caderno de atenÇÃo ao prÉ-natal toxoplasmose

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ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

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Page 1: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATALTOXOPLASMOSE

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ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

Page 3: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Michele Caputo NetoSecretário de Estado da Saúde

Sezifredo PazDiretor Geral

Márcia HuçulakSuperintendente de Atenção à Saúde

Shunaida Namie SonobeDepartamento de Atenção Primária à Saúde

Equipe Técnica da Divisão de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente

Cibele Domingues Prado da LuzIolanda NovadzkiLuciana HatschbachMaria Angélica Curia CerveiraTatiana Gomara Neves

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ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

Instituições de Revisão e Apoio

Inácio Teruo Inoue – UEL

Italmar Teodorico Navarro – UEL

Jaqueline Dario Capobiango – UEL

Regina Mitsuka Breganó – UEL

Suzan Alves do Patrocínio – CEMEPAR

Elizabeth El Hajjar Droppa - LACEN/PR

Marcela Castilho Peres – SESA/PR - 15ªRS

Ana Lucia Falavigna Guilherme – DAC/UEM

Lourenço Tsunetomi Higa – HUM/UEM

Elizabeth Eriko Ishida – HUM/UEM

Dora Yoko Nozaki Goto – CEPI/SVS/SESA

Andrea Maciel de Oliveira Rossoni – HC/UFPR

Renato Sbalqueiro – HC/UFPR

Adriana Blanco – SPP

Marion Burger – SPP

Tony Tannus Tahan – HC/UFPR

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ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

APRESENTAÇÃO

SAÚDE PARA TODO PARANÁ!

Levar saúde para todos os paranaenses é um desafio que demanda comprometimento de gestores e profissionais de saúde de todos os municípios. Adotar novas formas de gestão, melhorar processos de trabalho e rever procedimentos faz parte da rotina de quem tem a função de cuidar da vida no Paraná.

É com esse olhar que a Secretaria de Estado da Saúde desenvolveu os “Cadernos de Atenção à Saúde”, nos quais são detalhados os protocolos das redes Mãe Paranaense e Paraná Urgência para apoiar as equipes de saúde dos municípios da Região Metropolitana de Curitiba.

O conjunto de “Cadernos” constitui ferramenta essencial para a atuação em Redes de Atenção, po-lítica pública de saúde do Paraná que tem se mostrado eficaz.

Queremos que cada profissional se aproprie dos conteúdos disponibilizados nessa coleção e que juntos possamos cada vez mais interferir para melhorar os índices de saúde do Paraná.

Michele Caputo NetoSecretário de Estado da Saúde

Page 6: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

SUMÁRIO

1. JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................................................................................... 7

2. OBJETIVOS ........................................................................................................................................................................................... 7

2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................................................................................ 7

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................................................................. 7

3. TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA NA GESTAÇÃO .................................................................................................................................. 7

3.1 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ......................................................................................................................................... 7

3.1.1 DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO MATERNA ........................................................................................................ 7

3.1.2 DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO FETAL............................................................................................................... 8

3.2 MEDIDAS PROFILÁTICAS (PREVENÇÃO PRIMÁRIA) ........................................................................................................ 8

3.3 INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS LABORATORIAIS ..................................................................................................... 8

3.4 DEFINIÇÃO DE CASO DE TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA NA GESTAÇÃO ...................................................................... 9

3.5 TRATAMENTO DA TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA NA GESTAÇÃO ................................................................................... 9

4. TOXOPLASMOSE CONGÊNITA ......................................................................................................................................................... 11

4.1 DEFINIÇÃO DE CASO DE TOXOPLASMOSE CONGÊNITA ............................................................................................. 11

4.2 CONDUTA COM O RECÉM-NASCIDO .............................................................................................................................. 11

4.2.1 DEFINIR DIAGNÓSTICO MATERNO ................................................................................................................ 11

4.2.2 INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR EM FILHO DE MÃE COM TOXOPLASMOSE AGUDA ........................... 11

4.2.3 INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR EM FILHO DE MÃE COM TOXOPLASMOSE DUVIDOSA (SUSPEITA) . 12

4.3 TRATAMENTO DA TOXOPLASMOSE CONGÊNITA .......................................................................................................... 12

5. DISPONIBILIDADE DE MEDICAMENTOS NO SUS ........................................................................................................................... 14

6. VIGILÂNCIA EM TOXOPLASMOSE .................................................................................................................................................... 14

APÊNDICE I ............................................................................................................................................................................................ 18

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO ....................................................................................................................................... 18

APÊNDICE II ............................................................................................................................................................................................ 19

RELATÓRIO MÉDICO ESPECÍFICO PARA SOLICITAÇÃO DE MEDICAÇÃO

PARA TRATAMENTO DA TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA NA GESTAÇÃO ............................................................................. 19

RELATÓRIO MÉDICO ESPECÍFICO PARA SOLICITAÇÃO DE MEDICAÇÃO

PARA TRATAMENTO DA TOXOPLASMOSE CONGÊNITA ...................................................................................................... 21

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................................................... 23

Page 7: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

7

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

1. JUSTIFICATIVA

A toxoplasmose é uma zoonose que adquire especial

relevância para a saúde pública quando a mulher se infecta,

pela primeira vez, durante a gestação pelo risco elevado de

transmissão vertical e acometimento fetal.

Na Rede de Atenção Materno Infantil do Paraná, está

previsto o rastreamento sorológico no pré-natal para identifi-

car gestantes suscetíveis à toxoplasmose e detectar precoce-

mente os casos de infecção aguda recente, visando prevenir a

transmissão fetal por meio de tratamento oportuno.

Desde 2006, a Secretaria de Estado de Saúde (SESA)

do Paraná vem adotando ações programáticas conforme as

Diretrizes Clínicas, Laboratoriais e Terapêuticas da Toxoplas-

mose Congênita, documento aprovado na Comissão Interges-

tora Bipartite (Deliberação CIB no. 072/06).

No Paraná, a partir de 2003 a toxoplasmose

tornou-se notificação compulsória como toxoplasmose não

especificada. Em 2007 foi acrescido o campo gestante para

diferenciar os casos ocorridos durante a gestação (SinanNet/

DVIEP/CEPI/SVS/SESA,2014). Entre 2007 a 2013 foram noti-

ficados 1.507 casos suspeitos de toxoplasmose na gestação,

dos quais 1.147 foram confirmados. Neste mesmo período

foram notificados 110 casos suspeitos de toxoplasmose con-

gênita (CID P37.1), sendo 79 casos confirmados (SinanNet/

DVIEP/CEPI/SVS/SESA, 2014). Em ambas as situações, não

houve padronização dos métodos complementares para a

confirmação diagnóstica.

A necessidade de normatizar a abordagem diagnós-

tica e terapêutica da doença aguda no período gestacional ou

de toxoplasmose congênita justificaram a elaboração desta

diretriz.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Padronizar a atenção à saúde da gestante paranaen-

se com toxoplasmose adquirida na gestação, com a finalidade

de evitar a toxoplasmose congênita.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar as gestantes suscetíveis à toxoplasmose,

visando a adoção de medidas de prevenção primária.

Detectar precocemente os casos de toxoplasmose

aguda na gestação, a fim de proporcionar o tratamento ade-

quado com o objetivo de prevenir a transmissão fetal.

Implementar a notificação no SINAN dos casos de

toxoplasmose.

Normatizar a abordagem clínica e terapêutica frente

ao recém-nascido com o diagnóstico de toxoplasmose con-

gênita.

3. TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA NA GESTAÇÃO

A gestante adquire a doença por meio da ingestão de

oocistos em água e alimentos contaminados (vegetais e fru-

tas), cistos em carnes mal passadas, ou em locais onde even-

tualmente possa haver fezes de felinos (terra, areia), que são

os únicos hospedeiros definitivos de T. gondii (BRASILb, 2012)

Mais de 90% dos casos são assintomáticos, portanto

o diagnóstico clínico é de pouca valia. Fundamental para o

diagnóstico é a coleta de sangue para a detecção dos anticor-

pos da classe IgG e IgM, o mais precocemente possível, par-

ticularmente no início do primeiro trimestre, crucial na orien-

tação terapêutica. Se possível, a informação de sorologias

anteriores realizadas pelas gestantes auxilia no diagnóstico.

Os métodos laboratoriais mais utilizados são os ensaios enzi-

máticos imunológicos (ELISA-MEIA), que são extremamente

sensíveis para detecção de anticorpos (MONTOYA; REMING-

TON,2008).

A toxoplasmose congênita pode causar aborto e

danos neurológicos e/ou oculares ao feto, incluindo a micro

ou macroencefalia, hidrocefalia, calcificações cerebrais, retar-

do mental, estrabismo e convulsões. (BAQUERO-ARTIGAO,

2012; FIGUEIRÓ-FILHO, 2007 apud Vidigal et al, 2002). A

maioria das crianças nascidas infectadas pode se apresentar

normal ao nascer (REMINGTON, 2011) e desenvolver seque-

las na infância ou adolescência (LOPES-MORI, 2011; BAQUE-

RO, 2012), sendo a coriorretinite, principal causa de cegueira

em crianças com toxoplasmose congênita (GILBERT, 2008)

3.1 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

A escolha do laboratório do município/consórcio de-

verá atender a Resolução SESA nº 368/2013 que estabelece

critérios mínimos de qualidade e biossegurança para a habili-

tação de laboratórios clínicos e analíticos em saúde que pres-

tam serviços ao SUS.

3.1.1 DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO MATERNA

O diagnóstico materno baseia-se, primeiramente, na

triagem sorológica para anticorpos IgG anti-T.gondii por meio

do método Elisa (ensaio imunoenzimático) indireto e a pesqui-

sa de IgM anti-T.gondii por meio do método Elisa de captura.

A sorologia deverá ser solicitada no início do 1º tri-

mestre de gestação (IgM e IgG), se a gestante for suscetível

(IgM e IgG não reagentes), a sorologia deverá ser repetida no

início dos 2º e 3º trimestres gestacionais. Em pacientes que

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8

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

apresentem resultado IgM e IgG positivos deverá ser solici-

tado o teste de avidez para IgG, preferencialmente na mes-

ma amostra. Caso IgM não reagente e IgG reagente, quando

realizados precocemente, indica doença antiga não sendo

necessário repetir o exame durante a gestação ( exceto em

pacientes com imunodeficiência).

A gestante que apresentar infecção por T. gondii, por

meio da pesquisa de anticorpos IgM reagentes, em qualquer

trimestre gestacional, deverá ser iniciado o tratamento na

Atenção Primária e simultaneamente ser encaminhada para

Referência de Alto Risco da Rede Mãe Paranaense, manten-

do o acompanhamento concomitante na Unidade de Atenção

Primária à Saúde.

3.1.2 DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO FETAL

O diagnóstico de infecção fetal poderá ser realizado

por meio da PCR ( Reação em cadeia da Polimerase), em tem-

po real, no líquido amniótico (BRASIL,2012). Ressalta-se que

as técnicas utilizadas não são padronizadas e não há consen-

so na literatura quanto ao protocolo mais adequado, uma vez

que há possibilidade de falso positivo e falso negativo. (MON-

TOYA; REMINGTON,2008)

Como o risco de perda fetal relacionado à amniocen-

tese é maior antes de 16 semanas, recomenda-se que esta

seja realizada preferencialmente entre 17 a 21 semanas. (FE-

BRASGO,2011)

Quando a mulher tem testes sorológicos comprovan-

do ou altamente suspeitos de toxo plasmose aguda adquirida

durante a gravidez, ou quando há evidência de acometimento

fetal na ultrassonografia obstétrica, poderá ser realizada a pes-

quisa de DNA do Toxoplasma no líquido amniótico. (BRASIL,

2013)

3.2 MEDIDAS PROFILÁTICAS (PREVENÇÃO PRIMÁRIA)

• Lavar as mãos com água corrente e saponáceos ao

manipular alimentos;

• Lavar bem frutas, legumes e verduras antes de

ingeri-las;

• Evitar a ingestão de carnes cruas, mal cozidas ou

mal passadas, incluindo quibe cru e embutidos

(linguiça, salame, copa e outros);

• Evitar manuseio direto com solo, incluindo jardins,

parques, caso seja necessário, usar luvas e lavar

bem as mãos após a atividade;

• Evitar o contato com fezes de gato;

• Após manusear a carne crua, lavar bem as mãos

e toda a superfície que entrou em contato com o

alimento inclusive os utensílios utilizados;

• Não consumir leite e seus derivados crus, não

pasteurizados;

• A caixa de areia dos gatos deve ser limpa

preferencialmente por outra pessoa, todavia se não

possível, deve-se limpá-la e trocá-la diariamente

utilizando luvas e pás de lixo;

• Alimentar os gatos com carne cozida ou ração, não

permitindo que os mesmos façam a ingestão de

animais caçados;

• Lavar bem as mãos após o contato com os animais,

sempre utilizando água corrente e saponáceos

(BRASILa, 2012).

ATENÇÃO: As gestantes em uso de imunossu-

pressores (corticóides e quimioterápicos) ou com risco

para imunossupressão por HIV/AIDS, deverão seguir as

medidas profiláticas de prevenção primária pelo risco de

reinfecção em portadores da infecção crônica e que apre-

sentem disfunção imunológica. (MINISTÉRIO DA SAÚ-

DEb,2012; FIGUEIRÓ-FILHO,2007 apud MOZZATTO, PRO-

CIANOY, 2003)

3.3 INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS LABORATORIAIS

(adaptado de FEBRASGO,2011)

• Interpretação 1: IgG e IgM negativas:

SUSCETIBILIDADE → orientar prevenção primária e

realizar seguimento sorológico trimestral.

Soroconversão impõe tratamento.

• Interpretação 2: IgG positiva e IgM negativa:

IMUNIDADE (infecção pregressa).

• Interpretação 3: IgG negativa e IgM positiva:

PROVÁVEL INFECÇÃO RECENTE, repetir sorologia

em 21 dias → se resultar igual, sem relevância

clínica. iSe ambas positivas → soroconversão.i

• Interpretação 4: IgG e IgM positivas: PROVÁVEL

INFECÇÃO AGUDA. Afastar IgM residual

solicitando teste de avidez para anticorpos IgG:

Avidez fraca ou intermediária: DOENÇA RECENTE,

iniciar o tratamento e encaminhar para referência de

gestação alto risco.

Avidez forte: Idade Gestacional (IG) >16 semanas

→ INFECÇÃO RECENTE.

Idade Gestacional (IG) ≤ 16 semanas → DOENÇA

ANTIGA.

OBSERVAÇÃO:

- Do ponto de vista da atenção ao recém nascido, é

importante a realização do teste de avidez mesmo após a 16ª

semana, considerando que quando o exame é colhido após

16 semanas de gestação, um índice elevado de avidez indica

Page 9: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

9

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

apenas que a infecção foi adquirida no mínimo 3 a 4 meses an-

tes. Nessa situação, as únicas conclusões possíveis são que o

risco de transmissão vertical pode ser mais baixo e a chance

de dano ao feto, mais elevada (BRASIL, 2013).

- Nos casos com sorologias indeterminadas e/ou tes-

te de avidez intermediário deverão fazer nova coleta em 03

semanas para elucidação diagnóstica.

3.4 DEFINIÇÃO DE CASO DE TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA NA GESTAÇÃO

(adaptado de BRASIL, 2013)

• Infecção aguda materna comprovada (CASO

CONFIRMADO)

Soroconversão durante o período gestacional

Detecção do DNA do toxoplasma em líquido

amniótico por PCR

• Infecção aguda materna provável (SUSPEITA)

IgM e IgG reagentes, baixo índice de avidez (em

qualquer IG)

Aumento progressivo dos títulos de IgM e IgG

IgM reagente com história clínica sugestiva de

doença aguda

• Infecção materna possível

IgM e IgG reagentes com avidez alta ou

indeterminada (>16 sem IG)

IgM e IgG reagentes, em qualquer IG, sem teste de

avidez

• Infecção materna improvável

IgG reagente e IgM reagente ou não com avidez

alta (<16 sem IG)

• Infecção materna adquirida na gestação ausente

(CASO DESCARTADO)

IgG e IgM não reagentes durante toda a gestação/

parto (suscetível)

IgG reagente antes da gravidez (exceto em

imunodeficientes)

IgM reagente, sem aparecimento de IgG (falso

positivo)

3.5 TRATAMENTO DA TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA NA GESTAÇÃO

O tratamento deverá ser instituído tão precoce quan-

to possível, assim que houver comprovação laboratorial da

toxoplasmose adquirida na gestação. A terapêutica envolve

droga de ação parasitostática (Espiramicina) que atua sobre

a infecção placentária e uma associação de parasiticidas (Sul-

fadiazina e Pirimetamina com Ácido Folínico) que eliminam os

agentes que atravessaram a barreira placentária e que atingi-

ram o liquido amniótico e/ou o feto.

Iniciar com Espiramicina de forma contínua até a 16ª

semana de gestação (FLUXO I e II - pg 12 e 13).

A partir da 16ª semana de gestação, substituir a es-

piramicina por esquema SPAF (Sulfadiazina, Pirimetamina e

Ácido Folínico) até a 34ª semana gestacional, substituindo o

SPAF pela espiramicina.

O Quadro I sintetiza o esquema terapêutico preconi-

zado para toxoplasmose aguda (recente) em gestantes, nas

Unidades situadas em regiões onde não há possibilidade de

realização de pesquisa de PCR em tempo real no líquido am-

niótico . (FEBRASGO, 2011).

Em regiões onde há possibilidade de realização de

diagnóstico de infecção fetal, por meio da PCR em tempo real

no líquido amniótico, obtido por amniocentese realizada pre-

ferencialmente entre 17 a 21 semanas pode-se optar pelo se-

guinte esquema terapêutico: Iniciar com Espiramicina, se ges-

tação até 18ª semana. Após a 18ª semana de gestação, iniciar

com esquema tríplice: Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido Folí-

nico (SPAF), até obtenção do resultado da PCR em tempo real

(FLUXO III - pg 14).

Se resultado da PCR em tempo real positivo, conti-

nuar com esquema tríplice (SPAF) até o final da gestação. Se

resultado da PCR negativo, manter esquema terapêutico com

Espiramicina, até o final da gestação. (REMINGTON, 2011)

Na toxoplasmose adquirida após a 30ª semana da

gestação, o risco de infecção fetal é alto o suficiente para dis-

pensar procedimentos de diagnóstico fetal e indicar o início

imediato do tratamento em esquema tríplice (SPAF). (MINIS-

TÉRIO DA SAUDEb, 2012).

Acompanhar com USG fetal mensal ou a critério

médico e se houver alteração fetal como hidrocefalia, calcifi-

cações cerebrais, ascite, alterações de ecotextura hepática e

esplênica indicam a reintrodução do esquema SPAF até o final

da gestação. (MINISTÉRIO DA SAÚDEb, 2012)

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ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSEQ

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ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

4. TOXOPLASMOSE CONGÊNITA

O risco de infecção fetal está relacionado à idade ges-

tacional em que ocorreu a doença, sendo maior no terceiro tri-

mestre e no período periparto (até 80%). Entretanto, o risco de

lesões fetais graves é maior nas infecções maternas precoces,

se a soroconversão ocorreu no primeiro trimestre gestacional,

há 75% de chance da criança apresentar manifestações clí-

nicas até os três primeiros anos de vida. (FEBRASGO, 2011)

As alterações mais encontradas em recém-nascidos

com toxoplasmose congênita são: coriorretinite, hepatoesple-

nomegalia, linfadenopatia, icterícia, anemia, anormalidades

liquóricas, estrabismo, crises convulsivas, erupção cutânea,

hidrocefalia, calcificações cerebrais, macro ou microcefalia,

restrição do crescimento intrauterino, prematuridade, dister-

mias e sangramentos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).

Especificamente, as lesões oculares com perda pro-

gressiva e irreversível da visão poderão ser encontradas, não

somente no período neonatal, mas se instalarem ao longo da

adolescência ou vida adulta. (BAQUERO-ARTIGAO, 2012)

A toxoplasmose congênita deve ser compreendida

no conceito de vigilância à saúde do recém-nascido, em uma

abordagem que inicia antes do nascimento da criança, com a

atenção à saúde da gestante até a identificação do recém-nas-

cido (RN) de risco; captação por parte da equipe da unidade

básica de saúde desta criança após alta hospitalar e concomi-

tante seguimento em ambulatório de referência. (MINISTÉRIO

DA SAÚDE, 2011)

4.1 DEFINIÇÃO DE CASO DE TOXOPLASMOSE CONGÊNITA

O diagnóstico sorológico no recém-nascido é difi-

cultado pela presença de anticorpos de classe IgG maternos

transferidos por via transplacentária durante a gestação. Os

títulos de testes sorológicos para detecção de IgG no RN são

semelhantes aos títulos maternos no momento do parto. Títu-

los na criança quatro ou mais vezes maiores que os títulos ma-

ternos podem sugerir infecção congênita (preferencialmente

em testes realizados pelo mesmo ensaio e em paralelo com o

da mãe). Mas isso não é comum e pode acontecer em crian-

ças não infectadas. Os anticorpos IgG de transferência ma-

terna são gradativamente degradados pela criança ao longo

do primeiro ano de vida. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011 apud

ANDRADE, G.M.Q., 2006).

Toxoplasmose Congênita Confirmada Comprovada

(BRASIL, 2013; AAP, 2012; Mãe Curitibana, 2012)

• Crianças com IgM reagente, entre dois dias e seis

meses de idade.

• Crianças que, durante o acompanhamento,

apresentem persistência ou aumento de IgG após

1 mês de vida, independentemente da presença de

sinais ou sintomas da doença.

• Crianças com sinais e/ou sintomas sugestivos

de toxoplasmose congênita, filhos de mães com

doença aguda e crianças com IgG reagente para

toxoplasmose, após exclusão de outras possíveis

etiologias (sífilis, citomegalovírus, rubéola).

• Presença de Toxoplasma em tecido placentário.

Toxoplasmose Congênita Suspeita (Provável)

(Mãe Curitibana, p. 193, 2012)

• Crianças sintomáticas ou não, filhos de mãe com

toxoplasmose recente ou de tempo ignorado

durante a gestação.

• Crianças nascidas de mães com toxoplasmose

adquirida na gestação, independentemente da

presença de sinais e sintomas da doença, com

comprovação da transmissão vertical por avaliação

de IgG pareadas mãe-filho, com títulos na criança

quatro ou mais vezes superior aos títulos maternos.

• Crianças cujas mães apresentarem PCR positiva

para toxoplasmose no líquido amniótico.

• Crianças com sintomatologia e somente com IgG

positiva (independente da história materna)

• Crianças assintomáticas, com mães portadoras de

toxoplasmose aguda ou duvidosa e somente com

IgG positiva.

4.2 CONDUTA COM O RECÉM-NASCIDO

4.2.1 Definir diagnóstico materno

• Mãe com doença aguda:

- Soro conversão na gestação IgM e IgG não

reagentes e posteriormente reagentes

- IgM reagente e IgG não reagente e após ambos

reagentes

- IgM e IgG reagentes com avidez fraca ou

indeterminada em qualquer momento da gestação.

• Mãe com doença duvidosa (suspeita):

- IgM e IgG reagentes, sem realização de avidez

ou com avidez forte realizada após 17 semanas de

gestação.

4.2.2 Investigação complementar em filho de mãe com toxoplasmose aguda

(adaptado de REMINGTON, 2011; Mãe Curitibana, 2012)

• Sorologia para toxoplasmose (IgG, IgM);

• Hemograma com plaquetas: avaliar anemia,

plaquetopenia ou eosinofilia;

Page 12: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

12

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

• Perfil hepático (TGO e TGP; se alterados, solicitar-

GT, fosfatase alcalina e bilirrubinas);

• Nos casos confirmados (IgM + no RN ou algum

outro exame alterado): coletar LCR (citobioquímico);

• USG crânio (transfontanelar), se alterada TC crânio;

• ·Exame oftalmológico (fundoscopia): idealmente na

1ª semana de vida, antes de iniciar o tratamento.

• Teste da Orelhinha (exame de emissão otoacústica

evocada)

4.2.3 Investigação complementar em filho de mãe com toxoplasmose duvidosa (suspeita)

• Sorologia para toxoplasmose (IgG, IgM)

Se IgG > 200 Solicitar: USG crânio e fundo de olho

-Se IgG ≤ 200 Não é necessário completar

investigação

• Hemograma com plaquetas;

• Perfil hepático (TGO, TGP e GT);

• Nos casos confirmados (IgM + ou algum outro

exame alterado): coletar LCR ( citobioquímico);

• Iniciar tratamento com esquema tríplice (SPAF)

somente se houver alterações nos exames

complementares

4.3 TRATAMENTO DA TOXOPLASMOSE CONGÊNITA

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013)

O tratamento inicia-se na fase antenatal, quando a

infecção do feto é confirmada ou altamente suspeita (após re-

sultado positivo na PCR em tempo real realizada no líquido

amniótico ou detecção de anormalidades características na

ultrassonografia obstétrica), sendo indicado o uso da asso-

ciação de sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico pela mãe

para tratamento fetal.

Após o nascimento, sugere-se iniciar o tratamento

imediatamente em recém natos com toxoplasmose adquirida

na gestação (comprovada, provável ou suspeita).

As drogas recomendadas para o tratamento da to-

xoplasmose congênita são sulfadiazina, pirimetamina e ácido

folínico, utilizados de forma continuada durante 12 meses,

para casos confirmados ou que não foi possível a exclusão da

infecção, independente da presença de sinais e/ou sintomas

da doença.

Havendo presença de coriorretinite em atividade ou

de hiperproteinorraquia (proteína no líquor acima de 1.000mg/

dL), deve-se associar prednisona ou prednisolona, mantida

até que ocorra melhora do quadro. (MINISTÉRIO DA SAÚ-

DE, 2013 apud MCLEOD, R. et al. Congenital toxoplasmosis,

2006). O Quadro II detalha os medicamentos utilizados para

tratamento da toxoplasmose congênita durante o primeiro ano

de vida:

Page 13: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

13

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

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Page 14: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

14

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

Os medicamentos acima estão disponíveis apenas

sob a forma de comprimidos. É recomendável a preparação

de soluções em farmácias de manipulação com as seguintes

concentrações:

• Sulfadiazina 100mg/ml (prazo de validade de 07

dias)

• Pirimetamina 02mg/ml (prazo de validade de 07

dias)

• Ácido Folínico fracionamento para cápsulas com 10

mg cada.

5. DISPONIBILIDADE DE MEDICAMENTOS NO SUS

A Portaria GM/MS nº 1.555, de 30/07/13, dispõe so-

bre as normas de financiamento e de execução do Compo-

nente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) no âmbito

do Sistema Único de Saúde (SUS).

O CBAF destina-se à aquisição de medicamentos e

insumos, incluindo-se aqueles relacionados a agravos e pro-

gramas de saúde específicos, no âmbito da Atenção Básica à

Saúde.

Os Municípios são responsáveis pela seleção, pro-

gramação, aquisição, armazenamento, controle de estoque e

prazos de validade, distribuição e dispensação dos medica-

mentos e insumos do CBAF, constantes dos Anexos I e IV da

RENAME vigente.

Os medicamentos constantes do esquema terapêu-

tico desta diretriz (Ácido Folínico 15 mg, Espiramicina 500

mg, Pirimetamina 25 mg e Sulfadiazina 500 mg), constam da

RENAME vigente e do Elenco de Referência Estadual de Me-

dicamentos e Insumos do CBAF (Deliberação da Comissão

Intergestores Bipartite CIB/PR nº 507, de 26/12/13), portanto

são de responsabilidade de aquisição dos municípios para-

naenses.

Do mesmo modo, a contratualização da Farmácia de

Manipulação é de responsabilidade do município, que deve

organizar-se de forma a garantir às crianças o medicamento

manipulado logo após o nascimento.

A Farmácia de Manipulação contratualizada pelo mu-

nicípio deverá atender o disposto na Resolução da Diretoria

Colegiada/ANVISA – RDC nº 67/2007 que “Dispõe sobre Boas

Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Ofici-

nais para Uso Humano em farmácias”.

Em anexo encontram-se os modelos de documentos

necessários para o processo de tratamento: Termo de Con-

sentimento Informado; Relatório Médico Específico para a So-

licitação de medicamento para o tratamento da toxoplasmose

adquirida na gestação e Solicitação de medicamento para o

tratamento da toxoplasmose congênita.

6. VIGILÂNCIA EM TOXOPLASMOSE

A partir de 2011, a notificação da toxoplasmose ad-

quirida na gestação e congênita passou a ser compulsória

no Brasil, conforme consta no Anexo III da Portaria GM/MS

no. 104 de 25/01/2011, sendo incluída na Lista de Notificação

Compulsória em Unidades Sentinelas - LNCS13. No Estado

todas as fontes notificadoras foram consideradas sentinelas

registrando a inclusão da ocorrência dos casos. No Brasil o

Ministério da Saúde reeditou recentemente esta legislação na

Portaria GM/MS nº 1271/2014, a ser regulamentada em norma

técnica específica.

No programa SinanNet a notificação individual de

casos suspeitos ou confirmados da toxoplasmose adquirida

na gestação deverá ser realizada com o CID O98.6 (Doenças

Causadas por Protozoários complicando a Gravidez, o Parto

e Puerpério). A notificação individual de toxoplasmose congê-

nita deverá ser realizada com o CID P37.1. Os demais casos

de Toxoplasmose deverão ser notificadas com o CID B58.9 to-

xoplasmose não especificada (agravo de interesse estadual).

Neste contexto, torna-se importante manter a ex-

periência bem sucedida do Paraná, caminhando na direção

do aprimoramento da informação epidemiológica. Recomen-

da-se aos municípios a implementação do registro de casos

suspeitos adotando a sistematização do encerramento da in-

vestigação no SINAN, conforme os critérios de confirmação

preconizados nesta Diretriz.

Page 15: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

15

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

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Page 17: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

17

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

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18

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

APÊNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO

Tratamento Toxoplasmose Adquirida na Gestação

Eu __________________________________________________________________________________________________________ (nome completo da gestante), abaixo identificada e firmada declaro ter sido informada claramente sobre todas as indicações, con-tra-indicações, principais efeitos colaterais relacionados ao uso dos medicamentos Espiramicina, Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido Folínico, indicados para o tratamento da toxoplasmose adquirida na gestação.

Estou ciente de que este medicamento somente pode ser utilizado por mim, comprometendo-me a devolvê-lo caso o tra-tamento seja interrompido.

Os termos médicos foram explicados e todas as minhas dúvidas foram esclarecidas pelo médico _____________________

_____________________________________________________________________________________ CRM __________________________ (nome completo do médico prescritor).

Expresso também minha concordância e espontânea vontade em submeter-me ao referido tratamento, assumindo a res-ponsabilidade e os riscos pelos eventuais efeitos indesejáveis decorrentes.

Assim declaro que:Fui claramente informada de que os medicamentos que passo a receber podem trazer os seguintes benefícios:

• Espiramicina: impede ou retarda a passagem do Toxoplasma gondii para o feto, diminuindo ou evitando o acometimento do mesmo, até a 16ª semana de gestação.

• Pirimetamina e Sulfadiazina: esta associação é utilizada no tratamento da toxoplasmose, evitando ou diminuindo as seqüelas congênitas.

• Ácido Folínico: em uso concomitante com a Pirimetamina, evita o efeito tóxico da Pirimetamina, prevenindo a depressão medular causada por esta droga, evitando assim a anemia subseqüente.

Fui também claramente informada a respeito dos seguintes potenciais efeitos colaterais, contra-indicações e riscos: • Reações de hipersensibilidade podem ocorrer com a associação de Pirimetamina e Sulfadiazina, como eritema multi-forme, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica.

• Possíveis efeitos adversos da Sulfadiazina: cefaléia, febre, tontura, letargia, anorexia, diarréia, náusea, vômitos, hepa-tite, gota, nefrite, intersticial, necrose tubular, discrasias sanguíneas, hematúria, reação alérgica, prurido, fotossensibi-lidade, hipotireoidismo. Pode causar danos à criança (Kernicterus).

• Possíveis efeitos adversos da Pirimetamina: lesões cutâneas, dor de garganta, palidez, glossite ou púrpura, como sin-tomas iniciais de hipersensibilidade. Em doses elevadas ou prolongadas pode causar efeitos adversos hematológicos, como resultado de deficiência de ácido fólico.

Estou ciente de que posso suspender o tratamento a qualquer momento, mas que comunicarei ao médico que se houver esta tomada de decisão, sem que este fato implique em qualquer forma de constrangimento entre mim e meu médico, que se dispõe a continuar me tratando em quaisquer circunstâncias.

Autorizo o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde a fazer uso de informações relativas ao meu tratamento, para fins de pesquisa, desde que assegurado o anonimato.

Declaro, finalmente, ter compreendido e concordado com todos os termos deste Consentimento Informado.Assim, o faço por livre e espontânea vontade e por decisão conjunta, minha e de meu médico

Paciente: ____________________________________________________________________________________________________________

Documento de identidade: _____________________________________________________________________________________________

Idade: __________ Endereço:____________________________________________________________________________________________

Cidade: ___________________________________________________________________________________ CEP: ______________________

Telefone: ( ) ______________________________________________________________________________________________________

Responsável legal (quando for o caso)___________________________________________________________________________________

Documento de identidade do responsável legal:____________________________________________________________________________

Assinatura do paciente ou do responsável legal: __________________________________________________________________________

Médico responsável: ________________________________________________________________________CRM: ______________________

UF: __________ Endereço:_______________________________________________________________________________________________

Cidade: ___________________________________________________________________________________ CEP: ______________________

Telefone: ( ) ______________________________________________________________________________________________________

Assinatura e carimbo do médico:_____________________________________________________________________Data: ____/____/____

Page 19: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

19

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

APÊNDICE II

Modelo de solicitação de medicamento para o tratamento da toxoplasmose adquirida na gestação e toxoplasmose con-

gênita

RELATÓRIO MÉDICO ESPECÍFICO PARA SOLICITAÇÃO DE MEDICAÇÃO PARA TRATAMENTO DA TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA NA GESTAÇÃO

1. DADOS DA GESTANTE:

Nome: Nº notificação (SISVAN)

Semana gestacional: Idade:

Regional de Saúde: Município:

2. RESULTADOS DE EXAMES:

IgG ( ) Reagente ( ) Não Reagente Data da coleta:____/____/____

IgM ( ) Reagente ( ) Não Reagente ( ) Indeterminado___ Data da coleta:____/____/____

Teste de Avidez ( ) Fraca ( ) Intermediária ( ) Forte___Data da coleta:____/____/____

PCR Líquido Amniótico ( ) Reagente ( ) Não Reagente______________ Data da coleta:____/____/____

Observações: ________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________

(Declarar se houve dificuldades na realização dos exames)

3. TRATAMENTO:

3.1. Medicamentos prescritos:

Medicamento Posologia

Ácido Folínico cp 15 mg (AF)

Espiramicina cp 500mg ou 1.500.000 UI (E)

Pirimetamina cp 25 mg (P)

Sulfadiazina cp 500 mg (S)

3.2. Esquema de tratamento (marcar com X)

Semana gestacional AF E P S

Gestante SEM pesquisa de PCR no líquido amniótico

Até 16ª semana

A partir da 16ª sem. até o parto

Gestante COM pesquisa de PCR no líquido amniótico

Até 18ª semana

A partir da 18ª sem. até o parto

Page 20: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

20

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

4. JUSTIFICATIVA PARA PRESCRIÇÃO EM DESACORDO COM AS DIRETRIZES CLÍNICAS, LABORATORIAIS E TERAPÊUTICAS

PARA TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA NA GESTAÇÃO E/OU JUSTIFICATIVA PARA DIAGNÓSTICO TARDIO:

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5. DADOS DO MÉDICO:

Médico Solicitante: ______________________________________________________________ CRM: ________________

Assinatura e Carimbo: Data: _____/_____/_____

Nome do Estabelecimento de Saúde: ___________________________________________________________________

Endereço do Estabelecimento: _________________________________________________________________________

Page 21: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

21

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

RELATÓRIO MÉDICO ESPECÍFICO PARA SOLICITAÇÃO DE MEDICAÇÃO PARA TRATAMENTO DA TOXOPLASMOSE CONGÊNITA

1. DADOS DA CRIANÇA:

Nome da criança: nº notificação (SISVAN)

Nome da mãe: Idade:

Regional de Saúde: Município:

2. RESULTADOS DE EXAMES:

IgG ( ) Reagente ( ) Não Reagente Data da coleta: ____/____/____

IgM ( ) Reagente ( ) Não Reagente ( ) Indeterminado_ Data da coleta: ____/____/____

IgA ( ) Reagente ( ) Não Reagente ( ) Indeterminado_ Data da coleta: ____/____/____

PCR Líquido Amniótico ( ) Positivo ( ) Negativo ( ) Não Realizado_Data da coleta: ____/____/____

Observações: ________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________

(Declarar se houve dificuldades na realização dos exames)

3. TRATAMENTO:

3.1. Medicamentos prescritos:

Apresentação do medicamento Posologia

Ácido Folínico cp 15 mg (AF)

Espiramicina cp 500mg ou 1.500.000 UI (E)

Pirimetamina cp 25 mg (P)

Sulfadiazina cp 500 mg (S)

Prednisona (PRED) (cp de 5 mg ou cp de 20 mg) ouPrednisolona (PRED-L) (cp 20 mg ou 1mg/ml ou 3 mg/ml )

3.2. Esquema de tratamento (marcar com X)

Idade Peso da criança AF E P S PRED PRED-L

1º mês

2º mês

3º mês

4º mês

Page 22: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

22

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

4. JUSTIFICATIVA PARA PRESCRIÇÃO EM DESACORDO COM AS DIRETRIZES CLÍNICAS, LABORATORIAIS E TERAPÊUTICAS

PARA TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA NA GESTAÇÃO E/OU JUSTIFICATIVA PARA DIAGNÓSTICO TARDIO:

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5. DADOS DO MÉDICO:

Médico Solicitante: ______________________________________________________________ CRM: ________________

Assinatura e Carimbo: Data: _____/_____/_____

Nome do Estabelecimento de Saúde: ___________________________________________________________________

Endereço do Estabelecimento: _________________________________________________________________________

Page 23: CADERNO DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL TOXOPLASMOSE

23

ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE

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3. BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção à Saúde do

Recém-Nascido. Guia para os profissionais de Saúde.

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8. CURITIBA. Secretaria Municipal de Saúde. Programa

Mãe Curitibana. Curitiba; 2004.

9. FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de

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10. FIGUEIRÓ-FILHO, E. A.; Junior C. N.; Celso; Almeida,

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11. GILBERT RE, FREEMAN K, LAGO EG, BAHIA-

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ATENÇÃO AO PRÉ NATAL TOXOPLASMOSE