caderno de estudo - estatística aplicada

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  • Estatstica Aplicada

    Javert Guimares Falco

    Cuiab, 2008

    Ministrio da Educao

    Escola Tcnica Aberta do Brasil

    Escola Tcnica da Universidade Federal do Paran

  • Cuiab, 2008

    Maria Cristina de Aguiar Campos

    Reviso

    Capa

    Ilustrao

    Diagramao

    Germano Aleixo Filho

    To de Miranda (Lay out)

    Hugo Leonardo Leo Oliveira (arte final)

    To de Miranda

    Terencio Francisco de Oliveira

    Elizabeth Kock Carvalho Netto

    Ficha Catalogrfica

    F181e FALCO, Javert Guimares

    Estatstica aplicada / Javert Guimares Falco.

    Cuiab: EdUFMT; Curitiba: UFPR, 2008.

    92p.: il.; color.

    Inclui bibliografia

    ISBN 9788561819286

    1. Estatstica 2. Estatstica - Textos didticos 1. I. Ttulo.

    CDU - 311(075)

    Prof Dr Ana Arlinda de Oliveira - UFMT

    Prof Dr Lucia Helena Vendrusculo Possari - UFMT

    Prof Dr Gleyva Maria Simes de Oliveira - UFMT

    Prof. M. Sc. Oreste Preti - UAB/UFMT

    Prof Esp. Mrcia Freire Rocha Cordeiro Machado - ET-UFPR

    Prof Dr Maria Lucia Cavalli Neder - UFMTComisso Editorial

    Designer Educacional

  • Amigo(a) estudante:

    O Ministrio da Educao vem desenvolvendo Polticas e Programas para

    expanso da Educao Bsica e do Ensino Superior no Pas. Um dos caminhos

    encontrados para que essa expanso se efetive com maior rapidez e

    eficincia a modalidade a distncia. No mundo inteiro so milhes os

    estudantes que freqentam cursos a distncia. Aqui no Brasil, so mais de 300

    mil os matriculados em cursos regulares de Ensino Mdio e Superior a distncia,

    oferecidos por instituies pblicas e privadas de ensino.

    Em 2005, o MEC implantou o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), hoje,

    consolidado como o maior programa nacional de formao de professores,

    em nvel superior.

    Para expanso e melhoria da educao profissional e fortalecimento do Ensino

    Mdio, o MEC est implementando o Programa Escola Tcnica Aberta do Brasil

    (e-Tec Brasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das periferias dos grandes

    centros urbanos e dos municpios do interior do Pas oportunidades para maior

    escolaridade, melhores condies de insero no mundo do trabalho e, dessa

    forma, com elevado potencial para o desenvolvimento produtivo regional.

    O e-Tec resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educao

    Profissional e Tecnolgica (SETEC), a Secretaria de Educao a Distncia (SEED)

    do Ministrio da Educao, as universidades e escolas tcnicas estaduais e

    federais

    O Programa apoia a oferta de cursos tcnicos de nvel mdio por parte das

    escolas pblicas de educao profissional federais, estaduais, municipais e, por

    outro lado, a adequao da infra-estrutura de escolas pblicas estaduais e

    municipais.

    Do primeiro Edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de adequao

    de escolas e 74 instituies de ensino tcnico, as quais propuseram 147 cursos

    tcnicos de nvel mdio, abrangendo 14 reas profissionais. O resultado deste

    Edital contemplou 193 escolas em 20 unidades federativas. A perspectiva do

    Programa que sejam ofertadas 10.000 vagas, em 250 plos, at 2010.

    .

    PROGRAMA e-TEC BRASIL

  • Assim, a modalidade de Educao a Distncia oferece nova interface para a

    mais expressiva expanso da rede federal de educao tecnolgica dos

    ltimos anos: a construo dos novos centros federais (CEFETs), a organizao

    dos Institutos Federais de Educao Tecnolgica (IFETs) e de seus cmpus.

    O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construo coletiva e

    participao ativa nas aes de democratizao e expanso da educao

    profissional no Pas, valendo-se dos pilares da educao a distncia,

    sustentados pela formao continuada de professores e pela utilizao dos

    recursos tecnolgicos disponveis.

    A equipe que coordena o Programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na sua

    formao profissional e na sua caminhada no curso a distncia em que est

    matriculado(a).

    Braslia, Ministrio da Educao setembro de 2008.

  • Seja bem-vindo(a):

    Queremos cumpriment-lo(a), pois voc est comeando o Curso Tcnico em

    Gesto Pblica do Programa e-Tec Brasil 2008.

    O profissional Tcnico em Gesto Pblica dever, aps o trmino do Curso,

    estar integrado s particularidades da gesto pblica, tais como:

    a estrutura do Poderes Pblicos e hierarquia dos Setores

    Pblicos;

    o processo de elaborao e execuo dos planejamentos

    polticos e econmicos da administrao pblica, bem como o

    processo de prestao de contas aos cidados;

    o funcionamento dos quadros dos servidores pblicos, bem

    como o processo de contratao e remunerao;

    os processos de comunicaes formais utilizados pela

    administrao pblica, bem como o processo de aplicao

    destes recursos;

    o atendimento ao pblico e o processo de aplicabilidade da

    legislao, bem como adaptar-se s atualizaes devido s

    mudanas de legislao.

    O Programa e-Tec Brasil se constitui instrumento valioso para a formao de

    seus cidados. Esperamos, que, efetivamente, voc aproveite esta

    oportunidade de escrever sua histria e seu futuro ao lado de quem est

    ajudando a transformar nosso Pas.

    Sucesso para voc!

    Mrcia Denise Gomes Machado Carlini,

    Coordenadora do Curso Tcnico em Gesto Pblica - e-Tec Brasil.

    CURSO TCNICO EM GESTO PBLICA

  • SUMRIO Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    CONVERSA INICIAL

    UNIDADE 1 - INTRODUO ESTATSTICA

    UNIDADE 2 - TABELAS E GRFICOS

    UNIDADE 3 - DISTRIBUIO DE FREQUENCIAS

    UNIDADE 4 - MEDIDAS

    UNIDADE 5 - PROBABILIDADE

    RETOMANDO A CONVERSA INICIAL

    REFERNCIAS BIBLOGRFICAS

    9

    11

    21

    37

    55

    81

    89

    91

  • CONVERSA INICIAL

    Caro(a) aluno(a):

    Este material foi elaborado a partir de minha experincia na educao

    presencial e a distncia, buscando trazer de forma objetiva, simples e prtica

    os principais contedos que sero importantes para seu exerccio profissional.

    Objetiva-se, nesta disciplina, fundamentar as possibilidades de coletar,

    organizar, descrever e interpretar dados, enfim, medir fenmenos coletivos.

    Os assuntos abordados iniciam-se com um texto introdutrio, onde so

    estudados: panorama histrico, conceitos e variveis .

    Na Unidade II, estudaremos tabelas e grficos. Na Unidade III, a distribuio de

    freqncia e o nosso foco. Na Unidade IV, as medidas so estudadas em

    profundidade. Na Unidade V, estudaremos Probabilidade.

    Espero que, atravs dos contedos contemplados nesta apostila, somados s

    aulas expositivas e ao seu esforo pessoal, possamos quebrar, juntos, o

    paradigma de que a Estatstica uma disciplina difcil, complicada e

    transform-la em uma disciplina de simples compreenso, til e aplicvel no

    seu cotidiano profissional.

    Muito estudo e consequente sucesso nesta caminhada!

    Prof. Javert Guimares Falco

    9Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

  • 1UNIDADEINTRODUO

    ESTATSTICA

  • 13Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Nesta unidade, apresentaremos noes bsicas de Estatstica e vocabulrio

    correspondente.

    O homem curioso, e como tal, procura investigar sobre tudo aquilo que o cerca.

    Investigao sugere pesquisa, busca de informaes e anlise de dados e tudo

    isto faz pensar em ESTATSTICA.

    O relacionamento da Estatstica com as demais cincias cada vez mais intenso.

    Veja, por exemplo, que a estatstica auxilia a Gentica, nas questes de

    hereditariedade; valiosa na Economia, na anlise da produtividade, da

    rentabilidade, nos estudos de viabilidade; bsica para as Cincias Sociais, nas

    pesquisas scio-econmicas; de aplicao intensa na Engenharia Industrial, no

    controle de qualidade, na comparao de fabricaes; indispensvel

    Administrao, Programao, Medicina, Psicologia, Histria, e, de forma

    direta ou indireta, s demais atividades.

    Historicamente, o desenvolvimento da estatstica pode ser entendido a partir de

    dois fenmenos : a necessidade de governos coletarem dados censitrios e o

    desenvolvimento da teoria do clculo das probabilidades.

    Dados tm sido coletados atravs de toda a histria. Na Antiguidade, vrios povos

    j registravam o nmero de habitantes, de nascimentos, de bitos, faziam

    estimativas das riquezas sociais, distribuam equitativamente terras aos povos,

    cobravam impostos e realizavam inquritos quantitativos por processos que, hoje,

    chamaramos de estatsticas. Na Idade Mdia colhiam-se informaes,

    geralmente com finalidades tributrias ou blicas. Atualmente, informaes

    numricas so necessrias para cidados e organizaes de qualquer natureza, e

    de qualquer parte do mundo globalizado.

    O que Estatstica?

    Estatstica um conjunto de mtodos e processos quantitativos

    que serve para estudar e medir os fenmenos coletivos.

    Dug de Bernonville

    Em outras palavras, a cincia que se preocupa com a coleta, a organizao,

    descrio (apresentao), anlise e interpretao de dados experimentais e tem

    como objetivo fundamental o estudo de uma populao.

    Este estudo pode ser feito de duas maneiras:

    Investigando todos os elementos da populao;

    Amostragem, ou seja, selecionando alguns elementos da populao.

    Conceitos Estatsticos

    Populao: Conjunto de indivduos, objetos ou informaes que apresentam pelo

    PANORAMA HISTRICO DA ESTATSTICA

  • 14 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    menos uma caracterstica comum, cujo comportamento interessa-nos analisar. Em

    outras palavras, conjunto de todas as medidas, observaes relativas ao estudo

    de determinado fenmeno.

    Como em qualquer estudo estatstico temos em mente estudar uma ou mais

    caractersticas dos elementos de uma populao, importante definir bem essas

    caractersticas de interesse para que sejam delimitados os elementos que

    pertencem populao e quais os que no pertencem.

    Exemplos:

    Deseja-se saber se nas indstrias situadas no Estado do Paran, em 2007,

    existia algum tipo de controle ambiental.

    1- Populao ou universo: indstrias situadas no Estado do Paran em 2007.

    Caracterstica: existncia ou no de algum tipo de controle ambiental

    na indstria.

    Deseja-se conhecer o consumo total de energia eltrica em MWH nas

    residncias da cidade de Curitiba no ano de 2007.

    2- Populao ou universo: todos as residncias que estavam ligadas rede

    eltrica em Curitiba, em 2007.

    Caractersticas: consumo anual de energia eltrica em MWH.

    Diviso da populao

    1-Populao Finita: apresenta um nmero limitado de elementos.

    possvel enumerar todos os elementos componentes.

    Exemplo:

    Idade dos alunos do curso de Gesto Pblica em EAD no Estado do

    Paran. Populao: Todos os alunos de Gesto Pblica em EAD No Estado

    do Paran. 23-2-1-2-Populao infinita: apresenta um nmero ilimitado de

    elementos. No possvel enumerar todos os elementos componentes.

    Entretanto, tal definio existe apenas no campo terico, uma vez que, na

    prtica, nunca encontraremos populaes com infinitos elementos, mas

    sim, populaes com grande nmero de componentes; e nessas

    circunstncias, tais populaes so tratadas como se fossem infinitas.

    Exemplo:

    Tipos de bactrias no corpo humano

    Populao: Todas as bactrias existentes no corpo humano.

    Em geral, como os universos so grandes, para se investigarem todos os elementos

    populacionais, para determinarmos a caracterstica, necessita-se muito tempo,

    e/ou o custo elevado, e/ ou o processo de investigao leva destruio do

    elemento observado, ou, como no caso de populaes infinitas, impossvel

    observar a totalidade da populao. Assim, estudar parte da populao constitui-

    se um aspecto fundamental da Estatstica.

    Amostragem: a coleta das informaes de parte da populao, chamada

    amostra, mediante mtodos adequados de seleo destas unidades.

  • 15Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Amostra: uma parte (um subconjunto finito) representativa de uma populao

    selecionada segundo mtodos adequados. O objetivo tirar concluses sobre

    populaes com base nos resultados da amostra. Para isso, necessrio garantir

    que amostra seja representativa, ou seja, a amostra deve conter as mesmas

    caractersticas bsicas da populao, no que diz respeito ao fenmeno que

    desejamos pesquisar.

    Voc j deve ter sido entrevistada ou conhece algum que

    j respondeu ao Censo do IBGE. Voc considera que o

    Censo importante para alm de se conhecerem

    nmeros relativos idade, profisso, nascimento, morte etc

    serem feitas propostas de melhoria das condies de vida?

    Censo: o exame completo de toda populao. Quanto maior a amostra, mais

    precisas e confiveis devero ser as indues feitas sobre a populao. Logo, os

    resultados mais perfeitos so obtidos pelo Censo. Na prtica, esta concluso

    muitas vezes no acontece, pois, o emprego de amostras, com certo rigor

    tcnico, pode levar a resultados mais confiveis ou at mesmo melhores do que

    os que seriam obtidos atravs de um Censo.

    As razes de se recorrer a amostras so: menor custo e tempo para levantarem

    dados; melhor investigao dos elementos observados.

    Dados sobre o Brasil podem ser obtidos junto ao instituto Brasileiro de Geografia e

    Estatstica (iBGE) pelo site www.ibge.gov.br

    A Estatstica ocupa-se fundamentalmente das propriedades das populaes cujas

    caractersticas so passveis de representao numrica como resultado de

    medies e contagens. Essas caractersticas da populao so comumente

    chamadas de VARIVEIS. As caractersticas ou variveis podem ser divididas em

    dois tipos: qualitativas e quantitativas.

    variveis qualitativas - quando o resultado da observao apresentado na

    forma de qualidade ou atributo. Dividem-se em:

    variveis nominais: quando podem ser separadas por categorias

    chamadas de no mensurveis.

    Exemplo: a cor dos olhos, tipo de acomodao, marcas de carro, sexo

    etc.

    variveis ordinais: quando os nmeros podem agir como categorias

    ou ordenaes. Como sugere o nome, elas envolvem variveis que

    representam algum elemento de ordem. Uma classificao em anos

    pode ser um exemplo clssico. A classificao deste tipo de variveis

    geralmente causa confuso.

    Exemplo: Grau de satisfao da populao brasileira com relao ao

    trabalho de seu presidente (valores de 0 a 5, com 0 indicando

    totalmente insatisfeito e 5 totalmente satisfeito).

    variveis quantitativas - quando o resultado da observao um nmero,

    decorrente de um processo de mensurao ou contagem. Dividem-se em:

  • 16 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    variveis contnuas: so aquelas que podem assumir qualquer valor

    num certo intervalo (contnuo) da reta real. No possvel enumerar

    todos os possveis valores. Essas variveis, geralmente, provm de

    medies.

    Exemplo: A altura dos alunos uma varivel contnua, pois

    teoricamente, um aluno poder possuir altura igual a 1,80m, 1,81m,

    1,811m, 1,812m . . . (medies: peso, estatura, etc.)

    variveis discretas: so aquelas que podem assumir apenas valores

    inteiros em pontos da reta real. possvel enumerar todos os possveis

    valores da varivel.

    Exemplo: Nmero de alunos de uma escola, nmero de mensagens em

    uma secretria eletrnica etc.

    As variveis podem ser resumidas da seguinte maneira:

    Diviso da Estatstica

    A Teoria Estatstica moderna se divide em dois grandes campos:

    Estatstica Descritiva - aquela que se preocupa com a coleta,

    organizao, classificao, apresentao, interpretao e anlise de

    dados referentes ao fenmeno atravs de grficos e tabelas, alm de

    calcular medidas que permitam descrever o fenmeno.

    Estatstica indutiva - aquela que partindo de uma amostra,

    estabelece hipteses, tira concluses sobre a populao de origem e

    que formula previses, fundamentando-se na teoria das

    probabilidades. A estatstica indutiva cuida da anlise e interpretao

    dos dados. O processo de generalizao do mtodo indutivo est

    associado a uma margem de incerteza. Isto se deve ao fato de que a

    concluso que se pretende obter para o conjunto de todos os

    indivduos analisados quanto a determinadas caractersticas comuns

    baseia-se em uma parcela do total de observaes.

    Para se analisarem os dados de forma estatstica podem-se obter os resultados de

    duas maneiras: atravs de um censo ou atravs de uma amostragem (pesquisa

    em uma amostra).

    Para exemplificar essas teorias analise o esquema abaixo:

    Populao

    caractersticasAmostra

    tcnicas de Amostragem

    Concluses sobre

    as caractersticas

    da populao

    inferncia EstatsticaInformaes

    contidas

    nos dados

    Anlise

    Descritiva

  • 17Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Exemplos de utilizao:

    Pesquisa de Mercado, Pesquisa de opinio pblica e em praticamente

    todo experimento.

    Fases do mtodo Estatstico

    1 FASE - Definio do Problema: Saber exatamente aquilo que se pretende

    pesquisar o mesmo que definir corretamente o problema.

    2 FASE - Planejamento: Como levantar informaes? Que dados devero ser

    obtidos? Qual levantamento a ser utilizado? Censitrio? Por amostragem? E o

    cronograma de atividades? Os custos envolvidos? etc.

    3 FASE Coletas de Dados: Fase operacional. o registro sistemtico de dados,

    com um objetivo determinado.

    Coleta de Dados. Aps a definio do problema a ser estudado e o

    estabelecimento do planejamento da pesquisa (forma pela quais os dados sero

    coletados; cronograma das atividades; custos envolvidos exame das informaes

    disponveis; delineamento da amostra etc.), o passo seguinte a coleta de dados,

    que podem ser de dois tipos:

    1- Dados Primrios: os dados so obtidos diretamente na fonte

    originria (coleta direta)

    Exemplo: Preferncia dos consumidores por um determinado produto.

    Mtodos de coleta de dados primrios: importante garantir que a

    coleta de dados primrios seja executada de maneira

    estatisticamente correta, seno os resultados podem ser tendenciosos.

    Observao: O pesquisador no pergunta, observa. Por exemplo:

    pesquisa de observao para diagnosticar as necessidades de trnsito

    de uma cidade.

    2- Levantamento: o mtodo mais comum de se coletar dados. O

    instrumento pode ser um questionrio estruturado ou um roteiro de

    itens em que o entrevistado disserta vontade sobre cada item da

    pesquisa.

    As trs principais formas de levantamento, resumindo as vantagens e

    desvantagens so:

    Entrevista pessoal: mais flexvel e muito caro.

    Telefone: mais barato, penetra em segmentos difceis, mas de fcil

    recusa.

    Questionrios (postal, fax ou e-mail): mais lento, mdia de retorno

    das respostas muito baixas, mas sem interferncia do pesquisador.

    Dados Secundrios: os dados so obtidos de algo j disposto. Provm da coleta

    direta.

  • 18 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Exemplo:

    Pesquisa sobre a mortalidade infantil, que feita atravs de dados colhidos por

    outras pesquisas.

    Voc j deve ter sido entrevistado(a) para alguma pesquisa.

    Voc sempre respondeu verdadeiramente? Quando a

    pesquisa feita por telefone ou e-mail, voc tem a mesma

    disposio para responder?

    mais seguro trabalhar com fontes primrias. O uso da fonte secundria traz o

    grande risco de erros de transcrio.

    4 FASE Apurao dos Dados: Resumo dos dados atravs de sua contagem e

    agrupamento. a condensao e tabulao de dados.

    5 FASE Apresentao dos Dados: H duas formas de apresentao, que no se

    excluem mutuamente. A apresentao tabular, ou seja, uma apresentao

    numrica dos dados em linhas e colunas distribudas de modo ordenado, segundo

    regras prticas fixadas pelo Conselho Nacional de Estatstica e a apresentao

    grfica dos dados numricos que constitui uma apresentao geomtrica

    permitindo uma viso rpida e clara do fenmeno.

    6 FASE Anlise e Interpretao dos Dados: A ltima fase do trabalho estatstico

    a mais importante e delicada. Est ligada essencialmente ao clculo de medidas

    e coeficientes, cuja finalidade principal descrever o fenmeno (estatstica

    descritiva). Na estatstica indutiva a interpretao dos dados se fundamenta na

    teoria da probabilidade.

    Em sntese

    Estatstica a cincia que se preocupa com a coleta, organizao,

    descrio, anlise e interpretao de dados experimentais.

    Populao um conjunto de indivduos, objetos ou informaes que

    apresentam pelo menos uma caracterstica comum.

    Amostra uma parte representativa de uma populao.

    As caractersticas das populaes so chamadas de variveis, que podem ser

    divididas em:

    Qualitativas:

    - nominal (sexo, cor dos olhos...)

    - ordinal (classe social, grau de instruo...)

    Quantitativas:

    - contnua (peso, altura...)

    - discreta (nmero de filhos, nmero de carros...)

  • 19Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Estatstica Descritiva se preocupa com a coleta, organizao, classificao,

    apresentao, interpretao e anlise de dados experimentais.

    Estatstica Indutiva se preocupa com as hipteses e concluses sobre a

    populao.

    Responda s questes abaixo e confira as respostas, no gabarito, no

    final do livro

    1) Podemos dizer que a Estatstica pode ser:

    2)O que Estatstica Descritiva?

    3) Assinale a alternativa que expressa corretamente o que populao para a

    Estatstica:

    4) A definio correta de amostra a que consta da alternativa:

    a) Construtiva ou referencial

    b) Destrutiva ou direcional

    c) Descritiva ou inferencial

    d) Regressiva ou pontencial

    e) Ingressiva ou preferencial

    a) o clculo de medidas que permitiro descrever, com detalhes, o

    fenmeno que est sendo analisado.

    b) a parte da Estatstica referente coleta e tabulao dos dados.

    c) a parte da Estatstica referente s concluses sobre as fontes de

    dados.

    d) a generalizao das concluses sobre as fontes de dados.

    e) a obteno dos dados seja atravs de simples observao ou

    mediante a utilizao de alguma ferramenta.

    a) populao a totalidade de habitantes de uma pas.

    b) populao uma parte da amostra.

    c) populao uma reunio de pessoas populares.

    d) populao um conjunto de elementos portadores de, pelo

    menos, uma caracterstica comum.

    e) populao o conjunto de elementos que respondero a um

    questionrio que fornecer informaes relevantes para uma

    pesquisa.

    a) amostra o conjunto de dados obtidos em uma pesquisa.

    b) amostra um brinde que ganhamos em um evento.

    c) amostra o conjunto dos resultados obtidos com uma pesquisa.

    d) amostra uma tabela de dados obtida com uma pesquisa.

    e) amostra um subconjunto finito de uma populao.

  • 20 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    5) Dentro do universo estatstico alunos de uma faculdade, as variveis cor dos

    cabelos e nmero de irmo podem ser classificadas, respectivamente, como:

    .

    a) 1 varivel quantitativa discreta; 2. varivel qualitativa..

    b) 1.varivel quantitativa contnua; 2varivel qualitativa.

    c) 1.varivel qualitativa; 2.varivel quantitativa contnua..

    d) 1. varivel qualitativa; 2varivel quantitativa discreta.

    e) 1. varivel quantitativa discreta; 2.varivel qualitativa contnua.

  • 2UNIDADETABELAS E

    GRFICOS

  • 23Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Nesta unidade, estudaremos a apresentao tabular que uma apresentao

    numrica dos dados. Consiste em dispor os dados em linhas e colunas distribudos

    de modo ordenado, segundo algumas regras prticas ditadas pelo Conselho

    Nacional de Estatstica e pelo IBGE.

    As tabelas tm a vantagem de conseguir expor, sinteticamente e em um s local,

    os resultados sobre determinado assunto, de modo a se obter uma viso global

    mais rpida daquilo que se pretende analisar.

    Essa integrao de valores que temos nas tabelas, nos permite ainda a utilizao

    de representaes grficas, normalmente, uma forma mais til e elegante de

    demonstrar as caractersticas que sero analisadas.

    Corpo conjunto de linhas e colunas que contm informaes sobre a

    varivel em estudo;

    Cabealho parte superior da tabela que especifica o contedo das

    colunas;

    Coluna indicadora parte da tabela que especifica o contedo das

    linhas;

    Casa ou clula espao destinado a um s nmero;

    Ttulo conjunto de informaes, as mais completas possveis,

    respondendo s perguntas: O qu?, Quando?, Onde?, localizado no

    topo da tabela;

    Fonte indicao da entidade responsvel pelo fornecimento dos

    dados ou pela sua

    TABELA

    um quadro que resume um conjunto de observaes. Uma tabela compe-se de:

    Menos de 3 SM

    De 3 a 6 SM

    Mais de 6 a 9 SM

    Mais de 9 a 15 SM

    Mais de 15 SM

    No sabe Recusou

    Total

    30

    30

    14

    12

    1

    4

    100

    39

    31

    12

    12

    3

    6

    100

    53

    22

    8

    6

    1

    2

    100

    Tabela 11 Evoluo da renda dos Empreendedores Brasileiros

    Faixa de Renda 2000(%) 2000(%) 2000(%) 2000(%)

    Veja o exemplo abaixo, que mostra os elementos que formam uma tabela.

    43

    34

    11

    9

    3

    2

    100

    Ttulo

    Coluna Indicadora

    Cabealho Casa ou Clula

    Fonte: Pesquisas GEM 2000 2003

    Fonte

    Co

    rpo

  • 24 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Sries Estatsticas

    Denomina-se srie estatstica toda tabela que apresenta a distribuio de um

    conjunto e dados estatsticos em funo da POCA, do LOCAL, ou da ESPCIE

    (fenmeno).

    Numa srie estatstica observa-se a existncia de trs elementos ou fatores: o

    TEMPO, o ESPAO e a ESPCIE. Conforme varie um desses elementos, a srie

    estatstica classifica-se em TEMPORAL, GEOGRFICA e ESPECFICA

    - Srie temporal, Histrica ou cronolgica

    a srie cujos dados esto em correspondnciacom o tempo, ou seja, variam

    com o tempo.

    2003

    2004

    2005

    2006

    2007

    2,43

    2,54

    3,01

    2,99

    2,83

    Anos

    Regio

    Preos Mdios em Reais

    Nmero de Assaltos

    - Srie Geogrfica, Territorial ou de Localidade

    a srie cujos dados esto em correspondncia com a regio geogrfica, ou

    seja, o elemento varivel o fator geogrfico (a regio).

    Preo do artigo Y no

    atacado na cidade

    X anos

    Preo mdio em reais

    Exemplo:

    Centro

    Zona Sul

    Zona Norte

    Zona Leste

    Zona Oeste

    74

    54

    31

    29

    44

    Exemplo:

    Nmero de Assaltos na

    Cidade X em 2006

    De acordo com a resoluo 886 da Fundao IBGE nas casas ou

    clulas, devemos colocar:

    1) um trao horizontal (_ ) quando o valor zero e no s quanto

    a natureza das coisas , como que resultado do inqurito;

    2) trs pontos (...) quando no temos os dados.

    3) um ponto de interrogao (? ) quando temos dvida quanto a exatido de

    determinado valor

    4) zero (0) quando o valor muito pequeno para ser expresso pela unidade

    utilizada. Se os valores so expressos em numerais decimais precisamos

    acrescentar a parte decimal um nmero correspondente de zeros (0,0; 0,00;

    0,00; ..).

    Fonte: Dados Fictcios

    Fonte: Dados Fictcios

  • 25Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    - Srie Especfica ou categrica

    a srie cujos dados esto em correspondncia com a espcie, ou seja, variam

    com o fenmeno.

    Exemplo:

    Nmero de Candidatos

    ao vestibular da

    universidade X

    em 2006

    Cincias Sociais Aplicadas

    Cincias Exatas

    Cincias Humanas

    Cincias Biolgicas

    Cincias Tecnolgicas

    rea ofertada

    Bairros 2005 2006 2007

    Nmero de Candidatos

    Fonte: Dados Fictcios

    Fonte: Dados Fictcios

    2086

    1065

    1874

    1102

    1902

    - Sries mistas

    As combinaes entre as sries anteriores constituem novas sries que so

    denominadas sries compostas ou mistas e so apresentadas em tabelas de dupla

    entrada.

    Exemplo:

    Nmero de Alunos

    Matriculados nas

    Escolas Particulares na

    cidade X

    Bairro - A

    - B

    - C

    - D

    - E

    Bairro

    Bairro

    Bairro

    Bairro

    2894

    7075

    1099

    4333

    2976

    3454

    9876

    3218

    3455

    1765

    2989

    6543

    2100

    3543

    4098

    GRFICOS ESTATSTICOS

    A apresentao grfica um complemento importante da apresentao tabular.

    A vantagem de um grfico sobre a tabela est em possibilitar uma rpida

    impresso visual da distribuio dos valores ou das freqncias observadas. Os

    grficos propiciam uma idia inicial mais satisfatria da concentrao e disperso

    dos valores, uma vez que, atravs deles, os dados estatsticos se apresentam em

    termos de grandezas visualmente interpretveis.

    A representao grfica de um fenmeno deve obedecer a certos requisitos

    fundamentais, para ser realmente til:

    simplicidade: destitudo de detalhes e traos desnecessrios;

    clareza: possuir uma correta interpretao dos valores

    representativos do fenmeno em estudo;

    veracidade: expressar a verdade sobre o fenmeno em estudo.

    Principais tipos de Grficos

    Grfico em curvas ou em linhas

    So usados para representar sries temporais, principalmente quando a srie

    cobrir um grande nmero de perodos de tempo.

  • 26 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    1 2 3 4

    70

    60

    50

    40

    30

    20

    10

    0

    Trimestre

    Europa Amrica Oriente

    Grfico em Colunas trimestre

    a representao de uma srie estatstica atravs de retngulos, dispostos em

    colunas (na vertical) ou em retngulos (na horizontal). Este tipo de grfico

    representa praticamente qualquer srie estatstica.

    1 2 3 4

    70

    60

    50

    40

    30

    20

    10

    0

    Trimestre

    Vendas no Oriente Mdio (Em R$ Mil)

    Vendas por Regio (Em R$ Milhares/Ano)

    Observao: As regras para a construo so as mesmas do grfico em curvas. As

    bases das colunas so iguais e as alturas so proporcionais aos respectivos dados.

    O espao entre as colunas pode variar de 1/3 a 2/3 do tamanho da base da

    coluna

    Grfico em Barras

    representado por retngulos dispostos horizontalmente, prevalecendo os

    mesmos critrios adotados na elaborao de grfico em coluna.

    0 50 100 150 200

    Europa

    Amrica do Sul

    Extremo Oriente

  • Aprender Computao

    Interessados 60%No Interessados 30%

    No sabem 10%

    Aprender Computao

    35

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    0

    Interesse Sem Interesse No sabem

    N

    me

    ro d

    e A

    lun

    os

    27Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Grfico em Setores

    a representao grfica de uma srie estatstica em um crculo de raio qualquer,

    por meio de setores com ngulos centrais proporcionais s ocorrncias. utilizado

    quando se pretende comparar cada valor da srie com o total.

    O total da srie corresponde a 360 (total de graus de um arco de circunferncia).

    O grfico em setores representa valores absolutos ou porcentagens

    complementares.

    As sries geogrficas, especficas e as categorias em nvel nominal so mais

    representadas em grficos de setores, desde que no apresentem muitas parcelas

    (no mximo sete).

    Cada parcela componente do total ser expressa em graus, calculada atravs de

    uma regra de trs:Total - 360

    Parte - x

    Sobremesas 14%

    Bebidas 15%

    Sopas 10%

    Saladas 21%

    Sanduches 40%

    Exemplo Prtico: Em uma amostra com alunos do Ensino Mdio, quando

    perguntados sobre o interesse em aprender computao, obteve-se como

    respostas: 30 alunos manifestaram interesse, 15 no demonstraram interesse e 5

    no sabem. Representar graficamente:

  • 28 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Comparando os dois grficos

    Aprender Computao

    35

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    0

    Interesse Sem

    Interesse

    No

    sabem

    N

    me

    ro d

    e A

    lun

    os

    Interessados

    60%

    No

    Interessados

    30%

    No sabem

    10%

    Aprender Computao

    Observe acima que comparamos os grficos. Essa prtica, feita quando

    desenhamos dois grficos, lado a lado, para podermos estabelecer melhor a

    comparao de um fenmeno.

    NOES BSICAS SOBRE AS PLANILHAS NO EXCEL

    O Excel uma poderosa ferramenta para se organizar informaes, fazer

    clculos e criar grficos. Seus documentos so chamados de planilhas, que

    so grandes tabelas onde podem ser colocados textos, nmeros, figuras,

    grficos, frmulas e muito mais. Conhecer o Excel e seus fundamentos bsicos

    certamente um grande diferencial para os profissionais de qualquer rea.

    A tela principal

    Para abrir o Excel, clique no boto

    Iniciar, Todos os programas e Microsoft

    Excel. Voc ver, ento, a tela principal,

    com menus parecidos com os do Word,

    alguns botes, a barra de frmulas, uma

    planilha em branco, as abas de planilhas

    e uma linha de informaes.

    O que e para que serve uma planilha.

    Voc deve notar, ao olhar para a planilha em branco que se abre quando

    iniciamos o Excel, que ela formada por retngulos, denominados clulas. Elas

    podem conter textos, frmulas e nmeros. Cada clula localizada pela letra que

    est acima dela e pelo nmero que est do seu lado esquerdo. Assim, em cima e

    esquerda temos a clula A1, ao lado direito dela a clula B1 e assim por diante.

    Para voc compreender como funciona esta planilha, vamos criar um exemplo

    simples:

  • 29Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Agora, vamos aumentar um pouco a largura da

    coluna A. Para isso, passe com o mouse entre as letras

    A e B at que o cursor mude para uma barra vertical

    com duas setas ao lado. Agora, clique e arraste para a

    direita, at que as palavras que digitamos caibam com

    certa folga na coluna. O mesmo poderia ser feito com

    o menu Formatar, Coluna, Largura e digitando o valor

    14, por exemplo.

    A nossa planilha deve estar assim:

    Agora, na clula B2, digite Prova 1, na clula C2, digite Prova 2 e na clula D2,

    digite Mdia. Agora, complete com as seguintes notas:

    Quando voc pressionar enter, o valor da

    mdia aritmtica entre 95 e 86 ir

    aparecer na clula D3. Note que para

    digitar uma frmula, voc comea

    digitando o sinal de igual, depois a

    operao que voc quer fazer com as

    clulas. Voc somou os valores que

    estavam nas clulas B3 e C3, e depois

    dividiu o resultado por 2 para fazer a

    mdia. A diviso representada pela

    barra ( / ) e os parnteses so necessrios

    para que o Excel calcule primeiro a soma

    e s depois divida por 2. Caso no

    usssemos os parnteses, o valor da clula

    B3 seria somado metade do valor da

    clula C3, o que no desejamos

    Vamos, ento, digitar a nossa primeira frmula: em D3, digite:

    =(B3+c3)/2

    - Clique sobre a clula A1 e digite: MINHAS NOTAS;

    - Depois, clique sobre a clula A3 e digite: Matemtica.

    - Pressione Enter, para ir para a linha de baixo (ou clique sobre a clula A4) ;

    - Digite Portugus Enter novamente, Informtica;

    - Enter de novo e Fsica.

  • 30 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Bem, agora vamos usar os recursos do Excel para que no tenhamos que digitar

    todas as frmulas! Clique sobre a clula D3. Voc notou que ao redor dela

    aparece um retngulo mais grosso com um pequeno quadrado do lado direito e

    embaixo da clula? Clique nesse quadrado e arraste para baixo, at a clula D6.

    Veja o que aconteceu: as clulas D4, D5 e D6 foram automaticamente criadas

    copiando a frmula em D3, mas modificando o nmero da linha! A clula D4, por

    exemplo, ficou assim:

    =(B4+C4)/2

    Este recurso muito poderoso e economiza um grande trabalho na hora de

    elaborar planilhas maiores!

    Agora, vamos deixar a nossa planilha mais bonita. Primeiro, selecione as clulas de

    A3 at A6 clicando sobre a clula A3 e arrastando at A6. Agora pressione o

    boto para deixar os nomes das matrias em negrito. Pressione tambm o

    boto para alinhar as matrias pela direita. Selecione agora as clulas B2 at

    D2 e pressione novamente e para centralizar.

    Selecione todas as notas (de B3 at D6) e clique em para centralizar as notas.

    Agora, selecione as clulas de A1 at D1 e clique no boto , que ir agrupar

    as clulas (chama-se mesclar as clulas) e nos botes e .

    Ainda com as clulas selecionadas, clique na clula de tamanho da fonte

    e selecione o tamanho 14.

    Agora vamos colocar bordas para melhorar ainda mais o visual. Para isso,

    selecione as clulas de A1 a D6 e clique no tringulo preto pequeno ao lado do

    boto , para escolher o tipo de borda e clique em .

    A nossa planilha est assim:

  • 31Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Agora experimente mudar um nmero, por exemplo, trocar o 80

    de Fsica por 100. Veja que a mdia se altera automaticamente.

    Esse um recurso muito interessante, pois torna os dados das

    planilhas sempre atualizados! No se esquea de salvar a sua

    planilha, clicando em Arquivo, Salvar. O procedimento igual

    ao do Word.

    Formatao de nmeros e ordenao alfabtica

    Abra a planilha que voc salvou, com as notas, caso a tenha fechado. Agora,

    selecione as clulas de B3 at D6. V at o menu Formatar, Clulas. Abre-se uma

    janela que contm vrias opes para formatao das clulas

  • 32 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Cores

    Vamos colorir um pouco o nosso trabalho. Para isso, selecione todas as clulas da

    planilha clicando no retngulo que aparece esquerda do A e acima do 1 nos

    cabealhos de linhas e colunas:

    Agora, experimente selecionar as clulas A3 at D6 e clicar no boto . Ele

    serve para ordenar os nomes em ordem alfabtica. Agora, a ordem fica Fsica,

    Informtica, Matemtica e Portugus.

    Clique, ento, no boto com o baldinho . Isso faz com que todas as clulas

    sejam pintadas de branco, realando a nossa planilha. Depois, selecione a clula

    A1 (que est mesclada com as clulas sua direita) e no tringulo preto ao lado

    do boto do baldinho. Selecione a cor azul plido, o azul mais de baixo da paleta

    de cores.

    Mude as cores de outras clulas e tente reproduzir esta visualizao:

    Experimente, tambm trocar as cores das letras e nmeros com o boto

    Grficos no Excel

    Finalmente, vamos a um recurso muito utilizado, que a capacidade do Excel de

    gerar grficos a partir dos dados de uma planilha Para isso, selecione as clulas de

    A1. at D6 e clique no boto . Abre-se, ento, a janela de criao de grficos.

    Algumas das operaes que fizemos para embelezar a nossa planilha esto

    tambm disponveis ali. Mas clique em Nmero, e em casas decimais abaixe para

    1. Clique em OK para ver o resultado. Agora as notas aparecem com uma casa

    decimal. Isso ajuda na visualizao, pois todas as notas tm agora o mesmo

    aspecto.

    Explore tambm as outras opes desta janela, formatando os nmeros como

    Moeda, Porcentagem, alterando a fonte (tipo de letra utilizado) etc.

  • 33Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    H vrios tipos de grficos que podem ser criados (Colunas, Barras, Linha etc.) e

    para cada tipo h vrias opes (subtipos). Para ver como ser o grfico com o

    seu conjunto de dados em cada tipo e subtipo, selecione a opo desejada,

    clique e segure o boto

    Vamos criar um grfico de colunas com o primeiro sub-tipo (colunas agrupadas).

    Para isso, clique em Avanar.

    Selecione, ento, sries em linhas (o que neste caso agrupa as notas da Prova 1,

    Prova 2 e Mdia) e clique em Avanar.

    Em Ttulo do grfico, digite Minhas Notas. Se desejar dar nomes aos eixos x e y,

    digite-os nos campos indicados. Clique novamente em Avanar e Concluir.

    Seu grfico est criado e um objeto que pode ser movimentado na planilha,

  • 34 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    redimensionado e apagado, se voc desejar.

    Vamos agora dar o ltimo toque ao grfico, clicando com o boto direito do

    mouse sobre o valor 105 do eixo vertical. Depois, clique com o boto esquerdo em

    Formatar eixo. Clique sobre a palavra Escala, na parte superior. Em mnimo, onde

    est 75, mude para 0 e em mximo, onde est 105, mude para 100.

    O nosso grfico ficou assim:

    Em sntese

    Tabela um quadro que resume um conjunto de observaes.

    - Srie estatstica toda a tabela que apresenta a distribuio de um conjunto de

    dados estatsticos em funo da poca, local, ou da espcie.

    - As sries podem ser divididas em:

    temporal, histrica ou cronolgica

    geogrfica, territorial ou de localidade

    especfica ou categrica

    Grfico um complemento da tabela e deve apresentar simplicidade, clareza e

    veracidade.

    Minhas Notas

    Agora voc pode explorar o Excel, criando planilhas,

    fazendo grficos e experimentando sem medo de errar!

  • 35Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Os grficos podem ser classificados em:

    grfico em curvas ou linhas

    grfico em colunas

    grfico em barras

    grfico em setores

    Responda s questes abaixo e confira as respostas, no gabarito, no

    final do livro

    6)Classifique a srie abaixo:

    Aplicaes em milhes de reais do ltimo quadrimestre de 2007 num determinado

    banco

    7)Classifique a srie abaixo:

    Exportao em milhes de dlares por parte de empresas no ano 2006.

    20,3 22,2 23,1 21,0

    Ms Setembro Outubro Novembro Dezembro

    Aplicaes

    Fonte: dados fictcios

    a) cronolgica

    b) geogrfica

    c) especfica

    d) distribuio de freqncia

    e) nenhuma das anteriores

    a) cronolgica

    b) geogrfica

    c) especfica

    d) distribuio de freqncia

    e) nenhuma das anteriores

    Porte Exportaes

    Pequeno 100

    Mdio 150

    Grande 200

    Fonte: dados fictcios

  • 36 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    8) A escolaridade dos jogadores de futebol nos grandes centros maior do que

    se imagina, como mostra a pesquisa abaixo, realizada com os jogadores

    profissionais dos quatro principais clubes de futebol do rio de Janeiro.

    De acordo com esses dados, o percentual dos jogadores dos quatro clubes que

    concluram o Ensino mdio de aproximadamente:

    60

    40

    20

    0Fundamental

    incompleto

    Fundamental Mdio

    incompleto

    Mdio Superior

    incompleto

    14 16 14

    Total: 112 jogadores

    54

    14

    (O Globo, 24/7/2005)

    a) 14%.

    b) 48%.

    c) 54%.

    d) 60%.

    e) 68%.

    9) Por que importante fazermos a representao grfica de uma srie de dados

    estatsticos:

    a) Para que a apresentao fique mais bonita.

    b) Para que seja possvel uma melhor visualizao dos fenmenos em

    estudo.

    c) Porque toda apresentao deve ter grficos.

    d) Porque uma apresentao com grficos impressiona mais os

    leitores.

    e) Nenhuma das alternativas est correta.

    10) Os dados abaixo referem-se s vendas de uma equipe da empresa-WB.

    construa o grfico de linhas da tabela abaixo:

    55

    52

    45

    47

    58

    48

    52

    44

    32

    63

    56

    34

    38

    59

    51

    34

    57

    50

    54

    43

    47

    51

    59

    47

    37

    32

    48

    33

    70

    29

    63

    33

    25

    41

    44

    28

    36

    53

    57

    26

    39

    40

    32

    51

    45

    32

    53

    41

    35

    36

    42

    42

    53

    46

    37

    67

    29

    38

    57

    48

    JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

    VEND.

    MS

    A

    B

    C

    D

    E

    Fonte: dados fictcios

  • 3UNIDADEDISTRIBUIO

  • 39Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Nesta unidade, abordaremos Distribuio, com o objetivo de produzir visualizao

    dos dados e posterior anlise de informaes.

    Um conjunto de observaes de certo fenmeno, no estando adequadamente

    organizado, fornece pouca informao de interesse ao pesquisador e ao leitor.

    Para uma viso rpida e global do fenmeno em estudo preciso que os dados

    estejam organizados. Uma das formas de se fazer a organizao dos dados

    coletados em uma pesquisa atravs das distribuies de freqncia.

    Representao dos Dados (Amostrais ou Populacionais)

    Dados brutos: so aqueles que no foram numericamente organizados, ou seja,

    esto na forma com que foram coletados.

    Por exemplo: Nmeros de filhos de um grupo de 50 casais

    DISTRIBUIO DE FREQNCIAS

    Rol: a organizao dos dados brutos em ordem de grandeza crescente ou

    decrescente.

    Por exemplo: Nmeros de filhos de um grupo de 50 casais

    Distribuio de freqncia sem intervalos de classe: a simples condensao dos

    dados conforme as repeties de seus valores. Para um rol de tamanho razovel

    esta distribuio de freqncia inconveniente, j que exige muito espao. Veja

    exemplo abaixo:

    Nmero de pontos obtidos pelos alunos na disciplina-X, colgio-Y, em 2007.

    Nota: dados hipotticos

  • 40 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Distribuio de freqncia com intervalos de classe: Quando o tamanho da

    amostra elevado e o nmero de variveis muito grande, mais racional

    efetuar o agrupamento dos valores em vrios intervalos de classe.

    Veja o Exemplo:

    Nota: dados hipotticos

    Nota: dados hipotticos

    Nota: dados hipotticos

    Vamos, agora, analisar um exemplo prtico de coleta de dados e organizao

    destes valores em tabelas de frequncias com intervalos de classe.

    Dados Brutos: Taxas municipais de urbanizao (em percentual) no Estado X 2005

    Rol: Taxas municipais de urbanizao (em percentual) no Estado X 2005

  • 41Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Distribuio de freqncias para dados agrupados em classes:

    Observao:

    Representaremos o somatrio pela letra grega maiscula sigma ()

    Elementos de uma Distribuio de Freqncia

    - classe: so intervalos de variao da varivel. As classes so representadas

    simbolicamente por i, sendo i = 1, 2, 3, . . ., k (onde k o nmero total de classes da

    distribuio).

    Pelo exemplo prtico anterior o intervalo 16 26 define a segunda classe (i = 2).

    A distribuio formada por nove classes, podemos afirmar que i = 9.

    O smbolo representa um intervalo fechado esquerda e aberto

    direita. Significa que o nmero a esquerda pertence classe e o nmero

    direita no pertence.

    Limites de classe: so os extremos de cada classe. O menor nmero o limite

    inferior da classe ( li ) e o maior nmero, o limite superior da classe ( ls ).

    Por exemplo

    Pelo exemplo prtico anterior na terceira classe, temos: li= 26 e ls = 363 3

    Amplitude de um intervalo de classe (h): a medida de intervalo que define a

    classe. Ela obtida pela diferena entre os limites superior e inferior. Assim:

    h = ls - li

    Exemplo: A amplitude da classe descrita acima 10, pois a diferena do limite

    superior com o inferior.

  • 42 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    - Amplitude total (H): a diferena entre o valor mximo e o valor mnimo da

    amostra.

    H = Ls - Li

    Pelo exemplo prtico anterior, sabemos que ls = 92 e Li = 6, logo amplitude total

    H = 92 6 = 86

    Ponto mdio de uma classe (xi): o ponto que divide o intervalo de classe em

    duas partes iguais.

    2i

    si ll +x

    Pelo exemplo prtico anterior na quinta classe, temos: li= 46 e ls = 56, logo o 5 5

    ponto mdio dessa classe

    46 + 56 102 xi 51= = =2 2

    Em sntese:

    - Dados brutos so aqueles que no foram numericamente organizados.

    - Rol a organizao dos dados brutos em ordem de grandeza crescente ou

    decrescente.

    - Distribuio de freqncias pode ser com ou sem intervalos de classe.

    - Os elementos da distribuio de freqncias so:

    classe: so intervalos de variao da varivel

    limites da classe: so os extremos de cada classe

    amplitude de um intervalo: a diferena entre o limite superior e inferior

    h=l ls i

    amplitude total: a diferena entre o maior e o menor da amostra

    H=L LS I

    ponto mdio: a mdia aritmtica dos limites da classe ls + li xi=

    2

    DISTRIBUIO DE FREQNCIAS NMEROS DE CLASSE

    TIPOS DE FREQNCIA

    Determinao do Nmero de Classes (K)

    importante que a distribuio conte com um nmero adequado de classes. Se o

    nmero de classes for excessivamente pequeno acarretar perda de detalhe e

    pouca informao se poder extrair da tabela. Por outro lado, se for utilizado um

    nmero excessivo de classes, haver alguma classe com freqncia nula ou muito

    pequena, no atingindo o objetivo de classificao que tornar o conjunto de

    dados supervisionveis.

  • 43Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    No h uma frmula exata para determinar o nmero de classes. Trs solues so

    apresentadas abaixo:

    1) Para n 25 K = 5 e para n > 25 K = n

    Esse processo menos preciso.

    Exemplo:

    Se a amostra tiver 23 elementos analisados o nmero de classes 5, pois n < 25.

    Suponha que a amostra tenha 83 elementos analisados (n > 25) o nmero de

    classes calculado por 83 = 9,1104335 9=

    2) Pode-se utilizar a regra de Sturges, que fornece o nmero de classes em funo

    do total de observaes:

    Onde: K o nmero de classes;

    n o nmero total de observaes.

    Para facilitar o clculo do nmero de classes pela regra de Sturges, utilize a tabela

    abaixo:

    observao:

    Inclui tanto o valor da direita quanto o da esquerda

    No inclui nem o valor da direita, nem o da esquerda

    Inclui o valor da direita mas no o da esquerda

    Inclui o valor da esquerda mas no o da direita

    A frmula de Sturges revela um inconveniente, prope um nmero demasiado de

    classes para um nmero pequeno de observaes e relativamente poucas

    classes, quando o total de observaes for muito grande.

    Exemplo:

    Se a amostra tiver 94 elementos analisados, o clculo do nmero de classes pela

    K = 1 + 3,3.log n

  • 44 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    frmula de Sturges ficar da seguinte maneira:

    K= 1+ 3,3. log n K = 1+ 3,3 . log 94 K = 1+ 3,3 . 1,97313 K 7,51 K8

    Tambm, percebemos pela tabela que 94 um nmero entre 91 181, logo

    teremos 8 classes formando a tabela de freqncias.

    3) Truman L. Kelley, sugere os seguintes nmeros de classes, com base no nmero

    total de observaes, para efeito de representao grfica:

    Exemplo:

    Se a amostra tiver 50 elementos analisados o nmero de classes 8, conforme tabela

    acima.

    Exemplo prtico:

    Antes de enviar um lote de aparelhos eltricos para venda, o Departamento de

    Inspeo da empresa produtora selecionou uma amostra casual de 32 aparelhos

    avaliando o desempenho atravs de uma medida especfica, obtendo os

    seguintes resultados:

    Qualquer regra para determinao do nmero de classes da

    tabela no nos leva a uma deciso final, esta vai depender,

    na realidade, de um julgamento pessoal, que deve estar

    ligado natureza dos dados.

    Amplitude do intervalo de classe (Ai): o comprimento da classe.

    Observao: convm arredondar o nmero correspondente amplitude do

    intervalo de classe para facilitar os clculos (arredondamento arbitrrio).

    Ai =

    Construir uma tabela de distribuio de freqncias com

    intervalos de classes.

    1 passo: A amplitude total ser dada por:

    H = Ls - Li H = 218 -154 = 64

    2 passo: Neste caso, n = 32 pela regra de Sturges (consultar Tabela)

    K = 6

  • 45Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    3 passo: A amplitude do intervalo de cada classe ser:64

    610,66... 11= =Ai = =

    4 passo: Construir a tabela de distribuio de freqncias com intervalos

    de classes:

    Perceba que utilizamos o menor valor do Rol, para iniciar a 1 classe e a

    amplitude do intervalo encontrado para formar as outras classes que

    completam a tabela.

    Tipos de Freqncias

    Freqncias simples ou absolutas (fi): o nmero de repeties de um valor

    individual ou de uma classe de valores da varivel. A soma das freqncias

    simples igual ao nmero total dos dados da distribuio.

    fi n=

    fi

    fi

    fi

    Freqncias relativas (fri): so os valores das razes (divises) entre as freqncias

    absolutas de cada classe e a freqncia total da distribuio. A soma das

    freqncias relativas igual a 1 ou 100 %

    fri =

    fraci =

    fri % =

    fi

    fac

    fi

    Freqncia relativa:

    .1 00Freqncia relativa %:

    Freqncia simples acumulada (faci): o total das freqncias de todos os valores

    inferiores ao limite superior do intervalo de uma determinada classe.

    Freqncia relativa acumulada (fraci): a freqncia acumulada da classe,

    dividida pela freqncia total da distribuio.

    Vamos colocar em prtica, juntos, todos esses conceitos que

    estudamos nas aulas 5, 6, 7 e 8 atravs do seguinte exerccio:

    O departamento comercial de uma empresa pediu o

    levantamento das vendas dirias (em milhares de reais) durante

    32

  • 46 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    os 25 dias do ms de novembro de 2007. Assim obteve os seguintes valores:

    Pede-se:

    1) Montar o Rol

    1) Calcular amplitude total.

    2) Calcular o nmero de classes.

    3) Calcular a amplitude do intervalo de cada classes.

    4) Construir uma tabela com todos os tipos de freqncias (simples, relativa,

    acumulada e acumulada relativa)

    Soluo:

    O Rol :

    A amplitude total ser dada por:

    Neste caso, n = 25 pela regra de Sturges, temos:

    Amplitude do intervalo de cada classe ser:

    Utilizando o menor valor do Rol, para iniciar a 1 classe e a amplitude do

    intervalo de cada classe, e completando a tabela com as freqncias temos:

  • 47Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Em Sntese

    - Para determinar o nmero de classes temos trs casos:

    1 caso

    Para n 25 nmero de classes K = 5

    Para n 25 nmero de classes nK =

    2 caso

    Pela regra de sturges K = 1 + 3,3 log n

    3 caso

    Pela regra de Truman L. Kelley conforme a tabela abaixo:

    - Amplitude do intervalo de classe: o comprimento da classe, calculado por: Ai =

    - Freqncia simples ou absoluta o nmero de repeties de um valor individual.

    - Freqncia relativa so os valores das divises entre as freqncias absolutas de cada

    classe e a freqncia total da distribuio.

    - Freqncia simples acumulada o total das freqncias de todos os valores inferiores ao

    limite superior do intervalo de uma determinada classe.

    - Freqncia relativa acumulada a freqncia acumulada da classe dividida pela

    freqncia total da distribuio.

    DISTRIBUIO DE FREQNCIAS HISTOGRAMA E

    POLGONO DE FREQNCIAS

    Histograma: um grfico formado por um conjunto de retngulos justapostos e

    muito utilizado para representar a distribuio de freqncias cujos dados

    foram agrupados em classes ou intervalos de mesma amplitude. A base do

    retngulo igual amplitude do intervalo classe e altura proporcional

    freqncia da classe.

    Exemplo:

    Estaturas dos alunos da Turma A 2006

    150 154 154 158 158 162 162 166 166 170 170 174

    4

    9

    11

    8

    5

    3

    12

    10

    8

    6

    4

    2

    0

    n

    me

    ro d

    e a

    lun

    os

    Estatura e cm

  • 48 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Polgono de Frequncias: obtido unindo-se por segmentos de reta os pontos

    mdios das base superiores dos retngulos de histograma.

    Vamos colocar em prtica, juntos, todos esses conceitos desta

    aula atravs dos seguintes exerccios:

    1) Numa empresa, foi observada a seguinte tabela de salrios

    semanais (em reais) de 40 operrios no-especializados.

    Forme com esses dados uma tabela de dados agrupados por classes e depois

    construa o histograma e polgono de freqncia correspondente.

    Soluo: Antes de construirmos o histograma e o polgono de freqncias,

    temos que montar a tabela com dados agrupados por classes, desta forma

    faremos inicialmente os seguintes clculos:

    A amplitude total ser dada por:

    Neste caso, n = 40 pela regra de Sturges, temos:

    A amplitude do intervalo de cada classe ser:

    150 154 154 158 158 162 162 166 166 170 170 174

    12

    10

    8

    6

    4

    2

    0

    Estatura e cm

    n

    me

    ro d

    e a

    lun

    os

    Exemplo:

    Estaturas dos alunos da Turma A 2006

    .

    .

    .

    .

    .

    .

  • 49Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Utilizando o menor valor do Rol, para iniciar a 1 classe e a amplitude do

    intervalo de cada classe, e completando a tabela com as freqncias temos:

    Depois de montarmos a tabela com dados agrupados em classes, iremos

    construir o histograma e o polgono de freqncia:

    2) Examine o histograma abaixo, que corresponde s notas relativas

    aplicao de um teste de inteligncia a um grupo de alunos.

    Determine:

    a) O nmero de alunos: ____________

    b) A freqncia acumulada da quinta classe: _____________

    c) A freqncia relativa stima classe: ______________

    d) A porcentagem de alunos que atingiram pelo menos 90 pontos: __________

    e) O nmero de alunos que obtiveram pontuao menor que 110 pontos: ______

    80 9070 8060 7050 6040 50 140 150130 140120 130110 120100 11090 100

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    0

    n

    me

    ro d

    e a

    lun

    os

    n de alunos

  • 50 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Em sntese

    - Histograma um grfico formado por um conjunto de retngulos justapostos.

    - Polgono de freqncias obtido unindo-se por segmentos de reta os pontos

    mdios das bases superiores dos retngulos de um histograma.

    Responda s questes abaixo e confira as respostas, no gabarito, no

    final do livro

    11) Quando um intervalo de classe est representado por 1,250 1,260, isto

    significa que:

    a) o valor 1,250 no faz parte do intervalo de classe.

    b) o valor 1,250 o limite superior do intervalo de classe.

    c) o valor 1,260 faz parte do intervalo de classe.

    d) o valor 1,260 o limite inferior do intervalo de classe.

    e) o ponto mdio deste intervalo o valor 1,255.

    12) com relao distribuio de freqncia dada abaixo, possvel dizer que:

    a) a amplitude total da distribuio 0,24.

    b) o limite inferior da 4a. classe 12,44.

    c) o limite superior da 3a. classe 12,44.

    d) a amplitude do intervalo de classe 0,04.

    e) todas as alternativa esto corretas.

    13) Dada a distribuio de freqncias a seguir,

    responda qual o limite da quarta classe:

    a) 8

    b) 6

    c) 4

    d) 10

    e) 40

    14) Na distribuio de freqncias da questo 3, qual a amplitude de cada classe

    ou intervalo?

    a) 10

    b) 1

    c) 2

    d) 40

    e) 8

  • 51Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    15) Na distribuio de freqncias da questo 3, qual o ponto mdio da quinta

    classe ou intervalo?

    a) 40

    b) 5

    c) 8

    d) 9

    e) 10

    16) A tabela abaixo refere-se a uma pesquisa realizada com 20 alunos, a respeito

    da rea da carreira universitria que cada um pretende seguir.

    A freqncia simples e a freqncia relativa que faltam (assinaladas por ) so

    respectivamente:

    5 7 7 8 5 a) b) c) d) e) a) 7 e b) 7 e c) 5 e d) 7 e e) 5 e

    20 20 20 20 20

    17. Se a distribuio de freqncia obtida atravs da entrevista com 35pessoas,

    em relao ao nmero de irmos que cada uma tm, representada abaixo:

    Obs.: A ltima freqncia acumulada relativa resultou 1,0001 por critrios de

    arredondamento. perfeitamente admissvel desprezar a ltima casa decimal.

    Em relao a esta distribuio possvel dizer que:

    a) temos 30 pessoas que possuem 3 irmos.

    b) temos temos 8,57% das pessoas com, pelo menos, 3 irmos.

    c) temos 94,29% das pessoas entrevistadas com 5 ou menos irmos.

    d) temos 34 pessoas com mais de 6 irmos.

    18) dada a distribuio de freqncias a seguir,

    7

    Total

    34

    1,001

    35 1,0000

  • 52 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    responda qual a freqncia

    acumulada total:

    a) 31

    b) 55

    c) 20

    d) 60

    e) 12

    As questes de nmero 19 e 20 devem ser respondidas com base na tabela

    primitiva de dados obtidos em uma pesquisa.

    Massa, em Kg, de pacotes de certo produto produzido por uma indstria X

    Fonte: Dados Fictcios

    19) O limite superior da quinta classe :

    a) 1,060

    b) 1,046

    c) 1,088

    d) 1,074

    e) 1,052

    20) As freqncias da terceira e da quinta classe so, respectivamente:

    a) 8 e 9

    b) 10 e 12

    c) 8 e 12

    d) 10 e 4

    e) 10 e 9

    Analise os dados abaixo que se referem a uma amostra de bitos/ms nos

    hospitais de uma grande capital brasileira, nos ltimos 25 meses e faa o que se

    pede:

    410, 440, 440, 584, 579, 577, 577, 454, 460, 460, 491, 561, 556, 491, 490, 491, 490, 553,

    553, 540, 540, 520, 491, 520, 491.

    21) colocar os dados acima em forma de rol e calcular a amplitude total.

    19 | 21

    21 | 23

    23 | 25

    25 | 27

    27 | 29

    29 | 31

  • 53Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    22) Calcular o nmero de classes.

    23) calcular a amplitude das classes.

    24) construir a tabela com os dados agrupados por classes.

    25) construir o histograma e o polgono de freqncia.

  • 4UNIDADEMDIAS, MODA E MEDIANA

    MEDIDAS DE POSIO

  • 57Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Na maior parte das vezes em que os dados estatsticos so analisados, procuramos

    obter um valor para representar um conjunto de dados. Este valor deve sintetizar,

    da melhor maneira possvel, o comportamento do conjunto do qual ele

    originrio. Nem sempre os dados estudados tm um bom comportamento, isto

    pode fazer com que um nico valor possa represent-lo ou no perante o grupo.

    As medidas de posio mais importantes so as medidas de tendncia central,

    que recebem tal denominao pelo fato de os dados observados tenderem, em

    geral, a se agrupar em torno dos valores centrais. Dentre as medidas de tendncia

    central, destacam-se as seguintes: Mdias, Moda e Mediana. Cada uma com um

    significado diferenciado, porm tendo como serventia representar um conjunto de

    dados.

    Mdia Aritmtica Simples: para se obter a mdia aritmtica simples de um

    conjunto de dados, devemos dividir a soma dos valores de todos os dados do

    conjunto pela quantidade deles.

    MDIAS

    Onde: xi = so os valores que a varivel x assume

    n = o nmero de valores

    = a medida aritmtica da amostra

    = a mdia aritmtica da populao

    Exemplo:

    Sabendo-se que as vendas dirias da empresa A, durante uma semana, foram de

    10, 14, 13, 15, 16, 18 e 12 unidades. Determinar a mdia de vendas nesta semana

    feitas pela empresa A:

    Para obter a mdia aritmtica simples das vendas, faremos o seguinte clculo:

    X = 10, x = 14, x = 13, x = 15, x = 16, x = 18 e x = 12 e n = 7, logo: 1 2 3 4 5 6 7

    Mdia Aritmtica Ponderada: mdia ponderada uma mdia aritmtica na qual

    ser atribudo um peso a cada valor da srie.

    =

    i

    ii

    p

    px .x

    N

    xou

    N

    + xxxx n i321...

    =+++

    =

    n

    xou

    n

    + xxxx n i321 ...=

    +++=x x

    147

    98

    7

    121816151410==

    +++++==

    n

    xi +13

    x

    Exemplo:

    O capital da empresa est sendo formado pelos acionistas, por financiamentos e

    por debntures. Cada tipo tem um custo diferente para a empresa, definido pela

    sua taxa de juros anual. Calcule a taxa de juros mdia do capital da empresa,

    considerando os dados apresentados na tabela seguinte:

  • 58 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    A taxa de juros mdia calculada pela seguinte relao:321

    33221...

    ppp

    pxpxpxi

    ++

    ++

    %20,11000.400000.600000.000.1

    000.400%14000.600%8000.000.1%12

    ++

    ++

    Mdia aritmtica para dados agrupados sem intervalos de classes

    As freqncias so as quantidades de vezes que a varivel ocorre na coleta de

    dados, elas funcionam como fatores de ponderao, o que nos leva a calcular

    uma mdia aritmtica ponderada.

    N

    fx iin

    fx ii

    n

    fx ii

    n

    fx ii

    (Populao) (amostra)

    (amostra)

    Exemplo:

    Aps ter sido realizado trabalho bimestral, numa turma de Estatstica, o professor

    efetuou levantamento das notas obtidas pelos alunos, e observou a seguinte

    distribuio e calculou a mdia de sua turma:

    26

    102,6

    Mdia aritmtica para dados agrupados com intervalos de classes

    Neste caso, convencionamos que todos os valores includos em um determinado

    intervalo de classe coincidem com o seu ponto mdio, e determinamos a mdia

    aritmtica ponderada por meio das seguintes frmulas:

    x i sill

    N

    fx ii(Populao)X i si

    ll, onde

    , onde

    Exemplo:

    Determine a renda mdia familiar, de acordo com os dados da tabela:

  • 59Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    n

    fx ii 268

    406,7

    MODA (MO)

    Define-se a moda como o valor que ocorre com maior freqncia em um conjunto

    de dados.

    Moda para dados no agrupados

    Primeiramente os dados devem ser ordenados para, em seguida, observar o valor

    que tem maior freqncia.

    Exemplo: Calcular a moda dos seguintes conjuntos de dados:

    X = (4, 5, 5, 6, 6, 6, 7, 7, 8, 8) Mo = 6 (0 valor mais freqente)

    Esse conjunto unimodal, pois apresenta apenas uma moda.

    Y = (1, 2, 2, 2, 3, 4, 4, 4, 5, 5, 6) Mo = 2 e Mo = 4 (valores mais freqentes) Esse

    conjunto bimodal, pois apresenta duas modas.

    Z = (1, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 4, 4, 4, 5) Mo = 2, Mo = 3 e Mo = 4 (valores mais

    freqentes)

    Esse conjunto plurimodal, pois apresenta mais de duas modas.

    W = (1, 2, 3, 4, 5, 6) Esse conjunto amodal porque no apresenta um valor

    predominante.

    J a mdia aritmtica a medida de posio que possui a maior estabilidade.

    MEDIANA (MD)

    uma medida de posio cujo nmero divide um conjunto de dados em duas

    A moda utilizada quando desejamos obter uma medida

    rpida e aproximada de posio ou quando a medida

    de posio deva ser o valor mais tpico da distribuio.

  • 60 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    partes iguais. Portanto, a mediana se localiza no centro de um conjunto de

    nmeros ordenados segundo uma ordem de grandeza.

    Para se obter o elemento mediano de uma srie deveremos seguir os seguintes

    passos:

    - Se N for mpar a mediana o termo de ordem:

    2

    1+NP

    2

    1+NP

    2

    1+53

    2 2

    N NP P

    2 24

    2

    2 214

    25

    N 8

    N

    13 + 15 28

    8

    P

    P

    - Se o N for par a mediana a mdia aritmtica dos termos de ordem:

    Exemplos:

    1) Determine o valor da mediana da srie que composta dos seguintes

    elementos: 56, 58, 62, 65 e 90.

    N = 5 (mpar) 3 elemento Md = 62

    2) Em uma pesquisa realizada a respeito de erros por folha, cometidos por

    digitadores, revelou as seguintes quantidades: 12, 12, 13, 13, 15, 16, 18 e 20.

    Determinar a quantidade mediana de falhas.

    N = 8(par) 4 elemento Md = 13

    5 elemento Md = 15

    Logo a mediana ser Md

    Comparao entre Mdio e Moda

  • 61Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Em sntese

    Mdia aritmtica simples: N

    xou

    N

    + xxxx n i321...

    =+++

    = da populao

    Mdia aritmtica simples: n

    xou

    n

    + xxxx n i321 ...=

    +++=x x da amostra

    Mdia aritmtica ponderada:

    =

    i

    ii

    p

    px .x

    Mdia aritmtica para dados agrupados sem intervalos de classes:

    N

    fx iin

    fx ii(Populao) (amostra)

    Mdia aritmtica para dados agrupados com intervalos de classes:

    n

    fx ii (amostra)x i sill

    N

    fx ii(Populao)X i si

    ll, onde

    , onde

    Moda o valor que se repete o maior nmero de vezes, entre os dados obtidos.

    Mediana (md) representa o valor central entre os dados obtidos, estando esses

    dados em ordem crescente ou decrescente.

    Para obter o elemento mediano devemos considerar:

    2

    1+NP

    2 caso: se N for par a mediana a medida aritmtica dos termos de ordem:

    1 caso: se o N for impar a mediana o termo de ordem:

    2 2

    N NP P

    POSIO QUARTIS, DECIS E PERCENTIS

    As medidas de posio denominadas quartis, decis e percentis tm o mesmo

    princpio da mediana. Enquanto a mediana separa a distribuio em duas partes

    iguais, a caracterstica principal de cada uma dessas medidas que:

    Quartis: dividem a distribuio em quatro partes iguais;

    Decis: dividem em dez partes iguais;

    Percentis: dividem em cem partes iguais.

  • 62 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Notaes:

    Q = quartil de ordem i; i

    D = decil de ordem i;i

    P = percentil de ordem i.i

    Essas medidas - os quartis, os decis e os percentis - so, juntamente com a

    mediana, conhecidas pelo nome genrico de separatrizes.

    Quartis para dados no agrupados em classes

    Os quartis dividem um conjunto de dados em 4 partes iguais. Assim:

    Para o clculo das posies usaremos:

    4

    4 4

    4

    4

    4

    4

    4

    4

    1

    1 1

    1

    1 1

    2

    3

    1

    2

    2

    3

    2

    3

    31

    1 1

    2

    2

    3

    3

    +

    + +

    n

    n 25

    2.(n+1)

    2.(n+1)

    3.(n+1)

    2.(25+1)

    3.(25+1)

    3.(n+1)P

    P P

    P

    P

    P

    P

    P

    P

    P

    P

    PQ

    Q Q

    Q

    Q

    Q

    Q

    Onde n = nmero de dados (valores)

    Exemplo:

    Considere as seguintes notas de uma turma e calcule os quartis dessa amostra:

    52,0 55,9 56,7 59,4 60,2 54,4 55,9 56,8 59,4 60,3

    54,5 56,2 57,2 59,5 60,5 55,7 56,4 57,6 59,8 60,6

    55,8 56,4 58,9 60,0 60,8

    Utilizando as relaes para a posio dos quartis, temos:

    6,5

    13

    19,5

    7

    13

    20

    O primeiro quartil (Q ) abrange 25% dos valores da srie, o segundo quartil 50% 1

    (Q )e o terceiro (Q ) 75%.2 3

    Decis para dados no agrupados

    So valores que dividem a srie em 10 partes iguais. Assim:

  • 63Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Para o clculo das posies usaremos:

    Para o clculo das posies usaremos:

    10

    100

    10 10

    10

    100

    10 10

    10

    100

    10

    100

    10 10

    1

    1

    1 1

    1

    1

    1 1

    1

    1

    1

    2

    2

    2 2

    5

    50

    9

    99

    9 9

    1

    1

    1

    2

    2

    2

    5

    50

    9

    99

    9

    +

    +

    + +

    n

    n

    n 25

    2.(n+1)

    2.(n+1)

    2.(n+1) 2.(25+1)

    5.(n+1)

    50.(n+1)

    9.(n+1)

    99.(n+1)

    9.(n+1) 9.(25+1)

    P

    P

    P P

    P

    P

    P

    P

    P

    P P

    P

    P

    P

    P

    P P

    D

    P

    D

    D

    P

    D

    D

    P

    D

    D

    D

    Onde n = nmero de dados (valores)

    Exemplo:

    Considere as seguintes notas de uma turma e calcule os decis dessa amostra:

    52,0 55,9 56,7 59,4 60,2 54,4 55,9 56,8 59,4 60,3

    54,5 56,2 57,2 59,5 60,5 55,7 56,4 57,6 59,8 60,6

    55,8 56,4 58,9 60,0 60,8

    Utilizando as relaes para a posio dos decis, temos:

    2,6

    5,2

    23,4

    3

    5

    20

    O primeiro decil (D ) abrange 10% dos termos da srie, o segundo decil (D ) 20% e 1 2

    assim por diante,o nono (D ) 90%.9

    Percentis para dados no agrupados

    So as medidas que dividem a amostra em 100 partes iguais. Assim

    Onde n = nmero de dados (valores)

    Exemplo:

    Considere as seguintes notas de uma turma e calcule os percentis dessa amostra:

  • 64 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Utilizando as relaes para a posio dos Percentis, temos:

    100

    100

    100

    100

    100

    100

    10

    20

    90

    10

    20

    90

    10

    20

    90

    10

    20

    90

    10.(n+1)

    20.(n+1)

    90.(n+1)

    10.(25+1)

    20.(25+1)

    90.(25+1)

    P

    P

    P

    P

    P

    P

    P

    P

    P

    P

    P

    P

    2,6

    5,2

    23,4

    3

    5

    23

    O dcimo percentil (P ) abrange 10% dos termos da srie, o vigsimo percentil (P ) 10 20

    20% e assim por diante, o nonagsimo (P ) 90%90

    EM SNTESE

    Quartis dividem a distribuio em quatro partes iguais. Para o clculo das posies

    usaremos:

    4 4 4

    11 2 31 2 3

    +n 2.(n+1) 3.(n+1)P P PQ Q Q

    Decis dividem a distribuio em dez partes iguais. Para o clculo das posies

    usaremos:

    10 10 10 10

    11 2 5 91 2 5 9

    +n 2.(n+1) 5.(n+1) 9.(n+1)P P P PD D D D

    Percentis dividem a distribuio em cem partes iguais. Para o clculo das posies

    usaremos:

    100 100 100 100

    11 2 50 991 2 50 99

    +n 2.(n+1) 50.(n+1) 99.(n+1)P P P PP P P D

    MEDIDAS DE DISPERSO (MEDIDAS DE VARIABILIDADE)

    So medidas utilizadas para medir o grau de variabilidade, ou disperso dos

    valores observados em torno da mdia aritmtica. Servem para medir a

    representatividade da mdia e proporcionam conhecer o nvel de

    homogeneidade ou heterogeneidade dentro de cada grupo analisado. Para

    compreender esse conceito, considere a seguinte situao:

    Um empresrio deseja comparar a performance de dois empregados, com base

    na produo diria de determinada pea, durante cinco dias:

    Empregado A: 70, 71, 69, 70, 70 x = 70

    Empregado B: 60, 80, 70, 62, 83 x = 71

  • 65Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    A performance mdia do empregado A de 70 peas produzidas diariamente,

    enquanto que a do empregado B de 71 peas. Com base na mdia aritmtica,

    verifica-se que a performance de B melhor do que a de A. Porm, observando

    bem os dados, percebe-se que a produo de A varia apenas de 69 a 71 peas,

    ao passo que a de B varia de 60 a 83 peas, o que revela que a performance de

    A bem mais uniforme do que de B.

    Tipos de medidas de disperso absoluta

    Amplitude total (A): a diferena entre o maior e o menor valor observado.t

    A x xt max- min=

    Exemplo:

    Pela situao sugerida na introduo, temos para a amplitude total os seguintes

    clculos para os empregados:

    Empregado A A= 71 69 = 2t

    Empregado B A = 83 60 = 23t

    Observaes:

    - A amplitude total a medida mais simples de disperso.

    - A desvantagem desta medida de disperso que leva em conta

    apenas os valores mnimo e mximo do conjunto. Se ocorrer qualquer

    variao no interior do conjunto de dados, a amplitude total no nos

    d qualquer indicao dessa mudana.

    - A amplitude total tambm sofre a influncia de um valor atpico na

    distribuio (um valor muito elevado ou muito baixo em relao ao

    conjunto).

    Varincia( ou S) e Desvio Padro( ou S)

    So as medidas de disperso mais empregadas, pois levam em considerao a

    totalidade dos valores da varivel em estudo. um indicador de variabilidade

    bastante estvel. Para medir a disperso dos dados em torno da mdia, os

    estatsticos usam a soma dos quadrados dos desvios dividida pelo tamanho da

    populao ou da amostra. Definindo assim, varincia como mdia aritmtica dos

    quadrados dos desvios.

    Sendo a varincia calculada a partir dos quadrados dos desvios, ela um nmero

    em unidade quadrada em relao varivel em questo, o que, sob o ponto de

    vista prtico, um inconveniente.

    2

    N

    xi

    2

    2)(

    N

    fixi .)(2

    2

    1

    .)(2

    2

    n

    fixxiS

    1

    )(2

    2

    n

    xxiS

    Dados no agrupados Dados agrupados

  • 66 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Por isso mesmo, imaginou-se uma nova medida que tem utilidade e interpretao

    prticas, denominada desvio padro, definido como a raiz quadrada da

    varincia.

    2 2(Populao) (Amostra)

    Observaes:

    - Se os valores dos dados se repetirem em todas as amostras, ento a

    varincia da amostra ser zero.

    - Se os dados estiverem muito espalhados, ento a varincia da

    amostra acusar um nmero positivo elevado. Assim, uma grande

    varincia significar uma grande disperso dos dados em relao

    mdia.

    - A varincia uma medida que tem pouca utilidade na estatstica

    descritiva, porm extremamente importante na inferncia

    estatstica e em combinaes de amostras.

    - Quanto menor o desvio padro, mais os valores da varivel se

    aproximam de sua mdia.

    - Quanto maior o desvio padro, mais significativo heterogeneidade

    entre os elementos de um conjunto

    Exemplo:

    Pela situao sugerida na introduo, temos a varincias e o desvio padro

    apresentando os seguintes clculos para os empregados:

    - Como a mdia do empregado A 70, a varincia ser:

    4,05

    2

    5

    )7070()7070()7069()7071()7070()(222222

    2

    -+-+-+-+-

    -

    N

    xxi

    6,855

    428

    5

    )7183()7162()7170()7180()7160()(222222

    2

    -+-+-+-+-

    -

    N

    xxi

    E o desvio padro ser: 2 0,4 0,64

    Como a mdia do empregado B 71 a varincia ser:

    Vamos colocar em prtica, juntos, todos esses conceitos

    desta aula atravs do seguinte exerccio:

    1) Calcule a varincia e o desvio padro da tabela

    seguinte.

    E o desvio padro ser: 2 85,6 9,25

  • 67Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    xi.fi .fi(xi - x) (xi - x)x isi ll

    Fonte: pesquisa do setor de pessoal

    Calcular a mdia dos salrios:n

    fx ii

    Calcular a varincia dos salrios:n - 1

    xi x2

    2 )( .f is

    Calcular o desvio padro:2

    Construo de tabelas e clculos estatsticos usando o excel

    Partindo da seguinte srie de dados, vamos construir: uma distribuio de

    freqncia sem intervalo de classe e com intervalo de classe, um histograma e

    clculos de estatstica descritiva.

  • 68 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Entrada de Dados

    - Para entrar no Microsoft Excel, clicar no boto .

    - Entrar com os dados na coluna A.

    - Na clula C1, digitar variveis.

    - Na clula D1, digitar fi.

    - Na clula E1, digitar fri.

    - Na clula F1, digitar Faci.

    - Na clula G1, digitar Fraci.- Marcar as clulas C1:G1, na barra de formatos,

    clicar no boto Negrito e no boto Centralizar .

    - Nas clulas C2:C8, digitar as variveis correspondentes a cada classe para

    uma distribuio de freqncia sem intervalo de classe. (11, 12, 13, 14, 15, 16,

    17)

    - Marcar as clulas C2:C9, na barra de formatos, clicar no boto Negrito

    e no boto Centralizar .

    Freqncia Simples

    - Marcar as clulas D2:D8, na barra de ferramentas, clicar no boto Colar

    Funo .

    - Na janela da esquerda, clicar em Estatstica e na janela da direita, procurar

    Freqncia, clicar em Ok.

    - Na Matriz_dados, digitar A1:A26.

    - Na Matriz_bin, digitar C2:C8.

    - Como os dados foram preparados para obter os dados da funo

    freqncia como matriz coluna, no lugar de pressionar Ok ou a tecla Enter,

    devemos pressionar ao mesmo tempo as trs teclas Ctrl + Shift + Enter.

    Se no funcionar, comeamos por:

    Marcar as clulas D2:D8

    Digitar a frmula = FREQNCIA(A1:A26;C2:C8)

    Sem pressionar a tecla Enter, devemos pressionar ao mesmo tempo as trs teclas

    Ctrl+ Shift + Enter.

    - Na clula C9, digitar total.

    - Clicar na clula D9 e na barra de ferramentas, clicar no boto

    Auto Soma . (Vai aparecer os valores acima marcados e a frmula.)

    Pressionar a tecla Enter.

    - Marcar D2:G9 e clicar no boto Centralizar .

    Freqncia Simples relativa

    - Na clula E2, digitar a frmula = D2/$D$9 e pressionar a tecla Enter.

    - Retornar para a clula E2 e no canto inferior direito, pressionar o boto

  • 69Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    esquerdo do mouse e arrastar at a clula E8.

    - Na barra de ferramentas, clicar no boto Diminuir Casas Decimais, at 4

    casas decimais.

    - Na clula E9, clicar no boto Auto Soma .

    Freqncia Acumulada

    - Na clula F2, digitar a frmula = FREQNCIA ($A$1:$A$26,C2) e pressionar a

    tecla Enter.

    - Retornar para a clula F2 e no canto inferior direito, pressionar o boto

    esquerdo do mouse e arrastar at a clula F8.

    Freqncia Acumulada relativa

    - Na clula G2, digitar a frmula = F2/$D$9 e pressionar a tecla Enter.

    - Retornar para a clula G2 e no canto inferior direito, pressionar o boto

    esquerdo do mouse e arrastar at a clula G8.

    - Na barra de ferramentas, clicar no boto Diminuir Casas Decimais, at 4

    casas decimais.

    Histograma e Freqncia Simples

    Na barra de ttulos, abrimos o menu Ferramentas, escolher Anlise de Dados,

    recebe-se a caixa de dilogo com todas as ferramentas de anlise disponveis.

    Nessa caixa de dilogo escolher Histograma e pressionar o boto Ok.

  • 70 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Observao:

    Se ao abrirmos o menu Ferramentas, no estiver disponvel Anlise de Dados,

    devemos clicar em Suplementos. Ao abrir uma janela, devemos ativar Ferramentas

    de Anlise, pressionar o boto Ok e repetir o passo anterior.

    - No Intervalo de Entrada, digitar $A$1:$A$26.

    - No Intervalo do Bloco, digitar $C$2:$C$8.

    - No Intervalo de Sada, digitar $C$11. (O resultado grfico ser

    apresentado a partir desta clula.)

    - Assinalar, atravs de um click, Porcentagem Cumulativa e Resultado

    Grfico e pressionar o boto Ok.

    - Marcar e deletar as clulas C19:E19.

    - Dar um duplo click dentro de um dos retngulos do histograma.

    - Dentro da caixa Formatar Ponto de Dados, selecionar Opes.

    - A Largura do Espaamento, reduzir para zero, e pressionar o boto Ok.

    Distribuio de Freqncia com intervalos de classe

    - Selecionar uma nova planilha, copiando para essa os dados da

    coluna A.

    - Na clula C1, digitar Classes.

    - Na clula D1, digitar Li.

    -Na clula E1, digitar fi.

    - Marcar as clulas C1:E1, centralizar e colocar em negrito.

    - Marcar as clulas C2:E5 e centralizar.

    - Digitar as classes na coluna C e os limites superiores na coluna D.

    - Marcar as clulas E2:E5, na barra de ferramentas, clicar no boto Colar

    Funo . Na janela da esquerda, clicar em Estatstica e na janela

    da direita, procurar Freqncia, clicar em Ok.

    - Na Matriz_dados, digitar A1:A26.

    - Na Matriz_bin, digitar D2:D5.

    - Como os dados foram preparados para obter os dados da funo

    freqncia como matriz coluna, no lugar de pressionar Ok ou a tecla

    Enter , devemos pressionar ao mesmo tempo as trs teclas Ctrl + Shift +

    Enter.

  • 71Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Anlise dos Dados

    Na barra de ttulos, abrimos o menu Ferramentas, escolher Anlise de Dados,

    recebe- se a caixa de dilogo com todas as ferramentas de anlise disponveis.

    Nessa caixa de dilogo escolher Estatstica Descritiva e pressionar o boto Ok.

    - No Intervalo de Entrada, digitar $A$1:$A$26.

    - No Intervalo de Sada, digitar $B$7.

    - Assinalar em Resumo Estatstico, Ensimo Maior e Ensimo Menor,

    pressionar o boto Ok.

    Abaixo, encontram-se os resultados das atividades descritas acima, confira:

    EM SNTESE

    Amplitude total a diferena entre o maior e o menor valor observado.

    A x xt max- min=

    Varincia de dados no agrupados em classe:

    N

    xi2

    2 )(

    n - 1

    xi x2

    2 )(sPopulao:

    Populao:

    Amostra:

    Amostra:

    Varincia de dados agrupados em classe:

    N

    xi2

    2 )( .f in - 1

    xi x2

    2 )( .f is

  • 72 Estatstica Aplicada - Javert Guimares Falco

    Desvio padro:

    Populao:

    Populao:

    Populao:

    Amostra:

    Amostra:

    Amostra:22

    MEDIDAS DE DISPERSO (MEDIDAS DE VARIABILIDADE)

    COEFICIENTE DE VARIAO DE PEARSON

    Coeficiente de variao de Pearson (medida de disperso relativa)

    Quando se deseja comparar a variabilidade de duas ou mais distribuies, mesmo

    quando essas se referem a diferentes fenmenos e sejam expressas em unidades

    de medida distintas, podemos utilizar o Coeficiente de Variao de Pearson.

    O coeficiente de variao para um conjunto de n observaes definido

    como o quociente entre o desvio padro e a mdia aritmtica da distribuio.

    100

    100

    x

    x

    cv

    cv

    100xcv

    100xcv

    100 100x xcv

    Observao:

    CV = coeficiente de variao de Pearson ou apenas coeficiente de variao,

    geralmente expresso em porcentagem. Alguns analistas consideram:

    - Baixa disperso: cv 15%

    - Mdia disperso: 15%