caderno de conclusÃocaderno de conclusão 1ª conferência municipal de meio ambiente e...

CADERNO DE CONCLUSÃO

Caderno de Conclusão 1ª Conferência Municipal de Meio Ambiente e

Sustentabilidade de Araras

17 a 19 de Setembro de 2009 | Araras-SP

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1. Introdução

A 1ª Conferência de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Araras representou uma importante iniciativa do Governo Municipal de Araras, conjuntamente com a Câmara Municipal e setores da sociedade ararense, notadamente as instituições de Ensino Superior com interesse e relação com a área ambiental.

Sua simples realização já seria um marco, mas as discussões

realizadas, o conteúdo das propostas aprovadas, e a mobilização desenvolvida selaram um divisor na história recente do município.

Se colocadas em prática as indicações extraídas dos trabalhos da

Conferência, Araras dará um salto de qualidade no gerenciamento ambiental do município e suas conseqüências para os municípios vizinhos serão logo sentidas.

A seguir estão relacionadas as discussões e as propostas geradas

por cada grupo temático. A estrutura adotada para realizar as discussões e os seus organizadores. Esperamos que o conteúdo aqui apresentado seja útil para todos os leitores, e auxilie na reflexão de nossa cidade, sua realidade atual e o futuro que desejamos para nós e nosso herdeiros.

Boa leitura!

Dr Heitor Siqueira Sayeg Presidente do Comdema




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2. Apresentação

Sustentabilidade Para Sempre

A realização da 1ª Conferência Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Araras, em setembro de 2009, significou uma profunda mudança de paradigma sobre a emblemática questão em nosso município e em todo o planeta.

Com a conferência, a preservação da biodiversidade, controle do

aquecimento global, proteção da camada de ozônio, proteção das florestas e promoção do desenvolvimento sustentável foram abordados em conformidade com a nossa realidade.

Os apontamentos sugeridos vão ampliar nossa responsabilidade,

mas também vão propiciar o efetivo caminho da sustentabilidade e formas de amenizar os efeitos do intenso e desregrado processo de urbanização. Queremos aqui iniciar nosso acerto de contas com a natureza, no sentido de garantir o bem estar das próximas gerações.

Não temos mais tempo a perder. A sociedade e a gestão pública

responsável devem fazer a sua parte. Os próximos anos requerem de nós uma reavaliação e cobrança dos instrumentos de políticas públicas que envolvem o meio ambiente. Temos que ter clareza e consciência de que a variável ambiental representa um fator essencial para nossa sobrevivência.

A realização desta primeira conferência constitui um passo

determinante na construção do diálogo contínuo e eficaz com toda sociedade, buscando a melhoria do ambiente, dos investimentos sustentáveis e do sonho pelo lucro ético.




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Temos que trabalhar nestes dias para consolidar a nossa agenda 21, concluir nosso plano de ação e nosso código ambiental. Temas como construções sustentáveis, cobrança da água, cobertura florestal, educação ambiental e gestão municipal do meio ambiente foram aprofundados pelos conferencistas.

Ironicamente, ao mesmo tempo em que a civilização alcança um

altíssimo nível de desenvolvimento tecnológico, nos vemos diante do desafio de conseguir reduzir o consumo de fontes naturais, encontrar outras que poluam menos ou ainda adotar medidas para reciclar e reutilizar os recursos.

Não podemos deixar nossos recursos naturais atingirem o nível de

saturação. Se havia dúvidas de que a responsabilidade sobre os problemas era do homem, hoje os cientistas comprovam que 90% das alterações ambientais são decorrentes das atividades humanas.

Assim, devemos reconhecer que chegou a hora da sociedade

pagar o preço pelo abuso que vem cometendo ao longo dos séculos. Cada um deve dar sua parcela para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa e amenizar a crise climática. É preciso entender e reconhecer a força da natureza para minimizar novas catástrofes.

Neste governo temos a clareza de que uma das melhores coisas

que podemos fazer pelo meio ambiente é agir bem na gestão dos recursos. Para nós sustentabilidade é melhorar a vida das pessoas, conservando e preservando o ambiente. Esse é o nosso compromisso.

Dr. Nelson Dimas Brambilla Prefeito de Araras

Junho de 2010




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3. Estruturação da Conferência A 1ª Conferência de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Araras

foi estruturada em Grupos Temáticos, aos quais coube discutir e sintetizar as principais características e ações de suas respectivas áreas de interesse. Esses grupos apresentaram suas conclusões numa Plenária Final que tomou conhecimento do conjunto das decisões e sugestões e as validou, sendo então elaborado este documento.

A Conferência teve a realização da Câmara Municipal de Araras e

contou com a colaboração de:

AIA – Associação de Imprensa de Araras; APPA – Associação de Proteção e Preservação Ambiental; CBH Mogi – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi; Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental; Conselho Municipal de Meio Ambiente; Escola Técnica Estadual “Prefeito Alberto Feres”; Polícia Militar Ambiental; Prefeitura Municipal de Araras; Câmara Municipal de Araras; Saema – Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Araras; SME - Secretaria Municipal da Educação; UFSCar – Universidade Federal de São Carlos; Unar – Centro Universitário de Araras “Dr. Edmundo Ulson”; Uniararas – Centro Universitário “Dr. Hermínio Ometto”. Câmara Jovem de Araras




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4. Grupos de Trabalho – Conclusões dos grupos Grupo 1 – Construção Ecossustentável Coordenação: Prof. Dr. Hélio Dias da Silva (Unar) Relatora: Dra Roseana Corrêa Grilo (Unar) Mesa redonda: Edificações Verdes (Green Buildings): um caminho adequado para a sustentabilidade? Participantes: Dr. Marcelo Romero (Fausp) Jorg Spangenberg (Mackenzie) Prof. Dr. Carlos Leite (Mackenzie) Prof. Ms. André Luiz Queiroz Blanco (Unar) Temas Correlatos:

• A certificação LEED do Green Building • Arquitetura Eco-sustentável • Soluções e alternativas; energia solar, bioenergia, biomassa.

Síntese das Discussões do Grupo de Trabalho

Tendo em vista a crescente velocidade de expansão das áreas urbanas na ocupação e uso dos espaços e do solo no Brasil e em particular no município de Araras, o Grupo de Trabalho sobre Construções Eco Sustentáveis achou por bem destacar alguns conceitos técnicos para embasar suas propostas: CONCEITO DE ECO SUSTENTABILIDADE: “Desenvolvimento capaz de atender às necessidades da geração atual sem comprometer os recursos necessários para satisfazer as necessidades das gerações futuras.” (Relatório Brundtland) CONCEITO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: “Obtenção de um serviço com baixo dispêndio de energia. Portanto um edifício é mais eficiente




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energeticamente que outro quando proporciona as mesmas condições ambientais com menor consumo de energia.” (Roberto Lamberts) CONCEITO DE LEED: Leadership in Energy and Environmental Design “selo verde” criado pelo US Green Building Council

a) Categorias do LEED O critério de classificação elaborado pelo United States Green Building

Council apresenta regras definidas em função do tipo de atividade ou edifício que se quer certificar. Encontra-se em fase de desenvolvimento os critérios de edificação verde para os setores de saúde, laboratórios e escolas.

b) Classificação por tipo de obra

LEED–NC – Novos edifícios comerciais e grandes projetos de renovação LEED-EB – Edifícios existentes LEED-CS – Core and Shell (estrutura, envelope) LEED-CI – Projetos de interiores de edifícios comerciais LEED-H – Residencial LEED-ND – Desenvolvimento do bairro (localidade)

O Grupo de Trabalho sobre Construções Eco Sustentáveis entende que são PILARES DA CONSTRUÇÃO ECO SUSTENTÁVEL:

• O Planejamento Sustentável da Obra • O Aproveitamento passivo dos recursos naturais • A Eficiência energética e uso de energias limpas • A Gestão e economia da água • A Gestão dos resíduos na edificação • A Qualidade do ar e do ambiente interior • O Conforto termo-acústico • O Uso racional de materiais (otimização) • O Uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis • A Melhoria da Qualidade de vida do usuário




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Propostas Sendo assim, encaminha as seguintes propostas para análise

pelos poderes pertinentes para eventual adoção das mesmas: 01 Sugere à Secretaria Estadual de Meio Ambiente a adoção de medidas restritivas e punitivas aos municípios que não optarem por participar do programa Cidade Verde e Azul e àqueles que, participarem e obtiverem nota baixa na avaliação anual. 02 Sugere à Prefeitura Municipal de Araras, através da Emhaba (Empresa Municipal de Habitação de Araras) que insira em seu Plano Municipal de Habitação a obrigatoriedade da adoção de padrões e critérios sustentáveis (selo verde LEED) nos projetos e na construção de novos conjuntos habitacionais no município. 03 Sugere ao poder executivo local o equacionamento urgente do atual déficit habitacional, utilizando-se dos recursos disponíveis, principalmente do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento e do programa “Minha Casa minha Vida” (meta de um milhão de casas construídas). 04 Sugere à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas a adoção no Código de Obras do conceito de “Passeios Permeáveis” (gramado, eco piso ou blocos intertravados) facilitando assim a drenagem pluvial. 05 Sugere a adoção de subsídios e incentivos fiscais para empresas que produzirem e distribuírem equipamentos, componentes, sistemas, produtos e insumos eco sustentáveis, com o objetivo de alavancar a geração de emprego e renda e o fomento à construção eco sustentável no município. 06 Sugere a Criação de um “Prêmio Boas Práticas” a ser outorgado a cidadãos, empresas, organizações, etc que mereçam destaque pela realização de ações na área de preservação do meio ambiente e da sustentabilidade. 07 Sugere ao poder público que adote medidas para a criação, expansão e requalificação das áreas verdes no município (praças, parques e jardins), com prioridade para o Parque Ecológico, dotando-as de




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equipamentos urbanos adequados e garantindo acessibilidade e segurança aos cidadãos. 08 Sugere à Câmara Municipal de Araras a aprovação de Projeto de Lei que obrigue e incentive a adoção de coletores solares para aquecimento de água em todos os edifícios, escolas, residências, indústrias, etc. A implantação desses coletores solares (se oportuno for) poderia ocorrer em fases, iniciando-se com as edificações com maior área construída. 09 Sugere a criação de um “balcão” de assistência técnica especializada (incubadora) para dar apoio à população, às ONGs e às empresas com assessoria na concepção de projetos habitacionais de interesse social e construções eco sustentáveis. 10 Sugere à Prefeitura Municipal de Araras a adoção de um programa de incentivo à reforma e à reabilitação de imóveis adequando-os aos padrões e critérios da construção eco sustentável (selo verde LEED). Exemplo: redução no IPTU para os imóveis que adotarem esta iniciativa. 11 Sugere ao poder público que realize com urgência uma atualização do cálculo da metragem quadrada de área verde por habitante em Araras, lembrando que o número mínimo indicado pela ONU / PNUMA é de 12 m2/hab. 12 Sugere às autoridades competentes criar um sistema de “Disque Denúncia” para relatar casos de inequívoca agressão ao meio ambiente e de desrespeito aos padrões e critérios do desenvolvimento sustentável.




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Grupo 2 – Recursos Hídricos-Manaciais Coordenação: Eng. Evandro Gaiad Fischer - Cetesb Participantes: Profª Dra. Adriana Cavalieri Sais Profª Dra. Sâmia Maria Tauk Tornisielo (Unesp) Temas: Plano Nacional e Local de Recursos Hídricos; cobrança da água;

Pacto das Águas, recuperação do Rio Mogi Guaçu; preservação e recuperação dos mananciais e nascentes.


A reunião foi coordenada pelo Dr. Evandro Gaiad Fischer (CETESB) e contou com a participação dos especialistas: Prof. Dra. Adriana Cavalieri Sais (CBH Mogi) e Prof. Dra. Sâmia Maria Tauk (UNESP Rio Claro), que auxiliaram no debate, fornecendo dados sobre os recursos hídricos de Araras, além de compartilhar conhecimento sobre a gestão de recursos hídricos. Dentro dos debates foram focados os Planos nacional e municipal de gestão dos recursos hídricos, a cobrança pelo uso da água, o Pacto das Águas, a recuperação do rio Mogi Guaçu e a preservação e recuperação de mananciais e nascentes.

Essas abordagens visaram a identificar os principais aspectos e respectivas ações relacionadas à gestão dos recursos hídricos no município de Araras, com vistas ao estabelecimento de uma Política de Gestão estruturada e sustentável dos Recursos Hídricos, consubstanciada no Plano Municipal de Recursos Hídricos de Araras.

A reunião foi aberta com a exposição do contexto e da dinâmica pelo Coordenador e esclarecimento de eventuais dúvidas sobre o procedimento. Em seguida, houve a palestra sobre a situação do município de Araras no contexto da bacia hidrográfica do rio Mogi Guaçu. Após o nivelamento de dados e informações por meio da palestra proferida pela Dra. Adriana Cavalieri Sais, seguida de debate aberto e registro sistematizado dos aspectos abordados nas discussões, foi aplicada uma ferramenta pedagógica através de uma folha padronizada




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para o preenchimento, por cada participante, dos aspectos, ações responsáveis e prazos relevantes, como vistos por cada um dos integrantes do grupo. O procedimento básico é o registro em cartelas das principais definições, visualizando os resultados da discussão.

A reunião foi conduzida para que o grupo pudesse debater às seguintes perguntas, e responder individualmente após refletir sobre elas à luz do que foi debatido:

• Quais os principais aspectos relacionados aos recursos hídricos em Araras que precisam ser melhorados ou mantidos?

• Quais as ações prioritárias ou seqüenciais para a melhoria dos aspectos relacionados e/ou para atender à necessidade descrita anteriormente?

Principais aspectos (ou problemas) apontados pelos participantes: 1. Uso irregular de Áreas de Preservação Permanente – APP. 2. Não efetivação de Política de Educação Ambiental. 3. Precariedade do Sistema de coleta, afastamento e tratamento de

esgotos sanitários. 4. Fiscalização insuficiente. 5. Excesso de perdas de água tratada na rede pública distribuidora. 6. Uso não racional de água servida. 7. Monitoramento insuficiente. 8. Baixo índice de cobertura florestal. 9. Não efetivação de política para gestão ambiental na área rural. 10. Controle insuficiente das práticas agrícolas por agroindústrias. 11. Ausência de regras para os efluentes líquidos de hospitais e

estabelecimentos de saúde. 12. Proteção insuficiente das nascentes. 13. Não efetivação de planejamento urbano territorial. 14. Controle insuficiente sobre postos de combustíveis.




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Propostas Aspecto 1: Intensificar a fiscalização de uso irregular de Áreas de Preservação Permanente – APP. Foi destacada a ocupação dos ranchos do Bairro da Cascata. Aspecto 2: Estabelecer/implementar a Política Municipal de Educação Ambiental e implantar Centro de Educação Ambiental. Aspecto 3: Reformar e ampliar o sistema de coleta, afastamento e tratamento de esgotos sanitários de Araras e avaliar a viabilidade de privatização dos serviços de saneamento municipal. Aspecto 4: Intensificar e sistematizar a fiscalização de indústrias, do lançamento de efluentes, das ocupações de margens em APP, através de parceria entre Estado e Município. Aspecto 5: Implantar programa de combate e controle de perdas de água tratada na rede pública distribuidora. Aspecto 6: Implantar cobrança diferenciada para determinados usos não prioritários e um programa permanente de conscientização sobre o uso racional de água servida. Incentivar o aproveitamento de água de chuva e adotar ações para equilibrar disponibilidade com demanda. Incentivar a implantação de programas de Produção mais Limpa (P+L) nas indústrias. Aspecto 7: Intensificar o monitoramento da qualidade e quantidade de água. Desenvolver parceria entre Estado, Município e Universidades. Aspecto 8: Estimular, com programas específicos de incentivo, o plantio de árvores, a averbação de reserva legal, a recomposição das APPs e estabelecer metas de aumento do índice de cobertura florestal de 20% da área do território do município, com ampla divulgação e envolvimento de todos. Aspecto 9: Estabelecer e implantar política de gestão ambiental na área rural, disciplinando o uso de agrotóxicos e implantando o saneamento – tratamento de esgoto e coleta de lixo – em propriedades rurais. Destaque para as áreas de plantio de cana de açúcar. Aspecto 10: Envolver o setor sucroalcooleiro e outros setores produtivos presentes em Araras no plano de ação que está sendo estabelecido. Criar regras e protocolos para as práticas que afetam o meio ambiente.




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Aspecto 11: Desenvolver regras específicas para tratamento dos efluentes líquidos de hospitais e estabelecimentos de saúde. Aspecto 12: Estabelecer e implementar programa permanente de conscientização e fiscalização para a proteção de nascentes, com incentivo para aumento da cobertura vegetal. Aspecto 13: Consolidar instrumento de planejamento urbano territorial, com foco nas questões ambientais e aderido às dispositivos legais, dentre eles, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Araras. Aspecto 14: Estabelecer regras específicas para o saneamento e controle ambiental nos postos de combustíveis e lavadores de veículos. Parceria entre Estado, Município e Universidades.




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Grupo 3 – Gerenciamento de Resíduos e Efluentes Coordenação: Carlos Cerri Junior - SAEMA Participantes: Eng. Civil José Antonio Tordato (CETESB) Temas: Lixo mínimo, coleta seletiva, reciclagem, gerenciamento dos

resíduos; bolsa de resíduos, princípios do poluidor-pagador, usuário-pagador e produção mais limpa; plano municipal de resíduos sólidos, diagnóstico Araras e regional; situação da bacia Mogi Guaçu, prazo para programa de implantação do saneamento 100%.


Foram discutidos aspectos relacionados aos resíduos sólidos e saneamento de Araras e foram apontados os seguintes itens: 1º Coleta Seletiva / Reciclagem; 2º Expandir Estação de Tratamento de Esgoto; 3º Construção Aterro Municipal; 4º Educação Ambiental; 5º Fiscalização; 6º Expandir Estação de Tratamento de Água; 7º Instalação de Programa de Perdas; 8º Compostagem; 9º Programa de Preservação de A.P.P. Os três aspectos mais apontados foram: 1- Coleta Seletiva/Reciclagem; 2- Expandir Estação de Tratamento de Esgoto; 3- Construção de Aterro Municipal.




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Propostas 1- Coleta Seletiva/ Reciclagem: Estamos em estudo para por em prática esse projeto, que é uma das dez diretivas do Município Verde e Azul, 2- Expandir Estação de Tratamento de Esgoto: Essa é a maior preocupação da autarquia, até porque não atendemos o mínimo necessário perante a legislação e isso impede o crescimento da cidade através dos novos empreendimentos que estão todos paralisados; para a solução desse problema realizamos uma licitação para a contratação de uma empresa de engenharia que faça estudos de manutenção e ampliação; após executado buscaremos as condições possíveis para a execução desse trabalho. 3 - Construção de Aterro Municipal 3.1 Hoje temos uma empresa contratada em caráter de obras emergenciais para contenção do chorume. 3.2 Estamos em contato com uma Fundação especializada (UNESP/USP) para nos ajudar no encerramento do aterro atual. 3.3 Segue em anexo a intenção de firmarmos convênio com a Secretaria de Estado de Saneamento e Energia protocolada em 15 de setembro de 2009, onde nos dará amparo para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico e sua consolidação conforme as diretrizes gerais instituídas pela Lei Federal n º 11.445, de 05 de janeiro de 2.007 (Esse plano irá nos orientar a buscar o melhor para o nosso município).




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Grupo 4 – Cobertura Florestal Coordenação: Subt. Wanderlein Geraldo Junior – PM Ambiental Participantes: Cap. PM Marcos Aurélio Venâncio

Prof. Dr. Ricardo Ribeiro Rodrigues (Esalq) Eng. Florestal Raul de Barros Winter (Saema)

Temas: Legislação Ambiental voltada à Flora. Arborização urbana, legislação local, código de postura, IPTU Verde, espécies adequadas. Síntese das Discussões e recomendações finais

O grupo de trabalho debateu experiências sobre a situação de preservação da cobertura vegetal. Iniciou os trabalhos com a apresentação do capitão PM Marcos Aurélio, que apresentou dados estatísticos sobre a situação da cobertura vegetal no Brasil e, principalmente, no Estado de São Paulo, desde a época pré-colonização até os dias atuais, após 5 séculos de exploração desordenada dos espaços e dos recursos florestais.

O professor Dr. Ricardo Rodrigues apresentou aspectos relacionados à e recuperação de áreas degradadas, relatando experiências, iniciativas e projetos desenvolvidos no âmbito das Instituições de Ensino Superior envolvidas com o Meio ambiente, a Agricultura e a forma de Ocupação e Uso dos Espaços, rurais e/ou urbanos através de replantio de essências nativas.

O engenheiro florestal Raul de Barros Winter, Diretor do Departamento de Meio Ambiente do Saema, discorreu sobre dados relacionados ao manejo da arborização urbana em Araras e apresentou proposta da 1ª Versão do Código Municipal de Arborização do Município de Araras que disciplina o plantio, o replantio, a poda, a supressão e o uso adequado e planejado da arborização urbana.

Essas experiências revelaram a grande complexidade do processo de recuperação de áreas degradadas, gerando uma ampla gama de




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abordagens para responder as necessidades específicas de biomas e sistemas naturais.

Nesse contexto, a ação do Departamento de Meio Ambiente / Saema enfrenta o desafio de desenvolver a implantação da adequada arborização em ambiente urbano, de forma a atender as recomendações impostas pelo Projeto Ambiental Estratégico Município Verde Azul da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Propostas

1. Analisar a viabilidade da criação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Araras, com corpo técnico capacitado e especializado, equipes de trabalho adequadamente equipadas e, principalmente, com corpo fiscalizatório ativo.

2. Fortalecimento do patrulhamento rural através da Guarda

Municipal para coibir as infrações ambientais cometidas na área rural do município, com ênfase naquelas relacionadas ao desmatamento irregular, às Áreas de Preservação Permanente e às Reservas Legais Averbadas, especialização esta que poderá ser executada mediante convenio entre a Policia Militar Ambiental de Araras através do 4º Pelotão, lotado no município.

3. Aprovação do Código de Arborização Urbana do Município de

Araras, o qual disciplinará todos os temas e situações relacionadas ao assunto, constituindo ferramenta legal de extrema importância para a Gestão Municipal, na recuperação de áreas degradadas urbanas, na melhoria do ambiente comum e possibilitando possíveis punições aos infratores pelo estabelecimento de regulamentos e normas.




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4. Criação de um viveiro de mudas municipal com equipes especializadas na escolha dos melhores espécimes a serem plantadas nas diversas regiões da zona urbana, orientação e consultoria aos munícipes, com apoio técnico aos particulares que desejarem recuperar áreas degradadas no município.

5. Estudos para implantação do IPTU VERDE, com descontos

aos munícipes que participarem do projeto.




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Grupo 5 – Educação Ambiental Coordenação: Profª. Elisabeth Carvalho Cilindri - Sec. Educação Participantes: Prof. Dr. José Antonio Mendes (UNIARARAS)

Profª Júlia Salvador Martins (UNIARARAS) Profª Ms. Flavia Torreão Correa da Silva (UFSCar) Temas: Educação e Meio Ambiente: conhecimento, transformação e sustentabilidade. Paradigmas para os professores utilizarem em sala de aula. Síntese das Discussões e recomendações finais: Para nortear as discussões foram colocadas para análise as seguintes Questões Centrais:

• O que é essencial para contemplar um programa municipal de Educação Ambiental?

• Quais as dificuldades apresentadas na inclusão da educação ambiental no âmbito escolar e como superá-las?

• Quais os agentes facilitadores para inserção da educação ambiental no ambiente escolar?

Foram apresentadas 3 palestras com pontos de vista

complementares de três especialistas nestes tópicos. A primeira palestra, com o Profº Dr. José Antonio Mendes,

abordou de forma clara os procedimentos que os professores devem trabalhar com seus alunos, mobilizando a troca de saberes, ética, tolerância e a paciência para transferir o conhecimento. A capacitação dos docentes é essencial e deve estar inserida no Projeto Pedagógico com planejamento, envolvimento e organização, descartando o imaginário e fazendo o planejado.




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Para falar em Educação Ambiental, a escola deve agregar toda a comunidade: professores, alunos, coordenadores, e demais pessoas envolvidas com o tema Meio Ambiente.

O palestrante fez com que os participantes saíssem sensibilizados para mudanças de atitudes, com novas estratégias no que diz respeito à práticas de Educação Ambiental, fazendo dessas práticas um reencontro com a natureza, tirando o aluno da sala de aula e fazendo o trabalho de campo ser uma vivência para a criança e o adolescente.

A segunda palestra, feita logo após, pela Profª Ms. Júlia Salvador Martins fez com que os participantes se envolvessem com o cuidado necessário de cada um consigo mesmo, despertando para o cuidado com o próprio corpo e para com o outro. A falta de cuidado acarreta perda da conexão (ou o desligamento) com a terra – pertencimento, o ser humano deverá resgatar o pertencimento, a participação, a responsabilidade e o comprometimento com o meio em que se insere.

Nesse contexto, o cuidado da Política Pública, em seus diversos níveis, deve girar em torno do progresso da co s ciência ambiental e, com isso, resignificar o Meio Ambiente ( na acepção de Paulo Freire) e a troca efetiva de olhares e saberes, a educação vem para a libertação. A palestrante cita - como o Profº Dr. Mendes - o sair inquieto, deixar a postura ingênua para assumir o ‘ser’ crítico.

Dessa forma, cabe o condutor do processo de Educação Ambiental (EA) definir com os alunos os objetivos a serrem atingidos: identificação, reflexão e resolução de problemas, concentrando os esforços envolvidos na questão ambiental e trabalhar a EA de forma interdisciplinar com todas as disciplinas, e mostrar para o aluno o espaço em que ele vive desenvolvendo as relações: Sensibilidade �� consciência e Informação � � significado.

A terceira palestra, ministrada pela Profª Ms. Flávia fechou a seqüência de palestras com abordagem sobre legislação aplicada à Educação ambiental (EA). Na sua explanação, cita que a Lei nº 6.938 de 31.08.81, coloca e Educação Ambiental como conteúdo nas disciplinas e




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falou sobre suas experiências relacionadas com o Meio Ambiente em São Carlos, são elas:

• Concurso Municipal com o tema “economia de água” • Encontro da barganha – professores da rede, alunos das

Universidades e demais órgãos interessados em fazer parceria. • Projeto Horta • Festa da família na Escola • Coleta seletiva – as escolas receberam coletores de lixo reciclável

e estabeleceram pontos de entrega do material separado. • Visitas a locais históricos, empresas, fazenda, zoológicos,

biblioteca municipal, parque ecológico, sendo que cada série visita local designado pela SME. Depois dessas três palestras, os participantes foram distribuídos

em grupos de 5 para comentarem as questões colocadas no início das discussões. Houve questionamentos e observações, elencados a seguir:

Para contemplar um programa municipal de Educação Ambiental eficiente em nível municipal é essencial um planejamento e execução de ações para que se consiga o envolvimento da população. Também é necessário que se construa um centro de EA direcionando os trabalhos, e para tanto se faz mister estabelecer uma equipe de profissionais responsáveis, com formação apropriada, em parceria com a SME, SAEMA e Meio Ambiente, para juntos elaborar e executar programas e projetos que norteiem todas as ações de Educação Ambiental do município junto à rede de ensino.

Essas ações incluem prática transformadora ao invés de informativa, capacitação de professores e dispositivos legais que possam apoiar esse trabalho.

Assim, foi detectado que as dificuldades encontradas na inclusão da Educação Ambiental no âmbito escolar começam na falta de formação dos docentes, incluindo falta de cursos de capacitação, esbarram na postura desvinculada de gestores para traçar metas de trabalho de acordo com a realidade de cada Unidade Escolar e, para encerrar, faltam




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planejamento, metodologia e estratégia para desenvolver a Educação Ambiental contínua em cada ano escolar, de acordo com a instrução, capacidade e idade dos alunos.

O poder público tem parcela de culpa nesse quadro, não estimulando a continuidade nas atividades realizadas, sendo por isso desejável que os programas de Educação Ambiental tenham algum grau de autonomia política.

Os agentes facilitadores para inserção da educação ambiental no ambiente escolar incluem a formação continuada de professores e gestores na transversalidade do tema, envolvendo os outros conteúdos; a facilitação da saída de alunos para o trabalho de campo, parcerias com outras Secretarias e utilização de estagiários das Instituições de ensino Superior de Araras para suporte das ações dos docentes, por meio de exemplos, vivências e viagens; aplicação de recursos em projetos e apoio com acompanhamento de pessoal especializado. Informação e mobilização da Sociedade para agir em prol do meio ambiente através de campanhas, propagandas, aprovação de leis e fiscalização. Propostas

1. Construção de um Programa Municipal de Educação Ambiental -

com planejamento, equipe de profissionais envolvidos com formação apropriada ao tema, envolvimento da população, elaboração e execução de projetos e direcionamento dos trabalhos. Para tanto, que se construa um núcleo de EA dentro do programa. Recursos Financeiros públicos e através de parcerias.

2. Construção de um Núcleo de EA no desativado Zoológico, situado

no Lago Municipal. 3. Inserção desse Programa de Educação Ambiental no ambiente

escolar - com formação continuada de professores e de gestores na transversalidade do tema e sustentabilidade envolvendo as outras




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disciplinas. Verbas destinadas em ações práticas ao invés de informativas, capacitação de professores. Facilitação da saída de alunos para o trabalho de campo, parcerias com outras Secretarias e das Universidades de Araras, fornecendo a ajuda de pessoal com formação na área e estagiários para suporte das ações do docente, por meio de exemplo , vivências, viagens. A Educação Ambiental deverá ser contínua em cada ano escolar, de acordo com instrução, capacidade e a idade dos alunos, para não ser fragmentada e com ações isoladas.

4. Dispositivos legais amparando o programa - através de fiscalização e

do cumprimento dessa lei, permitindo a continuidade do Programa de Educação Ambiental, conquistando uma autonomia política.




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Grupo 6 – Diagnóstico Ambiental Coordenação: Prof. Heitor Siqueira Sayeg - UNIARARAS Participantes: Raul de Barros Winter – Depto Meio Ambiente / PMA Eng. Agrônomo José Maria Baptista de Souza – Casa da Agricultura de Araras

Prof. Dr. Olavo Raymundo Jr – UNIARARAS

Temas: Panorama Ambiental do município: quadro atual da situação ambiental; condição dos mananciais e matas ciliares; histórico do manejo do campo. Aspectos Ambientais relacionados ao perfil econômico-produtivo de Araras; Identificação dos Principais Riscos Ambientais relacionados ao modo de vida e produção de Araras. Hierarquização por ordem de periculosidade;

Síntese das Discussões e recomendações finais:

As discussões deste Grupo de Trabalho foram realizadas a partir das observações iniciais feitas pelos participantes convidados a abrirem os trabalhos. O engenheiro florestal Raul de Barros Winter, Diretor do Departamento de Meio Ambiente do SAEMA discorreu sobre a situação atual do município de Araras, destacando as atuações regulatórias e de aplicação da legislação visando a ordenar os principais processos e práticas que geram impactos ao meio ambiente local e apresentou nesta oportunidade o Código Municipal de Meio Ambiente do Município de Araras (1ª versão).

O eng. Agrônomo José Maria Baptista de Souza apresentou a situação atual do meio rural, a partir de um breve histórico das práticas agrícolas, falando sobre os problemas de ocupação e manejo do solo, da




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problemática relacionada ao uso da estrutura fluvial do município e das dificuldades enfrentadas pelo produtor rural.

O professor Olavo Raymundo Jr discorreu sobre o estado atual dos mananciais responsáveis pela água que abastece Araras, especialmente no que tange às matas ciliares e ao estado de preservação das matas do município. Apresentou um estudo que engloba um hiato de 48 anos, desde 1962, no qual se observam as variações na área ocupada pelas florestas remanescentes ou recuperadas, seu grau de fragmentação e a estrutura predominante nos períodos amostrados.

O prof. Heitor Siqueira Sayeg discorreu sobre a evolução regional das mudanças ambientais, destacando o papel do uso do solo e os seus efeitos no processo de alterações microclimáticas e seus efeitos sobre as cidades da região, incluídos a qualidade do ar, das águas e de conforto sonoro e térmico nesse contexto.

Foram apontados como aspectos críticos na Gestão Ambiental do município – no presente e no seu futuro a médio e longo prazo - o modo de uso (intensivo) do solo no meio rural, com a agroindústria baseada na cultura da cana-de-açúcar; o Plano Diretor do município e os vetores de expansão urbana, os novos distritos industriais e as modalidades de indústria a serem instaladas em Araras são Propostas Entre os principais desafios colocados estão:

1) A implantação do programa de Gestão e Controle de Qualidade das Águas, a preservação dos mananciais e a proteção da zona rural, especialmente a localizada na região a oeste da rodovia Anhanguera, por sua vocação de abastecimento hídrico na região; os reservatórios e as nascentes das áreas de mananciais devem ter um plano de recomposição,visando evitar um colapso no sistema de abastecimento nos próximos anos.

2) O estabelecimento de estrutura administrativa compatível com os compromissos assumidos na área do Meio Ambiente; Implantar uma política de capacitação ambiental nos diversos órgãos




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municipais para promover integração de ações em qualquer das secretarias envolvidas em obras e ações de intervenção no município;

3) Políticas de proteção do ar, da água e do solo, incidindo na qualidade de vida da população,

4) Estabelecimento de modais de transporte urbano que privilegiem a economia no uso de combustível e a alteração da matriz energética dominante para combustíveis com menor Impacto Ambiental;

5) A aprovação de Políticas de Gerenciamento de Resíduos (sejam sólidos, efluentes e esgotos ou resíduos gasosos);

6) A resolução dos problemas vividos em função da condição do Aterro Municipal e da estação de Tratamento de Esgotos;

7) A rediscussão, aperfeiçoamento e aplicação do Plano Diretor vigente, o atendimento às medidas previstas no Programa do Município Verde-Azul da Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo;

8) A introdução de Educação Ambiental nos currículos escolares do Ensino Fundamental e Médio no município.

9) Aprovação do Código de Meio Ambiente do Município de Araras (1ª verão).




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Grupo 7 – Gestão Ambiental Rural Coordenação: Prof. Dr. Manoel Baltasar Batista da Costa - UFSCar Participantes: Prof. Dr. Carlos Armênio Khatounian (Esalq) Prof. Dr. Abelardo Gonçalves Pinotti (Cati) Temas: Manejo sustentável dos recursos naturais (solo,

flora, água e fauna) nos territórios rurais; Produção de alimentos de elevado valor biológico e isentos de agrotóxicos; Autosuficiência alimentar municipal; Valorização da agricultura familiar.

Síntese das Discussões e recomendações finais:

Inicialmente foi feito um relato histórico da extensão da aplicação da Gestão Ambiental no Ambiente Rural no Brasil e, em São Paulo, pela CATI*, seu engajamento na promoção dos paradigmas da revolução verde, a abrangência das temáticas afetas ao meio rural e como está a extensão rural hoje, não só sob responsabilidade da CATI, mas envolvendo todos os atores e agentes sociais relacionados ao ambiente rural.

A gama de áreas envolvidas, questões relacionadas e ações necessárias ao desenvolvimento rural (gestão ambiental, sistemas de produção, saneamento, sistema viário, comunicação, qualidade das moradias, dentre outros) que interferem na esfera da recuperação ambiental de solo, água, matas ciliares e reservas legais, reforçam a importância do trabalho integrado em micro bacias e a adoção de metodologias participativas na condução das ações junto com os agricultores.

Foi comunicado que está em fase de implantação a priorização da organização dos agricultores em seus processos de comercialização da




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produção, o que é detectado como o maior problema dos pequenos e médios agricultores paulistas na atualidade. Conclusões do Grupo de Trabalho – Gestão Ambiental Rural

As funções da agricultura na estrutura sócio-produtiva humana englobam desde as clássicas: produção de alimentos, fibras, energia, renda, ocupações, até aquelas funções formuladas mais recentemente, como a captura de carbono, o lazer, a identidade cultural e a segurança alimentar.

A escala de produção atual, as exigências da agro-indústria e as externalidades da agricultura, aliadas à necessidade de uma tecnologia melhor para minimizar os problemas causados pelo padrão atual de produção e uso dos espaços agrícolas destacam como principais conseqüências negativas (ou Impactos Ambientais) o desmatamento, a erosão, o veneno agrícola, além de mudanças na estrutura hídrica superficial.

Destaca-se assim a importância da população rural e da cultura do rural, que na atual conjuntura sofrem um processo de aculturação e um processo de urbanização, envelhecimento e masculinização.

Com esse quadro delineado, questões novas são levantadas, buscando modos de produção alternativos e uma nova estruturação do campo, enfocando a necessidade se implantar uma agricultura sustentável, usando dos recursos metodológicos da Agroecologia, passando pela agricultura orgânica. Propostas

Foram apresentadas na discussão do grupo várias proposições, algumas delas mais afetas a outros grupos de discussão, que também vão relatadas abaixo. Pode-se sintetizar uma série de preocupações com a agricultura familiar, e outras mais centradas no empresariado rural. A - Na esfera da agricultura no município foram propostas:

1) A Criação efetiva de Secretaria do Meio Ambiente;




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2) A elaboração de Políticas Públicas voltadas ao Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;

3) Incentivar a educação infantil quanto à importância da alimentação orgânica e da valorização da vida no campo;

4) Pesquisar o consumo de alimentos no município de Araras e a origem dos produtos, bem como a aptidão do município para que busque produzir seus próprios alimentos;

5) Estimar/fomentar o empreendedorismo voltado à agricultura e meio ambiente;

6) Fomentar a adoção de Assistência Técnica de concepção agro-ecológica aos Agricultores;

7) Recomendar que o Poder Municipal de Araras priorize em sua ação a preocupação com a sustentabilidade e a geração de energia renovável;

8) Incentivar o cultivo da cana-de-açúcar orgânica, propondo métodos de produção para reduzir os Impactos Ambientais;

9) Fiscalizar intensivamente o uso de agrotóxicos no município e a qualidade dos recursos hídricos no tocante a resíduos químicos;

10) Empenho do município na negociação com os médios e grandes produtores visando à superação dos problemas com uso de agrotóxicos e a erradicação das queimadas, fazendo com que os mesmos adotem medidas de adequação florestal concernente às áreas de preservação permanente (APPs) e às Áreas de Reserva Legal (ARLs);

B – No âmbito da agricultura familiar foram propostos:

11) Estimular a organização dos pequenos e médios agricultores; 12) Promover cursos técnicos e de gestão ao Pequeno Agricultor; 13) Formação técnica dos pequenos e médios agricultores para

que promovam alterações nos métodos de produção em prol da sustentabilidade;




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14) Disseminação do Saneamento básico rural para os pequenos produtores;

15) Criação de Espaços Municipais de venda de produtos orgânicos direto ao consumidor – Feira do Produtor Rural;

16) Criar subsídios para a cultura orgânica estimulando o consumo de produtos ecológicos plantados pelo pequeno agricultor;

17) Promover o acesso e estimular o conhecimento das pesquisas e informações oriundas de instituições universitárias e centros de pesquisa, além de apoio para a independência de decisões e autonomia dos Pequenos Agricultores;

18) Encaminhar demandas aos centros universitários para discussões e desenvolvimento de projetos com soluções para a agricultura familiar;

C – Propostas relativas a outros Grupos:

19) Resgate dos patrimônios históricos e turísticos rurais, incentivando o ecoturismo;

20) Promover reuniões entre pequeno-médios empresários e grandes indústrias para negociação de metas e objetivos, como redução/eliminação do despejo de efluentes industriais (agrotóxicos, substâncias químicas e resíduos contaminantes), o gerenciamento de resíduos sólidos e emissões atmosféricas, buscando conjuntamente encontrar alternativas com menor Impacto Ambiental.




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Grupo 8 – Gestão Ambiental Urbana Coordenação: Profª Dra. Roseana Corrêa Grilo - Unar Participantes: Profª Dra. Sâmia Maria Tauk Tornisielo (Unesp) Prof. Dra. Sandra Elisa Contri Pitton (Unesp) Temas: Problemas Ambientais Urbanos: qualidade ambiental e de vida

Cidades Sustentáveis Usos e abusos do território: urbanização, qualidade

ambiental, rumo ao desenvolvimento sustentável? Crédito de carbono, gestão para recuperação e tratamento de água; descontaminação do solo, impermeabilização do solo, poluição sonora, recuperação da paisagem, incentivos fiscais, campanhas de conscientização.

Propostas do Grupo de Trabalho 8 – Gestão Ambiental Urbana 1. Criar legislação para resolver o problema da poluição da água

pelos postos de gasolina; 2. Lei para criar Parques Lineares, um “Cinturão Verde” no entorno

da cidade de Araras com ciclovia e diagonais para facilitar a locomoção;

3. Mobilidade Urbana: criação de ciclovias no espaço urbano. 4. Lei e fiscalização sobre a poluição sonora (impedir ter som nas

lojas do comércio);

5. Implementação de Usina de Compostagem e cooperativa de reciclagem dos resíduos sólidos;

6. Exigir através de lei que as novas calçadas e passeios ecológicos permeáveis;

7. Estação de Tratamento de esgoto eficiente (Sistemas Construídos de Áreas Alagadas (Wetlands);




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8. Plantio de árvores nativas nas margens das avenidas que tem curso de rio;

9. Propor para elaboração de lei para Implantação de novo cemitério seguindo a legislação e as medidas necessárias para não poluir o lençol freático;

10. Através de Plano de Arborização exigir o plantio para aumentar as áreas verdes para garantir a qualidade de vida;

11. Criação através de Lei de Eco-Pontos na cidade para resíduos sólidos;

12. Criar regulamentação para Outdoors; 13. Implantar iluminação com e lâmpadas econômicas e capacidades

de 14. Através de Lei cobrar a implantação de coleta de água pluvial em

novas residências e condomínios e premiar o dono com abatimento no IPTU;

15. Propor a instalação de aquecimento solar nas residências com abatimento no IPTU para quem instalar.

16. Propor Controle de Pragas Urbanas transmitidas por pombos, cupins, formigas etc.;

17. Revitalizar a área do lago e entorno ( área do antigo zoológico) 18. Prefeitura abater o imposto do IPTU para os moradores de casas

com construção sustentáveis, com uso de materiais sustentáveis; 19. Readequação do transporte coletivo; 20. Rever sistema de canalização e distribuição de água para evitar

perdas; 21. Colocar mais lixeiras na cidade; 22. Rever regulamentação de moto – taxi; 23. Criação de um site sobre questões ambientais de modo que a

Prefeitura divulgue como estão implantados os projetos e seu cumprimento.




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Este caderno teve a supervisão do Comdema – Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Araras; Saema – Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Araras e seu Departamento de Meio Ambiente, e do jornalista Rafael Faria, atual secretário de Comunicação Social e Institucional da Prefeitura de Araras e coordenador da 1ª Conferência Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Araras.

Araras, 5 de maio de 2010 5 de maio – Dia Mundial do Meio Ambiente

Dr Heitor Siqueira Sayeg Presidente do Comdema

Raul de Barros Winter Diretor de Meio Ambiente

Carlos Cerri Junior Presidente do Saema

Rafael Faria Coordenador da Conferência

caderno de conclusÃocaderno de conclusão 1ª conferência municipal de meio ambiente e...

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