caderno aluno 2014

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Base Experimental das Ciências Naturais BC0001 (0-3-2) Caderno de laboratório ALUNO 2014

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  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 1

    Base Experimental

    das Cincias Naturais

    BC0001 (0-3-2)

    Caderno de laboratrio

    ALUNO

    2014

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 2

    NDICE

    Cronograma ....................................................................... 3

    Segurana e normas de trabalho no laboratrio ....................... 4

    Critrios de avaliao ........................................................... 6

    Coordenao da disciplina e site ............................................ 6

    Experimento 1: O Mtodo Cientfico na Resoluo de Problemas 7

    Ficha de Dados ........................................................... 11

    Experimento 2: Microbiologia e sade ................................... 16

    Experimento 3: Construo de um Sensor de Temperatura 31

    Ficha de Dados ........................................................... 38

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 3

    Cronograma

    JUNHO Planejamento

    Sem Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sb

    I

    2h 22 23 24 25 26 27 28

    Apresentao da disciplina.

    Apresentao das normas de seg. e equipamentos

    Definio dos grupos de trabalho do Projeto

    Final.

    JUNHO/JULHO/AGOSTO Planejamento

    Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sb

    II

    4h 29 30 1 2 3 4 5

    Experimento 1: O Mtodo Cientfico na

    Resoluo de Problemas

    Entregar a Ficha de Dados - Exp.1

    I

    2h 6 7 8 9

    feriado 10 11 12

    Entrega de UM caderno por GRUPO para correo

    do Exp.1

    Incio Projeto Final.

    Discusses sobre ideias com os docentes Levantamento da lista de materiais e coordenao

    com os tcnicos

    II

    4h 13 14 15 16 17 18 19

    Experimento 2: Microbiologia e Sade

    (esse experimento no possui Ficha de Dados)

    Devoluo do Caderno de Aluno corrigido (Exp. 1)

    I

    2h 20 21 22 23 24 25 26 Projeto Final Parte 1

    II

    4h 27 28 29 30 31 1 2

    Projeto Final Parte 2 Entregar UM caderno por GRUPO para correo do

    Exp. 2

    AGOSTO Planejamento

    Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sb

    I

    2h 3 4 5 6 7 8 9

    Experimento 3: Construo de um sensor de

    temperatura.

    Devoluo do caderno corrigido Exp. 2.

    Entregar a Ficha de Dados - Exp.3

    II

    4h 10 11 12 13 14 15 16

    Projeto Final Parte 3 Entregar UM caderno por GRUPO para correo do

    Exp. 3

    I

    2h 17 18 19 20

    feriado 21 22 23

    Projeto Final Parte 4 Escrita cientfica iniciar confeco dos resumos

    expandidos. ltimos procedimentos prticos.

    II

    4h 24 25 26 27 28 29 30

    Projeto Final Parte 5 Confeco dos resumos expandidos Escrita

    cientfica. Devoluo do caderno Exp. 3 corrigido.

    SETEMBRO Planejamento

    Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sb

    I

    2h 31 1 2 3 4 5 6

    Finalizao do Projeto Final: Confeco dos

    painis (modelos disponveis no site)

    #2 de setembro: Prazo mximo para entrega dos

    resumos expandidos #

    II 7 8 9 10 11 12 13

    10 de Setembro: XII Simpsio de BECN (8h00

    matutino e 19h00 noturno)

    12 de setembro: Premiao (19h00)

    14 15 16 17 18 19 20 15 de setembro: Incio do recesso

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 4

    Segurana e normas de trabalho no laboratrio

    Leia integralmente as Normas de segurana para os laboratrios

    didticos, disponvel no site da disciplina de Base Experimental das

    Cincias Naturais.

    Em resumo:

    Segurana

    Conhea a localizao dos chuveiros de emergncia, extintores e

    lavadores de olhos;

    Use sempre avental, mantenha os cabelos presos e use calados

    fechados;

    Os culos so obrigatrios!

    Usar a capela sempre que possvel;

    Nunca pipete com a boca, no cheire, nem experimente os produtos

    qumicos;

    Comes e bebes, s fora do laboratrio;

    Consulte o professor cada vez que notar algo anormal ou imprevisto;

    Comunique qualquer acidente ao professor, por menor que seja;

    Se utilizar chama, mantenha-a longe de qualquer reagente!

    Nunca brinque no laboratrio;

    Evite o contato de qualquer substncia com a pele;

    Nunca aquea o tubo de ensaio, apontando a extremidade aberta para

    um colega ou para si mesmo;

    Cuidado ao aquecer vidro em chama: o vidro quente tem exatamente a

    mesma aparncia do frio

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 5

    Segurana e normas de trabalho no laboratrio

    Procedimentos gerais

    Siga rigorosamente as instrues fornecidas pelo professor.

    Pesquise sempre a toxicidade dos reagentes antes das prticas.

    Nunca abra um recipiente de reagente antes de ler o rtulo.

    Evite contaminar reagentes, nunca retorne o excedente aos frascos de

    origem.

    Adicione sempre cidos gua, nunca gua a cidos.

    No coloque nenhum material slido dentro da pia ou dos ralos.

    No coloque resduos de solventes na pia ou no ralo; h recipientes

    apropriados para isso.

    No atire vidro quebrado no lixo comum. Deve haver um recipiente

    especfico para fragmentos de vidro.

    Verifique se as conexes e ligaes esto seguras antes de iniciar uma

    reao/destilao

    Ao terminar a aula prtica, lave o material utilizado e deixe-o em

    ordem na bandeja disponvel sobre a bancada (kit).

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 6

    Site da disciplina: http://becn.ufabc.edu.br

    Critrios de avaliao

    A mdia da disciplina ser calculada utilizando a equao abaixo:

    Mdia = 0,5 Exp.1 + Exp.2 + Exp. 3 + NIA + 0,5 [Projeto Final]

    4

    Onde:

    Exp. 1 = Nota da atividade (a partir da avaliao no caderno de

    laboratrio) do Experimento 1.

    Exp. 2 = Nota da atividade (a partir da avaliao no caderno de

    laboratrio) do Experimento 2.

    Exp. 3 = Nota da atividade (a partir da avaliao no caderno de

    laboratrio) do Experimento 3.

    NIA = Nota individual de entrega das Fichas de Dados

    Projeto Final = Nota da pesquisa desenvolvida na disciplina, que inclui a

    nota do projeto, do resumo expandido, do desenvolvimento experimental e

    do painel apresentado no Simpsio de BECN.

    Coordenao da disciplina e site

    A disciplina possui um docente coordenador e dois docentes que

    compem a Comisso de BECN. So eles:

    Coordenador DE BECN: Prof. Dr. Jeroen Schoenmaker

    ([email protected]) CECS

    Membro da comisso: Profa. Dra. Elizabeth Teodorov

    ([email protected]) CMCC

    Membro da comisso: Prof. Dr. Camilo Andrea Angelucci

    ([email protected]) CCNH

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 7

    Experimento 1 O Mtodo Cientfico na

    Resoluo de Problemas

    INTRODUO

    A determinao da fronteira entre o que pode e o que no pode ser

    considerado cincia consiste em um grande tema de discusso para

    cientistas e filsofos da cincia. O problema da demarcao, como e

    conhecido esse debate, inclui grandes figuras da cincia e da filosofia, tais

    como Francis Bacon, Rene Descartes, Karl Popper, Thomas Kuhn e Gaston

    Bachelard e esta relacionado com fatores como: a mensurabilidade e a

    reprodutibilidade de um experimento, o poder explicativo de uma teoria

    cientfica, a correlao com outras teorias aceitas, a falseabilidade, o

    conceito de verdade, a aceitao pela comunidade cientifica, etc.

    Intimamente correlacionado com o problema da demarcao, o mtodo

    cientifico tambm fica em evidencia nas discusses cientificas e filosficas.

    O mtodo cientfico e um mtodo ou procedimento que tem caracterizado

    as cincias naturais desde o sculo XVII e consiste na: observao

    sistemtica, realizao de medidas e experimentos, formulao de

    hiptese, novos ensaios para fortalecimento ou modificao de hipteses.

    No amago do mtodo cientifico esta a abordagem amplamente utilizada

    denominada abordagem hipottico-dedutiva. Nesse experimento

    trataremos de forma pratica e intuitiva o mtodo hipottico-dedutivo para

    obteno de valores cognitivos em grau elevado (ou seja, obter maior

    compreenso da natureza).

    OBJETIVO

    Utilizar o mtodo cientfico para decidir se dois lquidos com caractersticas

    macroscpicas similares so a mesma substncia. Formular a hiptese que

    comprove a semelhana ou a diferena na composio dos lquidos com

    base nas observaes a serem realizadas.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 8

    Experimento 1 O Mtodo Cientfico na

    Resoluo de Problemas

    PARTE EXPERIMENTAL

    Material e Reagentes

    Balo volumtrico de 50 mL (2 unidades)

    Basto de vidro (1 unidade)

    Bquer de 100 mL (2 unidades)

    Bquer de 250 mL (1 unidade)

    Frasco erlenmeyer de 125 mL com tampa (2 unidades)

    Proveta de 50 mL (1 unidade)

    gua destilada

    Glicose P.A.

    Hidrxido de sdio P.A.

    Soluo de azul de metileno 0,01%

    Balana analtica

    Cronmetro (1 unidade)

    Pipetador automtico (1 unidade)

    Caneta de retroprojetor

    Papel toalha

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 9

    Experimento 1 O Mtodo Cientfico na

    Resoluo de Problemas

    Procedimentos

    PARTE A Preparo das solues.

    Coloque 170 mL de gua destilada a um erlenmeyer com 3,5 g de

    hidrxido de sdio, previamente pesado em balana analtica. Agite at a

    completa dissoluo. Aguarde alguns minutos at a soluo retornar

    temperatura ambiente. Enquanto aguarda, pese 6,0 g de glicose e 0,1 g de

    NaCl separadamente.

    Dissolva a glicose e o sal na soluo de hidrxido de sdio. Aps completa

    dissoluo, adicione 5 mL da soluo de azul de metileno 0,01%. Agite a

    soluo at completa homogeneizao. Reserve.

    PARTE B Experimentao.

    Utilize a soluo para encher um dos erlenmeyers completamente.

    DICA: Coloque papel toalha embaixo do frasco j que existe possibilidade

    de derramar um pouco de soluo.

    Tampe-o em seguida.

    Outro erlenmeyer deve ser

    preenchido at a metade de seu volume.

    Com uma caneta de retroprojetor,

    identifique o erlenmeyer totalmente

    cheio como FRASCO B e o outro como

    FRASCO A.

    Agite vigorosamente, usando movimento de cima para baixo, por um

    mesmo perodo de tempo, os dois frascos. Garanta que seu polegar prenda

    Figura 1. Agitao dos frascos

    erlenmeyers.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 10

    Experimento 1 O Mtodo Cientfico na

    Resoluo de Problemas

    a tampa do erlenmeyer durante agitao, conforme Figura 1. Observe os

    frascos cuidadosamente. Anote suas observaes na Tabela 1.

    Faa a quantidade de testes que achar conveniente para explorar todas as

    variveis envolvidas no experimento. A partir de todas as observaes,

    elabore uma concluso sobre o fenmeno observado.

    REFERNCIAS

    Glencoe; Biology The Dynamics of Life, Laboratory Manual. McGrawHill.

    Columbus, 1999.

    Chalmers, A.F.; O que a cincia, afinal? So Paulo: Brasiliense, 1993.

    Bachelard, G.; A formao do esprito cientfico: contribuio para uma

    psicanlise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

    Se voc encontrar erros ou tiver sugestes para melhorar este roteiro,

    mande um e-mail para [email protected].

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 11

    Ficha de dados Entregar ao docente

    O Mtodo Cientfico na

    Resoluo de Problemas

    Nome Docente

    Tabela 1. Efeito da agitao nos contedos dos frascos A e B(cheio).

    Semelhanas Diferenas

    Tabela 2. Testes realizados pelo grupo.

    Descrio simplificada do

    teste

    Observaes e Concluses

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 12

    Em branco

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 13

    Atividade 1 O Mtodo Cientfico na

    Resoluo de Problemas

    DADOS

    Tabela 1. Efeito da agitao nos contedos dos frascos A e B(cheio).

    Semelhanas Diferenas

    Tabela 2. Testes realizados pelo grupo.

    Descrio simplificada do

    teste

    Observaes e Concluses

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 14

    Atividade 1 O Mtodo Cientfico na

    Resoluo de Problemas

    ANLISE DOS DADOS

    1. Qual sua hiptese inicial sobre o fenmeno observado?

    2. Que substncia, presente no frasco A, pode ter sido responsvel pela

    mudana observada no lquido? Como chegou a esta concluso?

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 15

    Atividade 1 O Mtodo Cientfico na

    Resoluo de Problemas

    3. Descreva detalhadamente o procedimento experimental realizado

    para explorar as variveis inerentes ao fenmeno estudado.

    4. Alm do prprio lquido, alguma outra substncia foi necessria para

    que houvesse mudana nas propriedades macroscpicas observadas?

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 16

    Atividade 1 O Mtodo Cientfico na

    Resoluo de Problemas

    5. Com base nos procedimentos adotados e nas observaes realizadas,

    o que se quer dizer com a frase resoluo de problemas utilizando o

    mtodo cientfico?

    6. A partir das observaes obtidas nos experimentos desenvolvidos

    pelo seu grupo, a qual concluso se chegou? A concluso confere com

    a hiptese? Justifique.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 17

    Experimento 2 Microbiologia e sade

    INTRODUO

    A microbiologia o estudo de micro-organismos que so definidos,

    em princpio, como seres microscpicos. Apesar de ser uma viso bastante

    simplificada, de modo geral, correta. Estes seres englobam uma grande

    diversidade biolgica cujos principais grupos so os vrus, as bactrias, as

    rqueas, os protozorios e os fungos.

    Os micro-organismos so encontrados em praticamente todos os

    ambientes naturais como o solo, o ar, a gua, o esgoto, as plantas, os

    seres humanos e outros animais. Desta forma, para estudar os micro-

    organismos, de um determinado material/ambiente, todo o procedimento

    deve ser realizado em um ambiente livre de outros micro-organismos

    (chamado ambiente estril). Isto significa que o micro-organismo

    encontrado no experimento ser oriundo do material/ambiente estudando.

    Existem algumas manobras durante a manipulao do material que

    impedem a entrada de microrganismos no sistema em estudo, conhecidas

    como manobras asspticas. Tais manobras envolvem basicamente o bico

    de Bunsen (Figura 1) e a realizao de toda a manipulao dever ser

    realizada dentro da zona de segurana. A zona de segurana a regio

    em torno mais prxima possvel chama, sem que haja perigo de

    superaquecimento ou queimaduras.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 18

    Experimento 2 Microbiologia e sade

    Figura 1. Grfico de contorno indicando a variao de temperatura e as zonas da chama produzida

    pela combusto de GLP e ar.

    A utilizao do bico de Bunsen essencial, pois visa a diminuio de

    micro-organismos no campo de trabalho atravs do calor. Para isso, ele

    apresenta uma regulagem que torna possvel selecionar o tipo de chama

    ideal para o trabalho. No caso da microbiologia, deve ser utilizada a chama

    azul j que esta atinge maiores temperaturas e no apresenta fuligem.

    importante ressaltar que a chama apresenta diferentes zonas, e tal fato

    importante para que o processo de flambagem seja executado

    adequadamente. As zonas da chama so: zona neutra ( uma regio mais

    fria e no deve ser utilizada para a flambagem), zona redutora e zona

    oxidante (so zonas onde ocorre a combusto e podem ser utilizadas para

    a flambagem).

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 19

    Experimento 2 Microbiologia e sade

    O material utilizado na manipulao (meios de cultura, vidraria, entre

    outros) tambm deve ser livre de micro-organismos. Para torn-los estreis

    ou para controlar o crescimento bacteriano nesse material, diversos

    mtodos de assepsia e desinfeco, qumicos ou fsicos, so utilizados. As

    Tabelas 1 e 2 mostram os principais mtodos de assepsia de desinfeco.

    Tabela 1. Mtodos qumicos de assepsia e desinfeco.

    Agente Uso Modo de ao Tempo de

    exposio

    Alcois (70-

    80%)

    Antisspticos

    Desinfectantes

    Desnaturao proteica

    Dissoluo de lipdios

    Curto (10-15

    min)

    Fenis Desinfectantes Desnaturao proteica Efeito imediato

    Compostos

    quaternrios

    de amnio

    Antisspticos

    Sanitizantes

    Desinfectantes

    (instrumentos cirrgicos)

    Alterao da membrana

    celular bacteriana

    Curto (10-30

    min)

    Cloro Tratamento de gua Inativao enzimtica

    Agente oxidante Efeito imediato

    Iodo Antisspticos

    Desinfectantes Inativao enzimtica Efeito imediato

    Iodforos Antisspticos

    Desinfectantes Inativao enzimtica Efeito imediato

    Aldedos

    Desinfectantes

    (instrumentos e

    superfcies)

    Desnaturao proteica

    Agente alquilante

    Curto (formas

    vegetativas)

    Prolongado

    (esporos)

    Metais

    pesados Antisspticos Inativao enzimtica

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 20

    Experimento 2 Microbiologia e sade

    Tabela 2. Mtodos fsicos de assepsia e desinfeco.

    Calor mido

    (autoclave)

    Vidraria, meios de

    cultura, artigos

    hospitalares

    Desnaturao proteica 20 minutos

    Calor seco

    (estufa a

    170 C)

    Instrumentos metlicos,

    leos e vidrarias

    Desnaturao proteica

    Oxidao 2 horas

    Filtrao Lquidos e meios de

    cultura

    Reteno de partculas

    maiores que o poro do

    filtro

    Efeito imediato

    Radiao

    (ionizante,

    ultravioleta)

    Vidraia, plsticos,

    superfcies, preservao

    de alimentos

    Formao de dmeros

    de piridina no DNA e de

    radicais livres

    15 minutos

    (UV)

    Outros procedimentos podem ser realizados para evitar ou restringir

    o crescimento de micro-organismos em meios de cultura. Um exemplo a

    adio de antibiticos. Antibiticos so compostos que tm efeito citotxico

    ou citosttico sobre clulas bacterianas. Os antibiticos mais utilizados so

    os que inibem a sntese da parece celular bacteriana (ex: beta-lactmicos),

    os que inibem a sntese proteica das bactrias (ex: aminoglicosdicos), os

    que inibem a replicao bacteriana (quinolonas) e os que citotoxicidade por

    produo de intermedirios reativos (ex: nitrofuranos).

    Para identificar se as colnias de micro-organismos em um meio de

    cultura so fungos ou bactrias, uma anlise preliminar pode ser feita

    analisando-se apenas caractersticas macroscpicas (Figura 2). De acordo

    com as caractersticas observadas, como tamanho, forma, resistncia ao

    antibitico, possvel identificar a provvel natureza de alguns micro-

    organismos. Para sabermos se um determinado micro-organismo bactria

    ou fungo, testes mais sofisticados podem ser necessrios.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 21

    Experimento 2 Microbiologia e sade

    Figura 2. Chave de identificao dos micro-organismos.

    Uma forma simples de diferenciar fungos (Eukarya) de bactrias

    (Procarya) observando sua morfologia macro- e microscpica. Os fungos

    podem ser morfologicamente divididos em dois grandes grupos:

    filamentosos e no-filamentosos (Figura 3). Os fungos filamentosos so

    multicelulares e forma estruturas em forma de tubos chamadas hifas. Estes

    fungos foram colnias com aspectos morfolgicos semelhantes a fiapos de

    algodo, veludos, pelos. Os fungos no-filamentosos so geralmente

    organismos unicelulares confundidas com colnias de bactrias. A

    diferenciao realizada pela observao em microscpico ptico: clulas

    eucariticas so maiores que as procariticas. Alm disso, bactrias podem

    ser de diversas formas: cocos (esfricas ou arredondadas), bacilos (na

    forma de basto), vibrilo (forma de vrgula), espirilo (forma espiral).

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 22

    Experimento 2 Microbiologia e sade

    Figura 3. Fotomicrografias de fungos observados ao ptico de contraste interferencial. A, fungo

    filamentoso Chytridium confervae. As setas indicam as hifas desse fungo. B, Fungo no filamentoso

    (leveduriforme) do gnero Saccharomyces.

    OBJETIVO

    Verificar a presena de microorganismos em diversos

    objetos/ambientes em meios de cultura com ou sem antibitico. Para tal,

    todo o procedimento dever ser realizado utilizando manobras asspticas

    em ambiente estril.

    PARTE EXPERIMENTAL

    Material e Reagentes

    Balana semi-analtica.

    Esptulas de pesagem.

    Bqueres de 100 mL.

    Proveta de 100 mL.

    1 garrafa de vidro com tampa autoclavvel (ex: garrafa de

    suco).

    Reagentes para preparao do meio de cultura (LB, gar e

    glicose).

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 23

    Experimento 2 Microbiologia e sade

    Colnia de micro-organismos (E. coli).

    Autoclave.

    Tubos Falcon de 50 mL estreis.

    2 placas de Petri pequenas

    Caneta de retroprojetor.

    Cotonetes estreis.

    Fita crepe.

    Filme de PVC.

    Fita de autoclave.

    gua destilada

    Ampicilina (antibitico) 50 mg mL-1.

    Procedimentos

    PARTE A Preparo do meio de cultura para micro-organismos.

    Sempre que fizer um experimento, faa apenas a quantidade de meio

    de cultura que for usar. Nesta pratica, sero utilizadas 2 placas de Petri

    contendo meio de cultura constitudo por LB, gar e glicose.

    Calcule quanto de cada reagente voc precisar para preparar 30 mL

    de meio, sendo 15 mL para cada placa de Petri. Pese cada reagente

    separadamente (LB, gar e glicose) respeitando as propores e junte-os

    em um becker. Em uma proveta acrescente o volume final de gua

    destilada (i.e., se voc preparar 30 mL de meio, mea 30 mL de gua).

    Transfira a gua da proveta para a garrafa de vidro j contendo o LB,

    o gar e a glicose e mexa at dissolver completamente. Escreva o nome do

    grupo em um pedao de fita crepe e cole na garrafa. Autoclave por 15

    minutos.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 24

    Experimento 2 Microbiologia e sade

    PARTE B Preparo das placas de Petri com o meio de cultura.

    Enquanto a soluo est na autoclave, anote na parte de baixo das

    placas de Petri a identificao dos quadrantes, uma identificao do grupo e

    a data. Divida a parte de baixo da placa em 4 partes iguais com uma

    caneta de retroprojetor (Figura 4). Cuide para que no abra a placa de

    Petri fora do bico de Bunsen (zona de segurana).

    Figura 4. Esquema de diviso das placas com e sem antibitico.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 25

    Experimento 2 Microbiologia e sade

    PARTE C Plaqueamento com micro-organismos e verificao do

    crescimento de colnias de bactrias.

    Depois que o meio de cultura foi autoclavado, espere o meio esfriar

    (at que consiga encostar a garrafa no antebrao). Enquanto isso acenda o

    bico de Bunsen: a partir deste ponto, toda manipulao dever ser

    realizada na zona de segurana.

    Verta todo o meio da garrafa de vidro em um tubo Falcon e adicione

    15 ml em uma das placas de Petri, deixando-a semi-aberta. Aos outros 15

    mL restantes do tubo Falcon adicione o antibitico. Misture com cuidado e

    verta o meio com antibitico na placa de Petri determinada, deixando-a

    semi-aberta. Espere o meio das duas placas de Petri solidificar por

    completo.

    Sempre perto da chama, faa os testes de maneira que nos

    quadrantes Controle n 1 e Controle n 3 no sejam esfregados nada. J

    nos quadrantes Controle n 2 e Controle n 4 passe o cotonete que foi

    previamente esfregado em uma cultura de bactria (neste caso, Escherichia

    coli).

    Ainda na zona de segurana, passe o cotonete que foi previamente

    esfregado em uma superfcie ou soluo que voc queira testar se h

    microorganismos nos quadrantes Teste n 1 e Teste n 2 nos dois meios

    de cultura (com ou sem antibitico).

    Quando terminar, feche as placas de Petri e coloque-as de cabea

    para baixo na estufa a 37 C para crescimento durante 2 noites. Aps

    incubao das placas na estufa, verifique se houve crescimento de algum

    micro-organismo por 4 dias.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 26

    Experimento 2 Microbiologia e sade

    REFERNCIAS

    Vermelho, A. B.; Pereira, A. F.; Coelho, R. R. R.; Souto-Padrn, T.; Prticas

    de microbiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

    Carlile, M. J.; Watkinson, S. C.; The fungi. London: Academic Press, Hartcourt

    Brace & Company Publishers, 1997.

    Black, J. G.; Microbiology Principles and applications. 3rd ed. New Jersey:

    Prentice-Hall, 1996.

    Se voc tiver sugestes para melhorar este roteiro, mande um e-mail para

    [email protected]

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 27

    Atividade 2 Microbiologia e sade

    Tabela 1. Meio LB-gua suplementado com glicose com ou sem ampicilina.

    Reagentes

    Para 1000 mL de

    meio sem

    antibitico

    Para 1000 mL de

    meio com

    antibitico

    Para 30 mL de meio

    LB Broth 25 g 25 g

    Ampicilina - 50 g.mL-1 50 g mL-1

    Glicose 20 g 20 g

    gua Para completar 1 L Para completar 1 L

    Agar bacteriolgico 15 g 15 g

    Figura 1. Fotografias das placas de Petri assim que preparadas.

    Figura 2. Fotografias das placas de Petri no primeiro dia.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 28

    Atividade 2 Microbiologia e sade

    Figura 3. Fotografias das placas de Petri no segundo dia.

    Figura 4. Fotografias das placas de Petri no terceiro dia.

    Figura 5. Fotografias das placas de Petri no quarto dia.

    .

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 29

    Atividade 2 Microbiologia e sade

    ANLISE DOS DADOS

    1. Qual a funo dos controles n 1, 2, 3 e 4?

    2. Voc esperaria que houvesse crescimento de micro-organismos nos

    controles n 1 a 4? Por qu?

    3. No seu experimento, houve crescimento de algum micro-organismo nos

    controles n 1 a 4? E nos testes? Justifique a partir das imagens.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 30

    Atividade 2 Microbiologia e sade

    4. Quais foram os controles negativo e positivo neste experimento? Por

    qu?

    5. Onde foram coletados Teste 1 e Teste 2? O que motivou a escolha?

    6. Aponte nas imagens o crescimento das colnias. possvel realizar

    uma anlise quantitativa?

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 31

    Atividade 2 Microbiologia e sade

    7. A partir da observao do crescimento (ou no) de micro-organismos

    em seus meios de cultura, quais mtodos de assepsia e desinfeco

    voc utilizaria para tornar a soluo estudada um ambiente estril? E

    em relao aos procedimentos envolvidos nos experimentos como um

    todo?

    8. Diante dos resultados obtidos, voc julga necessrio repetir o

    experimento para obter uma concluso mais definitiva? Se voc fosse

    repetir o experimento, o que voc faria de forma diferente? (no ser

    necessrio repetir o experimento de fato)

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 32

    Experimento 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    INTRODUO1

    As cincias naturais se fundamentam fortemente em dispositivos que

    medem grandezas fsicas. A maior parte dos cientistas defende que

    argumentos cientficos devem, sempre que possvel, basear-se em

    parmetros mensurveis como distncia, temperatura, presso,

    condutividade eltrica, acidez etc.

    No contexto da indstria e laboratrios de pesquisa, busca-se a

    integrao dos instrumentos de medida com computadores, de forma que

    os processos e ensaios sejam realizados de forma automtica. Nesse

    sentido, a definio moderna de sensor a de um dispositivo que

    transforma uma grandeza fsica em uma varivel eltrica que pode ser

    processada.

    O ramo da cincia que trata do desenvolvimento de dispositivos que

    medem grandezas fsicas denomina-se instrumentao. Neste experimento,

    construiremos um tipo especfico de sensor de temperatura conhecido

    como termopar.

    A temperatura um parmetro fsico de extrema importncia. De fato,

    a medida de muitos outros parmetros, como a umidade, depende da

    medida de temperatura, ou seja, dentro de cada sensor de umidade existe

    um sensor de temperatura a ele associado. Alm disso, uma medida

    confivel de temperatura no tarefa simples. Pense, por exemplo, nos

    termmetros que temos em casa para medir a temperatura corporal. Seria

    bastante desejvel que esta medida fosse imediata, mas essa tecnologia

    ainda no acessvel.

    1 O experimento aqui proposto surgiu a partir do projeto final de Base Experimental das Cincias Naturais dos

    alunos ingressantes da UFABC do ano de 2013, Agatha Lopes, Bianca Rezende, Mariana Carvalho, Raoan Oliveira e Thabata Provin. O projeto obteve meno honrosa no XI Simpsio de Base Experimental das Cincias Naturais.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 33

    Experimento 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    Os termopares so sensores de temperatura baseados no efeito

    Seebeck (Fig. 1). So dispositivos que transformam uma diferena de

    temperatura em diferena de potencial eltrico (ddp, conhecida tambm

    como tenso eltrica ou voltagem). De forma simplificada, podemos dizer

    que uma tenso eltrica pode ser observada nas extremidades de qualquer

    condutor quando estas forem submetidas a uma diferena de temperatura.

    Sob este ponto de vista, o fio de arame representado na Fig. 1 pode

    ser considerado um sensor de temperatura. Uma forma intuitiva de se

    entender o fenmeno considerar que os eltrons de conduo de um

    metal constituem um gs. Sabemos que estes eltrons so livres para se

    mover no condutor (da a possibilidade de haver corrente eltrica nos

    metais). Na extremidade quente, os eltrons possuem maior agitao

    trmica, ocasionando maior interao entre eles e diminuindo a densidade

    eletrnica naquela regio (pense como uma briga de torcida diminui a

    densidade de pessoas na regio da arquibancada onde ela ocorre). O efeito

    oposto ocorre na extremidade fria. Como o potencial eltrico intimamente

    relacionado com a densidade eletrnica, natural esperar uma tenso

    eltrica entre as extremidades do arame. Esse efeito maior, quanto maior

    for a diferena de temperatura. Para se realizar uma medida da diferena

    de temperatura entre o gelo e a chama, bastaria medir a tenso eltrica

    nas extremidades do fio. No entanto, o uso do fio dessa forma traz um

    problema prtico. Imagine a hiptese de utilizarmos um multmetro para

    medirmos a tenso eltrica entre as extremidades do fio de arame. Nesse

    caso, um dos cabos do multmetro estaria em contato trmico com a

    extremidade fria e outro cabo com a extremidade quente, o que geraria um

    efeito Seebeck nos cabos do multmetro, interferindo na medida.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 34

    Experimento 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    Figura 1: Representao esquemtica do efeito Seebeck.

    Para resolver esse problema, utiliza-se um par de condutores distintos

    arranjados conforme a Fig. 2, da o nome termopar. Nessa configurao, o

    multmetro e seus cabos ficam na regio de equilbrio trmico com o

    ambiente, no sofrendo dos efeitos termoeltricos. Note que a

    caracterstica desse sensor a presena de dois condutores diferentes, e

    deseja-se que estes possuam caractersticas Seebeck bastante distintas. Se

    o arranjo fosse feito com um mesmo condutor, ou com condutores com

    caractersticas similares em termos do efeito Seebeck, a tenso medida

    seria nula ou desprezvel, uma vez que suas extremidades (inseridas na

    regio de equilbrio trmico com o ambiente) no apresentam variao de

    temperatura.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 35

    Experimento 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    Figura 2: Diagrama esquemtico de um termopar em situao tpica de medio.

    Observe que nessa configurao, o termopar apresenta duas junes,

    denominadas juno quente e juno fria. Por praticidade, e tambm

    por motivos histricos, a juno fria considerada uma juno de

    referncia, e mantida em uma mistura de gua e gelo a 0 C. A juno

    quente levada em contato com o elemento que se deseja saber a

    temperatura2. E expresso matemtica que rege o comportamento de um

    termopar dada pela eq. 6.1:

    (1)

    Onde a tenso medida nas extremidades, o coeficiente Seebeck

    referente ao par de condutores A e B, e a diferena de temperatura

    entre as junes do termopar. Note que a eq. 6.1 a equao de uma reta,

    cujo coeficiente angular dado pelo coeficiente Seebeck. Na Fig. 3

    podemos observar as curvas caractersticas de termopares convencionais.

    2 Por praticidade, os termopares comerciais apresentam apenas a juno quente. A juno fria suprimida e

    compensada eletronicamente. Trata-se de uma sofisticao da tcnica que no foco deste roteiro.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 36

    Experimento 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    Cada letra indica um termopar diferente. Por exemplo, o termopar E feito

    com as ligas chromel (90% nquel e 10% cromo) e constantan (55% cobre

    45% nquel) e o termopar tipo S feito com platina e uma liga de 90% de

    platina e 10% rdio. Note tambm a ordem de grandeza do fenmeno,

    onde a diferena de temperatura de milhares de graus Celsius gera uma

    tenso eltrica da ordem de dezenas de milivolts.

    Figura 3: Curvas caractersticas de vrios termopares convencionais.

    OBJETIVO

    Construir dois termopares diferentes e determinar a curva

    caracterstica de cada um deles. Utilizar os termopares construdos para

    determinar a temperatura da chama de uma vela.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 37

    Atividade 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    PARTE EXPERIMENTAL

    Materiais

    ~ 1,5 metro de trs materiais condutores diferentes. Podem ser

    utilizados fios, fitas e at mesmo barras, desde que seja possvel

    configurar os termopares de forma que as junes possam ser

    inseridas em bqueres diferentes, como na Fig. 2. O material

    pode ser qualquer condutor de eletricidade como cobre, ferro,

    alumnio, arames, aos, etc. (Esse material deve ser

    providenciado pelos integrantes do grupo)

    Ferro de solda e fio de estanho para solda.

    2 bqueres

    Termmetro de coluna de mercrio ou lcool

    Gelo

    Chapa quente (hot plate)

    Vela

    Multmetro

    Procedimento

    Aquecer um bquer com gua na chapa quente at a fervura.

    Utilizando os trs materiais condutores trazidos pelo grupo, montar

    dois termopares como na Fig. 4. Ficam a critrio do grupo quais so os

    condutores A e B para cada caso.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 38

    Atividade 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    Figura 4: Diagrama esquemtico de um termopar

    Para garantir a resistncia mecnica e a qualidade do contato eltrico

    necessrios, as junes so feitas por meio de solda de estanho. Em

    princpio, pouco importa como feita a juno (por solda, fuso ou apenas

    contato), o importante que o contato eltrico entre os condutores A e B

    seja garantida.

    Em seguida, deve-se obter a curva caracterstica dos dois termopares.

    Para isso, necessrio obter vrias medidas de tenso referentes a

    diferentes variaes de temperatura entre as junes. A juno fria

    mantida em um bquer contendo uma mistura de gelo e gua a 0C. A

    juno quente inserida no bquer com gua aquecida cuja temperatura

    verificada com o termmetro. Com muita cautela, a primeira leitura deve

    ser feita com a gua o mais prximo da fervura possvel. Esta corresponde

    leitura com a maior variao de temperatura entre as junes. Na

    sequncia, conforme a temperatura da gua do bquer vai baixando,

    outras leituras de tenso podem ser obtidas. Os resultados, para os

    termopares 1 e 2 devem ser colocados nas tabelas 1 e 2.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 39

    Ficha de dados Entregar ao docente

    Construo de um sensor de

    temperatura

    Nome Docente

    Termopar 1: Condutor A = Condutor B =

    Medida Temperatura

    Juno fria (C)

    Verificar se ocorre

    Temperatura Juno quente (C)

    (C) V (mV)

    1 0 C

    2 0 C

    3 0 C

    4 0 C

    5 0 C

    6 0 C

    7 0 C

    8 0 C

    9 0 C

    10 0 C

    11 0 C

    12 0 C

    13 0 C

    14 0 C

    15 0 C

    16 0 C

    17 0 C

    18 0 C

    19 0 C

    20 0 C

    Termopar 2: Condutor A = Condutor B =

    Medida Temperatura

    Juno fria (C)

    Verificar se ocorre

    Temperatura Juno quente (C)

    (C) V (mV)

    1 0 C

    2 0 C

    3 0 C

    4 0 C

    5 0 C

    6 0 C

    7 0 C

    8 0 C

    9 0 C

    10 0 C

    11 0 C

    12 0 C

    13 0 C

    14 0 C

    15 0 C

    16 0 C

    17 0 C

    18 0 C

    19 0 C

    20 0 C

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 40

    Em branco

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 41

    Atividade 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    Termopar 1: Condutor A = Condutor B =

    Medida Temperatura

    Juno fria (C)

    Verificar se ocorre

    Temperatura Juno quente (C)

    (C) V (mV)

    1 0 C

    2 0 C

    3 0 C

    4 0 C

    5 0 C

    6 0 C

    7 0 C

    8 0 C

    9 0 C

    10 0 C

    11 0 C

    12 0 C

    13 0 C

    14 0 C

    15 0 C

    16 0 C

    17 0 C

    18 0 C

    19 0 C

    20 0 C

    Termopar 2: Condutor A = Condutor B =

    Medida Temperatura

    Juno fria (C)

    Verificar se ocorre

    Temperatura Juno quente (C)

    (C) V (mV)

    1 0 C

    2 0 C

    3 0 C

    4 0 C

    5 0 C

    6 0 C

    7 0 C

    8 0 C

    9 0 C

    10 0 C

    11 0 C

    12 0 C

    13 0 C

    14 0 C

    15 0 C

    16 0 C

    17 0 C

    18 0 C

    19 0 C

    20 0 C

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 42

    Atividade 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    No espao abaixo, faa os grficos das curvas caractersticas dos

    termopares 1 e 2. Por meio dos dados experimentais, atribua uma reta ao

    comportamento da tenso em funo da diferena de temperatura entre as

    junes para cada um dos casos. A partir das retas, determine os

    coeficientes Seebeck e dos termopares 1 e 2 respectivamente.

    = =

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 43

    Atividade 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    Aps determinar o coeficiente Seebeck dos termopares, pode-se

    utiliz-los para realizao de medidas de temperatura. Como objeto de

    teste, utilizaremos a chama de uma vela.

    Mantendo-se a juno fria a 0 C, introduza a juno quente na chama

    da vela e mea a tenso nas extremidades do termopar. Esse procedimento

    deve ser feito com todo o cuidado. O calor da chama propaga-se pelos

    condutores do termopar, por isso, eles devem ser mantidos na posio por

    meio de uma pina adequada ou um suporte. Alm disso, bem provvel

    que o calor da chama provoque a fuso do estanho da solda. A medida

    funcionar desde que o contato eltrico seja mantido.

    A partir da tenso medida e da Eq. 1, determine a temperatura da

    chama da vela.

    (espao para clculos)

    Temperatura da chama da vela =

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 44

    Atividade 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    ANLISE DOS DADOS

    1. Compare os coeficientes Seebeck obtidos para os termopares que

    vocs construram. Qual deles mais sensvel? Justifique.

    2. Compare a temperatura da chama da vela obtida no experimento com

    dados obtidos na literatura. Faa uma anlise crtica do resultado

    obtido pelo seu grupo, indicando os principais fatores que contriburam

    para o resultado do experimento.

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 45

    Atividade 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    3. No roteiro foi dito que em princpio, pouco importa como feita a

    juno (por solda, fuso ou apenas contato), o importante que o

    contato eltrico entre os condutores A e B seja garantida. Isso

    procede em primeira aproximao. Discuta com seu grupo o porqu

    desse fato.

    4. Na Fig. 3 evidente que todas as curvas caractersticas dos

    termopares passam pela origem. Note que a abscissa dada em graus

    Celsius, e no em Kelvins, o que caracteriza a origem em 0 C como

    arbitrria. Porque isso ocorre?

  • BC 0001 Base Experimental das Cincias Naturais 46

    Atividade 3 Construo de um sensor de

    temperatura

    5. O coeficiente Seebeck de um termopar comercial da ordem de 40

    . Compare esse valor com o obtido pelos termopares montados

    pelo seu grupo. Justifique.