cacd - aula 03 - resumo - era napoleônica e concerto europeu

Upload: gabriel-bellato

Post on 06-Jul-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/17/2019 CACD - Aula 03 - Resumo - Era Napoleônica e Concerto Europeu

    1/10

    História Geral

    Aula 03

    Era Napoleônica e Concerto Europeu

    Era Napoleônica – 1799 - 1814

     A ascensão de Napoleão Bonaparte nos quadros do exército francês foi

    meteórica. Napoleão professava uma forte crença nos ideais da revolução, entretantoo

    o que estabeleceu foi um governo forte, preservando com mais obstinação os feitos

    relativos grande!a nacional e ambiç"es de glórias militares, ou se#a, engrandeceu opatriotismo revolucion$rio. %ntretanto fortaleceu o governo centrali!ado e favoreceu os

    ideais de igualdade em detrimento dos de liberdade. A forma de governo estabelecida

    após o &' de Brum$rio foi o (onsulado. ) poder executivo era exercido por três

    (*nsules, nomeados pelo +enado. ) +enado, por sua ve!, designaria os membros do

    ribunato e do (orpo -egislativo. ) rimeiro (*nsul era Bonaparte, encarregado de

    propor todas as leis, nomear a administração p/blica, controlar o exército e os

    negócios estrangeiros. ) ribunato discutiria as leis sem vot$0las, depois que o corpo

    legislativo as aceitava ou re#eitava sem debatê0las. %m &'12 através de um plesbicito,prolongou seu governo até o fim da vida. %m &'13, por meio do mesmo mecanismo

    constitucional, converteu o (onsulado num 4mpério. omou essas atitudes para

    combater uma oposição crescente que tentou por algumas ve!es tirar0l5e a vida. ara

    obter a bênção da igre#a em suas aç"es, fe! o papa io 644 vir de 7oma 8rança para

    oficiar sua coroação. reservou conquistas da 7evolução 8rancesa, como a igualdade

    perante a lei e o incentivo educação secular, instituiu novo (ódigo (ivil, reformulou

    as bases econ*micas que protegiam a ind/stria francesa e estimulou o comércio. or 

    fim, fundou o banco da 8rança para proteger a moeda.

    Napoleão reali!ou in/meras obras de infraestrutura e estabeleceu um governo

    centrali!ado, dividindo o pa9s em distritos iguais, cada qual sob o comando de um

    prefeito que recebia ordens de aris. %m &'&1, completou o (ódigo de Napoleão, uma

    revisão e codificação das leis civis e criminais, baseados nos planos elaborados pela

    (onvenção Nacional. A pena de morte foi mantida nos casos de furto. A 4mprensa e

    outros setores foram fortemente censurados, sendo que nen5um #ornal francês

    divulgou a derrota que sua armada sofreu em rafalgar, senão depois do colapso do4mpério, oito anos mais tarde. %m suas excurs"es militares, derrotou a :ustria, com o

  • 8/17/2019 CACD - Aula 03 - Resumo - Era Napoleônica e Concerto Europeu

    2/10

    4mperador ;absburgo pedindo a pa!. 7estou apenas a 4nglaterra como /nico inimigo

    em guerra, mas Napoleão se convenceu que este inimigo estava além de suas forças,

    escol5endo negociar a cessão de 5ostilidades. %m &'12 aceitou a a! de Amiens, na

    qual a 4nglaterra concordou em ceder as possess"es coloniais apresadas durante a

    guerra, com exceção das il5as de rindade e (eilão

    Na frente externa, estabeleceu o dom9nio francês sobre o resto da %uropa.

    %ntre &'1< e &'1=, imp*s decisivas derrotas :ustria, r/ssia e 7/ssia, dominando

    praticamente toda a %uropa continental, exceto os B$lcãs, em &'&1. *s parentes nos

    tronos de dois reinos italianos, ;olanda, 6estf$lia e %span5a. %m &'1>, criou a

    (onfederação do 7eno, composta por de!esseis %stados alemães, e após invadir a

    r/ssia oriental e a ol*nia, obrigou a 7/ssia aliança forçada. or fim, submeteu a

    seu controle a :ustria, r/ssia, +uécia e ?inamarca, atingindo o $pice de seu poder em &'&1 com a anexação do litoral germ@nico. Napoleão estendeu os ideais que

    guiavam seu império, dando in9cio a uma revolução social de amplitude europeia, que

    atacou os privilégios feudais da nobre!a e do clero e privilegiou a burguesia.

    )s comerciantes e industriais ingleses temiam uma invasão do exército

    francês. %m &'1< a erceira (oligação contra a 8rança estava organi!ada, fa!endo

    parte dela a 4nglaterra, a :ustria, a 7/ssia e a r/ssia. Napoleão derrotou os

     Austr9acos e conquistou 6iena. ) resultado desta vitória foi a eliminação da :ustria do

    campo da guerra, sendo obrigada a aceitar a pa! que privou o pa9s de três mil5"es de

    cidadãos e a redu!iu a uma potência de segunda categoria. ambém a r/ssia foi

    vencida e Berlin posta sob o governo de seus generais. (om a 7/ssia, foi costurado

    um acordo que possibilitava ao pa9s eslavo fa!er o que quisesse com a 8inl@ndia e a

    urquia, em troca da cooperação em eliminar o comércio inglês do continente.

    Napoleão se tornou o sen5or de quase toda a %uropa, destruindo o que ainda restava

    do +anto 4mpério 7omano, reunindo v$rios %stados alemães numa (onfederação do

    7eno sob seu comando. (olocou seus irmãos como reis de N$poles, outro como reida ;olanda e um terceiro como rei da 6estf$lia. +eu amigo, rei da +ax*nia, foi posto

    como governador do ?ucado de 6arsóvia, que fora tomado da r/ssia.

    Declnio !e Napole"o# 1808 – 181$

    Napoleão enfrentou a oposição da rã0Bretan5a, que se transformou em seu

    mais resoluto advers$rio. 4ncapa! de invadi0la decidiu su#eita0la pela ru9na econ*mica,

    assim estabelecendo o bloqueio continental em &'1>, que proibia qualquer comércio

    das regi"es e os %stados vassalos do império com os ingleses. ) Bloqueio (ontinentalse mostrou mais danoso a Napoleão do que 4nglaterra. %ra imposs9vel excluir os

  • 8/17/2019 CACD - Aula 03 - Resumo - Era Napoleônica e Concerto Europeu

    3/10

    produtos ingleses do continente, que eram trocados pelos produtos agr9colas

    produ!idos nos pa9ses dominados pelos franceses. )s ingleses respondiam com uma

    série de determinaç"es ordenando a prisão de seus vassalos que comerciali!assem

    com a 8rança, privando o 4mperador de todas as suas fontes de suprimento nos

    pa9ses neutros. )s ingleses responderam incrementando suas trocas comerciais com

    a :sia, Antil5as, :frica, oriente próximo e América -atina. 4nicia0se assim a ru9na do

    império francês, que se tornava tirano com aplicação e pesados tributos para financiar 

    sua expansão. ) bloqueio rebela a burguesia, limitada em suas relaç"es comerciais.

     A revolta na %span5a, iniciada no verão de &'1', foi o in9cio de sua queda.

    (om o encora#amento e assistência dos ingleses, os espan5ois sustentaram uma série

    de guerril5as contra os franceses, que incitaram outros povos a se rebelarem contra o

    império opressor. )s russos abandonam o sistema continental em &'&1, o quefavoreceu o comércio inglês e levou declaração de guerra dos franceses. ) exército

    francês, composto por >&3 mil 5omens, redu!0se a escombros em apenas seis meses

    de campan5a na 7/ssia. )s russos não estabeleceram uma frente fixa e levaram os

    franceses a adentrar cada ve! mais seu território, somente quando circundavam

    oscou que estes se enga#aram em batal5a, em Borondino. ) %xército do c!ar foi

    derrotado neste encontro e permitiram que os franceses ocupassem a antiga capital.

    Cm incêndio de origens suspeitas fe! com que Napoleão se detivesse por um mês na

    cidade, aguardando uma rendição russa, decidindo em outubro iniciar o camin5o devolta p$tria. uito antes de atingir a fronteira, o inverno c5egou e atrasou

    sobremaneira o retorno. re!entos mil 5omens pereceram na aventura russa.

    %m outubro de &'&D, as forças aliadas da 7/ssia, :ustria, r/ssia e +uécia

    derrotam Napoleão em -eip!ig, na Batal5a das Naç"es. +eus estados vassalos foram

    libertos e a própria 8rança foi invadida. %m D& de março de &'&3 os vitoriosos

    adentraram aris e tre!e dias depois Napoleão assinou o ratado de 8ontainebleau,

    renunciando suas possess"es ao trono da 8rança. (omo recompensa l5e foiconcedida uma pensão de dois mil5"es de francos e completa soberania sobre a 4l5a

    de %lba, no editerr@neo. Eunto ao +enado os vitoriosos negociaram o retorno da

    casa dos Bourbons ao poder, com -u9s F6444, irmão do rei que em &=GD fora enviado

    para a guil5otina. %m &'&< Napoleão desembarcou na costa francesa e após uma

    excursão triunfal pelo pa9s c5egou a aris, tendo o rei fugido para a Bélgica.

    %ntretanto sofreu uma forte derrota em na cidade belga de Haterloo, posteriormente

    obrigado a abdicar ao trono em seu retorno a aris. 8oi por fim obrigado a refugiar0se

    num navio inglês e terminou seus dias exilado na il5a de +anta ;elena, no Atl@ntico+ul.

  • 8/17/2019 CACD - Aula 03 - Resumo - Era Napoleônica e Concerto Europeu

    4/10

    % Con&resso !e 'iena – 181$

    rande parte do trabal5o que decidiu o destino da %uropa depois da conclusão

    da longa guerra que envolveu quase todo o mundo ocidental, foi feito no (ongresso de

    6iena, sendo I(ongressoJ um nome inadequado, tendo em vista que nunca aconteceuuma sessão plen$ria de todos os delegados, levando0se em conta que as decis"es

    foram tomadas por pequenas comiss"es. ) alicerce das reuni"es foi o princ9pio de

    legitimidade, siginificando que as dinastias europeias que governavam o continente

    antes dos levantes deveriam ser restauradas e que a cada pa9s caberia

    essencialmente readquirir os territórios que possu9a antes de &='G. -uis F6444 foi

    recon5ecido como soberano francês e a (asa de )range como a governante da

    ;olanda. )s +aboia no iemonte e +arden5a, sendo os Bourbons restitu9dos na

    %span5a e as ?uas +ic9lias. A 8rança acabou obrigada a pagar uma indeni!ação de=11.111.111 francos, sendo suas fronteiras pré0&='G mantidas. ) papa retornou suas

    possess"es na 4t$lia, a +u9ça restaurada como confederação independente e

    garantias de neutralidade das potências principais, com o reino da ol*nia redividido

    entre 7/ssia, :ustria e r/ssia. 8oi sub#ulgado o princ9pio de autodeterminação dos

    povos. A 4nglaterra conservou os territórios que tomara dos 5olandeses, que durante

    um tempo lutaram ao lado dos franceses. %ntre estes territórios estavam o (eilão,

    parte da uiana na América do +ul e a :frica do +ul. ara recompensar os

    5olandeses, alguns territórios na :ustria na Bélgica, sendo os ;absburgosrecompensados com um extenso território na 4t$lia, recebendo a 7ep/blica de 6ene!a

    e o ?ucado de ilão, com membros da fam9lia colocados no trono da oscana, arma

    e odena.

    %m 2> de setembro de &'&< a 7/ssia, r/ssia e :ustria assinam o pacto que

    cria a +anta Aliança, compromisso de car$ter conservador que tin5a pretensão de

    reinserir nas relaç"es internacionais o princ9pio da legitimidade din$stica e o direito de

    intervenção para recuperar os espaços perdidos com o avanço dos ideaisrevolucion$rios. A rã0Bretan5a se op"e a tal arran#o e prop"e como alternativa, o

    acto da Ku$drupla Aliança, estando aberta a participação até mesmo da 8rança. A

    8rança sai dos encontros de 6iena com um território um pouco maior em relação ao

    que possu9a antes da revolução. A 7/ssia obtém a 8inl@ndia e parte expressiva dos

    territórios da ol*nia. A +uécia por fim incorporou a Noruega. A (onferência

    estabeleceu uma nova (onfederação Alemã, reunindo os trinta %stados soberanos

    sob a liderança do monarca austr9aco. or fim, todas as dinastias depostas pela

    revolução foram restauradas ao seus respectivos tronos, na 8rança, %span5a,ortugal e +ic9lia.

  • 8/17/2019 CACD - Aula 03 - Resumo - Era Napoleônica e Concerto Europeu

    5/10

    ) que ficou con5ecido como (oncerto de 6iena comp*s0se de quatro

    encontros principaisL Aix0la0(5apelle em &'&', roppau em &'21, -aibac5 em &'2& e

    6erona em &'22. %stabeleceram0se acordos para a manutenção da pa! e gestão

    compartil5ada das relaç"es internacionais, não apenas no continente europeu, mas a

    n9vel global. (onsagrou0se uma pentarquia europeia, composta por rã0Bretan5a,

    8rança Mpotências liberais, r/ssia, :ustria e 7/ssia Mpotências conservadoras. +uas

    intervenç"es eram acordadas, por ve!es prevalecendo a perspectiva liberal, por ve!es

    a conservadora. %stes consensos permitiram as independências na América 4bérica e

    %uropa O Bélgica e récia, também como a sobrevivência de monarquias

    constitucionais em ortugal e %span5a. ) (ongresso permitiu a prima!ia brit@nica no

    comércio e nas rotas mar9timas, col5endo benef9cios que não se estendiam s demais

    potências. ) equil9brio estabelecido se refere geopol9tica, mas não se aplicava s

    esferas coloniais e comerciais, onde o dom9nio brit@nico era largamente percept9vel. A

    rã0Bretan5a se manteve como potência até o in9cio da década de &'=1. uerras

    gerais no per9odo do concerto europeu foram evitadas, ocorrendo apenas conflitos

    menores como entre a 8rança e :ustria em &'

  • 8/17/2019 CACD - Aula 03 - Resumo - Era Napoleônica e Concerto Europeu

    6/10

    ocorrendo menores abafamentos de surreiç"es na 4nglaterra e na 8rança, na segunda

    em &'21, na qual foram aprovadas in/meras leis que suspenderam as liberdades

    individuais, censuraram a imprensa, sendo o clero católico respons$vel pela

    organi!ação educacional. Na Aleman5a, decis"es limitaram qualquer reforma liberal e

    sufocaram demandas populares, colocando o movimento liberal do pa9s na

    obscuridade até &'3'.

     Alexandre 4 fora por alguns anos um dos monarcas mais esclarecidos da

    %uropa, criando escolas e universidades. %ntretando caiu sob a influência de

    atternic5. +ua mudança de atitude fortaleceu seus rivais num movimento de

    oposição de oficiais do exército e intelectuais. Após sua morte estes organi!aram a

    7evolta ?ePabrista para compelir a ascenção ao trono do rão0?uque (onstantino,

    um liberal, em lugar de seu irmão Nicolau. ) segundo ascendeu ao trono e seureinado foi um dos mais opressores na 5istória russa, abolindo a liberdade de

    imprensa e instalou um sistema de pol9tica secreta.

    )s anos de pa! estabelecidos pelo (ongresso foram os maiores #$

    experimentados pela %uropa. Nen5uma guerra ocorreu por quarenta anos, e após a

    uerra da (rimeia em &G

  • 8/17/2019 CACD - Aula 03 - Resumo - Era Napoleônica e Concerto Europeu

    7/10

    intervenção nos B$lcãs iria incendiar as populaç"es eslavas, entretanto possu9am

    motivos para acreditar que uma intervenção ao lado da 7/ssia daria um pretexto para

    os franceses atacarem os territórios austr9acos na 4t$lia. No in9cio a :ustria se

    posicionou como neutra, entretanto com o transcorrer da guerra apresentaram um

    ultimato ao c!ar para se retirar da old$via e 6al$quia.

    As ,eolu./es ierais )181$ – 1848+

    )s primeiros desafios ordem imposta através do (ongresso de 6iena foram

    conflitos pol9ticos de inspiração revolucion$ria que se desenrolaram nas primeiras

    décadas do século F4F, refletindo ainda a transformação do pensamento social que

    ocorreu na 8rança durante a revolução. (5egou a locais tão diversos quanto ortugal,

    %span5a, ol*nia, Aleman5a, récia, Bélgica, 4t$lia e retornou então 8rança. rês

    ondas revolucion$rias ocorreramL &'21, &'D1 e &'3', nos quais o ideal liberal se

     #untou ao nacionalismo.

    %m &'21 revoltas eclodem em ortugal, %span5a e 4t$lia, motivados a acabar 

    com o poder centrali!ador do Antigo 7egime e instituir monarquias constitucionais. %m

    ortugal a 7evolução do orto pedia o retorno da fam9lia real que se auto exilara no

    Brasil, uma constituição e o retorno do regime colonial. ) levante na %span5a pedia a

    moderação dos poderes do rei 8ernando e foi sufocado pela Ku$drupla Aliança em

    &'2D, com participação da 8rança. )s italianos em &'21 se levantaram, com a

    sociedade secreta dos carbon$rios obtendo do rei das ?uas +ic9lias uma constituição

    e governo parlamentar, que foi desfeito com intervenção da :ustria. %m &'2& os

    gregos começaram a lutar pela independência do 4mpério )tomano, contando com a

    5ostilidade do governo austr9aco. Apesar das ob#eç"es de atternic5, rã0Bretan5a,

    8rança e 7/ssia empreendem uma ação contra os turcos e auxiliam a récia a

    conquistar sua independência em &'2G.

    Na década de &GD1 as revolta se multiplicam. Na 8rança, (arlos F tentareintrodu!ir o absolutismo e alguns privilégios que a nobre!a go!ava anteriormente.

    ublica então ordenaç"es conservadoras que dissolvem a Assembleia de maioria

    liberal, modifica o sistema eleitoral e estabelece medidas de cesura prévia imprensa,

    motiva assim os levantes da burguesia e de grande parte da população, depondo o rei

    e colocando no trono -u9s 8elipe, da dinastia )rléans com tendências liberais. A

    revolta francesa reverbera na Bélgica, que fora entregue ;olanda no contexto dos

    encontros de 6iena. %m 2< de agosto de &GD1 explode uma revolta popular contra as

    autoridades 5olandesas em Bruxelas, e após dois meses o pa9s declara suaindependência sob uma monarquia constitucional. )s levantes de intelectuais na

  • 8/17/2019 CACD - Aula 03 - Resumo - Era Napoleônica e Concerto Europeu

    8/10

    ol*nia contra a 7/ssia são brutalmente esmagados em &'D&. )s levantes na 4t$lia

    em &'D&0&'D& foram sufocados pela :ustria, após a proclamação da rep/blica nos

    %stados ontificiais, que foi revertida.

     Apesar da reação dos pa9ses conservadores, a %uropa permaneceu em estadode crise latente até o final da década de &'31. Na 8rança o governo de -u9s 8elipe

    desgastou0se rapidamente e, por volta de &'3', perdia apoio interno por conta da crise

    econ*mica causada pela safra irregular de &'3> e paralisia do setor manufatureiro,

    que gerou desemprego e também pela recusa em alargar a participação dos setores

    populares na pol9tica. Neste ano apenas DQ da população tin5a direito ao voto.

    +ocialistas, republicanos e populares foram s ruas e aris em protestos, conseguindo

    destruir o governo e depor o monarca. 8ormou0se então um governo provisório que

    proclamou a rep/blica, aboliu a censura, findou o voto censit$rio e formulou pol9ticassociais como a regulamentação da #ornada de trabal5o, legali!ação de sindicatos e

    convocação de uma Assembleia (onstituinte. Após quatro meses novas revoltas

    eclodem e após três dias de lutas nas ruas, o movimento é sufocado por forças

    policiais resultando em quase dois mil mortos e feridos. %m de!embro de &'3' os

    franceses elegem seu primeiro presidente, -u9s Napoleão, sobrin5o do antigo

    imperador, que após três anos viria a proclamar um golpe de %stado que

    restabeleceria a monarquia e se autodenominaria Napoleão 444, imperador dos

    franceses. 8indava0se assim o movimento revolucion$rio.

    No mesmo ano de &'3' os governos da r/ssia e outros %stados germ@nicos

    atenderam a demandas sociais de reformas liberais, como atenuação da censura,

    estabelecimento de tribunais regulares e a formação de parlamentos nacionais. As

    forças liberais decidiram por convocar uma Assembleia Nacional que reuniria

    representantes de todos os %stados alemães, com ob#etivo de discutir a unificação.

    7euniu0se então em 8ranPfurt contanto com

  • 8/17/2019 CACD - Aula 03 - Resumo - Era Napoleônica e Concerto Europeu

    9/10

    liderado por atternic5, afrouxando os controles sobre a imprensa e convocando uma

     Assembleia (onstituinte. (om o sucesso dos 5abitantes de 6iena, eclodem revoltas

    na Boêmia, ;ungria e 4t$lia. As autoridades austr9acas exploraram as rivalidades

    étnicas presentes no então proclamado %stado 5/ngaro para encora#ar as minorias

    presentes a resistirem, no que foram apoiados pela 7/ssia. 8oi por fim esmagado o

    movimento.

    ilão e 6ene!a receberam contato da revolução por meio dos movimentos que

    eclodiram em N$poles, oscana e %stados ontif9cios, onde os monarcas se viram de

    fato forçados a introdu!ir reformas liberais. (idadãos destas duas cidades forçaram a

    retirada dos austr9acos, mas em pouco tempo as forças dos monarcas italianos e dos

    ;absburgos encontraram condiç"es de reagir e esmagaram os revolucion$rios. %m

    7oma, contudo, as revoltas forçaram o apa a fugir em novembro de &'3' e umarep/blica foi proclamada. R pedido do ont9fice, -u9s Napoleão envia tropas a 7oma,

    desmantelando a rep/blica nascente e restaurando a autoridade papal.

     As revoltas entre &'21 e &'31 obtiveram alguns êxitos. %span5a e ortugal

    estabelecem governos liberais, récia e Bélgica se tornam independentes, na 8rança

    o sufr$gio volta a ser universal, parlamentos nacionais são estabelecidos na r/ssia e

    em alguns %stados alemães e a servidão feudal foi abolida na :ustria e Aleman5a.

    2n!epen!ncias atino-a(ericanas

     As col*nias portuguesas e espan5olas na América se caracteri!avam pelo

    denominado acto (olonial, no qual suas relaç"es econ*micas de se davam

    exclusivamente com a metrópole, pela exportação de matérias primas e importaç"es

    de manufaturas. A expansão da 7evolução 4ndustrial na %uropa, particularmente na

    rã0Bretan5a, #unto com as instabilidades europeias decorrentes das revoluç"es do

    século F6444 e F4F, agiram para transformar o quadro pol9tico na América -atina. A

    decretação do bloqueio continental por Napoleão favoreceu o comércio inglês com asaméricas.

     As col*nias espan5olas, em sua maioria, go!aram de relativa independência

    durante o per9odo e c5egaram a manterem0se fiéis ao rei da %span5a enquanto

    aprisionado pelas forças francesas, recusando0se a recon5ecer Eosé Bonaparte, em

    &'1', quando o seu irmão o fe! monarca dos espan5óis. Na América portuguesa

    ocorreu outra situação, com a fam9lia real se transferindo para o Brasil em &'1', com

    aux9lio inglês. ) comércio com a rã0Bretan5a então cresce vertiginosamente, no

    caso das col*nias espan5olas, pela impossibilidade de comerciali!ar com a metrópole,

  • 8/17/2019 CACD - Aula 03 - Resumo - Era Napoleônica e Concerto Europeu

    10/10

    no caso dos territórios sob dom9nio de ortugal, por conta de vanta#osos acordos

    comerciais firmados com os ingleses.

     A partir de &'&< se estabelece na %uropa o princ9pio de legitimidade para as

    potências intervirem em pa9ses sob protestos e revoltas. As potências europeias,entretanto, não deram ouvidos aos pedidos da coroa espan5ola de intervenção na

     América -atina durante os movimentos de emancipação pol9tica após &'21. A

    restauração de v9nculos coloniais na região interessava somente ortugal e %span5a.

     Até potências mais conservadoras como :ustria e r/ssia se mantêm distantes do

    processo de emancipação pol9tica dos pa9ses latinos. ) presidente norte0americano

    Eames onroe, em mensagem ao (ongresso, avisava que consideraria uma ameaça

    para a sua pa! e segurança qualquer tentativa, por parte das potências europeias, de

    tentar impor o princ9pio de legitimidade do (ongresso de 6iena a qualquer parte das Américas. %sta declaração foi instada pela rã0Bretan5a, o que l5e conferiu car$ter 

    expl9cito de manter a +anta Aliança afastada da América -atina.

    ) sucesso da diplomacia inglesa no processo de independência das novas

    naç"es latinas foi tremendo. (oncederam estes pa9ses in/meras vantagens

    econ*micas 4nglaterra, por meio de tratados desiguais. 4mpediu0se o

    desenvolvimento de manufaturas locais e instalaram0se tribunais especiais para

    s/ditos brit@nicos.