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Caatinga Alunos: Felipe Batista Luiz Felipe Andrade Marina Godoy Vinicius Junger Professor: Delfim

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O bioma da Caatinga, ao contrário do que muitos pensão, é de riquíssima biodiversidade e com enorme potencial para desenvolvimento. No entanto, esta vem sofrendo intensa degradação ambiental, o que pode ter terríveis consequências. É um bioma esquecido pela legislação brasileira, contando apenas com iniciativas isoladas para sua conservação.

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Page 1: Caatinga

CaatingaAlunos: Felipe Batista Luiz Felipe Andrade Marina Godoy Vinicius Junger

Professor: Delfim

Page 2: Caatinga

A caatinga é o principal ecossistema existente no Nordeste, estendendo-se pelo domínio de clima semi-árido, numa área de aproximadamente 9,92 por cento do território nacional, segundo o Mapa dos Biomas Brasileiros, divulgado este mês pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Está localizado numa área de clima semi-árido e apresenta grande variedade de paisagens, riqueza biológica e espécies nativas específicas da região.

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O bioma Caatinga se estende pela totalidade do estado do Ceará (100%), mais de metade da Bahia, e partes da Paraíba (92%), de Pernambuco (83%), do Piauí (63%) e do Rio Grande do Norte (95%), quase metade de Alagoas (48%) e Sergipe (49%), além de pequenas porções de Minas Gerais (2%) e do Maranhão (1%).

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Quadro 1: Área aproximada da extensão dos biomas brasileiros

Bioma Área (Km2) %

Amazônia 4.196.943 49,29

Cerrado 2.036.448 23,92

Mata Atlântica 1.110.182 13,04

Caatinga 844.453 9,92Campos Sulinos 176.496 2,07

Pantanal 150.355 1,76

Total - Brasil 8.514.877 100

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Fauna- Segundo os pesquisadores, a caatinga é o ecossistema brasileiro menos

conhecido e estudado e, por isso, o conhecimento da fauna e da flora é precário.

- A caatinga possui baixas densidades de indivíduos e poucas espécies endêmicas.

- As espécies da caatinga mais conhecidas são a ararinha-azul (ameaçada de extinção), o sapo-cururu, a asa-branca, a cotia, o gambá, o preá, o veado-catingueiro, o tatu-peba e o sagüi-do-nordeste, entre outros.

Sapo-cururu Veado-catingueiro

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Animais em extinção e ameaçados de extinção- A degradação de várias áreas da caatinga causa a perda de habitats, além

disso, a caça e a pesca exacerbadas na caatinga também contribuem muito para a extinção de várias espécies.

- Os últimos dados dizem que são 20 as espécies ameaçadas de extinção, estando incluídas nesse conjunto duas das espécies de aves mais ameaçadas do mundo: a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) e a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari).

Ararinha -azul Arara-azul-de-lear

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Animais em extinção e ameaçados de extinção- Outras espécies em extinção conhecidas são a onça-pintada, o gato-do-mato, o gato-maracajá, o patinho, a jararaca e a sucuri-bico-de-jaca.

Jararaca

Gato-do-mato

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Flora- A catinga apresenta uma vegetação adaptada à aridez (xerófila), já que se localiza no semi-árido nordestino.- Predominam espécies arbustivas e arbóreas de pequeno porte,

geralmente dotadas de espinhos.- Quase 600 espécies arbóreas e arbustivas já foram registradas na

caatinga.- A caatinga é considerada às vezes como uma savana já que é estépica

e tem um clima com poucas e irregulares chuvas, solos férteis e vegetação aparentemente seca.

Vegetação adaptada à aridez

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Flora

Vegetação xerófila (cactos)

Vegetação arbustiva com arbóreas de pequeno porte

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- Atualmente existem pouco mais de cinquenta unidades de conservação dispersas na Caatinga. Na tabela abaixo estão listadas as categorias das unidades de preservação do Bioma.

CATEGORIA NÚMERO ÁREA (HÁ) %

Parque Nacional 7 881.774,00 20,88

Reserva Biológica 1 1.100,00 0,03

Estação Ecológica 4 126.039,20 2,98

Floresta Nacional 3 47.875,30 1,13

Área de Proteção Ambiental 5 3.113.786,00 73,73

ÁRIE 2 7.500,00 0,18

RPPN 26 37.591,04 0,89

Parque Estadual 3 7.367,00 0,17

Parque Botânico 1 190,00 0,00

Parque Ecológico Estadual 1 19,00 0,00

Terra Indígena 12 126.906,00 -

Total (-TI) 53 4.223.152,54 100,00

Reservas ecológicas e parques de preservação

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Algumas unidades de preservação:

- Parque Nacional de Sete Cidades (PI)O Parque Nacional de Sete Cidades é localizado no norte do estado

do Piauí, possui uma área de 6.221 hectares. É administrado pelo IBAMA . Na área do Parque existem várias formações rochosas, banhos, cachoeira, inscriçoes rupestres e diversos pontos de beleza exuberante. É dividido em 7 cidades imaginárias cada uma com suas particularidades, daí o seu nome.

Parque Nacional de Sete Cidades

Reservas ecológicas e parques de preservação

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Reservas ecológicas e parques de preservação- Parque Nacional Serra da Capivara (PI)

O Parque Nacional Serra da Capivara é localizado no sudeste do estado do Piauí. É um parque arqueológico com uma riqueza de vestígios que se conservaram durante milênios, devido à existência de um equilíbrio ecológico, hoje extremamente alterado. Ele é administrado pela Fundação Museu do Homem americano.

Parque nacional Serra da capivara

Pintura rupestre que pode ser encontrada no parque

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Reservas ecológicas e parques de preservação- RPPN Pedra do Cachorro (PE) A Reserva Particular do Patrimônio Natural Pedra do Cachorro é uma área de preservação da natureza em propriedade privada. Ela localiza-se no agreste de pernambuco. A reserva tem por objetivo proteger os recursos ambientais representativos da região. Ela é administrada pelo seu proprietário, Guaraci Cardoso.

RPPN Pedra do Cachorro

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Reservas ecológicas e parques de preservação- Parque Nacional do Catimbau (PE) O Parque Nacional do Catimbau está localizado entre o agreste e o sertão pernambucano. Ele é considerado de extrema importância biológica e apresenta pinturas rupestres e artefatos de ocupação pré-histórica. É considerado o segundo maior parque arqueológico do Brasil. O parque é administrado pelo IBAMA de Pernambuco.

Parque Nacional do Catimbau

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Reservas ecológicas e parques de preservação- Estação Ecológica Raso da Catarina (BA)

A Estação Ecológica Raso da Catarina é localizada entre o rio São Francisco e o rio Vaza-Barris na região mais seca do estado da Bahia. Ela fica em uma zona de transição entre o clima árido e semi-árido. A estação visa proteger os animais e as plantas presentes na região, lá vive a arara-azul-de-lear que é bastante ameaçada de extinção. A Estação Ecológica Raso da Catarina é administrada pelo IBAMA da Bahia.

Estação Ecológica Raso da Catarina

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Reservas ecológicas e parques de preservação- Estação Ecológica do Seridó (RN)

A Estação Ecológica do Seridó localiza-se no sudoeste do estado do Rio Grande do Norte, ela foi criada para preservar o ecossistema da caatinga tendo uma vegetação típica do sertão nordestino. A vegetação é seca e esparsa, tendo arbustos e árvores de até 2m de altura isolados. Ela é administrada pelo IBAMA do Rio Grande do Norte.

Estação Ecológica do Seridó

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4. Falta ou deficiência de capacitação de atores envolvidos na implementação de práticas de uso sustentável e conservação dos recursos naturais;

5. Falta ou deficiência na produção e divulgação de informações sobre práticas de uso sustentável e conservação dos recursos naturais.

PRINCIPAIS AMEAÇAS AO BIOMA CAATINGA

1. Falta ou deficiência de práticas de manejo sustentável e recuperação da vegetação degradada;

2. Deficiência ou inexistência de mecanismos para criação e/ou solidificação de áreas protegidas;

3. Deficiência ou inexistência de mecanismos para criação e/ou facilitação de incentivos para práticas de uso sustentável e conservação dos recursos naturais;

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A Degradação da Caatinga e sua Recuperação

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Na caatinga, as principais atividades econômicas são:

- A agricultura de subsistência.

- A pecuária extensiva.

- O corte de vegetação lenhosa para produção de carvão.

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Cada vez mais, as queimadas para a obtenção de áreas de pasto e plantio, e a extração de madeira para a produção de carvão vem degradando intensamente áreas da caatinga.

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Todo o semi-árido brasileiro está sujeito ao processo de desertificação. Cerca de 50% da área da caatinga já não possui mais cobertura vegetal.

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Catingueira (Caesalpinia pyramidalis )

Jurema (Mimosa hostilis)

A Catingueira e a Jurema são as principais plantas pioneiras de sucessão secundária em áreas anteriormente sob influencia humana, como áreas de agricultura ou pasto.

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O Xiquexique (Pilosocereus gounellei) é uma espécie que não necessita de teores elevados de água ou nutrientes, sendo assim pioneira na ocupação de áreas inóspitas (sucessão primária). Além disso, ela retém matéria orgânica em seu redor, possibilitando o crescimento de outras plantas e serve de abrigo para diversos animais. Essas características fazem do Xiquexique uma excelente opção para combater a desertificação.

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Para tentar frear a intensa degradação da caatinga, tem-se investido na conscientização da população, visando o uso sustentável da terra e de seus recursos.

Espera-se com isso, evitar o desmatamento descontrolado e as inúmeras queimadas, que são as principais causas da desertificação.

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No entanto, começam a se mostrar mais frequentes os estudos e as ações que visam a recuperação de áreas degradadas. Muitas vezes coordenados por importantes corporações, como a Petrobras e a Embrapa, estes estudos tem obtido grande êxito, apontando diversas espécies de plantes, em sua maioria leguminosas, com grande potencial de repovoamento dessas áreas.

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Áreas de preservação: quanto mais escuro, maior a prioridade

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Unidades de preservação

Parque Nacional da Chapada Diamantina, o Monumento Natural Cachoeira do Ferro Doido e a Estação Ecológica do Raso da Catarina, todos federais. No plano estadual estão instaladas as seguintes APAs - Áreas de Proteção Ambiental: Serra Branca/Raso da Catarina; Dunas e Veredas do Baixo Médio São Francisco; Grutas dos Brejões e Veredas do Romão Gramacho; Marimbus-Iraquara, Serra do Barbado, Pedra do Cavalo e Lagoa de Itaparica. A região abriga ainda os parques estaduais Morro do Chapéu e Sete Passagens. São consideradas ARIE - Áreas de Relevante Interesse Econômico, assim definidas na legislação ambiental do estado, as nascentes do rio de Contas e a Serra do Orobó. (Ascom CRA-Bahia)

(03 de Junho de 2005; Site informativo do Estado da Bahia)

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LEGISLAÇÃO DA CAATINGA

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Os principais ecossistemas brasileiros estão constitucionalmente definidos no § 4° do artigo 225 como patrimônio nacional. São eles a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira.

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Apesar de o Cerrado e a Caatinga não estarem incluídos no texto constitucional, são também importantes ecossistemas, tanto que a Proposta de Emenda à Constituição 141/92, tentou incluir o Cerrado no parágrafo 4o do artigo 225 da Constituição. E ainda a Resolução CONAMA 236, de 19 de dezembro de 1997 criou uma Câmara Técnica Temporária para estabelecer diretrizes para a proteção, conservação, preservação e defesa desses ambientes.

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O presidente do Conselho Estadual de Meio Ambiente, André Barreto, disse no seminário que mais de 60% da população do Estado do Ceará vive em meio à caatinga e quase 40 milhões de pessoas no Brasil também habitam no ecossistema. Por isso, disse, “estamos lutando para que a caatinga seja considerada patrimônio nacional, como a Amazônia e a Mata Atlântica”. (15/05/2008)

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O deputado Pedro Wilson (PT-GO), defendeu a Proposta de Emenda à Constituição nº 115, de 1995, da qual é o primeiro signatário, que transforma o Cerrado, a Caatinga e o Pampa em patrimônio nacional. (20 de agosto de 2009). Para o parlamentar, a Constituição de 1988 garantiu à Amazônia, à Zona Costeira, à Mata Atlântica e ao Pantanal a condição de patrimônio nacional, “mas cometeu uma grave omissão com o Cerrado, a Caatinga e os Campos Sulinos.”

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O mais recente e abrangente projeto de lei No 942 (Do Sr. Inocêncio Oliveira), que protege a Caatinga foi apresentada em 03 de Maio de 2007, e diz: “Declara imunes ao corte as árvores situadas dentro do domínio do Bioma Caatinga. (Excluem-se desta proibição as árvores plantadas com finalidade de aproveitamento econômico, em projetos florestais licenciados pelos órgãos competentes.)”

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Em contra-partida aos projetos de prevenção, o governo de Pernambuco enviou no início deste mês(Abril) o Projeto de Lei Ordinária (PL 1005/2009), autorizando a supressão de 516,09 hectares de vegetação de Caatinga, justificando como “necessária à implantação das obras dos eixos norte e leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, localizadas nos municípios de Cabrobó, Salgueiro e Floresta neste estado”.

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Segundo a Aspan, além de tudo, trata-se de mais um efeito danoso do projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. A entidade defende ainda que o projeto ignorou a vasta legislação de proteção já existente e diz que o documento não foi submetido ao Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema). (Segunda feira, 13 de Abril de 2009)

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CONSELHO NACIONAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA CAATINGA

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O Conselho é composto por 30 membros, dos quais 15 representantes da esfera governamental (4 do Governo Federal, 10 dos órgãos ambientais de cada um dos Governos Estaduais abrangidos pela Reserva e 1 representante dos municípios) e 15 representantes da sociedade civil. O Conselho é necessário para gerenciar e montar mecanismos apropriados para conciliar os interesses contraditórios, planejar e coordenar todas as atividades de uma Reserva da Biosfera.

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Porém, nos últimos dois anos, o conselho não tem estado muito presente na tentativa de criações de leis a favor da preservação deste bioma, nem contra leis que disponibilizam áreas para práticas agrícolas.

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ONGS E PROJETOS DE PREVENÇÃO DA CAATINGA

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A AGENDHA é uma Organização Não Governamental, que, através da suas linhas de ações socioambientais, com uma equipe multidisciplinar de biólogos/as, agroecológos/as, pedagogos/as, ambientalistas, estudantes e outros, inspirada nos princípios da Carta da Terra para desenvolver suas iniciativas junto às famílias agricultoras, populações tradicionais, mulheres e juventude brasileira, que vivem no semi-árido brasileiro.

Seminário temático; com palestras sobre grupos étnicos e conflitos territoriais.

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A ONG Agendha trabalha agregando a preservação ambiental com bem-estar familiar. Com projetos como: Econegócios, Exposição de Produtos Sustentáveis Do Bioma Caatinga, Agende Da Cidadania das Águas e Educação Agroecológica.

Exploração da madeira; agronegócio. (Níveis mais baixos na Caatinga) IBGE 2004/2005

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O Projeto “Demonstrações de Manejo Integrado de Ecossistemas e de Bacias Hidrográficas na Caatinga – GEF Caatinga”, é um esforço do Governo brasileiro com apoio do PNUD e do Fundo Global para o Meio Ambiente – GEF.

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E tem o objetivo de demonstrar práticas alternativas de uso sustentável que concorram para uma sustentabilidade socioambiental no semi-árido brasileiro, contribuindo para a redução na emissão de gases que contribuem para o aumento do efeito estufa e seus efeitos e a conservação da biodiversidade no Bioma Caatinga.

Palestra sobre os impactos da monocultura

Mostra de cinema: conscientização da população

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Através de práticas sustentáveis de manejo florestal de uso múltiplo e processos de melhoria da eficiência energética, associados a esforços de fortalecimento institucional para gestão ambiental, processos de comunicação e difusão de alternativas promotoras do desenvolvimento no Bioma.

Manejo florestalConscientização sobre o manejo florestal

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Por ser um bioma com muita seca, há fome por toda a Caatinga, então a maioria das ONGs trabalha sobre esse bioma visando o melhoramento de vida dos moradores ao tentar diminuir a fome, melhorar a educação, trazer tecnologias de trabalhos etc.