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CADASTRO TÉCNICO E PLANEJAMENTO URBANO Profa. Dra. Maria Cecília Bonato Brandalize 2015

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CADASTRO TÉCNICO E

PLANEJAMENTO URBANO

Profa. Dra. Maria Cecília Bonato Brandalize

2015

-2-

Programa

1. Introdução

2. Legislação Cadastral

3. Questões Cadastrais

4. Metodologia do Cadastro Territorial

5. Cadastro Territorial Multifinalitário e Aplicações

6. SIG Aplicado ao Cadastro Territorial

-3-

4. Metodologia do Cadastro Territorial

4.1. Modelos Cadastrais Teóricos

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

4.3. Mapeamento Cadastral

4.4. Sistemas Cadastrais e sua Implementação

-4-

4. Metodologia do Cadastro Territorial

4.1. Modelos Cadastrais Teóricos

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

4.3. Mapeamento Cadastral

4.4. Sistemas Cadastrais e sua Implementação

-5-

4.1. Modelos Cadastrais Teóricos

Alguns autores, como CARNEIRO (2003), identificam modelos teóricos que tentam esquematizar os sistemas cadastrais

existentes.

Tais modelos são concebidos para aplicação em situações e países específicos, não sendo aconselhada sua adoção sem que haja uma análise criteriosa quanto aos fatores sociais,

econômicos e históricos envolvidos.

-6-

4.1. Modelos Cadastrais Teóricos

Modelo de Dale

Sistematiza o cadastro inglês;

Nele, o mapa cadastral é externo ao sistema de levantamento cadastral (não é o produto mais importante);

A descrição dos limites é o mecanismo de ligação para a geração dos produtos do sistema, ou seja, para a produção dos mapas cadastrais, para o registro de títulos, para a avaliação e taxação, e para o planejamento e o

desenvolvimento;

Neste caso, todos os produtos têm a mesma importância.

-7-

4.1. Modelos Cadastrais Teóricos

Modelo de McLaughlin

Sistematiza o cadastro americano;

Representa uma situação teórica ideal;

Os produtos básicos deste sistema são: mapa cadastral (mapa base + overlay cadastral com informações sobre a parcela); os registros fiscais e

de títulos, os registros administrativos e os recursos naturais;

Neste caso, todos os registros têm igual ênfase.

-8-

4.1. Modelos Cadastrais Teóricos

Modelo de Williamson

Sistematiza o cadastro australiano;

Compreende dois componentes principais: o banco de dados cadastrais, contendo as informações gráficas e descritivas das parcelas

legais; e um centro de informações territoriais cuja função é gerenciar os dados de todo o sistema;

Os principais produtos deste sistema são o mapa cadastral e o registro territorial, responsáveis por manter um SIT;

Neste caso, todos os componentes do sistema são tratados de forma independente (registro imobiliário, levantamento cadastral, mapeamento

em escala grande, avaliação).

-9-

4.1. Modelos Cadastrais Teóricos

Modelo da Suécia

Sistematiza o cadastro sueco;

Compreende os seguintes elementos: identificadores imobiliários, endereços e nomes de quadra; dados relativos à propriedade (registros imobiliários e coordenadas); mapas físicos e regulamentações do uso do

solo; outras bases com informações diversas;

Funciona de forma online, onde cada agência de registro e organização de levantamento é equipada com um terminal de comunicação;

O banco de dados territoriais está integrado a todos os outros registros nacionais (solo, população, preços, empresas, impostos...) pela chave de

identificação da parcela;

Apenas as agências de registro territoriais podem atualizar o conteúdo.

-10-

4. Metodologia do Cadastro Territorial

4.1. Modelos Cadastrais Teóricos

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

4.3. Mapeamento Cadastral

4.4. Sistemas Cadastrais e sua Implementação

-11-

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

A obtenção de dados para o Cadastro Territorial se dá, em primeira instância, a partir da coleta de documentos

existentes, sejam estes descritivos ou gráficos(plantas em papel ou em outras mídias, mapas antigos...).

A obtenção de dados para o Cadastro Territorial se dá ainda a partir da consulta ao cadastro imobiliário existente (informações obtidas junto ao registro de imóveis sobre

possíveis levantamentos, croquis e memoriais descritivos)

-12-

Elementos Geométricos Mínimos

Geotecnologias

Fotogrametria & SV

Topografia & Geodésia

Cartografia

Sensoriamento Remoto ?f (resolução)

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

-13-

Sistema Cartográfico

Ligado à definição de um sistema de referência que tem como principal característica ser inercial.

Em geral, os referenciais têm origem no centro da Terra (Geocêntricos) ou em sua superfície (Topocêntricos).

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

-14-

Sistema de Referência

Constitui o referencial único para a determinação de coordenadase altitudes no território brasileiro

Preceitua o estabelecimento de um sistema plano-altimétrico de pontos geodésicos de controle materializados no terreno

Vértices e Referências de Nível

Resolução PR n.° 22 de 21/07/83

Sistema Geodésico Brasileiro (SGB)

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

-15-

Sistema de Referência

Sólido gerado pela rotação de uma elipse em torno do eixo dos pólos; superfície geometricamente definida; cujas dimensões são

conhecidas.

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

Sistema Coordenadas DATUM

Elipsóide (a, f, e)

Projeção

-16-

Sistema de Referência

Pode ser: Local ou Global

(Superfície teórica mais próxima do Geóide na região considerada)

(Unificação dos trabalhos geodésicos)

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

Sistema Coordenadas DATUM

Elipsóide (a, f, e)

Projeção

Sistema Coordenadas DATUM

Elipsóide (a, f, e)

Projeção

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

-17-

Sistema de Referência

Elipsóide Internacional de Referência

Elipsóide de Hayford - IUGG 1924Elipsóide de 1967 - IUGG 1967

Elipsóide de 1980 (GRS) - IUGG 1979 ≈ Elipsóide WGS84 - GPS

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Sistema de Referência

Elipsóide a (semi-eixo maior) f (achatamento)

HAYFORD 6.378.388,00 m 1/297

IUGG-67 6.378.160,00 m 1/298,25

GRS80 6.378.137,00 m 1/298,257222101

WGS84 6.378.137,00 m 1/298,257223560

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

Sistema Coordenadas DATUM

Elipsóide (a, f, e)

Projeção

-19-

Sistema de Referência

Define a localização espacial e a orientação de um determinado elipsóide de referência em relação à superfície terrestre

Pode ser: Horizontal, Vertical ou Completo

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

Sistema Coordenadas DATUM

Elipsóide (a, f, e)

Projeção

-20-

Sistema de Referência

Referência para determinação de posições horizontais e altitudes

Elementos: coordenadas de um ponto origem (topocêntrico ou geocêntrico); direção de uma linha; ondulação geoidal; dimensões

do elipsóide de referência

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

Sistema Coordenadas DATUM

Elipsóide (a, f, e)

Projeção

Sistema Coordenadas DATUM

Elipsóide (a, f, e)

Projeção

-21-

Sistema de Referência

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

Datum Região Origem Referência Tipo

Córrego Alegre

Brasil Córrego Alegre

Hayford 1910

H

SAD-69 Brasil Chuá IUGG 1967 H

WGS-84 Global Centro de Massa

WGS 1984 C

Imbituba Brasil Imbituba Geóide V

SIRGAS América Sul

Centro de Massa

GRS 1980 C

-22-

Sistema de Referência

Definida como o método pelo qual a superfície curva da Terra é representada em uma superfície plana.

ExigeTransformações Matemáticas

Produz Distorções de Alguns Aspectos

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

Sistema Coordenadas DATUM

Elipsóide (a, f, e)

Projeção

-23-

Sistema de Referência

Escolhida?Sistema Cartográfico Nacional (SCN)

Recomendação da IUGG

Escalas 1:250.000 Universal Transversa de Mercator (UTM)

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

Sistema Coordenadas DATUM

Elipsóide (a, f, e)

Projeção

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Projeção UTM

Projeção Cilíndrica ConformeDeriva da Projeção Conforme de Gauss ou Gauss-Krüger

Globo 60 FusosFuso amplitude de 6°, é numerado (de W para E) e estende-se de

84°N a 80°SPrimeiro Fuso 180°W

Brasil coberto por oito fusos (18 a 25)Fuso compreende um MC

O afastamento do MC provoca um exagero gradativo da escalaAdequada ao mapeamento de regiões extensas no sentido N-S

Projeção transversa secante ao elipsóide 1°37’ do MC 180 kmDistorção no MC é mínima k = 0,9996

Distorção nas linhas de secância é nula k = 1

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

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4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

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4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

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4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

-28-

Sistema de Referência

Associado a um determinado elipsóide e datum, pode assumir um caráter global ou local

Está sempre presente nos mapas, cartas e plantas

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

Sistema Coordenadas DATUM

Elipsóide (a, f, e)

Projeção

-29-

Sistema de Referência

Sistema Geodésico Brasileiro (SGB)

Constitui o referencial único para a determinação de coordenadas e altitudes no território brasileiro

Preceitua o estabelecimento de um sistema plano-altimétrico de pontos de controle materializados no terreno Vértices e RN

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

Sistema Coordenadas DATUM

Elipsóide (a, f, e)

Projeção

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Sistema de Referência

Sistema Geodésico Brasileiro (SGB)

Coordenadas Geográficas (φ, λ)Coordenadas UTM (E, N)Altitude Ortométrica (H)

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

Sistema Coordenadas DATUM

Elipsóide (a, f, e)

Projeção

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Sistema de Referência

Coordenadas Geográficas

f (Escala)Cadastro Canto de Folha

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

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Coordenadas UTM

Posição E/W (MC) e N/S (Equador)

Fuso Grade Retangular Reticulado

Reticulado UTM o eixo das ordenadas coincide com o MC e o eixo das abscissas coincide com o Equador

Coordenadas plano-retangulares de um ponto (E, N)

E = f (, , a, e) e N = g(, , a, e)

Sistema de Coordenadas UTM é o mais utilizado no mundo e o preferido dos usuários de SIG/SIT

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

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4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

-34-

Coordenadas UTM

Sistema de Projeção UTM MC e Equador são linhas retas

Meridianos e Paralelos são curvas complexas (omitidas)

Reticulado UTM linhas verticais paralelas ao MC e linhas horizontais paralelas ao Equador

Espaçamento depende da Escala (100, 1.000, 10.000 ... metros)

Origem MC Equador valores não convencionais

HN 500.000 m (E) e 0 m (N)

HS 500.000 m (E) e 10.000.000 m (N)

Representação hemisfério e número do fuso

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

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4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

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4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

Quais as consequências da mudança de referencial?

-37-

SISTEMA GEODÉSICO BRASILEIRO (SGB)

LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS/GEODÉSICOS

LEVANTAMENTOS AEROFOTOGRAMÉTRICOS

CARTOGRAFIA DE BASE

(FONTE DE DADOS GEOMÉTRICOS)

CADASTRO TERRITORIAL

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

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Cadastro Territorial

Visa a identificação das divisas de um imóvel (parcelas), em conjunto com o proprietário, georreferenciando, em escala

conveniente, estas divisas e garantindo, assim, a exata localizaçãoda propriedade.

Visa ainda a vinculação dos dados territoriais ao registro imobiliário, com a finalidade de proporcionar total embasamento

técnico à garantia do direito de propriedade.

BASE LEGAL Cartório e Registro de Imóveis

(Não deve ser desprezada)

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

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Base Legal

O registro dos bens imóveis e dos direitos que sobre eles incidem, visa garantir a autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos

assentados "inter vivos" ou "mortis causa", constitutivos, declaratórios, translativos e extintivos de direitos reais, preservando-lhe a confiabilidade,

bem como a simples validade em relação à terceiros, ou à sua mera disponibilidade.

O profissional do direito, dotado de fé pública, a quem é delegado o exercício da atividade de registro, cujo ingresso no serviço registral se dá mediante concurso público de provas e títulos, denomina-se oficial de

registro, ou registrador.

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados

-40-

Base Legal

O notário ou tabelião, é a pessoa que exerce a atividade notarial.

Esta compreende a lavratura de escrituras e procurações públicas, o reconhecimento de firmas e a autenticação de cópias.

Para o desempenho de suas funções, tanto o notário como o registradorpodem contratar escreventes, cuja função é auxiliar nos atos que lhes

forem autorizados a praticar.

De acordo com a Lei 8.935, de 21/11/1994, foi abolido o uso do termo "cartório" para designar o local onde se concentram os atos próprios dos

tabeliães e oficiais do registro; tendo sido substituído pelos termos "serviço notarial" e "serviço registral".

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados