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I Mostra de Pesquisas do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo –
Pelos caminhos da pesquisa: fontes, abordagens e relações
27, 28 e 29 de abril de 2016
Museu Histórico Visconde de São Leopoldo
São Leopoldo/RS
Blog do Evento: https://mostradepesquisamuseuvisconde.wordpress.com/
Caderno de Programação e Resumos
Comissão de Organização e Seleção de Trabalhos:
Alana Schuck (UNISINOS)
Samanta Ritter (UNISINOS)
Welington Augusto Blume (UNISINOS)
Daniela Schmitt (UNILASALLE)
Rodrigo Luis dos Santos (MHVSL/UNISINOS)
Comissão de Apoio:
Elisandra Brandão (MHVSL)
Clair Sebulsque (MHVSL)
Camila Silva da Rosa (MHVSL)
Organização do Caderno de Programação e Resumos: Alana Schuck, Rodrigo Luis dos
Santos, Samanta Ritter e Welington Augusto Blume
Imagens da capa: Acervo Fotográfico do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo
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Programação geral
Programação Horário 27 de abril
(Quarta-feira)
28 de abril
(Quinta-feira)
29 de abril
(Sexta-Feira)
8h30min
–
12h
Credenciamento/
Apresentação de
Trabalhos
Credenciamento/
Apresentação de
Trabalhos
Credenciamento/
Apresentação de
Trabalhos
14h – 18h Apresentação de
Trabalhos Apresentação de
Trabalhos Apresentação de
Trabalhos 19h –
21h30min
Mesa Redonda:
Para além de papeis e
fotos antigas: acervos
documentais e
fotográficos e suas
possibilidades de
pesquisa
Debatedores:
Doutoranda Caroline
von Mühlen (PPG
História – Pontifícia
Universidade Católica
do Rio Grande do Sul –
PUCRS) e Historiador
Me. Rodrigo Luis dos
Santos (Museu
Histórico Visconde de
São Leopoldo –
MHVSL)
Coordenação: Alana
Schuck (Universidade
do Vale do Rio dos
Sinos – UNISINOS)
Mesa Redonda:
Espaços de memória e
abordagens
interdisciplinares
Debatedoras:
Profa. Dra. Eloisa
Helena Capovilla da Luz
Ramos (PPG e Curso de
Graduação em História –
Universidade do Vale do
Rio dos Sinos –
UNISINOS) e Museóloga
Me. Daniela Schmitt
(Doutoranda em
Memória Social em Bens
Culturais – Centro
Universitário La Salle –
UNILASALLE)
Coordenação:
Welington Augusto
Blume (Universidade do
Vale do Rio dos Sinos –
UNISINOS
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Cronograma das Apresentações de Trabalho
27 de abril de 2016
Turno da manhã
8h30min – 12h
Mesa temática:
Coordenação: Welington Augusto Blume (UNISINOS) Nome Instituição Título da Apresentação
Fabian Filatow Rede Estadual de
Ensino do Rio
Grande do Sul –
SEDUC/RS e
Prefeitura Municipal
de Esteio – RS
A heresia política dos Monges
Barbudos no período de consolidação
do Estado Novo: fontes,
historiografia, contexto
Rafael Saraiva Lapuente Pontifícia
Universidade
Católica do Rio
Grande do Sul
(PUCRS
Entre o Varguismo e o Florismo: a
atuação da frente Única Gaúcha no
processo de isolamento Político de
Flores da Cunha
Ícaro Estivalet Raymundo Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
Telegramas criptografados da
Revolução de 30
Marcos César Cadore Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
A atuação dos federalistas no
município de Encantado-RS
Rodrigo Luis dos Santos Museu Histórico
Visconde de São
Leopoldo (MHVSL)
/ Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
Será ele um germanista? Padre José
Maria Kroetz e seu conflito com as
autoridades estadonovistas de São
Leopoldo
João Davi Oliveira Minuzzi
Taís Giacomini Tomazi Universidade
Federal de Santa
Maria (UFSM)
Limites e possibilidades no uso de
fontes históricas: batismos,
inventários e relatos de viagem
Tuane Ludwig Dihl Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
Aproximações e implicações: História
& Imprensa
Welington Augusto Blume Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
“Naõ tenho a pretenção de dizer
cousas novas: allego factos que julgo
bem averiguados, e sirvo-me de
documentos que passaõ por seguros”:
o ideário de Miguel Calmon du Pin e
Almeida em Memoria sobre os meios
de promover a colonisação
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27 de abril de 2016
Turno da tarde
14h – 18h
Mesa temática:
Coordenação: Welington Augusto Blume (UNISINOS) Nome Instituição Título da Apresentação
Giane Caroline Flores Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
Farda, saúde e etnia: a presença de
populares negros na polícia de Porto
Alegre através dos registros da Santa
Casa de Misericórdia (1888 – 1894) Marina Camilo Haack Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
O crime de Leopoldina: relações
familiares e resistência e um contexto
de escravidão (Cachoeira, século
XIX) Sandra Michele Roth Eckhardt
Jonas Moreira Vargas Universidade
Federal de Santa
Maria (UFSM) /
Universidade
Federal de Pelotas
(UFpel)
O tráfico atlântico e um perfil dos
escravos em Pelotas e Rio grande a
partir dos inventários post-mortem
(1790-1822)
Thomas Anderson Klauck Universidade
FEEVALE
Resquícios da escravidão: análise do
filme “Que horas ela volta?” Samuel da Silva Alves
Tiago de Moraes Kieffer Centro Universitário
La Salle – Unilsalle
Canoas / Arquivo
Histórico do Rio
Grande do Sul-
AHRS
“O Mar de Lama”: O Anticomunismo
como oposição ao Trabalhismo nas
eleições de 1958 no Rio Grande do
Sul
Adriano Sequeira Avello Universidade
Federal de Santa
Maria (UFSM)
Colônia do Pinhal: a fundação (1850-
1857), Itaara-RS
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28 de abril de 2016
Turno da manhã
8h30min – 12h
Mesa temática: Memória, patrimônio e sociabilidade
Coordenação: Alana Schuck (UNISINOS) Nome Instituição Título da Apresentação
Alana Schuck Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
A memória em monumentos: uma
releitura da imigração no Brasil
Larissa Bitar Duarte Faculdades
Integradas de
Taquara (FACCAT)
Cemitério das Irmandades: uma visita
à memória e ao patrimônio cultural
jaguarense (RS)
Nathan Camilo Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
De “o nome e o como” para “o nome
além do como”: estudo de trajetórias e
práticas de nominação Roberto Atkinson Associação Pró-
Memória do
Patrimônio
Histórico, Cultural e
Ambiental de
Campo Bom e
Instituto Gaúcho de
Genealogia e
Imigração
O legado dos imigrantes: o setor
oleiro
Cinara Isolde Koch Lewinski Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
A constituição do Centro de
Preservação da História Ferroviária do
Rio Grande do Sul na década de
oitenta
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28 de abril de 2016
Turno da tarde
14h – 18h
Mesa temática: Museus e Exposições
Coordenação: Alana Schuck (UNISINOS)
Nome Instituição Título da Apresentação Vania Inês Avila Priamo Museu Histórico de
Nova Hartz
O museu na comunidade e a
comunidade no museu: o caso do
Museu Histórico de Nova Hartz
Mauricio Pereira Centro Universitário
La Salle
(UNILASALLE)
Possibilidade de pesquisa e estado de
conservação dos acervos de
periódicos do século XIX no Museu
da Comunicação Hipólito José da
Costa (1846 – 1860) Gabriel de Souza
Kimberly Ludvig Trieweiler Universidade
FEEVALE
História Arqueologia e Patrimônio:
Coleção de Imagens do Acervo Pedro
Augusto Mentz Ribeiro Eduardo Cristiano Hass da Silva
Milene Moraes de Figueiredo Pontifícia
Universidade
Católica do Rio
Grande do Sul -
PUCRS
O Memorial do Colégio Farroupilha
de Porto Alegre/RS e a Prosopografia
como método de pesquisa
Isabel Cristina Arendt Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
Acervo literário (e virtual) Vianna
Moog
Alexandre Schiavoni
Gustavo Cossio Universidade
Federal do Rio
Grande do Sul
(UFRGS)
As Exposições do IAC/MASP e do
IDI/MAM-RJ (1950-1970): uma
contribuição para o estudo da História
do Design no Brasil Antrieli Flores dos Santos
Silveira Instituto Estadual
Mathilde Zatar
Memória em ação
Josiane Mallmann Universidade
Luterana do
Brasil/ULBRA
Canoas
Comunidade de Joaneta: aspectos de
sua sociabilidade no ano de 1936
Yuri Schörnadie Rapkiewicz Universidade
Federal do Rio
Grande do Sul
(UFRGS)
Uma etnografia da duração entre os
ferroviários aposentados da Região
Metropolitana de Porto Alegre:
formas de narrar a cidade
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29 de abril de 2016
Turno da manhã
8h30min – 12h
Mesa temática: Questões gerais - fontes e temas de pesquisas
Coordenação: Samanta Ritter (UNISINOS)
Nome Instituição Título da Apresentação Jonathan Fachini da Silva Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
Por uma história social das crianças
no continente de Rio Grande de São
Pedro colonial: fontes, temas e
experiências
Raquel Dilly Konrath Universidade
FEEVALE/Instituto
Superior de
Educação Ivoti -
ISEI
Abordagem etnográfica com crianças
no contexto de uma instituição pública
municipal de Educação Infantil em
Dois Irmãos: uma aventura
antropológica Roswithia Weber Universidade
FEEVALE
O acervo do MHVSL: interação entre
pesquisa e extensão Luana Cyntia dos Santos Souza Universidade
Federal do Rio
Grande do Sul
(UFRGS)
A importância dos museus e acervos
públicos na preservação e constituição
da paisagem linguística do município
de Santa Maria de Jetibá Lucas Löff Machado
Willian Radünz Universidade
Federal do Rio
Grande do Sul
(UFRGS)
O uso da paisagem linguística como
fonte para o estudo da historiografia
da língua alemã
Fabiano Quadros Rückert Prefeitura Municipal
de São Leopoldo
A história das obras e serviços
públicos municipais em São
Leopoldo, RS: fontes documentais e
possibilidades de abordagem do tema Rhuan Targino Zaleski Trindade Universidade
Federal do Paraná -
UFPR/IEE Paulo da
Gama
Os periódicos polono-brasileiros:
historiografia, fontes e temas de
pesquisa
Jussara Maria Habel Universidade
Federal do Rio
Grande do Sul
(UFRGS)
O resgate da história dos imigrantes
boêmios em terras brasileiras
Francielle Moreira Cassol Universidade de
Passo Fundo - UPF
As santinhas de cemitério que fazem
milagres: um estudo comparada das
devoções de “Mariazinha” Penna e
Maria Elizabeth de Oliveira
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29 de abril de 2016
Turno da tarde
14h - 18h
Mesa temática:
Coordenação: Samanta Ritter (UNISINOS) Nome Instituição Título da Apresentação
Priscilla Almaleh Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
Estudo de gênero no período pós-
emancipação a partir dos Registros de
Matrícula da Santa Casa de Porto
Alegre (1889-1895)
Leonor C. Baptista
Schwartsmann
Fundação SOAD de
Pesquisa
“A ausência de instituições
hospitalares impôs a necessidade de
criar sanatórios nos centros mais
populosos e nos mais remotos”:
médicos italianos e a melhoria das
condições sanitárias da população rio-
grandense
Daniel Luciano Gevehr
Gabriela Dilly
Instituto Superior de
Educação Ivoti
(ISEI) /
Faculdades
Integradas de
Taquara (FACCAT)
Os estranhamentos entre aqueles que
estavam e aqueles que chegam:
representações sobre o espaço e as
relações entre indígenas e imigrantes
alemães no Rio Grande do Sul
Douglas Satirio da Rocha Universidade de
Passo Fundo - UPF
“CPI de Sede Trentin”: desafios e
possibilidades para compreensão de
disputa de terras entre índios e
colonos em Chapecó-SC (1985-1986)
Ananda Vitória Stumm Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
A representação da chegada dos
primeiros imigrantes alemães na
pintura de Karl Ernest Zeuner (Século
XIX – XX) Vanderley de Paula Rocha Universidade
Estadual de Ponta
Grossa - UEPG
Entre votos e ex-votos: organização e
análise de fotografias dedicadas ao
Divino Espírito Santo
Tatiane de Lima Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
A história da imigração italiana no
Rio Grande do Sul em álbuns
comemorativos
Samanta Ritter Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
Imagens da História: estudo de
trajetórias e relações de famílias
imigrantes
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Resumos – Apresentações do dia 27 de abril de 2016
Mesa temática:
A heresia política dos Monges Barbudos no período de consolidação do Estado Novo:
fontes, historiografia, contexto
Fabian Filatow
Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul – SEDUC/RS.
Prefeitura Municipal de Esteio – RS.
E-mail: [email protected]
O movimento sócio-religioso dos Monges Barbudos ocorreu entre os anos de 1935 e 1938 no
município de Soledade (RS). Sua origem está associada com a figura do taumaturgo monge
João Maria, o qual teria estado na localidade e instruído André Ferreira França a fundar uma
nova religião. Reunindo um significativo número de seguidores o movimento despertou a
atenção da comunidade local e das autoridades que recorreram ao uso da força militar para
reprimi-los. O conflito ocorreu durante a semana santa de 1938, quando o grupo composto por
camponeses se reuniu na capela de Santa Catarina a espera do retorno do santo monge. A
repressão deixou um saldo de mortos e feridos, além do medo e da proibição da prática
religiosa. Inseridos num contexto político complexo foram acusados de serem comunistas.
Esse fato contribuiu para legitimar a ação policial orquestrada pelo Estado. Após cinquenta
anos de silêncio foram publicadas as primeiras obras sobre o ocorrido. Nestas foi privilegiado
o aspecto religioso. Nosso estudo busca apresentar a relação entre o contexto político regional
e nacional com a prática da violência promovida contra o movimento religioso. Para isto
utilizamo-nos de um variado leque documental, dentre os quais destacamos os documentos
policiais, processos crimes, documentos eclesiásticos, documentos da administração pública
de Soledade e imprensa. Metodologicamente utilizamos a análise de conteúdo para ordenar
este mosaico documental. Enfim, os Monges Barbudos foram reprimidos pelo contexto no
qual estavam inseridos. Foram, assim, utilizados politicamente para dar estabilidade ao novo
regime autoritário instaurado em 10 de novembro de 1937.
Entre o Varguismo e o Florismo: a atuação da frente Única Gaúcha no processo de
isolamento Político de Flores da Cunha
Rafael Saraiva Lapuente
Mestrando em História – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do sul – PUCRS
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Email: [email protected]
Procuramos neste trabalho apresentar parte da pesquisa desenvolvida no Programa de Pós
Graduação em História na PUCRS em nível de mestrado. Aqui, procuramos analisar o papel
da Frente Única Gaúcha (PL e PRR) no processo de isolamento político do governador Flores
da Cunha no Rio Grande do Sul (1935-1937). A FUG, uma aliança constituída em função da
Revolução de 1930, passa a ser um bloco político oposicionista a partir do momento em que
se distancia de Getúlio Vargas, rompendo por definitivo em função do apoio aos paulistas na
Guerra Civil de 1932, esperando contar com o apoio de Flores da Cunha, então interventor,
que não ocorre. Desmantelado o movimento, os frenteunistas passariam para o exílio e
ostracismo, voltando ao cenário político depois da Lei da Anistia de 1934, agora como bloco
de oposição a Getúlio Vargas e Flores da Cunha. No entanto, a partir de 1935, passaria a
dialogar com ambos, sobretudo na medida em que Getúlio Vargas e Flores da Cunha, de fieis
aliados, passaram ao rompimento político e pessoal, com a resistência deste a qualquer
movimento em direção a quebra da carta constitucional de 1934. Desta forma, constatamos
que a FUG teve papel decisivo para ambos os lados em dissídio, realizando um acordo com
Flores da Cunha em 1936 – modus vivendi – mas, a partir de 1937, teria papel preponderante
para a queda do governador do Rio Grande do Sul, viabilizando o golpe do Estado Novo, duas
semanas depois de sua renúncia.
Telegramas criptografados da Revolução de 30
Ícaro Estivalet Raymundo
Graduando em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Email: [email protected]
A utilização do meio tecnológico para comunicação entre agentes históricos configurou a
relação e a forma como deu certos eventos na história. No caso deste artigo, algumas
articulações de comunicação da Revolução de 30 serão observadas através de telegramas
enviados e recebidos, atendo-se a mensagens criptografas que representam táticas, estratégias,
influências e movimentos políticos que deflagram o golpe que lança Getúlio ao poder, e
rearranja drasticamente a história brasileira. O objetivo é discutir uma série de telegramas que
foram transmitidos pelos conspiradores através da Rede Telegráfica da Viação Férrea do Rio
Grande do Sul nos dias do golpe, analisando os personagens envolvidos, as mensagens
trocadas, e os papeis complexos que se entrelaçam, na tentativa de contribuir para ampliar o
escopo a respeito da malha vasta de relações que compõe este episódio da história da América
Latina.
A atuação dos federalistas no município de Encantado-RS
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Marcos César Cadore
Mestrando em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Email: [email protected]
O presente trabalho tem como objetivo buscar elucidar a participação dos federalistas no
município de Encantado, desde a Revolução Federalista (1893-95) até os desdobramentos do
Pacto de Pedras Altas, de dezembro de 1923. Buscaremos demonstrar que mesmo com o
processo hegemônico político do Partido Republicano Rio-grandense (PRR) no Alto Taquari,
sempre houve vozes que contestassem esse predomínio castilhista-borgista na região.
Tentaremos comprovar que mesmo não possuindo organização partidária no município, os
federalistas alinhavam-se com os dissidentes republicanos e formavam forte oposição frente
aos coronéis intendentes borgistas, forçando negociações permanentes. Esse arranjo
oposicionista ganhou respaldo político com o desenrolar da eleição estadual de 1922 e a
consequente Revolução Assisista de 1923. O que fez acender novos atores políticos na rede de
compromisso e forçou Borges de Medeiros a ceder terreno para os oposicionistas.
Será ele um germanista? Padre José Maria Kroetz e seu conflito com as autoridades
estadonovistas de São Leopoldo
Rodrigo Luis dos Santos
Mestre em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Historiador do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo – MHVSL
Email: [email protected]
No ano de 1941, o padre José Maria Kroetz, pároco da Paróquia São Miguel de Dois Irmãos,
encaminha um telegrama ao então prefeito de São Leopoldo, coronel Theodomiro Porto da
Fonseca, questionando algumas atitudes arbitrárias tomadas pelo governo municipal junto à
escola paroquial da localidade de Picada São Paulo. A correspondência, antes de chegar ao
chefe do Executivo municipal leopoldense, passou pelo secretário da Prefeitura Municipal,
que classificou o conteúdo do documento como uma demonstração de germanismo por parte
do sacerdote católico. Por fim, ocorre a transferência deste padre do distrito de Dois Irmãos
para a paróquia da localidade de Vera Cruz, então chamada de Tereza, na época pertencente
ao município de Santa Cruz do Sul. Nosso objetivo, neste trabalho, é analisar o aspecto
político dos acontecimentos envolvendo o padre José Maria Kroetz e as autoridades
estadonovistas de São Leopoldo, levando em conta a relação entre a Igreja Católica e o
governo do Rio Grande do Sul, que após alguns episódios de atritos ocorridos nos primeiros
dois anos da vigência do Estado Novo e da Campanha de Nacionalização, assinam um acordo
de cooperação mútua. Evidencia-se, deste modo, também a importância de se compreender e
analisar os acontecimentos em nível local de modo relacional, estabelecendo conexões entre
estes e as conjunturas sociais e políticas mais amplas e complexas do período em questão.
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Limites e possibilidades no uso de fontes históricas: batismos, inventários e relatos de
viagem
João Davi Oliveira Minuzzi
Mestrando em História - Universidade Federal de Santa Maria – UFSM
Email: [email protected]
Taís Giacomini Tomazi
Graduanda em História - Universidade Federal de Santa Maria – UFSM Email: [email protected]
Neste trabalho abordaremos algumas possibilidades de uso de fontes para pesquisas na área de
História. Focaremos nossa análise em três tipos de fontes: batismos, inventários e relatos de
viagem. Iremos retomar alguns textos clássicos com estas fontes e apontaremos caminhos que
podem ser trilhados utilizando cada uma dessas através de métodos de pesquisa em História e
outras áreas das Ciências Humanas. Compreendemos que o bom tratamento das fontes é um
importante aspecto no trabalho do historiador, de forma que o acesso a elas deve ser facilitado
e, por isso destacamos a importância de instituições como Museus e Arquivos, essenciais no
processo de preservação e ampliação do conhecimento histórico. Espaços estes, onde os
elementos principais da discussão a ser pretendida aqui estão guardados e disponíveis para o
trabalho dos profissionais da História.Por fim, iremos expor o que temos realizado em termos
de pesquisa, vindo de encontro com a perspectiva apontada ao longo deste trabalho.
Aproximações e implicações: História & Imprensa
Tuane Ludwig Dihl
Mestranda em História - Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
Email: [email protected]
O artigo tem como cerne propor um estudo acerca das relações entre história e imprensa em
três perspectivas diferentes. Num primeiro momento nos preocupamos em evidenciar
justamente a aproximação de ambos os campos, a fim de refletir sobre o uso da imprensa
jornalística enquanto fonte histórica para os estudos políticos. Em seguida, abordamos a
história da imprensa brasileira e sua relação com a opinião pública. Nesta parte a ênfase recai
sobrea atuação da imprensa político-partidária nas campanhas abolicionista e republicana. E,
numa última etapa, focamosnum caso específico: o jornal A Federação. Cujo intuito é o de
compreender a peculiaridade deste periódico e de sua atuação novamente em relação à
abolição da escravatura e a construção de uma nova ordem sociopolítica, onde o Partido
Republicano Rio-Grandense é um importante agente.
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“Naõ tenho a pretenção de dizer cousas novas: allego factos que julgo bem averiguados,
e sirvo-me de documentos que passaõ por seguros”: o ideário de Miguel Calmon du Pin
e Almeida em Memoria sobre os meios de promover a colonisação
Welington Augusto Blume
Graduando em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Email: [email protected]
A circularidade das ideias modernizadoras, raciais e de cunho político no Brasil dos
oitocentos, trouxe à tona uma série de debates no meio intelectual deste período. Seja no
parlamento ou entre os grupos de intelectuais, questões importantes como a manutenção da
escravidão e da vinda de imigrantes para o Brasil eram debatidas exaustivamente. Um dos
expoentes que muito se interessou por essas questões foi Miguel Calmon du Pin e Almeida .
Dessa forma, no trabalho ora apresentado, tem-se por objetivo analisar o ideário de Miguel
Calmon du Pin e Almeida, mais conhecido como Marquês de Abrantes, em obra intitulada de
“Memoria sobre os meios de promover a colonisação”. Marquês de Abrantes, por seu turno,
foi político, bacharel em direito e diplomata brasileiro. Vivendo entre os anos de 1796 e 1865,
ele dedicou grande parte da sua vida à política e à escrita de diversas obras de cunho político e
social. Em “Memoria sobre os meios de promover a colonisação”, encontra-se o
posicionamento do Marquês de Abrantes em relação ao amplo leque de possibilidades
suscitadas pela temática da imigração. De tal maneira, também se investigará o
posicionamento do Marquês de Abrantes em relação à imigração e às ideias de modernização
vigentes no período estudado.
Mesa temática: (tarde)
Farda, saúde e etnia: a presença de populares negros na polícia de Porto Alegre através
dos registros da Santa Casa de Misericórdia (1888 – 1894)
Giane Caroline Flores
Mestranda em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
Email: [email protected]
Esta comunicação apresenta os resultados preliminares de uma pesquisa a respeito da
presença de populares, especialmente negros, nas instituições de controle urbano no período
de transição entre Império e República, na cidade de Porto Alegre. Entre a documentação já
analisada estão os registros de Matrícula Geral dos Enfermos (RMGE) da Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre (SCMPA), que, por se tratar de uma documentação referente à
saúde, é uma das poucas fontes que mantém a referência de cor dos indivíduos registrados, já
que a partir do final do século XIX, com a abolição da escravidão e a República, há um
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desaparecimento gradual sobre a cor das pessoas que predomina em diversos registros históricos
devido à tentativa de “embranquecimento” da população brasileira. Além disso, podemos retirar
desta fonte importantes informações sobre os populares da capital, como por exemplo: nome,
data de nascimento, filiação, origem, estado civil, enfermidade, profissão e, como já citado,
cor. Essa referência étnica presente nos registros da SCMPA é fundamental para um estudo a
respeito da presença dos negros no período pós-abolição, já que pouco sabemos sobre a
inserção dos mesmos no mundo do trabalho, seus espaços de sociabilidade e moradia e
relações familiares. Pretende-se analisar, portanto, o ingresso dessa parcela da população nas
instituições de controle urbano como uma estratégia de ascensão social e também de defesa
frente às perspectivas racistas vigentes no período, bem como outros aspectos de suas vidas
como saúde e doença, relações familiares, entre outros.
O crime de Leopoldina: relações familiares e resistência e um contexto de escravidão
(Cachoeira, século XIX)
Marina Camilo Haack
Graduanda em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Email: [email protected]
No século XIX a vila de Cachoeira compreendia um espaço composto por campo e floresta. O
rio Jacuí tornou-a um forte centro comercial, favorecendo o acesso a Porto Alegre e Rio
Grande. A partir da segunda metade do século XIX duas levas de imigrantes foram
incorporadas àquela sociedade: os alemães em 1857 e os italianos em território próximo a vila
em 1877. Além disto, ainda havia a participação indígena nas proximidades da vila. Em 31 de
dezembro de 1874 a escrava Leopoldina comete infanticídio ao menino Fortunato, seu filho.
Afirmou ainda que, logo após o assassinato iria tirar a própria vida. O plano de Leopoldina
não pôde ser concluído, e logo o caso foi a julgamento. O objetivo deste trabalho é tentar
compreender o ato de Leopoldina a partir da análise deste processo crime, levando em
consideração o contexto de Cachoeira, as questões pertinentes ao debate da família escrava e
resistência. Este processo encontra-se disponível para pesquisa no Arquivo Público do Estado
do Rio Grande do Sul. Esta comunicação está vinculada ao projeto de pesquisa: “Ele réu é
pobre e negro, mas não se vende por dinheiro”: Alforria, trabalho, irmandades e a arte da
resistência (Cachoeira, RS, 1813/1860), orientado pelo professor Dr. Paulo Roberto Staudt
Moreira.
O tráfico atlântico e um perfil dos escravos em Pelotas e Rio grande a partir dos
inventários post-mortem (1790-1822)
Jonas Moreira Vargas
Professor – Universidade Federal de Pelotas – UFPel
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Email: [email protected]
Sandra Michele Roth Eckhardt
Graduanda em História – Universidade Federal de Santa Maria – UFSM
Email: [email protected]
Pelotas foi a principal produtora de charque do Rio Grande do Sul e tinha no município
vizinho de Rio Grande o porto marítimo por onde exportava as suas mercadorias. As
charqueadas da região começaram a serem montadas na década de 1780, apresentando um
grande aumento no volume de charque negociado nas primeiras décadas do século XIX. Para
que as charqueadas pudessem apresentar um pleno funcionamento, um grande número de
escravos foi empregado no trabalho dessas fábricas, aumentando a demanda por alimentos, as
conexões mercantis entre Pelotas e Rio Grande e incentivando a chegada de novos migrantes
para a região. Portanto, tal desenvolvimento econômico provocou um grande aumento da
população local, aonde famílias se estabeleceram com seus escravos, suas lavouras e seus
campos de criação. O presente trabalho busca estudar os efeitos do tráfico atlântico sobre a
população de Rio Grande e Pelotas durante a fase de montagem das charqueadas, dando
ênfase à posse de escravos dos habitantes de ambas as localidades que serão analisadas em
separado e de forma comparada. Para tanto, analisamos os inventários post-mortem de ambos
os municípios, entre os anos 1790 e 1820. Além da estrutura de posse de escravos e de uma
análise dos maiores escravistas, também estudamos o perfil da escravaria local, estudando
fatores como a razão de sexo dos plantéis, a taxa de africanidade, as faixas etárias, ocupações
e preço dos cativos.
Resquícios da escravidão: análise do filme “Que horas ela volta?”
Thomas Anderson Klauck
Graduando em História – Universidade FEEVALE
Email: [email protected]
Rodrigo Perla Martins
Professor – Universidade FEEVALE
Email: [email protected]
A escravidão no Brasil trouxe estigmas que ainda são visíveis em nossa sociedade, apesar dela
ter sido abolida com a Lei Áurea em 13 de maio de 1888, pela Princesa Isabel , resquícios
dela ainda perpetuam e conduzem a forma de agir em diversas classes sociais, ações que
aparecem no dia-dia em relações pessoais e patronais que mostram que ainda não
superamos por completo este episódio marcante da nossa história. O presente trabalho
ressalta através de uma análise do filme “ Que horas ela volta?’’ questões que procuram
conduzir a um diálogo sobre a posição empregado-patrão, questões trabalhistas das
empregadas domésticas e como a jornada de trabalho influencia a vida e as relações pessoais
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presentes no filme. O cinema nacional vem crescendo ao longo dos anos, hoje com grandes
investimentos e incentivos a cultura, vem trazendo cada vez mais temas que representam a
realidade do povo brasileiro, toda arte reflete sua sociedade e se existe uma demanda de
determinados assuntos a serem dialogados é porque o povo brasileiro precisa de alguma
forma visualizar cenas em contextos que se aproximam a sua realidade e com elas
provocarem sentidos. O cinema e sua linguagem, a décadas já vem sendo usado como
ferramenta por historiadores para construir um contexto.
“O Mar de Lama”: O Anticomunismo como oposição ao Trabalhismo nas eleições de
1958 no Rio Grande do Sul
Samuel da Silva Alves
Graduando em História – Centro Universitário La Salle – UNILASALLE
Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul – AHRS
Email: [email protected]
Tiago de Moraes Kieffer
Graduando em História – Centro Universitário La Salle – UNILASALLE
Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul – AHRS Email: [email protected]
O objetivo desse trabalho é compreender as estratégias anticomunistas usadas em oposição ao
trabalhismo de Leonel de Moura Brizola pelo candidato Walter Peracchi Barcelos, da União
Democrática Nacional, na eleição ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul no ano de
1958, assim como o contra ponto utilizado pelo candidato petebista. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, que parte de uma revisão bibliográfica e da análise de fontes primárias oriundas de
Acervos Particulares, como os de Hamilton Moojen Chaves, Walter Peracchi Barcelos e
Francisco de Paula Brochado da Rocha, presentes no Arquivo Histórico do Rio Grande do
Sul. Nosso ponto de partida será a poesia intitulada “O Mar de Lama”, que contém
informações relativas ao início do trabalhismo na Europa, acusações contra o Partido
Trabalhista Brasileiro e suas alianças políticas e ao passado do fundador e maior nome do
partido – Getúlio Vargas – como ditador do Estado Novo, além de insinuações quanto ao
parentesco de Leonel Brizola com o então Vice Presidente João Goulart e panfletos de apoio,
por parte de órgãos públicos, como a Brigada Militar, representada por seus oficiais, ao
candidato Walter Peracchi Barcelos. Seguiremos no campo da Nova História Política,
baseados nos conceitos de Cultura Política e Imaginário Anticomunista, para assim identificar
a ideologia dos atores envolvidos na eleição e as estratégias utilizadas para o combate do
outro, o qual, na maioria das vezes, era identificado ou associado a grupos comunistas.
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Colônia do Pinhal: a fundação (1850-1857), Itaara-RS
Adriano Sequeira Avello
Mestrando em História – Universidade Federal de Santa Maria – UFSM
Email: [email protected]
Durante a segunda metade do século XIX, período da imigração e colonização alemã no Rio
Grande do Sul migraram colonos das antigas colônias para novas áreas de colonização
atraídos pela oferta da terra causada pela Lei de Terras de 1850. Neste contexto que surgiu na
região denominada Pinhal, onde atualmente é o município de Itaara, Rio Grande do Sul - a
Colônia do Pinhal. O trabalho destaca desde saída dos migrantes até área de floresta
subtropical do Pinhal, impulsionados pela mercantilização das terras no âmbito da
colonização. Então, apresentaremos “a fundação” da colônia agrícola afirmando o início do
povoamento do município de Itaara através dos colonizadores alemães. Assim,
problematizamos as (des)conexões entre a Colônia do Pinhal e a Colônia de Santa Maria da
Boca do Monte evidenciando a complexidade geográfica da localização do Pinhal, bem como
a identificação dos próprios organizadores, respectivamente, Miguel Kroeff e Phillip von
Normann. Desse modo, investigamos a fundação e a organização da colônia a fim de pontuar
uma data, uma vez que a historiografia verificada até o momento não é precisa sobre a fixação
da colônia.
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Resumos – Apresentações do dia 28 de abril de 2016
Mesa temática: Memória, patrimônio e sociabilidade (manhã)
A memória em monumentos: uma releitura da imigração no Brasil
Alana Schuck
Graduanda em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Email: [email protected]
A simbologia que envolve a temática dos monumentos traz em si muito mais do que o bem
material edificado; em sua construção estão envolvidos sentimentos, memórias,
reconhecimentos e silêncios. Também há um jogo político pela disputa da memória, seja das
comunidades ou das autoridades. Para tanto, este trabalho propõe o estudo dos monumentos
dedicados aos principais grupos de imigrantes que vieram para o Sul do Brasil entre os
séculos XVIII – XX. O recorte espacial fez-se através da importância da região para
compreensão da sociedade brasileira e da sua condição de possuir forte presença imigrante.
Assim, objetivou-se buscar as nuanças dos discursos, as condições nas quais os monumentos
foram construídos e a simbologia na qual estão inseridos. Deste modo, a memória tomaum
lugar significativo, porque o seu conteúdo é inseparável da objetivação, da transmissão e dos
ritos que a reproduzem. Nesse sentido, os monumentos são um dos suportes socialmente
compartilhados da memória coletiva e são vistos como herança do passado; e são intencionais
por comemorarem um momento preciso, um acontecimento complexo do passado. Por isso,
investigou-se quem os propôs, porque e em que circunstâncias. Os monumentos à imigração,
percebidos como representações de uma etnia, são criações marcadas social e historicamente e
tem uma história na história das cidades onde estão localizadas. Como fonte utilizada para a
compreensão de todas essas complexidades, foram utilizados projetos, maquetes, fotografias,
plantas, jornais e fotos antigas e atuais dos monumentos escolhidos.
Cemitério das Irmandades: uma visita à memória e ao patrimônio cultural jaguarense
(RS)
Larissa Bitar Duarte
Mestranda em Desenvolvimento Regional – Faculdades Integradas de Taquara – FACCAT
Email: [email protected]
O presente estudo relaciona a importância do Cemitério das Irmandades de Jaguarão com a
história da cidade, dentro de um contexto de interpretação de elementos simbólicos que
compõe a arte tumular explícita em túmulos e mausoléus, que nos levam a uma temporalidade
em que a arquitetura revela a riqueza do patrimônio cultural Jaguarense. Esses elementos
possuem a capacidade de destacar subsídios para compreensão da identidade da sociedade na
conservação de seu patrimônio cultural, com essa ideia POULOT(2008) os define como
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lugares vistos que guardam a memória, relacionando assim, a construção com a presença
material do passado. Dentro desse espaço geográfico, se destaca a paisagem que é a forma
para o entendimento e a compreensão do passado, presente e futuro (DELPHIM, 2004) deste
museu a céu aberto.Com características próprias e de fácil leitura, a imagem personalizada
através dos elementos que compõe cada espaço tumular,é relacionada à pesquisa com os
conceitos de memória, patrimônio cultural, identidade e arte tumular. A identificação desses
elementos que transcendem a história do Rio Grande do Sul, é compreendida neste recorte
espacial através das pessoas ilustres que ali estão enterradas sob uma análise crítica de sua
importância na história e na formação da cidade de Jaguarão e do estado, sendo o principal
assunto que norteia este estudo.
De “o nome e o como” para “o nome além do como”: estudo de trajetórias e práticas de
nominação
Nathan Camilo
Mestre em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Email: [email protected]
O advento da microanálise apontou para a necessidade de um método adequado para a correta
identificação dos sujeitos envolvidos na trajetória a ser reconstituída. Com essa finalidade
Ginzburg propôs o método onomástico, que utiliza o nome como fio condutor da
investigação. Os nomes, porém, não se restringem a identificar os indivíduos dentro de um
grupo. Os processos de atribuição, transmissão e utilização dos nomes são práticas com
caráter significativo e também possuem fins de classificação social. Partindo dessa premissa,
nossa proposta é apresentar possibilidades de aplicação do estudo de trajetórias familiares
para a análise das práticas de nominação, utilizando-se do caso de uma família residente na
freguesia Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre entre o final do século XVIII e o
início do século XIX. Partindo de constatações obtidas a partir de apreciação quantitativa de
estoque e origem de prenomes, segundos nomes e sobrenomes, uma abordagem qualitativa
permitiu melhor compreensão acerca das possíveis motivações e implicações decorrentes da
escolha dos nomes, bem como da constituição e do uso do nome ao longo de uma existência.
O caso pesquisado reitera a noção do nome como um patrimônio imaterial familiar a ser
manejado conforme os interesses e as possibilidades disponíveis em uma sociedade
hierarquizada. Práticas que envolviam vários fatores, como afirmação de pertencimento social
e familiar, consolidação de relações de compadrio e processos de mobilidade social.
O legado dos imigrantes: o setor oleiro
Roberto Atkinson
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Associação Pró-Memória do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de Campo Bom e
Instituto Gaúcho de Genealogia e Imigração
Email: [email protected]
Este trabalho relata a trajetória e a importância da preservação do patrimônio histórico
material e imaterial legado pelo setor oleiro de Campo Bom, a partir de um imigrante artesão
oleiro que se estabeleceu na então localidade de Campo Bom em 1826, na época pertencente à
Colônia Alemã de São Leopoldo. Legado que marcou a segunda faze da economia do atual
município de Campo Bom e que também se desdobrou no setor de fabricação de louça,
madeireiro, o financiamento de casas e das futuras indústrias calçadistas que estavam
surgindo no auge do setor oleiro e na sua fase final o setor imobiliário. Setor do qual nos dias
atuais o município ainda guarda alguns legados.
A constituição do Centro de Preservação da História Ferroviária do Rio Grande do Sul
na década de oitenta
Cinara Isolde Koch Lewinski
Mestranda em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Email: [email protected]
Esta comunicação tem por objetivo debater um tema ligado ao patrimônio histórico e
surgiu da necessidade de se desenvolver um estudo sobre a atuação do Programa de
Preservação do Patrimônio Histórico no Rio Grande do Sul, a partir das carências verificadas
com a investigação sobre o tema. Por isso, o Museu do Trem, antiga Estação Ferroviária de
São Leopoldo, se tornou o objeto de pesquisa porque foi indicada para abrigar o Centro de
Preservação da História Ferroviária do Rio Grande do Sul pelo PRESERVE. Com o intuito de
estudar as políticas públicas em torno da constituição do Centro de Preservação da História
Ferroviária do Rio Grande do Sul na década de 1980, está se utilizando a metodologia
centrada na pesquisa e as fontes que estão sendo usadas são diversas: bibliografias,
documentos, fotos e depoimentos orais. A análise que está sendo elaborada é embasada
teoricamente na história cultural e consiste em demonstrar a importância de se fazer um
estudo mais aprofundado sobre a iniciativa do Governo Federal em preservar o patrimônio
ferroviário para explicar os motivos que levaram a construção de seu acervo e os critérios de
seleção dos objetos que perderam as suas atribuições funcionais e passaram a ser
ressignificados como patrimônio. Portanto, é possível fazer uma análise das representações
de relações de poder e de ideologias simbolizadas por meio do acervo e pelas práticas
desenvolvidas no Museu do Trem-SL através do processo de seleção dos bens preservados e a
forma como foram organizados e dessa forma, pensar sobre a composição do patrimônio
ferroviário gaúcho.
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Mesa temática: Museus e Exposições (tarde)
O museu na comunidade e a comunidade no museu: o caso do Museu Histórico de Nova
Hartz
Vania Inês Avila Priamo
Mestre em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Diretora do Museu Histórico de Nova Hartz
Email: [email protected]
Os Museus Históricos, em sua maioria, vêm deixando de ser apenas lugar de “guarda”, para
se tornarem também lugar de produção de conhecimento e espaço de diálogo com a
comunidade. O Museu Histórico de Nova Hartz (RS) foi criado em 1999 e desde lá vem
priorizando a sua relação com a comunidade novahartzensenos projetos que desenvolve. O
trabalho a ser apresentado buscará mostrar de que forma o Museu procura envolvê-la nos
projetos que realiza, de maneira especial nos projetos permanentes como os de história oral,
exposições temporárias, educação para o patrimônio e em outros projetos nos quais o Museu é
parceiro como o da Semana do Bebê, do município. O Museu busca contar a história local,
muito através da história de vida dos moradores, das suas lembranças, das suas memórias, das
suas tradições culturais, tanto no Museu como em outros espaços, procurando fazer com que
os próprios moradores estejam presentes, contando suas memórias, dando a eles o
protagonismo que lhes é devido.
Possibilidade de pesquisa e estado de conservação dos acervos de periódicos do século
XIX no Museu da Comunicação Hipólito José da Costa (1846 – 1860)
Mauricio Pereira
Graduando em História – Centro Universitário La Salle – UNILASALLE
Email: [email protected]
Esta comunicação apresenta alguns resultados da participação como bolsista de Iniciação
Científica no projeto de pesquisa “Museologia e Cidadania: a utopia como prática política”,
coordenado pela Profa. Dra. Carla Renata Antunes de Souza Gomes, do Centro Universitário
La Salle - Unilasalle Canoas, que entre outros objetivos realiza um levantamento de
informações sobre as práticas letradas na cidade de Porto Alegre, RS, através de periódicos
que circularam na região entre 1846 e 1865. Esta pesquisa, que utiliza periódicos do final do
século XIX do acervo do setor de imprensa do Museu da Comunicação Hipólito José da
Costa, ainda se propõe a analisar as condições de acessibilidade ao acervo de jornais, a fim de
diagnosticar as dificuldades e as necessidades de um maior controle sobre a preservação do
acervo. A razão da escolha deste período é atribuída à carência de pesquisas que se dediquem
a este tema no período pós- guerra civil, baseando-se na grande contribuição destas
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informações para o conhecimento da história sul-rio-grandense em um aspecto de grande
importância, bem como na preservação da memória referente a tais práticas e do patrimônio
histórico e cultural da região.
História, Arqueologia e Patrimônio: Coleção de Imagens do Acervo Pedro Augusto
Mentz Ribeiro
Gabriel de Souza
Graduando em História – Universidade FEEVALE
Email: [email protected]
Kimberly Ludvig Trieweiler
Graduanda em História – Universidade FEEVALE
Email: [email protected]
Inês Caroline Reichert
Professora – Universidade FEEVALE
Email: [email protected]
O presente artigo tem por objetivo relatar a prática profissional realizada por acadêmicos do
curso de História da Universidade Feevale, e que foi desenvolvida no Acervo Pedro Mentz
Ribeiro, junto à Coleção de Imagens. O Acervo Pedro Augusto Mentz Ribeiro, alocado na
Universidade Feevale, é um espaço de preservação da memória e da trajetória pioneira do
professor e arqueólogo brasileiro de mesmo nome, que investigou, principalmente o território
rio-grandense, concentrando-se na arqueologia pré-colonial e no ensino de Arqueologia. A
Coleção de Imagens está composta de cerca de 4500 imagens em diapositivos,
majoritariamente de trabalhos de campo do referido arqueólogo, e que constituem, por esse
motivo, importante fonte de informação patrimonial sobre a Arqueologia brasileira. Durante a
prática, realizamos o pré-inventário da Coleção, importante etapa para a gestão patrimonial da
mesma. Como resultados parciais da realização do pré-inventário tem-se que a identificação
das imagens possibilitou mapear as potencialidades de pesquisa da Coleção e também
diagnosticar necessidades mais imediatas de ações de conservação. O APMR, ao propor a
gestão da Coleção, através de ações articuladas ao ensino, cumpre as funções sociais de um
Acervo, qual seja, a de ser instituição responsável pela salvaguarda do patrimônio. Como
alunos e futuros professores e historiadores, a prática possibilitou que compreendêssemos as
potencialidades da Coleção, bem como a importância da atuação do historiador junto à gestão
do Patrimônio.
O Memorial do Colégio Farroupilha de Porto Alegre/RS e a Prosopografia como método
de pesquisa
Eduardo Cristiano Hass da Silva
Mestrando em História – Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul – PUCRS
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Email: [email protected]
Milene Moraes de Figueiredo
Mestranda em História – Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul – PUCRS
Email: [email protected]
Em 2002, devido à necessidade de preservar e divulgar a história tanto da escola como de sua
mantenedora foi criado o Memorial do Colégio Farroupilha, espaço de memória de uma
escola privada de Porto Alegre que guardou ao longo dos anos diversas atas de reuniões,
livros de correspondências, periódicos escolares, fotos, mobília, entrevistas de história oral,
entre outros documentos. O memorial consiste em um espaço de pesquisa e atividades
pedagógicas. São feitas oficinas e visitas guiadas para que os alunos aprendam mais sobre a
história da escola e de Porto Alegre. Devido a considerável quantidade e variedade de fontes
preservadas no acervo, o mesmo também apresenta um amplo leque de possibilidades de
pesquisa. Neste estudo pretendemos apresentar o potencial dos memoriais escolares na
realização de pesquisas históricas, dando ênfase à utilização de fontes escritas e orais
aplicadas à metodologia da prosopografia, que consiste na elaboração de quadros biográficos
que permitem traçar perfis sociais, tomando por estudo de caso o memorial “Do
DeutscherHilfsverein ao Colégio Farroupilha.”. O referencial teórico utilizado é a História da
Educação, área de pesquisa que afirma-se a partir da História Cultural surgida com os
Annales. Os resultados apresentados são parciais, resultantes das pesquisas desenvolvidas
pelos autores.
Acervo literário (e virtual) Vianna Moog
Isabel Cristina Arendt
Doutora em História e professora do Curso de Letras –
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Email: [email protected]
O objetivo da presente comunicação é apresentar alguns resultados do projeto “Acervo
literário (e virtual) de Vianna Moog”, desenvolvido por uma equipe de professores do Curso
de Letras da Unisinos. O acervo pessoal de Vianna Moog encontra-se sob a guarda do
Memorial Jesuíta, Biblioteca da Unisinos. Consideramos pertinente divulgar o que compõe
este acervo, o histórico de sua constituição e suas possibilidades de pesquisa.
As Exposições do IAC/MASP e do IDI/MAM-RJ (1950-1970): uma contribuição para o
estudo da História do Design no Brasil
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Gustavo Cossio
Mestre em Design – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
Email: [email protected]
Alexandre Schiavoni
Mestre em História – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
Email: [email protected]
No Brasil, o portfólio da geração modernista de designers é marcado por uma produção
significativa de projetos de exposições. É possível verificar o papel relevante que
determinadas exposições e instituições museológicas tiveram para a difusão do design
moderno. Os nomes que apresentamos contribuíram com alternativas em projetos de
exposição, além de terem realizado exposições de desenho industrial que, hoje, contribuem
para o estudo da história do design no Brasil. Assim, analisamos as ações no nível
institucional, com o foco em dois museus, o Museu de Arte de São Paulo – MASP e seu
Instituto de Arte Contemporânea – IAC, e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro –
MAM-RJ, que sediou o Instituto de Desenho Industrial – IDI. No primeiro, são importantes
os nomes de Pietro Maria Bardi e do designer Alexandre Wollner, para a exposição de Max
Bill, no início dos anos 1950. Já a respeito do segundo, enfatizamos a atuação de Karl Heinz
Bergmiller, a partir dos anos 1960, que desenvolveu um sistema expositivo para o MAM-RJ
e, além disso, realizou as bienais de desenho industrial, nas dependências do museu. Importa
ressaltar que uma das justificativas para a produção de exposições de design em instituições
museológicas, a partir do período moderno, reside no fato de a inserção da atividade emergir
em meio ao circuito artístico e cultural do país. Constata-se que a exposição museológica
torna-se um dos meios para aproximar o público do design concebido em âmbito nacional, e
também oportunizar o contato com produtos desenvolvidos em outros países. É possível
compreender que as origens do design de filiação estrangeira, no contexto nacional, refletiram
uma visão de mundo e um projeto para modificá-lo por meio do sensível, pela retórica visual
daquelas exposições.
Memória em ação
Antrieli Flores dos Santos Silveira
Estudante de Ensino Médio - Instituto Estadual Mathilde Zatar
Email: [email protected]
Fernanda Wisniewski Schoenardie
Mestre em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Professora da Rede estadual de Ensino do Rio Grande do Sul
Email: [email protected]
É notória a importância de memórias na formação de uma sociedade, independente do seu
grau de desenvolvimento socioeconômico. No campo da educação, o Museu pode ser um
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valioso instrumento de ensino e aprendizagem. Pensando nisso, foram realizadas visitas aos
Museus dos municípios de Sapiranga e Nova Hartz, onde foi possível perceber diferentes usos
e significados da principal função que este espaço deve desempenhar, que seria o de guardião
da memória daquela localidade. Através de entrevistas e observações nesses dois espaços,
observamos diferentes formas de trabalho e diferentes práticas pedagógicas. Utilizando como
metodologia pesquisas quantitativas com estudantes, entrevistas e revisão bibliográfica. O
desenvolvimento desta pesquisa, tem como objetivo também, resgatar a memória da
instituição de Ensino Instituto Estadual Mathilde Zatar, que em 2016 completa 60 anos. Essa
proposta de resgate vai de encontro com um dos objetivos iniciais do trabalho, que seria a
preservação da memória de um espaço ou grupo social e seu caráter pedagógico.
Comunidade de Joaneta: aspectos de sua sociabilidade no ano de 1936
Josiane Mallmann
Especialista em História, Patrimônio Cultural e Identidades –
Universidade Luterana do Brasil – ULBRA
Email: [email protected]
Evangelia Aravanis
Professora – Universidade Luterana do Brasil/ULBRA
Email: [email protected]
O presente artigo tem como objetivo analisar as relações de sociabilidade, durante o ano de
1936, em dois espaços sociais estabelecidos na comunidade de Joaneta, especificamente a
sede da subprefeitura e a Sociedade Joaneta Riograndense. A comunidade que foi colonizada
por descendentes de imigrantes alemães a partir do ano de 1870, aos poucos foi se tornando o
centro administrativo, social, religioso e econômico da região. Desta forma, foi elevada à 9º
Distrito da cidade de São Leopoldo pelo Ato Intendencial de julho de 1924 e recebeu
infraestrutura administrativa através da criação de uma subprefeitura. Além deste espaço,
anteriormente já havia sido fundada a Sociedade Joaneta Riograndense no ano de 1922,
contando com cinquenta e quatro sócio-fundadores. Utilizamos como fontes documentais
principais as reportagens que mencionam Joaneta no Correio de São Leopoldo e as os Livros
de Atas da Sociedade Joaneta Riograndense, ambas no ano de 1936.
Uma etnografia da duração entre os ferroviários aposentados da Região Metropolitana
de Porto Alegre: formas de narrar a cidade
Yuri Schönardie Rapkiewicz
Mestrando em Antropologia Social – Universidade Federal
do Rio Grande do Sul – UFRGS
Email: [email protected]
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Cornelia Eckert
Professora – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
A cidade que sobe e desce paredes, pulsa nas sociabilidades cotidianas dos habitantes que
circulam por espaços vividos, tecendo laços de reciprocidade que denotam fios de pertença
comuns de uma memória coletiva urbana. Nesse contexto a cidade é o cenário onde buscamos
formas de operacionalização da categoria patrimonial levadas a termo, por um lado, através
dos museus, ao mesmo tempo em que consideramos que o patrimônio configura-se como uma
propriedade subjetiva da cidade. Nos termos dessa pesquisa realizamos uma etnografia da
duração (ECKERT e ROCHA, 2013) entre a comunidade ferroviária, privilegiando,
sobretudo, os interlocutores aposentados. Assim buscamos as interfaces da memória histórica
e das formas de duração dessa comunidade no tempo, ponderando suas narrativas e estratégias
de sociabilidade no âmbito da região metropolitana de Porto Alegre. Essa mirada
antropológica conduz a um caminho de problematizações e tensiosamentos a partir da
especifidade ao que aborda o fenômeno da memória, manipulando o conceito de patrimônio
pelo viés da etnografia da duração. Busca-se compartilhar a experiência de pesquisa sobre as
imagens de uma cultura de trabalho, negociadas junto dos antigos profissionais, através do
gesto reflexivo de elaborar uma exposição fotográfica como forma de restituir os ferroviários
e disponibilizar o material de uma coleção etnográfica. Uma narrativa que percorre desde a
memória de um modal de transporte e tecnologias até histórias de vida, de agentes que ainda
se fazem atuantes nos seus ambientes vividos. A história recente a qual se faz representativa o
espaço do Museu do Trem de São Leopoldo aponta uma íntima relação entre os trabalhadores
aposentados e o museu responsável pela preservação da memória ferroviária.
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Resumos – Apresentações do dia 29 de abril de 2016
Mesa temática: Questões gerais – fontes e temas de pesquisas (manhã)
Por uma história social das crianças no continente de Rio Grande de São Pedro colonial:
fontes, temas e experiências
Jonathan Fachini da Silva
Doutorando em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Email: [email protected]
O mundo da infância é invisível ao pesquisador que direciona seu olhar para o período
colonial, a voz dos rebentos só é registrada em face do adulto. Não por menos, que o próprio
conceito de infância é relativo ao contexto social e cultural especifico de cada sociedade.
Nesse sentido que a historiografia, cada vez mais tem mostrado como esse universo infantil
foi uma construção histórica moderna. Apesar das problematizações sobre o conceito de
infância, a criança como objeto da História recebeu algum tratamento pelo menos desde a
obra de Philippe Àries (1960). No Brasil, a criança no passado colonial, passou a entrar na
pauta dos estudos na esteira da Demografia Histórica, quando foram lançados os primeiros
índices de legitimidade, mortalidade infantil e abandono de crianças. Esses primeiros estudos
trouxeram importantes resultados para a região sudeste do país, mas ainda temos algumas
lacunas para a região sul. Dado esse pequeno panorama, o objetivo aqui é explorar e apontar
as potencialidades das fontes eclesiásticas (registros de batismos, róis de confessados,
testamentos, habilitações matrimoniais) para o estudo da criança, principalmente a criança
desvalida. Para além das potencialidades das fontes eclesiásticas para a temática da criança,
pretendemos também apontar as dificuldades e problematizar as questões referentes ao
tratamento metodológico dessas fontes. Nesse sentido, a partir de novos aportes teórico-
metodológicos, como o cruzamento nominativo e a reconstituição de trajetórias proposto pela
Micro-História, as pesquisas sobre a criança, que antes partiam da Demografia História,
atualmente estão amparadas pela História Social.
Abordagem etnográfica com crianças no contexto de uma instituição pública municipal
de Educação Infantil em Dois Irmãos: uma aventura antropológica
Raquel Dilly Konrath
Doutoranda em Processos e Manifestações Culturais – Universidade FEEVALE
Professora – Instituto Superior de Educação Ivoti – ISEI
Email: [email protected]
Sustenta-se hoje a necessidade de revermos a nossa postura investigativa sobre as crianças,
rompendo com os paradigmas que as compreendem como sujeitos passivos, reprodutoras ou
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receptoras de cultura. Na concepção da sociologia da infância essa visão é reformulada,
concebendo as crianças como participantes ativos da construção social. Nessa visão
compreende-se a infância como categoria social e cultural e as crianças como importantes
referentes empíricos de estudo. Isso significa que é preciso estudá-las a partir de si próprias.
Nesse sentido, a abordagem etnográfica apresenta-se como um desafio e uma grande
possibilidade de conduzir as pesquisas organizacionais investigativas com crianças. A
etnografia nos permite estudarmos a criança como “Outro”, como uma Alteridade, mas
justamente para conhecê-la como “Outro” a partir de uma convivência prolongada e da
participação de suas rotinas na Instituição de Educação Infantil, grupo social pesquisado. A
opção pela abordagem etnográfica consiste em atender às singularidades da realidade social e
cultural de uma Instituição de Educação Infantil de Dois Irmãos/RS para procurar
compreender os valores éticos e morais, os códigos, as intenções e motivações que orientam a
seleção, a significação e a utilização dos brinquedos das crianças na rotina da escola. Através
da análise dos resultados pretende-se contribuir com os estudos sobre a Educação Infantil e
suas práticas pedagógicas, trazendo reflexões sobre a construção de uma postura pedagógica
que tenha como pressuposto a escuta e olhar atento “com as crianças” e não “sobre as
crianças”, reconhecendo-as em suas diferentes manifestações culturais.
O acervo do MHVSL: interação entre pesquisa e extensão
Roswithia Weber
Professora – Universidade FEEVALE
Email: [email protected]
O trabalho tem por objetivo apresentar a interação entre pesquisa e extensão tendo em vista as
ações desenvolvidas pelo projeto de extensão “Museu como espaço de ação”(Universidade
Feevale) a partir do uso do acervo do no Museu Histórico Visconde de São Leopoldo. Ao longo do
desenvolvimento deste projeto foram construídas práticas educativas que possibilitaram a ampliação
do sentido do acervo do museu, tanto para o acadêmico extensionista, quanto para o público que
participou das atividades. Nesse processo a pesquisa se constituiu num elemento fundamental para a
construção de estratégias de compreensão do museu como um espaço aberto para a interlocução com o
público.
A importância dos museus e acervos públicos na preservação e constituição da paisagem
linguística do município de Santa Maria de Jetibá
Luana Cyntia dos Santos Souza
Mestranda em Letras – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
Email: [email protected]
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O Brasil é formado por uma população multicultural em que o contato cotidiano de indivíduos
com diversas variedades do português, crenças e atitudes demonstra que estamos sempre nos
relacionando com o diferente e nos formamos a partir disso.A população do Espírito Santo é
formada por muitas comunidades de etnias diferentes, de modo que algumas dessas ainda
preservam suas raízes antropológicas, evidenciadas no contraste linguístico dos seus
descendentes, especificamente, a comunidade tradicional pomerana do município de Santa
Maria de Jetibá – ES. Por meio desta constatação, pretende-se evidenciar a importância dos
museus e acervos públicos (com cartas, documentos, jornais, fotografias e livros), a fim de
contrastar a história do povo tradicional pomerano até os dias atuais. Para isso,considera-se as
políticas linguísticas do censo linguístico, da lei de cooficialização do pomerano e do
inventário da língua pomerana no estado. Constitui-se,a partir desse contexto, uma nova
paisagem linguística que influencia em uma nova identidade plural brasileira-pomerana dos
jovens do município.
O uso da paisagem linguística como fonte para o estudo da historiografia da língua
alemã
Lucas Löff Machado
Mestre em Letras – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
Email: [email protected]
Willian Radünz
Graduando em Letras – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
Email: [email protected]
Dados históricos escritos constituem importantes fontes de pesquisa na área linguística (cf.
neogramáticos no séc. XIX). Contudo, tem-se priorizadoatualmente dados da fala nos estudos
linguísticos. As variedades da língua alemã imigradas no séc. XIX para o sul do Brasil
guardam dados ricos em paisagem linguística, cujo escopo em uma determinada localidade
inclui, por exemplo, letreiros, placas, grafites (com escrita) e cemitérios em ambientes
públicos. Constitui o objetivo da apresentação problematizar o uso dessas fontes escritas nos
estudos de linguística, e também de história, educação e políticas públicas. Esse trabalho
integra iniciativas de pesquisa e documentação em paisagem linguística de comunidades
falantes de Hunsrückisch originadas no âmbito do projeto Atlas Linguístico-Contatual das
Minorias Alemãs na Bacia do Prata-Hunsrückisch (ALMA-H).
A história das obras e serviços públicos municipais em São Leopoldo, RS: fontes
documentais e possibilidades de abordagem do tema
Fabiano Quadros Rückert
Doutor em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Professor – Prefeitura Municipal de São Leopoldo
Email: [email protected]
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A proposta de comunicação consiste em apresentar uma narrativa histórica sobre a criação e o
desenvolvimento de obras e serviços públicos municipais relevantes para a organização e
funcionamento da cidade de São Leopoldo. Partindo da premissa de que a administração
municipal é uma construção histórica influenciada por demandas procedentes da sociedade e
por conjunturas políticas regionais e nacionais, e considerando a necessidade do poder público
municipal aprimorar a legislação e as suas práticas administrativas, a comunicação pretende
abordar três possibilidades de estudo das obras e serviços públicos municipais: a primeira diz
respeito aos Códigos de Posturas Municipais implantados em São Leopoldo em 1871, 1897 e
1951; a segunda corresponde aos Relatórios da Intendência produzidos no período da
Primeira República; e a terceira destaca possibilidades de interpretação das finanças
municipais a partir de uma série de exemplares da Leio de Orçamento do município de São
Leopoldo. As definições de prioridades para a administração municipal, as dúvidas e
divergências entre as autoridades do município e as estratégias usadas pela municipalidade
para ampliar a arrecadação de impostos e aprimorar os serviços públicos são temas
contemplados pelas fontes documentais selecionadas.
Os periódicos polono-brasileiros: historiografia, fontes e temas de pesquisa
Rhuan Targino Zaleski Trindade
Doutorando em História – Universidade Federal do Paraná – UFPR
Professor – Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul
Email: [email protected]
A comunidade polonesa do Brasil tem suas raízes no último cartel do século XIX, inserida no
bojo da imigração europeia massiva. Ao longo da sua instalação e desenvolvimento na nova
terra criou espaços de sociabilidade e uma série de instituições focadas na vida cultural
polonesa, dentre elas, os periódicos. Ainda que mais tardiamente em relação a outros grupos
étnicos, desde finais do século XIX até o advento de políticas nacionalistas brasileiras nos
anos 1930, os poloneses produziram diversos periódicos focados no mais diferentes temas e
circulando pelo sudeste e sul do Brasil. Alguns mais efêmeros outros com uma perenidade
que entre intervalos, chegou aos nossos dias, podemos identificar uma gama de um material
muito rico, que permite uma série de digressões sobre a sociabilidade, economia, agricultura,
religiosidade, disputas, entre outros assuntos relacionados à presença dos poloneses no Brasil.
A importância numérica polonesa, especialmente no sul do país, não está, até então, refletida
nos estudos acadêmicos e os periódicos polono-brasileiros são possibilidades de enfrentar essa
questão. Ao propor uma reflexão acerca desta fonte, investigamos os usos atinentes ao estudo
dos periódicos, examinando as possibilidades de análise e o potencial deste material para a
pesquisa histórica, embasado em trabalhos que usaram estas fontes e estudos sobre imprensa e
imigração.
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O resgate da história dos imigrantes boêmios em terras brasileiras
Jussara Maria Habel
Graduada em História – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
Email: [email protected]
Os imigrantes boêmios ainda são desconhecidos quando buscamos por informações em
acervos ou arquivos históricos. Com isso, o presente trabalho pretende recapitular parte da
história destes imigrantes que chegaram ao Brasil por volta de 1870. O conceito de boêmio,
em alemão 'Böhmen', remete à matriz de partida dos imigrantes na Boêmia (atual República
Tcheca) que na época da emigração pertencia ao antigo Reino Austro-Húngaro (1867-1918).
É objetivo deste trabalho apresentar pesquisas existentes sobre a imigração boêmia, mostrar
novas descobertas realizadas em cemitérios, em acervos religiosos e em arquivos públicos
visando estabelecer uma base de iniciação a futuras pesquisas, em especial, para a Dissertação
de Mestrado. A metodologia de pesquisa é de cunho sociológico com visitas a cemitérios,
museus e arquivos históricos do Rio Grande do Sul. Além de envolver pesquisas
bibliográficas, também terá amostras fotográficas para tentar reconstituir parte da história e a
da memória destes imigrantes. O questionamento central que fica é em relação à falta de
pesquisas relacionadas ao tema. Uma hipótese pode estar ligada à similaridade linguística e
cultural dos boêmios com outros grupos da etnia alemã e à própria matriz de origem. Além
dos boêmios se comunicarem na variedade linguística boêmia, também possuem
conhecimentos da língua hunsriqueana. No entanto, a língua utilizada nos registros escritos da
época era o alemão-padrão (Hochdeutsch). Por fim, pretende-se ampliar ainda mais as
pesquisas para resgatar a memória dos imigrantes boêmios que se fixaram em terras
brasileiras.
As santinhas de cemitério que fazem milagres: um estudo comparada das devoções de
“Mariazinha” Penna e Maria Elizabeth de Oliveira
Francielle Moreira Cassol
Doutoranda em História – Universidade de Passo Fundo – UPF
Email: [email protected]
Mesmo com as conquistas da ciência moderna, a religiosidade permanece presente e se afirma
a cada dia como forma de explicar e vivenciar o sobrenatural para significativa parcela da
população brasileira. Essa permanência revela-se na trajetória do catolicismo e nas
articulações dos ritos e práticas litúrgicas e fazem surgir diferentes modalidades de
convivência com o sagrado e modos peculiares de vivenciar a espiritualidade.Nesse sentido, a
presente pesquisa almeja discutir e analisar em um primeiro momento a construção
hagiográfica das devoções populares nas biografias, bem como, em um segundo momento a
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publicização dessas devoções a “Mariazinha” Penna (Santa Maria/RS) e Maria Elizabeth de
Oliveira (Passo Fundo/RS), a partir dos jornais locais “A Razão” e “O Nacional”. As
devoções que são manifestadas perante os túmulos das “santinhas” dos cemitérios
demonstram uma prática de fé. São pessoas comuns/jovens que, após a morte, ganharam a
veneração de fieis que lhes pedem auxílio junto ao sagrado, e que são cultuadas como
milagreiras em suas cidades natais. “Mariazinha” por ser exemplo de resignação e força
diante uma doença e, Maria Elizabeth por realizar previsões sobre a sua própria morte.
Mesa temática: Questões gerais – fontes e temas de pesquisas (tarde)
Estudo de gênero no período pós-emancipação a partir dos Registros de Matrícula da
Santa Casa de Porto Alegre (1889-1895)
Priscilla Almaleh
Mestranda em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Email: [email protected]
Esta apresentação objetiva mostrar as potencialidades dos Registros de Matrícula Geral de
Enfermos da Santa Casa de Misericórdia para o estudo de gênero na cidade de Porto Alegre
ao fim do século XIX, mais precisamente nos anos de 1889 a 1895. Os estudos ligados ao
gênero ainda são muito restritos e limitados devido a certa carência de fontes e as análises
estarem ligadas ao masculino. Devido às novas concepções sobre o significado de gênero
sabemos que os estudos sobre as populações são relacionais, ou seja, construções culturais e
sociais em que o feminino e o masculino estão intimamente interligados, apesar das diversas
formas de desigualdade entre os sexos. Portanto, as fontes utilizadas ligadas à instituição
assistencialista e de caridade possibilita o estudo da camada mais pobre da população, pois
consiste em uma instituição que visava o auxílio para pessoas menos favorecidas
economicamente, apesar de eventualmente encontrarmos indivíduos da classe média. Para
tanto foi desenvolvida uma pesquisa com base na transcrição dos dados referentes aos livros
de registros de número 6 e 7 para uma tabela de dados (Excel). Foram transcritos 12.632
dados referentes a todos os enfermos da SCMPA e após foi feita uma filtragem das diferentes
etnias, classe, gênero, trabalho, estado civil, entre outras ações que a fonte proporciona.
Apesar de ser uma fonte médica, não voltada inicialmente para tal fim, os Registros
permitiram compreender diversas peculiaridades sobre a vida daqueles que procuravam a
assistência médica, além de possibilitar a reconstrução da organização feminina na cidade em
um período de diversas mudanças políticas e sociais como foi o período da pós-emancipação.
“A ausência de instituições hospitalares impôs a necessidade de criar sanatórios nos
centros mais populosos e nos mais remotos”: médicos italianos e a melhoria das
condições sanitárias da população rio-grandense
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Leonor C. Baptista Schwartsmann
Doutora em História
Fundação SOAD de Pesquisa
Email: [email protected]
Médicos italianos ajudaram a criar casas de saúde, enfermarias e hospitais nas décadas iniciais
do século passado. Uma série desses estabelecimentos é nominada em álbum produzido para
os festejos do Cinquentenário da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul (1925), obra que
apresenta uma narrativa histórica sobre a imigração centrada em seus vultos proeminentes.
Entre os personagens destacados encontram-se médicos acompanhados por biografias
hagiográficas. Infere-se que os imigrantes se reuniram e participaram na construção de
hospitais sob a organização de médicos, e que este fator foi valorizado dentro do universo
simbólico dos membros da comunidade ítalo-brasileira. No entanto, a colaboração dos
médicos na construção ou organização foi além dos municípios que hoje compõem a Região
Colonial Italiana, salientando Porto Alegre, Rio Grande, Bagé, Jaguari, Santa Maria e Cruz
Alta. A criação destes equipamentos respondeu à carência de cuidados de saúde, num período
em que o Estado não possuía o dever de assistência, deixando às próprias comunidades a
responsabilidade pela saúde, o encargo de cuidar de seus doentes e o modo como se protegia.
Percebe-se que muitos dos estabelecimentos preservaram ainda hoje o nome de seus
fundadores.
Os estranhamentos entre aqueles que estavam e aqueles que chegam: representações sobre
o espaço e as relações entre indígenas e imigrantes alemães no Rio Grande do Sul
Daniel Luciano Gevehr
Professor – Faculdades Integradas de Taquara – FACCAT
Email: [email protected]
Gabriela Dilly
Mestranda em Desenvolvimento Regional –
Faculdades Integradas de Taquara – FACCAT
Email: [email protected]
A pesquisa analisa as representações sobre o espaço natural e sobre a relação existente entre
os nativos e os colonizadores da área de colonização alemã no Rio Grande do Sul, construídas
em diferentes épocas e contextos, pelo intelectual e político Karl Von Koseritz, pelo jesuíta
Ambrósio Schupp e pelo monsenhor Matias José Gansweidt. Privilegiamos em nossa pesquisa
os escritos produzidos por Koseritz e Schupp no final do século XIX, colocando os Mucker
como exemplo dos colonizadores que foram seduzidos pela natureza selvagem e, com isso,
comparados aos nativos que habitavam a região. Num segundo momento, aproximamos nossa
análise sobre os escritos de Matias José Gansweidt, que na década de 1940, produziu suas
narrativas sobre os ataques dos nativos nas áreas ocupadas pelos imigrantes alemães no Rio
Grande do Sul. Discutimos quais os elementos simbólicos presentes nessas narrativas e, em
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que medida, estas podem ser entendidas como responsáveis, em grande parte, pela difusão de
representações negativas sobre os nativos e suas relações com os imigrantes alemães, na
passagem do século XIX para o século XX.
“CPI de Sede Trentin”: desafios e possibilidades para compreensão de disputa de terras
entre índios e colonos em Chapecó-SC (1985-1986)
Douglas Satirio da Rocha
Mestrando em História – Universidade de Passo Fundo – UPF
Email: [email protected]
Em novembro de 1985 foi instaurada na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina,
a “CPI de Sede Trentin”. Requerida pelo Deputado estadual Hugo Biehl, a mesma, tinha
como objetivo “conhecer, analisar e verificar a responsabilidade sobre o fato da ocupação,
posse e uso da área de terras denominada Sede Trentin”, situada no município de Chapecó-
SC. A Comissão Parlamentar de Inquérito foi constituída em meio a um processo de disputa
de terra entre colonos e índios de Sede Trentin/Toldo Chimbangue, que vinha ocorrendo
desde o inicio dos anos de 1980. O conjunto de documentos da CPI é composto de cartas,
depoimentos e outros documentos relativos à área em disputa, constituindo-se como uma
fonte repleta de possibilidades de análise. As memórias e intencionalidades presentes tanto
nos depoimentos dos colonos como na atuação dos políticos envolvidos, apresentam novos
desafios e possibilidades para a compreensão da ocupação e disputa de terras naquela
localidade. O objetivo deste artigo é apresentar e discutir parte da documentação e das
informações que compõem a “CPI de Sede Trentin”. Diante do contexto de reunião e
produção das fontes pelos indivíduos envolvidos na CPI e, a partir do diálogo com outras
fontes da época, busca também evidenciar a disputa pela terra associada às disputas por
memórias e valores entre os índios e colonos.
A representação da chegada dos primeiros imigrantes alemães na pintura de Karl
Ernest Zeuner (Século XIX – XX)
Ananda Vitória Stumm
Graduanda em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Email: [email protected]
O presente trabalho tem como objetivo analisar a pintura do artista Karl Ernest Zeuner, que
retrata a chegada dos primeiros imigrantes alemães à cidade de São Leopoldo. A obra de
Zeuner está dentro do contexto das comemorações do centenário da chegada dos imigrantes,
pois foi realizada às vésperas da festividade. O estudo se justifica por dois motivos: O
primeiro devido ao grande número de imagens, retratos e obras que são comumente utilizados
em trabalhos e pesquisas, e que, na maioria das vezes são utilizados como meras reproduções
descritivas. E o segundo porque se trata de uma das obras mais conhecidas e também
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utilizadas para retratar a chegada dos imigrantes. Assim, este estudo intentará compreender a
obra do artista enquanto uma fonte relevante para o estudo da imigração, em que explorar-se-á
os recursos metodológicos e conceituais advindos do manuseio dos retratos no sentido da
ampliação dos conhecimentos destes objetos e de suas representações, conforme Bóris
Kossoy (2001), Peter Burke (2004), Roger Chartier (1996), Ulpiano T.B. Meneses (2003),
entre outros. Utilizaremos também, as ferramentas teórico-metodológicas da história cultural,
perpassando os temas da imigração, representação, memória e patrimônio, tendo como pano
de fundo a cidade.
Entre votos e ex-votos: organização e análise de fotografias dedicadas ao Divino Espírito
Santo
Vanderley de Paula Rocha
Mestrando em História, Cultura e Identidades –
Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG
Email: [email protected]
Neste trabalho, pretendemos discutir a organização de acervos iconográficos e o uso de
fotografia como fonte histórica. Considerando que o historiador tem se apropriado, desses
espaços de salva e guarda de documentos, não apenas como pesquisador, mas como
organizador e administrador. Portanto, faz-se necessário um debate em torno dessa atividade
assumida pelo profissional de História. Há muito tempo que os historiadores são associados a
esses lugares de memória devido ao ínfimo número de profissionais da arquivologia presentes
nesses, sobretudo na circunscrição que estamos localizados. Diante desse cenário o historiador
passa a assumir a tarefa de salvar, guardar, organizar, e disponibilizar esses acervos,
possibilitando a esses tornarem-se fonte na construção de trabalhos em diversas áreas. Assim,
este trabalho tem três pontos de discussão: no primeiro, abordarmos as principais teorias da
organização de acervos iconográficos e o uso desse como fonte; em seguida, observaremos
como essas discussões foram colocadas em prática a partir de um acervo; por fim,
apresentaremos uma possibilidade de análise desses documentos. Isso foi possível a partir da
organização e análise do acervo fotográfico de votos e ex-votos da Casa do Divino, da cidade
de Ponta Grossa no Paraná. Esse conjunto documental corresponde a mais de 12.000
fotografias deixadas, nesse espaço de religiosidade católica, por devotos do Divino Espírito
Santo, entre os anos de 1882 a 2006. Para tanto nos amparamos nas discussões de Helena
Dodd Ferrez (1994) e Boris Kossoy (2001).
A história da imigração italiana no Rio Grande do Sul em álbuns comemorativos
Tatiane de Lima
Mestranda em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
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Email: [email protected]
Este estudo trata de sujeitos: os imigrantes italianos no Rio Grande do Sul. Trata também de
maneiras de lhes representar: através de fotografias e narrativas. E de um objeto para guardar
histórias e memórias: os álbuns comemorativos. Estes álbuns podem ser entendidos como
uma forma de registro de memórias, e nesta investigação em especial, se dedicam a memórias
da imigração italiana no estado. Téllez (1998) em sua obra sobre álbuns de família nos
apresenta a perspectiva de entendê-los enquanto sua função arquivística e narrativa, já que
eles guardam e contam histórias de um determinado grupo, a partir de imagens e textos. O
presente trabalho propõe um breve estudo entre três álbuns comemorativos dedicados à
imigração italiana no Rio Grande do Sul. Queremos identificar e analisar as semelhanças e
diferenças que há na história da imigração italiana que é contada em cada um dos álbuns. Os
objetos selecionados para este estudo são o Álbum Comemorativo do 75º Aniversário da
Colonização Italiana no Rio Grande do Sul, o Álbum do Centenário da Imigração Italiana e o
Álbum Cultura Italiana - 130 anos. Todos os três álbuns tem como característica principal sua
designação comemorativa, pois foram criados no bojo dos festejos de datas de aniversário de
chegada dos imigrantes italianos ao Rio Grande do Sul.
Imagens da História: estudo de trajetórias e relações de famílias imigrantes
Samanta Ritter
Graduanda em História – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Email: [email protected]
O presente trabalho contempla o projeto de pesquisa “Imigrantes em ação: organização social
e participação política. Estudo comparado sobre a imigração no Brasil, Argentina e Chile -
séculos XIX e XX”, desenvolvido na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS);
está vinculado ao Núcleo de Estudos Teuto-brasileiros (NETB) sob a orientação do Professor
Marcos Antônio Witt.Com este estudo, buscamos explorar as trajetórias, redes, relações
sociais e políticas dos imigrantes alemães e suas famílias destinados ao sul da América. Dos
diversos registros e documentos de suas contribuições, selecionamos dois livros que relatam a
vida da família Valck (Valdivia, Chile), publicado em 2005 e o outro da família Englert (São
Leopoldo - Porto Alegre, Brasil), lançado em 2012. Com o método da história comparada,
visamos utilizar as imagens que ambos livros apresentam como fonte relevante para
identificar e analisar as trajetórias dessas famílias. Objetivamos também explorar as relações
destes imigrantes com a sociedade receptora e o modo como documentaram a si próprios e a
época em que viveram.
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Sobre o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo
O Museu Histórico Visconde de São Leopoldo (MHVSL), foi fundado em 20 de
setembro de 1959. De sua fundação participaram dez municípios que receberam o calor da
presença alemã: São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Taquara, Rolante,
Montenegro, São Sebastião do Caí, Feliz e Nova Petrópolis.
Hoje, seu acervo abarca elementos ligados à história da imigração alemã no Brasil e à
história de São Leopoldo, do Vale do Rio dos Sinos e do Rio Grande do Sul nos séculos XIX
e XX. Desse modo, aspectos da história dos povos indígenas, primeiros habitantes da região,
passando pela instalação da Real Feitoria do Linho Cânhamo, entre 1788 e 1824, e a presença
negra, os habitantes luso-brasileiros na região até a criação da Colônia Alemã e fundação da
Vila e Município de São Leopoldo, entre outros pontos, estão presentes no Museu.
Atualmente, o MHVSL possui um acervo fotográfico com mais de 30 mil fotografias,
mais de 250 mil documentos, mais de 23.700 livros, cerca de 35 mil objetos e um número
expressivo de exemplares de diversos jornais, tanto no período imperial (século XIX) quanto
republicano (séculos XX e XXI). O volume do acervo do MHVSL tem aumentado
consideravelmente, principalmente na parte de documentação. Por isso, cada vez mais se faz
necessária a ampliação do Museu. Existe o projeto para a construção da segunda parte, em
continuação ao prédio já existente. Mas para a execução do mesmo, se faz necessário um
montante financeiro considerável. Por isso a Direção do museu tem buscado diversas
alternativas, como projetos de financiamento, parcerias com empresas, além da sempre
necessária colaboração de seus doadores, amigos e voluntários, que abnegadamente se
esforçam em manter o Museu em funcionamento e atuação.
O MHVSL vai além de um local que apenas guarda objetos antigos. Essa não é a
verdadeira função de um museu. O museu deve ser uma ligação entre o passado, o presente e
o futuro, para que estes possam ser entendidos de uma forma muito mais ampla. Hoje, o
MHVSL exerce o papel de um espaço cultural, realizando diversas atividades: ciclos de
palestras, apresentações artísticas, exposições, lançamentos de livros, cursos de idiomas em
parceria com professores, além de cursos de música, pinturas, entre outros. O museu ainda
abre espaço para que alunos das Instituições de Ensino Superior da região possam realizar
Estágios Supervisionados, Horas Práticas e Complementares.
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Sede Central
Fundado em 20 de setembro de 1959, os mantenedores do Museu buscaram um
espaço para seu funcionamento, mesmo que fosse um espaço limitado. Foi a Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras, que daria origem mais tarde a Universidade do Vale do Rio dos
Sinos - UNISINOS, que acenou com uma sala. A diretoria lá se reunia e lá também foram
guardadas as primeiras doações.
Alguns meses mais tarde, ante a necessidade de mais espaço, a Faculdade cedeu uma
sala maior, que também começou a ser pequena em vista de muitas doações. A Prefeitura de
São Leopoldo, uma das apoiadoras do Museu, sentiu que o crescimento dele exigia um grande
espaço. Como ela era proprietária de uma antiga sociedade recreativa com um amplo salão de
baile, o antigo Clube Riograndense, situada na Rua Independência, esquina com a Avenida
Dom João Becker, fez doação desse imóvel. Mas o tempo mostrou que casa antiga precisava
de restauração o que requeria muito investimento sem possibilidade de ampliação. Solução:
construir uma sede nova para ter segurança e mais espaço.
Como a prefeitura tinha um terreno a 50 metros da então sede, fez doação do mesmo e
com muita luta graças ao auxílio federal e parte do consulado da Alemanha, junto a doações
de empresas e particulares leopoldenses e de outras cidades do Rio Grande do Sul, foi
terminada a 1º etapa do projeto, em 1985, com a construção de um prédio com 926 m².
Todavia, o volume do acervo do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo tem
aumentado consideravelmente, principalmente na parte de documentação. Por isso, cada vez
mais se faz necessária a ampliação do Museu. Existe o projeto para a construção da segunda
parte, em continuação ao prédio já existente. Mas para a execução do mesmo, se faz
necessário um montante financeiro considerável. Por isso a Direção do museu tem buscado
diversas alternativas, como projetos de financiamento, parcerias com empresas, além da
sempre necessária colaboração de seus doadores, amigos e voluntários, que abnegadamente se
esforçam em manter o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo em funcionamento e
atuação.
Atualmente, o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo conta com um Acervo
Fotográfico com mais de 30 mil fotografias, mais de 250 mim documentos, mais de 23.600
livros, cerca de 35 mil objetos e um número expressivo de exemplares de diversos jornais,
tanto no período imperial (século XIX) quanto republicano (séculos XIX e XX).
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Casa do Imigrante ou Casa da Feitoria
Faz parte dos bens do museu a histórica Casa da Feitoria, da Real Feitoria do Linho
Cânhamo, criada em 1788, pelo governo português, cuja força de trabalho era composta por
escravos negros. Em 1824, ela foi desativada por D. Pedro I (primeiro imperador do Brasil) e,
por sua ordem, lá foram albergados os primeiros imigrantes alemães, chegados em 25 de julho
do mesmo ano. O trabalho de arregimentação dos imigrantes na região que hoje forma a
Alemanha foi realizado pelo major Jorge Antônio von Schaeffer, ajudante-de-ordens da
Imperatriz D. Leopoldina (primeira esposa de D. Pedro I).. Na época, era presidente da
província de São Pedro do Rio Grande do Sul José Feliciano Fernandes Pinheiro, futuro
Visconde de São Leopoldo, que coordenou os trabalhos para a chegada dos imigrantes. Os
imigrantes aqui chegados vieram de regiões como Hamburgo, Renânia-Palatinado,
Mecklenburg-Schwerin, Holstein, entre outras. A colônia recebeu o nome de Colônia Alemã
de São Leopoldo, em homenagem à Imperatriz Leopoldina, de origem austríaca e
extremamente devota do santo, sendo o mesmo o padroeiro da Áustria.
Em 1941, a casa da Feitoria foi comprada e reformada pela prefeitura, na gestão de
Theodomiro Porto da Fonseca, ocasião em que recebeu os traços arquitetônicos em técnica
enxaimel, comum na cultura alemã. Nela foi colocada uma escola primária, que hoje se
denomina Escola Estadual Dr. João Daniel Hillebrand (localizada em outro prédio), que lá
ficou por 35 anos. A Casa reclamava novamente restauração, que a Prefeitura de São
Leopoldo executou. Mas pelo valor histórico que a mesma possui, a municipalidade decidiu
passá-la aos cuidados do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, já que esta casa marca
o começo da história leopoldense, tanto em sua fase como feitoria como na fase imigrantista.
Após as melhorias, o Museu fez salas temáticas com o acervo lá existente, visando
abordar determinados aspectos da história, do cotidiano, do ambiente social e familiar dos
imigrantes e da sociedade da época.
Para manter a casa, além dos esforços financeiros por parte da Diretoria do Museu, se
faz necessária a colaboração de voluntários. Tendo em vista que o Museu Histórico Visconde
de São Leopoldo (incluindo-se a Casa da Feitoria) é um entidade privada sem fins lucrativos,
que tem condições de manter apenas o quadro funcional necessário para sua atividade, sempre
se faz importante o apoio de pessoas dispostas, tanto nas doações financeiras como no
trabalho cotidiano.
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Fachada do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo – Sede Central
Fonte: Acervo Fotográfico do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo
Vista interna do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo – Sede Central
Crédito da foto: Luciano Stabel
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Casa da Feitoria ou Casa do Imigrante antes da reforma ocorrida em 1941
Fonte: Acervo Fotográfico do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo
Casa da Feitoria ou Casa do Imigrante
Fonte: Acervo Fotográfico do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo
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Museu Histórico Visconde de São Leopoldo
Endereço: Avenida Dom João Becker, 491, bairro Centro, São Leopoldo/RS, CEP: 93010-010
Email: [email protected]
Telefone: (51) 3592-4557
Site: http://www.museuhistoricosl.com.br
Página no Facebook: Museu Histórico Visconde de São Leopoldo
(https://www.facebook.com/Museu-Hist%C3%B3rico-Visconde-de-S%C3%A3o-Leopoldo-
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