caderno de exercicios de jurisdição constitucional

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Semana 1 Plano de Aula: O fenômeno da inconstitucionalidade JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Título O fenômeno da inconstitucionalidade Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 1 Tema O fenômeno da inconstitucionalidade Objetivos Compreender a teoria geral do controle de constitucionalidade; Analisar o conceito e as formas de inconstitucionalidade existentes. Estrutura do Conteúdo 1. Inconstitucionalidade: conceito e espécies 1.1 Natureza da norma inconstitucional: inexistente, nula ou anulável? 1.2 Espécies de inconstitucionalidade 1.2.1 formal e material 1.2.2 por ação e por omissão 1.2.3 total e parcial Aplicação Prática Teórica Questão objetiva:

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Caderno de Exercicios

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Semana 1Plano de Aula: O fenmeno da inconstitucionalidadeJURISDIO CONSTITUCIONALTtuloO fenmeno da inconstitucionalidadeNmero de Aulas por SemanaNmero de Semana de Aula1 TemaO fenmeno da inconstitucionalidadeObjetivos Compreender a teoria geral do controle de constitucionalidade; Analisar o conceito e as formas de inconstitucionalidade existentes. Estrutura do Contedo1.Inconstitucionalidade: conceito e espcies1.1Natureza da norma inconstitucional: inexistente, nula ou anulvel?1.2Espcies de inconstitucionalidade1.2.1formal e material1.2.2por ao e por omisso1.2.3total e parcialAplicao Prtica TericaQuesto objetiva:Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional?(a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituio da Repblica.(b) Quando na elaborao da norma infraconstitucional, no se observa rigorosamente o processo de sua elaborao.(c) Quando o contedo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituio da Repblica e tambm contm vcio com relao a sua formao.(d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da Constituio da Repblica, mas no com os tratados internacionais sobre direitos humanos.Questo discursiva:O Estado do Rio de Janeiro, diante das crescentes taxas de violncia, decide elaborar uma lei ordinria estadual que prev a majorao das penas de diversos crimes e a reduo da maioridade penal para 16 anos. Robson Braga, deputado estadual de oposio, decide consult-lo(a), na qualidade de advogado(a), acerca da constitucionalidade da referida lei. Formule a resposta a ser dada a Robson, destacando se h vcio de inconstitucionalidade e, em caso afirmativo, como ele pode ser classificado.No h constitucionalidade na deciso para elaborao da lei. O Estado do Rio de Janeiro fere texto constitucional de competncia privativa da Unio que legisla sobre direito penal. Logo, conclui-se que h vcio material, art. 228, CF e vcio formal, e 22, I, CF pela deciso em elaborar projeto de lei diversa de sua competncia.

= A inconstitucionalidade formal decorre da criao de um ato legislativo em desconformidade com normas de competncia e os procedimentos estabelecidos para o seu devido ingresso no ordenamento jurdico e a inconstitucionalidade material refere-se ao contedo do ato infraconstitucional, ou seja, quando este contrariar norma substantiva da Constituio, seja uma regra ou princpio. Verifica-se que inconstitucional pois tem vicio formal e material, sendo assim, vejamos que o art. 22, I, CF(vicio formal), que prev a competncia privativa da Unio para legislar sobre direito penal, bem como, o art. 228(vicio material), que estabelece a maioridade penal a partir dos 18 anos.

= A lei aprovada pelo Estado do Rio de Janeiro inconstitucional pelas seguintes razes: ofende o art. 22, I, CF, que estabelece a competncia privativa da Unio para legislar sobre direito penal, e o art. 228, que estabelece a maioridade penal aos 18 anos. O primeiro vcio classificado como uma inconstitucionalidade formal (ou inconstitucionalidade formal orgnica) e o segundo como uma inconstitucionalidade

Semana 2Plano de Aula: O controle de constitucionalidadeJURISDIO CONSTITUCIONALTtuloO controle de constitucionalidadeNmero de Aulas por SemanaNmero de Semana de Aula2 TemaO controle de constitucionalidadeObjetivos1. Classificar e compreender as formas de controle de constitucionalidade existentes; 1. Analisar as caractersticas gerais dos sistemas de controle de constitucionalidade Estrutura do Contedo1.Controle de constitucionalidade2.Classificaes2.1 Quanto ao rgo2.1.1 Poltico2.1.2 Jurdico2.2 Quanto ao momento2.2.1 Preventivo2.2.2 Repressivo3.Controle jurisdicional de constitucionalidade3.1 Difuso3.2 Concentrado3.3 Concreto3.4 AbstratoAplicao Prtica TericaQuesto objetivaSo exemplos de modalidades de controle poltico e preventivo de constitucionalidade:I - O exame pelas Comisses de Constituio e Justia das casas parlamentares.II - O veto presidencial.III - A recusa do Chefe do Executivo em aplicar uma norma que ele entenda inconstitucional.IV - A rejeio de Medida Provisria pelo Congresso Nacional por falta de relevncia e urgncia.a)I e IIb)I e IIIc)II e IIId)III e IVe)I e IVQuesto discursivaO deputado federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o estabelecimento de penas de priso perptua e de trabalhos forados para os condenados pela prtica de crimes considerados hediondos pela legislao brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consult-lo(a) acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judicirio uma suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser submetido a votao pelo Congresso Nacional. Como dever ser respondida a consulta?

O deputado parlamentar poder questionar o projeto de lei (direito subjetivo), que considere arbitrrio Constituio ao STF diretamente, atravs de mandado de segurana, o que caracteriza o controle preventivo , a fim de que seja paralisada a tramitao do referido projeto.Trata-se de matria inconstitucional, pois fere direitos fundamentais. , sentido art 60 pargrafo 4 da Contituio FederalResposta: Art 60, paragrafo 4.Na hiptese, a norma materialmente inconstitucional pois fere os Direitos e Garantias Fundamentais dispostos na CRFB/88. Seu controle ser preventivo, pois ocorrer ainda no processo legislativo, antes da publicao da lei.Apesar de o controle jurisdicional de constitucionalidade realizar-se, via de regra, em carter repressivo, ou seja, aps a entrada em vigor da norma impugnada, a jurisprudncia do STF reconhece uma possibilidade de questionamento preventivo: trata-se do MS que, neste caso, s poder ser impetrado por outro membro do Congresso Nacional (titular do direito lquido e certo observncia do devido processo legislativo) e, necessariamente, dever ser julgado antes de o referido projeto ser convertido em lei (sob pena de tornar o MS um substitutivo da ADI). Ver, por exemplo, o MS-MC 23047/DF, STF.

SEMANA 3TtuloO controle incidental de constitucionalidadeNmero de Aulas por SemanaNmero de Semana de Aula3 TemaO controle incidental de constitucionalidadeObjetivos Analisar as origens e caractersticas do controle incidental de constitucionalidade; Compreender quem pode suscitar o controle incidental, em quais aes e perante quais tribunais; Analisar a clusula de reserva de plenrio e seu funcionamento perante os tribunais. Estrutura do Contedo1.Controle difuso-concreto: origens (Marbury v. Madison)2.Legitimidade (partes, MP,ex officio)3.Competncia para a pronncia de inconstitucionalidade3.1A clusula de reserva de plenrio3.2A ciso funcional de competncia nos tribunais3.3Smula vinculante n. 10 4.A questo da ao civil pblicaAplicao Prtica TericaA obrigatoriedade ou necessidade de deliberao plenria dos tribunais, no sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, significa que:(A) somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo rgo especial podero os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Pblico.(B) a parte legitimamente interessada pode recorrer ao respectivo Tribunal Pleno das decises dos rgos fracionrios dos Tribunais Federais ou Estaduais que, em deciso definitiva, tenha declarado a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo.(C) somente nas sesses plenrias de julgamento dos Tribunais Superiores que a matria relativa a eventual inconstitucionalidade da lei ou ato normativo pode ser decidida.(D) a competncia do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar toda e qualquer ao que pretenda invalidar lei ou ato normativo do Poder Pblico pode ser delegada a qualquer tribunal, condicionada a delegao a que a deciso seja proferida por este rgo jurisdicional delegado em sesso plenria.Questo discursiva:O Ministrio Pblico Federal ajuizou Ao Civil Pblica em face do INSS, visando obrigar a autarquia a emitir aos segurados certido parcial de tempo de servio, com base nos direitos constitucionalmente assegurados de petio e de obteno de certido em reparties pblicas (CF, art. 5, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ao Civil Pblica no seria a via adequada para a defesa de um direito individual homogneo, alm de sua utilizao consubstanciar usurpao da competncia do STF para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. Como dever ser decidida a ao?RESPOSTA:Tem legitimidade o Ministrio Pblico para arguir a inconstitucionalidade de ao civil pblica pelo efeito inter partes Re 472489Desde que a Ao Civil Pblica seja proposta atendendo aos seus fins, e no como uma manobra para substituir o controle direto de constitucionalidade, no seu manejo possvel, sim, a discusso incidental de inconstitucionalidade, pela via do controle difuso.STF, RE 472489EMENTA: DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGNEOS. SEGURADOS DA PREVIDNCIA SOCIAL. CERTIDO PARCIAL DE TEMPO DE SERVIO. RECUSA DA AUTARQUIA PREVIDENCIRIA. DIREITO DE PETIO E DIREITO DE OBTENO DE CERTIDO EM REPARTIES PBLICAS. PRERROGATIVAS JURDICAS DE NDOLE EMINENTEMENTE CONSTITUCIONAL. EXISTNCIA DE RELEVANTE INTERESSE SOCIAL. AO CIVIL PBLICA. LEGITIMAO ATIVA DO MINISTRIO PBLICO. DOUTRINA. PRECEDENTES. RECURSO EXTRAORDINRIO IMPROVIDO.

SEMANA 4TtuloControle difuso (cont.)Nmero de Aulas por SemanaNmero de Semana de Aula4 TemaControle difuso (cont.)Objetivos Destacar quais normas podem ser objeto de controle incidental; Analisar os efeitos da declarao incidental de inconstitucionalidade. Estrutura do Contedo1.Objeto (normas que podem ser impugnadas pela via incidental)2.Efeitos da deciso2.1Para as partes2.2Para terceiros2.2.1O papel do Senado Federal (art. 52, X)2.2.2A possibilidade de edio de smulas vinculantes 2.3Efeitos no tempo 2.3.1 Possibilidade de modulao temporal no controle difusoAplicao Prtica TericaOcorre o controle judicial difuso da constitucionalidade de uma lei quandoa) o plenrio de um Tribunal, pelo quorum mnimo de dois teros de seus membros, acolhe argio de inconstitucionalidade.b) uma turma julgadora, por maioria absoluta, acolhe argio de inconstitucionalidade.c) qualquer juiz, em primeira instncia, acolhe argio incidental de inconstitucionalidade.d) qualquer dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nas funes de Corte Constitucional, declarar a inconstitucionalidade.e) uma seo julgadora, pelo quorum mnimo de dois teros de seus membros, acolhe argio de inconstitucionalidade.Questo discursiva:Sebastio contratou um plano de minutos com a operadora de telefonia fixa da regio em que mora, no Distrito Federal. Ocorre que ao pedir o detalhamento das contas, ficou surpreso com o valor, j que a empresa alegava o consumo de pulsos alm da franquia contratada, sem esclarecer o tempo gasto nas ligaes excedentes. Sentindo-se lesado, procurou seu advogado para propor uma ao visando anular aquela cobrana, alm de exigir o detalhamento do consumo, sob pena de multa. Fundamentou seu pedido na lei distrital 3426/2004, que obriga as concessionrias prestadoras de telefonia o detalhamento sob pena de multa.Pergunta-se:a) Poderia a empresa r argir na contestao, a inconstitucionalidade do referido diploma?Resposta: Sim, por tratar-se de controle incidental (ou por via de exceo), que pode ser suscitado por qualquer das partes.

b) Qual a espcie de controle referido no caso?Resposta: Difuso e concreto.

c) Poder o juiz decidir acerca da inconstitucionalidade da lei?Resposta: Sim, pois no controle difuso todos os rgos com competncia jurisdicional podem faz-lo.

d)Suponha que o juiz entenda que a lei constitucional, poder ento obrigar a empresa a detalhar todas as contas que emitir aos consumidores? A resposta seria diferente caso o caso de Sebastio chegasse ao STF atravs de um eventual recurso extraordinrio? Justifique.Resposta: No, pois os efeitos so inter partes. O STF, aps decidir a matria em sede de RE, poder aguardar que o Senado Federal, aps ser comunicado, suspenda a lei ou, aps reiteradas decises no mesmo sentido, poder editar uma smula vinculante (art. 103-A, CF).

Semana 5Plano de Aula: Controle concentrado: Ao Direta de InconstitucionalidadeJURISDIO CONSTITUCIONALTtuloControle concentrado: Ao Direta de InconstitucionalidadeNmero de Aulas por SemanaNmero de Semana de Aula5 TemaControle concentrado: Ao Direta de InconstitucionalidadeObjetivosCompreender a importncia da fiscalizao de constitucionalidade por via de ADI;Analisar o exerccio atpico da jurisdio provocado pela ADI, e o sentido de processo objetivo;Compreender a importncia do STF no exerccio da jurisdio constitucional.Estrutura do Contedo1.Origens2.Conceito3.Legitimidade ativa3.1Legitimados universais e especiais3.2Impossibilidade de desistncia3.3O significado de entidades de classe de mbito nacional3.4Oamicus curiae 4.Legitimidade passiva4.1O papel do AGU 4.2A impossibilidade de interveno de terceirosAplicao Prtica TericaQuesto objetivaPara fins de propositura da ao direta de inconstitucionalidade e da ao declaratria de constitucionalidade, so legitimados universais e especiais, respectivamente:a) Presidente da Repblica e Mesa do Senado Federal.b) Mesa de Assembleia Legislativa e Confederao Sindical.c) Conselho Federal da OAB e Governador de Estado.d) Procurador Geral da Repblica e Conselho Federal da OAB.e) Procurador Geral da Repblica e Governador de Estado.Questo discursiva:O Procurador Geral da Repblica ajuizou uma Ao Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitencirias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em sntese, que o DF teria usurpado competncia da Unio (arts. 21, XIV c/c 32, 4, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funes exercidas por tal carreira aos agentes penitencirios integrantes da carreira da polcia civil.Citado na forma do art. 103, 3, CRFB/88, o Advogado Geral da Unio manifestou-se pela procedncia da ao, pedindo, consequentemente, a declarao de inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situao, responda, justificadamente:Poderia o AGU ter deixado de proceder defesa do ato normativo impugnado?Resposta: No. Haja vista a regra do artigo 103, paragrafo 3 da CF. O Advogado Geralda Unio no poder deixar de proceder a defesa do ato normativa. O advogado da AGU defender o ato ou texto impugnado, e neste caso ele atacou ao se manifestar pela procedncia da ao, que via de regra ele ter que defender a constituio. Informativo 562, STF: O Tribunal iniciou julgamento de ao direta de inconstitucionalidade proposta pelo Procurador-Geral da Repblica contra os artigos 7, I e III, e 13, e seu pargrafo nico, da Lei distrital 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitencirias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal e d outras providncias. Alega-se que os dispositivos impugnados violam os preceitos contidos nos artigos 21, XIV e 32, 4, da CF. Sustenta-se, em sntese, que as normas distritais impugnadas reformulam a organizao da Polcia Civil do Distrito Federal, ao estabelecer regime jurdico diferente do previsto em lei federal para os seus agentes penitencirios, bem como ao estender aos novos cargos de tcnicos penitencirios as atribuies j realizadas pelos agentes penitencirios da carreira policial civil. Preliminarmente, o Tribunal, por maioria, rejeitou questo de ordem suscitada pelo Min. Marco Aurlio que, diante do parecer da Advocacia Geral da Unio que se manifestava pela declarao de inconstitucionalidade da lei impugnada, reputava o processo no devidamente aparelhado e propunha a suspenso do julgamento para determinar que o Advogado-Geral da Unio apresentasse defesa da lei atacada, nos termos do 3 do art. 103 da CF (Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citar, previamente, o Advogado-Geral da Unio, que defender o ato ou texto impugnado.). Entendeu-se ser necessrio fazer uma interpretao sistemtica, no sentido de que o 3 do art. 103 da CF concede AGU o direito de manifestao, haja vista que exigir dela defesa em favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse da Unio coincide com o interesse do autor, implicaria retirar-lhe sua funo primordial que a defender os interesses da Unio (CF, art. 131). Alm disso, a despeito de reconhecer que nos outros casos a AGU devesse exercer esse papel de contraditora no processo objetivo, constatou- se um problema de ordem prtica, qual seja, a falta de competncia da Corte para impor-lhe qualquer sano quando assim no procedesse, em razo da inexistncia de previso constitucional para tanto. Vencidos, no ponto, os Ministros Marco Aurlio, suscitante, e Joaquim Barbosa que o acompanhava. ADI 3916/DF, rel. Min. Eros Grau, 7.10.2009. (ADI-3916) b) A ADI s cabvel quando a lei distrital decorre do exercicio de competncia legislativa estadual, conforme Smula 642 do STF (No cabe ao direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua competncia legislativa municipal.)

Semana 6Plano de Aula: Controle concentrado: Ao Direta de InconstitucionalidadeJURISDIO CONSTITUCIONALTtuloControle concentrado: Ao Direta de InconstitucionalidadeNmero de Aulas por SemanaNmero de Semana de Aula6 TemaControle concentrado: Ao Direta de InconstitucionalidadeObjetivos Delimitar os atos normativos que podem ser objeto de impugnao por via de aso direta de inconstitucionalidade; Estabelecer o bloco de constitucionalidade como parmetro de aferio da constitucionalidade das normas; Diferenciar os casos de ADI e de representao de inconstitucionalidade conforme objeto e parmetro da ao. Estrutura do Contedo1.Objeto1.1Emendas CF1.2Leis e atos normativos1.3As leis distritais1.4Medidas provisrias1.5Smulas1.6Tratados internacionais1.7Normas constitucionais originrias1.8Normas pr-constitucionais1.9Atos normativos secundrios e atos de efeitos concretos2.Parmetro: o bloco de constitucionalidade3.Competncia3.1Lei ou ato normativo federal ou estadual em face da CF3.2Lei ou ato normativo estadual ou municipal em face da CE 3.3Lei ou ato normativo municipal em face da CFAplicao Prtica TericaQuesto objetiva:Sustentando que os Estados do Sul e do Sudeste tm 57,7% da populao do Pas, mas somente 45% de representantes no Poder Legislativo federal, circunstncia que fere o princpio da isonomia e a clusula "voto com valor igual para todos", partidos polticos do bloco de oposio, todos com representao no Congresso Nacional, ajuizaram, perante o Supremo Tribunal Federal, ao direta de inconstitucionalidade a fim de obter provimento judicial declaratrio da inconstitucionalidade da expresso "para que nenhuma daquelas unidades da Federao tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados" e da palavra "quatro", constantes dos 1o e 2 do art. 45 da Constituio Federal. Referida aoa) est fadada ao insucesso, porque somente partido poltico majoritrio tem legitimidade para propor ao direta de inconstitucionalidade.b) deve ser julgada procedente, pois h manifesto conflito entre princpios supraconstitucionais e normas constitucionais, o qual se resolve em favor dos primeiros.c) deve ser acolhida, porque, se a escolha de Governador de Territrio tem de ser aprovada previamente pelo Senado Federal, segundo o art. 52, III, c, da Constituio Federal, e no por eleio direta, nada justifica a norma pela qual "cada Territrio eleger quatro Deputados".d) deve ser julgada improcedente, na medida em que, se no existe diferena entre princpios e normas para efeito de interpretao constitucional, no se pode falar de contradio entre dispositivos de uma mesma constituio.e) no pode ser admitida, pois a rigidez constitucional no se coaduna com o estabelecimento de hierarquia entre normas postas pelo Poder Constituinte originrio.Questo discursiva:Em decorrncia de aparente inconstitucionalidade encontrada em norma legal integrante do ordenamento jurdico do Distrito Federal, decidiu o Governador do Estado de Tocantins pela propositura de ao direta de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal. Tendo em considerao o balizamento do instituto luz da dogmtica constitucional bem como da jurisprudncia da Corte Suprema, discorra acerca dos limites e das possibilidades concernentes ao objeto da ao e legitimao para a sua propositura. A resposta dever ser integralmente fundamentada.Resposta: Haja vista que os legitimados para a propositura de ao de inconstitucionalidade, previsto no Artigo 103, paragrafo nico da CF, declarar que o governador do distrito federal legitimado para dar propositura ao STF acerca de algum ato ou lei, neste caso h essa possibilidade sim. = Os legitimados para a propositura da ADI esto estabelecidos no art. 103 da CF. Dentre eles, existe a previso do Governador de Estado poder propor ao STF uma ao direta de inconstitucionalidade acerca de algum ato ou lei.

Semana 7:Plano de Aula: Controle concentrado: Ao Direta de InconstitucionalidadeJURISDIO CONSTITUCIONALTtuloControle concentrado: Ao Direta de InconstitucionalidadeNmero de Aulas por SemanaNmero de Semana de Aula7 TemaControle concentrado: Ao Direta de InconstitucionalidadeObjetivos Compreender a extenso dos efeitos da deciso proferida na ADI; Conhecer as principais tcnicas decisrias utilizadas pelo STF; Analisar a possibilidade de concesso de medida cautelar em ADI. Estrutura do Contedo1.Efeitos da deciso1.1No espao: erga omnes1.2Efeito repristinatrio1.3O efeito vinculante e a utilizao da Reclamao1.4Efeitos no tempo: retroatividade e modulao temporal1.5Interpretao conforme a CF e inconstitucionalidade parcial sem reduo de texto 2.A cautelar na ADIAplicao Prtica TericaQuesto objetivaCom respeito ao modelo constitucional brasileiro, correto afirmar:a) A declarao de inconstitucionalidadein abstractotorna inaplicvel a legislao anterior revogada pela norma impugnada.b) A declarao de inconstitucionalidadein abstractono possui efeito vinculante para os rgos do Poder Judicirio.c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa.d) A declarao de inconstitucionalidadein abstractode lei, no modelo brasileiro, possui carter retroativo.e) O Supremo Tribunal Federal no pode apreciar pedido de medida cautelar nas aes diretas de inconstitucionalidade.Questo discursiva:O Estado de Santa Catarina editou a Lei Complementar n. 212, que estabelece a precedncia da remoo de juzes s promoes por antiguidade ou merecimento na magistratura daquele estado. No julgamento da ADI 2494, ocorrido em abril de 2006, o STF declarou a referida lei inconstitucional, por violao ao art. 93 da CF.Em 2007, o Estado de Pernambuco editou uma lei complementar com teor idntico ao da referida Lei Complementar n. 212/SC, o que levou um magistrado prejudicado com o novo dispositivo legal pernambucano a ingressar com uma Reclamao dirigida ao STF, com fundamento no art. 102, inciso I, alnea l, alegando que o legislador pernambucano ofendeu a autoridade da deciso do STF proferida na ADI 2494.Pergunta-se: cabvel a Reclamao em tela, ajuizada diretamente por terceiro prejudicado no STF, ou seria necessrio que a lei pernambucana fosse impugnada pela via da ao direta de inconstitucionalidade?

Semana 8:Plano de Aula: Controle concentrado: ADI por omisso e Mandado de InjunoJURISDIO CONSTITUCIONALTtuloControle concentrado: ADI por omisso e Mandado de InjunoNmero de Aulas por SemanaNmero de Semana de Aula8 TemaControle concentrado: ADI por omisso e Mandado de InjunoObjetivos Compreender a sistemtica de fiscalizao das omisses inconstitucionais; Diferenciar a ADO do MI. Estrutura do Contedo1.Legitimidade ativa2.Legitimidade passiva3.Objeto3.1Omisso total3.2Omisso parcial4.Parmetro5.Competncia6.Efeitos 7.Medida cautelar em ADOAplicao Prtica TericaQuesto objetivaAssinale a opo correta no que diz respeito ao controle das omisses inconstitucionais.A A ao direta de inconstitucionalidade por omisso que objetive a regulamentao de norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos enumerados no artigo 103 da CF, sendo a competncia para o seu julgamento privativa do STF.B Na omisso inconstitucional total ou absoluta, o legislador deixa de proceder completa integrao constitucional, regulamentando deficientemente a norma da CF.C A omisso inconstitucional pode ser sanada mediante dois instrumentos: o mandado de injuno, ao prpria do controle de constitucionalidade concentrado; e a ao direta de inconstitucionalidade por omisso, instrumento do controle difuso de constitucionalidade.D O mandado de injuno destina-se proteo de qualquer direito previsto constitucionalmente, mas inviabilizado pela ausncia de norma integradora.Questo discursivaFoi promulgada e publicada, pelo presidente da Repblica, lei federal, de iniciativa do Poder Executivo, estabelecendo valor do salrio mnimo claramente insuficiente para atender s necessidades vitais bsicas e os valores protegidos no art. 7., inciso IV, da Constituio Federal, que determina ser direito dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social, salrio mnimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais bsicas e s de sua famlia com moradia, alimentao, educao, sade, lazer, vesturio, higiene, transporte e previdncia social, com reajustes peridicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculao para qualquer fim estabelecido.Em face dessa situao hipottica e considerando que o escritrio de advocacia em que voc trabalhe seja contratado para questionar a constitucionalidade dessa lei, indique, com a devida fundamentao, a ao mais adequada ao caso.Semana 9:Plano de Aula: Controle concentrado: Arguio de Descumprimento de Preceito FundamentalJURISDIO CONSTITUCIONALTtuloControle concentrado: Arguio de Descumprimento de Preceito FundamentalNmero de Aulas por SemanaNmero de Semana de Aula10 TemaControle concentrado: Arguio de Descumprimento de Preceito FundamentalObjetivos Compreender os objetivos da regulamentao do art. 102, par. 1o, CF pela lei 9.882/99 (ADPF); Diferenciar as espcies de ADPF criadas pelo legislador; Analisar a jurisprudncia do STF sobre ADPF. Estrutura do Contedo1.Espcies de ADPF2.Legitimidade ativa3.Legitimidade passiva4.Objeto5.Parmetro4.1 O conceito de preceito fundamental6.Competncia7.Efeitos8.Medida cautelar em ADPF 9.Fungibilidade entre ADI e ADPFAplicao Prtica TericaQuesto objetivaSobre o processo previsto em lei para a Arguio por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), incorreto afirmar:a) trata-se de ao com tramitao exclusiva perante o Supremo Tribunal Federal (STF);b) possvel arguir-se o descumprimento de preceito fundamental contido na Constituio, em decorrncia de ato normativo federal, estadual ou municipal, salvo se anteriores Constituio;c) so legitimados a propor a ADPF apenas aqueles legitimados a ajuizar aes diretas de inconstitucionalidade;d) somente por deciso da maioria absoluta dos membros do STF possvel deferir-se medida liminar em ADPF;e) somente por deciso de dois teros dos membros do STF possvel a modulao dos efeitos da deciso em ADPF.Questo discursivaA Justia Federal de 1 instncia proferiu sentena em ao na qual se discutia a guarda de um menor, filho de pai estadunidense e de me brasileira, que se casaram e passaram a residir no estado americano de Nova Jrsei. Posteriormente, a me veio ilicitamente com o menor para o Brasil, onde conseguiu judicialmente a guarda do filho. Aps o falecimento da genitora, seu pai voltou a requerer a devoluo do menor para sua guarda, encontrando aqui a oposio da famlia da me, bem como do seu padastro, que pretende mant-lo sob seus cuidados. O Juiz da 16 Vara Federal determinou, em sentena, a devoluo do menor para seu pai no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, deciso que foi objeto de apelao e de Mandado de Segurana, ambos dirigidos ao TRF da 2 Regio. Ao mesmo tempo, o Partido Progressista PP ajuizou uma ADPF perante o STF, argumentando leso a preceitos fundamentais da Constituio brasileira, notadamente ao princpio da dignidade humana e do melhor interesse do menor, que teria manifestado seu desejo de permanecer no Brasil. Comente a admissibilidade desta ADPF luz da disciplina processual brasileira.Semana 10:Plano de Aula: Controle concentrado: Arguio de Descumprimento de Preceito FundamentalJURISDIO CONSTITUCIONALTtuloControle concentrado: Arguio de Descumprimento de Preceito FundamentalNmero de Aulas por SemanaNmero de Semana de Aula10 TemaControle concentrado: Arguio de Descumprimento de Preceito FundamentalObjetivos Compreender os objetivos da regulamentao do art. 102, par. 1o, CF pela lei 9.882/99 (ADPF); Diferenciar as espcies de ADPF criadas pelo legislador; Analisar a jurisprudncia do STF sobre ADPF. Estrutura do Contedo1.Espcies de ADPF2.Legitimidade ativa3.Legitimidade passiva4.Objeto5.Parmetro4.1 O conceito de preceito fundamental6.Competncia7.Efeitos8.Medida cautelar em ADPF 9.Fungibilidade entre ADI e ADPFAplicao Prtica TericaQuesto objetivaSobre o processo previsto em lei para a Arguio por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), incorreto afirmar:a) trata-se de ao com tramitao exclusiva perante o Supremo Tribunal Federal (STF);b) possvel arguir-se o descumprimento de preceito fundamental contido na Constituio, em decorrncia de ato normativo federal, estadual ou municipal, salvo se anteriores Constituio;c) so legitimados a propor a ADPF apenas aqueles legitimados a ajuizar aes diretas de inconstitucionalidade;d) somente por deciso da maioria absoluta dos membros do STF possvel deferir-se medida liminar em ADPF;e) somente por deciso de dois teros dos membros do STF possvel a modulao dos efeitos da deciso em ADPF.Questo discursivaA Justia Federal de 1 instncia proferiu sentena em ao na qual se discutia a guarda de um menor, filho de pai estadunidense e de me brasileira, que se casaram e passaram a residir no estado americano de Nova Jrsei. Posteriormente, a me veio ilicitamente com o menor para o Brasil, onde conseguiu judicialmente a guarda do filho. Aps o falecimento da genitora, seu pai voltou a requerer a devoluo do menor para sua guarda, encontrando aqui a oposio da famlia da me, bem como do seu padastro, que pretende mant-lo sob seus cuidados. O Juiz da 16 Vara Federal determinou, em sentena, a devoluo do menor para seu pai no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, deciso que foi objeto de apelao e de Mandado de Segurana, ambos dirigidos ao TRF da 2 Regio. Ao mesmo tempo, o Partido Progressista PP ajuizou uma ADPF perante o STF, argumentando leso a preceitos fundamentais da Constituio brasileira, notadamente ao princpio da dignidade humana e do melhor interesse do menor, que teria manifestado seu desejo de permanecer no Brasil. Comente a admissibilidade desta ADPF luz da disciplina processual brasileira.

Semana 11:Plano de Aula: Controle concentrado:Representao de InconstitucionalidadeJURISDIO CONSTITUCIONALTtuloControle concentrado: Representao de InconstitucionalidadeNmero de Aulas por SemanaNmero de Semana de Aula11 TemaControle concentrado: Representao de InconstitucionalidadeObjetivos Conhecer a representao de inconstitucionalidade no mbito estadual; Relacionar a representao de inconstitucionalidade e a ADI; Analisar a representao interventiva e o procedimento para suspenso da autonomia estadual. Estrutura do Contedo1.Representao de inconstitucionalidade (ADI estadual)1.1Objetivo1.2Objeto1.3Legitimidade1.4Competncia1.5Efeitos1.6Simultaneidade da Representao e da ADI2.Representao Interventiva2.1Objetivo2.2Hipteses de cabimento2.3Competncia2.4Legitimidade2.5EfeitosAplicao Prtica TericaQuesto objetivaA Representao Interventiva, processada junto ao Supremo Tribunal Federal, tem por objetivos tutelar: Assinale a opo correta.(a) Os princpios sensveis, previstos no art. 34, VII, da Constituio da Repblica, e dispor sobre a interveno da Unio nos Estados ou Distrito Federal.(b) Toda a Constituio Federal e declarar a inconstitucionalidade do ato impugnando.(c) Os princpios fundamentais, previstos no Ttulo I, da Constituio da Repblica, e declarar a inconstitucionalidade do ato impugnando.(d) Os princpios da Ordem Econmica, previstos no art. 170, da Constituio da Repblica, e declarar a inconstitucionalidade do ato estatal que intervenha indevidamente na economia.Questo discursivaA Constituio de determinado estado da federao, promulgada em 1989, ao dispor sobre a administrao pblica estadual, estabelece que a investi dura em cargo ou emprego pblico assegurada aos cidados naturais daquele estado e depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao.Em 2009 foi promulgada pela Assemblia Legislativa daquele estado (aps a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeao, assegurada a estabilidade do servidor nomeado aps 3 (trs) anos de efetivo exerccio.Considerando-se que a Constituio estadual arrola o Governador como um dos legitimados para a propositura da ao direta de inconstitucionalidade em mbito estadual (art. 125, 2 da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a declarao de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda:I. o que ocorreria se logo aps o ajuizamento da ao direta de inconstitucionalidade de mbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justia (nos termos do art. 125, 2 da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ao direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique.II. poderia o Presidente da Repblica ajuizar ao direta de inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituio estadual? Explique.