ca entre nós

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jornalzinho do “profesorado de portugués” faculdade de línguas UNC ano 3 número 3 maio de 2009 Educação e docência Reflexões de colegas do primeiro ano sobre a vida de um professor dentro e fora da sala de aula desenvolvidas na matéria Língua Portu- guesa I - Área Língua. Cadê o til! dicas para usar o teclado espanhol para escrever em português. Tecnologia Ferramentas freeware (gratuitas) para a cria- ção de documentos e a colaboração online.

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Jornalzinho do "Profesorado de Portugués" da UNC.

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Page 1: Ca entre nós

jornalzinho do “profesorado de portugués” faculdade de línguas UNC ano 3número 3maio de 2009

Educaçãoe docência Reflexões de colegas do primeiro ano sobre a vida de um professor dentro e fora da sala de aula desenvolvidas na matéria Língua Portu-guesa I - Área Língua.

Cadê o til! dicas para usar o teclado espanhol para escrever em português.

TecnologiaFerramentas freeware (gratuitas) para a cria-ção de documentos e a colaboração online.

Page 2: Ca entre nós

A situação atual dosprofessores Laura Ridolfo.A realidade atual dos pro-fessores é, sem dúvida, difí-cil. Hoje a pessoa que esco-lhe ser professor tem que assumir a arte de educar com amor e sacrifício. Fun-damentalmente, com sacri-fício, levando em conta as condições de trabalho, os salários baixos e o estresse que implica exercer uma atividade mental tão exi-gente como é o caso da ati-vidade de professor.Atualmente o professor tem que preencher o dia

O estresse na docência Alejandra Britos A tarefa dos professores no Brasil não é fácil, eles devem asumir longas jorna-das de trabalho, muitas vezes em diferentes esco-las, para conseguir uma remuneração adequada. Além disso, têm que elabo-rar suas aulas e corrigir os trabalhos dos seus alunos.A maioria dos professores coincide em assinalar que

Neste número de Cá entre nós! nos revestimos de “cara nova”. Mudou o logo e o jornalzinho ficou mais dinâ-mico, graças à contribuição de Andrés Comes, futuro professor de PLE e atualmente com os pés no segundo ano do curso de formação da Faculda-

de de Línguas da UNC. O nosso muito obrigado ao Andrés.O tema de hoje é “vida de professor”. A partir da pro-

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3todo, às vezes trabalhar em várias escolas diferentes, correr de um lado ao outro sabendo que, na maioria dos casos, a carga horária é inversamente proporcio-nal ao salário, e no final do mês este não é suficiente. Nessas situações alguns acabam se perguantando se vale a pena ser profes-sor, pôr em risco sua saúde, correr o dia inteiro quando na verdade não têm certe-za de que no final do mês vão poder pagar todas as contas.Geralmente, a pessoa que escolhe ser professor, sem dúvida tem o ofício de ensi-nar no sangue e é um apai-xonado pela sua profissão.

É necessário procurar soluções para mudar a situação atual para que o professor possa exercer da melhor forma possível e principalmente sem afetar sua saúde, tentando, por exemplo, diminuir a carga horária semanal. Quem sofre estresse tem que pro-curar não fazer tarefas relacionadas com o traba-lho nos fins de semana, fazer exercícios, relaxar a mente, desfrutar da famí-lia e da natureza.Logicamente a solução mais razoável de todas é que o Estado destine o dinheiro correspondente à educação para aumentar os salários e para que os

professores não tenham que passar o dia todo dando aulas para sobre-viver.

blemática de “ser professor”, os alunos de Língua Por-tuguesa I escreveram textos expositivos propondo solu-ções aos problemas que nós, professores, enfrentamos diariamente em nossa vida profissional. Inspirou a pro-dução textual o trabalho feito sem sala de aula com textos escritos e orais sobre a questão.Outros temas, sempre relacionados com a Educação, são as dicas para escrever em português usando um teclado espanhol e vocabulário da área. A todos uma excelente leitura!!!

Editorial

Foto: Eugenia Pérez.Primeiro ano. Aula de fonética

Richard Brunel Matias

Des

enho

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es

Educação e docênciaessa situação lhes provoca uma grande tensão que deriva em sintomas como insônia, ansiedade e estres-se.Uma solução para este pro-blema seria o aumento no salário dos professores, o que ajudaria a diminuir a quantidade de horas que

eles precissam trabalhar para garantir sua subsistên-cia. Isso redundaria em mais tempo para a pesqui-sa, para a capacitação e para a reciclagem e até mesmo para o descanso necessário para um bom desempenho na aula.Se consideramos que a edu-

cação é um fator de multi-plicação das riquezas de um país, um aumento nas verbas destinadas a esse setor é uma solução não só viável, mas sobretudo racio-nal.

Ser professor no século XXI Laura CrespoSer professor não é só transmitir conhecimentos. É também uma atividade gratificante na qual se tem a possibilidade de deixar uma marca na vida dos seus alunos, proporcionando-lhes as ferramentas para encontrar os recursos para obter o conhecimento e a comprensão da realidade que os rodeia.Os professores, na atualida-

Questão escolar

Fazer a matrícula

Pedir o histórico escolar

Prestar exame

Fazer prova

Rodar ou repetir o ano

Passar direto

Fazer vestibular

Nomeclaturas

Educação Infantil

Ensino Fundamental 1ª a 8ª séries

Ensino Médio 1º ao 3º ano

Ensino Superior Graduação e Pós-graduação

Licenciatura, Mestrado,

Doutorado.

Caneta

Lápis

Caderno Pasta

MochilaCarteiraApontador

Caneta hidrocor

Livro

Materiais escolares

Borracha

Penal

de, não ocupam o lugar de prestígio que tinham no pas-sado e, junto ao fato da falta de interesse por parte do Estado na educação, ser pro-fessor já não é uma profissão atraente para muitas pessoas. Já não é suficiente ter voca-ção e vontade de ensinar. São muito poucas as pessoas que só com isso têm sucesso, ganham dinheiro e, além disso, têm a possibilidade de se dedicarem a outras coisas que possam enriquecer suas vidas.Os baixos salários que rece-bem, fazem com que os pro-

Page 3: Ca entre nós

A situação atual dosprofessores Laura Ridolfo.A realidade atual dos pro-fessores é, sem dúvida, difí-cil. Hoje a pessoa que esco-lhe ser professor tem que assumir a arte de educar com amor e sacrifício. Fun-damentalmente, com sacri-fício, levando em conta as condições de trabalho, os salários baixos e o estresse que implica exercer uma atividade mental tão exi-gente como é o caso da ati-vidade de professor.Atualmente o professor tem que preencher o dia

O estresse na docência Alejandra Britos A tarefa dos professores no Brasil não é fácil, eles devem asumir longas jorna-das de trabalho, muitas vezes em diferentes esco-las, para conseguir uma remuneração adequada. Além disso, têm que elabo-rar suas aulas e corrigir os trabalhos dos seus alunos.A maioria dos professores coincide em assinalar que

Neste número de Cá entre nós! nos revestimos de “cara nova”. Mudou o logo e o jornalzinho ficou mais dinâ-mico, graças à contribuição de Andrés Comes, futuro professor de PLE e atualmente com os pés no segundo ano do curso de formação da Faculda-

de de Línguas da UNC. O nosso muito obrigado ao Andrés.O tema de hoje é “vida de professor”. A partir da pro-

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3todo, às vezes trabalhar em várias escolas diferentes, correr de um lado ao outro sabendo que, na maioria dos casos, a carga horária é inversamente proporcio-nal ao salário, e no final do mês este não é suficiente. Nessas situações alguns acabam se perguantando se vale a pena ser profes-sor, pôr em risco sua saúde, correr o dia inteiro quando na verdade não têm certe-za de que no final do mês vão poder pagar todas as contas.Geralmente, a pessoa que escolhe ser professor, sem dúvida tem o ofício de ensi-nar no sangue e é um apai-xonado pela sua profissão.

É necessário procurar soluções para mudar a situação atual para que o professor possa exercer da melhor forma possível e principalmente sem afetar sua saúde, tentando, por exemplo, diminuir a carga horária semanal. Quem sofre estresse tem que pro-curar não fazer tarefas relacionadas com o traba-lho nos fins de semana, fazer exercícios, relaxar a mente, desfrutar da famí-lia e da natureza.Logicamente a solução mais razoável de todas é que o Estado destine o dinheiro correspondente à educação para aumentar os salários e para que os

professores não tenham que passar o dia todo dando aulas para sobre-viver.

blemática de “ser professor”, os alunos de Língua Por-tuguesa I escreveram textos expositivos propondo solu-ções aos problemas que nós, professores, enfrentamos diariamente em nossa vida profissional. Inspirou a pro-dução textual o trabalho feito sem sala de aula com textos escritos e orais sobre a questão.Outros temas, sempre relacionados com a Educação, são as dicas para escrever em português usando um teclado espanhol e vocabulário da área. A todos uma excelente leitura!!!

Editorial

Foto: Eugenia Pérez.Primeiro ano. Aula de fonética

Richard Brunel Matias

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Educação e docênciaessa situação lhes provoca uma grande tensão que deriva em sintomas como insônia, ansiedade e estres-se.Uma solução para este pro-blema seria o aumento no salário dos professores, o que ajudaria a diminuir a quantidade de horas que

eles precissam trabalhar para garantir sua subsistên-cia. Isso redundaria em mais tempo para a pesqui-sa, para a capacitação e para a reciclagem e até mesmo para o descanso necessário para um bom desempenho na aula.Se consideramos que a edu-

cação é um fator de multi-plicação das riquezas de um país, um aumento nas verbas destinadas a esse setor é uma solução não só viável, mas sobretudo racio-nal.

Ser professor no século XXI Laura CrespoSer professor não é só transmitir conhecimentos. É também uma atividade gratificante na qual se tem a possibilidade de deixar uma marca na vida dos seus alunos, proporcionando-lhes as ferramentas para encontrar os recursos para obter o conhecimento e a comprensão da realidade que os rodeia.Os professores, na atualida-

Questão escolar

Fazer a matrícula

Pedir o histórico escolar

Prestar exame

Fazer prova

Rodar ou repetir o ano

Passar direto

Fazer vestibular

Nomeclaturas

Educação Infantil

Ensino Fundamental 1ª a 8ª séries

Ensino Médio 1º ao 3º ano

Ensino Superior Graduação e Pós-graduação

Licenciatura, Mestrado,

Doutorado.

Caneta

Lápis

Caderno Pasta

MochilaCarteiraApontador

Caneta hidrocor

Livro

Materiais escolares

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de, não ocupam o lugar de prestígio que tinham no pas-sado e, junto ao fato da falta de interesse por parte do Estado na educação, ser pro-fessor já não é uma profissão atraente para muitas pessoas. Já não é suficiente ter voca-ção e vontade de ensinar. São muito poucas as pessoas que só com isso têm sucesso, ganham dinheiro e, além disso, têm a possibilidade de se dedicarem a outras coisas que possam enriquecer suas vidas.Os baixos salários que rece-bem, fazem com que os pro-

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tes instituições, o qual os submete a estresse, insônia, ansiedade, etc.; e ficam cansados ao finalizarem o dia de trabalho. Isto pode diminuir a qualidade do ensino que o professor pode impartir aos seus alunos.O Estado nacional deveria investir mais na educação, proporcionando aos professores um maior salário, dada a importante função social que eles têm. A concentração horária em uma só instituição evitaria que eles tivessem que passar de uma escola a otra. Também poderiam esta-belecer tempos dentro da jornada de trabalho, na mesma

instituição, para que o professor elabore a aula, pesquise e compartilhe experiências, coordenando ações com os colegas.E por último, seria importante fornecer ao professor recursos tanto audiovisuais quanto bibliográficos, que facilitassem a tarefa educativa.A aplicação dessas sugestões, na realidade, significaria que se reconhece a importância da educação e do profes-sor, e assim, ele poderia contribuir ao cumprimento de um direito humano.

A arte de ser professor: uma tarefa difícil Eugenia PerezO trabalho é, na vida das pessoas, uma parte muito importante já que além de ocupar a maior parte do dia, permite a realização como profissional e como pessoa. A variedade de trabalhos é imensa e depende da personalidade, habilidades e capacidades que uma pessoa tenha e ou possa desenvolver. Vai depender da vocação que se tenha para que a escolha seja certa. Nesse sentido há um trabalho que merece especial tratamento por requerer uma vocação particular como se fosse um sacerdócio. Desde sempre o trabalho de professor tem tido muito prestígio social por serem os responsáveis pela aprendiza-gem formal e sistemática na socialização das pessoas, especialmente das crianças e jovens. Porém, nunca foi economicamente retribuído. Só há poucos casos de professores bem sucedidos.Quem quer ser professor deve assumir a arte de educar com dedicação, amor e sacrifício. Ser professor requer uma atividade mental muito exigente, já que estão submetidos a extensas faixas horárias, não só na escola, mas também em suas casas. Eles utilizam todo o tempo em função das suas tarefas, onde corrigem provas, pesquisam informação para preparar as aulas, ou seja, utilizam o tempo livre para atividades do trabalho. Outras vezes, eles não têm tempo para se dedicar bem a elaborar aulas, para se aperfeiçoar, devido à sobrecarga de trabalho que se combina com a distância que eles têm que percor-rer para chegar às salas de aula. O resultado é negativo e todos saem perdendo: o profes-sor e, sobretudo os alunos. Com isso a qualidade da educação cai demais.Esse é o principal problema que essa profissão apresenta: a quantidade de horas traba-lhadas para receber um salário digno. Geralmente os professores trabalham em várias instituições, seja na rede privada ou pública, na cidade ou no campo, tendo que se deslo-car de uma ponta para outra das cidades. Muitos desdobram seus trabalhos em muitas jornadas com o objetivo de poder receber uma remuneração maior. Assim, a carga horá-ria é inversamente proporcional ao salário, e esse também não é proporcional ao empe-nho, à dedicação, ao compromisso que os profissionais têm.Existe também outra dificuldade no exercício da profissão e é a escassa inversão econô-mica nos estabelecimentos públicos que prejudica tanto os professores quanto os alunos; eles convivem com a falta de infra-estrutura, ferramentas e elementos básicos para o desenvolvimento das atividades diárias e para deixar as aulas mais interessantes.É importante que as autoridades nacionais adotem medidas favoráveis para incrementar

a remuneração dos profes-sores como um gesto de valorizar o trabalho que eles desempenham em favor da formação dos cidadãos, já que depois eles serão, no futuro, os responsáveis pela condu-ção política do país. Também o salário deve ser proporcional à quantidade de horas dispostas ao ser-viço da educação do povo. Nesse sentido, é conve-niente que as políticas edu-

cativas ofereçam cursos de aperfeiçoamento de graça e obrigatórios para melho-rar a qualidade do ensino, assim como proporcionar os materiais didáticos e a infra-estrutura necessária para um melhor desenvol-vimento das aulas.

Com todas essas dificul-dades muitas pessoas se perguntam se vale a pena ser professor, ou se é melhor conseguir outro

trabalho menos exigente, onde só tenha que cumprir certo horário e pronto. Na verdade a única resposta válida vai depender da vocação que se tenha, já que ser professor é um tra-balho muito gratificante, onde constantemente se aprende, se conhecem pes-soas que fazem que você se sinta útil e possa ajudá-las.

Alguns dos alunos da turma do Primeiro ano do Professoradoaprendendo... e aprendendo a ensinar!José Valle, Laura Ridolfo, Laura Ruiz,Maria Tereza Lopez, Nuria Gonzales, Analía Ramos.

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de, não ocupam o lugar de prestígio que tinham no pas-sado e, junto ao fato da falta de interesse por parte do Estado na educação, ser professor já não é uma profis-são atraente para muitas pessoas. Já não é suficiente ter vocação e vontade de ensinar. São muito poucas as pes-soas que só com isso têm sucesso, ganham dinheiro e, além disso, têm a possibilidade de se dedicarem a outras coisas que possam enriquecer suas vidas.Os baixos salários que recebem, fazem com que os pro-fessores tenham que trabalhar muitas horas, em diferen-

tes instituições, o qual os submete a estresse, insônia, ansiedade, etc.; e ficam cansados ao finalizarem o dia de trabalho. Isto pode diminuir a qualidade do ensino que o professor pode impartir aos seus alunos.O Estado nacional deveria investir mais na educação, proporcionando aos professores um maior salário, dada a importante função social que eles têm. A concentração horária em uma só instituição evitaria que eles tivessem que passar de uma escola a otra. Também poderiam esta-belecer tempos dentro da jornada de trabalho, na mesma

instituição, para que o professor elabore a aula, pesquise e compartilhe experiências, coordenando ações com os colegas.E por último, seria importante fornecer ao professor recursos tanto audiovisuais quanto bibliográficos, que facilitassem a tarefa educativa.A aplicação dessas sugestões, na realidade, significaria que se reconhece a importância da educação e do profes-sor, e assim, ele poderia contribuir ao cumprimento de um direito humano.

A arte de ser professor: uma tarefa difícil Eugenia PerezO trabalho é, na vida das pessoas, uma parte muito importante já que além de ocupar a maior parte do dia, permite a realização como profissional e como pessoa. A variedade de trabalhos é imensa e depende da personalidade, habilidades e capacidades que uma pessoa tenha e ou possa desenvolver. Vai depender da vocação que se tenha para que a escolha seja certa. Nesse sentido há um trabalho que merece especial tratamento por requerer uma vocação particular como se fosse um sacerdócio. Desde sempre o trabalho de professor tem tido muito prestígio social por serem os responsáveis pela aprendiza-gem formal e sistemática na socialização das pessoas, especialmente das crianças e jovens. Porém, nunca foi economicamente retribuído. Só há poucos casos de professores bem sucedidos.Quem quer ser professor deve assumir a arte de educar com dedicação, amor e sacrifício. Ser professor requer uma atividade mental muito exigente, já que estão submetidos a extensas faixas horárias, não só na escola, mas também em suas casas. Eles utilizam todo o tempo em função das suas tarefas, onde corrigem provas, pesquisam informação para preparar as aulas, ou seja, utilizam o tempo livre para atividades do trabalho. Outras vezes, eles não têm tempo para se dedicar bem a elaborar aulas, para se aperfeiçoar, devido à sobrecarga de trabalho que se combina com a distância que eles têm que percor-rer para chegar às salas de aula. O resultado é negativo e todos saem perdendo: o profes-sor e, sobretudo os alunos. Com isso a qualidade da educação cai demais.Esse é o principal problema que essa profissão apresenta: a quantidade de horas traba-lhadas para receber um salário digno. Geralmente os professores trabalham em várias instituições, seja na rede privada ou pública, na cidade ou no campo, tendo que se deslo-car de uma ponta para outra das cidades. Muitos desdobram seus trabalhos em muitas jornadas com o objetivo de poder receber uma remuneração maior. Assim, a carga horá-ria é inversamente proporcional ao salário, e esse também não é proporcional ao empe-nho, à dedicação, ao compromisso que os profissionais têm.Existe também outra dificuldade no exercício da profissão e é a escassa inversão econô-mica nos estabelecimentos públicos que prejudica tanto os professores quanto os alunos; eles convivem com a falta de infra-estrutura, ferramentas e elementos básicos para o desenvolvimento das atividades diárias e para deixar as aulas mais interessantes.É importante que as autoridades nacionais adotem medidas favoráveis para incrementar

a remuneração dos profes-sores como um gesto de valorizar o trabalho que eles desempenham em favor da formação dos cidadãos, já que depois eles serão, no futuro, os responsáveis pela condu-ção política do país. Também o salário deve ser proporcional à quantidade de horas dispostas ao ser-viço da educação do povo. Nesse sentido, é conve-niente que as políticas edu-

cativas ofereçam cursos de aperfeiçoamento de graça e obrigatórios para melho-rar a qualidade do ensino, assim como proporcionar os materiais didáticos e a infra-estrutura necessária para um melhor desenvol-vimento das aulas.

Com todas essas dificul-dades muitas pessoas se perguntam se vale a pena ser professor, ou se é melhor conseguir outro

trabalho menos exigente, onde só tenha que cumprir certo horário e pronto. Na verdade a única resposta válida vai depender da vocação que se tenha, já que ser professor é um tra-balho muito gratificante, onde constantemente se aprende, se conhecem pes-soas que fazem que você se sinta útil e possa ajudá-las.

Alguns dos alunos da turma do Primeiro ano do Professoradoaprendendo... e aprendendo a ensinar!José Valle, Laura Ridolfo, Laura Ruiz,Maria Tereza Lopez, Nuria Gonzales, Analía Ramos.

Page 6: Ca entre nós

Computador bilingüe O sistema operativo Win-dows xp nos permite con-figurar o teclado para fun-cionar em qualquer idioma. Os passos a seguir são:

Dirigir-se ao Painel de Controle e clicar em opções regionais e de idioma (início/painel de controle). Em seguida clicar no separador Idiomas e no botão Detalhes. Isso irá

Que martírio!!! Onde está o til? Quem já não que-brou a cabeça procurando este sinal gráfico para escrever palavras portuguesas como "mão" ou "corações"? Pois neste artigo queremos com-partilhar algumas dicas que ajudam a solucionar o problema.

Os alunos de português e em geral qualquer pessoa que precise escrever num computador com teclado espanhol, um texto em outro idioma, vai perceber logo que para muitos dos caracteres especiais não existe uma tecla. Muitos usam o corretor ortográfico configurado no idioma indicado para corrigir os erros mas não é a solução mais adequada posto que exige uma ação extra e inecessária.

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Cadê o til!

carregar a caixa de diálogo Serviços de texto e idiomas de entrada . Você pode clicar em Adi-cionar para instalar uma nova configuração do teclado e de idioma de entrada, no nosso caso "Portugués brasileño (ABTN)". Clique aceitar em todas as janelas abertas.

Com a nova configuração, o computador vai se compor-tar como se tivesse um teclado brasileiro ABTN.

Portanto, muitas teclas vão mostrar na tela sím-bolos diferentes dos que estão impressos nelas. Isso é exatamente o que queríamos, porém para usá-lo corretamente temos que saber onde se local-izam os símbolos especiais (acentos, til, etc.) em um teclado em idioma portu-guês e tentar memorizá-los. O gráfico mostra a cor-respondência das teclas num dispositivo de entrada em "Portugués brasileño (ABTN)".

O fato de ter ajustado o computador para funcio-nar em outro idioma não significa que tenha descon-figurado o uso do teclado em espanhol . Uma vez que você seguiu os passos descritos, na barra inferior aparecerá um ícone para mudar os diferentes idiomas instalados.Problema resolvido, agora a correção dos seus textos depende só de você.

Em destaque os botoes mais utilizados na escrita do português.

A S D F G H J K L Ç ~̂ ]}

XZ C V B N M , . ;

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Computador bilingüe O sistema operativo Win-dows xp nos permite con-figurar o teclado para fun-cionar em qualquer idioma. Os passos a seguir são:

Dirigir-se ao Painel de Controle e clicar em opções regionais e de idioma (início/painel de controle). Em seguida clicar no separador Idiomas e no botão Detalhes. Isso irá

Que martírio!!! Onde está o til? Quem já não que-brou a cabeça procurando este sinal gráfico para escrever palavras portuguesas como "mão" ou "corações"? Pois neste artigo queremos com-partilhar algumas dicas que ajudam a solucionar o problema.

Os alunos de português e em geral qualquer pessoa que precise escrever num computador com teclado espanhol, um texto em outro idioma, vai perceber logo que para muitos dos caracteres especiais não existe uma tecla. Muitos usam o corretor ortográfico configurado no idioma indicado para corrigir os erros mas não é a solução mais adequada posto que exige uma ação extra e inecessária.

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carregar a caixa de diálogo Serviços de texto e idiomas de entrada . Você pode clicar em Adi-cionar para instalar uma nova configuração do teclado e de idioma de entrada, no nosso caso "Portugués brasileño (ABTN)". Clique aceitar em todas as janelas abertas.

Com a nova configuração, o computador vai se compor-tar como se tivesse um teclado brasileiro ABTN.

Portanto, muitas teclas vão mostrar na tela sím-bolos diferentes dos que estão impressos nelas. Isso é exatamente o que queríamos, porém para usá-lo corretamente temos que saber onde se local-izam os símbolos especiais (acentos, til, etc.) em um teclado em idioma portu-guês e tentar memorizá-los. O gráfico mostra a cor-respondência das teclas num dispositivo de entrada em "Portugués brasileño (ABTN)".

O fato de ter ajustado o computador para funcio-nar em outro idioma não significa que tenha descon-figurado o uso do teclado em espanhol . Uma vez que você seguiu os passos descritos, na barra inferior aparecerá um ícone para mudar os diferentes idiomas instalados.Problema resolvido, agora a correção dos seus textos depende só de você.

Em destaque os botoes mais utilizados na escrita do português.

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De abaixo para acima: página principal do google docs (detalhe do manu create new). Novo documento de texto.

A dificuldade de ordenar enormes quantidades de arquivos, a impossibilidade de modificá-los em qual-quer computador quando não se leva uma cópia do trabalho em alguma unida-de externa. Um problema caraterístico da elaboração de projetos no âmbito edu-cativo é a colaboração entre várias pessoas, o que faz com que existam várias versões com diferentes cor-reções do documento origi-nal. Quantas vezes você já escutou frases como: "puxa, o `arquivofinalokcorregido2.doc´ não era a versão que tínhamos que imprimir?" ou "Já corrigi a ortografia, o trabalho está pronto mas

Há pelo menos uma década que o computador é usado como ferramenta para a auto-edição de todo tipo de material didático. Professores e alunos criam documentos de texto, "words" ou "docs"; apresentações ou "power pointes" e planil-has de calculo para apresentar informações ou realizar trabalhos práticos.A popularidade dessa forma de produção trouxe os seus próprios problemas.

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A escrita colaborativa através da Novas Tecnologias

não me lembro se o João tinha feito ou não algumas correções em sua casa"Mandar um documento por e-mail a várias pessoas, que elas devolvam uma versão na qual acrescentam infor-mação e que o processo se repita até o documento estar pronto é, pelo menos, complicado. O pior pode acontecer quando uma pessoa modifica uma versão velha ou guarda com o mesmo nome estragando uma versão mais completa.Na chamada web 2.0 (O’ Reilly 2005) desenvolveram-se ferra-mentas que permitem publicar conteúdos on-line aos usuários sem exigir-lhes conhecimentos avança-

dos. Surgiram blogs, sites para compartilhar vídeos, fotos e redes sociais. Essa facilidade possibilitou a criação e o alojamento on-line de documentos.Essa forma de trabalhar permite esquivar todos os problemas descritos ante-riormente. Da mesma forma que uma pessoa pode acessar a sua conta de e-mail usando qualquer computador com Internet, também pode acessar os seus documentos on-line através de serviços gratui-tos como o zoho writer, o text flow e o google docs. Assim, um único documento online pode ser corrigido e modificado inúmeras vezes por vários usuários sem produzir versões em dife-

rentes computadores.A vantagem do programa que vamos descrever, o Google docs é que qualquer pessoa que possui uma conta de e-mail Gmail pode usar o mesmo nome de usu-ário e senha em www.docs.google.com e começar a construir docu-mentos colaborativos. Como você deve proceder?

O primeiro é criar um docu-mento, planilha ou apresen-tação (botão create new). O ambiente do processador de texto deve ser familiar para você se já usou o Mi-crosoft Word. Depois de escrever o seu texto este deve ser guardado (file / save / colocar nome) assim o documento recém criado

aparecerá junto com todos os seus documentos google na página principal, poden-do agrupá-los em pastas (create new/ folder) ou por tipo (items by tipe) de arquivo.Para finalizar, usando o botao share você pode colo-car o e-mail das pessoas que quer convidar como leitores (podem ler mas não modificar) ou colabora-dores (podem fazer modifi-cações) do documento.

Tomara que possam experi-mentar e adotar esta potente ferramenta poten-te, grátis, para produzir e compartilhar mais, melho-res e mais organizados con-teúdos.

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De abaixo para acima: página principal do google docs (detalhe do manu create new). Novo documento de texto.

A dificuldade de ordenar enormes quantidades de arquivos, a impossibilidade de modificá-los em qual-quer computador quando não se leva uma cópia do trabalho em alguma unida-de externa. Um problema caraterístico da elaboração de projetos no âmbito edu-cativo é a colaboração entre várias pessoas, o que faz com que existam várias versões com diferentes cor-reções do documento origi-nal. Quantas vezes você já escutou frases como: "puxa, o `arquivofinalokcorregido2.doc´ não era a versão que tínhamos que imprimir?" ou "Já corrigi a ortografia, o trabalho está pronto mas

Há pelo menos uma década que o computador é usado como ferramenta para a auto-edição de todo tipo de material didático. Professores e alunos criam documentos de texto, "words" ou "docs"; apresentações ou "power pointes" e planil-has de calculo para apresentar informações ou realizar trabalhos práticos.A popularidade dessa forma de produção trouxe os seus próprios problemas.

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A escrita colaborativa através da Novas Tecnologias

não me lembro se o João tinha feito ou não algumas correções em sua casa"Mandar um documento por e-mail a várias pessoas, que elas devolvam uma versão na qual acrescentam infor-mação e que o processo se repita até o documento estar pronto é, pelo menos, complicado. O pior pode acontecer quando uma pessoa modifica uma versão velha ou guarda com o mesmo nome estragando uma versão mais completa.Na chamada web 2.0 (O’ Reilly 2005) desenvolveram-se ferra-mentas que permitem publicar conteúdos on-line aos usuários sem exigir-lhes conhecimentos avança-

dos. Surgiram blogs, sites para compartilhar vídeos, fotos e redes sociais. Essa facilidade possibilitou a criação e o alojamento on-line de documentos.Essa forma de trabalhar permite esquivar todos os problemas descritos ante-riormente. Da mesma forma que uma pessoa pode acessar a sua conta de e-mail usando qualquer computador com Internet, também pode acessar os seus documentos on-line através de serviços gratui-tos como o zoho writer, o text flow e o google docs. Assim, um único documento online pode ser corrigido e modificado inúmeras vezes por vários usuários sem produzir versões em dife-

rentes computadores.A vantagem do programa que vamos descrever, o Google docs é que qualquer pessoa que possui uma conta de e-mail Gmail pode usar o mesmo nome de usu-ário e senha em www.docs.google.com e começar a construir docu-mentos colaborativos. Como você deve proceder?

O primeiro é criar um docu-mento, planilha ou apresen-tação (botão create new). O ambiente do processador de texto deve ser familiar para você se já usou o Mi-crosoft Word. Depois de escrever o seu texto este deve ser guardado (file / save / colocar nome) assim o documento recém criado

aparecerá junto com todos os seus documentos google na página principal, poden-do agrupá-los em pastas (create new/ folder) ou por tipo (items by tipe) de arquivo.Para finalizar, usando o botao share você pode colo-car o e-mail das pessoas que quer convidar como leitores (podem ler mas não modificar) ou colabora-dores (podem fazer modifi-cações) do documento.

Tomara que possam experi-mentar e adotar esta potente ferramenta poten-te, grátis, para produzir e compartilhar mais, melho-res e mais organizados con-teúdos.

Page 10: Ca entre nós

Fotos: Mercedes Figueroa, Eliane Brandão,Emiliano Cabrera, Andrea Gambini,Susana Caribaux, Lucia Trejo.

No paraíso Val vivia um gigantesco livro que se erguia entre as sigilosas arvores. Ele tinha seis seções, a espanhola: língua dos nativos do paraíso, a portuguesa, dos nativos da terra vizinha, a alemã, a italiana, a francesa e a inglesa, de outros cantos mais afastados. Com muitas folhas, o livro abria-se todos os dias para receber os visitantes que davam energia e vigor ao seu corpo. Que nem um fole ou uma gaita, às vezes ele deixava escapar um “Ça va bien?” ou um “Tudo bem?” ou um “What's up?” ou um “¿Qué hacés, cómo andás?” Lógico, também um “Ciao, come va?” e um fugaz “Hallo!”. O livro do paraíso Val tinha um índice com cheiro de café donde dava para ver todas as seções juntas: espaço confluente que ficava lotado (talvez um índice pequeno demais para tamanho livro, né?). Mas não era o único, o livro tinha um outro índice mais modesto, com cheiro de café solúvel, para narizes não-empinados.

Havia pouco tempo que o livro morava no paraíso Val e até tinha deixado folhas espalhadas por toda a cidade durante a mudança. E não eram quaisquer folhas, eram capítulos inteiros, cortinas e pretas poltronas. Dizem que daqui a pouco, as folhas serão recolhidas e entregues de volta para o gigantesco livro do paraíso Val.

— Pô, má aí tu num tá contano toda a verdade, não. — Peraí, quem é o narrador aqui? — Somos todos, não somos? — Você está enganado ou enganada, sei lá. O narrado aqui sou eu, tendeu? Aliás, que é essa história de “toda” a verdade? — Sim, tu num tá falano sobre as “línguas bífidas”. — Se eu falar, você vai deixar de interromper? — Beleza! Fechô! Falo mais não!

Havia, no entanto, cobras de línguas bífidas que brigavam todos os dias por um lugar para fazer seus ninhos. Essas cobras pretendiam ocupar um lugar no espaço como a matéria que nos rodeia, só que esses espaços eram de todas as seções do livro. Todavia, esses animais não permitiam o oxigênio entrar no livro. Assim, isso tornou um tanto amarelas as páginas do gigantesco livro do paraíso Val.

Fim.

— Fim? Cá

entr

e nó

snú

mer

o 3

N

ovem

bro

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10

11

Por M

arco

s Rizz

i

II SEMANA DA LÍNGUA POR-TUGUESA EM CÓRDOBA

Nos dias 3 e 5 de novembro de 2009, o Consulado-Geral do Brasil de Córdoba, em parceria com Instituições onde se ensina a Língua Portuguesa na cidade, conjuntamente com seus professores e alunos, realizará a II Semana da Língua Portuguesa. O "Profesorado de Portugués" parti-cipará com os alunos do primeiro ano, organizados pela professora Maria Lúcia Dumas, através de um projeto radial desenvolvido nas aulas de Cultura II. Fazem parte do programa palestras, peças de teatro, música e exposi-ções, entre outras. Para maiores informações, visitar o site www.conbrasilcordoba.org.ar. seção agenda. Na contracapa programa da II Semana da Língua Portugue-sa em Córdoba.

I Congresso Simuladode Língua Portuguesa IVCompartilhar saberes! O texto acadêmico!O resumo e a comunicação!

A cadeira de Língua Portuguesa IV do “Profesorado de Portugués” da Faculdade de Línguas da UNC tem como extensão uma Oficina de Análise de Produção de Textos. Um dos tópicos trabalhados em 2009 foi o texto acadêmico, especificamente a análise e produção de comunicações (papers) para serem apresentadas em um congresso. O contexto de realização do trabalho deu-se dentro do primeiro Congresso Simulado de Língua Portuguesa IV que aconteceu no dia 22 de novembro. A experiência foi uma novidade para os alunos e de muita utilidade, pois sabemos que a participa-ção em congressos, encontros e jornadas tem sido uma das formas de compartilhar saberes e de nos integrarmos com os colegas que ensinam línguas. Contudo, para poder fazer uma comunicação em um congresso é necessário, como primeiro passo, enviar um resumo à comissão organizadora e, alguns meses depois, a comunicação finalizada para ser publicada nas Atas do Congresso. A oportunidade de simular um congresso em sua totalidade possibilitou o trabalho com este gênero textual e estimulou os alunos (já quase professores de PLE) a darem seus primeiros passos para suas participações em congressos “reais”. Além disso, foi de encontro a uma necessidade muito evidente, a produção de textos acadêmi-cos, nem sempre uma atividade privilegiada na formação de formadores. Desfrute de algumas fotos do evento.

Page 11: Ca entre nós

Fotos: Mercedes Figueroa, Eliane Brandão,Emiliano Cabrera, Andrea Gambini,Susana Caribaux, Lucia Trejo.

No paraíso Val vivia um gigantesco livro que se erguia entre as sigilosas arvores. Ele tinha seis seções, a espanhola: língua dos nativos do paraíso, a portuguesa, dos nativos da terra vizinha, a alemã, a italiana, a francesa e a inglesa, de outros cantos mais afastados. Com muitas folhas, o livro abria-se todos os dias para receber os visitantes que davam energia e vigor ao seu corpo. Que nem um fole ou uma gaita, às vezes ele deixava escapar um “Ça va bien?” ou um “Tudo bem?” ou um “What's up?” ou um “¿Qué hacés, cómo andás?” Lógico, também um “Ciao, come va?” e um fugaz “Hallo!”. O livro do paraíso Val tinha um índice com cheiro de café donde dava para ver todas as seções juntas: espaço confluente que ficava lotado (talvez um índice pequeno demais para tamanho livro, né?). Mas não era o único, o livro tinha um outro índice mais modesto, com cheiro de café solúvel, para narizes não-empinados.

Havia pouco tempo que o livro morava no paraíso Val e até tinha deixado folhas espalhadas por toda a cidade durante a mudança. E não eram quaisquer folhas, eram capítulos inteiros, cortinas e pretas poltronas. Dizem que daqui a pouco, as folhas serão recolhidas e entregues de volta para o gigantesco livro do paraíso Val.

— Pô, má aí tu num tá contano toda a verdade, não. — Peraí, quem é o narrador aqui? — Somos todos, não somos? — Você está enganado ou enganada, sei lá. O narrado aqui sou eu, tendeu? Aliás, que é essa história de “toda” a verdade? — Sim, tu num tá falano sobre as “línguas bífidas”. — Se eu falar, você vai deixar de interromper? — Beleza! Fechô! Falo mais não!

Havia, no entanto, cobras de línguas bífidas que brigavam todos os dias por um lugar para fazer seus ninhos. Essas cobras pretendiam ocupar um lugar no espaço como a matéria que nos rodeia, só que esses espaços eram de todas as seções do livro. Todavia, esses animais não permitiam o oxigênio entrar no livro. Assim, isso tornou um tanto amarelas as páginas do gigantesco livro do paraíso Val.

Fim.

— Fim? Cá

entr

e nó

snú

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N

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09

10

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Por M

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II SEMANA DA LÍNGUA POR-TUGUESA EM CÓRDOBA

Nos dias 3 e 5 de novembro de 2009, o Consulado-Geral do Brasil de Córdoba, em parceria com Instituições onde se ensina a Língua Portuguesa na cidade, conjuntamente com seus professores e alunos, realizará a II Semana da Língua Portuguesa. O "Profesorado de Portugués" parti-cipará com os alunos do primeiro ano, organizados pela professora Maria Lúcia Dumas, através de um projeto radial desenvolvido nas aulas de Cultura II. Fazem parte do programa palestras, peças de teatro, música e exposi-ções, entre outras. Para maiores informações, visitar o site www.conbrasilcordoba.org.ar. seção agenda. Na contracapa programa da II Semana da Língua Portugue-sa em Córdoba.

I Congresso Simuladode Língua Portuguesa IVCompartilhar saberes! O texto acadêmico!O resumo e a comunicação!

A cadeira de Língua Portuguesa IV do “Profesorado de Portugués” da Faculdade de Línguas da UNC tem como extensão uma Oficina de Análise de Produção de Textos. Um dos tópicos trabalhados em 2009 foi o texto acadêmico, especificamente a análise e produção de comunicações (papers) para serem apresentadas em um congresso. O contexto de realização do trabalho deu-se dentro do primeiro Congresso Simulado de Língua Portuguesa IV que aconteceu no dia 22 de novembro. A experiência foi uma novidade para os alunos e de muita utilidade, pois sabemos que a participa-ção em congressos, encontros e jornadas tem sido uma das formas de compartilhar saberes e de nos integrarmos com os colegas que ensinam línguas. Contudo, para poder fazer uma comunicação em um congresso é necessário, como primeiro passo, enviar um resumo à comissão organizadora e, alguns meses depois, a comunicação finalizada para ser publicada nas Atas do Congresso. A oportunidade de simular um congresso em sua totalidade possibilitou o trabalho com este gênero textual e estimulou os alunos (já quase professores de PLE) a darem seus primeiros passos para suas participações em congressos “reais”. Além disso, foi de encontro a uma necessidade muito evidente, a produção de textos acadêmi-cos, nem sempre uma atividade privilegiada na formação de formadores. Desfrute de algumas fotos do evento.

Page 12: Ca entre nós

Criação e divulgaçãoCoordenaçãoProf. Richard Brunel Matias.

Se você deseja participar, dando ideias, escrevendo maté-rias e ajudando na divulgação, escreva-me:[email protected]

Desenho gráficoAndrés Comes [email protected]

ATIVIDADE Horário Instituição Professor Tempo

Rádio Comunitária15:00 a 15:30

Instituto jesuíta Sagrada Família Angela Pino 30 min

Exposição: Os Quilombos no Brasil, e a singularidade de Palmares

15:30 a 16:00

Grupo Zumbi – Colégio Manuel Belgrano Angela Pino 30 min

A canção de Dorival Caymmi – Africanismos e baianidades na Canção Brasileira

16:00 a 17:30

Apresentação do músico brasileiro Lê Menestrel Lê Menestrel 1:30min

Peça de teatro 17:30 a 18:00

Departamento Cultural Faculdade de Línguas

Víctor Giayetto 30 min

Programa de radio: Raízes da Nossa América 18:00 a 18:40

Alunos do Professora de Português da Faculdade de Línguas - UNC

Maria Lúcia Dumas 40 min

Mostra de pratos regionais argentinos em três laminas

18:40 a 19:00

Departamento Cultural Faculdade de Línguas

Víctor Giayetto 20 min

Peça de Teatro: Fogo19:00 a 19:30 grupo: Doble Mano Teatro Angela Pino 30 min

As Histórias de Jorge Amado nos Livros e no cinema em 4 títulos

19:30 a 20:40

Espaços de Manutenção do Idioma Português da casa dos trabalhadores Zoraida Ahumada

1:10 min

As telenovelas brasileiras20:50 a 21:30 Professoras brasileiras

Zoraida Ahumada e Cássia Neves 50 min

São Paulo: o motor da economia do Brasil 8:30 a 8:45 Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

O realismo mágico em Jorge Amado 8:45 a 9:00Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

Brasília: a capital do gigante da América do Sul 9:00 a 9:15

Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

O modernismo na arquitetura de Brasília 9:15 a 9:30Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

Capoeira 9:30 a 9:45Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

Cantos & Encantos da Música Brasileira con Crim Baez 9:45 a 10:15

Departamento Cultural Faculdade de Línguas Crim Baez 30 min

03 de novembro (Auditório B)

5 de novembro (auditório A)

Turismo ecológico no Brasil 10:15 a 10:30

Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

Fusão de literatura e música na figura de Vinícius de Moraes

10:30 a 10:45

Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

Turismo na Região Sul 10:45 a 11:00

Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

Música contemporânea brasileira 11:00 a 11:15

Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

O processo de escravidão no Brasil 11:15 a 11:30

Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

Lendas da Região Sul11:30 a 11:45

Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

Curitiba: a cidade ecológica 11:45 a 12:00

Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

O Estado de Santa Catarina 12:00 a 12:15

Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

A culinária da Região Sul 12:15 a 12:30

Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

O espírito festivo/alegre do povo brasileiro

12:30 a 12:45

Departamento Cultural Faculdade de Línguas Mariana Sabaini 15 min

Apresentação de Produtos Ecológicos13:00 a 13:45

IPEM 153 - Colégio Juan Martin de Pueyrredon - 6 'B' e IPEM 268 - Lidia Doherty 45 min

Projeção do filme: É proibido Proibir14:00 a 15:40

Consulado Geral do Brasil em Córdoba

Claudio da Silva

1:40 min

Teatro lido: A História de Feiurinha 15:40 a 16:20

Departamento Cultural Faculdade de Línguas

Beatriz Valdivia

Teatro lido: Procura-se Presidente 16:20 a 16:45

Departamento Cultural Faculdade de Línguas

Beatriz Valdivia

Homenagem a Chico Mendes 17:00 a 17:30

Departamento Cultural Faculdade de Línguas

Beatriz Valdivia