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HISTÓRIAS RIMADAS CADERNO DE ORIENTAÇÕES

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HISTÓRIASRIMADAS

C A D E R N O D E O R I E N T A Ç Õ E S

Por que ler histórias rimadas?

m primeiro lugar, ouvir histórias lidas por um adulto é, sem dúvida, um momento prazeroso para as crianças. Nas instituições de educação infantil, essa situação deveria se repetir com frequência,

porque vincula as crianças a conhecimentos e comportamentos importantes para a sua formação leito-ra e escritora. As crianças percebem e valorizam o fato de alguém reservar, periodicamente, um tempo especial para se dedicar completamente a elas, sob a mediação da literatura. Elas sentem prazer em acompanhar a narração de um acontecimento e procuram, na própria linguagem, pistas para melhor compreender cada evento. Aprendem a confiar na palavra, à medida que descobrem indícios que lhes permitem realizar antecipações e levantar hipóteses sobre o acontecimento narrado. Experimentam, enfim, o poder das palavras intencionalmente ordenadas para comunicar algo.

Por isso, muitas instituições já incluíram em suas rotinas a leitura diária de uma história. As crianças costumam aguardar com ansiedade e grande expectativa esse momento, pois sabem que, naquela hora, outra realidade se instaura: a voz do professor adquire outro ritmo e entonação, as palavras pronuncia-das de um jeito especial passeiam no imaginário de cada ouvinte e as ilustrações guardadas nas pági-nas dos livros revelam detalhes nunca imaginados.

Leitura em voz alta de histórias rimadas

Por si só, o momento da leitura em voz alta realizada pelo professor já é especial. Quando o livro es-colhido para leitura traz uma história rimada, outras razões ajudam a tornar esse momento particular. Narrar em versos é como contar uma história com acompanhamento musical. A musicalidade e a bre-vidade, próprias da poesia, dão à narrativa um tom especial. Se houver rimas, a sonoridade passará a ser um jogo compartilhado com o leitor. O som ajuda a dar sentido ao texto e o tempo abreviado ajuda a guardá-lo por inteiro na memória. Isso quer dizer que, nas histórias rimadas, a criação de significados está, normalmente, apoiada na sonoridade das palavras e o fato de o texto ser curto, com vocabulário espe-cialmente escolhido, colabora para a memorização e a incorporação de seu sentido por parte das crianças.

Como definir o que é uma história rimada?

As histórias rimadas são aquele tipo de texto que normalmente deixa o professor confuso na hora de defini-lo: é um poema ou um conto? Afinal, tem rima e parece organizado em pequenas estrofes, mas também tem personagens, conflito e final feliz.

Essas histórias, também chamadas de contos versificados (escritos em verso) ou prosa poética (narrati-va com elementos poéticos), conservam características próprias a mais de um gênero textual. Algumas se parecem com parlendas, outras se assemelham mais a um poema narrativo, e há as que se pareçam com contos breves. Nesse terreno, não há necessidade de muita precisão. O importante é o professor reconhecer elementos que tornam essas histórias essenciais na rotina da educação infantil.

Sabemos que, para contar uma história, é necessário, resumidamente, narrar um acontecimento, por mínimo que seja, num tempo e num espaço, envolvendo personagens que se relacionam entre si.

Ler histórias diariamente

Ver:Caderno de estudos

E

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Sabemos também que, para “poetar”, é preciso brincar com a sonoridade das palavras, apresentando-as num ritmo próprio, de modo a obter uma condensação de significados a serem comunicados. Conden-sar aqui não significa necessariamente abreviar, mas unir e concentrar, ou seja, usar palavras ricas em significado, ou colocar lado a lado termos que se completam e que ajudam o leitor a construir imagens durante a leitura. Juntando todos esses ingredientes, obtemos, normalmente, uma história rimada.

São ingredientes que, sem dúvida, despertam o apetite do pequeno leitor. Perceber certa linearidade (início, meio e fim) no que está sendo narrado provoca conforto e orienta a escuta. Identificar, no modo como algo está sendo narrado, certa cadência e uma semelhança sonora entre palavras também esti-mula, integra e guia. As histórias rimadas conservam a propriedade de se manter vivas na memória das crianças porque contêm elementos reiterativos que intensificam o que se quer comunicar. A reiteração se dá, em muitos casos, não apenas na repetição de termos idênticos, como também na utilização de um vocabulário pertencente a um mesmo campo semântico, ou seja, a um determinado grupo de pa-lavras. Há histórias que destacam a presença de animais, outras optam por personagens encantados, e outras por mencionar elementos da natureza.

O fato de serem breves e possuírem uma estrutura fixa facilita a memorização. É comum as crianças desejarem que o professor repita a leitura dessas histórias para se certificarem de que suas hipóteses sobre o som e o sentido apreendidos durante a leitura são verdadeiras. É também muito comum deseja-rem contar, elas próprias, a história ouvida, na tentativa de concretizar o máximo possível aquela expe-riência cheia de significados. Esses desejos tão comuns só confirmam a importância dessas histórias no dia a dia das crianças.

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Sobre os livros

s dois livros indicados para este caderno contêm histórias rimadas que certamente encantarão as crianças, não só por seu teor poético, mas também pelo delicado fio que conduz as narrativas.

Pêssego, pêra, ameixa no pomarTexto e ilustrações de Janet e Allan AhlbergTradução de Ana Maria MachadoSão Paulo: Editora Moderna, 2007.

Texto e ilustração dialogam perfeitamente neste livro, como indica a sua epígrafe: “Em cada página/ trate de olhar/ há um segredo/ pra você achar”.

Trata-se de um livro em que a ilustração tem o importante papel de ajudar a descobrir o que se está buscando. Isso dá lugar a uma atividade de denominação dos objetos ilustrados e de busca por sua loca-lização que ajuda na aprendizagem do vocabulário. O convite a um olhar mais demorado não aparece à toa. Em cada página as ilustrações escondem per-sonagens clássicos dos contos de fadas, como O Pequeno Polegar, Cinderela e João e Maria, entre outros. Os personagens são citados no final e no início dos versos que se sucedem ao longo do texto. Esse enca-deamento é um recurso poético explorado ao longo de toda a obra: “A velha cozinheira acendeu a vela e eu vejo a tal da Cinderela/ Cinderela espana os babadinhos e eu vejo os três ursinhos”.

Um leitor atento pode se perguntar: se há personagens tradicionais dos contos de fadas apresentados em versos rimados, é uma história ou um poema? A resposta não exclui nem um nem outro: trata-se de um conto versificado, uma história rimada ou uma prosa poética.

Num espaço visivelmente campestre (o pomar do título), os personagens dos contos de fadas se en-contram em locais inusitados, sem lógica aparente, exceto no caso dos três ursos e do neném. Há um pequeno enredo envolvendo principalmente esses quatro personagens e, para compreendê-lo, não basta ler o texto, é preciso também observar atentamente as imagens. Podemos resumi-lo da seguinte manei-ra: o neném cochila num cestinho, pendurado em uma árvore. Em determinado momento, a corda que o prende ao tronco se solta, levando-o para um riacho. Três ursos, caçando no local, avistam o cestinho e salvam o neném. No final, todos os personagens dos contos de fadas citados ao longo do texto e repre-sentados nas ilustrações se encontram para um piquenique nesse ambiente campestre.

Fiz voar o meu chapéuAna Maria MachadoIlustrações de Zeflávio TeixeiraBelo Horizonte: Formato Editorial, 1999.

Guiada pelo voo de um chapéu, a leitura deste livro flui e surpreende. Essa premiada narrativa poética recorre à linguagem das parlendas, explorando o recurso da repetição e do encadeamento. O teor poético não se limita às rimas no final de cada verso, pois está também na brincadeira com as palavras e com o significado delas: o primeiro voo do chapéu acerta logo o coronel, que se assusta e despenca num riacho. A partir daí, uma palavra puxa a outra: o riacho vai embora e nem repara na senhora que dá chilique e é salva pelo cacique. Como mostram esses dois exemplos, seguindo o voo do chapéu

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encontramos vários personagens, do cacique Peri ao marinheiro, passando por Zé Macaco e sua namorada, Dona Gabola.

O voo do chapéu é a linha que costura a narrativa e desencadeia acontecimentos inesperados. O prin-cipal deles, que encaminha o leitor para a finalização da viagem, é a abertura de uma gaiola. O pássaro que dali sai dá continuidade ao voo poético: parte ao encontro de seus filhotes passarinhos e juntos cantam e fazem festa, reapresentando alguns dos personagens citados no início da narrativa. Nessa can-toria final, um viva especial é dado ao tico-tico, que resolve fazer ninho no chapéu, pondo fim ao voo e dando um ponto final no texto.

As ilustrações de Zeflávio Teixeira destacam o aspecto lúdico e o movimento do texto, convidando o olhar a seguir o voo do chapéu e descobrir, página a página, as paisagens e os personagens que fazem parte desse percurso.

O que há de comum nos dois livros?

Os dois livros apresentam histórias rimadas curtas – em ambas não há mais do que dois versos em cada página. Há recursos de linguagem presentes nessas narrativas poéticas que prendem a atenção do leitor, tanto por conterem elementos próprios das narrativas quanto por explorar a poesia das palavras. Dos elementos da narrativa, destacam-se: personagens, cenário e um acontecer mínimo no tempo e no espaço. Dos elementos poéticos, destacam-se a sonoridade e a concisão. Outras características:

1. Encadeamento que consiste na reaparição da última palavra de um verso no início do verso seguinte e que permite ao leitor antecipar o conteúdo do texto. Exemplo: “Pêssego, pêra, ameixa no pomar/ e eu vejo o Pequeno Polegar/ Pequeno Polegar está na prateleira/ E eu vejo a velha cozinheira”.

2. Versos curtos e rimados que conferem um ritmo próprio à leitura. Exemplo: “Fiz voar o meu chapéu/ acertei no coronel”.

3. Presença de personagens ao longo do texto, desencadeadores de ações inusitadas. Exemplo: “João e Maria rolaram a ladeira/ e eu vejo a Bruxa Feiticeira/ A Bruxa Feiticeira? Ai, meu Deus, me ajude... / e eu vejo meu amigo Robin Hood”.

4. Ideia de tempo expressa na sucessão de acontecimentos interligados. Exemplo:“Cacique chamou Peri/ que pescava lambari/ Lambari fugiu ligeiro/ Nem esperou marinheiro”.

5. Delimitação de espaço, tanto nas informações contidas no texto quanto nas ilustrações. Em ambos os casos, o cenário é predominantemente campestre: pomar, riacho, morro, cachoeira etc.

6. Um acontecimento principal, gerador de um pequeno conflito a ser solucionado ao término da narrativa. No caso de Pêssego, pêra, ameixa no pomar, o principal evento é o fato de o cestinho com o neném, preso ao tronco da árvore soltar-se e ser salvo pelos três ursos. No caso de Fiz voar o meu cha-péu, esse acontecimento é menos explícito, pois predomina o teor poético do texto. No entanto, a aber-tura da gaiola que libera o passarinho desencadeia ações que retomam os personagens citados no início do texto e, de certa forma, configuram um desenlace com o pouso do pássaro no chapéu.

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A peculiaridade de cada uma das obras

Os livros possuem mais aspectos comuns do que distintos. Um que os diferencia é a escolha dos perso-nagens. Em Pêssego, pêra, ameixa no pomar, os personagens dos contos de fadas clássicos predominam, enquanto em Fiz voar o meu chapéu não há uma classificação específica para eles – encontramos um coronel, macacos, passarinhos, índios e marinheiros.

As ilustrações têm padrões bem distintos. Pêssego, pêra, ameixa no pomar traz desenhos contornados por uma moldura, a mesma que acompanha o texto, e predominam os traços delicados e os detalhes. Fiz voar o meu chapéu traz ilustrações espalhadas ao longo das páginas, com recortes geométricos que servem de fundo para imagens variadas, com traços mais grossos e densos que dividem o espaço de uma mesma página.

Por fim, outra diferença é o ritmo das narrativas. Em Pêssego, pêra, ameixa no pomar, a apresentação dos personagens e suas ações se dá sempre a partir da expressão “eu vejo”, revelando o predomínio da imagem que se descortina no presente. Nessa obra, o convite a um olhar atento e demorado combina com o ritmo pausado da narrativa. Já em Fiz voar o meu chapéu prevalecem os verbos no passado que indicam uma sucessão de ações – fugiu, despencou, espalhou – e pedem um movimento mais rápido do olhar. Com ritmos distintos, ambas as obras envolvem o leitor e o fazem seguir o fio da história, seja guiado pelo voo atrapalhado do chapéu, seja pelo doce embalo do neném no cestinho.

As atividades desenvolvidas aqui são referência para a exploração de livros com histórias rimadas. O li-vro Pêssego, pêra, ameixa no pomar serviu de referência para a elaboração das propostas apresentadas a seguir. Contudo, você pode experimentar o mesmo tipo de atividade com outras histórias que possuam estrutura semelhante. Este caderno é um convite para que você coloque em jogo seus conhecimentos, ampliando-os com as sugestões apresentadas. É por essa razão que já indicamos neste texto outro livro que compõe o acervo enviado junto com o material. Bom trabalho!

LembreteSabemos que, quando gostam de uma história, as crianças pedem para que ela seja lida e relida diversas vezes. Por isso, não hesite em contar várias vezes a mesma história. A formação de futuros leitores se dará no equilíbrio de experiências em que eles possam ler e escutar histó-rias por puro prazer – desfrutando de literatura de qualidade – com outros momentos em que possam aprofundar conhecimentos sobre o texto. Portanto, o desafio está em não transformar a leitura de histórias em uma atividade mecânica. Assim, procure garantir a leitura por prazer de maneira independente das atividades com foco no texto. Este Caderno de orientações apre-senta um roteiro de trabalho que não deve ser escolarizado, mas, ao contrário, servir de instru-mento para que as crianças façam uma viagem pelo mundo da literatura e do conhecimento.

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Atividade 1 Conhecer o livro e brincar com as ilustrações

Atividade 2 Ordenar as ilustrações

Atividade 3 Ler os nomes dos personagens

Atividade 4 Observar a estrutura da história

Atividade 5 Observar e localizar palavras que rimam no texto

Atividade 6 Fazer uma lista de palavras rimadas

Atividade 7 Trocar palavras que rimam na história

Atividade 8 Ler partes da história

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Sumário

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Atividade 1Conhecer o livro e brincar com as ilustrações

professor apresenta às crianças o livro Pêssego, pêra, ameixa no pomar, chamando a atenção para os personagens e a

ilustração. Depois, conversa com as crianças buscando identificar semelhanças e diferenças entre a história lida e outras conhecidas. Por fim, convida o grupo a desvendar o segredo proposto pelo livro.

Roteiro de trabalho

Preparação Ler o livro para conhecer a história e preparar a leitura em voz alta. Observar as ilustrações, identifi-cando onde aparecem os personagens, para ajudar as crianças, caso seja necessário.

Organização do espaço e das criançasEssa é uma atividade coletiva. É importante garantir que todas as crianças possam visualizar as páginas do livro.

Orientações para o professor Apresentar o livro às crianças, lendo o título e propondo que, antes de ouvirem a história, observem

as ilustrações. Você pode dizer: “Hoje, eu trouxe um novo livro para ler, ele se chama Pêssego, pêra, ameixa no pomar. Antes de ler, vamos observar as ilustrações”.

Mostrar as ilustrações e deixar que as crianças comentem sobre os personagens que aparecem. Caso alguma criança reconheça algum deles, você pode dizer: “Será que essa Cinderela é a mesma que apare-ce no conto da Cinderela? Vamos ler o livro para saber?”

Fazer a primeira leitura sem interrupções, de modo que sejam evidenciados o ritmo da leitura, as rimas e as palavras que se repetem.

Deixar que as crianças comentem a história e destaquem o que lhes chamou a atenção.

Conversar com elas sobre semelhanças e diferenças dessa história para outras histórias que conhe-cem, chamando a atenção para a quantidade de texto por página (duas linhas) e para a sonoridade das palavras (rimas).

Ler para as crianças a informação da página 3: “Em cada página – trate de olhar – há um segredo para você achar”, e propor que encontrem o segredo de cada página. Para isso, reler a história, paran-do a cada página para que as crianças encontrem os personagens nas ilustrações, considerando o que o texto diz. Nesse momento, aproxime o livro das crianças, para que elas possam observar de perto as ilustrações.

Encontrar personagens na ilustração.

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Perguntar às crianças, a cada página, se conhecem os personagens de outras histórias que já ouviram, deixando à disposição, se possível, livros que tenham as histórias em que eles aparecem.

O que as crianças podem aprender Ao conversar com as crianças sobre as semelhanças e diferenças da história lida com outras conhe-

cidas, possibilita-se tanto que essa história se abra a outras histórias conhecidas ou por conhecer, como também que as crianças possam perceber as características das histórias rimadas e apreciar o jogo com as palavras.

Ao propor que as crianças encontrem o personagem que está escondido nas ilustrações, favorece-se que elas relacionem o texto às ilustrações.

Ao propor que as crianças conversem sobre os personagens conhecidos que aparecem nessa história, contribui-se para que elas façam relação com outros livros e histórias conhecidos.

O que mais é possível fazerEm outros momentos de leitura dessa história, você pode retomar a apresentação, destacando outras informações presentes no livro, como, por exemplo, conhecer algumas informações sobre os autores (que podem ser encontradas no final do livro). A cada leitura é importante variar o aspecto do livro a ser explorado.

Você também pode ler para as crianças as outras histórias em que os personagens desse livro aparecem. Caso você não tenha essas histórias na sua instituição, pode procurar na internet.

Relacionar os personagens do livro com outras histórias.

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Atividade 2Ordenar as ilustrações

professor divide a sala em grupos e entrega cartelas com ilustrações da história Pêssego, pêra e ameixa no pomar,

pedindo que as crianças as organizem na ordem da narrativa, como está no livro.

Roteiro de trabalho

Preparação Separar, para cada grupo, um conjunto de cartelas com as ilustrações da história.

Organização do espaço e das criançasEssa é uma atividade em pequenos grupos.

Orientações para o professor Mostrar o livro às crianças e questionar quem lembra a ordem dos personagens que aparecem

na história.

Deixar que as crianças falem e, depois de um tempo, se for preciso, você pode oferecer a ajuda das ilustrações do livro para retomar a sequência correta.

Dividir as crianças em grupos, entregar um conjunto de cartelas com as ilustrações e pedir que ordenem essas cartelas conforme a sequência narrativa da história. Você pode dizer: “Cada grupo vai receber as cartelas com as ilustrações dessa história, mas estão fora de ordem e vocês devem organizá-las”.

Circular entre os grupos, intervindo e ajudando as crianças a retomarem a sequência da narrativa. Você pode ajudá-las fazendo referência à sequência dos personagens que recordaram.

Propor aos grupos, depois de terminarem de ordenar as cartelas, que recontem a história, verifi-cando se a sequência das ilustrações está certa. Para isso, você pode pedir que um grupo comece con-tando a partir da primeira ilustração selecionada, e depois os outros grupos dão sequência à narração. Estimular, sempre que for preciso, a retomada de memória da sequência da narrativa. Caso as crianças fiquem em dúvida, você pode pegar o livro para que elas verifiquem se as cartelas estão na ordem correta.

Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode suge-rir apenas que, coletivamente, recontem a história usando como referência as ilustrações do livro.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode pedir que elas ordenem as ilustrações e depois escolham uma para substituir por texto.

Ordenar as ilustrações segundo a sequência da narrativa.

Recontar a história e verificar se ordenam as ilustrações na sequência certa.

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O que as crianças podem aprender Ao pedir que as crianças ordenem as ilustrações da história, possibilita-se que se apropriem da

sequência da narrativa.

Ao pedir que as crianças recontem a história verificando se está correta a sequência da narrativa, favorece-se que recuperem o texto de memória com apoio da ilustração.

O que mais é possível fazerPara dar continuidade ao trabalho com as ilustrações da história e a sequência da narrativa, você pode:

Entregar às crianças algumas cartelas com ilustrações que são da história e outras que não são (as intrusas), pedindo a elas que identifiquem quais ilustrações não pertencem ao conto.

Propor que as crianças desenhem a sequência de ilustrações da história e depois escolham algumas ilustrações para substituir por texto.

O que é possível fazer em casaCombinar com o grupo que haverá um rodízio para levar o livro Pêssego, pêra e ameixa no pomar para casa (cada dia uma das crianças leva, lê com sua família e traz no dia seguinte). Escrever os nomes das crianças da sala num cartaz para controlar quem já levou o livro e marcar juntamente com o grupo toda vez que o livro for emprestado.

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Atividade 3 Ler os nomes dos personagens

professor retoma com as crianças o nome dos personagens da história e escreve na lousa. Lê o nome de todos e conversa

sobre como se escreve. Entrega tiras com o nome de alguns personagens da história e cartelas com ilustração de alguns deles. Por fim, pede que elas coloquem as tiras ao lado das ilustrações e identifiquem as que estiverem sem par.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoPreparar, para cada grupo de crianças, tiras com os nomes dos seguintes personagens, escritos em letras maiúsculas: BRUXA FEITICEIRA, PEQUENO POLEGAR, PASTORA, CINDERELA, JOÃO E MARIA e TRÊS URSOS. Separar cartelas com ilustração dos quatro primeiros nomes.

Organização do espaço e das criançasEssa atividade tem dois momentos. Um primeiro, coletivo, em que as crianças devem estar organizadas de modo que todas possam observar o nome dos personagens que você escreverá. Depois, organizadas em pequenos grupos.

Orientações para o professor Propor às crianças que retomem os nomes dos personagens da história: “Hoje, vamos relembrar os

nomes dos personagens que aparecem nessa história. Alguém quer falar o nome de algum que lembre?”

Pedir que falem devagar para que você possa escrevê-los na lousa.

Escrever os nomes, colocando em uma coluna os que têm uma palavra (como PASTORA), e na outra, os que possuem duas palavras (como TRÊS URSOS).

Considerar que o nome Robin Hood não é da nossa língua e informar às crianças. Faça um destaque nele para que elas não o utilizem durante a atividade.

Ler os nomes que escreveu e pedir que digam onde elas acham que está escrito CINDERELA e por quê. Você pode dizer: “Aqui escrevi os nomes de todos os personagens que vocês me ditaram. Onde vocês acham que está escrito CINDERELA? Como fizeram para descobrir?”

Deixar que elas digam suas respostas incentivando que justifiquem suas estratégias e identifiquem que os nomes estão divididos em duas listas, uma de nomes com uma palavra e outra de nomes com duas palavras, e também percebendo indícios como, por exemplo, a primeira ou a última letra.

Apagar os nomes que foram escritos na lousa e dividir as crianças em grupos.

Identificar nome em uma lista e diferenciar nomes com uma ou duas palavras.

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Entregar as cartelas com as ilustrações e propor que identifiquem quais são os personagens.

Entregar as tiras com os nomes dos personagens e explicar a proposta: “Vocês receberam tiras com os nomes dos personagens da história e cartelas com ilustração de alguns desses personagens. A proposta é que vocês leiam os nomes nas tiras, relacionem os nomes com as cartelas e indiquem aqueles que não podem ser relacionados com as cartelas.”

Circular entre grupos e observar as estratégias utilizadas para corresponder imagens com os nomes e encontrar os nomes intrusos.

Escolher algumas crianças para socializar as estratégias que utilizaram para ler os nomes.

Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode fazer a primeira cor-respondência coletivamente, utilizando o nome Pequeno Polegar. Assim, os nomes restantes terão letras iniciais diferentes.

Se o desafio proposto parecer muito fácil para algumas crianças, você pode entregar tiras a mais, com nomes de personagens que não aparecem na história (os intrusos), por exemplo, RAPUNZEL e LOBO MAU.

O que as crianças podem aprender Ao propor que identifiquem um nome para corresponder com a imagem do personagem, favorece-se

que as crianças coloquem em jogo estratégias de leitura para antecipar e verificar o que está escrito.

Ao propor que as crianças socializem as estratégias que utilizaram para conseguir ler as tiras, favorece-se que ampliem e se apropriem de estratégias de leitura.

O que mais é possível fazerVocê pode realizar outras atividades como essa aumentando o desafio: entregar tiras com nomes de personagens do livro e de outras histórias, pedindo que localizem os nomes dos personagens intrusos. Pode fazer o mesmo com as ilustrações.

Identificar personagens na ilustração.

Ler nomes de personagens e relacionar com ilustrações.

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Atividade 4Observar a estrutura da história

professor escreve na lousa as quatro primeiras linhas da história Pêssego, pêra e ameixa no pomar e pede que as crianças

identifiquem as palavras que se repetem. Depois separa as crianças em grupos e lhes entrega tiras com as linhas da história, pedindo que as ordenem segundo a sequência em que aparecem e colocando os nomes dos personagens um embaixo do outro.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoPara essa atividade você vai precisar preparar, para cada grupo, um conjunto de tiras com as linhas da história. Também será necessário escrever na lousa as cinco primeiras linhas da história (em letras maiúsculas), organizando-as de forma que os nomes dos personagens fiquem um abaixo do outro. Segue um exemplo:

PÊSSEGO, PÊRA, AMEIXA NO POMAR,E EU VEJO O PEQUENO POLEGAR. PEQUENO POLEGAR ESTÁ NA PRETELEIRA E EU VEJO A VELHA COZINHEIRA. A VELHA COZINHEIRA ACENDEU A VELA

Organização do espaço e das criançasA primeira parte dessa atividade é coletiva e as crianças precisam estar organizadas de forma a visualizar a escrita da lousa. Na segunda parte, estarão organizadas em grupos.

Orientações para o professor Contar para as crianças que você escreveu na lousa as primeiras linhas da história. Dizer que vai ler

para elas e pedir que localizem no texto quais as palavras que se repetem: “Escrevi aqui as primeiras linhas dessa história. Vou ler para vocês e depois vão dizer onde estão localizadas as duas palavras que se repetem nessa parte da história”.

Ler as três primeiras linhas, acompanhando o texto com o dedo.

Perguntar quais são as palavras que se repetem. Pedir que uma criança vá até a lousa e mostre aos colegas onde estão escritas essas palavras. Solicitar que diga aos colegas como sabe que é aquela palavra que se repete.

Escrever mais uma linha da história, ler para as crianças as duas últimas linhas, pedindo que identifi-quem a repetição do nome dos personagens no texto.

Identificar nomes que se repetem no texto.

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Propor que observem como as linhas vão ficando quando colocamos os nomes dos personagens um embaixo do outro. Deixar que falem livremente e comentar que, se fizerem esse mesmo exemplo com as outras linhas da história, poderão observar que as linhas sempre vão ter essa forma.

Retomar oralmente com as crianças, com o auxílio das ilustrações, quais são as outras linhas da história.

Dividir as crianças em grupos e entregar um conjunto de tiras com todas as linhas da história, para que elas coloquem na ordem certa, tal como você escreveu na lousa: os nomes dos personagens um embaixo do outro.

Comentar que terão a oportunidade de observar como fica o formato do texto da história quando organizado a partir da repetição dos nomes dos personagens no texto.

Ajudar as crianças nos grupos, retomando a sequência dos personagens na história quando for ne-cessário e auxiliando-as a encontrar pistas para a leitura dos nomes dos personagens.

Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto se mostre muito difícil, você pode entregar uma folha com a história escrita em linhas, tal como fez na lousa, mas com os nomes de alguns personagens em branco, para que elas tenham de preencher. Para auxiliá-las na escrita, você pode escrever na mesma folha, fora de ordem, os nomes dos personagens.

Se o desafio proposto parecer muito fácil, você pode preparar as tiras com os nomes dos personagens lacunados, para que, além de terem de ordená-las, também escrevam os nomes.

O que as crianças podem aprender Ao propor que as crianças localizem nomes iguais, possibilita-se que elas observem a grafia das pala-

vras e constatem que nomes iguais se escrevem sempre do mesmo jeito.

Ao propor que as crianças organizem as linhas colocando nomes iguais um embaixo do outro, favo-rece-se que elas observem a repetição dos nomes no texto.

O que mais é possível fazerVocê pode dar continuidade a essa proposta de observação da estrutura da história convidando as crianças a organizarem as linhas da história, mas dessa vez solicitando que observem a repetição na estrutura do texto, alinhando as tiras a partir da repetição “E EU VEJO...”

Retomar a sequência da história de memó-ria, ler os nomes dos personagens no texto e ordenar tiras.

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Atividade 5Observar e localizar palavras que rimam no texto

professor conversa com as crianças sobre a característica rimada da história Pêssego, pêra, ameixa no pomar e sobre o que as

palavras que rimam têm de parecido. Para isso, ele escreve na lousa as frases da história e pede que as crianças identifiquem as semelhanças na escrita das palavras que rimam.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoEscrever na lousa as quatro primeiras linhas da história em letras maiúsculas. Preparar uma folha para cada dupla de crianças com o texto da história até a página 20, também escrito em letras maiúsculas e dividido por duplas de linhas, tal como fez para escrever na lousa.

PÊSSEGO, PÊRA, AMEIXA NO POMAR,E EU VEJO O PEQUENO POLEGAR.

PEQUENO POLEGAR ESTÁ NA PRATELEIRA,E EU VEJO A VELHA COZINHEIRA.

Organização do espaço e das criançasEssa é uma atividade com dois momentos. Um primeiro, coletivo, em que as crianças devem estar organizadas de forma que consigam ler o que está escrito na lousa, e um segundo, em duplas.

Orientações para o professor Mostrar o livro às crianças e propor que retomem a história observando as rimas presentes no texto.

Contar a elas que essa é uma história rimada. Você pode dizer: “Hoje vamos observar uma característica dessa história. Ela é rimada. Alguém saberia me dizer o que é uma história rimada? Vamos observar algumas rimas dessa história”.

Escrever na lousa as duas primeiras linhas da história.

Ler para as crianças o que está escrito e dizer que você vai mostrar as duas palavras que rimam nessa frase: POMAR e POLEGAR. Pedir que observem a escrita dessas duas palavras e pensem no que elas são parecidas. Marcar as terminações parecidas para que as crianças possam prestar atenção na grafia (POMAR, POLEGAR). Você pode dizer: “Essas duas palavras rimam? Vejam como elas acabam. Elas têm algo parecido?”

Fazer o mesmo com as duas linhas seguintes da história. Informar que as palavras rimadas têm terminações parecidas e por isso se parecem quando falamos. Proponha que as crianças leiam em voz alta as duas linhas que estão na lousa, enquanto você aponta as palavras para que percebam a semelhança sonora.

Observar partes semelhantes na grafia das palavras.

Ler reconhecendo a semelhança sonora.

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Ler em voz alta e pausadamente as duas próximas linhas e pedir que as crianças encontrem as palavras que rimam.

Escrever na lousa a dupla de palavras que rimam. Lançar questões que ajudem as crianças a fazer uso dos indícios gráficos para reconhecer a rima. Você pode dizer: “Vocês me disseram que as pala-vras que rimam são VELA e CINDERELA. Vou escrever essas palavras aqui na lousa. Vamos ver no que elas são parecidas?”

Dividir as crianças em duplas e entregar a folha com a história. Propor que circulem as palavras que rimam. Você pode dizer: “Vocês receberam uma folha com parte da história Pêssego, pêra, ameixa no pomar. Vou ler com vocês o que está escrito. Agora, a proposta é que vocês leiam as linhas da história e identifiquem quais são as palavras que rimam, circulando-as, tal como fizemos aqui na lousa”.

Possíveis adaptações Caso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil, você pode realizar somente a primeira parte da história em que identificam as rimas nas linhas que você escreveu na lousa.

Se o desafio proposto parecer muito fácil, você pode entregar o texto da história com algumas palavras que rimam lacunadas para que as crianças escrevam.

O que as crianças podem aprender Ao propor que as crianças observem as partes semelhantes na grafia e na sonoridade, contribui-se

para que elas aprendam sobre as características das palavras rimadas.

Ao propor que as crianças circulem as rimas do texto, favorece-se que identifiquem rimas.

O que mais é possível fazerPara dar continuidade a esse trabalho, você pode propor que as crianças escrevam, em duplas, uma lista com as palavras que rimam na história.

Identificar as palavras que rimam no texto.

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Atividade 6Fazer uma lista de palavras rimadas

professor retoma com as crianças as palavras rimadas do livro Pêssego, pêra, ameixa no pomar e propõe que elas digam

outras palavras que rimem com aquelas para elaborar uma lista. Depois propõe que, em duplas, façam uma lista de palavras rimadas.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoSeparar um papel grande para a escrita da lista coletiva de rimas e separar folhas e lápis para cada dupla de crianças.

Organização do espaço e das criançasA primeira parte dessa atividade é coletiva. Organize as crianças de forma que elas possam observar a sua escrita. Na segunda parte, elas trabalham em duplas.

Orientações para o professor Iniciar a proposta retomando a atividade anterior com as crianças. Você pode dizer: “Já sabemos que

essa é uma história rimada e observamos muitas palavras que rimam nesse texto. Hoje vamos fazer uma lista com essas palavras e encontrar outras que também rimem com elas”.

Perguntar às crianças se lembram quais as duplas de palavras que rimam na história. Escrever essas palavras no cartaz e retomar com elas o porquê de essas palavras rimarem.

Propor que elas digam outras palavras que rimem com essas. Você pode dizer: “Vocês me disseram que as palavras que rimam são POLEGAR e POMAR. Já vimos que elas rimam porque têm letras iguais no final e por isso fazem o mesmo som. Quem consegue me dizer outra palavra que rime com essas para colocar nessa lista?”

Escrever as palavras que as crianças forem dizendo, destacando as terminações iguais entre elas.

Combinar com as crianças que depois você colocará essa lista de palavras que rimam no mural, para que possam usá-la em outros momentos. Guardar a lista.

Dividir as crianças em duplas, entregar papel e lápis e propor que escrevam uma lista com a maior quantidade de palavras rimadas que conseguirem lembrar. Dizer a elas que podem escrever as pala-vras que conhecem da história, as palavras que falaram hoje e outras que lembrarem.

Circular entre as duplas e auxiliar aqueles que necessitem, fazendo perguntas que ajudem as crianças a pensar sobre a escrita das palavras e a semelhança na grafia entre elas. Por exemplo: “Vocês estão escrevendo uma palavra que rima com esta que está escrita aqui, o que elas devem ter de parecido? Então, que letras vocês devem utilizar para escrever essa parte?”

Escrever palavras que rimam.

Dizer palavras que rimam considerando a semelhança sonora.

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Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil para algumas crianças, você pode apenas realizar a primeira parte da atividade e ainda oferecer algumas palavras que você tenha escolhido para que elas digam quais rimam com as palavras dessa história.

Se o desafio proposto parecer muito fácil para algumas crianças, você pode sugerir que elas escolham algumas duplas de palavras que rimam na história para, em duplas, escrevê-las com letras móveis.

O que as crianças podem aprender Ao propor que as crianças digam outras palavras que rimam, possibilita-se que elas prestem atenção

nas características da linguagem e na grafia das palavras, além de ampliarem o vocabulário.

Ao pedir que escrevam uma lista de palavras que rimam, favorece-se que pensem sobre as carac-terísticas das rimas e sobre como se escreve.

O que mais é possível fazerVocê pode ampliar a lista coletiva da sala pedindo que as crianças leiam as palavras que escreveram em suas listas e completem com as novas. Além disso, você pode combinar com as crianças que a lista coletiva ficará afixada no mural e sugerir que elas, sempre que quiserem, tragam novas palavras para completá-la.

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Atividade 7Trocar palavras que rimam na história

professor escreve o texto da história na lousa e pede para as crianças lerem com ele, identificando as palavras que rimam.

Depois propõe que troquem os nomes dos personagens para outros que rimem com as palavras do texto.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoPara essa atividade, você vai precisar escrever a história na lousa (ou em um papel grande). Use letras maiúsculas e agrupe as linhas conforme as rimas, tal como fez na atividade 5 deste Caderno.

Organização do espaço e das criançasEssa é uma atividade coletiva. As crianças devem estar organizadas de modo que consigam visualizar a escrita na lousa.

Orientações para o professor Iniciar a atividade retomando com as crianças o que elas já sabem sobre o livro e explicando a pro-

posta. Você pode dizer: “Nós conhecemos bem a história deste livro. Descobrimos que os nomes dos personagens se repetem e localizamos as palavras que rimam. Hoje vamos reescrever a história trocando os nomes dos personagens, mas temos de colocar um nome que rime com as palavras da história, assim como está no livro”.

Propor que as crianças leiam com você a história. Acompanhe com o dedo as partes que estão sendo lidas, para que as crianças possam acompanhar a relação da leitura com o texto.

Pedir que elas identifiquem e digam onde estão escritos os nomes dos personagens nas linhas, conforme leem juntas, e circule cada um deles.

Propor que as crianças troquem os nomes dos personagens por outros que rimem com aqueles. Você pode dizer: “Já observamos que esses nomes se repetem na história e que eles rimam com outras palavras. Vamos trocar esses nomes por outros que também rimem”. Para ajudar, você pode sugerir que, se preci-sarem, elas podem consultar a lista de palavras rimadas que está no mural.

Ler a primeira frase e perguntar: “Qual nome podemos colocar no lugar de Pequeno Polegar? Quem sabe algum?” Se as crianças inicialmente tiverem dificuldades, você pode sugerir: “Podemos colocar Maria? E Osmar? Por quê?” Ler as linhas com o novo nome.

Seguir com essas orientações até o final da história.

Combinar que você vai escrever em um papel essa nova versão da história que elas criaram para colocar no mural.

Criar palavras que rimem.

Identificar nomes na frase.

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Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor que elas primeiro identifiquem, em uma lista de nomes previamente elaborada por você, quais deles rimam com os nomes dos personagens da história, para só depois trocá-los.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode sugerir que elas troquem os nomes dos personagens entregando uma folha com o texto da história e com lacunas nos lugares dos nomes dos personagens para que as crianças escrevam.

O que as crianças podem aprender Ao propor que as crianças localizem nomes no texto, favorece-se que coloquem em jogo diferentes

estratégias de leitura.

Ao convidar as crianças a trocar os nomes dos personagens do texto, garantindo que as rimas conti-nuem, favorece-se que criem palavras que rimem considerando sua sonoridade e grafia.

O que mais é possível fazer Você pode reler para as crianças o texto final com os nomes por elas criados e propor que agora substituam as outras palavras que rimam com os nomes, fazendo mais uma nova versão da história.

O que é possível fazer em casaVocê pode combinar com as crianças que passará a limpo o texto que criaram, para elaborar um livro com a história delas. Depois proponha que o levem para ler em casa com seus familiares. Uma sugestão é fazer um sorteio para definir um rodízio nos grupos. Assim, a cada semana, uma criança por vez leva o livro para casa.

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Atividade 8Ler partes da história

professor convida as crianças para ler os trechos do livro Pêssego, pêra, ameixa no pomar, fazendo desse momento uma

leitura compartilhada.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoMarcar nas frases da história as linhas que você vai ler e as que as crianças lerão. Organizar cantos com diferentes jogos para as crianças que não realizarão a atividade com você nesse dia.

Organização do espaço e das criançasEssa atividade deve ser realizada em pequenos grupos. Você pode organizar as crianças de forma que, enquanto dá atenção especial a um grupo, as demais crianças realizem outra atividade que tenham con-dições de desenvolver sozinhas (por exemplo, brincar com jogos conhecidos). Ao longo de alguns dias, você fará essa mesma proposta, de forma a atender cada grupo separadamente.

Orientações para o professor Contar às crianças como será a atividade. Você pode fazer uma roda e explicar que elas vão trabalhar

em grupos e, enquanto você faz uma proposta com um grupo, as demais crianças podem escolher um jogo bastante conhecido e que saibam jogar sozinhas, também em pequenos grupos.

Explicar às crianças, já no pequeno grupo, que elas lerão com você o livro Pêssego, pêra, ameixa no pomar. Você pode dizer: “Hoje vamos ler juntos esse livro; eu leio uma linha e vocês leem outra”.

Combinar que as crianças lerão uma de cada vez. “Eu vou ler a primeira linha dessa página, e um de vocês lê a segunda, depois eu leio novamente a primeira linha da página seguinte e outra criança lê a li-nha seguinte. Vamos assim até o final do livro, sempre na mesma ordem, ou seja, primeiro eu, depois vocês, e assim por diante”.

Conversar sobre os recursos que elas têm para ler o texto. Você pode dizer: “Se vocês não souberem alguma parte do texto, como podem fazer para lembrar?” Nesse momento, ajude-as a recordar o que elas já sabem sobre a estrutura do texto e a relação entre texto e ilustração.

Iniciar a leitura da primeira linha e indicar onde a primeira criança deve ler. Seguir com essa orientação durante toda a atividade.

Lembrar a cada criança que ela deve ficar atenta à leitura do professor e à dos colegas para poder realizar a dela.

Ler partes da história.

Relacionar informações sobre a estrutura do texto e a relação texto-ilustração para ler.

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Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode suge-rir que acompanhem a leitura realizada por você e deixem para ler em voz alta só as partes que se repe-tem na história: “E eu vejo” e os nomes dos personagens.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode sugerir que elas dividam os turnos das leituras entre elas. Nesse caso, você não participa da atividade lendo as pri-meiras linhas, mas apenas acompanhando os grupos para ajudá-los na organização da leitura.

O que as crianças podem aprender Ao convidar as crianças para ler partes da história atentando para o apoio da ilustração e para a

regularidade do texto, possibilita-se que experimentem ler com mais autonomia.

Ao propor que as crianças se alternem para ler as linhas da história, possibilita-se que elas aprendam a controlar a sua vez de ler e permaneçam atentas à leitura do professor.

O que mais é possível fazerVocê pode propor que as crianças apresentem essa leitura para outras pessoas da escola. Para isso, é importante organizar momentos em que as crianças ensaiem e, no dia da apresentação, preparar o ambiente, de modo que as crianças sejam ouvidas e vistas por todos os convidados. Uma dica é explicar aos convidados que essa é a finalização de uma sequência de atividades realizadas a partir de um livro lido pelo grupo, e que as crianças se prepararam e farão as apresentações dentro de suas possibilidades.

O que é possível fazer em casaVocê pode sugerir que as crianças contem em casa sobre a experiência de ler partes da história sozinhas.

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Créditos institucionais

TRILHAS

Iniciativa:Natura Cosméticos

Realização:Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos

Desenvolvimento: Cedac

Ficha Técnica

Programa Crer para Ver, Natura CosméticosCoordenação:Maria Lucia Guardia e Lilia Asuca Sumiya

CedacCoordenação:Beatriz Cardoso e Tereza Perez

Concepção do conteúdo e supervisão:Ana Teberosky

Direção editorial: Beatriz Cardoso e Beatriz Ferraz

Consultoria literária:Maria José Nóbrega

Equipe de redação:Beatriz Cardoso, Beatriz Ferraz, Cristiane Fernandes Tavares, Debora Samori, Maria Grembecki, Milou Sequerra, Patrícia Diaz

Equipe da Gerência de Educação e Sociedade, Natura Cosméticos:Maria Lucia Guardia, Lilia Asuca Sumiya, Fabiana Shiroma, Eliane Santos, Isabel Ferreira, Luara Maranhão, Marcio Picolo

Edição de texto:Marco Antonio Araujo

Coordenação de produção:Fátima Assumpção

Projeto gráfico: SM&A Design

Ilustrações: Vicente Mendonça

Revisão: Ali Onaissi

“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OU TOTALMENTE, SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DA NATURA COSMÉTICOS, E DO CEDAC.”

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