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CADERNO DE ATIVIDADES Curso de Capacitação de Conselheiros Estaduais e Municipais de Saúde

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CADERNO DEATIVIDADESCurso de Capacitação de Conselheiros Estaduais e Municipais de Saúde

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Ministro de Estado da SaúdeBarjas Negri

Secretário de Gestão de Investimentos em SaúdeGabriel Ferrato dos Santos

Diretora do Departamento de Gerenciamento de InvestimentosRosani Evangelista da Cunha

Coordenação NacionalAntônio Ivo de Carvalho (ENSP/FIOCRUZ) - CoordenadorAna Maria Segall Corrêa (DMPS/FCM/UNICAMP)Antônio Alves de Souza (NESP/CEAM/UnB)Cornelis Johannes van Stralen (NESCON/UFMG)

Concepção PedagógicaAna Maria CostaAntônio Alves de SouzaAntônio Ivo de CarvalhoCornelis Johannes van StralenEduardo StotzGiovanni Gurgel AcioleMaria Helena Salgado BagnatoMariska Ribeiro Virgínia Torres Schall

ColaboradoresAdalgiza Balsemão AraújoAdriane PianowskiAna Maria Segall CorrêaClara de Assis Vale EvangelistaEdjanece Guedes de Melo RomãoEucilene Maia FrancoHeloisa Bearzoti PiresJoão de Deus Gomes da Silva Márcia Cristina Marques PinheiroMaria da Graça Silva XavierMaria Laura Sales PinheiroMaria Silvia Coutinho CarvalhalMarilia Coser Mansur MesquitaRafaela Cardoso FreireRegina Celi Nunes dos SantosRegina Helena Lemos Pereira BarbosaRicardo CeccimRosângela Maria Sobrinho SousaVanderléa Laodete Pulga DaronYara de Oliveira Corrêa

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MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria de Gestão de Investimentos em SaúdeDepartamento de Gerenciamento de Investimentos

CADERNO DEATIVIDADESCurso de Capacitação de Conselheiros Estaduais e Municipais de Saúde

Série F. Comunicação e Educação em Saúde

Brasília – DF

2002

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© 2002 – Ministério da SaúdeÉ permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.Série F. Comunicação e Educação em SaúdeTiragem: 50.000 exemplares

Contrato 031/2001 do Ministério da Saúde.Consórcio Executor do Projeto de Capacitação de Conselheiros Estaduais e Municipais de Saúde eFormação de Membros do Ministério Público e da Magistratura Federal no âmbito do Programa deApoio ao Fortalecimento do Controle Social no SUS, do Ministério da Saúde, por meio do ProjetoREFORSUS, a partir de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID:

Fundação de Ensino, Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Cooperação à Escola Nacional deSaúde Pública – FENSPTECFundação Universitária de Brasília – FUBRAFundação de Desenvolvimento da UNICAMP – FUNCAMPFundação de Desenvolvimento da Pesquisa – FUNDEP

Instituições partícipes da concepção e oferecimento do Curso de Capacitação de Conselheiros Estaduais e Municipais de Saúde:

Fundação Oswaldo CruzEscola Nacional de Saúde Pública

Universidade de BrasíliaNúcleo de Estudos em Saúde Pública / CEAM

Universidade Estadual de CampinasDepto. Medicina Preventiva e Social / FCM

Universidade Federal de Minas GeraisNúcleo de Estudos em Saúde Coletiva / FM

Elaboração, distribuição e informações:MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria de Gestão de Investimentos em SaúdeDepartamento de Gerenciamento de InvestimentosPrograma de Apoio ao Fortalecimento do Controle Social no SUS – PAFCSEsplanada dos Ministérios, bloco G, 1º andar, sala 110CEP: 70.058-900, Brasília – DFTel.: (61) 315 3464Fax: (61) 315 2774E-mail: [email protected]

Capa e ilustraçõesMiguel PaivaProjeto Gráfico e diagramaçãoDiego Paiva

IMPRESSO NO BRASIL / PRINTED IN BRAZIL

Catalogação na fonte – Editora MSFICHA CATALOGRÁFICA

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão de Investimentos em Saúde. Departamento de Gerenciamento de Investimentos.Caderno de Atividades: curso de capacitação de conselheiros estaduais e municipais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria deGestão de Investimentos em Saúde, Departamento de Gerenciamento de Investimentos. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

80 p.: il. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde)

ISBN 85-334-0603-7

1. Conselhos de Planejamento em Saúde. 2. Capacitação. 3. Saúde Pública. 4. SUS (BR). I. Brasil. Ministério da Saúde. II. Secretaria deGestão de Investimentos em Saúde. Departamento de Gerenciamento de Investimentos. III. Título. IV. Série.

NLM WA 541

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 6

INTRODUÇÃO 7

OFICINA 1 Os conselheiros de saúde e suas realidades 9

OFICINA 2 Os problemas de saúde da população e as políticas públicas 17

OFICINA 3 Sistema Único de Saúde e controle social 25

OFICINA 4 Participação e controle social 33

OFICINA 5 Planejamento em saúde:agenda, plano de saúde e quadro de metas 41

OFICINA 6 Planejamento em saúde:orçamento, financiamento e prestação de contas 53

OFICINA 7 O controle das políticas e ações do SUS:mecanismos de acompanhamento, avaliação e fiscalização 63

OFICINA 8 Agenda dos conselhos de saúde 73

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APRESENTAÇÃOO Programa de Apoio ao Fortalecimento do Controle Social no Sistema Único deSaúde é mais uma das iniciativas do Ministério da Saúde, por meio do ProjetoREFORSUS, para o aprimoramento da gestão e de políticas de saúde no País. Com ele,pretende-se aumentar a participação de importantes segmentos da sociedade nocontrole social do SUS.

Para tanto, o Programa conta com dois subprojetos. O primeiro é voltado à capaci-tação de Conselheiros Estaduais e Municipais de Saúde. E, o segundo, à formação demembros do Ministério Público e da Magistratura Federal em Direito Sanitário.

A capacitação dos Conselheiros de Saúde será implantada nacionalmente. Recursosde educação serão usados com base em problemas e em vivências do cotidiano dosconselhos de saúde e de seus membros – os conselheiros. Este treinamento acres-centará conteúdos técnicos ao saber e à experiência de cada conselheiro, respeitan-do as diferenças e as especificidades próprias de cada região brasileira.

A formação em Direito Sanitário, para os integrantes do Ministério Público e mem-bros da Magistratura Federal, está sendo oferecida em cursos de especialização e deextensão a distância. Temas da saúde serão abordados a partir do conhecimentodas demandas e necessidades dos usuários, dos profissionais de saúde, dos presta-dores de serviços e dos gestores do SUS. A proposta representa um avanço para aatuação desses servidores públicos que poderão, com maior propriedade, zelar pelasaúde no País.

No Ministério da Saúde, o Programa de Apoio ao Fortalecimento do Controle Socialno Sistema Único de Saúde vincula-se ao Departamento de Gerenciamento deInvestimentos, sob a coordenação-geral da Secretaria de Gestão de Investimentosem Saúde. O Conselho Nacional de Saúde e o Ministério Público são parceiros destainiciativa e permanecem acompanhando as atividades de implementação.

O consórcio, formado pela Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz, pela Universi-dade de Brasília (UnB), pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pelaUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG), vencedor da licitação, é o responsávelpor ministrar os cursos em todo o País.

O Ministério da Saúde está oferecendo as ferramentas e espera que essas iniciativasde capacitação e formação auxiliem e sirvam de exemplo no processo de fortaleci-mento do Sistema Único de Saúde.

Ministério da Saúde

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INTRODUÇÃOEste Caderno de Atividades do Conselheiro de Saúde serve de instrumento auxiliaraos Conselheiros durante a realização das oito oficinas do Curso de Capacitação deConselheiros Estaduais e Municipais de Saúde. Nele, os conselheiros encontramuma explicação do que é uma oficina e uma descrição de cada oficina, no tocanteaos objetivos, conteúdos e passos que serão percorridos durante a mesma. Além dis-so, o caderno contém ainda textos para estudo dirigido e sugestões de situações-vivenciais para serem utilizadas pelo monitor quando não for possível construir, naoficina, situações-vivenciais experimentadas pelos Conselheiros de Saúde partici-pantes do Curso, cópias de quadros explicativos que serão utilizados durante as ofi-cinas, modelos de ata, regimento interno e resolução.

Uma oficina não é uma sala de aula, onde o professor expõe o assunto conformeuma ordem planejada e onde cabe aos alunos escutar e, no máximo, fazer algumasperguntas. É um local de trabalho onde pessoas refletem sobre as suas vivências,elaboram questões e procuram soluções compartilhando experiências e procurandonovas informações. Dessa forma, o Curso de Capacitação de Conselheiros de Saúdecomo oficina é uma oportunidade onde pessoas, no atual contexto do SUS, refletemsobre suas experiências e práticas como conselheiros de saúde e elaboram questõesrelacionadas a como aperfeiçoar o controle social do SUS. As pessoas se unem emtorno desta tarefa, mas estão presentes na oficina com suas fantasias, suas angús-tias, e suas demandas. Por isso, participar de uma oficina não significa apenas tra-balhar com a cabeça, pois ela envolve as pessoas de maneira integral, considerandoas formas de pensar, sentir e agir dessas pessoas.

As oficinas do Curso de Capacitação são construídas para atender à demanda dosconselheiros de saúde que buscam se capacitarem melhor para sua função. Este é ofoco em torno do qual o trabalho nas oito oficinas será realizado. A partir deste focosurgem vários temas que vão compor o trabalho. São temas como: controle social,políticas de saúde, planejamento, orçamento, financiamento, etc. que mobilizam osconselheiros de saúde porque estão relacionados com suas experiências, tocam naspossibilidades e nos conflitos, e atendem ao desejo de participação dos conselheiros.

Os temas das oficinas do Curso de Capacitação dos Conselheiros de Saúde são osseguintes:

OFICINA 1 Os conselheiros de saúde e suas realidades

Û COMO FUNCIONA UMA OFICINA?

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Caderno de Atividades

OFICINA 2 Os problemas de saúde da população e as políticas públicas

OFICINA 3 Sistema Único de Saúde e controle social

OFICINA 4 Participação e controle social

OFICINA 5 Planejamento em saúde: agenda, plano de saúde e quadro de metas

OFICINA 6 Planejamento em saúde: orçamento, financiamento e prestação de contas

OFICINA 7 O controle das políticas e ações do SUS:mecanismos de acompanhamento, avaliação e fiscalização

OFICINA 8 Agenda dos conselhos de saúde

Para a realização das oficinas do Curso de Capacitação, são definidos o seu local defuncionamento, o número de participantes, as fases ou passos de trabalho, as ativi-dades, as horas de trabalho envolvidas, ou seja, é formada uma estrutura para o tra-balho. O bom funcionamento das oficinas pressupõe a criação de um contrato deconvivência. Além de envolver questões como: “por que as pessoas estão participan-do do Curso de Capacitação?”, o contrato envolve combinar o horário do trabalho, aduração de intervalos, a freqüência, e além disso, contribui para a adoção de algu-mas regras, tais como: as questões pessoais faladas no grupo não deverão sercomentadas fora do grupo, a palavra é livre, ou seja, todos deverão ter oportunidadede se expressar.

Os passos das oficinas foram pensados para facilitar a participação de todos, a trocade experiências e o aprofundamento dos problemas. Isto denota que este é umplanejamento flexível, pois as oficinas têm que acompanhar a demanda do grupo.Neste caderno, estão descritos todos os passos das oficinas com a duração prevista,mas a duração de um passo poderá ser maior ou menor do que o planejado e, algu-mas vezes, um passo previsto poderá ser pulado.

As oficinas pressupõem que os próprios participantes definam o que procuramsaber e assumam responsabilidades pelo processo de aprendizagem. Entretanto, asoficinas têm um monitor. O monitor não é um professor, pois a tarefa dele não éensinar, mas buscar condições para que o grupo possa cumprir suas tarefas. Cabe aele introduzir o tema, provocar situações que facilitem a problematização, incenti-var e facilitar, quando se fizer necessário, as tentativas do grupo de resolver proble-mas. O monitor pode fazer perguntas, fazer interpretações, sistematizar o que osparticipantes falaram, mas também pode trazer novas informações, respeitando ademanda do grupo.

O Curso de Capacitação de Conselheiros de Saúde será realizado em 8 oficinas com 4horas de duração cada uma, totalizando a carga horária de 32 horas/aula, onde oconselheiro terá oportunidade de aprofundar seus conhecimentos e desenvolversuas habilidades para que possa lidar com assuntos presentes no cotidiano do Con-selho de Saúde de que faz parte.

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OFICINA 1Os conselheiros de saúde e suas realidades

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Caderno de Atividades

Û Apresentar o monitor, os conselheiros e a propos-ta do curso.

Û Criar o conjunto de regras que vão constituir ocontrato de convivência.

Û Partilhar de forma sucinta as experiências eexpectativas.

Û Relacionar os problemas de saúde maisurgentes da população, com base na percepçãodos conselheiros de suas realidades.

Cada integrante do grupo é um indivíduo com identidade própria (o José que nasceuno interior e, com muito empenho, foi estudar enfermagem na cidade; a Maria que écostureira e batalha muito para deixar os filhos estudarem; o Luís Alfredo que émédico, solteiro e valoriza muito a amizade).

Cada um deles possui também outra identidade que lhe confere a função quedesempenha como Conselheiro de Saúde (o José, enfermeiro, que representa noConselho os profissionais de saúde; a Maria, que foi indicada pela Associação doBairro para representar os usuários; o Luís Alfredo, diretor do hospital-maternidade,que representa os prestadores de serviço). É essa outra identidade que lhes permitiráorganizarem-se em torno dos objetivos do Curso de Capacitação. É ela também quelhes permitirá serem membros ativos e efetivamente participantes do grupo. É, por-tanto, essa identidade que deve ter sua construção reforçada durante todo o curso,num processo contínuo que se deflagra nesta oficina.

A organização de um grupo de indivíduos diferentes em torno dos mesmos obje-tivos é que determinará a emergência da identidade grupal. O grupo será um grupode verdade quando agir e se sentir como tal. Todo esse processo de integraçãocomeça nesta primeira oficina.

Û OBJETIVOS

Û DEFINIÇÃO DOS CONTEÚDOS

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1º passo apresentação do monitor

duração | 5-10 min

2º passoapresentação dos conselheiros

O conselheiro deve prestar atenção aos aspectos seguintes:

Û Todos os integrantes deverão ser ouvidos pelo mo-nitor e pelo grupo com igual interesse.

Û Nenhuma história pessoal, por mais interessanteque seja, pode ampliar o tempo dado a cada um.

Û Deve haver um esforço de todos e todas pararespeitar os três minutos para cada um.

É preciso que fique bem claro para todos os participantes da oficina que os objetivosdo grupo não exigem interesses concentrados em suas pessoas, mas sim em suaparticipação social como Conselheiros de Saúde e na representatividade de seumandato. Dessa forma, cada um estará reconstruindo sua identidade de Conselheiro.

duração | 1 h e 30 min

3º passoapresentação da proposta do curso

duração | 15 min

4º passodiscussão do contrato de convivência

O contrato contemplará:

Û Distribuição de responsabilidade (escolha de umcoordenador a quem caberá ajudar o monitor emtodas as atividades, na distribuição, na arrumação eno recolhimento de materiais, podendo tambémdesempenhar outras tarefas que a dinâmica dogrupo exigir como, por exemplo, inscrição de pes-soas que querem falar, controle do tempo e con-tagem de votos e de dois relatores que terão aincumbência de anotar tudo que se passa no grupoe de escrever o relatório no final da oficina;

Û DESCRIÇÃO DA OFICINA

Oficina 1

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Caderno de Atividades

Û horário (com a conseqüente obrigação de respeitá-lo);

Û obrigatoriedade da freqüência.

Û levantamento das expectativas e definição de quaisexpectativas o curso poderá atender

duração | 10-15 min intervalo | 10 min

5º Passolevantamento dos problemas de saúde dos municípios e dos estados

Û levantar os problemas de saúde dos municípios e dosestados.

Û escrever, individualmente, em folha de papel oucartão, os três principais problemas que afetam a po-pulação de seu município e que cada um consideremais importantes para serem destacados.

duração | 5 min

Û dividir o grupo em três subgrupos.

Û escolher o coordenador e o relator do subgrupo.

Û selecionar três problemas relacionados à saúde, queserão escritos nos cartões.

Û selecionar dentre os problemas listados anterior-mente pelos integrantes do subgrupo, os três queaparecerem com maior freqüência ou que apre-sentarem relevância epidemiológica (ex: aumentoexagerado de casos de AIDS, aumento dos casos demortalidade infantil e materna).

Û reconstituir o grupo inicial.

duração | 40 min-1 h

6º passo conclusão da atividade

duração | 15 min

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7º passoavaliação

duração | 30 min

8º passoencerramento

duração | 5 min

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Oficina 1

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Û ANOTAÇÕES

Caderno de Atividades

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Û ANOTAÇÕES

Oficina 1

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Û ANOTAÇÕES

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Caderno de Atividades

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OFICINA 2Os problemas de saúde da população e as políticaspúblicas

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Caderno de Atividades

Û Aprofundar o conhecimento sobre os problemas de saúde relacionados.

Û Identificar as iniciativas/intervenções sociais para resolvê-los.

Û Situar o papel do Conselho de Saúde nesse contexto.

Û Apontar os assuntos tratados no Conselho.

Û Perceber-se como Conselheiro em face dos objetivos assinalados.

Û Partir de uma situação-vivencial e discutir soluções, atores e responsabilidades.

Através do estudo em subgrupo de uma situação-vivencial, a oficina deve propor-cionar a todos a oportunidade de se apropriar melhor de alguns conceitos como“saúde”, “bem-estar”, “qualidade de vida”, “prevenção” e outros, assim como dosmecanismos (políticas públicas) de que se dispõe para evitar ou combater as causasque a provocam (doenças, epidemias, desnutrição, pobreza etc.).

As atividades devem possibilitar a identificação das instâncias governamentaisresponsáveis pela elaboração e execução das políticas públicas, do mesmo modoque devem permitir a discussão das formas intermediárias e alternativas que con-tribuem para a solução do problema.

O papel dos Conselhos e seus Conselheiros, suas possibilidades e seus limites deve-rão ser ressaltados.

1º passo

Leitura do relatório do encontro anterior. Aprovação do relatório pelo grupo.

duração | 5 min

Û OBJETIVOS

Û DEFINIÇÃO DOS CONTEÚDOS

Û DESCRIÇÃO DA OFICINA

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Oficina 2

2º passo

Indicação pelo grupo do novo coordenador e dos 2 relatores da oficina.

duração | 5 min

3º passodinâmica de grupo

duração | 30 min

4º passolevantamento dos problemas de saúde,suas causas, efeitos e responsabilidades na solução

Û organização de uma história envolvendo o problemaselecionado;

Û 2ª opção de trabalho: escolha de situações-vivenciais apartir dos exemplos a seguir, que deverão ser usados,apenas, se ficar evidente a impossibilidade do grupode construir sua própria historinha (nesse caso, é pre-ciso que o conselheiro compreenda que as situações-vivenciais sugeridas pelo Guia têm muitos pontos emcomum com os problemas que eles identificaram eselecionaram na oficina anterior.

duração | 30 min

SUGESTÕES DE SITUAÇÕES-VIVENCIAIS:

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE ASSISTÊNCIA

Há uns seis meses, Seu José não vem pas-sando bem, queixando-se de cansaço, cãi-bras, tremores no corpo que começam pelaface e dor de cabeça. Como ele trabalha desegunda a sábado até 19 horas, resolve ir ànoite diretamente ao pronto-socorro doHospital Municipal, pois neste horário ospostos de saúde já estão fechados. Depoisde muita confusão (o guarda não queriadeixá-lo entrar, pois alegava que o pronto-socorro era para atender gente queestivesse muito mal, com sangramento,parindo ou desmaiando), conseguiu entrare obter uma ficha para atendimento. Coma ficha na mão, ele teve que aguardar mais

de uma hora. Finalmente, foi chamadopelo doutor de plantão, que foi logo per-guntando por que ele não tinha ido maiscedo ao pronto-socorro e há quanto tempoele estava doente. Ao responder quecomeçara a passar mal há 6 meses, masque somente nos últimos dias tinha piora-do, foi advertido pelo doutor, que disse serum absurdo ele estar doente há tanto tem-po e só agora vir procurar atendimento emum pronto-socorro, quando seu caso nãoera de urgência.

Seu José começou a contar suas queixas.O doutor nem mediu a pressão de Seu José,foi logo receitando uns remédios e

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FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO

Entre os meses de abril e junho de 2001,morreram 15 pessoas em um bairro daperiferia da cidade, adultos e crianças, deambos os sexos, a maioria com um quadrode febre, dor de cabeça e manchas na pele.O bairro com 4.500 habitantes não temágua encanada, esgoto ou coleta de lixoregular. Também não tem serviços desaúde e suas ruas não são pavimentadas. Éconsiderado o bairro de pior qualidade devida da cidade.

Em maio, quando já havia 10 pessoasmortas sem diagnóstico claro, instala-se opânico entre os moradores. Famílias aban-donam as suas casas e seu comércio. Qual-quer dor de cabeça é motivo de desespero.Formam-se filas nas portas de ambu-

latórios e hospitais da cidade.Moradores se organizam e fazem mani-

festação em frente à prefeitura. A calami-dade “estoura” nas manchetes dos jornais.Então já havia 13 mortos, três deles comdiagnóstico de meningite meningocócica.Como as demais mortes permaneciamcom causa ignorada, os técnicos do Serviçode Vigilância Epidemiológica do Estadochegaram a suspeitar de algum tipo dedoença “emergente” desconhecida.

O secretário estadual de Saúde nega aexistência de epidemia de meningite,pois em todo o estado, até esse períododo ano, diz ele, o esperado é até 160 casosdesta doença. Mesmo com a ocorrênciadas mortes em território bem delimitado,

20

Caderno de Atividades

preenchendo um encaminhamento paramarcação de consulta no posto de saúdepróximo da sua casa.

No dia seguinte, Seu José foi, na madru-gada, para o posto, que abriu às 8 horascom uma grande fila. Ele foi uma das 16pessoas que conseguiram uma senha paraserem atendidas. Após esperar mais de 2horas, foi chamado pela auxiliar de enfer-magem para entrar no consultório médi-co. Ele relatou as suas queixas ao médico.Este, então, examinou, palpou, auscultouos pulmões e o coração, mediu a pressão,anotou algumas coisas na ficha de atendi-mento, dirigiu-se a Seu José e disse que nãoparecia haver nada de anormal, mas queestava passando umas vitaminas e umremédio para ele tomar, quando tivessedor de cabeça. O doutor não perguntounada a Seu José.

Passados uns 15 dias sem qualquer me-lhora e cada vez mais fraco, com tremorese a dor de cabeça que já não passava com oremédio receitado, ele resolveu procurar aequipe de saúde de um outro posto ondeele ficara sabendo que era desenvolvidoum trabalho na área de saúde do traba-lhador. Seu José, lá chegando, foi bem rece-

bido pela equipe e relatou suas queixas aomédico, que logo lhe perguntou: “O senhortrabalha em quê e o que faz?”. Seu Josédisse que trabalhava nas plantações detomate na fazenda do Senhor Nazareno,aplicando agrotóxico para matar as pra-gas que atacam os tomateiros. Não usavaqualquer tipo de equipamento de proteçãoe costumava levar para casa os garrafõesde plástico que contêm os produtos tóxicospara levar água ao trabalho ou guardaroutras coisas. O médico disse acreditar quea doença dele era provocada pelo agrotó-xico, mas a única forma de ter certeza eraele ir para a capital e fazer alguns examesno hospital da universidade, pois lá tinhauma equipe que trabalhava com proble-mas ligados à saúde dos trabalhadores.Disse, ainda, que ele procurasse a Secre-taria Municipal de Saúde e solicitasse aju-da para ir se tratar fora, pois era responsa-bilidade da prefeitura garantir apoio, jáque não dispunha de condições para ofere-cer o tratamento na cidade onde ele mora-va. Depois de levar o caso ao conhecimentoda Secretaria de Saúde e do preenchimentoda Guia de TFD (Tratamento Fora doDomicílio), Seu José partiu para a capital.

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Oficina 2

ou seja, o bairro da periferia, as autori-dades não queriam assumir a gravidadedo problema, tratando-o como “situaçãoesperada”.

O prefeito da cidade declara então que“a cidade tem cerca de 100 mil habi-tantes. Em 90 dias, morreram 13 pessoas.Dentro do esperado para meningite, essescasos ainda são poucos”, arremata ele.Um morador, revoltado, disse que “se paraele é pouco, para mim, que perdi esposa efilha, foi tudo.”

No dia seguinte, o prefeito pede descul-pas, dizendo-se mal interpretado, e prome-te obras e atenção à saúde.

No final de junho, ocorrem mais duasmortes com as mesmas características. É

então nesse momento que a Coordenaçãode Controle de Vetores da Vigilância Sani-tária do Estado constata a triste realidade:no bairro existiam 20 ratos para cadacidadão. Não havia nada de novo: a pesteera o descaso. A maioria das mortes, nemtodas esclarecidas, foi por leptospirose,doença infecciosa transmitida pelo rato.

Precisou-se de uma tragédia para quefossem feitas as obras de esgoto, reivin-dicadas pelo povo e prometidas emcampanha. Uma moradora declara que,“se tivessem tomado providências quan-do a minha filha morreu, não teria acon-tecido toda essa mortandade.”

O problema principal daquela cidade é afalta de assistência na hora da doença. Oúnico hospital que existe, o Santa Lúcia, édo grupo de médicos e, como eles achamque o SUS paga pouco, destinam apenasvinte dos seus oitenta leitos para ospacientes do SUS. Com isso, a populaçãosofre e o prefeito tem que mandar, a todahora, os doentes para serem atendidos emoutro município vizinho.

Esse assunto já foi discutido no Conse-lho e já houve uma proposta de aumentaros leitos credenciados para o SUS no Hospi-tal Santa Lúcia para atender melhor osmoradores. No entanto, os proprietáriosnão aceitaram essa ampliação de vagaspara o SUS. Um Conselheiro propôs então odescredenciamento total do hospital, o

que também não foi aceito pelos donos,pois alegaram que, dessa forma, o hospitaliria à falência, pois quem sustentava o“básico” era o SUS. Por outro lado, o secre-tario de Saúde, bem como o prefeito, apóiamos médicos proprietários do hospital e con-cordam que o SUS paga pouco. Para eles, éum certo incômodo ter que mandar aambulância levar os doentes para a outracidade todos os dias. Apesar disso, aindaacham a melhor solução.

Para a população, é sofrimento e risco.Há histórias de crianças nascendo no meiodo caminho, doentes que não agüentam adistância da viagem e morrem antes dechegarem ao socorro, o mesmo acontecen-do com os acidentados.

RELAÇÃO PÚBLICO X PRIVADO NO SUS:O PROBLEMA DA FALTA DE LEITOS HOSPITALARES

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Caderno de Atividades

5º passoestudo da situação-vivencial

Û escolha da situação-vivencial sobre a qual todos irãotrabalhar (situação–vivencial construída pelo grupoou, caso não tenha sido possível construir uma situa-ção–vivencial, escolher uma dentre as situa-ções–vivenciais listadas anteriormente).

Û divisão do grupo em subgrupos que devem ser os mes-mos da oficina anterior.

Û escolha, pelo subgrupo, do(a) coordenador(a) e do(a)relator(a).

Û leitura e discussão, em cada subgrupo, da situ-ação–vivencial selecionada, procurando reconhecer:• causas aparentes da situação;• causas subjacentes a essa mesma situação;• mecanismos formais de intervenção (políticas

públicas, instâncias governamentais envolvidas eresponsáveis);

• mecanismos informais criados a partir da práticacotidiana;

• mecanismos desenvolvidos por estruturas inter-mediárias – o papel dos Conselhos e de outras enti-dades.

• procedimentos que o conselheiro deve adotar face àsituação.

• sugestões de solução ou de encaminhamentos.

duração | 50 min intervalo | 10 min

6º passoApresentação e sistematização dos resultados dos relatórios dos subgrupos

Cada relator de subgrupo deverá ler o relatório respectivo, produzido pelos colegas.

duração | 1 h 20 min

7º passoavaliação

duração | 30 min

8º passoencerramento das atividades

duração | 5-10 min

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Û ANOTAÇÕES

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Oficina 2

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Û ANOTAÇÕES

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Caderno de Atividades

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Oficina 2

OFICINA 3Sistema Único de Saúde e Controle Social

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Caderno de Atividades

Û Identificar, no funcionamento do SUS, questões rela-tivas aos princípios (acesso, eqüidade e integrali-dade), à organização (municipalização) e ao modeloassistencial.

Û Compreender o papel do Conselheiro de Saúde diantedos problemas detectados no SUS.

Na Oficina 3 devem ser relacionadas questões relativas aos princípios do SUS –acesso, integralidade, eqüidade, universalidade, descentralização, controle socialetc. – para que possam ser explicitadas com clareza suas intenções, operacionali-dade e situação atual.

Os diferentes níveis de implementação do SUS, em regiões e locais diversos do País,serão postos em questão, à luz da experiência dos Conselheiros em face das pro-postas de descentralização (municipalização) e regionalização.

Devem ser esclarecidas também as funções de um Conselheiro de Saúde e discuti-das, especificamente, as naturezas de cada uma dessas funções:

Û Participação na formulação de políticas públicas.

Û Fiscalização do funcionamento dos serviços.

Û Controle da definição e da aplicação das verbasrequeridas e das despesas autorizadas pelas secre-tarias municipais ou estaduais de Saúde.

1º passo

Leitura e aprovação do relatório da oficina anterior.

duração | 5 min

Û OBJETIVOS

Û DEFINIÇÃO DOS CONTEÚDOS

Û DESCRIÇÃO DA OFICINA

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2º passo

Definição do coordenador e dos relatores da oficina, obedecendo à rotina já testadana oficina anterior.

duração | 5 min

3º passo

Elaboração de síntese, pelo monitor do que foi visto na oficina anterior.

duração | 5 min

4º passo

O monitor escreve no quadro ou pede que o relator escreva, enquanto ele está falan-do, no 3º passo, quatro referências do tipo:

Û A saúde na Constituição de 1988.

Û SUS e seus princípios.

Û Reforma Sanitária.

Û Conselhos de Saúde.

Û ou outros que considerar importante.duração | 25 min

5º passoestudo e discussão de situações-vivenciais

Û divisão do grupo em subgrupos para estudar, cada um, umadas três situações-vivenciais transcritas a seguir e indi-cadas pelo monitor para cada subgrupo ou sorteada entreos três subgrupos;

Û escolha do coordenador e do relator de cada subgrupo;

Û estudo da situação–vivencial pelo subgrupo e levantamen-to das possíveis soluções para os problemas identificados;

Û identificação, pelos subgrupos, do seguinte:• causas aparentes da situação;• causas subjacentes a essa mesma situação;• mecanismos formais de intervenção (instâncias go-

vernamentais envolvidas e responsáveis – comissõesintergestores bipartite e tripartite);

• mecanismos informais criados a partir da prática cotidiana;

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Oficina 3

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• mecanismos desenvolvidos por estruturas intermediárias– o papel dos Conselhos e de outras entidades;

• procedimentos que o conselheiro deve adotar face àsituação;

• sugestões de solução ou de encaminhamento.

duração | 1 h 10 min intervalo | 10 min

6º passoapresentação dos relatórios

duração | 1 h

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Caderno de Atividades

SUGESTÕES DE SITUAÇÕES-VIVENCIAIS:

ACESSO UNIVERSAL

No Município de Bom Retiro, a populaçãoestá contente com os serviços de saúde.Nos últimos quatro anos, o secretário deSaúde caprichou, pois a condição de gestãoplena do sistema municipal, conquistadapelo município há dois anos, permitiu quetodos os habitantes do lugar tivessemmais centros de saúde e mais leitos hospi-talares. E tudo com melhor qualidade doque antes: tem remédio, tem exames, tembom atendimento. Recentemente, umgrupo de aproximadamente 1.800 traba-lhadores sem-terra acampou em umafazenda improdutiva da região, dentro domunicípio. Eles querem terra para traba-lhar, produzir e sobreviver. São centenas defamílias acampadas precisando de assis-

tência à saúde. No entanto, toda vez queesses trabalhadores sem-terra chegam àsunidades de saúde, não são atendidos.Todos os que trabalham nessas unidadesforam instruídos para não atendê-los. Aexplicação é a de que os serviços do SUSsão destinados apenas aos moradores domunicípio. Essa situação não era do co-nhecimento do Conselho Municipal deSaúde até que um dia uma criança mordi-da por cobra morreu na porta do pronto-socorro, sem assistência. O padre falousobre a situação na missa, o jornal dacidade também divulgou o assunto.Assim, o caso entrou na pauta do Conselhopor exigência da representante da Associ-ação Feminina de Proteção à Infância.

RELAÇÃO PÚBLICO X PRIVADO

Na gestão passada da prefeitura, osecretário de Saúde foi firme: cumpriu oque manda a Constituição sobre o deverdo Estado de assegurar a atenção à saúdepara a população. Implantou laboratóriospúblicos com vários serviços de melhorqualidade que os oferecidos pelos labo-ratórios particulares; o hospital privadocontratado sofreu uma redução nonúmero de leitos contratados, mas issonão fez falta, pois ele duplicou a capaci-

dade do hospital municipal e tambémaumentou o número de centros de saúde.

Agora, a situação se inverteu: o atualsecretário parou de investir na área desaúde. Nem alimentação é servida no hos-pital. Enquanto isso, contratou serviços doHospital da Aliança, pertencente ao grupode médicos da cidade. O representante dostrabalhadores de saúde levou o problemapara discussão no Conselho.

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Oficina 3

INTEGRALIDADE E MODELO ASSISTENCIAL

O secretário de Saúde de Miracema doOeste implantou o Programa de Saúde daFamília (PSF) no seu município. Para isso,fez um projeto e, após aprovação no Con-selho Municipal de Saúde, encaminhou-oà Comissão Intergestores Bipartite – CIBestadual – que o remeteu ao Ministério daSaúde para qualificação das equipes eassim receber o incentivo financeiro. Elesabia que este é um programa prioritáriodo governo federal, definido como estraté-gia para implementação do SUS. Como aprefeitura decidiu não realizar concursopara contratar os(as) trabalhadores(as)para as equipes de saúde da família, osecretário buscou uma cooperativa paracontratação do pessoal. Dentre os traba-lhadores das equipes contratadas, haviaum ginecologista e um pediatra. No final

de seis meses, as famílias cadastradas poressas equipes começaram a reclamar, poisnão se oferecia atendimento para as pes-soas que tinham pressão alta e diabetes. Oginecologista dizia que somente iria aten-der mulheres e, assim mesmo, nos assun-tos de sua competência. O pediatra, porsua vez, somente queria atender crianças.Nas demais equipes do PSF, a populaçãocadastrada reclamava porque os proble-mas de saúde de competência delas nãoeram resolvidos pelas equipes e, quando acomunidade era encaminhada para oespecialista, não conseguia vagas. O as-sunto veio para o Conselho de Saúde, trazi-do pelo representante das associações demoradores que faz parte da representaçãodos usuários no Conselho.

7º passocomentários

Quando os três subgrupos finalizarem a apresentação dos seus relatórios, o monitorpedirá que se apresentem 2 representantes de cada subgrupo para atuarem como“comentaristas” dos outros relatórios.

Os “críticos” deverão comentar o trabalho de subgrupos diferentes dos seus, organi-zando-se previamente:

Subgrupo 1 – será comentado pelos “críticos” provenientes do subgrupo 2.

Subgrupo 2 – será comentado pelos “críticos” provenientes do subgrupo 3.

Subgrupo 3 – será comentado pelos “críticos” provenientes do subgrupo 1.

Ao todo, serão seis comentaristas, que avaliarão o trabalho dos colegas com base emalguns critérios que podem estar estabelecidos no quadro:

Û Entendimento da situação-vivencial.

Û Relacionamento dos problemas identificados com osprincípios do SUS.

Û Transmissão clara de conceitos e informações.

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Û Adequação das propostas de encaminhamento dasquestões identificadas.

Cada comentarista disporá de, no máximo, três minutos para suas observações. Sedesejar pode usar o quadro, para alguma sistematização.

duração | 30 min

8º passosistematização

duração | 10 min

9º passoavaliação

duração | 15 min

10º passoencerramento

duração | 5 min

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Caderno de Atividades

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Û ANOTAÇÕES

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Oficina 3

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Û ANOTAÇÕES

Caderno de Atividades

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OFICINA 4Participação e controle social

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Caderno de Atividades

Û Compreender a participação e o controle social nadinâmica da vida política, em especial da saúde.

A oficina visa identificar as instâncias de participação e controle social na saúde quese constituem, prioritariamente, pelas Conferências e Conselhos e relacioná-las comoutras instâncias do poder público com função e poderes similares, como os órgãosdos Poderes Legislativos e Judiciário, Tribunais de Contas, Ministério Público, enti-dades de classes, Conselhos com outras atribuições, como os da Mulher e da Criançae do Adolescente, associações comunitárias e outros.

É preciso que se relembre o histórico do processo de criação dos Conselhos, proble-matizando os critérios que orientam as escolhas dos Conselheiros, a definição denúmero de vagas e respectivas percentagens de ocupação, representatividade elegitimidade dos Conselheiros em relação às bases, critérios de escolha da presidên-cia, rotinas de funcionamento, processo de encaminhamento das questões.

Será importante ressaltar as competências assumidas pelos Conselhos e ampliar areflexão sobre seus deveres e poderes. Como se vê, essa oficina centra seus interes-ses no aprofundamento das ações possíveis e esperadas como atribuição dos Con-selhos de Saúde, assim como nas principais interfaces que ele pode estabelecer.

1º passo

Leitura do relatório do encontro anterior.

duração | 5 min

2º passo

Escolha do coordenador e dos relatores da oficina.

duração | 5 min

Û OBJETIVO

Û DEFINIÇÃO DOS CONTEÚDOS

Û DESCRIÇÃO DA OFICINA

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3º passo

duração | 10 min

4º passodinâmica de grupo: “para onde vou?”

duração | 40 min

5º passoestudo dirigido

Divisão do grupo em 3 subgrupos com relator e coordenador, como sempre.

Leitura do texto de apoio abaixo:

duração | 1 h intervalo | 10 min

Oficina 4

PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

A concepção de gestão pública é essencial-mente democrática. Nenhum gestor é se-nhor absoluto da decisão. Ele deve ouvir apopulação e submeter suas ações ao con-trole da sociedade. A lei 8.142 é clara quantoa essa determinação: em seu artigo 1º, sãoinstituídos, como instâncias colegiadas, asConferências de Saúde e os Conselhos deSaúde, obrigatoriamente integrantes doSUS. Nenhum gestor, em qualquer nível degoverno, pode se recusar a constituir essesforos, pois estará desrespeitando a lei.

A composição das conferências e dosConselhos deve ser ampla de modo a asse-gurar às suas deliberações a máxima re-presentatividade e legitimidade. A repre-sentação dos usuários é paritária emrelação ao conjunto dos demais segmentos(governo, prestadores privados e profissio-nais de saúde). Isso significa que o númerode vagas para as entidades ou organizaçõesrepresentantes dos usuários deve ser exata-mente a metade do total de participantesdas Conferências e dos Conselhos.

As Conferências de Saúde são foros comrepresentação dos vários segmentos so-ciais que se reúnem a cada quatro anos“para avaliar a situação de saúde e proporas diretrizes para a formulação da políticade saúde” (Lei 8.142/90, artigo 1º, parágrafo

1º). Devem ser realizadas em todas asesferas de governo, convocadas pelo PoderExecutivo ou, extraordinariamente, poreste ou pelo Conselho de Saúde. As re-soluções das Conferências de Saúde devemservir de orientação para as decisões dosgestores e dos Conselhos de Saúde.

Os Conselhos de Saúde são órgãos cole-giados de caráter permanente e deliberati-vo, com funções de formular estratégias,controlar e fiscalizar a execução da políti-ca de saúde, inclusive nos aspectos eco-nômicos e financeiros (Lei 8.142/90, artigo1º, parágrafo 2º).

Algumas decisões dos Conselhos têmque ser homologadas, isto é, confirmadasou aprovadas pelo chefe do poder legal-mente constituído em cada esfera de go-verno. Por ser um órgão que tem que deli-berar sobre o que precisa ser feito e fis-calizar as ações do governo, os Conselhosprecisam estar permanentemente infor-mados sobre quais são os problemas desaúde da população, quais os recursosdisponíveis para a área da saúde, onde ecomo estão sendo aplicados. Os gestoresnão podem se recusar a dar as infor-mações que os Conselheiros precisam paraavaliar e tomar decisões.

O Conselho de Saúde, de acordo com a

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Caderno de Atividades

Resolução 33/92, deve ter representaçãoparitária do governo, dos prestadores deserviços (25%), de profissionais de saúde(25%) e dos usuários (50%). A represen-tação dos usuários deve ser diversificada,de maneira a permitir que os vários inte-resses e os diversos tipos de organizações –associações de moradores, sindicatos, asso-ciações de pessoas portadoras de patolo-gias, associação de pessoas portadoras dedeficiências, organizações de consumi-dores, entidades civis que se dedicam aestudos ou à análise das condições desaúde, entidades científicas etc. – possamapresentar suas demandas e fazer suasavaliações sobre a política de saúde desen-volvida pelo governo, em todos os níveis.

É importante observar que a lei semprese refere a “representantes” dos usuários.Representação significa delegação depoderes conferidos pela população a cer-tas pessoas a fim de que exerçam em seunome alguma função. Os representantesdos usuários não podem ser escolhidospelos governantes. Só serão representanteslegítimos se forem escolhidos e indicadospelos membros do grupo ou da entidadeda qual fazem parte.

Ser representante implica assumir ocompromisso com aqueles que o indi-caram, respeitar as posições de seus rep-resentados e defendê-los no Conselho.Implica também ter que informar eprestar contas de suas ações aos seus re-presentados.

Os Conselhos e as Conferências não sãoas únicas formas de participar do SUS,embora sejam as únicas obrigatórias paratodo o País, por serem previstas em leifederal. À medida que se avança nademocratização da gestão, outros meca-nismos podem – e devem – ser criados nosestados e nos municípios para ampliar aspossibilidades de participação e tornar asdecisões mais próximas da população. É ocaso dos Conselhos distritais e dos Conse-lhos gestores nas unidades de atenção àsaúde, já existentes em muitos municípios.O exercício da cidadania e do controlesocial exige que lutemos por nossos direi-tos. Muitas vezes, as dificuldades que

encontrarmos exigirão que tenhamos querecorrer a meios legais para exigir ocumprimento das leis. Por isso é impor-tante conhecer os recursos de que dispo-mos e os parceiros com os quais podemoscontar para alcançar os resultados quebuscamos.

O Ministério Público é uma instituiçãopermanente essencial à administração daJustiça, da “defesa da ordem jurídica, doregime democrático e dos interesses soci-ais e individuais indisponíveis” (art. 127 daConstituição Federal).

O Ministério Público Estadual atua porPromotores de Justiça e Procuradores deJustiça. O Ministério Público da Uniãocompreende o Ministério Público federal(procuradores da República), o MinistérioPúblico do trabalho (procuradores do tra-balho), o Ministério Público militar (procu-radores militares) e o Ministério Públicoeleitoral (procuradores eleitorais). Quandoidentificarmos o não-cumprimento da leidevemos procurar um deles, que irá inves-tigar se está havendo mesmo desrespeito edeverá comunicar ao Juiz caso isso tenhasido constatado.

O Poder Judiciário federal pode ser espe-cializado (Justiça do Trabalho, JustiçaEleitoral e Justiça Militar) ou comum(Justiça Federal). Há ainda um Poder Judi-ciário em cada estado. Quando a causa forde interesse de uma coletividade (umnúmero de pessoas indeterminado oudeterminável), uma entidade de represen-tação, ou uma associação que exista legal-mente há pelo menos um ano, o MinistérioPúblico pode propor uma Ação Civil Públi-ca. São muitas as razões que podem darcausa a uma delas: o mau funcionamentodos serviços, a falta de profissionais, a máconservação ou inexistência de materiaise equipamentos, a má administração ou omau uso ou desvio dos recursos públicosdestinados à saúde, ou o não-cumprimen-to comprovado da lei que determina acriação dos Conselhos de Saúde.

Outra instituição importante à qualpodemos recorrer na defesa dos direitossão os órgãos de proteção e defesa do con-sumidor (Procon, Decon ou outros). Em

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Oficina 4

geral, as pessoas pensam que estes órgãossó se dedicam ao consumidor de bens ouobjetos. Mas o Código também prevê aproteção ao consumidor de serviços: omau atendimento nos postos de saúde ouhospitais, as condições precárias de fun-cionamento dos serviços de saúde devemser notificadas aos órgãos de defesa doconsumidor.

Outras instâncias são indicadas paraajudar a resolver questões, como o Conse-lho Regional de Medicina, que é respon-sável pela fiscalização e pelo controle doexercício profissional dos médicos. Hátambém Conselhos profissionais de diver-sas outras categorias: enfermeiros, assis-tentes sociais, dentisitas.

Todas essas instituições só podem inter-vir mediante denúncia. Isto significa que apopulação precisa se acostumar a realizaro registro do ocorrido sempre que fordesrespeitada nos seus direitos.

Outro recurso que deve ser utilizado é adenúncia através dos meios de comuni-cação – rádio, jornais, televisão. Em nossopaís, não é fácil conseguir espaço paradefender os direitos da população emmuitos meios de comunicação, principal-mente se a denúncia envolve autoridadespúblicas ligadas aos grupos que são seusproprietários. Mas há muitos que abremespaço para isso.

Construir a cidadania dá trabalho. Mastambém dá bons resultados.

6º passoelaboração de relatório pelo subgrupo

Cada subgrupo irá formular um relatório após a analise do texto lido e com base naexperiência dos Conselheiros.

Entre outros comentários que queiram fazer, deverão deixar claras suas posiçõesdiante de algumas questões, tais como:

Û Os Conselhos de Saúde pautam suas deliberações nosprincípios e diretrizes do SUS? Por quê?

Û Qual o papel das Conferências de Saúde para a conso-lidação do SUS no seu município/estado?

Û Os Conselheiros têm consciência de suas atribuições?Quais consideram como prioritárias?

Û Qual a relação entre a Secretaria de Saúde e o Conse-lho do qual você faz parte?

Û Como se dá a relação do Conselho com a comunidade?

Û De que parcerias os Conselhos, representados nos sub-grupos, já lançaram mão para encaminhar questões?Foram úteis?

Û Como se dá a relação do Conselheiro com o segmen-to por ele representado (representatividade x legi-timidade)?

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Caderno de Atividades

Û Como deve se dar a relação do Conselho com o mem-bro do Ministério Público?

Û Que outros atores seria interessante acionar para aresolução de questões específícas?

duração | 40 min

7º passoapresentação dos relatórios dos subgrupos

Novamente, os subgrupos se desfazem e o grupo original se recompõe para a apre-sentação de cada um dos relatórios dos subgrupos. Mas todos devem parar ao mes-mo tempo para assistir à apresentação dos companheiros.

Cada subgrupo disporá de 15 min para apresentar seu relatório.

duração | 45 min8º passocomentários e síntese do monitor

duração | 10 min

9º passoavaliação das atividades da oficina

duração | 20 min

10º passoencerramento

duração | 5 min

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Û ANOTAÇÕES

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Oficina 4

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Û ANOTAÇÕES

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Caderno de Atividades

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OFICINA 5Planejamento em saúde:agenda, plano de saúde e quadro de metas

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Caderno de Atividades

Û Despertar no Conselheiro a consciência de que:

A Secretaria de Saúde deve adotar um Processo dePlanejamento como uma ferramenta essencialpara a gestão do SUS.

Planejar significa definir os caminhos para sechegar em algum lugar, para mudança de uma rea-lidade atual. O ponto de partida para o planeja-mento deve ser um “incômodo” decorrente dosproblemas de saúde e das necessidades de umadada população.

A construção da Agenda de Saúde implica nadefinição de prioridades. Elas podem resultar deum processo de negociação e de construção de con-senso em torno de diferentes interesses dentro efora do Conselho de Saúde. Planejar implica definirprioridades. Tal é o sentido da elaboração da Agen-da de Saúde.

Û Construir com o Conselheiro a compreensão de que:

Um Plano de Saúde deve resultar do processodinâmico e permanente do planejamento.

Um plano deve ser entendido como um documen-to onde se define o que será efetivamente imple-mentado na União, no estado ou no municípionuma determinada gestão e num dado período(quatro anos).

Û Informar o Conselheiro sobre a importância doQuadro de Metas como integrante do Plano, que éconstruído para permitir a fiscalização do cumpri-mento das metas propostas pelo gestor.

Û OBJETIVOS

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Û Estimular a participação dos Conselheiros, com suges-tões e críticas, no processo de planejamento da Secre-taria de Saúde, inclusive na elaboração da Agenda deSaúde, do Quadro de Metas e do Plano de Saúde.

Û Discutir as condições para aprovação do Plano deSaúde no Conselho de Saúde.

processo de planejamento em saúde

Û Compreensão do processo de elaboração e aprovaçãoda Agenda de Saúde nos termos do princípio dadescentralização.

Û Esclarecimento do papel dos Conselheiros na avalia-ção e na aprovação dos Planos Municipais e Estaduaisde Saúde, detalhando seu processo de elaboração e oseu conteúdo.

Û Identificação dos subsídios para que os Conselheirospossam cumprir suas funções de verificar, sugerir eaprovar o Plano de Saúde.

Û Fortalecimento das noções de negociação e consenso,indispensáveis a qualquer ação compartilhada.

1º passo

Leitura do relatório do encontro anterior.

duração | 5 min2º passo

Escolha do coordenador e dos relatores da oficina.

duração | 5 min

Oficina 5

Û DEFINIÇÃO DOS CONTEÚDOS

Û DESCRIÇÃO DA OFICINA

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Caderno de Atividades

3º passointrodução à temática

O monitor anuncia a temática, sob o título Processo de Planejamento em Saúde, eexplica que esse título diz respeito às oficinas 5, 6 e 7.

duração | 40 min

4º passodinâmica de grupo

Û Escrever, em folha de papel, como gostaria de estar daqui a quatro anos.

Û Apresentação, por cinco voluntários, do que escreveram.

duração | 30 min

5º passodesenvolvimento da temática

PROCESSO DE PLANEJAMENTO EM SAÚDE:

Û Diagnóstico Situacional de Saúde (Diagnóstico de Saúde)

Û Definição de Prioridades ( Agenda de Saúde)

Û Formulação do Plano (Plano de Saúde)

Û Resumo do Plano de Saúde (Quadro de Metas)

Û Recursos Necessários (Orçamento e recursos materiais, humanos e políticos)

Û Avaliação e Monitoramento do Plano de Saúde (Relatório de Gestão)

Agenda Nacional de SaúdeElaborada pelo Ministério da Saúde, deve ser aprovada pelo Conselho Nacional deSaúde, que julga e avalia o atendimento das necessidades de seus representados.

Agenda Estadual de SaúdePreparada pelos técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (SES), adaptando aAgenda Nacional à realidade do estado, incorporando prioridades, descartando-as e propondo as alterações necessárias. Deve ser aprovada pelo ConselhoEstadual, que, da mesma forma, deve verificar e negociar a inclusão de demandasde seus representados.

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Oficina 5

Agenda Municipal de SaúdePreparada pelos técnicos da Secretaria Municipal, adotada pelo secretário, é umdocumento do Executivo elaborado com base na Agenda Estadual, adaptado àsespecíficas necessidades locais. A Agenda Municipal também, da mesma forma,deve ser aprovada pelo Conselho Municipal.

Planos de SaúdeElaborados pelo Ministério da Saúde e pelas Secretarias Estaduais de Saúde eSecretarias Municipais de Saúde, respectivamente plano nacional, planos esta-duais e municipais. Derivam de um processo de planejamento, obedecendo àsprioridades traçadas pelas respectivas Agendas. Serão aprovados pelo Conselho deSaúde que os avalia, discute e busca adesão e consenso em torno das propostas.

Quadros de MetasConstruído pelo Poder Executivo – Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais deSaúde e Secretarias Municipais de Saúde – com base nas prioridades indicadas nasrespectivas Agendas. É acompanhado, fiscalizado e avaliado pelos Conselheiros.

OrçamentoElaborado pelo Ministério da Saúde, pelas Secretarias Estaduais de Saúde eSecretarias Municipais de Saúde, avaliado pelos Conselhos e aprovado pelo PoderLegislativo (de acordo com os níveis municipal, estadual e nacional).

duração | 40 min intervalo | 10 min

6º passoconstrução da agenda com orientações e indicações para a elaboração do plano

Os Conselheiros se dividem em 3 subgrupos e repetem o processo rotineiro de escol-ha do coordenador e do relator.

Fazem a leitura da situação-vivencial referente aos aspectos do Plano de Saúde doMunicípio de Novo Milênio (imaginário) ou utilizam um plano de saúde local su-gerido por um dos Conselheiros.

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Caderno de Atividades

CARACTERIZAÇÃO DE NOVO MILÊNIO E SEUS ASPECTOS MAIS RELEVANTES

Novo Milênio é um município localizadoem uma das cinco regiões geográficas doBrasil. Ocupa uma área de 5.782,80 km2,possui 48.000 habitantes, sendo 24.480 dosexo feminino e 23.520 do sexo masculino.Faz fronteira com os municípios de IpêRoxo, ao norte, com 15.000 habitantes,Sambaíba, ao sul, com 35.000 habitantes,Cajalândia, a leste, com 19.000 habitantes,e Mantenópolis, a oeste, com 95.000 habi-tantes. A sede do município foi construídaàs margens do Córrego das Almas, queatravessa todo o seu território de norte asul, onde são despejados os esgotos dosbairros que já possuem esse serviço.

A atividade econômica do municípioestá assentada no setor de serviços,agropecuária e indústria. O setor que maisemprega é o de serviços, destacando-se aadministração pública e o comércio. Aagricultura está em fase de expansão coma introdução de novas tecnologias deexploração do cerrado. No setor industrial,destacam-se as indústrias de transfor-mação (construção civil e alimentação). Étotalmente dependente de importaçãoestadual de energia elétrica, dispõe de umsistema de transporte público precário etem estrutura razoável no setor de teleco-municações.

O município possui 9.600 domicílios,sendo 4.860 (60%) habitados pelos proprie-tários, 1.920 (20%) alugados, 960 (10%)cedidos e 960 (10%) com outra condição.

A População Economicamente Ativa(PEA) soma 28.800 pessoas, ou seja, 60%da população. A taxa de desempregoatinge 35% da PEA.

Em relação aos serviços de abasteci-mento de água e esgotamento sanitário,4.608 domicílios (48%) estão ligados à redede água tratada, 2.880 (30%) estão conec-tados à rede de esgoto e somente 3.840(40%) têm coleta regular de lixo, o qual édespejado a céu aberto em um terreno bal-dio localizado nos arredores da cidadepróximo a um assentamento que começaa se formar, ocupado principalmente portrabalhadores sem-terra e sem-teto expul-sos do campo.

Com relação à educação, o municípiopossui 20 unidades escolares, incluindo opré-escolar, os ensinos básico e médio.Destas, 15 são públicas e 5 são particulares.A taxa de analfabetismo é da ordem de30%.

Na área de cultura e lazer, existem ape-nas um clube recreativo e alguns camposde futebol de terra batida. A pesca é outraatividade de lazer.

O sistema público de saúde está estrutu-rado com um hospital de 25 leitos parainternações em pediatria, clínica geral,ginecologia e obstetrícia; um pronto-socorro; um pequeno centro obstétrico queàs vezes funciona como centro cirúrgicopara casos de urgência/emergência e 2postos de saúde urbanos. Não possuiserviço de vigilância sanitária ou epide-miológica, nem centro de controle dezoonoses. Como serviços de apoio diagnós-tico, possui apenas um pequeno labo-ratório com capacidade de realização deexames simples de sangue, fezes e urina eum aparelho de raios X para tórax e ossos.Há, na cidade, um hospital privado com 40leitos e alguns serviços privados ambula-toriais de especialidade nas áreas de car-diologia, oftalmologia, neurologia, ortope-dia e pediatria. A Secretaria de Saúde con-tratou serviço nas áreas de oftalmologia,cardiologia e ortopedia, e há denúncias noConselho de Saúde, ainda não investi-gadas, de que esses serviços estão pratican-do a “cobrança por fora” para assegurar oatendimento.

O perfil epidemiológico, ou seja, de queadoecem e morrem os habitantes de NovoMilênio, aponta para uma taxa de morta-lidade infantil de 71 óbitos em cada 1.000crianças nascidas vivas (a média nacionalestá em torno de 34 óbitos em cada 1.000);as doenças originadas no período perina-tal (por ocasião do nascimento) são asprincipais causas de morte entre menoresde um ano, alcançando mais de 60% dosóbitos nesse grupo etário, com destaquepara a hipoxia (baixo teor de oxigênio)intra-uterina (dentro do útero) e asfixia(ausência de oxigênio) ao nascer. A mortali-

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Oficina 5

dade materna (morte de mulheres emfunção da gravidez, parto e pós-parto) é de180 óbitos em cada 100.000 crianças nasci-das vivas, quando a média nacional é de 114óbitos de mães em cada 100.000 criançasnascidas vivas. Casos de intoxicação poragrotóxico de trabalhadores rurais são fre-qüentes em função do uso abusivo e inade-quado desses produtos por parte dos fazen-deiros da região. Lesões por esforços repeti-tivos em digitadores também têm sido reg-istradas pela Secretaria de Saúde em trabal-hadores de escritórios e cooperativas.

Ainda se convive, neste município, comdoenças infecciosas e parasitárias conse-qüentes das péssimas condições de vida deparcela considerável da população. Omunicípio carece também de serviçosespecializados na maioria das áreas dasaúde pública, incluindo a área médica,tendo que se valer de encaminhamentospara uma das cidades vizinhas e/ou paraa capital do estado quando necessário,embora a cidade só disponha de umaambulância com dois anos de uso.

A rede física (hospital e postos de saúde)está carecendo de reformas e ampliações,os equipamentos são velhos e insufi-cientes. O sistema público de saúde conta,atualmente, com o quadro de recursoshumanos a seguir discriminado, insufi-cientes para a demanda – todos ganhammal, há muitos anos não recebem qual-quer treinamento e a maioria deles nãomantém vínculo empregatício com omunicípio:

•6 médicos (3 clínicos gerais, 2 gineco-obstetras, 1 pediatra);

•1 enfermeira;•4 auxiliares de enfermagem;•3 atendentes de enfermagem;•3 agentes administrativos;•12 auxiliares de serviços gerais;•3 motoristas;•3 auxiliares de laboratório;•2 dentistas;

•2 auxiliares de consultório dentário.A destinação de recursos pela prefeitura

para a área de saúde, no governo anterior,era de apenas três por cento do orçamentoanual.

Há Conselho de Saúde constituído, masfunciona somente para atender às exigên-cias da lei, e o município nunca organizouuma Conferência Municipal de Saúde.

Há uma Câmara Municipal, onde 12vereadores exercem o Poder Legislativo ede fiscalização do Poder Executivo e sereúnem uma vez por semana, às segun-das-feiras à noite. A comunidade tambémjá começa a se organizar em associaçõesde moradores de bairros, e foi criado recen-temente o sindicato dos trabalhadoresrurais.

É meta do atual prefeito habilitar omunicípio no sistema de Gestão Plena daAtenção Básica Ampliada, sendo neces-sário, para isso, constituir o Fundo Munici-pal de Saúde, assegurar o pleno funciona-mento do Conselho de Saúde e aprovar oPlano Municipal de Saúde.

Para atender a essa decisão política, oSecretário de Saúde pautou no Conselho deSaúde a discussão para elaboração daAgenda Municipal de Saúde, do PlanoMunicipal de Saúde e da constituição doFundo Municipal de Saúde. Assim, a Secre-taria de Saúde encaminhou ao Conselhode Saúde as propostas de Agenda Munici-pal de Saúde, do Plano de Saúde e minutado projeto de lei para criação do FundoMunicipal de Saúde, bem como as Agen-das Estadual e Nacional de Saúde, desta-cando as prioridades propostas por elas.

Cabe agora, aos Conselheiros, a apro-vação da Agenda, definindo os eixos prior-itários de intervenção para 2001 e tambémdiscutir e aprovar o Plano de Saúde para operíodo 2001/2004 preparado pela Secre-taria. Cabe ainda discutir o projeto de cri-ação do Fundo Municipal de Saúde.

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Caderno de Atividades

QUADRO 1: AGENDA NACIONAL DE SAÚDE (MS - Portaria 393/2001)

QUADRO 2: AGENDA ESTADUAL DE SAÚDE (imaginária)

PRIORIDADES NACIONAIS

Û Redução da mortalidade infantil e materna

Û Controle de doenças e agravos prioritários

Û Melhoria da gestão, do acesso e da qualidade das ações e dos serviços de saúde

Û Reorientação do modelo assistencial e descentralização

Û Desenvolvimento de recursos humanos

Û Qualificação do controle social

PRIORIDADES ESTADUAIS

Û Redução da mortalidade infantil e materna

Û Controle de doenças e agravos prioritários

Û Reorientação do modelo assistencial e descentralização

Û Melhoria da gestão, do acesso e da qualidade das ações e dos serviços de saúde

Û Desenvolvimento de recursos humanos do setor de saúde

Û Qualificação do controle social

Û Elaboração do Plano Diretor de Regionalização

Û Implementação de ações de saúde do trabalhador e saúde bucal pelo SUS

Cada subgrupo estuda com atenção a situação referente ao Município de NovoMilênio ou qualquer plano escolhido pelo grupo e, a partir daí, desenvolve a seguinteanálise:

Û Definição dos principais problemas apresentados no Plano deSaúde trabalhado.

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Oficina 5

Û Estabelecimento, tendo em vista os problemas definidos e aAgenda Nacional e a Agenda Estadual, as prioridades que con-stituirão a Agenda de Saúde de Novo Milênio.

Û Elaboração de uma lista de causas prováveis associadas aosproblemas prioritários estabelecidos na Agenda de Saúde doMunicípio.

Û Sugestão de propostas e caminhos, através dos quais essesproblemas que agora são prioridades da Agenda devam serenfrentados.

Û Definição das metas.

Û Sugestão de medidas estratégicas que deverão ser tomadaspara que as metas sejam alcançadas.

Na definição das prioridades, pode-se lembrar os diversos critérios para esse fim, taiscomo a magnitude e a gravidade dos problemas, o valor atribuído ao problema pelasociedade em geral ou por grupos específicos, a possibilidade de intervenção e o cus-to-benefício.

duração | 1 h 15 min intervalo | 10 min

7º passoapresentação dos relatórios

Cada relator de subgrupo disporá de 10 min para apresentar sua síntese. Como de há-bito, o coordenador do grupo grande vai resumindo o que é dito e anotando em tópicos.

Problema

Mortalidade infantil emortalidade materna

Causas

Insuficiência de leitosobstétricos

Falta de UTI neonatale /ou berçário de risco

Nº insuficiente de consultas no pré-natal

Falta de saneamentobásico

Desnutrição infantil

Medidas para o alcance das metas

Construção de UTI neonatale/ou berçário de risco

Contratação de profissionaisde saúde

Aumento do número deleitos obstétricos

Investimento em saneamento básico

Incentivo ao aleitamentomaterno, distribuição de cestas básicas às famíliascom risco social

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Caderno de Atividades

8º passoavaliação das atividades da oficina

duração | 10 min

9º passoencerramento

duração | 5 min

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Û ANOTAÇÕES

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Oficina 5

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Û ANOTAÇÕES

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Caderno de Atividades

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OFICINA 6Planejamento em saúde:Orçamento, Financiamentoe Prestação de contas

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Caderno de Atividades

Û Saber como se dá o processo orçamentário na admi-nistração pública, em especial na área de saúde, e quala relação do orçamento com o Plano de Saúde.

Û Ajudar o Conselheiro a compreender a diferença entreorçamento privado e orçamento público.

Û Oferecer subsídios para a compreensão e avaliação daproposta orçamentária da Secretaria de Saúde, à luzdo Plano de Saúde e do Plano Plurianual de Aplicação –PPA, bem como para o acompanhamento e a fiscaliza-ção da execução orçamentária, através da prestaçãode contas dos recursos do Fundo de Saúde que deveráser feita pelo gestor.

Û Reconhecimento das diferenças entre o dinheiro pes-soal, que permite um orçamento familiar, e o dinheiropúblico, que exige elaboração e execução orçamen-tária por parte dos governos para sua gestão.

Û Identificação das questões, barreiras e “nós” que difi-cultam o processo orçamentário da saúde e descober-ta de meios para sua superação.

Û Conhecimento dos elementos do orçamento (receitase despesas), procurando verificar como se compatibi-lizam os valores de acordo com as prioridades defi-nidas no Plano de Saúde.

Û Conhecimento básico do processo de elaboração eaprovação do orçamento, prestação de contas e identi-ficação das responsabilidades do Conselho de Saúdenesse processo.

Û OBJETIVOS

Û DEFINIÇÃO DOS CONTEÚDOS

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1º passo

Leitura d0 relatório da oficina anterior.

duração | 5 min

2º passo

Escolha do coordenador e dos relatores da oficina.

duração | 5 min

3º passointrodução ao tema “processo orçamentário”

Exposição dialogada pelo monitor.

duração | 35 min

4º passoorçamento privado x orçamento público

Û cada conselheiro descreverá, em uma folha de papel,o seu orçamento familiar mensal, especificando osganhos previsíveis (receita) e os gastos previsíveis(despesas).

Û cinco conselheiros voluntários apresentarão os seusorçamentos.

Û o monitor explicará o que são LDOs, LOAs e orçamento.

Û discussão, pelo grupo, do tema “Orçamento”, suarelação com o Quadro de Metas e como se dá o proces-so de discussão e aprovação no Poder Legislativo.

duração | 45 min

5º passorecursos financeiros para a saúde,sua previsão legal e o controle social

O monitor deverá apresentar, para discussão, os artigos 195, 196 e 198 (§ 2º e 3º intro-duzidos pela Emenda Constitucional 29) e o artigo 77 do Ato das Disposições Consti-tucionais Transitórias, todos da Constituição Federal, e comentar a Lei 8.142/90 que

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Û DESCRIÇÃO DA OFICINA

Oficina 6

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Caderno de Atividades

dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferên-cias intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde.

duração | 30 min intervalo | 10 min

6º passoorçamento

Exposição dialogada pelo monitor.

QUADRO: ORÇAMENTO DO PLANO DE SAÚDE DE NOVO MILÊNIO

METAS

Reduzir a taxa demortalidade infantilde 71/1.000 para51/1.000 nascidosvivos

Reduzir o coeficientede mortalidadematerna de70/100.000 para50/100.00 nascidosvivos

Aumentar em 100%as consultas de pré-natal por parturientesno SUS

Reduzir para zero onúmero de criançasde até 1 ano comdesnutrição

Ampliar para 100% onúmero de domicílioscom acesso a águapotável

PRIORIDADE

Redução da mortalidade infantil e materna

Redução da mortalidade infantil e materna

OPERAÇÕES

Construção deUTI neonatale/ou berçário de risco

Contratação de 5 equipes do PSF

Aumento de 10 leitosobstétricos

Incentivo aoaleitamentomaterno,distribuição decestas básicasàs famílias comrisco social.

Investimentoem saneamentobásico

VALOR (R$)

500.000

700.000

400.000

40.000

1.000.000*

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*Recurso oriundo da fonte Tesouro Municipal.

duração | 30 min

7º passodiscussão da situação-vivencial

Como sempre, o grupo se dividirá em três subgrupos. A cada subgrupo será solicita-do que leia e discuta a situação-vivencial que trata do tema orçamento, construída apartir do Plano de Saúde do município imaginário de Novo Milênio, abordado naoficina anterior.

Nesta etapa, os subgrupos devem ler e discutir a situação-vivencial relativa aoprocesso orçamentário, analisar a sua adequação ao Quadro de Metas do Plano deSaúde apresentado no passo anterior, discutir que medidas o Conselho de Saúdedeve tomar diante de tais situações, bem como o que fazer para evitar que situaçõesiguais ou semelhantes venham a ocorrer.

duração | 30 min

Oficina 6

METAS

Ampliar para 100% onúmero de domicílioscom coleta regular delixo

.Ampliar para 100% onúmero de domicíliosligados ao sistema decoleta de esgoto sanitário

PRIORIDADE OPERAÇÕES

Investimentoem saneamentobásico

Construção de rede de esgotos

VALOR

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Caderno de Atividades

8º passoelaboração dos relatórios pelos subgrupos

O relatório de cada subgrupo deve começar a partir da existência ou não de compa-tibilidade entre a situação-vivencial descrita e o Quadro de Metas do Plano de Saúdeem que se baseou (Oficina 5).

Deve, também, incluir medidas pertinentes quando se fizerem necessárias, corrigin-do, minimizando ou impedindo os equívocos.

duração | 20 min

SITUAÇÃO-VIVENCIAL:

PROCESSO ORÇAMENTÁRIO

O Conselho de Saúde de Novo Milênioaprovou a meta de reduzir a mortalidadeinfantil de 71 para 51/1.000 nascidos vivos.Dentre outras medidas, o Plano Municipalde Saúde prevê a destinação orçamentáriade 500 mil reais para a construção deberçário de risco. Apesar do apoio dosecretário de Saúde, o orçamento sofreumodificações. Nas negociações finais entreos secretários do governo e o prefeito, re-presentando uma coalizão de diferentespartidos políticos, a proposta orçamen-tária encaminhada à Câmara dos Verea-dores não contemplou, para a saúde, osrecursos no montante previsto pela Cons-tituição de, no mínimo, 7%. Em decorrên-cia dessa decisão final do prefeito, não serápossível construir o berçário, a menos quese comprometa boa parte dos recursosorçados para as demais ações de saúde.

O prefeito, por sua vez, encaminhou aproposta orçamentária à Câmara dosVereadores. Sabe-se que, uma vez exami-nada pelo Poder Legislativo, a propostaorçamentária pode ser alterada por meiode emendas. Foi o que aconteceu no caso,quando a maioria dos vereadores, procu-

rando atender aos seus interesses elei-torais, resolveu incluir a compra de duasambulâncias e de caixões fúnebres, obri-gando a Secretaria de Saúde a revisar oorçamento, suprimindo os recursos desti-nados à aquisição de novos equipamen-tos para o centro cirúrgico do hospitalmunicipal.

O secretário de Saúde, assim como osdemais secretários, tem a possibilidadeassegurada pela Lei de Diretrizes Orçamen-tárias de modificar até um certo percentuala destinação de recursos orçados sem sub-meter esta decisão novamente à aprecia-ção da Câmara dos Vereadores. Neste ano,o Secretário decidiu adquirir um tomó-grafo computadorizado para o hospitalmunicipal, remanejando a verba destinadaà compra de aparelhos de raios X e deultra-som (ecógrafo) para as policlínicas epara o hospital, respectivamente. Deve-seressaltar que a aquisição do tomógrafonão constava como meta a ser cumpridano corrente ano, já que existe um aparelhodesses no município vizinho localizado amenos de 50 km, adquirido pela prefeituracom verba da União e do estado.

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9º passoapresentação dos relatórios em plenária

Cada relator de subgrupo apresentará o seu relatório, devendo explicá-lo. É impor-tante que ele não leia apenas, mas explique suas conclusões, sendo concedidos cincominutos, em média, a cada um.

duração | 25 min

10º passo

Avaliação das atividades da oficina.

duração | 10 min

11º passo

Encerramento das atividades.

duração | 5 min

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Oficina 6

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Û ANOTAÇÕES

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Caderno de Atividades

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Û ANOTAÇÕES

Oficina 6

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Û ANOTAÇÕES

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Caderno de Atividades

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OFICINA 7O controle das políticas eações do SUS: mecanismos de acompanhamento, avaliação e fiscalização

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Caderno de Atividades

Û Discutir os diversos mecanismos de acompanhamento,avaliação e fiscalização das políticas e ações do SUS.

Û Capacitar os Conselheiros para a avaliação de resulta-dos obtidos pelo SUS.

Û O Relatório de Gestão, como processo de sistematiza-ção e divulgação das ações previstas no Plano deSaúde e executadas pelo gestor.

Û Avaliação do cumprimento dos objetivos e metas daPolítica de Saúde, no estado ou no município.

Û Conhecimento de outras instâncias responsáveis pelocontrole e fiscalização das ações desenvolvidas peloSUS e da aplicação dos recursos financeiros.

1º passo

Leitura do relatório da oficina anterior.

duração | 5 min

2º passo

Escolha do coordenador e dos dois relatores da oficina.

duração | 5 min

Û OBJETIVOS

Û DEFINIÇÃO DOS CONTEÚDOS

Û DESCRIÇÃO DA OFICINA

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3º passosíntese dos conteúdos anteriores

Û síntese, pelo monitor, dos conteúdos anteriores.

Û leitura do Quadro “Planejamento em Saúde”.

Û discussão, conduzida pelo monitor, dos temas constantes no Quadro e discutidos nas Oficinas 5 e 6.

PLANEJAMENTO EM SAÚDE

duração | 20 min

4º passoos relatórios de gestão e a prestação de contas – exposição dialogada

duração | 30 min

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Oficina 7

RESPONSABILIDADEPELA ELABORAÇÃO

MS, SES, SMS

MS, SES, SMS

MS, SES, SMS

MS, SES, SMS

MS, SES, SMS

MS, SES, SMS

PROCEDIMENTO

Agenda deSaúde

Plano deSaúde

Quadro deMetas

Orçamento

Relatório deGestão

Prestação deContas

VALIDADE

1 ano

4 anos

1 ano

1 ano

1 ano

1 ano

CONTROLE

Conselhos deSaúde

Conselhos deSaúde

Conselhos deSaúde

Conselhos deSaúde,Tribunais deConta,Poder Legislativo

Conselhos deSaúde

Conselhos deSaúde, Tribunaisde Conta

APROVAÇÃO

Conselhos deSaúde

Conselhos deSaúde

Conselhos deSaúde

Conselhos deSaúde,Poder Legislativo

Conselhos deSaúde,ComissõesIntergestoras

Poder Legislativoapós parecer doTribunal de Contas

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5º passoo conselho de saúde em ação

Para entender bem o papel do Conselho de Saúde quanto à fiscalização das ações daSecretaria da Saúde ao lado de outras instâncias de controle e fiscalização, serádramatizada uma reunião do Conselho de Saúde do Município de Novo Milênio emque a pauta é a aprovação do Relatório de Gestão. Para essa dramatização, o gruporeceberá uma senha do personagem que irá representar. Esta senha deve ser dis-tribuída de forma a incluir todos os integrantes do grupo em todos os papeis previs-tos: um membro do Ministério Público, um auditor, o diretor de planejamento da Se-cretaria, Conselheiros, a mesa diretora de até 3 membros. A distribuição dos papéisde Conselheiros deve se aproximar da composição real de um Conselho que, de acor-do com a Resolução 33/90, é formado por representantes dos usuários (50%), dos tra-balhadores de saúde (25%) e dos prestadores de serviços públicos e privados (25%). Éimportante destacar que os participantes da dramatização procurem agir e falar deacordo com os interesses do segmento que nesse momento estão representando. Édesejável que a senha dos personagens de membro do MP, auditor e dirigente deplanejamento contenha uma informação mínima da função do respectivo perso-nagem. Da mesma forma, os membros da comissão do Conselho devem ser identifi-cados na senha.

duração | 5 min

6º passoleitura do parecer

Um integrante da mesa diretora abre a reunião e informa que o assunto da oficina éa aprovação do Relatório de Gestão. Ele explica que, devido à complexidade dorelatório, este foi encaminhado à Comissão de Avaliação e Controle do ConselhoMunicipal de Saúde, que deu um parecer sobre ele. Em seguida, convida uma pessoada comissão para ler o parecer.

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Caderno de Atividades

assunto:Relatório de Gestão da Secretaria Municipal de Saúde, ano 2001

histórico:Em 15 de janeiro próximo passado, a mesa diretora do Conselho Municipal deSaúde recebeu o Relatório de Gestão referente ao ano 2001. A comissão o rece-beu no dia 17 de janeiro com a solicitação de dar um parecer para subsidiar oplenário do Conselho Municipal de Saúde. O relatório recebido compõe-se dasseguintes partes:

PARECER DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO E CONTROLE:CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NOVO MILÊNIO

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Oficina 7

1. Caracterização da população1.1. População segundo dependência

do SUS1.2. Distribuição da população

segundo áreas de risco1.3. Visão da população sobre o SUS

2. Unidades Assistenciais2.1. Distribuição da rede assistencial2.2. Procedência das pessoas

atendidas

3. A produção de ações assistenciais em relação às necessidades de cobertura

3.1. Ações assistenciais ambulatoriais3.2. Consultas por tipo e necessidade

da população dependente do SUS3.3. Consultas segundo o tipo de

prestador3.4. Produção/necessidade de

consultas para a população total

3.5. Distribuição das consultas emclínicas básicas

3.6. Produtividade

4. Financiamento4.1. Área ambulatorial4.2. Área Hospitalar

5. Perfil de morbimortalidade dapopulação segundo a demandaassistencial

5.1 Geral (unidades básicas /unidades especializadas /unidades de urgência)

5.2. Perfil de Morbidade Hospitalar5.3. Evolução do quadro de mortali-

dade5.4. Perfil de morbimortalidade de

crianças5.5. Pefil de morbimortalidade de

adultos

mérito:O relatório se restringe tão-somente a ações de assistência médica, não incluin-do ações preventivas e ações de promoção de saúde, deixando de abordar açõesde outras secretarias que dizem respeito à saúde no sentido de prevenirdoenças ou de contribuir para a promoção da saúde. Assim, o relatório nãoavalia por que ainda não foram implementadas as equipes do PSF. Constata-se,também, que as ações realizadas pela Secretaria não foram avaliadas à luz daAgenda Municipal e que o relatório não inclui uma avaliação do quadro demetas. Dessa forma, o relatório não explica por que o projeto de ampliação dasredes de esgoto e de abastecimento de água não foi executado, embora consteno Plano de Saúde como a ação principal para diminuir a mortalidade infantil.

Quando se observa a distribuição de consultas por tipo, verifica-se uma distorção importante: apenas 40% de todas as consultas são básicas, contra 36%de consultas de urgência e 24% de consultas especializadas. Se a rede básicafuncionasse bem, essa distribuição provavelmente seria de 75% de consultasbásicas, 12,5% de consultas de urgência e 12,5% de consultas especializadas. Orelatório não explica por que isso ocorre e se houve mudanças em relação aanos anteriores. Suspeita-se de que essa distribuição expressa mais os interess-es dos médicos do que as necessidades da população.

A parte do relatório que fala sobre o financiamento somente apresenta os recur-sos gastos com a produção de serviços ambulatoriais e hospitalares e não infor-

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Caderno de Atividades

JUSTIFICATIVA DO REPRESENTANTE USUÁRIO

O secretário de Saúde tem feito um bom trabalho, pois antes muita gente nãotinha acesso a consultas especializadas. Por isso, não vamos condená-lo porcausa de um relatório de gestão. Quanto ao jornal que a Secretaria publicoucom dinheiro do Programa Aids, é muito importante que a Secretaria divulguetudo o que faz e que a população saiba bem quais serviços são oferecidos.

O coordenador da reunião informa que duas pessoas da Comissão do Conselhoresponsável pelo parecer não concordaram com o seu conteúdo e justificaram porescrito, ao votarem contra. Trata-se do chefe do Departamento de Planejamento daSecretaria do segmento de gestores e de um usuário, dono da maior farmácia domunicípio. Ele solicita, então, que sejam lidas as justificativas.

JUSTIFICATIVA DE VOTO DO CHEFE DO DP

O Relatório de Gestão tem falhas e de fato não aborda as ações preventivas e depromoção e não avalia o cumprimento do quadro de metas. Entretanto, cadaano o Ministério da Saúde inventa outras peças burocráticas: quadro de metas,agenda etc. Ele tem só um funcionário na sua repartição e por isso não tevecondições de fazer um relatório de gestão diferente dos relatórios dos anosanteriores. Além disso, as ações assistenciais são as mais importantes e gastama maior parte dos recursos.

Quanto à distorção que a comissão apontou em relação à distribuição de con-sultas, ele não concorda. A população tem direito à melhor assistência possível.Restringir o acesso a consultas especializadas significa aceitar a política neo-liberal do Banco Mundial, que propaga que o governo somente tem que garan-tir o acesso à atenção básica.

A denúncia de desvio dos recursos do Programa Aids também não é procedente.A Secretaria quer prestar uma atenção integral e, por isso, não quer vincularrecursos a programas específicos. Além disso, o Ministério age contra a legis-lação quando passa recursos para programas específicos em vez de passar osrecursos de fundo para fundo.

ma o gasto com outras ações. Isto faz com que não haja uma resposta à denúnciafeita no ano anterior pelo Conselho, de que o secretário gastou o dinheiro do Pro-grama Aids com um jornal que só fazia propaganda da pessoa do secretário.

voto:A comissão julga que o relatório não deve ser aprovado, considerando as falhasapontadas.

duração | 15 min

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Oficina 7

7º passoa fala do promotor do ministério público

A mesa diretora explica que, pelo fato de o parecer apresentar indícios de irregulari-dades no relatório de gestão, inclusive suspeita de desvio de recursos púlicos, convi-dou um representante do Ministério Público para participar da reunião do Conselhode Saúde, com o objetivo de esclarecer o papel do MP no controle social no SUS eopinar sobre que providências poderão ser adotadas pelo Conselho e pelo MP.

O representante do MP se apresenta e explica qual é a função do MP em relação aoSUS (esta função deve ser explicada na senha por escrito ou em instrução verbal domonitor ao dramatizador do papel do MP). Em seguida, ele comenta o parecer dacomissão, dizendo que o MP poderá tomar ele mesmo a iniciativa de abrir umainvestigação sobre a denúncia de desvio de recursos e mesmo sobre o fato de que,aparentemente, a Secretaria privilegia ações curativas em detrimento de ações pre-ventivas e de promoção da saúde. Entretanto, o Conselho poderá encaminhar tam-bém essas denúncias e solicitar uma investigação. Isto é normalmente mais apro-priado, pois o MP não tem condições de acompanhar tudo.

duração | 20 min

8º passoa fala do auditor

A mesa diretora convidou também um representante do Sistema de Controle, Ava-liação e Auditoria da Secretaria de Saúde. Este explica como é organizado o Sistema deControle, Avaliação e Auditoria no SUS e quais as competências. Em seguida, elecomenta o parecer, explicando que uma avaliação da estrutura dos serviços e dos resul-tados obtidos compete ao Sistema de Controle e Avaliação, mas que isto exigia umestudo mais aprofundado. Quanto à denuncia de desvio de recursos, ele observa que aSecretaria não poderá desviar recursos vinculados a um programa para outros fins eque, quando for realizada uma auditoria a pedido do Conselho, isto será apontado.Cabe ao monitor, nesse momento, explicar o repasse de recursos de acordo com osprincípios do SUS e os riscos de desvios desses princípios em qualquer nível do sistema.

duração | 20 min intervalo | 10 min

9º passo o conselho discute o relatório de gestão

Após a leitura do parecer, das justificativas dos votos contrários e das falas do repre-sentante do MP e do Sistema de Avaliação, Controle e Auditoria, a mesa diretoraabre o debate sobre o parecer, convidando os Conselheiros a se pronunciarem. Se odebate não revelar posições claras, a mesa diretora poderá convidar uma pessoa afalar em favor da aprovação do relatório e outra contra a aprovação. É possívelchegar a um acordo, aprovando o relatório com ressalvas ou adiar a votação,aguardando um novo relatório da Secretaria.

duração | 50 min

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Caderno de Atividades

10º passovotação do relatório

Se não houver nenhum acordo, a mesa diretora estabelece o regime de votação econvida os Conselheiros a votarem a favor ou contra a aprovação do relatório. Após acontagem dos votos, o monitor explica que se trata de uma decisão importante doConselho, por isso ela deve ser redigida por meio de uma resolução (sugerir comopoderá ser uma resolução). Esta deverá ser homologada pelo chefe do Executivo, que,dependendo do instrumento jurídico que criou o Conselho, pode ser o secretário deSaúde ou o prefeito ou mesmo o governador. Pode ocorrer recusa da autoridadeconstituída em homologar a decisão. Neste caso, o Conselho poderá entrar numanegociação política com a autoridade ou solicitar uma ação do Ministério Público.

duração | 20 min

11º passoavaliação da reunião do conselho

A avaliação abrange dois tópicos: o entendimento da ação fiscalizadora do Conselhoe dos instrumentos de fiscalização e avaliação; e a dinâmica de uma reunião dosConselhos. É um momento em que os participantes terão oportunidade de expor etrocar suas experiências, julgar o que já aprenderam sobre o assunto e quais conhe-cimentos lhes faltam.

duração | 45 min

12º passo

Encerramento, introdução do próximo tema, lembranças sobre o relatório, apoioao relator.

duração | 5 min

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Û ANOTAÇÕES

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Oficina 7

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Û ANOTAÇÕES

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Caderno de Atividades

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OFICINA 8Agenda dos Conselhos de Saúde

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Caderno de Atividades

Û Refletir sobre a necessidade de adquirir novos conhecimentos.

Û Refletir sobre a possibilidade de transmitir os conteú-dos da capacitação a outros Conselheiros.

Û Construir, com base na avaliação de sua experiênciaanterior do curso de capacitação e dos conhecimentosali adquiridos, uma Agenda de Temas Básicos quetorne mais eficaz e visível a ação dos Conselhos de quefazem parte.

Û Reflexão crítica sobre os Conselhos de que fazemparte, em seus aspectos políticos, funcionais, opera-cionais e produtivos.

Û Compreensão, por parte dos sujeitos envolvidos noprocesso de Controle Social do SUS, da necessidade deconstrução de uma Agenda de Temas Básicos comomecanismos importantes para instrumentalizaçãodos Conselheiros de Saúde no desempenho de suasfunções e de sua atualização e capacitação.

Û Criação de propostas de aproveitamento do curso paraadaptação à realidade dos Conselhos e para transmis-são de conhecimentos.

1º passo

Leitura do relatório da oficina anterior.

duração | 5 min

Û OBJETIVOS

Û DEFINIÇÃO DOS CONTEÚDOS

Û DESCRIÇÃO DA OFICINA

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2º passo

Escolha do coordenador e dos dois relatores da oficina.

duração | 5 min3º passointrodução à temática

Exposição pelo monitor.

duração | 10 min

4º passoconstrução da agenda de temas básicos

Cada participante, em uma folha de papel, listará, sucintamente, os 3 principaistemas que julgue mais importantes para serem contemplados na Agenda do seuConselho. A escolha deve contemplar um componente nacional, com assuntos deinteresse geral, e um componente local, com assuntos de interesse local. Cada temaescolhido deverá ser acompanhado de uma justificativa, também sucinta.

Essa atividade se refere ao Conselho de Saúde de que cada um faz parte e pode seintitular: “A Agenda do Meu Conselho será essa.”

duração | 10 min

5º passo

Os participantes se dividem em 3 subgrupos, elegendo coordenador e relator paracada subgrupo.

Os subgrupos lêem em conjunto os temas básicos escolhidos por cada um dosConselheiros participantes dos subgrupos e fazem uma triagem, como na Oficina 1,escolhendo os 6 temas que vão constituir a Agenda de Temas Básicos, levando em conta:

Û a pertinência (discussões sobre temas que sãoatribuições do Conselho);

Û a relevância (temas prioritários e importantes para oConselho);

Û a tempestividade (é necessário e oportuno discutir otema nesse momento); e

Û a precedência (preservar a ordem das solicitações paradiscutir o tema).

Oficina 8

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Caderno de Atividades

Uma vez escolhida a Agenda com os seis temas que devem ser estudados, cada sub-grupo discute sua Agenda e faz seu relatório procurando responder às seguintesquestões:

Û Quais temas escolhidos contemplam o componentenacional e quais contemplam o componente local?

Û Quais as razões que levaram à escolha dos temas?

Û Que medidas o Conselho precisa adotar para assegu-rar o cumprimento da Agenda?

Û Que conhecimentos são necessários para ajudar oConselho no cumprimento da Agenda?

duração | 60 min

6º passoapresentação dos relatórios dos subgrupos

Agora, serão apresentados os relatórios dos subgrupos em reunião plenária.

duração | 30 min intervalo | 10 min

7º passoavaliação das atividades da oficina pelos procedimentos de rotina

duração | 10 min

8º passoavaliação por escrito

Cada um faz por escrito sua avaliação pessoal do conjunto do curso, com base noroteiro ao lado.

duração | 30 min

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9º passo

Avaliação oral do curso pelos participantes.

duração | 65 min

10º passo

Encerramento do curso, despedidas e agradecimentos.

duração | 15 min

Oficina 8

AVALIAÇÃO DO CONSELHEIRO

Û Nome (opcional)

Û Cumprimento dos objetivos

Û Resposta às expectativas iniciais

Û Suficiência na explanação dos temas

Û Aproveitamento do tempo/duração

Û Dinâmica das oficinas

Û Infra-estrutura

Û Desempenho do monitor

Û Participação dos Conselheiros

Û Dificuldades encontradas

Û Sugestões e recomendações(em especial sobre como continuar a capacitação)

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Û ANOTAÇÕES

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Caderno de Atividades

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Û ANOTAÇÕES

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Oficina 8

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