio do voluntário,e conta também com a ajuda dos voluntários para a parte pratica das atividades na Escola. Um dosresultados obtido até então, foi à satisfação de contribuir para que alunos com menos recursos pudessemvisualizar um cenário de mais oportunidades. Pode-se observar também o interesse e alegria dos alunospor conhecer mesmo que de forma simples um novo idioma. Foi possível aos alunos o conhecimentode palavras, verbos, frases em espanhol, tudo em forma de atividades lúdicas. O resultado �nal foique muitos alunos obtiveram uma base melhor para a prova do Enem e alguns querem continuar aestudar espanhol, não mais de forma básica, mas de forma mais aprofundada. A equipe conclui queé muito grati�cante, pois um simples ato de levar conhecimento as pessoas mais simples e de poucoentendimento. É possível indicar portas a elas e mostrar que há um novo mundo que muitas delas nuncasonharam e ajudá-las a serem pessoas melhores e mais quali�cadas para o mercado de trabalho, alémde levá-las a entender que sim é possível ser algo mais na vida, através do estudo e do conhecimento.Ressalta-se também a importância do apoio da extensão em projetos dessa natureza.

Referências:[1] Instituto Cultural Iberoamericano; Porque aprender Espanhol?; Revista do Instituto de

Estudos Brasileiros; edição 2; volume 1; (2010)

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4.30 MEDINDO A DESIGUALDADE DE RENDA NOSMUNICÍPIOS BRASILEIROS: O ÍNDICE DE PALMA VS. O

ÍNDICE DE GINI

Autores: IRIS CARMEN PINHEIRO RODRIGUÊS, LINCOLN THADEU GOUVEA DEFRIAS, PATRICIA DE SIQUEIRA RAMOS


Resumo: Dado que o Brasil é um país altamente desigual, em que os mais pobres possuem diversosdireitos negados, estudos relacionados às disparidades na distribuição de renda são muito necessários.Portanto, na tentativa de transformar essa realidade, estudos como este podem colaborar para aavaliação, monitoramento e implementação de novas políticas públicas que visem sanar ou diminuir oproblema da desigualdade brasileira. Deste modo, esta pesquisa tem por objetivo veri�car o nível dadistribuição de renda no Brasil através da comparação entre dois indicadores relacionados àdesigualdade, são eles: o coe�ciente de Gini � que é o mais utilizado em pesquisas da área, apesar deapresentar alta complexidade matemática e de ser pouco intuitivo; e o índice de Palma � alternativaproposta recentemente pelo chileno José Gabriel Palma que consiste simplesmente na razão entre aproporção da renda apropriada pelos 10% mais ricos e aquela apropriada pelos 40% mais pobres[1],[2]. A ideia é veri�car quantas vezes a soma da renda dos 10% mais ricos é maior do que a soma darenda dos 40% mais pobres. Por exemplo, segundo os cálculos do índice de Palma referentes aosdados do Censo Demográ�co 2010 realizado pelo IBGE, temos que, em média, a soma da renda dos10% mais ricos era 5,69 vezes maior do que a soma da renda incorporada pelos 40% mais pobres, ouseja, este índice fornece uma medida mais intuitiva da análise da desigualdade para o grande público.Além da comparação entre os indicadores, a pesquisa também tem a intenção de veri�car se as trêsregularidades apresentadas pelo criador do índice em relação aos países são válidas também para arealidade brasileira. Estas regularidades são: a heterogeneidade nos extremos da distribuição, isto é,a variação da proporção da renda incorporada é maior entre ricos e pobres; a homogeneidade nacamada intermediária - pouca variação da parcela da renda incorporada pela classe média e; por �m,a resistência à mudança destas observações. Foram utilizados dados referentes à distribuição de rendados 5.565 municípios brasileiros, acessados através do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil2013. As três hipóteses foram con�rmadas para o caso dos municípios brasileiros, logo, podemosconcluir que a classe média brasileira se apropriou de, mais ou menos, 50% da renda, enquanto que osricos e os pobres disputam os outros 50%, na maior parte das vezes, em grande detrimento dospobres.

Referências:[1] José Gabriel Palma; Homogeneous middles vs. heterogeneous tails, and the end of the

�inverted U�: it's all about the share of the rich; Development and Change, volume 42, número1, p. 87-153; (2011)

[2] Alex Cobham, Andy Sumner; Is it all about the tails? The Palma measure of incomeinequality; Center for Global Development Working Papers, número 323; (2013)

[3] sem referencia3

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4.31 NOVOS OLHARES SOBRE A EXTENSÃOUNIVERSITÁRIA A PARTIR DO PROJETO �LITERATURA

UM OUTRO OLHAR�

Autores: JULIANE SUELLEN MOREIRA BORGES, FERNANDA MITSUE SOARESONUMA


Resumo: O presente estudo tem por objetivo geral descrever as atividades do projeto�Literatura UmOutro Olhar� entre os anos de 2009 a 2013, buscando identi�car a(s) concepção(ções) de extensãouniversitária à qual se relaciona e as possíveis implicações práticas disso. O projeto �Literatura UmOutro Olhar� é um projeto de extensão existente desde 2009 no âmbito da Universidade Federal deAlfenas/MG � UNIFAL, Campus avançado de Varginha/MG, cujo objetivo é a contação de históriaspara crianças carentes do município, com o intuito de despertar nestas o interesse pela leitura. Auniversidade é pautada em três campos, o ensino, a pesquisa e a extensão, esta sendo a última asurgir e a ser incorporada na temática acadêmica (Referência 1).A extensão universitária tem comoberço a Inglaterra, na segunda metade do século XIX, surgindo como um contra- ataque ao avanço daindustrialização no mundo ocidental e como instrumento de contenção de revoluções populares. AInglaterra durante esse período lidava com o avanço tecnológico e com a revolta da classetrabalhadora, fortemente oprimida pela nova sociedade burguesa que ali surgia. (Referência 1).Assim, a extensão surge como intermediadora entre a classe trabalhadora e a sociedade, promovendocapacitação e paci�cação. A extensão acabava, portanto, por promover nas universidades opressuposto de que o seu papel exclusivo era o de formador de pro�ssionais, deixando de fora o ladocultural e crítico da questão. A extensão universitária surge, desta forma, vinculada a uma ideia deeducação continuada, que se dedica à população adulta em geral, que antes não possuía espaço dentrodas universidades. As demandas detectadas nesse novo público inicialmente eram analisadas etransformadas em pequenos cursos e outras atividades. (Referência 1). Depois do seu surgimento naInglaterra, a extensão transitou pela Europa até que, anos mais tarde, a extensão universitáriacomeçou a ser registrada também em universidades americanas, porém com um caráter de prestaçãode serviço nas áreas urbanas e rurais. Embora essa corrente de prestação de serviço tenha sidoamplamente adotada nas universidades americanas durante esse período, na Inglaterra e no restanteda Europa enfrentou grande resistência, devido ao caráter humanístico presente desde os primórdiosdo modelo universitário europeu. (Referência 1). De acordo com a referência 1 a�rma-se que asuniversidades norte-americanas também adotaram essa versão de educação continuada inicialmente e,com o decorrer do tempo, desenvolveram a sua própria versão da extensão. Surgiram, assim, doistipos de extensão: a cooperativa e a universitária, sendo que, em ambas, a universidade promove aponte entra a sociedade e a comunidade acadêmica. A extensão cooperativa surge de uma parceriaentre o Estado e algumas universidades, com o intuito de promover auxilio e assistência técnica paragrupos de agricultores, ao mesmo tempo em que auxilia no contexto técnico, se empregaconhecimentos sociais aquele grupo. Enquanto que a extensão na concepção universitária, por suavez, ganha espaço nas atividades curriculares das instituições de ensino superior, pelo esforço deWilliam Harper, coordenador da Universidade de Chicago, que propunha que a extensão universitáriadeveria exercer a função de �extramuros�, com caráter técnico (Referência 1). Segundo a referência 2,a dinâmica que possibilitou que na América do Norte surgissem esses dois tipos de extensão estáligada à grande in�uência que uma universidade recebe das outras e a coexistência de diferentestendências acadêmicas que circulavam naquele período, assim propiciando uma nova estrutura derelacionamento entre a universidade e a sociedade.Com base nos métodos de observação participantee análise documental de relatórios anuais do projeto referentes ao período citado, analisou-se que oprojeto se embasou em diferentes modelos de extensão universitária ao longo de sua trajetória, o que

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implicou em resultados diferentes em relação à sua interação com a comunidade atendida peloprojeto.Desde a sua criação, este projeto adquiriu características do modelo americano de extensão e,no presente passou a adequar-se ao modelo Freireano de extensão. Isso porque ao longo da existênciado projeto, ele foi comandado por diferentes orientadores, cada um com uma concepção distinta daextensão, além mudanças anuais de discentes envolvidos no desenvolvimento do projeto.Além disso,observou-se uma incoerência de perspectivas sobre a extensão universitária entre o discursoinstitucional e o da Pró-Reitoria de Extensão, o que pode ter colaborado para a inde�nição demodelo de extensão a ser seguido pelo projeto.Tal incoerência se revela no fato de que o discurso dainstituição é de que a extensão presente na UNIFAL alinha-se ao modelo norte-americano deextensão, enquanto que a Pró-Reitoria de Extensão quali�ca o que é a extensão com base no modelode comunicação universitária.Considera-se que as concepções de modelos de extensão afetamdiretamente nas ações realizadas pelo projeto, bem como o cumprimento ou não das diretrizes da Leide Diretrizes e Bases (LDB) no 9.394/96 que, em um dos seus artigos, trata das �nalidades ecaracterísticas do ensino superior. Tal lei passou a regulamentar que a universidade tem como�nalidade desenvolver o ensino, a pesquisa e a extensão, com o claro objetivo de uma integraçãoe�caz com a comunidade na qual está inserida, através de ações que desenvolvam a ciência e atecnologia, ao mesmo tempo em que busca a construção ou reconstrução da sociedade.Concomitantemente, determina que o papel fundamental da extensão deva ser inserir na prática oensino e a pesquisa desenvolvida no âmbito acadêmico, alinhando-se, portanto, a uma visão freireanada extensão. (Referência 3).Por �m, sugere-se que o presente estudo pode contribuir à autocrítica porparte da equipe, bem como inspirar que coordenadores e equipes de outros projetos de extensão dainstituição avaliem seus próprios trabalhos.

Referências:[1] Maria Zeneide Carneiro de Almeida; A extensão universitária: uma terceira função;

Dissertação (Mestrado em Educação); Universidade Estadual de Campinas � UNICAMP,Campinas, (1991)

[2] Roberto Mauro Gurgel; Extensão Universitária: Comunicação ou domesticação; SãoPaulo, Cortez; (1986)

[3] Edinelza Gomes Teixeira, Marly Carneiro Sobral Teixeira, Patrícia Louise AraújoVilaça;Três Perspectivas Sobre Um Projeto de Extensão Universitária: Sala de Situação daCriança e do Adolescente; (2003)

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4.32 O CINEPET COMO ESTRATÉGIA DE FORMAÇÃO DOSESTUDANTES

Autores: VERÔNICA ROSA TEMPESTA, LETÍCIA APARECIDA LOPES, ANACAROLINA GUERRA


Resumo: A emergência de assuntos que impactam nas relações sociais é observada constantementenas mídias e veículos de comunicação que apresentam versões da realidade segundo seus respectivosinteresses (Referência 1). Desta forma, colaborar para a formação de uma postura crítica frente aoque se exibe, é de suma importância, uma vez que re�ete no comportamento dos indivíduos, criandopossibilidades de desconstrução do senso comum preconcebido. É nesse sentido que o projetoCinePET se desenvolve, sendo proposto dentro do Programa de Educação Tutorial do BachareladoInterdisciplinar em Ciência e Economia � PET-BICE da Universidade Federal de Alfenas, CampusVarginha. O projeto tem como objetivo promover sessões de cinema que contribuam para umaformação ampla, crítica e atuante da comunidade acadêmica, através de uma perspectivainterdisciplinar, abordando temas de interesse dos cursos Bacharelado Interdisciplinar em Ciência eEconomia, Administração Pública, Ciências Atuarias e Ciências Econômicas com Ênfase emControladoria. Além disto, o projeto propõe também sessões de cinema direcionadas aos alunos dasescolas públicas de Varginha, que participam de outros projetos do PET-BICE, tais como os ProjetosAprendendo a Aprender e PETbol, contribuindo na interação com universitários e na difusão deconhecimentos. Assim, em termos metodológicos, o projeto se organiza a partir da exibição de �lmesou documentários, seguidos de um debate, acerca dos principais aspectos tratados na exibição,sempre coordenados por um petiano ou um por professor convidado. As exibições já realizadas nesteano foram dos documentários: �Juízo� (2007); �O Brasil deu certo. E agora?� (2011) e �À Margem doLixo� (2008). É importante salientar que o projeto ainda se encontra em desenvolvimento, mas quealguns resultados podem ser observados, tais como um contínuo aumento no número de participantes,maior interação nos debates propostos e contribuição na formação da comunidade acadêmica demaneira mais ampla, crítica e atuante. Por �m, espera-se que a consolidação do projeto possaproporcionar que o mesmo seja uma ferramenta importante e inovadora ao auxiliar os participantesna compreensão dos diversos valores que orientam a sociedade nos modos de agir e pensar (Referência2).

Referências:[1] Valéria Fabiana S. Ferreira. et. al.; Cinema e Educação: Re�exões Sobre uma Prática

Pedagógica; IV Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade; (2010)[2] Suely Araujo de Amorim; Possibilidades pedagógicas do cinema em sala de aula; Revista

Espaço Acadêmico, edição 79, volume 7; (2007)[3] sem referencia3

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4.33 O FORTALECIMENTO DA ITCP/UNIFAL-MG A PARTIRDO PROGRAMA NACIONAL DE INCUBADORAS DE

COOPERATIVAS POPULARES

Autores: LAÍS BATISTA PEREIRA, FERNANDA MAYUMI NISHIHATA, ANACAROLINA GUERRA


Resumo: Este resumo é proveniente do projeto �Consolidação da Incubadora Tecnológica deCooperativas Populares da Universidade Federal de Alfenas, Campus Varginha�, �nanciado peloPrograma Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares � PRONINC, com prazo de execuçãode 24 meses, que visa a consolidação das ações da ITCP/UNIFAL � MG, no sentido de poderarticular práticas de ensino, pesquisa e extensão. As Incubadoras Tecnológicas de CooperativasPopulares (ITCPS), segundo Guerra (2008) se caracterizam como agentes de apoio e fomento degrupos populares interessados em gerar trabalho e renda, no intuito do assessoramento para aconsolidação de empreendimentos econômicos solidários (EES), associações e cooperativas populares.Dentre as ITCPS tem-se a ITCP/UNIFAL-MG que atua desde 2010, com uma equipemultidisciplinar de docentes e acadêmicos. Metodologicamente a ITCP/UNIFAL � MG possui umametodologia própria de incubação, pautada pelos princípios e práticas da autogestão, da economiasolidária e do cooperativismo popular. Vale ressaltar que a Incubadora tem cada vez mais seconsolidado devido ao signi�cativo desempenho de suas ações e, principalmente, ao apoio e�nanciamento de entidades que compactuam e buscam difundir as práticas econômicas solidárias,como o PRONINC. Neste contexto, Programas de �nanciamento que visam o fortalecimento dasITCPS e dos EES se apresentam como importante instrumento para o desenvolvimento dasIncubadoras e difusão de iniciativas populares e coletivas. Assim o PRONINC tem proporcionadosubsídios que vem contribuindo signi�cativamente para ampliação das atividades da Incubadora, doacervo material, bibliográ�co, �nanceiro e o desenvolvimento dos três grupos de incubação daITCP/UNIFAL-MG, sendo os estes, a Associação Terra do Marolo, do Município de Paraguaçu, aAssociação Sabor & Saúde do Município de Varginha e a Associação Terra do Biscoito do Municípiode Areado. Além disso, o Programa tem possibilitado a concessão de bolsas aos membros daIncubadora, bem como expandir a atuação da mesma no que tange a participação em eventoscientí�cos, uma vez que, contribuiu signi�cativamente para o aumento da publicação de artigoscientí�cos em Congressos, Seminários e demais eventos de renome que tem contribuído parapromoção dos estudantes na vida acadêmica. Desse modo, o PRONINC tem desenvolvido umimportante papel não somente no apoio �nanceiro das atividades da incubadora, mas na promoçãoda expansão do Ensino e da Pesquisa dentro das universidades, que atrelados à Extensão contribuempara estratégias de geração de trabalho e renda e na formação dos estudantes.

Referências:[1] Ana Carolina Guerra; Gestão de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas

Populares:uma análise comparativa; Dissertação de Mestrado, Universidade Federal deLavras; (2008)

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4.34 O GOLPE PARA VEJA E CARTACAPITAL - UMADISCREPÂNCIA DE SENTIDOS

Autor: DIEGO HENRIQUE ALEXANDRE


Resumo: A capa de uma revista funciona como uma vitrine que busca seduzir o leitor. O objetivodo destinador, ao elaborá-la, é o de estabelecer estratégias discursivas que possam levar o destinatárioa um determinado fazer: o de adquirir a revista. Assim, por trabalharmos com textos verbovisuais,baseamo-nos nos conceitos de sincretismo e de percurso gerativo do sentido, da semiótica greimasiana,para fazer a análise das capas das revistas Veja e CartaCapital, publicadas em 26 de março e 02 de abrilde 2014, respectivamente, e que tratam do Golpe Militar de 1964. Ademais, considerando a capa derevista um gênero, valemo-nos nos pressupostos teóricos de M. Bakhtin acerca do conceito de gênerosdo discurso. Igualmente, ao nos basearmos em Fiorin (2006), lançamos mão dos conceitos de discurso,temas e �guras, formações discursivas e ideológicas. O objetivo deste trabalho é o de demonstrarcomo a semiótica de linha francesa pode colaborar teórica e metodologicamente para a interpretaçãoe leitura e�cazes do gênero discursivo capa de revista. Conforme Barros (2011), a semiótica descrevee explica o que o texto diz e como ele faz para dizer o que ele diz. Para entender a teoria semiótica,é preciso entender que o texto é um objeto de comunicação que se estabelece entre um destinadore um destinatário. A teoria, dessa maneira, deve ser entendida como uma perspectiva que explicao(s) sentido(s) do texto pelo exame de seu plano de conteúdo e, para construir o sentido do texto, oseu plano de conteúdo está sob a forma de percurso gerativo. Ao �nal, constatamos o contraste desentidos gerados por cada uma das capas de revista, o que nos revela formações discursivas e ideológicasdistintas a respeito do Golpe De 1964.

Referências:[1] Algirdas Julien Greimas; Joseph Courtés; Dicionário de Semiótica; São Paulo, Contexto;

(2013)[2] José Luiz Fiorin; Enunciação e semiótica; Letras, Santa Maria, Volume 33, paginas

69-97; (2006)[3] Diana Luz Pessoa de Barros; Teoria Semiótica do Texto; São Paulo, Ática; (2011)

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4.35 O GRUPO DE ESTUDOS �ECONOMIA SOLIDÁRIA EMDEBATE� COMO INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO

Autores: ANA PAULA OLIVEIRA SILVA DA HORA, THALES LUAN SILVA, DIMITRIAUGUSTO DA CUNHA TOLEDO, ANA CAROLINA GUERRA


Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar o Grupo de Estudos �Economia Solidária emDebate� realizado pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNIFAL-MG �Campus Varginha (ITCP/UNIFAL-MG) e suas contribuições para a formação sobre os pressupostosda Economia Solidária. Movimento que nasceu em época de desemprego e precariedade, como ummodo alternativo de geração e distribuição de renda a partir de trabalho coletivo e autogestionário,com a intenção de inclusão daquelas pessoas que foram marginalizadas pelo sistema capitalista.(BOTELHO et al, 2014). O Grupo de Estudos �Economia Solidária em Debate� foi inicialmenteidealizado pelos membros da ITCP/UNIFAL-MG, para ser um espaço de construções teóricas edebates sobre a temática da Economia Solidária e temas convergentes, tais como Relações de Gênero,Relações de Trabalho, Agro ecologia, Sustentabilidades, Autogestão, Educação Popular, AgriculturaFamiliar, Movimentos Sociais, entre outros. Iniciou-se no primeiro semestre de 2014, ocorrendoquinzenalmente, nas instalações da UNIFAL � Campus Varginha, aberto para a participação de todosos discentes da instituição. O grupo de estudos propicia aos participantes, através dos debates, aconstrução de análises cada vez mais críticas a respeito dos temas abordados nas discussões. Alémdisso, pode-se dizer que os debates e construções estabelecidos dentro do espaço do grupo de estudoscontribuem não somente para formação acadêmica dos estudantes, ultrapassando essa instância, àmedida que possibilitam transformações culturais, sociais e consequentemente comportamentais.Nesse sentido o Grupo de Estudos �Economia Solidária em Debate� pode ser caracterizado comoinstrumento de formação e de fortalecimento do movimento de Economia Solidária dentro do âmbitoacadêmico e com pretensão de expansão.

Referências:[1] Louise de Lira Roedel Botelho, at al; Revisão Integrativa sobre o tema da economia

solidária publicados no ENAPAD entre 2004 e 2013; International Journal of KnowledgeEngineering and Management, Florianopolis.

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4.36 O IMPACTO DA FROTA DE MOTOCICLETAS SOBRE OAUMENTO DOS ÓBITOS NO TRÂNSITO ENTRE OS

MOTOCICLISTAS

Autores: BEATRIZ REZZIERI MARCHEZINI, CASSIA HELENA MARCHON


Resumo: Os acidentes de trânsito constituem um grave problema para a saúde pública, poisacarretam no óbito de milhares de brasileiros, além das incapacidades permanentes. Somente em2013, houve aproximadamente 42 mil mortes no trânsito e entre os sobreviventes mais de 170 milsofreram algum tipo de ferimento ou sequelas permanentes, mais especi�camente 76,9% das vítimasfatais referem-se aos motociclistas. As fatalidades no trânsito advêm de diversos fatores, como a faltade manutenção das vias públicas, a má sinalização, precariedade do transporte público e também afalta de educação no trânsito por parte dos condutores. Além disso, a condição no trânsito se agravacom o aumento dos meios de transporte em circulação, principalmente as motocicletas queapareceram no cenário urbano como um meio de escapar do congestionamento e de ser um meio degeração de renda. O aumento da frota de motocicletas é resultado de políticas públicas queconcederam benefícios �scais e outras facilidades para a sua aquisição e pela oportunidade de ser ummeio de trabalho para os jovens sem quali�cação pro�ssional (referência 1). Constatou-se que noperíodo de 1995 a 2000, a frota de motocicletas teve um crescimento de 11%, enquanto os automóveisem circulação aumentaram em 4% (referência 2). Apesar das vantagens e proveitos do uso damotocicleta, esse grupo de condutores está mais vulnerável a ocorrência de um acidente no trânsitodevido a sua fragilidade e falta de equipamentos obrigatórios de segurança, restringindo apenas aouso do capacete. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é analisar a relação existente entre o aumentoda frota de motocicletas com os óbitos entre motociclistas nesse período. No modelo de regressãoestimado pelo Método dos Mínimos Quadrados, a mortalidade por cem habitantes depende dealgumas variáveis relacionadas com a frota de motocicletas. Além disso, o modelo considerouvariáveis para lidar com a sazonalidade dos acidentes de trânsito e os possíveis efeitos da Lei Seca. Operíodo analisado compreende os anos de 2003 a 2012 com os dados das frotas obtidos noDepartamento Nacional de Trânsito e dos dados referentes à mortalidade obtidos no Ministério daSaúde. O aumento na frota de motocicletas foi responsável por explicar 90,62% do aumento dosóbitos em acidentes de trânsito envolvendo motociclistas no período analisado. Os resultados indicamque grande parcela do aumento dos óbitos de motociclistas se deve em razão ao aumento da frota demotocicletas, sugerindo-se que como há mais motociclistas em circulação nos centros urbanos, hámais pessoas vulneráveis a sofrerem um acidente de trânsito envolvendo motociclistas. Os resultadosanalisados na pesquisa sugerem que a motocicleta é mais segura hoje do que no início de suaexpansão, pois o aumento das mortes é decorrente simplesmente de haver mais motocicletas emcirculação. Portanto, considerando que o aumento dos óbitos entre os motociclistas se manteveestável com tendência a um declínio, mostra-se que os óbitos entre os motociclistas é umaconsequência natural do aumento da frota das mesmas.

Referências:[1] Marli de Mesquista Silva Montenegro, Elisabeth Duarte; Mortalidade de motociclistas

em acidentes de transporte no Distrito Federal, 1996 a 2007. Rev Saúde Pública, volume 45;(2011)

[2] Sérgio Pedro Lopes; Elaboração de modelos matemáticos para análise, avaliação eprevisão do comportamento da motorização no Brasil; Tese de Doutorado�UFRJ, Rio deJaneiro; (2005)

[3] sem referencia3

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4.37 O PAPEL DA ITCP/UNIFAL-MG NO FORTALECIMENTODA ECONOMIA SOLIDÁRIA E NA GERAÇÃO DE

TRABALHO E RENDA

Autores: THALES LUAN SILVA, ANA CAROLINA GUERRA


Resumo: O presente trabalho tem como proposta a apresentação das atividades que vem sendorealizadas pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNIFAL-MG � CampusVarginha (ITCP/UNIFAL-MG) e suas perspectivas futuras. Suas ações pautam-se pelos pressupostosda Economia Solidária, que trazem uma proposta de desenvolvimento justo e solidário, baseado emprincípios que se tornam seus alicerces no processo contínuo de trabalho e de formaçãosocioeconômica e política. Em se tratando na formação dos militantes e trabalhadores, a partir dosanos 90 surgem as Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (ITCP's) em diversasuniversidades brasileiras. De acordo com Guerra (2006) elas trabalham no processo formativocontínuo de grupos populares com a proposta de fortalecimento e assessoramento de maneiradialógica e, para tanto, estas se baseiam na Metodologia de Incubação própria. Dentre essas, seencontra a ITCP/UNIFAL-MG, que incuba atualmente três grupos populares: um grupo deprodutores e bene�ciadores do Marolo, a Associação Terra do Marolo, em Paraguaçu-MG; um grupode agricultores familiares de Varginha-MG, a Associação Sabor & Saúde e um grupo de produtoresde Biscoitos do município de Areado-MG, a Associação Terra do Biscoito. Além dos grupos emprocesso de incubação, a incubadora desenvolve também atividades internas de formação, como oGrupo de Estudos �Economia Solidária em Debate� que contribui para a formação crítica acerca dospressupostos da economia solidária e temas transversais, que tem a participação dos membros daincubadora e também dos demais discentes do campus. Além disso, participa do Projeto Clube deTrocas com vistas para a disseminação de novas possibilidades de se pensar o consumo, bem comouma proposta de inserção cultural. No ano de 2015, trabalhos da ITCP/UNIFAL � MG foramapresentados nos seguintes congressos: IV Congresso da Rede de ITCPs, em Salvador � BA; VEncontro Mineiro de Administração Pública, Economia Solidária e Gestão Social, em Lavras � MG;2o Congresso de Extensão da Associação de Universidades do Grupo de Montevidéu, em Campinas �SP; XXXIX ENANPAD, em Belo Horizonte � MG, e IX Congresso Brasileiro de Agroecologia, emBelém � PA. Atrelado a isso, se encontra o trabalho de consolidação dos grupos incubados, bem comoum processo contínuo de formação interna dos seus membros. Para o ano de 2016, além dacontinuidade de suas ações existe a possibilidade de incubação de dois novos grupos, sendo um grupode catadores em Lambari-MG e um grupo de artesãos de Pouso Alegre � MG.

Referências:[1] Ana Carolina Guerra, et al; A Metodologia de Incubação da ITCP/UFSJ; In:

CONGRESSO DA REDE DE ITCPs, 1, 2006, Recife. Anais... Recife PE, ITCPs; (2006)[2] Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares[3] sem referencia3

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4.38 O PAPEL DO PODER JUDICIÁRIO PARA EFETIVAÇÃODO DIREITO À EDUCAÇÃO AOS PORTADORES DE

NECESSIDADES ESPECIAIS

Autores: LUIZ GUSTAVO REIS, LETÍCIA FERREIRA DE MIRANDA, RENATA ELIASDE OLIVEIRA FLAUSINO, ROSANE DE SOUZA ROCHA, FERNANDA SANTINELLI


Resumo: A convivência com crianças de desenvolvimento considerado normal é muito importante paraas crianças com síndrome de Down, trata-se de uma integração social que é um direito fundamental,garantido pela Constituição federal de 1988, embora, na prática, o que ainda se vê é muita discriminaçãona sociedade, principalmente nas escolas. Como sabemos, a dignidade da pessoa humana é fundamentoda República Federativa do Brasil, e rege-se pelos princípios da prevalência dos direitos humanos e pelacooperação entre os povos para o progresso da humanidade (LENZA, 2014). O objetivo desse artigoé fazer uma análise relacionada aos direitos e garantias fundamentais evidenciando a di�culdade quepais de crianças portadoras de síndrome de Down encontram ao tentarem ingressar seus �lhos nosprimeiros anos de escola, além de apresentar os desdobramentos de possíveis decisões tomadas pararesolução do problema em questão. Para tanto, foi feito um estudo de caso de uma criança portadorade síndrome de Down, que teve a sua matrícula negada por uma escola privada, sob a alegação de quea instituição não tinha condições de receber uma pessoa portadora de síndrome de Down, que necessitade cuidados especiais. Em razão disso, os pais ingressaram com ação judicial, no intuito de forçar aescola a matricular sua �lha ou então receber uma compensação �nanceira pela discriminação sofrida.Foi possível perceber, que a opinião de diferentes grupos envolvidos no caso acaba sendo con�itante,mostrando que a maneira como ele é analisado varia de uma forma extrema. Diante dos fatos cabe àjustiça tomar a decisão mais correta para ambas às partes, mas sempre levando em conta a necessidadede inclusão de crianças portadoras de de�ciência física e mental. Nesse caso é fundamental o papel doEstado, por meio do poder judiciário, para que o mesmo seja capaz de analisar e julgar os fatos demaneira coerente, interferindo no processo de uma forma que ambas as partes não sejam prejudicadas,e que o principal motivo do debate, a criança com síndrome de Down, não seja lesada e marcadapsicologicamente de forma traumática, prejudicando seu desenvolvimento futuro. A lei atribui a todasas pessoas o dever jurídico primário, genérico, de agir com cautela nas relações civis, de modo a nãoprejudicar, não causar danos a ninguém (ZEBULUM, 2012). A complexidade do assunto é tão grandeque até o próprio poder judiciário não consegue chegar a um consenso quando o assunto é a inclusãoe a garantia dos direitos fundamentais das crianças portadoras de síndrome de Down.

Referências:[1] BRASIL; Constituição da República Federativa do Brasil; (1988)[2] Pedro Lenza; Direito Constitucional Esquematizado; São Paulo, Editora Saraiva; (2014)[3] José Carlos Zebulum; Existem danos morais re�exos?; Revista Justiça & Cidadania, Rio

de Janeiro, edição 142, páginas 34-37; (2012)

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4.39 O PROCESSO DE INCLUSÃO BANCÁRIA NO BRASIL

Autores: BRUNO DIAS SOARES, JULIANO SILVA COUGO, NILDRED STAELFERNANDES MARTINS


Resumo: Dados inúmeros fatores sociais, políticos e econômicos, o Brasil padece estruturalmente dadesigualdade, sendo ela historicamente construída no decorrer dos séculos e catalisada pelodesenvolvimento do capitalismo. Tal desigualdade é visível inclusive em seu aspecto geográ�co,quando observam-se as discrepâncias regionais e o contraste existente nos grandes centros. O nível deatuação dos bancos está profundamente relacionado ao desenvolvimento regional, em uma economiamonetária de produção, dada sua capacidade de criar moeda, ofertar crédito, incentivar odesenvolvimento, etc. Sendo assim, é imprescindível que se discuta esta temática. Neste sentido, umdos grandes desa�os do crescimento e do desenvolvimento econômico é a inclusão �nanceira, tambémchamada de bancarização, conceito relativamente novo, que se refere ao nível de acesso da populaçãoaos produtos e serviços �nanceiros e bancários. No brasil, os principais produtos �nanceiros,especialmente os destinados a classe C, são o microcrédito, o crédito consignado, a conta corrente, aconta popança simpli�cada, entre outros. Há, no entanto, uma complexa dualidade a respeito desteassunto: ao mesmo tempo em que a bancarização possibilita o desenvolvimento, para que ela ocorraplenamente é necessário que já haja desenvolvimento e coesão no sistema �nanceiro. Ou seja, existeuma relação intrínseca que é em si mesma a causa e a solução para o problema. Nós últimos 15 anoshouve grande intensi�cação da bancarização no país e este fenômeno foi catalisado especialmentepelas regulamentações das autoridades monetárias, que, juntamente com as instituições �nanceirasdeterminam a estrutura �nanceiro do Estado, assim como pela criação dos CorrespondentesBancários, instituições terceirizadas que realizam certos serviços bancários. A profundidade�nanceira do país � porcentagem do PIB ocupada pelo crédito � aumentou signi�cativamente, astaxas de inadimplência caíram entre 2003 e 2013 caíram, o crédito para pessoas físicas subiu e osistema �nanceiro brasileiro é considerado seguro por entidades �nanceiras internacionais. Por meiode revisão de literatura e de documentos o�ciais é possível constatar que a bancarização é resultadomais da regulamentação das autoridades monetárias que da iniciativa dos bancos, e apesar docrescimento ela ainda não é su�ciente, além de necessitar ser seguida de outras ações, tais como: acriação de produtos bancários especí�cos para a realidade brasileira e para a classe C, a criação demecanismos de transparência nos processos decisórios do sistema �nanceiro, a percepção de que abancarização não é caridade, mas sim estratégia de desenvolvimento, além de promover a educação�nanceira para os usuários do sistema, uma vez que, apesar de a inadimplência ainda ser inferior aperíodos anteriores, o atual ambiente de crises tem a aumentado signi�cativamente em todos ossetores da sociedade.

Referências:[1] Marco Aurélio Crocco; Moeda e Desenvolvimento Regional e Urbano: uma leitura

keynesiana e sua aplicação ao caso brasileiro; Tese Submetida ao Concurso de ProfessorTitular; UFMG, Belo Horizonte, Abril; (2010)

[2] Wilson Levorato; Micro�nanças e o Sistema Bancário Brasileiro; In: FELTRIN LuizE.et al; Perspectivas e Desa�os para a Inclusão Financeira no Brasil:visão de diferentes autores;Brasília, BCB; (2009)

[3] Miguel J. R. Oliveira; Análise de Dez anos do Crédito no País � 2013; São Paulo,ANEFAC; (2013)

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4.40 O PROJETO EXTENCIONISTA LITERATURA UM OUTROOLHAR EM 2015

Autores: ANA MARA DA SILVA, MONICA COSTA DE PAULO, JESSICA APARECIDAADAO, GABRIEL RODRIGO GOMES PESSANHA


Resumo: O projeto extencionista Literatura Um Outro Olhar em 2015 Ana Mara da Silva1, JéssicaAparecida Adão2, Mônica Costa de Paulo3, Gabriel Pessanha4 Resumo: O projeto extencionista"Literatura um Outro Olhar"desenvolve contação de histórias para crianças, com o objetivo deestimular a criatividade, sensibilidade e desenvolvimento escolar. Este resumo tem como objetivoretratar as atividades desenvolvidas pelo projeto no ano de 2015. Primeiramente, realizou-se orecrutamento de novos mediadores através de divulgação em cartazes espalhados pelo campus e pelasredes sociais, resultando em 13 inscritos para o processo seletivo. Dos inscritos cinco foramselecionados e quatro participam ativamente do projeto, sendo uma aluna bolsista e as demaisparticipam voluntariamente. Após a fase de seleção, iniciou-se o processo de apresentação para osnovos integrantes e quali�cação dos mesmos, com objetivo de melhor integrá-los projeto. Foramfeitas três atividade de quali�cação: 1) Os mediadores antigos apresentaram o histórico do projetoaos novos e desenvolveram atividades para estimular criatividade, amenizar a timidez e repassar suasexperiências com a contação de histórias; 2) "O�cina de Consciência Cênica"ministrada por umapraticante de teatro e dança; 3) Assistir contação de histórias feita pelas professoras especializadas dacreche onde o projeto é desenvolvido. O "Literatura Um Outro Olhar"esta sendo implementado em2015 na creche CEMEI Mundo Encantado, localizada na circunvizinhança do campus. A crecheatende crianças de zero a cinco anos, em período integral e parcial. As crianças atendidas peloprojeto são as de três e quatro anos, divididas em quatro turmas, totalizando cerca de 65 criançasatendidas. As atividades desenvolvidas são planejadas com antecedência pelos mediadores de acordocom a idade da turma, dobraduras, desenhos, fantoches, palitoches, máscaras são confeccionadosbaseados na história contada, sempre com o intuito de desenvolver e divertir as crianças. Osencontros são realizados semanalmente. todas as quintas-feiras, com alternância de turmas e duraçãomédia de 45 minutos. As crianças são impactadas pelas atividades do projeto de diversas formas,como para Pinto (apud RUFINO e GOMES, 1999, pg.11), a literatura infantil tem grandeimportância no desenvolvimento das crianças, pois a partir da contação de histórias é transferido esentido alegria, fantasias e curiosidades. Nos estudos Abramovich (apud. Moreno 2009, pag. 234) acontação de historia para as crianças deve ser incentivada desde cedo, pois a partir dela é possíveldesenvolver a imaginação das crianças e fazer com que elas olhem o mundo com um olhar diferente.Porém as crianças não são as únicas bene�ciadas no processo, as atividades tornam os discentes maishumanizados e os aproximam da comunidade vizinha ao campus, entendendo melhor o contextosocial no qual estão inseridos. As contações de história iniciaram-se no segundo semestre de 2015,meados de Agosto, até agora foram feitas dez visitas. No mês de Outubro, o projeto foi convidadopela direção da creche para participar do evento em comemoração ao Dia das Crianças, fazendoalguma atividade voltada para os pais. Os mediadores decidiram declamar uma poesia, escolheram"Meus Oito Anos"de Casimiro de Abreu, com intenção de remeter os pais à sua infância e pensaremsobre a diferença entre sua infância e a infância de seus �lhos. Para �nalizar as atividades do projetoem 2015, pretende-se juntar as turmas de três e quatro anos e fazer uma contação de históriasespecial ou uma sessão de cinema. Palavras-chave: Literatura, crianças, creche 1 Bolsista,[email protected] - Instituto de Ciências Sociais Aplicada,UNIFAL-MG,Varginha,MG2 Voluntaria, - - [email protected] - Instituto de Ciências SociaisAplicada,UNIFAL-MG,Varginha,MG. 3 Voluntaria - [email protected] Instituto deCiências Sociais Aplicada,UNIFAL-MG,Varginha,MG. 4 Professor,

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[email protected] Instituto de Ciências SociaisAplicada,UNIFAL-MG,Varginha,MG

Referências:[1] RUFINO, C., GOMES, W; A importância da literatura infantil para o desenvolvimento

da criança na fase da pré-escola; São José dos Campos, Univap; (1999)[2] Leonel Alencar Moreno; O lúdico e a contação de histórias na educação infantil; Cadernos

de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas; (2009)[3] sem referencia3

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4.41 PROJETO DESAFIO INTERDISCIPLINAR: REPENSANDOO BACHARELADO INTERDISCIPLINAR

Autores: RENAN BORGES ASMUS, SAMUEL AUGUSTO DE PAIVA, ANA CAROLINAGUERRA


Resumo: O projeto �Desa�o Interdisciplinar� do grupo PET-BICE propõe uma re�exão sobre aproposta interdisciplinar do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia - BICE. Ele surge dasdi�culdades para o atingimento da proposta interdisciplinar do curso, explicitadas na referência 1. Comeste resumo, temos por objetivo apresentar os propósitos gerais deste projeto e os resultados obtidos atéo momento. A interdisciplinaridade, conforme referência 2, é resultado da interação dos conhecimentosde diferentes áreas, conforme a utilização do indivíduo para algum propósito. A multidisciplinaridade,por sua vez, pode ser compreendida como o resultado dos conhecimentos de diversas áreas, que podem,não necessariamente, serem relacionados. Percebemos com isso, que a proposta interdisciplinar dependeda utilização destes conhecimentos pelo estudante, de forma a integrá-los. Dado estas considerações,o projeto divide-se em duas etapas: (1) conceitual, onde propomos uma re�exão, através de leiturase aulas expositivas, sobre o assunto, de modo que os participantes do projeto possam compreendera origem e a importância da interdisciplinaridade; (2) aplicação da metodologia da problematização,conforme proposta de Charlez Maguerez, como uma ferramenta auxiliar à interdisciplinaridade. Oprojeto ainda se encontra em desenvolvimento, visto que a segunda etapa ainda não foi concluída.Contudo, alguns resultados já podem ser notados. Entre eles, destaca-se a percepção dos alunosparticipantes do projeto sobre a importância da interdisciplinaridade e, também, sobre os meios paraalcança-la. Entretanto, ainda se pode perceber, entre os participantes, di�culdades em compreendera diferença entre interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e transdisciplinaridade. Nesse sentido,ressaltamos a necessidade de ampliar as discussões sobre o assunto, e, com isso, repensar os meios paraefetivamente construir um conhecimento interdisciplinar.

Referências:[1] Tiago Gambi et al (Org.); O Desa�o da Interdisciplinaridade: re�exões sobre a

experiência do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia da UNIFAL-MG; BeloHorizonte: Fino Traço; (2013)

[2] Ivani Fazenda (Org.); Interdisciplinaridade: pensar, pesquisar e intervir; São Paulo,Cortez; (2013)

[3] Neusi Berbel; Metodologia da Problematização: uma alternativa metodológicaapropriada para o Ensino Superior; Seminário Soc./Hum, Londrina, volume 16, número 2,Edição Especial; (1995)

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4.42 PROJETO �EDUCAR PARA A SUSTENTABILIDADE:EDUCAÇÃO, TERRA, AÇÃO!�: A EDUCAÇÃO

AMBIENTAL, O DESENVOLVIMENTO LOCAL, APARTICIPAÇÃO POPULAR E O CAPITAL SOCIAL.



Resumo: A institucionalização do desenvolvimento local, com iniciativas que visam à consolidaçãoda preservação ambiental, é de suma importância para se criar uma sociedade futura comprometidacom o uso responsável dos recursos naturais. A implementação da educação ambiental nas escolas éuma das premissas para se colocar em prática, na sociedade, o conceito da sustentabilidade. É precisoreconhecer as consequências negativas do desenvolvimento econômico e buscar soluções, principalmentelocais, para amenizar os impactos ambientais gerados pelo atual modelo capitalista de produção. Alémdas empresas, dos governos e dos cidadãos, a escola traz consigo uma enorme responsabilidade, paracom a sociedade, no que diz respeito à concretização de uma formação educacional embasada naresponsabilidade com o meio ambiente. É nesse ambiente de defasagem que a Escola Estadual Coraçãode Jesus de Varginha-MG, inserida em uma área que abrange as comunidades Bairro de Fátima, VilaBueno, Jardim Petrópolis, Vila Adelaide dentre outras, baseou-se para materialização da ideia deum projeto que trouxesse a noção sustentável para os alunos desde cedo em sua formação escolar.Este projeto visou à realização de ações voltadas à melhoria do meio ambiente e da qualidade devida, envolvendo a comunidade escolar e a comunidade na qual ela está inserida. Buscou-se, comesse trabalho, conhecer melhor o projeto da escola, bem como contextualiza-lo com a teoria do capitalsocial, desenvolvimento local, educação ambiental e participação popular, trazendo também uma críticaconstrutiva sobre as ações e metodologias usadas para a execução do projeto.

Referências:[1] Euzineia Carlos; Marta Zornal e Silva; Associativismo, participação e políticas públicas;

Política e Sociedade; UFES; Número 9; (2006)[2] Cristiane Mansur de Moraes Souza; Ivo Marcos Theis; Desenvolvimento regional,

abordagens contemporâneas; Blumenau, Furb; (2009)[3] sem referencia3

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4.43 SANEAMENTO E MORTALIDADE NAS CAPITAIS DOSESTADOS DA REGIÃO SUDESTE.

Autor: AMANDA ELISA DIAS SOARES


Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar como os investimentos no setor de saneamentobásico têm provocado melhorias na vida dos habitantes das capitais dos estados da região sudeste.Para avaliar esse progresso, foram estudados os indicadores de mortalidade infantil e o de mortalidadeaté os cinco anos de idade, uma vez que os mesmos são altamente in�uenciados pela qualidade que seencontra neste setor. Estes dados foram retirados do PNUD Brasil (Programa das Nações Unidas parao Desenvolvimento) referente aos anos de 1991, 2000 e 2010, anos que foram realizadas as pesquisas.Além da mortalidade foram coletados no SNIS (Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento) osvalores investidos nas cidades de Belo Horizonte � MG, Vitória � ES, São Paulo � SP e Rio de Janeiro� RJ nos anos de 1998 até 2012. Tais investimentos foram realizados em relação ao abastecimentode água, ao esgotamento sanitário e outros investimentos. O setor de saneamento de Belo Horizonteobteve maior investimento nos anos mais recentes principalmente na melhoria do esgotamento sanitário.Quanto ao abastecimento de água, o ano de 1998, foi o que mais recebeu verba dentre os três pontosanalisados. Nos anos seguintes, a partir de 2004, o seu valor elevou-se, entretanto, tem caído a partirde 2010. Com relação aos investimentos de Vitória pode-se notar que os valores dos anos iniciaisanalisados não foram tão signi�cativos quanto de Belo Horizonte. Os maiores valores deste períodoocorreram nos últimos anos, a partir de 2006. Foram gastos maiores quantias para o melhoramentodo esgoto sanitário, seguido do abastecimento da água e por último em outros investimentos. Quantoaos níveis de investimentos em São Paulo houve uma leve diferença dentre as demais cidades. Nosprimeiros anos analisados, o valor gasto não foi tão mais baixo do que nos anos mais recentes, comoapontado nas análises anteriores. Outro ponto de diferença são os valores não tão distantes entreinvestimento em abastecimento de água e esgotamento sanitário, os níveis gastos nessas diferentesáreas foram muito parecidos. Os investimentos do Rio de Janeiro não seguem um padrão como vistonas outras, em que são uniformes e tendem a aumentar nos últimos anos. O ano em que mais segastou com o abastecimento de água foi em 1998 e tanto em 2007 quanto 2011 não houve nenhumgasto nesse âmbito. E também não ocorreram gastos com outros investimentos em 2007 e em 2009,única cidade que apresentou este padrão. Mesmo com níveis diferentes de investimentos em todasas quatro cidades analisadas os números de mortalidade infantil e de mortalidade até cinco anos deidade sofreram uma grande queda. Os números de óbitos reduziram consideravelmente nos três anosestudados e o investimento em saneamento contribuiu muito para essa mudança.

Referências:[1] BRASIL; Ministério das Cidades; Secretaria Nacional de Informações sobre Saneamento

(SNIS); (2014)[2] BRASIL; Ministério da Educação e Desenvolvimento; Programa da Nações Unidas para

o Desenvolvimento (PNUD); (2014)[3] BRASIL; Ministério da Saúde; Instituto Trata Brasil; (2013)

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4.44 SISTEMA BASEADO EM REGRAS FUZZY NA ANÁLISEDA RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Autores: LUCAS PEREIRA LOPES, DANILO MACHADO PIRES, FRANCIANE DEOLIVEIRA DE ALVARENGA


Resumo: A análise de balanços é uma arte, pois, embora existam alguns cálculos razoavelmenteformalizados, não existe uma forma cientí�ca ou metodologicamente comprovada de relacionar osíndices de maneira a obter um diagnóstico preciso (referência 1). Com isso, percebe-se que doisanalistas diferentes podem inferir conclusões distintas com os mesmos índices disponíveis. Existe umafalta de regularidade entre a capacidade criativa dos seres humanos e as possibilidades de solução queas máquinas computacionais proporcionam, devido ao fato de que o raciocínio humano lida comconsiderações (termos) incertas, imprecisas, enquanto as máquinas e computadores são movidos porraciocínio binário. Segundo referência 2, �a eliminação de tal restrição faria com que as máquinasfossem inteligentes, podendo raciocinar da mesma maneira imprecisa, como os seres humanos�. Eminglês, esse raciocínio é chamado de �fuzzy� que, em português, é sinônimo de difuso, nebuloso,incerto ou impreciso. A lógica fuzzy permite que se expresse a ambiguidade e a incerteza em umsistema de regras em que não se usam as expressões falso ou verdadeiro, mas pode ser usadoverdadeiro a um determinado grau. Ela é uma teoria matemática que combina lógica multivalorada,teoria probabilística, inteligência arti�cial e redes neurais, para que possa representar o pensamentohumano. É conhecida também como lógica nebulosa, difusa, algo que não está claro, e se refere aofato de, em muitos casos, não conhecermos completamente os sistemas que estamos analisando. Lidarcom situações que envolvem fatores ambíguos, incertos e informações vagas é a característica dalógica fuzzy. Portanto, nessa teoria, é permitido tratar matematicamente os níveis de incertezas. Apartir disso, tem-se como objetivo desse estudo apresentar e analisar um modelo para análise daRentabilidade sobre o Patrimônio Líquido de empresas por meio de um sistema de regras fuzzy. Paraatingir o objetivo proposto, foram selecionadas 43 empresas do setor de energia elétrica listadas naBolsa de Valores Bovespa e os dados extraídos na base de dados Economática, tendo como base parao estudo o exercício social de 2012. O conjunto de dados contém cinco variáveis: Liquidez Corrente(LC), Liquidez Geral (LG), Composição do Endividamento (C.E), Participação de Capital deTerceiros (P.C.T) e Rentabilidade Sobre o Patrimônio Líquido (ROE). As quatro primeiras comoentrada e a última como saída do modelo. Todas as variáveis estão em porcentagem (%). Aelaboração do modelo proposto deu-se em três partes: i) fuzzi�cação, onde são construídas asvariáveis de entradas; ii) elaboração das regras de inferência; iii) defuzzi�cação, onde são obtidas assaídas do modelo. O programa usado para o desenvolvimento da parte relacionada à lógica fuzzy foio Rstudio (referência 3). Para a avaliação do modelo utilizou-se os mesmos dados da fase de treino(Liquidez Corrente, Liquidez Geral, Composição do Endividamento, Participação de Capital deTerceiros e ROE), pois, a princípio, o modelo proposto é para descrever e não prever. Como resultadode avaliação, temos um coe�ciente de correlação de 0,9736284 e um erro médio de 8,199531%. Outrasduas medidas adotadas são o erro quadrático médio e o desvio padrão do erro quadrático médio, ondeo erro é estimado pela diferença do observado pelo modelo. Obteve um erro quadrático médio de2,975502% e o desvio padrão do erro quadrático médio de 12,14873%. O modelo apresentou umadistribuição dos resíduos na faixa de -20% a +30%, mostrando que a maioria dos desvios estão emtorno de zero, o que demonstra que o modelo está conseguindo descrever os valores. A proposta desteestudo foi à elaboração de um modelo de predição fuzzy para análise do ROE de empresas, visandoestabelecer uma base cientí�ca com a utilização de um método quantitativo. Para isso, os resultadosapresentados foram considerados satisfatórios, permitindo assim, o uso desse modelo como ferramentano processo decisório tentando minimizar as subjetividades envolvidas. Apesar dos cuidados tomadosna escolha do processo metodológico para este estudo, deve-se levar em consideração que apenas um

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segmento de empresas foi objeto desta pesquisa. Portanto, as observações são restritas ao segmentode energia elétrica, não permitindo, desta forma, generalizações para outros segmentos. Torna-serelevante, estudos voltados para outros segmentos que possuem LC diferente da LS, considerandoassim os níveis de estoques. Outra limitação foi quantidade de ferramentas grátis disponíveis até arealização do presente trabalho, a única opção foi o pacote frbs do programa R, criado em maio de2015.

Referências:[1] Sergio de Iudícibus; Análise de balanços; São Paulo: Atlas, edição 7; (1998)[2] Ian Shaw, Marcelo Godoy Simões; Controle e Modelagem Fuzzy; São Paulo: Edgard

Blücher, edição 1; (1991)[3] R Core Team; R: A language and environment for statistical computing; R Foundation

for Statistical Computing, Vienna, Austria, URL http://www.R-project.org/; (2015)

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4.45 SUSTENTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO LOCAL EMUMA ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS

RECICLÁVEIS: O CASO DA ATREMAR.

Autores: AMANDA FERREIRA ALVES, ITALO DO NASCIMENTO MENDONÇA,ALEXANDRE IRINEU DE SOUZA, LUIZ ANTONIO STAUB MAFRA


Resumo: Hoje, um dos problemas que a humanidade tem que enfrentar é a questão de como lidarcom a grande quantidade de lixo gerada pelos mais diversos atores globais. Há lixo nas cidades, nosmares e até mesmo na órbita da Terra. Com o crescimento e o consumismo desenfreado, essemontante de lixo é cada vez mais acrescido e se torna uma questão de saúde, tendo impacto direto nomeio ambiente. Os municípios tem grande in�uência para fazer com que ações destinadas aoreaproveitamento do lixo gerado em seu interior sejam estabelecidas. Além de trazer resultadosbené�cos para a comunidade local, ele consegue ter acesso a recursos da União destinados aotratamento desse problema, como a utilização da retenção do ICMS Ecológico. Um dos incentivos queos municípios podem realizar é o apoio à associações de catadores de materiais recicláveis, que têm semostrado atuantes no combate ao mau descarte do lixo gerado pela sociedade. O objetivo do presenteartigo é mostrar o funcionamento de uma associação de catadores de materiais recicláveis localizadano município de Três Pontas (ATREMAR � Associação Trespontana de Materiais Recicláveis) e quaisos impactos que o trabalho por eles realizado traz para sociedade no âmbito socioambiental,econômico e de saúde humana. Como metodologia da pesquisa, primeiramente foi feito contato viatelefone e agendamento de horário para visita à associação. Conhecendo o seu funcionamento e aestrutura, foi elaborado e aplicado um questionário com a �nalidade de identi�car como os associadosenxergam o seu trabalho na sociedade e qual o retorno obtido e também o per�l econômico de cadaum deles. Também foram discutidos conceitos relacionados à triagem e manuseio do lixo, associaçõese cidades, meio ambiente, coleta seletiva, sustentabilidade, a importância da boa gestão ambientalnos municípios e quais as vantagens da reciclagem. A associação passou por duas administrações, e osresultados foram analisados nesses dois momentos, o primeiro com uma administração ine�ciente e osegundo com uma administração progressiva. A ATREMAR obteve retornos positivos no último ano,superando as expectativas, tanto para os próprios associados, que passaram a ter melhores condições�nanceiras, quanto para o meio ambiente, que poupou recursos naturais e também para a sociedadeque aprende e colabora cada vez mais com a coleta seletiva. Como considerações �nais da pesquisadesenvolvida na ATREMAR observam-se que o poder público tem papel essencial, por motivar ocaráter associativista dentro do município quanto à questão do tratamento de resíduos sólidos, setornando exemplo de gestão nesse quesito. Hoje a ATREMAR é um exemplo de gestão e deassociação de catadores para os demais municípios da região de Três Pontas.

Referências:[1] Jacqueline Bringhenti; Coleta Seletiva de resíduos sólidos urbanos: aspectos operacionais

e da participação da população; Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo; (2004)[2] Karina Peixoto, Vânia Barcellos Gouvêa Campos; Márcio de Almeida D'agosto; A coleta

seletiva e a redução dos resíduos sólidos; Rio de Janeiro, Instituto Militar de Engenharia; (2005)[3] JACOBI, P.; Educar para a sustentabilidade: uma contribuição à década da educação

para o desenvolvimento sustentável; São Paulo, Instituto Paulo Freire; (2008)

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4.46 TERCEIRO SETOR: INCOERÊNCIA EDIMENSIONAMENTO EQUIVOCADO

Autores: ISABELA GIMENEZ MENEGUCI, BRUNO EDUARDO FREITAS HONORATO


Resumo: A de�nição do Terceiro Setor tem gerado muitas discussões. Levando em conta a vertenteneoliberal predominante na literatura, tal di�culdade residiria na suposta diversidade dasorganizações que o compõe. Por conta da incoerência nessa nomenclatura, o último censo do InstitutoBrasileiro de Geogra�a e Estatística para [3], realizado no município de Varginha-MG realizou umdimensionamento do Terceiro Setor que pode ser contestado, uma vez que se entende como principiofundamentador do Terceiro Setor, dentro da literatura predominante, que as organizaçõespertencentes a ele são as organizações privadas que assumem serviços de responsabilidade do Estado.A discrepância e a incoerência dos dados se dão pela forma de classi�cação das organizaçõespertencente a esse setor. O projeto de extensão da Universidade Federal de Alfenas, �Dialongando:dialogando com as ONGs do município de Varginha-MG�, considera as organizações sem �nslucrativos sendo as associações de cunho social e as fundações privadas, criadas por um grupo depessoas que tem como objetivo em comum bene�ciar o próximo sem a visualização da margemlucrativa da instituição. A diferença entre essas organizações está na forma de criação, as fundaçõesprivadas recebem um bem patrimonial como incentivo para sua criação. Tanto para [1] como para oIBGE as organizações deve se enquadrar a cinco características ser privada, sem �ns lucrativos,institucionalizada, auto administrativa e voluntária. Assim as organizações pertencentes a esse setorsão associações, fundações e organizações religiosas. Embora tenham essa visão, as pesquisas sãorealizadas pela metodologia Classi�cation of the Purpose of Non-Pro�t Institutions ServingHouseholds � COPNI, que aborda a questão de uma maneira diferente; as classi�ca em 10 grupos:habitação, saúde, cultura e recreação, educação e pesquisa, assistência social, religião, partidospolíticos-sindicatos-associações patronais e pro�ssionais, meio ambiente e proteção dos animais,desenvolvimento e defesa de direitos, outras instituições privadas sem �ns lucrativos, ou seja, sãotodas as organizações não pertencem ao chamado primeiro setor representado pelo Estado e nem pelosegundo setor formado por organizações privadas que visam giro de capital e a lucratividade. Essemétodo é utilizado por dois propósitos: primeiro para analise a nível mundial e segundo paracomparação com pesquisas anteriores. Para [2] apresenta, tal dimensionamento equivocado prejudicaa administração pública pelo fortalecimento do gerencialismo, ou seja, há nesse contexto uma defesaao enfraquecimento do Estado e estímulo ao discurso neoliberal. E por se tratar de um institutoo�cial de pesquisa, ao dimensionar equivocadamente o chamado Terceiro Setor colocando que, deacordo com o censo de 2010, haveria 358 organizações sem �ns lucrativos em Varginha-MG, enquantoa equipe do projeto identi�cou 33 organizações, podem-se gerar informações destoantes para asociedade a respeito do tamanho e atuação efetiva desse setor no município.

Referências:[1] Rodrigo Mendes Pereira; Terceiro Setor: Identi�cando suas Organizações e Propondo

um Novo um Conceito; (2005)[2] Carlos Montaño; Terceiro setor e questão social: crítica ao padrão emergente de

intervenção social; edição 6, São Paulo, Cortez; (2010)[3] Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística; Acesso em maio/2015

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4.47 UM PROBLEMA DE DIFUSÃO EQUIVALENTE AEQUAÇÃO DE BLACK-SCHOLES PARA OPÇÕES

EUROPEIAS

Autores: JOSIANE CORREIA DE SOUZA CARVALHO, SILVIO ANTONIO BUENOSALGADO


Resumo: Neste trabalho estuda-se um modelo matemático, conhecido por Equação de Black-Scholespara opções europeias. Este modelo expressa a taxa de variação do preço do derivativo, em relação aotempo, como uma combinação linear de três termos: o preço do próprio derivativo, a rapidez com queele varia em relação ao preço da ação e como essa variação é acelerada. O principal objetivo é utilizartécnicas da teoria das equações diferenciais parciais para mostrar que o modelo de Black-Scholes éequivalente a um problema de difusão.

Referências:[1] Wilmott, P., Howinson, S., Dewyne, J.; The Mathematics of Financial Derivatives; A

Student Introduction, Cambridge University Press; (1995)[2] Rafael José Iorio, Valéria de Magalhães Iorio; Fourier Analysis and Partial Di�erential

Equations; Cambridge University Press; (2001)[3] Lawrence Evans; Partial Di�erential Equations, Graduate Studies in Mathematics, 19,

AMS; (1998)

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4.48 UMA ANÁLISE DE AGRUPAMENTO DOS MUNICÍPIOSDA MESORREGIÃO SUL-SUDOESTE DE MINAS A

PARTIR DE VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS

Autores: MARCIO ALOISIO DA SILVA JUNIOR, LINCOLN THADEU GOUVEA DEFRIAS, PATRICIA DE SIQUEIRA RAMOS


Resumo: Duas das principais características socioeconômicas do Brasil são a rápida mudançademográ�ca e as grandes diferenças regionais. O objetivo do trabalho foi analisar como esses doisproblemas se apresentam nos municípios brasileiros, mais especi�camente na mesorregiãoSul/Sudoeste de MG, por meio da análise de componentes principais (ACP) e da análise deagrupamento (cluster analysis), dois métodos de análise estatística multivariada. O programaestatístico R foi utilizado para analisar os dados do Censo Demográ�co de 2010 do IBGE, tabuladospor município, no Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. As principais variáveis analisadasforam a população total, população rural, população urbana, taxa de envelhecimento, esperança devida, entre outras, totalizando 11 variáveis. Inicialmente, as variáveis foram padronizadas para quetodas �cassem na mesma escala. Então, a técnica de componentes principais foi empregada parareduzir sua dimensionalidade, eliminando correlações entre as variáveis para focar a análise nosindicadores responsáveis pela maior parte da variância. Os dois primeiros componentes principais(CPs) contabilizaram quase 71% da variação total e, por isso, foram os únicos considerados. Deacordo com as correlações entre as variáveis e os CPs, a maior parte delas apresentou alta correlaçãocom o 1o CP, a mais baixa correlação foi com a variável taxa de envelhecimento (T_ENV), porém,esta variável apresentou alta correlação com o 2o CP. O segundo passo consistiu na análise deagrupamento. Esta etapa utilizou os componentes principais construídos na primeira etapa paradividir os municípios em grupos de tal forma que houvesse homogeneidade dentro dos grupos eheterogeneidade entre os grupos formados. A distância Euclidiana foi calculada entre todos osmunicípios e os métodos de agrupamento utilizados foram o hierárquico aglomerativo de Ward e onão hierárquico das k-médias. O dendrograma obtido pelo método de Ward sugeriu a divisão em 3grupos de municípios. Comparando-se os agrupamentos com outros métodos hierárquicos,percebeu-se pouca variação entre os municípios pertencentes ao mesmo grupo. Porém, Itajubá,Passos, Poços de Caldas, Pouso Alegre e Varginha, cidades de maior porte da mesorregião, sempre�caram em grupos separados dos demais. Pelo método k-médias com 3 grupos, o mesmo aconteceu,entretanto, Alfenas e Três Corações foram incluídas neste grupo. Dessa forma, foi obtida umatipologia dos municípios sul mineiros segundo seu per�l demográ�co.

Referências:[1] Sueli Aparecida Mingoti; Análise de dados através de métodos de estatística

multivariada: uma abordagem aplicada; Editora UFMG; (2005)[2] R Development Core Team; R: A language and environment for statistical computing;

R Foundation for Statistical Computing; Vienna, Austria; (2015)[3] sem referencia3

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4.49 VARIÁVEIS MUNICIPAIS ASSOCIADAS À TAXA DEPOBREZA

Autores: LEDA GRASIELE OLIVEIRA, WALDIR DO CARMO DOMICIANO JUNIOR,PATRICIA DE SIQUEIRA RAMOS, LINCOLN THADEU GOUVEA DE FRIAS


Resumo: Nos últimos anos, tanto os pesquisadores quanto as organizações governamentais e nãogovernamentais que lidam com a pobreza têm buscado medidas que meçam a pobreza de maneiramultidimensional, isto é, que não vejam a pobreza apenas pelo viés da renda. O motivo desse esforçoé representar o fato de que alguém pode ter renda su�ciente para satisfazer boa parte de suasnecessidades, mas não conseguir satisfazer aquelas que dependem de políticas públicas porque não hácomo comprá-las individualmente, como é o caso do saneamento, do acesso à água e, em certamedida, dos serviços de saúde e educação. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivoinvestigar, para os 5.565 municípios do Brasil, quais dentre cerca de 200 variáveis são os melhoresprevisores das taxas municipais de pobreza e pobreza extrema. Para tanto, foram utilizados dadosdos censos demográ�cos do IBGE de 1991, 2000 e 2010, disponibilizados no Atlas do DesenvolvimentoHumano no Brasil 2013. O trabalho utilizou o software R para que fossem ajustados os modelos deregressão mais adequados usando duas metodologias para a seleção automática de variáveis, ométodo passo a passo (stepwise) e o método melhores subconjuntos (best subsets). O primeirométodo resultou em um modelo com 31 e 30 variáveis, que melhor explicam a pobreza e a pobrezaextrema, respectivamente. O método dos melhores subconjuntos resultou em apenas 8 variáveis quemais se associam à pobreza e 13 que mais se associam à pobreza extrema. Em ambos os modelos asvariáveis, no geral, estão relacionadas à distribuição de renda, à educação, às condições de trabalho eoutras necessidades básicas diárias que não dependem apenas do indivíduo, e sim de políticas deinfraestrutura. De maneira mais geral, pode-se observar que a pobreza não deve ser explicada apenasa partir da renda, pois um indivíduo pobre, além de não ter renda su�ciente para as suasnecessidades básicas, também têm privações que não dependem dele, como as privações relacionadasà disponibilidade de serviços públicos, tais como saneamento básico e, em certa medida, a educação.

Referências:[1] Ana Flávia Machado, Andre Braz Golgher, Mariangela Furlan Antigo; La privación

desde un enfoque multidimensional: el caso brasileño; Revista CEPAL; (2014)[2] Pnud, Ipea, Fjp (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento; Instituto de

Pesquisas Econômicas Aplicadas; Fundação João Pinheiro); Atlas do Desenvolvimento Humanono Brasil; (2013)

[3] R Development Core Team; R: A language and environment for statistical computing;R Foundation for Statistical Computing; Vienna, Austria; (2015)

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Índice RemissivoADíLIO RENê ALMEIDA MIRANDA, 16, 43ADRIANA GREGATTI MOTA DA CRUZ, 74ALEXANDRE IRINEU DE SOUZA, 73, 143ALICE SILVA DUARTE, 67ALINE DE ASSIS GUEDES PEREIRA, 110AMANDA ELISA DIAS SOARES, 60, 140AMANDA FERNANDES MARINHO, 124AMANDA FERREIRA ALVES, 26, 73, 143AMANDA MAMBELI LOPES, 4, 27ANA CAROLINA GUERRA, 80, 81, 85, 94,

95, 99, 111, 128, 129, 131, 133, 138ANA CAROLINA ORRICO E SILVA, 30ANA MÁRCIA RODRIGUES DA SILVA, 12,

64ANA MARA DA SILVA, 136ANA PAULA OLIVEIRA SILVA DA HORA,

131ANA PAULA ROCHA ROSA, 51, 74

BÁRBARA ALVES LOPES, 124BEATRIZ REZZIERI MARCHEZINI, 61, 95,

132BRUNA CARVALHO MOURA AVELAR, 34,

92BRUNA DA COSTA SILVA, 85BRUNA MONALIZA DA SILVA, 73BRUNO DIAS SOARES, 12, 135BRUNO EDUARDO FREITAS

HONORATO, 14, 15, 32, 37, 44, 144

CAMILA PESSOA PRADO, 19, 41CAMILA ROQUE FERREIRA PINHEIRO,

111CAMILA TAVARES, 38, 39, 42CARLOS GUILHERME DE SOUZA, 4, 27CARLOS JOSE DA SILVA JUNIOR, 26CAROLINE PAVAN FERNANDES, 30CASSIA HELENA MARCHON, 22, 132

DANILO MACHADO PIRES, 118, 141DEIVE CIRO DE OLIVEIRA, 46, 108DICKISON LEITE CARVALHO, 84, 121, 139DIEGO HENRIQUE ALEXANDRE, 130DIESLEY HENRIQUE SILVA, 124DIMITRI AUGUSTO DA CUNHA TOLEDO,

82, 87, 131

EDUARDA MARIA MADEIRA DRAMOS,99

EDUARDO JOSE VIEIRA, 107ENDER LUCAS FERREIRA, 64, 94EVERLANI APARECIDA SILVERIO, 124

FERNANDA MAYUMI NISHIHATA, 87, 129FERNANDA MITSUE SOARES ONUMA,

36, 126FERNANDA SANTINELLI, 10, 26, 29, 134FERNANDA VENTURATO ROQUIM, 102,

115, 118FLÁVIO TERRA JUNHO, 6FRANCIANE DE OLIVEIRA DE

ALVARENGA, 72, 141FRANCIELE IMACULADA COUTINHO,

101

GABRIEL RODRIGO GOMES PESSANHA,17, 20, 33, 48, 52, 70, 124, 136

GISELE GONCALVES DE BRITO, 75, 115GUSTAVO DE SOUZA NAZARE, 9, 29GUSTAVO SILVA NORONHA, 113

HUMBERTO MARCILIO MARTINS, 46

IRIS CARMEN PINHEIRO RODRIGUÊS,125

ISABELA ARIANE BUJATO, 2, 10ISABELA GIMENEZ MENEGUCI, 14, 144ITALO DO NASCIMENTO MENDONÇA,

26, 73, 143

JÉSSICA PEREIRA RUAS, 74JÉSSICA TOMAZ DE PAIVA, 101JESSICA APARECIDA ADAO, 136JESSICA DA SILVA CARDOSO, 54JESSICA DE MARTINS SAMPAIO, 6JILMARA DE SOUZA CARNEIRO

CARVALHO, 43JOÃO AUGUSTO DE MENDES

DOMINGUETI, 82JOÃO ESTEVÃO BARBOSA NETO, 20JONATAMAUGUSTOMARINHO, 22, 86, 94JONATHAN ENRIQUE PÉREZ, 124JOSÉ RODOLFO LEONEL, 74JOSAFAT JORGE BARBOZA AMORIM, 43JOSIANE CORREIA DE SOUZA

CARVALHO, 101, 145JULIANA GUEDES MARTINS, 17JULIANA SOUZA SCRIPTORE, 75

148


JULIANE SUELLEN MOREIRA BORGES,126

JULIANO SILVA COUGO, 12, 22, 43, 135

KEROLAINE JENIFER CORREA, 16

LíVIA RIBEIRO VIEIRA, 122LAÍS BATISTA PEREIRA, 87, 129LAÍSA DE BEM BASTOS, 120LARISSA GONCALVES SOUZA, 51LARISSA REIS BORGES DEMESQUITA, 81LAUDICÉIA TEIXEIRA DA SILVA, 29LAURA REGINA DIAS VIEIRA DA SILVA,

101LAYMA MELO DE BRITO, 107LEANDRO FERREIRA, 20, 72LEANDRO RIVELLI TEIXEIRA

NOGUEIRA, 74LEDA GRASIELE OLIVEIRA, 147LEIZIANE NEVES DE AZARA, 52LEONARDO HENRIQUE COSTA, 54LEONARDO HENRIQUE DE ANDRADE

BENTO DO NASCIMENTO, 66, 101LETÍCIA APARECIDA LOPES, 91, 128LETÍCIA CEZÁRIO DE NOVAIS, 9, 26LETÍCIA FERREIRA DE MIRANDA, 15, 32,

134LETICIA LIMA MILANI RODRIGUES, 88LINCOLN THADEU GOUVEA DE FRIAS,

123, 125, 146, 147LIVIA BRITO DE FARIA, 29LUANA APARECIDA RIBEIRO, 19, 97LUCAS PEREIRA LOPES, 52, 61, 95, 141LUCIANO CAVINI MARTORANO, 73LUCIENE DE CÁSSIA INÁCIO, 50, 58LUCIENE RESENDE GONÇALVES, 70, 124LUIS GUSTAVO GUTIERREZ GEBIN, 81LUISA PIMENTA TERRA, 58, 60LUIZ ANTONIO STAUB MAFRA, 24, 38, 39,

42, 97, 122, 143LUIZ GUSTAVO REIS, 134LUIZ OTAVIO DE OLIVEIRA PALA, 22

MANOEL VITOR DE SOUZA VELOSO, 68MARCELA DE MARILLAC CARVALHO, 68MARCIO ALOISIO DA SILVA JUNIOR, 146MARCOS PAULO FERREIRA LASMAR, 55MARIA EUGÊNIA DE OLIVEIRA

BATISTA, 70MARIA GABRIELA TAVARES DA SILVA,

16

MARIA ISABEL DA SILVA, 43MARIANA DE SOUZA GONÇALVES, 101MARIANNA RODRIGUES SILVA, 9, 26MARIELLE JACINTA PEREIRA COSTA,

104MARINA SILVA MARTINS, 19MAYARA CRISTINE DOS REIS, 22MIRELA EVANGELISTA CARLOS, 123MONICA COSTA DE PAULO, 136

NAGILA CAMILA FELIX DE OLIVEIRA, 32NATHALIA ALEXANDRE, 43nenhum Primeiro Autor informado, 22, 94NILDRED STAEL FERNANDES MARTINS,

135

PABLO CESCON PORTES, 88PALOMA MARIA BENELLI, 20, 46, 48, 58PAMILA CRISTINA LIMA SIVIERO, 55PATRICIA DE SIQUEIRA RAMOS, 123, 125,

146, 147PATRICIA DE SOUZA SILVA, 85PAULO ROBERTO RODRIGUES DE

SOUZA, 9PEDRO HENRIQUE REZENDE OLIVEIRA,

74PEDRO VAZ DO NASCIMENTO ALMEIDA,

37, 44, 88

RAFAEL AMANCIO FERREIRA, 2RAFAEL FERNANDES PEREIRA, 78, 80RAFAELA FERNANDA BARBOSA DE

SIQUEIRA, 80RAFAELA MOURA GOULART, 9RAQUEL MADURO AYRES BANDEIRA,

124RENÊ WILLIAN DE SOUZA PEDROSO, 24RENAN BORGES ASMUS, 138RENATA ELIAS DE OLIVEIRA FLAUSINO,

134RICHARD HERNANI PEREIRA, 88RODRIGO FERNANDES DE MOURA, 71RODRIGO PAIVA CAMPOS CARVALHO,

26ROSANE DE SOUZA ROCHA, 134ROSSI HENRIQUE CHAVES, 102, 113

SAMIRA MANSUR SILVA ABOU HAIKAL,16

SAMUEL AUGUSTO DE PAIVA, 138SILVIO ANTONIO BUENO SALGADO, 66,

145

149


TâNIA RIBEIRO LAIRA, 22, 24TALYTA IRIS DE SOUSA, 36TATIANE PAIVA FONSECA DA CRUZ, 19,

41THAIS BRENDA MARTINS, 60, 108THAISA DE OLIVEIRA TANABE, 22THALES LUAN SILVA, 131, 133THAYRINE SILVA REIS, 33THIAGO CALIARI SILVA, 104THIAGO PELEGRINI RIBEIRO SILVA, 29

VANESSA PEREIRA TERRA, 17, 30VANESSA REIS FERNANDES, 16VERÔNICA ROSA TEMPESTA, 72, 128

WALDIR DO CARMO DOMICIANOJUNIOR, 147

WESLLAY CARLOS RIBEIRO, 50WILLIAM OLIVEIRA SANTOS, 74WILLKER JOSÉ DE SOUZA, 16

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