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C749 Congresso Sul Brasileiro de Nutrição Funcional (1.: 2018:
Florianópolis). Anais do I Congresso Sul Brasileiro de Nutrição Funcional, 04 a
05 de maio de 2018, Florianópolis (SC) / organizado por VP Editora [realização: VP Consultoria Nutricional] - São Paulo: VP Editora, 2018. 32 p.; edição digital.
ISBN 978-85-60880-32-4
1. Nutrição funcional - Congresso. 2. Alimentos funcionais e Dietética. 3. Desenvolvimento de novos produtos. 4. Nutrição clínica. 5. Nutrição esportiva. 6. Fitoterapia. 7. Saúde pública. I. VP Editora, org. II. Título.
CDU: 613.2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou utilizada por
nenhuma forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer
sistema de armazenamento e recuperação, exceto por cotações breves as quais devem ser atribuídas a
publicação correspondente dos autores.
Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998
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Índice
1. Área: Alimentos Funcionais ................................................................................................................... 04
2. Área: Desenvolvimento de Novos Produtos Funcionais ........................................................................ 07
3. Área: Fitoterapia .................................................................................................................................... 11
4. Área: Nutrição Clínica ............................................................................................................................ 15
5. Área: Nutrição Esportiva ........................................................................................................................ 23
6. Área: Saúde Pública .............................................................................................................................. 25
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Área:
Alimentos Funcionais
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Código: AF01
Influência da cocção na caracterização nutricional e capacidade antioxidante de cultivares de arroz
pigmentado em comparação ao arroz não pigmentado
Autores: Ângela Galvan de Lima, Kelly Lameiro Rodrigues, Simone Pieniz e Jenifer Heller Cerqueira.
Instituição: Universidade Federal de Pelotas.
Introdução: Variedades de arroz pigmentado, como o arroz preto e o vermelho, têm recebido a atenção dos
consumidores que buscam alimentos saudáveis, devido aos benefícios advindos do seu consumo para a
saúde, os quais são atribuídos à presença de compostos bioativos. Objetivo: Avaliar a composição
nutricional, a atividade antioxidante e a concentração de compostos fenólicos totais de amostras cruas e
cozidas de arroz pigmentado em comparação a amostras não pigmentadas de arroz. Metodologia: As
análises foram realizadas com três cultivares de arroz: uma de arroz preto integral (SCS 120 Ônix), uma
de arroz vermelho integral (SCS 119 Rubi) e uma de arroz marrom (SCS 118 Marques), sendo esta,
analisada na sua forma integral e polida. Foram realizadas análises da composição nutricional, atividade
antioxidante pelos métodos DPPH e TBARS na concentração de 5% e da determinação de compostos
fenólicos pelo método Folin-Ciocalteau. Todas as análises foram feitas em triplicata e os dados foram
analisados utilizando a análise de variância (ANOVA) seguida do teste de Tukey à níveis de significância
maiores de 5%. Resultados: As variedades pigmentadas apresentaram maior teor de proteína, menor valor
energético e menor porcentagem de carboidrato quando comparadas à variedade de arroz não pigmentada.
Com relação à capacidade antioxidante, todas as amostras apresentaram atividade antioxidante quando
comparadas ao controle, havendo destaque para as amostras pigmentadas. Quanto a quantificação de
compostos fenólicos totais (CFT), as amostras pigmentadas apresentaram maior concentração, havendo
redução significativa após a cocção para todas as amostras. O arroz vermelho apresentou maior
concentração de CFT na sua forma crua e o arroz preto apresentou menor redução no teor após a cocção.
Conclusão: Os dados obtidos no estudo sugerem que as amostras de arroz pigmentado apresentam
adequada composição nutricional e possuem teor considerável de CFT e atividade antioxidante, mesmo
após o cozimento.
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Código: AF02
Análises físico-química e microbiológica de palmito de pupunha (Bactris gasipaes Kunth) e palmito
de palmeira real (Archontophoenix alexandrae) em conserva
Autores: Priscila Hália Pires Dos Santos Oliveira, Maria Helena Conte, Izabel Carolina Bousfield e Érika
Dantas De Medeiros Rocha.
Instituição: Associação Educacional Luterana Bom Jesus.
Introdução: O consumo do palmito vem aumentando cada vez mais no mundo. Porém, uma parte da
produção ainda é feita com palmito de extração ilegal, onde a conserva é feita fora dos padrões exigidos
pela ANVISA, colocando em risco a saúde do consumidor. Objetivo: O presente estudo, teve como objetivo
realizar análises físico-química e microbiológica da salmoura e do palmito da pupunha e palmeira real em
conserva, a fim de se verificar a qualidade do produto e se está apto para o consumo. Metodologia: Foram
analisadas duas marcas de palmito, sendo elas a “marca A” e a “marca B”. Para cada marca foi realizada
a análise microbiológica da salmoura e o palmito, tendo por cada marca 4 amostras. Para as análises físico-
químicas determinou-se a acidez, o pH, o teor de umidade e de cinzas, seguindo a metodologia do Instituto
Adolfo, 2005. As amostras de palmito e a salmoura foram submetidas às análises microbiológicas de
contagem de coliformes totais, contagem de Escherichia coli, de Clostridium botulinum, de Salmonella sp.
e Shigella sp., em diferentes meios de cultura, ágar de sangue e ágar Salmonella/Shigella (ágar SS).
Resultados: A acidez encontrada nas amostras de palmito e salmoura variaram de 0,52 a 0,64, e o pH de
4,03 a 4,18, estando, dentro dos parâmetros exigidos pela ANVISA. O teor de umidade não apresentou
diferenças significativas para as diferentes marcas e palmitos. Os resultados do teor de cinzas, quando
comparados com outras pesquisas apresentaram teores superiores. Com relação as características
organolépticas, foi possível verificar que a cor da palmeira real era branca e os toletes da pupunha
ligeiramente amarelado e a textura de ambos macia. Os toletes apresentaram ausência de marcas de faca
ou arranhões. A salmoura apresentava a cor límpida e odor agradável. Conclusão: A partir dos resultados
obtidos, verificou-se que o pH, a acidez, a umidade e as cinzas das amostras analisadas estavam dentro
dos parâmetros estabelecidos pela ANVISA. A análise microbiológica mostrou que não houve presença de
mesófilos acidotolerantes, bolores e leveduras nas amostras do palmito e da salmoura da pupunha e da
palmeira real em conserva. Pode-se concluir então, que os palmitos em conserva das marcas analisadas
foram feitos conforme as Boas Práticas de Fabricação (BPF) ou seja, preparados, manipulados,
processados, acondicionados e conservados da maneira correta, além de atender aos critérios e padrões
microbiológicos estabelecidos pela legislação específica.
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Área:
Desenvolvimento de novos
produtos funcionais
Código: DNPF01
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Análise físico-química, microbiológica e sensorial do muffin com feijão preto (Phaseolus vulgaris L)
Autores: Priscila Hália Pires Dos Santos Oliveira, Luana Silveira Paula Da Costa, Vanessa Meurer e Érika
Dantas de Medeiros Rocha.
Instituição: Associação Educacional Luterana Bom Jesus.
Introdução: O feijão contem boas propriedades nutricionais, como elevado teor de proteína vegetal, fibras
e minerais. O muffin é um produto que atende a grande parte dos consumidores, tornando-se interessante
adicionar ingredientes que melhorem sua qualidade e sabor. Objetivo: Visando oferecer um produto com
maior qualidade nutricional, seguro, com boa aceitação e acessível à maioria da população, o presente
estudo objetivou a elaboração de um muffin com adição de 0, 10 e 30% de feijão preto (Phaseolus vulgaris
L). Metodologia: Desenvolvimento de muffins com feijão preto. Análises microbiológicas. Análises físico-
químicas (pH, cinzas, umidade e quantificação de proteínas e açúcares redutores). Análise Nutricional.
Análise sensorial do tipo afetivo, sendo a escala utilizada de: 1 – desgostei muito a 9 – gostei muito. Foi
usado um questionário, para avaliar os atributos sensoriais de sabor, aroma, textura e aparência, conforme
Instituto Adolfo Lutz. Determinou-se o índice de aceitabilidade para cada muffin. Os dados foram analisados
no GraphPad Prism, através da ANOVA, sendo que a comparação de médias foi realizada pelo teste de
médias de Tukey, avaliados com nível de confiança de 95% (p≤0,05). Resultados: As análises
microbiológicas estão de acordo com ANVISA RDC Nº 12, 2001. Nas amostras com feijão verificaram-se
valores superiores de umidade, o que justifica maiores teores de fibra. Em relação ao sabor, as formulações
com feijão preto obtiveram maior média, do que a formulação sem. No atributo aceitação global a
formulação que apresentaram maior valor foi a de 30% (84,67) de feijão preto. Todas as amostras
apresentaram índice de aceitabilidade maior que 70% em todos os atributos. O muffin com 30% de feijão,
apesar de apresentar valor calórico superior, obteve maiores quantidades de fibra e proteína e menores de
colesterol. Conclusão: É possível reformular produtos e melhorar sua qualidade nutricional, aproveitando
integralmente o feijão preto, para agregar sabor e nutrientes. O muffin com feijão forneceu quantidades
superiores de macro e micronutrientes.
Código: DNPF02
Desenvolvimento de cerveja artesanal com casca de noz pecã: capacidade antioxidante
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Autores: Thiago Okagawa Silva, Rúbia Corassa, Fernanda Oliveira Lima, Jucieli Weber, Carlos Eduardo
Cereto e Dalila Moter Benvegnú.
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul.
Introdução: Cerveja é a bebida alcoólica mais consumida no mundo e é caracterizada por ser fermentada,
possuir vários estilos e adjuntos. A noz pecã é uma oleaginosa encontrada para o consumo humano, na
industrialização gera-se resíduos como a casca do fruto. Objetivo: Portanto, o objetivo do estudo foi verificar
se a adição de diferentes concentrações de extrato da casca de noz pecã, acarreta uma influência na
capacidade antioxidante da cerveja. Metodologia: Assim, procedeu-se a fabricação da cerveja estilo
Oatmeal Stout pelo método all grain e dos extratos por infusão de 50ml da casca de noz pecã em
concentrações de 5%, 10% e 15%, sendo o extrato adicionado à cerveja durante a etapa de envase. Na
sequência, executaram-se as análises da capacidade antioxidante através do método DPPH (2,2-difenil-1-
picrilhidrazil) usando um espectrômetro a um comprimento de onda de 515 nm. Após a tabulação dos
dados, foi aplicado o método estatístico ANOVA, considerando a diferença significativa quando p<0,05. As
cervejas foram categorizadas em 3 concentrações distintas: 5%, 10% e 15% e o branco. Resultados: Após
as análises das 3 diferentes amostras, constatou-se que não houve nenhuma diferença significativa na
capacidade antioxidante das amostras. Conclusão: Diante dos achados, foi possível observar que o
acréscimo do extrato da casca de noz pecã à composição da cerveja não influencia em sua capacidade
antioxidante.
Código: DNPF03
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Desenvolvimento e análise sensorial da barra de cereais com utilização da farinha de caruru
(Amaranthus viridis)
Autores: Izabel Carolina Bousfield, Amanda Ghering dos Santos, Philipe Costa e Priscila Hália Pires dos
Santos Oliveira.
Instituição: Instituto Superior e Centro Educacional Luterano Bom Jesus IELUSC.
Introdução: As Plantas Alimentícias Não Convencionais são plantas que nascem naturalmente no meio
ambiente e possuem valor nutricional considerável. O caruru (Amaranthus viridis),contém alto valor de
carotenóides, zinco, ferro e magnésio. Pode ser aproveitado de diversas formas, inclusive sob a forma de
farinha e subsequentemente utilizado em outras preparações. Objetivo: O estudo objetivou o
desenvolvimento de formulação de barra de cereais com diferentes percentuais da farinha de caruru e a
subsequente aceitabilidade sensorial através de escala sensorial hedônica afetiva de 9 pontos.
Metodologia: O caruru foi desidratado em estufa de circulação durante 24 hs a 60 ⁰C. Foram então
elaboradas e analisadas três formulações de barra de cereal, sendo adicionado farinha de caruru nas
proporções de 5% (B1); 10% (A2); 15% (B3).A análise sensorial foi composta por um grupo de 30 julgadores
não-treinados, alunos de uma faculdade de nutrição de Joinville-SC. Anteriormente à avaliação sensorial,
foram realizadas análises microbiológicas exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.
O estudo foi realizado após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (parecer número 2.200.423). Os
dados obtidos foram avaliados por estatística descritiva e análise de variância (ANOVA). A comparação de
médias foi realizada pelo teste de Tukey. Resultados: Das três amostras no presente estudo contendo
diferentes formulações de farinha de caruru, a amostra que obteve maiores médias, no modo geral, em
relação a cor (7,74 ± 1,74), sabor (7,39 ± 1,81), textura (7,46 ± 1,87) e aceitação global (7,57 ± 1,78) foi a
formulação B2 com 10% de farinha de caruru. Conclusão: A farinha de caruru apresenta-se como
alternativa sustentável, que utiliza tecnologia simples para sua produção, podendo agregar valor nutricional
sem interferir nas características organolépticas do produto.
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Área:
Fitoterapia
Código: FITO01
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Nutrientes e compostos bioativos de alecrim (Salvia rosmarinus) fresco, desidratado e seus chás
preparados por infusão a quente e gelada
Autores: Poliana Miranda Roberto, Ceres Mattos Della Lúcia, Helena Maria Pinheiro Sant’ana e Pamella
Cristine Anunciação.
Instituição: Universidade Federal de Viçosa.
Introdução: Ervas aromáticas podem ser utilizadas sob a forma de condimentos e na elaboração de chás,
possuindo alegação de propriedade funcional. Objetivo: Investigou-se a ocorrência e concentração de
nutrientes e compostos bioativos de alecrim - Salvia rosmarinus fresco, desidratado e suas infusões a
quente e gelada. Metodologia: A análise centesimal foi feita segundo a AOAC (2005) e a de fibras, segundo
a AOAC (1997). Vitamina C, vitamina E, carotenoides e flavonoides foram analisados por CLAE. Minerais
e metais pesados foram determinados por espectrofotometria de absorção atômica em plasma
indutivamente acoplado. Compostos fenólicos totais e capacidade antioxidante foram analisados por
espectrofotometria. Resultados: O alecrim apresentou elevada umidade (63,18%), baixa concentração de
proteína (1,27 mg.100g-1) e boa concentração de fibras totais (19,15 g.100g-1). Não foram observadas
diferenças (p>0,05) quanto às concentrações de vitaminas e compostos bioativos entre a erva fresca e
desidratada e entre as infusões. O alecrim desidratado se mostrou fonte de potássio, cobre e vitamina E,
boa fonte de ferro e magnésio e excelente fonte de cromo, reduzida concentração de chumbo, alta
concentração de alumínio, não sendo encontrados níquel e cádmio. Além de boa capacidade antioxidante
(77,18%) e as concentrações de vitamina C e A nas infusões foram reduzidas. Conclusão: A erva pode
contribuir para a ingestão de nutrientes importantes para a saúde, as infusões não foram relevante para se
atingir as recomendações de vitaminas A e C.
Código: FITO02
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Suplementação com farinha de casca de Passiflora edulis var.flavicarpa previne a esteatose hepática
induzida por dieta de cafeteria em camundongos
Autores: Aline De Faveri, Renata De Faveri, Milena Fronza Broering, Izabel Carolina Bousfield, Marina
Jagielski Goss, Sandra Soares Melo, Isabel Daufenback Machado, Nara Lins Meira Quintão e José Roberto
Santin.
Instituição: Universidade do Vale do Itajaí.
Introdução: A esteatose hepática caracteriza-se pelo acúmulo de lipídeos no fígado, associada ao
desenvolvimento de síndrome metabólica. As cascas de Passiflora edulis var.flavicarpa apresentam na
composição fibras, flavonoides e compostos fenólicos, podendo atuar de forma preventiva no
desenvolvimento de doenças metabólicas. Objetivo: Avaliar a atividade hepatoprotetora da suplementação
com farinha da casca de P. edulis var. flavicarpa em camundongos submetidos à dieta de cafeteria.
Metodologia: Camundongos machos C57BL/6 foram submetidos a três diferentes dietas: Dieta AIN 93M
(padrão), Dieta de Cafeteria e Dieta de Cafeteria acrescida de Farinha da casca de P. edulis (15%), durante
16 semanas. Ao final deste período foi realizado teste de resistência à insulina, mensuração de parâmetros
bioquímicos no soro e no fígado e avaliação histológica. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no
Uso de Animais parecer nº016/2017. Resultados: Os dados obtidos demonstraram que animais submetidos
à dieta de cafeteria apresentam resistência à insulina, alteração de enzimas hepáticas (AST e ALT) e
aumento de colesterol e triglicerídeos hepáticos. Todos estes parâmetros foram normalizados em animais
que receberam suplementação com farinha da casca de P. edulis. Adicionalmente, as análises histológicas
demonstraram que a dieta de cafeteria induz infiltração de células inflamatórias, dilatação da veia central,
degeneração de hepatócitos, e maior deposição de gordura hepática comparado ao grupo tratado com
farinha da casca de P. edulis var. flavicarpa. Conclusão: Conclui-se que a farinha da casca de Passiflora
edulis var. flavicarpa pode ser benéfica na melhora da doença hepática gordurosa não alcoólica induzida
por dieta de cafeteria, tendo efeito hepatoprotetor.
Código: FITO03
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Efeito da suplementação com farinha de Moringa (Moringa oleífera) em parâmetros metabólicos de
animais com síndrome metabólica induzida por frutose
Autores: Izabel Carolina Bousfield, José Roberto Santin, Izabelle Coelho de Souza, Isadora Simas Ribeiro,
Aline de Faveri, Milena Broering, Marina Goss, Nara Lins Meira Quintão, Sandra Soares Melo e Isabel
Daufenback Machado.
Instituição: Universidade do Vale do Itajaí.
Introdução: Alterações nutricionais importantes ocorreram nas últimas décadas, principalmente o aumento
do consumo de frutose presente em produtos industrializados, originando síndrome metabólica (SM). A
planta Moringa oleifera tem atraído atenção especial, demonstrando potencial para prevenir este tipo de
comorbidade. Objetivo: Avaliar os efeitos da farinha de moringa (FM) na melhora de parâmetros
metabólicos em ratos induzidos à SM com frutose. Metodologia: Ratos Wistar machos com 21 dias de idade
foram divididos em grupos (n=9): 1) controle (ração normal + água), 2) frutose (ração normal + água com
frutose 20%) e 3) frutose + FM (ração com FM 20% + água com frutose 20%). Foram mensuradas
circunferência abdominal, peso dos animais, consumo de água e ração. Ao final do experimento foi coletado
sangue para a realização de análises bioquímicas e hematológicas e os órgãos para análise histológica.
Os resultados foram expressos em média ± erro padrão da média, analisados por ANOVA e pós teste o
teste de Tukey, admitindo como significativamente estatístico o p < 0,05. Projeto aprovado pelo CEUA
parecer nº017/2017. Resultados: A sobrecarga de frutose induziu alterações características da síndrome
metabólica, como a maior deposição de gordura abdominal e no fígado, aumento da glicemia sanguínea e
resistência à insulina, além de alteração nos hepatócitos. Estes parâmetros foram visivelmente reduzidos
no grupo tratado com FM. Conclusão: Os resultados indicam que a FM apresenta possível efeito protetor
diante da SM induzida por frutose, podendo contribuir para a prevenção e tratamento desta comorbidade.
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Área:
Nutrição Clínica
Código: NC01
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Análise do teor de açúcares em papinhas de frutas industrializadas, ofertadas para crianças entre
06 e 24 meses
Autores: Priscila Hália Pires Dos Santos Oliveira, Larissa De Castro Pereira, Camila Cristina Debortoli e
Érika Dantas de Medeiros Rocha.
Instituição: Associação Educacional Luterana Bom Jesus.
Introdução: Segundo o Guia Alimentar para crianças menores de dois anos, uma alimentação infantil
adequada compreende a prática do aleitamento materno e a introdução alimentar, a partir dos seis meses,
com alimentos apropriados capazes de complementar as necessidades nutricionais nessa fase de transição
(BRASIL, 2014). Objetivo: O objetivo do trabalho foi determinar o teor de açúcar totais e redutores,
existentes em papinhas de frutas industrializadas (marca A e B), para crianças entre 6 e 24 meses. Foi
ainda, verificado se os valores de açúcares estão de acordo com as DRIs e os rótulos. Metodologia: Trata-
se de um estudo analítico e qualitativo, realizado através de métodos específicos, referentes aos teores de
açúcares em papinhas de frutas industrializadas, no qual foram avaliadas duas grandes marcas,
denominadas por (A) e (B), sendo dois sabores de cada marca (maçã e frutas sortidas). Realizou-se
análises físico-químicas (pH, cinzas, umidade, determinação de açúcares totais, por titulometria de Lane-
Eynon e de redutores,por esctrofotômetro com o reagente DNS ). Os dados foram analisados no GraphPad
Prism, através da ANOVA, sendo que a comparação de médias foi realizada pelo teste de médias de Tukey,
avaliados com nível de confiança de 95% (p≤0,05). Resultados: Das características organolépticas pode-
se observar que a marca (A) tem uma textura mais espessa em relação a marca (B), ambas com aparência
e odores semelhantes. Em relação às análises físico-químicas, foi obtido a determinação de umidade, com
valores normais, sendo das medidas mais utilizadas na análise de alimentos, pois, está diretamente
relacionada com a estabilidade, qualidade e composição desses alimentos. Das cinzas, que representa
grande valor nutricional dos alimentos (os minerais), obteve-se para a marca (A) média de 1,68% e na (B)
2,27% de cinzas. Foi possível observar diferença estatisticamente significante na comparação da média do
percentual de açúcares totais informados nos rótulos em relação aos açúcares totais obtidos na análise, a
marca (A) apresentou 24% de diferença nos dois sabores (maçã e frutas sortidas), de modo que, a marca
(B) apresentou uma diferença menor, sendo essa de 12% (sabor maçã) e 14% (sabor frutas sortidas). A
quantidade de açúcares redutores identificadas na análise em relação a proporção dos açúcares totais
apresentou média de 22,8% marca (A) e 16,8% marca (B), evidenciando assim maior quantidade de frutose
e glicose na marca (A). Conclusão: Identificou-se não-conformidades em relação aos açúcares totais e
redutores descritos nos rótulos das papinhas de frutas industrializadas. O índice glicêmico alterado entre 6
a 24 meses pode estar associado a diversos fatores prejudiciais à saúde.
Código: NC02
Perfil lipídico de indivíduos diagnosticados com diabetes mellitus tipo II
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Autores: Daiane Manica, Gabriela Sandri, Aline Manica, Beatriz da Silva Rosa Bonadiman, Thiago Okagawa
da Silva, Margarete Dulce Bagatini e Dalila Moter Benvegnú.
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul e Universidade Federal de Santa Maria.
Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) tipo II é uma doença crônica não transmissível (DCNT), caracterizada
pela deficiência na ação da insulina, causando hiperglicemia crônica, podendo ser acompanhada de
dislipidemias, hipertensão arterial e disfunção endotelial. Objetivo: Assim, o objetivo do presente estudo foi
verificar o perfil lipídico e a glicemia de jejum de indivíduos diagnosticados com DM tipo II (grupo DM) e seu
respectivo grupo controle (grupo C), em dois municípios da região Sul do Brasil.
Metodologia: Mediante aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal
da Fronteira Sul (CEP-UFFS), pelo número 60912016.4.0000.5564, houve seleção aleatória dos indivíduos,
para posterior coleta sanguínea. Após a coleta sanguínea, as amostras foram conduzidas para os
laboratórios de bioquímica da Universidade Federal da Fronteira Sul, onde ocorreu o processamento das
amostras de sangue e a determinação do perfil lipídico e glicemia de jejum no soro dos indivíduos, através
de kits comerciais e leitura via espectrofotômetro. Posteriormente, realizou-se análise estatística através
do teste T de Student, considerando diferença significativa quando p<0,05. Resultados: Participaram da
pesquisa 95 voluntários, sendo que 44 faziam parte do grupo DM e 51 do grupo C. Observou-se diferença
significativa nos níveis de glicemia de jejum, HDL e triglicerídeos, onde o grupo DM apresentou valores
médios de 144,37mg/dL para glicemia de jejum, 38,05mg/dL para HDL e 237,89mg/dL para triglicerídeos.
Por sua vez, o grupo C apresentou valores médios de 77,73mg/dL para glicemia de jejum, 43,37mg/dL para
HDL e 84,9mg/dL para triglicerídeos. Já os níveis de LDL foram significativamente maiores no grupo C, o
que pode ser explicado pela alta taxa de utilização de estatinas no grupo DM. Conclusão: Foi possível
observar que o grupo DM apresentou hiperglicemia, valores mais elevados de triglicerídeos e diminuídos
de HDL, fato que pode aumentar a tendência a complicações ocasionadas pela própria doença.
Código: NC03
Efeito antiobesogênico do extrato aquoso da casca de berinjela em modelo animal
18
Autores: Anna Paula Almeida, Aline Queiroz Ortiz Bairradas, Vitória Ribeiro Pereira, Giovana Nicolete
Pereira, Sabrina da Silva Lopes, Sabrina Alves Lenquiste e Eliane Scuzs Santos.
Instituição: Universidade do Oeste Paulista.
Introdução: Alimentos antioxidantes têm sido apontados como uma estratégia positiva de controle da
obesidade e suas comorbidades. A casca de berinjela é uma importante fonte de fibras e antocianinas,
antioxidantes naturais responsáveis pela coloração avermelhada a negra em alimentos e plantas. Objetivo:
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da suplementação com extrato aquoso da casca de berinjela (ECB)
em ratos Wistar alimentados com dieta normal e dieta obesogênica. METODOLOGIA Os animais foram
divididos em: controle normal (CM) - dieta comercial Supralab®; Controle obeso (CO) - dieta comercial com
17% de gordura vegetal hidrogenada e 20% de sacarose; Magro suplementado (MS) - dieta CM e 1 mL de
ECB/dia; e obesos suplementados (OS) - dieta CO e 1 mL de ECB/dia. Tolerância à Glicose (iGTT) e
Tolerância à Insulina (KITT), peso e consumo foram mensurados. Fígado e tecidos adiposos epididimal
(TAE), mesentérico (TAM) e retroperitoneal (TAR) foram pesados. Utilizou-se teste T de student entre os
grupos controle e entre os controles e suplementados (CM x MS e CO x OS). Resultados: A ingestão de
dieta não foi diferente entre os grupos controle e suplementados. O ganho de peso total foi maior no grupo
CO comparado ao grupo CM, bem como o peso dos tecidos adiposos (TAE, TAM, TAR), evidenciando a
indução da obesidade. O grupo OS apresentou menor ganho de peso total e menor peso de tecidos
adiposos epididimal, retroperitoneal e mesentérico, mostrando que a suplementação com o extrato aquoso
de casca de berinjela reduziu a adiposidade nos animais obesos suplementados. Não houve diferença
significativa com a suplementação nos parâmetros de tolerância à glicose e resistência à insulina.
Conclusão: O ECB reduziu peso e adiposidade nos animais obesos, mas não melhorou a resistência à
insulina. Estudos mais longos são necessários para afirmar o efeito positivo do ECB na obesidade.
Código: NC04
Extrato aquoso de cebola roxa: efeito antiobesogênico e antioxidante
19
Autores: Aline Queiroz Ortiz Bairradas, Anna Paula Almeida, Priscila Campos Lopes, Sthefany Regiani da
Silva, Sabrina da Silva Lopes, Sabrina Alves Lenquist e Eliane Scuzs Santos.
Instituição: Universidade do Oeste Paulista.
Introdução: A cebola roxa é uma conhecida fonte do flavonoide quercetina, o qual apresenta elevado
potencial antioxidante. Os antioxidantes reduzem o estresse oxidativo e a inflamação gerados pela
obesidade e vem sendo utilizados como estratégias coadjuvantes no processo de emagrecimento. Objetivo:
O objetivo do estudo foi avaliar o potencial antiobesogênico e antioxidante do extrato aquoso de cebola
roxa (Allium cepa) – ECR – em ratos Wistar alimentados com dieta comercial e dieta obesogênica.
Metodologia: Determinaram-se os compostos fenólicos, flavonoides totais e potencial antioxidante do
extrato, por testes colorimétricos. Os animais foram divididos em: Controle magro (CM) - dieta comercial
Supralab®; Controle obeso (CO) - dieta comercial com 17% de gordura vegetal hidrogenada e 20% de
sacarose; Magro suplementado (CRM) - dieta CM e 1 mL de ECR/dia; e obesos suplementados (CRO) -
dieta CO e 1 mL de ECR/dia. Avaliou-se ganho de peso, consumo de dieta, adiposidade e capacidade
antioxidante dos animais. Utilizou-se teste T de student entre os grupos controle e entre os controles e
suplementados (CM x CRM e CO x CRO). Resultados: O ECR mostrou elevado potencial antioxidante e
este se correlacionou positivamente (r = 0,92) com o conteúdo de compostos fenólicos e flavonoides. A
ingestão de dieta não foi diferente entre os grupos controle e suplementados. O ganho de peso total foi
maior no grupo CO comparado ao grupo CM, bem como o peso dos tecidos adiposos, evidenciando a
indução da obesidade. Os animais que consumiram obesogênica e receberam suplementação de ECR
mostraram menor ganho de peso e adiposidade corporal, por meio da diminuição do peso dos tecidos
adiposo epididimal, mesentérico e retroperitoneal, e aumento da capacidade antioxidante no plasma.
Conclusão: O consumo de ECR reduziu o ganho de peso e adiposidade e elevou a capacidade antioxidante
em animais obesos. Novos estudos são necessários para afirmar o efeito antiobesogênico do ECR.
Código: NC05
Efeito do consumo de EPA e DHA na modulação de parâmetros relacionados à síndrome metabólica
em ratos
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Autores: Bruna Vidal Dias, Sttefany Viana Gomes e Daniela Caldeira Costa.
Instituição: Universidade Federal de Ouro Preto.
Introdução: A síndrome metabólica (SM) é um conjunto de alterações metabólicas provenientes da
deficiência na ação da insulina associada ao desequilíbrio do status redox. Estudos evidenciam que o
consumo de EPA e DHA melhora a defesa antioxidante e resistência insulínica (RI). Objetivo: Objetivamos
avaliar o efeito do consumo de EPA e DHA em ratos com SM. Metodologia: Para isso foi estabelecida a
SM em ratos Fischer com 4 semanas através da ingestão de uma dieta hiperlipídica (DH) por 18 semanas.
Posteriormente, foi realizado tratamento com 1ml de soluções contendo 3:1 de EPA:DHA (grupo EPA) e
1:3 de EPA:DHA (grupo DHA) durante 14 dias. O estudo foi composto por: Grupo controle (GC, n=8; dieta
padrão); Grupo SM (n=10; DH); Grupo EPA (n=8; DH) e Grupo DHA (n=8; DH). Avaliamos parâmetros
bioquímicos (glicose, Superóxido dismutase – SOD e catalase – CAT) e antropométricos conforme
referências validadas no laboratório. Projeto aprovado pela CEUA/UFOP; nº. 2017/13. Resultados: Após a
ingestão da DH, os animais apresentaram hipertensão (p=0,0053), hiperglicemia (p=0,04) e valores
aumentados de glicose tanto no teste de resposta insulínica (p<0,0001) quanto no teste de tolerância oral
à glicose (p=0,019), estabelecendo o modelo de SM. A mortalidade no GSM durante o experimento foi de
50%, no GC: 0%, GEPA: 25% e 12,5% no GDHA. Após o tratamento, o GEPA apresentou menor glicemia
do que o GSM. Observamos um menor peso relativo do coração no GDHA em relação ao GSM (p=0,029).
Não houve diferença na atividade das enzimas antioxidantes. Conclusão: A dieta hiperlipídica induziu a
SM; os tratamentos com EPA e DHA não alterou a atividade das enzimas. O tratamento com EPA melhorou
glicemia, indicador importante na recuperação da RI.
Código: NC06
Ácido fólico materno como fator protetor para o desenvolvimento de esquizofrenia na prole adulta
de ratas wistar nos parâmetros comportamentais
21
Autores: Alexandra Stephanie Almeida Heylmann, Lara Canever e Alexandra Ioppi Zugno.
Instituição: Universidade do Extremo Sul Catarinense.
Introdução: A deficiência materna de ácido fólico (AF) pode comprometer o desenvolvimento do cérebro e
contribuir para a susceptibilidade de transtornos, como a esquizofrenia (SZ), na vida tardia da prole.
Objetivo: Este estudo investigou os efeitos de ambas as dietas deficiente e suplementadas com AF em
diferentes doses durante a fase gestacional de ratas nos parâmetros comportamentais da prole adulta
submetida ao modelo animal de SZ. Metodologia: Ratas wistar foram separadas em grupos para receber
dois tipos de ração (dieta) – dieta AIN 93 (controle) e dieta deficiente em AF. As ratas expostas à dieta
controle foram subdivididas em quatro grupos: dieta controle e mais três grupos para receberem além da
ração, a suplementação oral com AF (5, 10 e 50 mg/kg) durante a gestação e lactação. Na idade adulta (60
dias), os animais receberam administração de cetamina (25 mg/kg) durante sete dias e no último dia foram
submetidos aos testes comportamentais. O estudo foi aprovado pelo CEUA sob o protocolo 100-2014-01
da UNESC. Resultados: Os achados indicam que a cetamina reproduziu o modelo animal de SZ nos
parâmetros comportamentais. O AF suplementado nas mães durante a gestação e lactação,
particularmente nas doses mais elevadas (10 e 50 mg/kg), causou um efeito protetor persistente na prole
adulta submetida ao modelo de SZ. Conclusão: Estes resultados confirmam a importância da nutrição
materna adequada com AF para o desenvolvimento do cérebro na vida tardia da prole.
Código: NC07
Consumo alimentar de vitamina B12 e proteínas por indivíduos vegetarianos adultos moradores das
cidades de Corupá, Guaramirim, Jaraguá do Sul e Joinville – SC
22
Autores: Letícia Dias e Luiza Kuhnen Teixeira.
Instituição: Centro Universitário Católica de Santa Catarina.
O vegetarianismo se caracteriza por um regime alimentar que exclui, em geral, alimentos de origem animal,
os quais são a principal fonte de vitamina B12 e de proteínas de alto valor biológico, podendo acarretar em
deficiências nutricionais. O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar de vitamina B12 e de
proteínas de 24 adultos vegetarianos, moradores das cidades no entorno de Joinville - SC. A avaliação do
consumo alimentar foi realizada a partir do registro alimentar de três dias. A avaliação do estado nutricional
foi realizada por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) (peso kg/altura m²). O cálculo de ingestão
média de proteínas e vitamina B12 foi realizado no software Dietwin® versão 2.5, os quais foram
comparados com os valores de Reccomended Dietary Allowance (RDA) e Estimated Average
Requerements (EAR) para vitamina B12 (IOM, 1998), e para proteínas, à recomendação de 1,0 g/kg/dia
(SBAN, 1990). Os dados foram tabulados no software Microsoft Excel® 2010 e expressos em frequência
de inadequação do consumo da amostra. Foram comparadas as médias de consumo proteico, expressas
em g/kg, entre os vegetarianos estritos e não estritos, utilizando o teste estatístico t não pareado. O presente
trabalho foi aprovado pelo comitê de ética do Hospital Municipal São José pelo nº2.218.763. Encontrou-se
prevalência de inadequação no consumo de vitamina B12 em 69,3% da população de vegetarianos não
estritos, e no consumo de proteínas em 74% de todos os participantes do estudo. Entretanto, não houve
diferença significativa nas médias de IMC (p=0,28) e de consumo proteico (p=0,17) dentre os dois grupos
de vegetarianos. É possível adequar o consumo dos nutrientes analisados no público vegetariano,
entretanto se faz necessário a conscientização dos mesmos por meio de ações de educação nutricional
que os auxiliem com relação a fontes alimentares destes nutrientes e observação de sintomas de possíveis
deficiências.
23
Área:
Nutrição Esportiva
Código: NE01
Avaliação e fatores associados ao consumo de recursos ergogênicos em praticantes de academia
dos municípios de Viçosa e Caratinga
24
Autores: Poliana Miranda Roberto.
Instituição: Universidade Federal de Viçosa.
Introdução: A Associação Brasileira de Academias (ACAD) aponta mercado em ascensão no Brasil. Os
recursos ergogênicos e suplementos alimentares possuem atribuições para melhorar aspectos como
hipertrofia, emagrecimento, aumento da resistência, melhora da recuperação, entre outros. Objetivo:
Verificar a prevalência do consumo de recursos ergogênicos por frequentadores de academias em Viçosa
e Caratinga (MG) e descrever sobre a utilização de esteroides anabólicos androgênicos (EAA), tipos de
suplementos mais utilizados e principais responsáveis pela indicação dos mesmos. Metodologia: O
instrumento de avaliação foi questionário semiestruturado (Domingues e Marins, 2007). A participação no
estudo esteve condicionada à permissão dos voluntários, recebendo aprovação do Comitê de Ética da
Universidade Cruzeiro do Sul (SP), com número de protocolo CE/UCS – 200/2013. Resultados: Foram
avaliados 102 questionários em praticantes de academias, em 4 academias de Caratinga (n = 63) e 4
academias de Viçosa (n = 39) – MG. A escolaridade teve associação significativa (p=0,040), com o uso de
anabolizantes, maior em indivíduos de baixa escolaridade. Constatou-se que 77% em Caratinga e 74,6%
em Viçosa utilizavam algum tipo de suplemento. As orientações para o consumo partiam de nutricionistas
(30,8%), lojas de suplementos (25,6%), educador físico (25,6%), amigos (20,5%) e 15,4% de médicos, em
Viçosa. Em Caratinga, 33,3% por amigos, 20,6% educadores físicos, 15,8% em lojas e 11% de
nutricionistas. Conclusão: Conclui-se alto consumo de suplementos por parte dos praticantes de atividade
física. Evidenciando-se alta prevalência na utilização de suplementos e esteroides anabólicos prescritos
por profissionais não capacitados.
25
Área:
Saúde Pública
Código: SP01
Avaliação do estado nutricional e fatores associados em pré-escolares de um centro de educação
infantil do município de Campo Alegre-SC
26
Autores: Brennda Luciana Butzke, Débora Brüske e Gabriella Bettiol Feltrin.
Instituição: Centro Universitário Católica de Santa Catarina.
Introdução: A fase pré-escolar é caracterizada por ser um período de grandes mudanças no padrão
alimentar e no ritmo de crescimento da criança, tornando-se essencial realizar o diagnóstico nutricional das
crianças. Objetivo: Avaliar o estado nutricional e os fatores associados em pré-escolares de um Centro de
Educação Infantil do município de Campo Alegre - SC. Metodologia: Realizou-se um estudo transversal em
agosto de 2017 com 104 pré-escolares. As variáveis analisadas foram: estado nutricional, consumo
alimentar, gênero, e idade. Para obtenção dos dados aplicou-se um questionário de frequência alimentar
validado, realizou-se aferição de peso e estatura e os dados sociodemográficos foram fornecidos pela
escola. O estado nutricional foi avaliado segundo os índices: IMC/idade, peso/idade, peso/estatura e
estatura/idade e classificados conforme recomendação da OMS. Realizou-se a análise estatística no
software Biostatic® 5.0 a partir do teste qui-quadrado considerando nível de significância p < 0,05. A
pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa (parecer nº 2.160.974). Resultados: Dos pré-
escolares avaliados 67,3% apresentavam idade igual ou superior a 5 anos e 50,9% eram meninas.
Predominou a eutrofia em todos os índices antropométricos, praticamente todos os avaliados (99%) foram
classificados com estatura adequada para idade, porém destaca-se o alto percentual (29,8%) de excesso
de peso, segundo o índice IMC/idade. Quanto ao consumo alimentar verificou-se que 31,7% apresentaram
consumo adequado de frutas, e apenas 13,4% atingiram a recomendação de consumo de vegetais. Os
alimentos mais consumidos foram: banana, maçã, laranja e tomate. Houve associação estatisticamente
significativa entre estado nutricional e a idade dos pré-escolares (p <0,001).
Conclusão: Embora tenha prevalecido o estado nutricional de eutrofia, é alto o percentual de excesso de
peso e baixa a frequência do consumo de frutas e vegetais entre os pré-escolares avaliados.
Código: SP02
Avaliação do risco de desenvolvimento de transtornos alimentares e sua relação com o estado
nutricional em universitárias de Joinville/SC
27
Autores: Brennda Luciana Butzke e Kharla Janinny Medeiros.
Instituição: Centro Universitário Católica de Santa Catarina.
Introdução: Os transtornos alimentares são distúrbios psiquiátricos que afetam, em sua maioria,
adolescentes e jovens do gênero feminino, podendo levar a prejuízos psicológicos e ao aumento de
morbidade e mortalidade. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi identificar o risco de desenvolvimento
de transtornos alimentares e sua relação com o estado nutricional em acadêmicas de nutrição. Metodologia:
A pesquisa foi composta por N= 128 acadêmicas, tendo uma perda de 50,79% em relação ao cálculo inicial
da amostra, totalizando 63 acadêmicas. A idade média encontrada foi de 22,34 anos (DP± 6,20). Para a
coleta de dados foi utilizado um teste de atitudes alimentares (EAT-26) e o peso e altura auto referidos
pelas participantes, para posteriormente ser realizado o cálculo e classificação do estado nutricional através
dos pontos de corte do Índice de Massa Corporal (IMC) proposto pela Organização Mundial da Saúde em
2004. Resultados: Os resultados demonstraram que 65,1% das acadêmicas encontraram-se eutróficas,
15,88% sobrepeso, 12,67% baixo peso e obesidade I e II 6,35%. Em relação ao EAT-26, 38,11% das
acadêmicas apresentaram risco de desenvolvimento de transtornos alimentares, sendo a maioria
eutróficas. Pode-se observar através da análise estatística (p= 0,0804 e R= 0,2219), que não houve
correlação entre o estado nutricional e ao risco de desenvolvimento de Transtornos Alimentares, sendo
assim, os indivíduos podem apresentar risco de desenvolvimento de transtornos alimentares independente
do estado nutricional existente. Conclusão: A partir dos resultados do presente estudo, pode-se observar
que estudantes de nutrição apresentaram risco de desenvolvimento de transtornos alimentares embora à
prevalência do estado nutricional seja eutrofia.
Código: SP04
Preferências alimentares de pacientes diagnosticados com Diabetes Mellitus tipo II residentes no
município de Santo Antônio do Sudoeste – PR
28
Autores: Gabriela Sandri, Vanusa Cavalheiro e Dalila Moter Benvegnú.
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul.
Introdução: A educação nutricional para pacientes com diabetes mellitus tipo II é importante, pois estimula
tais indivíduos a preferências alimentares mais saudáveis que auxiliam no controle da glicemia, que quando
elevada é o principal fator agravante da doença. Objetivo: Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar as
preferências alimentares de pacientes diagnosticados com DM tipo II residentes no município de Santo
Antônio do Sudoeste - PR. Metodologia: A pesquisa teve caráter qualiquantitativo e experimental do tipo
observacional, sendo realizada entre o período de janeiro a julho de 2017. Para participar do estudo foram
incluídos indivíduos com DM tipo II com idade entre 40 a 80 anos, de ambos os gêneros, mediante
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade Federal da Fronteira Sul (CAAE: 56835116.7.0000.5564). A coleta de dados
foi realizada sob a forma de entrevistas nas residências dos participantes, utilizando uma anamnese e um
questionário de frequência de consumo alimentar. Resultados: O estudo teve um total de 50 participantes,
sendo 62% do sexo feminino e 38% do sexo masculino, sendo que a maioria dos pacientes eram casados
(54%), seguido por viúvos (38%), solteiros e separados (4% para ambos os estados civis). As principais
preferências alimentares dos pacientes foram para salgado (76%). Além disso, os alimentos preferidos
listados com maior frequência foram o macarrão e o arroz, seguido por feijão e carnes em geral. Quando
questionados sobre o consumo de cereais integrais, a maioria dos pacientes (62%) relatou nunca consumir
tais produtos. Conclusão: Observou-se um predomínio de diabéticos que não consumiam cereais integrais
e com preferências alimentares voltadas para alimentos mais ricos em carboidratos simples, fato que pode
elevar o quadro de hiperglicemia.
Código: SP05
Análise do perfil nutricional de dependentes químicos em recuperação do município de Chapecó,
Santa Catarina
Autores: Carolina Padilha Kuhn, Caroline Fernanda Hoenig e Dalila Moter Benvegnú.
29
Instituição: Universidade Federal Da Fronteira Sul.
Introdução: O abuso de substâncias psicoativas pode alterar o corpo, o comportamento e a mente. Bem
como o apetite e a ingestão alimentar, além de atuar diretamente sobre o metabolismo de alguns nutrientes.
Objetivo: Com base no que foi exposto acima, o presente estudo tem como objetivo realizar um estudo do
perfil nutricional em dependentes químicos que se encontram em recuperação. Metodologia: A pesquisa
foi realizada em três comunidades terapêuticas do município de Chapecó, Santa Catarina. Através da coleta
dos dados antropométricos de peso e altura foi possível realizar o cálculo de índice de massa corpórea
(IMC), por meio da fórmula kg/altura² e classificar os indivíduos conforme a WHO (2000). Mediante
certificado de apresentação para apreciação ética número 61355816.0.0000.5564, todos os procedimentos
realizados foram conduzidos segundo protocolo ético. Resultados: No total houve a participação de 26
internos, sendo todos do sexo masculino e na faixa etária entre 18 a 59 anos. Destes, 57,69% (15)
apresentavam-se com sobrepeso, seguido de 26,92% (7) eutróficos, 11,54% (3) obeso grau I e 3,85% (1)
obeso grau III. Ainda, 73,08% (19) relataram haver ganhado peso durante o tratamento. Segundo Toffolo
et al. (2011) tais achados justificam-se mediante sintomas de abstinência da droga, como a ansiedade, que
induz ao aumento do consumo de alimentos na tentativa de amenizar a vontade de fazer o uso da droga.
Conclusão: A partir disso, observou-se à importância do acompanhamento nutricional nesta população,
visto que o ganho de peso pode aumentar o risco de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis
(DCNT).
Código: SP06
Estudo da adequação nutricional de cardápio mensal para berçário no Sul do Brasil
Autores: Suzeley Jorge, Larissa Isabele Rabello Chechi e Camila Peixoto de Oliveira.
Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina.
30
Introdução: Planejar cardápios para bebês é um desafio. Objetivo: O trabalho teve como objetivo planejar,
calcular e analisar 20 dias de cardápio (almoço e lanche matutino, de custo médio baixo e cíclico) a ser
implantado em um berçário. Metodologia: Planejou-se um cardápio e calculou-se sua adequação.
Considerou-se como referência uma criança tipo de 9 meses (p.m 6 -12 meses), com peso ideal (OMS,
2009) ; valores médios de N. E. para 8-11 meses ( OMS, 1998), DrIs-RDAs/EARs para 7 -12 meses (IOM,
2005) entre sexo M e F, buscando ofertar 45% das DRIs, 2006 (FNDE, 2009). Resultados: Os resultados
mostraram Vit. A 140 de 225(ug/dia); Vit. D 1,6 de 2,25(ug/dia) (sem exposição solar); Cálcio 57 e
121,5(mg/dia) (sem aleitamento materno e/ou desjejum em casa); Iodo 0,1 de 58,5(mg/dia) e Sódio 104 de
166(g/dia) (sem adição de sal); Selênio 1 de 9(mg/dia); Ácido linoleico 1,3 de 2(g/dia); Ácido linolênico 0,16
de 0,2(g/dia); Ferro 2 de 4,95(mg/dia) estando abaixo das DRIs, mesmo com direcionamento alimentar.
Dos itens analisados 12 apresentaram valores semelhantes às DRIs e alguns elevados (Vit K 51 de
1,1(mg/dia), Folato 131 de 36(ug/dia), Magnésio 72 de 33,75(mg/dia), Fósforo 190 de 123,75(mg/dia),
Potássio 605 de 315(g/dia). Conclusão: O planejamento de cardápios com calculo de nutrientes foi eficaz
para mostrar pontos frágeis na adequação, direcionando o uso de alimentos estratégicos dentro das
condições socioculturais.
Código: SP07
Avaliação alimentar e nutricional do cardápio cíclico mensal de uma pré-escola
Autores: Suzeley Jorge, Luiza Caroline Ferrazza Dias Antunes, Camila Peixoto de Oliveira.
Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina.
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Introdução: As raízes de doenças crônicas em adultos (...) com frequência têm sua base na infância (…)
como a obesidade. Objetivo: O objetivo deste trabalho é foi avaliar a oferta de alimentos e nutrientes no
cardápio cíclico mensal permanente de uma pré-escola para crianças de 1 a 3 anos. Metodologia:
Acompanhou-se a produção das refeições durante o período matutino e registrou-se o modo de preparo, o
tipo e a quantidade de ingredientes de 86(45 diferentes) preparações oferecidas durante o período de um
mês de cardápio produzido ciclicamente. Elaboraram-se fichas técnicas de preparo utilizando a tabela
TACO (2006) para nutrientes em 100g. Organizaram-se as preparações conforme cardápio em tabela do
Excel, e obteve a adequação de 28 nutrientes(6 sub frações) oferecidos, considerando 35%(FNDE, 2009)
das necessidades(DRIs, 2006) tendo como referência uma criança de 1,6 anos, peso 10,35kg, altura
80,7cm(WHO). Os pontos de corte foram a EAR como preconiza ILSE(2001) para cardápios planejados.
Resultados: Os resultados mostram percentuais de nutrientes com adequação baixa, sendo eles 86,3%
(LIP sendo 34,5% n-3 e 42,3% n-6); 73,5% (FA); 56,9 % (Ca); 38,6% (K); 38,0% (Se); 8,1% (B7); 19,5% (B
5); 6,4% (D); 46,5 % (E). A média do % alcançado para demais nutrientes foi 104,1% (energia); 116,8%
(PTN sendo 207,6 % Lis.;288,1% Met/Cis.; 276,0% Treon.; 374,1% Tript.); 119,1% (CH); 217,1% (Mg);
160,5% (Mn); 146,7% (P); 141,8 % (Fe); 94,1% (Na); 238,5% (Cu); 184,0% (Zn); 123,9% (I); 102,8% (A);
129,6% (B1); 123,3% (B 2); 111,7% (B 3); 108,1% (B 6); 153,5% (B 9); 658,1% (C); 140,4% (K). Conclusão:
Os resultados mostram que ferramentas quantitativas, fatores socioculturais, experiência e capacitação
profissional devem se unir para construção de cardápios pré-escolares cíclicos (fixos).
Código: SP08
Avaliação de teor de açucares e aceitação de preparações menos doces em um cardápio mensal
cíclico de uma pré-escola
Autores: Suzeley Jorge, Luiza Caroline Ferrazza Dias Antunes e Camila Peixoto de Oliveira.
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Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina.
Introdução: A OMS (2015) estabelece que os açúcares livres devam ser reduzidos em 10% do VCT.
Objetivo: O objetivo do trabalho foi conhecer, analisar, implantar estratégias para o uso adequado de
açúcares livres (A.L) nas preparações do cardápio de uma pré-escola. Metodologia: Através da análise do
cardápio cíclico de um mês, oferecido às crianças, foi verificada a presença de alimentos industrializados
e de preparações com sabor predominantemente doce (PPD) com presença de A.L. A composição das
PPD com presença de A.L foram estudadas pesando todos os ingredientes. Os dados foram analisados,
considerando 10% o máximo das calorias como A.L(OMS, 2015). em um dia. Foi elaborada uma
preparação de cada tipo (sucos, bolos, achocolatados, café com leite e sobremesa) com 10% de cal vindas
de A.L e foram aplicados testes de aceitação (escala hedônica simplificada) com oito adultos trabalhadores.
Resultados: Encontrou-se 503 alimentos/preparações(A/P), onde 21% (especialmente lanches) possuíam
A.L e 18% eram naturalmente doces. Encontrou-se 18 tipos ofertados até 32 vezes no cardápio. Bolos,
café com leite e achocolatados continham cerca de 20 a 30% de calorias em A.L., sobremesas 57% e suco
96%. Os dados mostram que o bolo de cenoura(com 19,4% red. em sacarose) foi bem aceito(100%). A
aceitação de preparações adaptadas a 10% de A. L. (redução de sacarose em 58% na calda de
chocolate;18,97% no café com leite;12,2% no leite com chocolate;86% no suco de limão;47,1 % no sagu)
foram satisfatórios para a maioria das preparações. Conclusão: Conclui-se que é possível reduzir A.L. em
preparações rotineiras, mas é necessário trocar A/P(com alto % de açúcares), rever proporção de
ingredientes em bebidas e reduzir gradativamente em formulações (bolos).