caderno de avaliaÇÃo - ministério do turismo · junqueira, jardim da independência, praça da...

1

Caravana Brasil Nacional Caderno de Viagem

CADERNO DE

AVALIAÇÃO

CARAVANA BRASIL

CORUMBÁ/MS

15 a 18 de maio de 2010

Apoio institucional

Realização

2


3


MINISTÉRIO DO TURISMO

Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, Ministro de Estado

Secretaria Nacional de Políticas de Turismo

Carlos Alberto da Silva, Secretário

Departamento de Promoção e Marketing Nacional

Márcio Nascimento, Diretor

Jurema Monteiro, Coordenadora-geral de Eventos e Apoio à

Comercialização

BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de

Turismo

José Eduardo Barbosa – Presidente

Monica Eliza Samia – Diretora Executiva

Daniela Sarmento – Coordenadora Geral

Leandro Queiroz – Supervisor Técnico

Lilian La Luna – Supervisora Comunicação

Nivea Lima – Supervisora Operacional

Carolina Neves – Equipe Técnica

Sylvio Campos – Equipe Técnica

Consultores

Adrian Alexandri

Eduardo Cecchini

Simone Scorsato

4


SUMÁRIO

CARAVANA BRASIL_____________________________________ 5

CORUMBÁ ____________________________________________ 7

OFICINA DE CAPACITAÇÃO ______________________________ 8

VIAGEM TÉCNICA CORUMBÁ ____________________________ 12

AVALIAÇÃO DO DESTINO ______________________________ 15

PRODUTOS E SERVIÇOS _______________________________ 21

PÚBLICO ALVO _______________________________________ 23

PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO _______________________ 24

ENCONTRO DE CONHECIMENTO E AVALIAÇÃO _____________ 27

CONSIDERAÇÕES FINAIS ______________________________ 31

5


CARAVANA BRASIL

O projeto Caravana Brasil, realizado pela Embratur desde 2003, teve como principal meta incentivar a comercialização de novos produtos turísticos brasileiros nos mercados nacional e internacional. Com isso, de forma geral, ampliou-se também a oferta turística brasileira. Foram realizadas 100 caravanas para quase 450 destinos, com a participação de cerca de 900 profissionais formadores de opinião, operadoras de turismo nacional e internacional, além da imprensa.

A partir de 2007, o Ministério do Turismo e o Sebrae firmaram uma parceria com a Braztoa para realizar a Caravana Brasil Nacional, que seguiu as mesmas linhas conceituais do projeto original. Buscou, no entanto, incorporar novas características a fim de se adaptar com mais eficiência ao mercado atual.

Os bons resultados fizeram que, em 2009, se renovasse a parceria entre Ministério do Turismo e Braztoa para a realização da edição 2010 da Caravana Brasil Nacional.

O projeto realizou, em 2008 e 2009, 12 viagens técnicas com agentes de viagens e operadores de turismo e 07 viagens exclusivamente com operadores de turismo, além de 02 caravanas com agentes de viagens para eventos nacionais. 408 agentes e 93 operadores foram contemplados. Houve ainda a ampliação em 36,5% na divulgação de produtos e novos roteiros dos destinos visitados pelos operadores.

Nesta edição, o projeto realiza:

1- Viagens com Agentes de Viagem e Operadores de Turismo, nas quais Agentes e Operadores conhecem melhor os destinos já comercializados;

2- Viagens com Operadores de Turismo, nas quais os participantes conhecem novos destinos com a finalidade de diversificar sua “cesta de produtos”;

3- Viagens com Agentes de Viagem, nas quais os participantes visitam feiras e/ou eventos comerciais de destaque do setor;

4- Viagens com Jornalistas, nas quais os participantes conhecem os resultados de ações do Ministério do Turismo em destinos já visitados em edições passadas, assim como a inserção desses roteiros nos catálogos dos operadores que participaram das viagens.

A Caravana Brasil Nacional promove ainda:

1- Capacitação para os fornecedores locais dos destinos visitados, a fim de melhor prepará-los para atender Agentes de Viagem e Operadores de Turismo, bem como adequar seus

6


produtos às necessidades do mercado. Esta ação acontece durante a viagem precursora em que representantes do projeto visitam o destino para a validação do roteiro final.

2- Encontros de Negócios, que são encontros entre Operadores de Turismo, Representantes Institucionais e Fornecedores Locais, e possibilitam a convergência de interesses e o estabelecimento de negócios. Esta ação acontece durante as viagens com Operadores de Turismo.

3- Encontros de Conhecimento, que propõem a apresentação do destino de forma diferenciada para Operadores e Agentes. Esta ação acontece durante as viagens entre Operadores de Turismo e Agentes de Viagem.

4- Encontro de Avaliação que acontece na viagem técnica junto aos Encontros de Negócios ou Conhecimento onde o destino e participantes discutem suas percepções, visões e ações de mercado.

5- Resultados das Avaliações, que constitui o encaminhamento para o destino de um Caderno de Avaliação contendo a consolidação dos resultados da avaliação aplicada junto aos Operadores de Turismo e Agentes de Viagem e daquela realizada com fornecedores e representantes institucionais locais.

O projeto Caravana Brasil Nacional pretende, com suas ações, desenvolver o mercado turístico nacional de forma geral. As ações realizadas, então, constituem uma importante ferramenta para acompanhar essas mudanças e proporcionar conhecimento qualificado aos profissionais envolvidos nesse setor, um importante gerador de divisas do país.

7


CORUMBÁ

Grupo de empresários participantes da Caravana

Foto: Arquivo Braztoa

Visita aos atrativos - Passeio de barco


8


OFICINA DE CAPACITAÇÃO 07 de abril de 2010

Capacitação Corumbá

Durante a viagem precursora ao destino foi realizada a Oficina de Capacitação para os empresários locais. O foco central da oficina é a preparação dos fornecedores locais para receber na viagem técnica os agentes de viagem e operadores de turismo, além de, propiciar a todos os participantes por meio de exercícios e dinâmicas de integração, reflexão sobre a hospitalidade do destino, o turista e suas expectativas, produtos e segmentos, as possíveis ferramentas de promoção, comercialização e distribuição do produto turístico e a elaboração de tarifários.

A Oficina de Capacitação foi realizada na cidade de Corumbá, tendo a participação de representantes de empresas e de instâncias de governança local. Ao todo participaram 48 representantes de empresas e instituições locais de diferentes setores conforme tabela abaixo:

Empresas e Instituiçoes

Representantes

1 Agencia de Viagens Nancy Proença

2 Águas do Pantanal Luiz Ricardo Rocha

3 Aqui MS Juliana G. Gonzalez

4 Avalom Grill Geraldo Albaneze

5 Candeias Gold Fish Fábio Juliano Leal

6 Carmen Fitzgerald Hotel El Dorado

7 Centro de Convenções Angelina M de B. Baruki

8 Centro de Convenções Patrícia Acioly

9 Corumbá Hostel Suellen R. J. Gomes

10 Fundação Barbosa Rodrigues

Marta Santos

11 Fundcultur Jacqueline F. de Moura

12 Fundcultur Katiusca G. Marquez

13 Fundtur/MS Erica Alves Correa

14 Fundtur/MS Tânia Silva

15 Hote Gold Fish Jacqueline C. Varanis

16 Hotel Laura Vicunha Carlos Maciel

9


17 Instituto Homem Pantaneiro

Ray

18 Instituto Homem Pantaneiro

Rubens de souza

19 Joicetur Carmen Luci Balbueno

20 Joicetur Eranlidia Varanis

21 Joicetur Joice Carla S. Marques

22 Joicetur Regina Ferreira

23 Lenir Alencar Peinado Lenir Alencar Peinado

24 LMC Martins Ernesto José Vieira Neto

25 LMC Martins Lincoln Kobaiassi

26 Nacional Palace Marilange Esnarriaga

27 O Pantaneiro Daniela Hipólito de Souza

28 O Pantaneiro Turismo Natalia Leal Capillé

29 Olivertur Francisco Pedroso

30 Olivertur Jayme Vieira Gomes

31 Olivertur Ruth Pedrosa

32 Pantur Adriana Ribeiro

33 Paulo C. de Oliveira Paulo Carneiro

34 Prefeitura Municipal de Corumbá

Clovis Toledo Neto


Carlos A. P. Porto


Sandro Asseff


Waldirlena P. Pimenta

38 PMC/Sup. de Turismo Carlos Augusto Espíndola

39 PMC/Sup. de Turismo José de Carvalho Junior

40 PMC/Sup. de Turismo Lauther S. Serra

41 Prefeitura de Ladário Mirelle Bueno

42 Raqueltur Raquel Amaral Ribeiro

43 Restaurante Miguéis Amanda Miguéis

44 Restaurante Miguéis Marcelo Miguéis

45 Sebrae Helenemarie Fernandes

46 Sup. De Turismo Adolfo Aguilar Jr.

47 Viptur Viagens e Turismo Fátima A. M. de Andrade

10


48 Viva Bella Gean Franco Scotti

Capacitação com fornecedores e instituições locais


11


Na Oficina de Capacitação foram desenvolvidos dois tipos de exercícios:

Exercício 1: Análise do destino nos aspectos da Hospitalidade.

De preenchimento individual, este exercício possui o objetivo de avaliar elementos e características do destino que possam representar indicadores de hospitalidade do lugar. Cada participante avaliou por meio de notas o nível de excelência para elementos/situações e/ou serviços que representem a grau de hospitalidade do lugar.

Exercício 2: Análise de produto, mercado e segmento.

Exercício em grupo que tem por objetivo identificar na percepção dos empresários locais quais são os produtos mais importantes no destino e para qual público é oferecido. Os grupos avaliaram por meio de valores de referência o grau de excelência do produto.

Valores de referência

3 – Indicadores na média considerados excelentes (ótimo). 2 – Indicadores na média considerados satisfatórios (bom).

1 – Indicadores na média considerados pouco adequados (regular).

0 – Indicadores na média considerados insuficientes, inexistentes ou ruins. (ruim).

Valores de referência

3 – Excelente: ótima qualidade de serviços e estrutura ofertada ao turista, superando a expectativa do cliente.

2 – Bom: estrutura e serviços funcionais e de qualidade no

atendimento das necessidades dos turistas. 1 - Regular: estrutura e serviços atendem de maneira regular

as expectativas dos turistas. 0 – Precário: insuficiência e/ou deficiência nos serviços prestados/apresentados para seu uso turísticos.

12


VIAGEM TÉCNICA CORUMBÁ

15 a 18 de maio de 2010

A viagem técnica aconteceu seguindo o seguinte roteiro:

15 de maio (sábado)

Corumbá

Transfer de chegada no aeroporto.

Almoço: Restaurante Rodeio.

City tour: Cristo Rei de Pantanal (Morro São Felipe), Forte Junqueira, Jardim da Independência, Praça da República, Casa de Cultura Luiz de Albuquerque.

Visitação aos atrativos: Estação Natureza (Fundação O Boticário), Muphan (Museu do de História do Pantanal) e Casario do Porto.

Check-in no Barco Hotel Antares com jantar e pernoite até o Porto da Manga.

16 de maio (domingo)

Corumbá

Café da manhã no barco hotel.

Visita a atrativo: passeio de barco.

Descida do barco hotel (check-out).

Passeio na Estrada Parque até Fazenda São João

Visitas técnicas: Fazenda São João com cavalgada e almoço, pousada Santa Clara e Passo do Lontra Park Hotel com caminhada e passeio de barco.

Retorno para Corumbá.

Check-in no Hotel Nacional Palace.

Jantar no Restaurante Varanda Grill.

17 de maio (segunda-feira)

Corumbá

Café da manhã no hotel.

Visita a atrativo: Passeio de barco com vista do Rio Paraguai para Corumbá e Ladário.

Visitas técnicas: Barcos hotéis Kalypso e Netuno.

13


Visita a atrativo: Casa do Massabarro.

Almoço: Restaurante Sarã.

Visitas técnicas: Hotéis Sta. Monica Palace e Gold Fish.

Visita aos atrativos: Casa do Artesão e ARTIZU (Casa de Izulina Xavier).

Retorno ao Hotel.

Jantar com Encontro de Conhecimento e Avaliação - Centro de Convenções do Pantanal.

18 de maio (terça-feira)

Corumbá

Café da manhã.

Manhã livre.

Check-out e transfer de saída.

Almoço no Restaurante Rodeio.

Saída para aeroporto. PARTICIPANTES:

AGENTES DE VIAGENS

EMPRESA REPRESENTANTE CIDADE/UF

ACA Viagens Francisco Luiz de Goes

São Paulo/SP

Dinatur Symone Maria De Aquino Borges Catalao/GO

Mariwal Viagens Waldemar Wojciuk Jr. Recife/PE

Praia Secreta Expedições

Kamila Marins de Andrade Curitiba/PR

RJ Turismo Cleusa Ramos de Oliveira Rio de Janeiro/RJ

Safari Viagens Antonio Vilela Jr. Belo Horizonte/MG

Tahuana Turismo Tania Kobel Nocentini Ribeirão Pires/SP

World Tour Portal Gilberto Santos de Oliveira

São Luis/MA

14


OPERADORES DE TURISMO

EMPRESA REPRESENTANTE CIDADE/UF

Easygoing Fernanda Ribeiro da Silva Albino São Paulo/SP

MGM Operadora Turística

Fabrício Tiago Krainer José Maringá/PR

REPRESENTANTES INSTITUCIONAIS

INSTITUIÇÃO REPRESENTANTE CIDADE/UF

Braztoa Lilian La Luna São Paulo/SP

Ministério do Turismo Marcelo Ribeiro Brasília/DF

15


AVALIAÇÃO DO DESTINO

As atividades propostas na oficina de capacitação tiveram como objetivo analisar o olhar e a percepção dos empresários locais (fornecedores) sobre seu destino.

Esta metodologia possui como objetivo propiciar, quando possível, referenciais de comparação entre estes dois olhares (fornecedor x participantes da Caravana).

Os indicadores possíveis de análise comparativa se referem à hospitalidade do destino, especificamente ao acesso, identidade (diversidade de oferta para os operadores/agentes), legibilidade, hospitalidade comercial (atendimento e prestação de serviços para os operadores/agentes) e notoriedade (ações de comercialização).

Para melhor compreensão estes indicadores possuem em seu conceito as seguintes definições:

Por acesso entendeu-se o grau de facilidade com que o destino e seus produtos podem ser acessados. Aqui a avaliação se refere aos meios de transporte que trazem o turista ao destino e ao grau de mobilidade que se tem dentro do destino, qualidade dos transportes turísticos, e estado de conservação de estradas.

Legibilidade caracteriza a facilidade com a qual as partes da cidade podem ser visualmente apreendidas, reconhecidas e organizadas de acordo com uma imagem coerente. A cidade torna-se mais hospitaleira na medida em que o usuário a “lê” com mais facilidade e nesta questão se incorporam a análise do desenho urbano, a orientação e a sinalização, a existência de espaços públicos como praças, áreas de lazer e a conservação destes espaços.

O item identidade está relacionado ao grau de experiência que o turista pode ter no destino por meio da interpretação dos hábitos, costumes, história e memória do lugar, bem como, se os prestadores de serviço e a comunidade local valorizam e incorporam os aspectos históricos e culturais naquilo que oferecem aos turistas.

Por hospitalidade comercial analisou-se a diversidade e a qualidade na prestação de serviços turísticos, ou seja, a possibilidade do destino de possuir uma gama abrangente de produtos e serviços a serem ofertados aos turistas, onde também se insere a qualificação de mão obra local, as ações cooperadas entre os empresários locais e a política comercial destes prestadores de serviços para com empresas do setor de agenciamento e transporte.

16


Já por notoriedade, considera-se o grau de conhecimento do destino pelo mercado, além das ações que objetivam levar informação qualificada ao mercado e ao turista como a comunicação virtual, participação em feiras, existência de roteiros promocionais, etc.

De forma detalhada como citado nos conceitos acima os fornecedores locais avaliaram seu destino, já o operador/agente analisou estes tópicos de maneira mais objetiva.

Para comparar estes dois olhares, a tabulação dos instrumentos de avaliação teve como referência os critérios (médias) conforme tabela abaixo:

Operadores e agentes Fornecedores (média)

Ótimo acima de 2,25

Bom de 1,5 à 2,25

Regular de 0,75 à 1,49

Ruim abaixo de 0,75

17


HOSPITALIDADE

Na oficina de capacitação, os fornecedores do destino, realizaram a avaliação dos aspectos correspondentes a hospitalidade no exercício 1. As notas variaram de regular a bom, tendo a hospitalidade média geral de 1,47 (REGULAR). A melhor média foi no quesito identidade com 2,13 (BOM) ficando os itens Notoriedade (1,43), Acesso (1,43) e Hospitalidade Comercial (1,45) com as menores notas.

Na viagem técnica participaram 8 agentes de viagens, 2 operadores de turismo e 2 representantes institucionais (Braztoa e Mtur), totalizando o grupo com 12 pessoas. Cabe ressaltar que a avaliação foi realizada por 11 integrantes do grupo, excluindo o representante da Braztoa.

18


Como hospitalidade a cidade de Corumbá recebeu 6 citações de “Ótimo”, 3 citações de “Bom” e duas citações de “Regular”.

O acesso a Corumbá teve, seis indicações “BOM”, três de “Ótimo” e duas de “Regular”, conforme comentário escrito nas fichas de avaliações respondidas pelos participantes da viagem técnica.

“O destino Corumbá “pantanal” oferece acesso fácil com vôos de toda a parte do Brasil. O aeroporto possui boa infra-estrutura para o porte da cidade”

O tema legibilidade também teve avaliações de ótimo a regular, sendo 2 citações de “Ótimo”, 6 de “Bom” e 3 de “Regular”.

19


Em relação à identidade, a avaliação se mostra positiva com 6 indicações de “Ótimo” e 4 indicações de “Bom”, indo ao encontro com a avaliação dos fornecedores locais, sendo o item identidade o melhor avaliado pelos Corumbaenses. Sobre esta análise cabe ressaltar comentários dos participantes:

“A cultura pantaneira é muito bem representada pela população local ...” “O destino pantanal sul matogrossense é riquíssimo em se tratando de belezas naturais, diversidade e ecoturismo”. “Corumbá surpreendeu pela sua rica história e cultura ...”

20


No que tange ao atendimento (considerado aqui como a cordialidade, a qualidade de atendimento dos hotéis, passeios e demais equipamentos visitados) e a prestação de serviços ao turista, Corumbá também teve boas avaliações, com 5 indicações de “Ótimo” e 5 indicações de “Bom”, ressaltando neste caso os seguintes comentários:

“Os empresários do setor estão se mobilizando para melhorar a quantidade e a qualidade dos passeios, para ampliar o atendimento ao público geral ... “. “Barco hotéis são bem equipados e possuem conforto”.

Já sobre notoriedade, aqui considerado como o grau de conhecimento do destino pelo mercado, Corumbá teve oito citações de “Regular” o que demonstra que o destino necessita de ações de promoção e marketing para melhorar sua imagem e ter reconhecimento pelo trade turístico como destino turístico. Os dados apresentados acima refletem o comentário de um participante:

“A divulgação do destino no mercado nacional é muito fraca, logo, o público nacional assimila somente o pantanal com o destino Bonito, não tendo o conhecimento que Corumbá se dispõe a ser: a capital do pantanal”.

21


PRODUTOS E SERVIÇOS

Para avaliação de produtos, os participantes da oficina de capacitação, em grupo de até 5 pessoas de diferentes setores (no total 6 grupos), foram convidados a identificar e avaliar por meio de notas os principais atrativos/produtos do destino no exercício 2 - Análise de produto, mercado e segmento. O objetivo era verificar aqueles produtos mais lembrados espontaneamente e a forma que são avaliados (precário, regular, bom ou excelente). Percebe-se na avaliação uma diversidade de produtos/atrativos o que demonstra a potencialidade do destino em formatar novos produtos para o mercado, conforme demonstra a tabela:

PRODUTOS CITADOS AVALIAÇÃO

Calendário de eventos: carnaval, São João, Festival

Excelente

Pantanal Excelente

Mergulho no Rio Neguinho Excelente

Passeio Fluvial Excelente

Museu Histórico do Pantanal Excelente

Pesca - Rio Paraguai Excelente

City tour - centro Bom

Compras na fronteira com a Bolívia

Bom

Centro de Convenções Bom

Fundação Boticário Bom

Estrada Parque Regular

Casario do Porto Regular

Bolívia Águas Calientes Regular

Esporte radical Regular

Fazendas Pantaneiras Regular

Morro São Felipe "Cristo Rei" Regular

Pode-se comparar a avaliação de produtos com a avaliação feita pelos agentes e operadores sobre a diversidade de oferta do destino, aqui considerada como diversidade de atrativos, hotéis, restaurantes e receptivos local. Embora Corumbá possua uma diversidade de atrações, para os agentes e operadores esta diversidade necessita ser organizada em produtos conjugados, por exemplo, conjugar o barco hotel com ecoturismo, conforme demonstra o gráfico e os comentários dos participantes:

22


“Acho que seria interessante a integração dos fornecedores para ofertar produtos novos com opções de pacotes conjugados, por ex. barco hotel + ecoturismo = pacote de 7 dias”

Já em relação ao entendimento de quais segmentos turísticos os produtos acima estão relacionados e já ocorrem no destino, foi unanimidade o turismo de pesca, seguido o ecoturismo. Na opinião do empresariado e institucional local, os segmentos potenciais com destaque nas citações foram: ecoturismo, turismo de negócios e eventos, turismo rural, aventura, estudos, saúde e turismo cultural.

FORNECEDORES LOCAIS

SEGMENTOS REAIS SEGMENTOS POTENCIAIS

Pesca Ecoturismo

Negócios e eventos Negócios e eventos

Ecoturismo Rural

Aventura

Estudos

Saúde

Cultural

23


PÚBLICO ALVO1

Em relação ao público alvo potencial, as agências e operadoras participantes da viagem técnica destacaram casais, solteiros, famílias, estudantes, melhor idade e público interessado em ecoturismo, o que justifica que o destino pode receber diversos perfis de público.

Esta visão sobre o público alvo é consensual pelo empresariado e institucional local que destacaram como público real os pesquisadores e como público potencial segmentos como grupos de estudantes/jovens, solteiros, famílias, casais, melhor idade e estrangeiros.

FORNECEDORES LOCAIS

PUBLICO ALVO REAL

PÚBLICO ALVO POTENCIAL

Família Estudantes/jovens

Solteiros Solteiros

Melhor Idade Casais

Grupos de amigos Melhor Idade

Família

Estrangeiros

1 Item avaliado por 10 participantes (operadores e agentes).

24


PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO2

A avaliação das ações de promoção e comercialização teve como objetivo identificar a visão dos agentes de viagem e operadores de turismo novas e reais possibilidades de negociação com o destino.

A primeira questão se refere à possibilidade de estabelecer contatos futuros, tendo 100% das respostas afirmativas como se vê no próximo gráfico:

Nota-se também que o objetivo do projeto foi alcançado já que a maioria dos participantes identificou novas oportunidades de comercialização. Em relação à imagem do destino, ou melhor, se a visita possibilitou mudar a imagem do destino para os participantes, de todos, somente 1 pessoa avaliou que sim, no entanto de forma parcial.

2 Item avaliado por 10 participantes (agentes e operadores).

25


Sobre a promoção e comercialização, os participantes foram questionados sobre a percepção do esforço de promoção do destino por parte do destino, e ainda se oferece novas oportunidades de comercialização.

Apesar da maioria dos participantes avaliarem de forma positiva, os resultados sugerem que há algo a ser feito em relação às ações de promoção e comercialização, conforme comentário de participante da viagem técnica:

“Acredito que a comercialização do pantanal é muito maior do que a divulgada”.

Também no quesito distribuição, os participantes entenderam que ainda são poucos os esforços dos empresários locais em adequarem-se às necessidades de vendas pelos canais de distribuição (agentes e operadores).

26


Finalmente, os participantes foram questionados sobre a adequação dos preços para o público consumidor sendo as respostas parcialmente positivas o que se sugere que este tema deva ser repensado pelos empresários locais.

“O destino tem preço de pacotes caros em comparação aos serviços oferecidos ...”

27


ENCONTRO DE CONHECIMENTO E AVALIAÇÃO

O Encontro de Conhecimento aconteceu no dia 17/05 no Centro de Convenções do Pantanal em Corumbá.

A programação do encontro teve início com a entrega de kits promocionais pelos fornecedores e instituições locais e boas vindas do superintendente da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal. A fim de apresentar um pouco da cultura pantaneira a abertura contou com a apresentação de um grupo de dança local e na seqüencia foi apresentado um vídeo sobre o destino Corumbá demonstrando um pouco mais de sua história, cultura e atrativos naturais.

O encontro contou com a presença de cerca de 40 pessoas, sendo 12 participantes da viagem técnica do projeto Caravana e o restante, empresários de Corumbá e representantes institucionais.

O Diretor-presidente da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal reforçou em sua fala a importância do turismo para a cidade e os esforços para se desenvolver um turismo profissional e sustentável, uma vez que as belezas da paisagem pantaneira e sua cultura, consagram a diversidade do Pantanal e a possibilidade de diversidade e competitividade dos produtos turísticos locais.

Ao término da apresentação iniciou-se a avaliação do destino, com a apresentação de todos os presentes e em seguida os empresários da Caravana iniciaram as discussões sob os seguintes tópicos:

Perfil do Turista atual,

Análise da oferta,

Precificação,

Novos públicos a serem trabalhados.

Sobre o perfil do turista atual, os agentes e operadores ressaltaram que a procura é somente por turismo de pesca. Quanto ao destino, o empresariado local destacou a existência do ecoturismo e mochileiros que não buscam turismo de pesca e sim a diversidade do pantanal.

A análise da oferta pelos agentes e operadores ressalta que a oferta é boa e variada, porém pouco divulgada, pois quem procura o pantanal não associa este bioma/destino com a cidade de Corumbá havendo pouca informação na mídia sobre o destino, especificamente:

28


Os produtos existentes (formatados) não chegam às agências e operadoras, o que dificulta o trabalho com o público final.

Há a necessidade de integrar roteiros para a diversificação do produto.

O transporte até o local encarece o pacote – passagem aérea Campo Grande/Corumbá.

Necessidade de trabalhar em parceria para auxiliar na formatação e divulgação dos produtos.

O público final desconhece a diversidade do pantanal.

Os pacotes apresentados são voltados mais para turistas estrangeiros. Devem-se trabalhar os produtos considerando o perfil do turista brasileiro.

Já pela avaliação dos fornecedores locais existe oferta e demanda para os circuitos existentes no destino, como os roteiros históricos e de pesca e ecoturismo (separados e integrados). No entanto, o empresariado destacou a indisponibilidade de barcos-hotéis para o desenvolvimento de roteiros integrados (barco x ecoturismo) e ainda a existência de outros roteiros e atrativos não visitados durante a viagem técnica e que foram apresentados no Encontro de Conhecimento.

Sobre a precificação, os agentes e operadores avaliaram que a viagem possibilitou conhecer estruturas com preços acessíveis a diferentes públicos, no entanto, falta preparação dos fornecedores locais na elaboração do tarifário para diferentes clientes (público final, agência e operadora).

Para os fornecedores locais foi consensual a falta de preparo dos mesmos na elaboração do tarifário para diferentes clientes (público final, agência e operadora), embora, muitas empresas já trabalhem desta forma também.

Em relação a novos públicos a serem trabalhados, os agentes e operadores identificaram ser possível atingir diferentes públicos daqueles que são trabalhados atualmente, para isso é preciso ter produtos formatados com precificação adequada (política de comissionamento, tarifas balcão) e divulgação do mesmo para o público final.

Ao final, fornecedores e instituições do local argumentaram algumas opiniões e sugestões dos empresários e após este “debate”, todos foram convidados para um coquetel pantaneiro ampliando assim a possibilidade de estreitamento das relações comerciais.

29


O Encontro de Conhecimento foi avaliado pelos participantes da caravana: agentes, operadores e representante institucional do Mtur, conforme os gráficos apresentados a seguir:

No tocante ao modelo de apresentação do destino, as avaliações foram positivas na grande maioria e somente para um participante o encontro não atendeu as expectativas.

Já em relação a organização geral do encontro, este foi avaliado de forma bastante positiva.

Em relação ao grau de conhecimento do destino, 6 participantes identificaram terem conhecido novos atrativos após o encontro de conhecimento.

30


Desta forma, percebe-se que o projeto atingiu seu objetivo e, sobretudo, reforçou a necessidade e o desejo dos representantes do destino em apresentarem novos produto/serviços permitindo assim melhorar e diversificar a imagem de Corumbá.

31


CONSIDERAÇÕES FINAIS3

Como considerações finais foram avaliadas as respostas abertas de todos os participantes, enfocando os fatores satisfatórios e os fatores insatisfatórios do turismo no destino de Corumbá.

PONTOS SATISFATÓRIOS Citações

Diversidade do Pantanal 4

Produto Barco hotel/Rio Paraguai 4

Artesanato 3

Potencial para o ecoturismo 3

História e cultura 3

Interesse e vontade em melhorar os serviços 2

Fazendas pantaneiras 2

Hospitalidade 2

Aeroporto com boa estrutura 2

Culinária local 1

Percebe-se que a estrutura dos barco-hotéis e o potencial para o desenvolvimento do ecoturismo são fatores que se sobressaem perante outros conforme demonstra a tabela e o comentário de uma dos participantes:

“Os passeios realizados em barcos e voadeiras são muito bem explorados ... as fazendas também exploram bastante a cultura local em seus produtos”.

PONTOS INSATISFATÓRIOS Citação

Turismo/receptivo voltado somente para a pesca 6

Falta de divulgação/melhorar estratégia de marketing 5

Não há produtos conjugados (eco/pesca/cultural) 4

Melhorar os serviços hoteleiros 2

Melhorar atendimento 2

3 Avaliado por todos os participantes da viagem técnica.

32


Falta união dos fornecedores locais 2

Preço caro x serviço oferecido 1

Malha aérea 1

Informações dos guias 1

Já em relação aos aspectos insatisfatórios estes, na sua maioria, recaíram sobre a pouca diversidade de produtos formatados, estando Corumbá com foco em suas ações somente na pesca, além da pouca divulgação do destino.

E por fim, “Já é observado um esforço pelos empresários locais de se estruturar o destino para novos produtos”. “A comunidade local mostra-se emprenhada para o desenvolvimento de um turismo sustentável”.

Por tudo o que se avaliou neste documento, os objetivos do Projeto Caravana Brasil Nacional em Corumbá foram satisfeitos.

A oficina de capacitação parece ter propiciado reflexão coletiva suficiente à percepção dos representantes dos fornecedores e institucionais locais quanto a diversidade de produtos possíveis e ao potencial de hospitalidade e unicidade, já que possui um forte apelo em sua identidade, história e cultural local.

A aproximação entre fornecedores e os canais de distribuição ocorreu de forma satisfatória, uma vez que, os representantes locais compreenderam a real necessidade de compor novos produtos e fortalecer uma nova imagem do destino.

O desafio que se sugere vencer é o de formatar e utilizar adequados tarifários, além de diversificar ainda mais os produtos e promovê-los, já que, as possibilidades de se atingir consumidores específicos e segmentos reprimidos são reais.

Ampliar tanto a reflexão coletiva quanto a aproximação dos fornecedores com os canais de distribuição e, mais que isso, fazer com que isso ocorra com a máxima freqüência possível.

Os resultados positivos serão constantes.

É para o que se espera ter contribuído este projeto.

33


34


Apoio institucional

Realização

caderno de avaliaÇÃo - ministério do turismo · junqueira, jardim da independência, praça da...

Documents