abc da caatinga

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As frutas que dão sabor à Caatinga 12 FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL Terça-feira, 21 de agosto de 2012 VERDE ABC da Caatinga N o ABC dessa semana traze- mos algumas espécies da Caatinga que são conheci- das, além de outras proprie- dades, pelo sabor de seus frutos. O Bra- sil é conhecido mundialmente por sua biodiversidade e a produção de frutas vem ganhado destaque a cada ano. São conhecidas mais de 100 espécies de fruteiras nativas somente na região Nordeste. Apesar destas espécies terem considerável importância social e eco- nômica, pelo fato do seu largo consu- mo pela população local e comerciali- zação dos seus frutos em feiras livres, boa parte dessas espécies não são ex- ploradas de acordo com seu potencial. Dentre as espécies frutíferas da Caa- tinga tem-se: o Jenipapo (Genipa ame- ricana), a Pitomba (Talisia esculenta Radlk) e o Trapiá (Crateva tapia). Genipa americana L. é uma espé- cie vegetal nativa do Brasil e popu- larmente conhecida como Jenipapo ou Jenipapeiro. Tem importância econômica, tanto pelo seu potencial florestal, na recomposição de matas ciliares, quanto pela utilização dos seus frutos na produção de alimen- tos. Ocorre desde o extremo Norte, em todo o Nordeste e até nas regiões de São Paulo e Mato Grosso. Planta semi-caducifólia, não perde todas as suas folhas no período seco, mede de 5 a 15 metros de altura. É pouco con- sumido in natura devido à sua rápida deterioração, porém é muito utilizado como matéria-prima para produção de compotas, cristalizados, sorvetes, refrescos, licor e vinho. A casca e os frutos possuem corante azul-escuro, antigamente usado pelos índios para se pintarem, hoje é usado na pintura de tecidos e palhas. Originária do Brasil, a Pitombei- ra (Talisia esculenta Radlk) pode ser encontrada por todo país. Espécie indicada para o plantio em áreas de- gradadas tem grande importância ecológica. De porte arbóreo, não per- de as folhas no período seco, tem al- tura de 6 a 12 metros. Os frutos são apreciados tanto pelo homem quanto pelos animais. Tem relevante impor- tância econômica, pois além de serem largamente consumidos in natura, sua polpa é utilizada na culinária re- gional, na fabricação de doces, com- potas e geléias. Na medicina popular, das suas folhas pode ser feito chá para o combate de hemorragias e diarréia. Ocorrendo desde a região Amazôni- www.acaatinga.org.br Mais informações: ca até a Caatinga, sendo encontrado também no Cerrado, o Trapiá (Crate- va tapia) ou Cabaceira é uma planta de porte médio medindo de 5 a 12 m de altura. Possui copa arredondada e densa sendo recomendada para arbo- rização urbana e restauração de áreas degradadas. É uma planta decídua, ou seja, perde suas folhas no perío- do seco. Suas folhas possuem odor de alho diferente dos seus frutos de sabor doce. Seus frutos além de serem muito utilizados na alimentação humana in natura ou na forma de doces, refres- cos e bebida vinosa, são também muito consumidos pela fauna.

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21.08.2012 - ABC da Caatinga - As frutas que dão sabor à Caatinga

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As frutas que dão sabor à Caatinga

12 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 21 de agosto de 2012

VERDE

ABC da Caatinga

No ABC dessa semana traze-mos algumas espécies da Caatinga que são conheci-das, além de outras proprie-

dades, pelo sabor de seus frutos. O Bra-sil é conhecido mundialmente por sua biodiversidade e a produção de frutas vem ganhado destaque a cada ano. São conhecidas mais de 100 espécies de fruteiras nativas somente na região Nordeste. Apesar destas espécies terem considerável importância social e eco-nômica, pelo fato do seu largo consu-mo pela população local e comerciali-zação dos seus frutos em feiras livres, boa parte dessas espécies não são ex-ploradas de acordo com seu potencial.

Dentre as espécies frutíferas da Caa-tinga tem-se: o Jenipapo (Genipa ame-ricana), a Pitomba (Talisia esculenta Radlk) e o Trapiá (Crateva tapia).

Genipa americana L. é uma espé-cie vegetal nativa do Brasil e popu-larmente conhecida como Jenipapo ou Jenipapeiro. Tem importância econômica, tanto pelo seu potencial fl orestal, na recomposição de matas ciliares, quanto pela utilização dos seus frutos na produção de alimen-tos. Ocorre desde o extremo Norte, em todo o Nordeste e até nas regiões

de São Paulo e Mato Grosso. Planta semi-caducifólia, não perde todas as suas folhas no período seco, mede de 5 a 15 metros de altura. É pouco con-sumido in natura devido à sua rápida deterioração, porém é muito utilizado como matéria-prima para produção de compotas, cristalizados, sorvetes, refrescos, licor e vinho. A casca e os frutos possuem corante azul-escuro, antigamente usado pelos índios para se pintarem, hoje é usado na pintura de tecidos e palhas.

Originária do Brasil, a Pitombei-ra (Talisia esculenta Radlk) pode ser encontrada por todo país. Espécie indicada para o plantio em áreas de-gradadas tem grande importância ecológica. De porte arbóreo, não per-de as folhas no período seco, tem al-tura de 6 a 12 metros. Os frutos são apreciados tanto pelo homem quanto pelos animais. Tem relevante impor-tância econômica, pois além de serem largamente consumidos in natura, sua polpa é utilizada na culinária re-gional, na fabricação de doces, com-potas e geléias. Na medicina popular, das suas folhas pode ser feito chá para o combate de hemorragias e diarréia.

Ocorrendo desde a região Amazôni- www.acaatinga.org.brMais informações:

ca até a Caatinga, sendo encontrado também no Cerrado, o Trapiá (Crate-va tapia) ou Cabaceira é uma planta de porte médio medindo de 5 a 12 m de altura. Possui copa arredondada e densa sendo recomendada para arbo-rização urbana e restauração de áreas degradadas. É uma planta decídua,

ou seja, perde suas folhas no perío-do seco. Suas folhas possuem odor de alho diferente dos seus frutos de sabor doce. Seus frutos além de serem muito utilizados na alimentação humana in natura ou na forma de doces, refres-cos e bebida vinosa, são também muito consumidos pela fauna.

As frutas que dão sabor à

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