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Rui Passos Mealha arquitectos CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA A ENVOLVENTE À RUA DE RECAREI EM LEÇA DO BALIO PU.RR - Regulamento 1 CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA A ENVOLVENTE À RUA DE RECAREI EM LEÇA DO BALIO PU.RR REGULAMENTO Julho de 2011

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CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS

PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA A ENVOLVENTE À RUA DE RECAREI EM LEÇA DO BALIO PU .RR - R e g u l a m e n t o

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C Â M A R A M U N I C I P A L D E M A T O S I N H O S

PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA A ENVOLVENTE À RUA DE RECAREI EM LEÇA DO BALIO PU.RR

REGULAMENTO

J u l h o d e 2 0 1 1

Ru i P as s o s Mea l h a a r q u i t e c t o s

CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS

PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA A ENVOLVENTE À RUA DE RECAREI EM LEÇA DO BALIO PU .RR - R e g u l a m e n t o

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C Â M A R A M U N I C I P A L D E M A T O S I N H O S

PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA A ENVOLVENTE À RUA DE RECAREI EM LEÇA DO BALIO PU.RR

REGULAMENTO TÍTULO I Disposições Gerais Artigo 1.º Objecto Artigo 2.º Objectivos, âmbito e aplicação Artigo 3.º Composição do plano Artigo 4.º Definições dos conceitos técnicos e siglas TÍTULO II Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública Artigo 5.º Identificação Artigo 6.º Regime TÍTULO III Valores Patrimoniais e de Interesse Arqueológico Artigo 7.º Valores patrimoniais e de interesse arqueológico TÍTULO IV Uso, Ocupação e Transformação do Solo CAPÍTULO I Disposições Gerais Artigo 8.º Disposições comuns Artigo 9.º Classificação e qualificação do solo Artigo 10.º Parcelamento existente e proposto Artigo 11.º Recuos, alinhamentos máximos, implantação, número de pisos acima do solo e cércea máxima Artigo 12.º Estruturas existentes a preservar Artigo 13.º Indicadores urbanísticos CAPÍTULO II Disposições Específicas SECÇÃO I Espaços centrais e residenciais – área predominantemente residencial Artigo 14.º Identificação Artigo 15.º Regime e uso SECÇÃO II Espaços de uso especial – área de equipamento Artigo 16.º Identificação Artigo 17.º Regime e uso Artigo 18.º Índices SECÇÃO III Espaços de uso especial – área de estacionamento Artigo 19.º Identificação Artigo 20.º Regime e uso Artigo 21.º Índices SECÇÃO IV Espaços de uso especial – espaço público pavimentado Artigo 22.º Identificação Artigo 23.º Regime e uso Artigo 24.º Especificações gerais SECÇÃO V Espaços de actividades económicas - área empresarial Artigo 25.º Identificação Artigo 26.º Regime e uso Artigo 27.º Índices SECÇÃO VI Espaços de actividades económicas - área predominantemente de serviços Artigo 28.º Identificação Artigo 29.º Regime e uso SECÇÃO VII Espaços verdes – espaço verde público Artigo 30.º Identificação Artigo 31.º Regime e uso SECÇÃO VIII Espaços verdes – espaço verde de protecção ambiental Artigo 32.º Identificação Artigo 33.º Regime e uso SECÇÃO IX Espaços verdes – espaço verde privado a salvaguardar Artigo 34.º Identificação Artigo 35.º Regime e uso

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CAPÍTULO III Condições Complementares de Edificabilidade Artigo 36.º Profundidade das edificações Artigo 37.º Balanços encerrados Artigo 38.º Varandas, palas e elementos balançados Artigo 39.º Número de pisos acima do solo, pisos recuados, cércea, desvãos Artigo 40.º Caves e subcaves Artigo 41.º Coberturas Artigo 42.º Empenas Artigo 43.º Anexos Artigo 44.º Compartimento de recolha de resíduos Artigo 45.º Estacionamento privado Artigo 46.º Galerias Artigo 47.º Logradouros e espaços envolventes das edificações CAPÍTULO IV Segurança Contra Incêndios, Condições de Acessibilidade e Edifícios Especiais Artigo 48.º Segurança contra incêndios Artigo 49.º Condições de acessibilidade Artigo 50.º Conforto acústico Artigo 51.º Edifícios especiais TÍTULO V Execução do Plano Artigo 52.º Programa de execução TÍTULO VI Disposições Finais Artigo 53.º Alteração ao Plano Director Municipal Artigo 54.º Alteração da legislação Artigo 55.º Omissões Artigo 56.º Vigência

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TÍTULO I

Disposições Gerais

Artigo 1.º

Objecto

O Plano de Urbanização para a Envolvente à Rua de Recarei em Leça do Balio, no Concelho de

Matosinhos, adiante também designado por Plano de Urbanização ou Plano, tem por objecto uma área

urbana com cerca de 64 hectares, localizada maioritariamente na Freguesia de Leça do Balio e uma

pequena parte na freguesia de Custóias, no Concelho de Matosinhos, e visa regulamentar a ocupação e

transformação do uso do solo desta área urbana, na perspectiva de um correcto ordenamento do território.

Artigo 2.º

Objectivos, âmbito e aplicação

1- Os objectivos do Plano de Urbanização são:

a) A pormenorização das soluções de ordenamento previstas pelo Plano Director Municipal, definindo os

critérios gerais da forma urbana, os parâmetros urbanísticos de ocupação e utilização do solo e o destino

das construções.

b) Definição de uma estrutura viária bem desenvolvida e hierarquizada que permita ordenar o tráfego

existente e previsto, e proporcione um correcto ordenamento das áreas livres e das áreas interiores dos

quarteirões de grande dimensão, libertando-as para programas de utilização colectiva.

c) Criação de espaços para equipamentos e de áreas verdes de utilização colectiva.

d) Qualificar o eixo da Rua de Recarei e a malha urbana envolvente, melhorando a imagem da cidade,

melhorando ainda as condições de conforto e de funcionamento dessa mesma malha.

e) Estruturar urbanística e funcionalmente a área abrangida pelo Plano de Urbanização, por elevação dos

níveis de conexão do traçado, e articulação com os sistemas espaciais existentes e previstos para os

sectores urbanos coalescentes, minimizando os efeitos dos impasses urbanísticos e barreiras existentes.

f) Estabelecer uma estrutura funcional mista de habitação, comércio e serviços, promovendo ainda a

localização de actividades económicas relevantes, procedendo ao tratamento dos espaços colectivos

intersticiais.

g) Estruturar ambientalmente toda a área abarcada pelo Plano, nomeadamente por recuperação dos

espaços em estado de degradação física e funcional, por qualificação dos espaços colectivos e por

implementação de um sistema coeso e bem desenvolvido de espaços verdes urbanos.

2- O Plano de Urbanização, enquadrado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a redacção

conferida pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, e com as alterações do Decreto-Lei n.º

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46/2009 de 20 de Fevereiro, assim como pelos Decretos Regulamentares n.º 9/2009, n.º 10/2009 e n.º

11/2009, de 29 de Maio, tem a natureza de regulamento administrativo e incide sobre o território delimitado

graficamente na Planta de Zonamento pelo “Limite da área Plano de Urbanização”.

3- Todas as acções que careçam de parecer, aprovação ou licenciamento municipal para construção,

reconstrução, ampliação, alteração, conservação, demolição, destaque de parcela, loteamento,

urbanização, utilização, ou qualquer outra acção que tenha por consequência a transformação da ocupação

ou do relevo do terreno, na área do Plano de Urbanização, ficam sujeitas às disposições do presente

Regulamento do Plano de Urbanização.

Artigo 3.º

Composição do plano

1- O Plano de Urbanização é constituído por:

a) Regulamento.

b) Planta de Zonamento, à escala de 1:1000.

c) Planta de Condicionantes, à escala de 1:2000.

2- O Plano de Urbanização é acompanhado pelos seguintes elementos de apresentação, de trabalho e de

enquadramento:

a) Relatório do Plano de Urbanização.

b) Bases de Dados da Estrutura Parcelar e da Estrutura Edificada.

c) Programa de Execução e Plano de Financiamento das acções estruturantes propostas, incluídos no

relatório do plano.

d) Planta de Apresentação da Proposta sobre Planta de Trabalho, à escala de 1:1000.

e) Planta de Trabalho da Proposta, à escala de 1:1000.

f) Planta de Trabalho da Proposta sobre Fotografia Aérea, à escala de 1:1000.

g) Perfis Volumétricos de Trabalho, à escala de 1:1000.

h) Perfis-tipo dos Espaços Colectivos Propostos, à escala de 1:200.

i) Planta de Localização, à escala de 1:50000.

j) Planta de Ordenamento – Extracto do PDM, à escala de 1:10000.

k) Planta de Explicitação do Novo Zonamento, à escala de 1:10000.

l) Planta de Condicionantes – Extracto do PDM, à escala de 1:10000.

m) Planta de Enquadramento, à escala de 1:5000.

n) Planta da Hierarquia Viária, à escala de 1:5000.

o) Planta da Situação Existente, à escala de 1:1000.

p) Planta da Situação Existente – Actualização da Base de Trabalho, à escala de 1:1000.

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q) Fotografia Aérea, à escala de 1:1000.

r) Planta de Identificação das Licenças ou Autorizações de Operações Urbanísticas, à escala de 1:2000.

s) Fichas de Dados Estatísticos, incluída no relatório do plano.

t) Cópia do Regulamento do Plano Director Municipal em vigor, incluída no relatório do plano.

u) Cópia do Relatório da Ponderação do Período de Discussão Pública, incluída no relatório do plano.

3- O Plano de Urbanização é ainda acompanhado pelos seguintes elementos de caracterização

prospectiva:

a) Planta da Estrutura Ecológica – Espaços Verdes Existentes, à escala de 1:2000.

b) Planta da Estrutura Ecológica – Espaços Verdes Existentes e Propostos, à escala de 1:2000.

c) Sistema dos Espaços Colectivos, à escala de 1:2000.

d) Planta de Mobilidade, à escala de 1:2000.

e) Morfologia Parcelar, à escala de 1:2000.

f) Serventia Urbanística do Parcelar, à escala de 1:2000.

g) Estrutura Edificada – Época de Construção, à escala de 1:2000.

h) Estrutura Edificada – Sistema Construtivo Fundamental, à escala de 1:2000.

i) Estrutura Edificada – Estado de Conservação, à escala de 1:2000.

j) Estrutura Edificada – Volumetria das Construções, à escala de 1:2000.

k) Estrutura Edificada – Classificação Funcional, à escala de 1:2000.

l) Estrutura Edificada – Utilização Geral / Piso Baixo, à escala de 1:2000.

m) Estrutura Edificada – Utilização Geral / piso Alto, à escala de 1:2000.

n) Estrutura Edificada – Tipologia Organizacional dos Edifícios de Habitação, à escala de 1:2000.

o) Estrutura Edificada – Estado de Ocupação e Dinâmicas Detectadas, à escala de 1:2000.

p) Valores Significantes e Factores Dissonantes, à escala de 1:2000.

q) Mapa de Ruído diurno, à escala de 1:2000.

r) Mapa de Ruído nocturno, à escala de 1:2000.

s) Planta de Equipamentos, à escala de 1:2000.

t) Plantas de Identificação do Traçado das Infra-estruturas Relevantes Existentes, Previstas e Propostas, à

escala de 1:1000.

u) Participações recebidas em sede de discussão pública e respectivo relatório de ponderação;

v) Cópia da deliberação de Câmara sobre a decisão de Avaliação Ambiental;

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Artigo 4.º

Definições dos conceitos técnicos e siglas

1- Para efeitos de aplicação deste regulamento, são utilizadas as definições dos conceitos técnicos nos

domínios do ordenamento do território e do urbanismo, constantes do Decreto Regulamentar n.º 9/2009, de

29 de Maio.

2- Para os efeitos do número anterior, são ainda aplicáveis as seguintes definições:

a) Quarteirão: unidade morfológica constituída por uma ou mais parcelas ou lotes, delimitada por

arruamentos ou outros espaços públicos, designadas nas bases do Plano de Urbanização pela sigla “Q”,

sendo as correspondentes parcelas e lotes designados pela sigla “L”.

b) Piso Baixo: Piso edificado ao nível do rés-do-chão da construção, com relação directa ao espaço público

e por onde normalmente se processa o acesso ao imóvel.

c) Pisos Altos: Pisos localizados acima do piso baixo da edificação, à qual se acede normalmente pelas

comunicações verticais do imóvel.

d) Valores Significantes: Elementos e estruturas com manifesto interesse cultural, reconhecidos na literatura

existente ou identificados em Relatório do Plano de Urbanização, e que são constituídos pelo Padrão da

Légua, localizado no lugar da inserção da Rua do Senhor do Padrão da Légua com a Rua de Recarei, o

imóvel de matriz rural localizado na Rua de Recarei (Q10L6) e o imóvel de matriz rural localizado na Rua de

D. Frei Álvaro Pinto (Q11L25), demarcados graficamente em Planta de Zonamento como “Conjunto

arquitectónico existente a preservar”.

e) Factores Dissonantes: Elementos e estruturas sem qualificação formal, arquitectónica ou urbanística que,

pelas suas características volumétricas, imagem, composição, materiais, malformações diversas ou outros

factores, destoam do contexto em que se localizam, constituindo-se assim como factos singulares

desqualificados.

f) Serventia: Passagem, espaço de acesso ou de ligação.

g) Serventia Urbanística: Espaço público a partir do qual se procede ao acesso directo a parcelas, lotes ou

edificações.

h) Soleira de Serventia: Pavimento do espaço de serventia urbanística, correspondendo a um sistema de

cotas altimétricas a relacionar com as condições de implantação do edificado.

i) Estruturas Existentes a Salvaguardar: Elementos e estruturas que deverão ser preservadas nos termos do

presente Regulamento.

j) Desvão: Distância ou altura útil entre pisos edificados ou entre o último piso e a cobertura, também

designada como pé-direito ou ainda como gabarito no caso das obras de arte.

k) Galeria: Espaço coberto de distribuição exterior, estabelecido ao longo da frente do imóvel face ao

arruamento de serventia.

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l) Porticado Urbano: O mesmo que galeria exterior de edificação, saliente ou não do plano da fachada

correspondente, constituindo-se como espaço de utilização colectiva

m) Meia cave: Piso da edificação cuja soleira está implantada abaixo do nível do solo, mas em que uma

parte da sua volumetria se situa igualmente acima do nível do solo.

n) Preservar: Acto ou efeito de manter ou conservar determinados elementos ou estruturas existentes,

garantindo a sua continuidade, pelo que os mesmos resultam protegidos de acções de demolição ou de

alteração profunda, e para que a sua existência seja mantida ao longo do tempo, admitindo-se no entanto

modificações ligeiras que não desvirtuem o carácter e valor do mesmo elemento ou estrutura, nos termos

do presente Regulamento.

TÍTULO II

Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública

Artigo 5.º

Identificação

No território abarcado pelo presente Plano de Urbanização, são observadas as disposições referentes às

servidões administrativas e restrições de utilidade pública em vigor, as quais se regem pelo disposto na

legislação aplicável, mesmo que não assinaladas na Planta de Condicionantes.

Artigo 6.º

Regime

1- Regem-se pela legislação aplicável as seguintes servidões administrativas e restrições de utilidade

pública ao uso do solo, assinaladas na Planta de Condicionantes:

a) Área de Reserva Ecológica Nacional, onde se aplica, designadamente, o disposto pelo Decreto-Lei n.º

93/90, de 19 de Março, alterado pelo Decreto-Lei n.º 180/2006, de 6 de Setembro.

b) Servidão Rodoviária da A4/IP4, sendo aplicável o Decreto-Lei n.º 189/2002, de 28 de Agosto.

c) Servidão Ferroviária, sendo aplicável o Decreto-Lei n.º 273/2003, de 4 de Novembro.

d) Zona Mista para efeito da aplicação do Regulamento Geral do Ruído, Decreto-Lei n.º 146/2006, de 31 de

Julho, e Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro.

2- As áreas referidas pelo número anterior ficam cumulativamente sujeitas ao cumprimento das disposições

deste Plano de Urbanização.

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TÍTULO III

Valores Patrimoniais e de Interesse Arqueológico

Artigo 7.º

Valores patrimoniais e de interesse arqueológico

1- Sem prejuízo do cumprimento das disposições legais aplicáveis, será imediatamente comunicada à

Câmara Municipal a descoberta de vestígios arqueológicos que sejam postos em evidência por qualquer

intervenção na área do Plano de Urbanização, como as que respeitam a obras de modelação de terrenos,

obras de urbanização, obras que incidem sobre construções existentes e obras de execução de novas

construções, devendo então tal intervenção ser imediatamente suspensa, sendo novamente retomada após

informação por parte do Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal.

2- A suspensão das obras nos termos do número anterior implica a suspensão da contagem dos prazos dos

alvarás respectivos.

3. Encontra-se identificado na Planta de Zonamento o elemento arquitectónico constituído pelo Padrão,

localizado no lugar da inserção da Rua do Senhor do Padrão da Légua com a Rua de Recarei, cuja

classificação é proposta como estrutura existente a salvaguardar.

TÍTULO IV

Uso, Ocupação e Transformação do Solo

CAPÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 8.º

Disposições comuns

1- A área do Plano de Urbanização destina-se à localização predominante de actividades residenciais e

empresariais, complementadas com outras actividades, nomeadamente equipamentos, serviços e

actividades comerciais, com as restrições da legislação aplicável, respeitando o definido na Planta de

Zonamento.

2- A área do Plano de Urbanização destina-se ainda à localização de novas praças e jardins públicos,

assim como ao traçado de novos arruamentos, de acordo com o definido em Planta de Zonamento.

3- Na área do Plano de Urbanização, todas as acções de uso, ocupação e transformação de parcelas,

lotes, edificações e espaços públicos, respeitarão integralmente o desenho e as especificações

estabelecidas na Planta de Zonamento e no Regulamento do Plano de Urbanização.

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4- Na área do Plano de Urbanização são admissíveis operações urbanísticas nos edifícios existentes,

nomeadamente obras de alteração, obras de ampliação, obras de conservação, obras de demolição, obras

de reconstrução com ou sem manutenção de fachadas e alteração de uso, urbanização e operações de

loteamento, desde que não criem condições de incompatibilidade com os regulamentos de edificação e de

urbanização em vigor e com as disposições previstas neste regulamento, e ainda, desde que não seja

aumentada a volumetria da edificação existente.

Artigo 9.º

Classificação e qualificação do solo

1- A área abrangida pelo Plano de Urbanização é inteiramente constituída por solo urbano, dotado por

todas as infra-estruturas urbanísticas e por funcionalidades diversificadas como as funções residenciais,

actividades terciárias e empresariais, equipamentos e espaços verdes, sendo ainda dotado por espaços

públicos de serventia urbanística às referidas funcionalidades.

2- O solo urbano intervencionado pelo Plano de Urbanização apresenta ainda espaços com potencial de

urbanização para estruturação de áreas empresariais e de espaços verdes públicos necessários ao

equilíbrio da estrutura funcional e ambiental do sector urbano.

3- Na Planta de Zonamento do Plano de Urbanização encontram-se delimitadas as seguintes categorias e

subcategorias de qualificação funcional do solo urbano:

a) Espaços Centrais e Residenciais, constituídos pelas áreas predominantemente residenciais.

b) Espaços de Uso Especial, constituídos por áreas de equipamento e de estacionamento, e ainda por

espaços públicos pavimentados de serventia urbanística.

c) Espaços de Actividades Económicas, constituídos por áreas de actividade económica e por áreas

predominantemente de serviços.

d) Espaços Verdes constituídos por espaços verdes públicos, espaços verdes de protecção ambiental e

espaços verdes privados a salvaguardar, que integram a Estrutura Ecológica Urbana.

4- Na Planta de Zonamento do Plano de Urbanização encontram-se assinaladas as estruturas existentes a

salvaguardar nos termos do presente Regulamento.

5- Na Planta de Zonamento do Plano de Urbanização encontram-se assinalados os recuos e alinhamentos

máximos das implantações das novas construções, assim como o número de pisos admitidos acima do

nível do solo, a que se sujeitarão igualmente as intervenções de renovação e ampliação das construções

existentes, nos termos do presente Regulamento.

Artigo 10.º

Parcelamento existente e proposto

1. É mantida a estrutura actual dos prédios ou parcelas demarcadas em Planta de Zonamento, salvo nas

situações seguintes, onde é admitida a reformulação da estrutura parcelar:

a) Renovação de construções existentes e obras de edificação na correspondência a duas ou mais parcelas

ou lotes instituídos.

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b) Novas construções correspondentes a novas frentes urbanas resultantes da execução de novos espaços

públicos de serventia.

c) Implantação de novos edifícios sobre espaços públicos, nas situações demarcadas em Planta de

Zonamento.

2. São permitidas operações de loteamento e obras de urbanização de acordo com o definido em Planta de

Zonamento e de acordo com a regulamentação e legislação aplicável.

Artigo 11.º

Recuos, alinhamentos máximos, implantação, número de pisos acima do solo e cércea máxima

1- Os recuos e os alinhamentos máximos definidos em Planta de Zonamento deverão ser observados para

implantação de novas construções, assim como nas intervenções de reconstrução, alteração, ampliação,

urbanização e operações de loteamento.

2- Na ausência da indicação, em Planta de Zonamento, de recuos e alinhamentos máximos, considera-se,

para efeitos de implantação das intervenções referidas no número anterior, os recuos e alinhamentos das

construções existentes, sem prejuízo dos alinhamentos que definem as ruas, praças e restantes espaços

públicos demarcados na mesma Planta de Zonamento.

3- O número de pisos admitidos acima do nível do solo encontra-se definido em Planta de Zonamento, e

será observado na execução de novas construções, assim como nas intervenções de reconstrução,

alteração, ampliação, urbanização e operações de loteamento, sendo ainda admitidas caves e meias caves,

nos termos do presente Regulamento.

4- Na ausência da indicação, em Planta de Zonamento, do número de pisos admitidos acima do nível do

solo, considera-se, para efeitos das intervenções referidas no número anterior, a manutenção do número de

pisos das construções existentes nas mesmas parcelas.

5- Para a edificação correspondente à área empresarial, a altura das fachadas será no máximo de 8,50

metros.

6- Serão ainda observadas as condições complementares de edificabilidade constantes dos artigos 36º a 47º

do presente Regulamento.

Artigo 12.º

Estruturas existentes a preservar

1- Na Planta de Zonamento estão identificadas as estruturas existentes a preservar, que poderão ser apenas

sujeitas a intervenções de reparação e outras intervenções ligeiras nos termos do presente Regulamento.

2- As intervenções sobre as estruturas referidas no número anterior respeitarão as morfologias existentes

assim como a organização das coberturas e os elementos relevantes de composição das fachadas,

nomeadamente no que respeita à dimensão e organização dos vãos, cornijas, guarnições, cunhais,

elementos decorativos e outros que importam ao reconhecimento do seu valor significante singular ou

conjunto.

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3- São dispensadas do número anterior as intervenções de correcção de malformações existentes, para

reposição dos termos de organização formal e de composição original das fachadas, volumetria ou espaços

interiores.

4- São ainda admitidas modificações por ampliação e ajuste tipológico, desde que não sejam alterados os

princípios dispostos pelos números anteriores, e comprovadamente resultem na valorização arquitectónica e

urbanística das estruturas a preservar, e importem à organização tipológica do programa a instalar.

5- As intervenções nas estruturas existentes a preservar observarão os usos assinalados em Planta de

Zonamento na correspondência às disposições gerais e específicas do presente Regulamento.

Artigo 13.º

Indicadores urbanísticos

1- Os índices a observar na correspondência às classes de uso definidas pela Planta de Zonamento e pelo

presente Regulamento, nomeadamente o índice máximo de impermeabilização do solo, o índice máximo de

ocupação do solo, e o índice máximo de utilização do solo, são os que decorrem directamente das

condições de implantação determinadas pelos recuos, alinhamentos máximos, e do número de pisos acima

e abaixo do nível do solo, indicados na Planta de Zonamento e Regulamento do Plano de Urbanização.

2- Sem prejuízo das restantes disposições do presente Regulamento, e na ausência de recuos e

alinhamentos máximos, serão considerados os índices máximos estabelecidos pelos artigos 18.º, 21.º e 27.º

do Regulamento do Plano de Urbanização.

CAPÍTULO II

Disposições Específicas

SECÇÃO I

Espaços centrais e residenciais – área predominantemente residencial

Artigo 14.º

Identificação

A categoria de espaços centrais e residenciais é constituída pelas áreas predominantemente residenciais

identificadas na Planta de Zonamento.

Artigo 15.º

Regime e uso

1- As áreas predominantemente residenciais destinam-se à localização preferencial de actividades de

alojamento, sendo admitidas outras actividades complementares, nomeadamente comerciais, de serviços,

de equipamento e empresariais, desde que não prejudiquem ou criem condições de incompatibilidade com a

função residencial nos termos da legislação em vigor.

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2- Considera-se que existem condições de incompatibilidade quando as actividades complementares

mencionadas no número anterior sejam fontes de vibrações, ruídos e poluição atmosférica, ou que de algum

modo agravem as condições de salubridade ou de segurança da edificação, ou acarretem riscos de

toxicidade, incêndio ou explosão.

3- A Câmara Municipal poderá inviabilizar a instalação de qualquer actividade por razões de

incompatibilidade, assim como poderá cancelar a respectiva licença de utilização, no caso de se verificar

qualquer das situações mencionadas pelo número anterior.

4- Nestas áreas não são admitidos armazéns ou arrecadações autónomos.

5- As actividades complementares admitidas deverão verificar serventias urbanísticas autónomas e

segregadas das serventias da actividade residencial de tipologia individual ou colectiva.

6- No caso de substituição ou demolição de edificação existente, as condições de edificabilidade regem -se

pelas disposições deste regulamento, nomeadamente uso, alinhamento, recuo e afastamento, sendo a

cércea da edificação aferida pelo número de pisos acima do solo referidos na Planta de Zonamento e

cumulativamente nunca poderá ser superior à da moda da cércea do arruamento.

7- Na área predominantemente residencial é admitida a construção de anexos nos termos do artigo 43º do

presente Regulamento.

SECÇÃO II

Espaços de uso especial – área de equipamento

Artigo 16.º

Identificação

A área de equipamento está identificada na Planta de Zonamento.

Artigo 17.º

Regime e uso

1- A área de equipamento destina-se exclusivamente à localização de actividades de equipamento de

interesse público ou de utilização colectiva, quer de iniciativa pública quer de iniciativa privada.

2- A natureza das actividades de equipamento é a indicada no número seguinte, podendo a Câmara

Municipal admitir a instalação de actividades de equipamento de outra natureza, mediante procedimento

administrativo legalmente adequado.

3- São propostas as seguintes actividades de equipamento, identificadas na Planta de Zonamento:

a) Equipamento social e administrativo – E1 [Q2/L1-L15-L16].

b) Estação ferroviária – E2 (apenas o acesso integra a Área-Plano).

c) Equipamento sócio-cultural – E3 [Q4/L1].

d) Equipamento social e recreativo – E4 [Q10/L6 e parte da parcela Q10/L5].

e) Equipamento social e de saúde – E5 [Q14/L11 e L54].

f) Equipamento recreativo – E6 [Q11/L25].

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g) Parque urbano com pavilhão de apoio – E7 [Q17/L17].

h) Equipamento desportivo – E8 [Q14/L30].

i) Equipamento desportivo – E9 [Q20/L2].

4- Na área de equipamento não são admitidos anexos, armazéns ou arrecadações autónomos.

5- São admitidas as arrecadações e armazéns necessários ao funcionamento dos equipamentos, desde que

intimamente ligados à actividade dos mesmos estabelecimentos e não excedam 35% da área total do seu

conjunto, incluindo as áreas comuns, administrativas, apoios, arrecadações, armazéns e áreas técnicas.

Artigo 18.º

Índices

Os índices a observar na área de equipamento são os seguintes:

a) Índice máximo de impermeabilização do solo – 0,7;

b) Índice máximo de ocupação do solo – 0,7;

c) Índice máximo de utilização do solo – 2.

SECÇÃO III

Espaços de uso especial – área de estacionamento

Artigo 19.º

Identificação

A área de estacionamento está identificada na Planta de Zonamento.

Artigo 20.º

Regime e uso

1- A área de estacionamento corresponde à localização de actividade de aparcamento automóvel de acesso

público ou privado.

2- A área de estacionamento destina-se à execução de estruturas edificadas abaixo ou acima do nível do

solo, correspondendo a programas de iniciativa pública ou de iniciativa privada.

3- Na área de estacionamento não são admitidos anexos, armazéns ou arrecadações autónomos.

4- São admitidas as arrecadações, armazéns e outras funcionalidades de apoio à actividade de

estacionamento, desde que intimamente ligados à mesma, e que não excedam 20% da área total do seu

conjunto, incluindo acessos, áreas de circulação, arrecadações e áreas técnicas.

5- O programa definido em Planta de Zonamento para as parcelas Q11/L23, Q11/L24 e parte da parcela

Q11/L19, é constituído por construção de edifício destinado a parque de estacionamento em dois pisos

acima da cota do terreno, por aproveitamento do desnível existente entre a cota do terreno e a cota alta

onde se encontram implantadas as construções envolventes, assegurando 20% de área permeável a definir

na implantação da construção ou por caldeiras ao nível da cobertura da mesma.

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6- A construção referida no número anterior terá cobertura de acesso colectivo para serventia às volumetrias

que se destacam, demarcadas em Planta de Zonamento como destinadas preferencialmente a serviços,

pelo que a referida cobertura será complanar com o passeio de peões do novo arruamento a constituir à

cota alta entre a Rua de Vilarinho de Freires e a Rua de D. Frei Álvaro Pinto.

Artigo 21.º

Índices

Os índices a observar na área especial de estacionamento são os seguintes:

a) Índice máximo de impermeabilização do solo – 0,85;

b) Índice máximo de ocupação do solo – 0,85;

c) Índice máximo de utilização do solo – 3,5.

SECÇÃO IV

Espaços de uso especial – espaço público pavimentado

Artigo 22.º

Identificação

A área de espaço público pavimentado encontra-se demarcada em Planta de Zonamento.

Artigo 23.º

Regime e uso

1- Os espaços públicos pavimentados são constituídos por:

a) Praças e plataformas com a geometria e perfis demarcados em Planta de Zonamento.

b) Passeios de peões, faixas de rodagem e baias de estacionamento dos arruamentos, de acordo com os

perfis e demais características demarcadas em Planta de Zonamento.

c) Ciclovias com perfil transversal igual ou superior ao demarcado em Planta de Zonamento.

2- Os espaços públicos pavimentados destinam-se a assegurar as condições de serventia urbanística às

parcelas e edificações, bem como as condições de estadia e de mobilidade de peões, bicicletas e veículos

motorizados, usos que poderão ser dedicados, partilhados ou condicionados por restrições específicas a

definir por postura municipal a aprovar para o efeito.

3- Qualquer operação urbanística que envolva áreas exteriores para utilização pública fica dependente da

prévia apresentação pelo promotor e aprovação pela Câmara Municipal de um projecto de arquitectura e

paisagismo para arborização em caldeira, ajardinamento, modelação do terreno, pavimentações e instalação

de mobiliário e equipamento urbano, acompanhado dos projectos de todas as especialidades referentes às

infra-estruturas urbanísticas, incluindo rede de rega das caldeiras.

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Artigo 24.º

Especificações gerais

1- Os espaços públicos pavimentados, e para cada um dos seus componentes apontados pelo número 1. do

artigo anterior, terão os perfis e dimensões indicadas na Planta de Zonamento, que poderão ser ajustadas

em projecto específico a aprovar pela Câmara Municipal.

2- Nos novos arruamentos definidos em Planta de Zonamento serão constituídas baias de estacionamento

destinadas a utilizadores e visitantes, com capacidade ou número de lugares de acordo com a legislação em

vigor, sendo que cada lugar tem as dimensões mínimas de 5,25mx2,25m.

3- Nos espaços de actividades económicas demarcados em Planta de Zonamento, as baias de

estacionamento deverão permitir o aparcamento de veículos longos e pesados, para o que terão perfis

longitudinais e transversais adequados, e estar desimpedidas de árvores, sendo que nos espaços das

restantes categorias funcionais, as árvores poderão ser localizadas nas baias de estacionamento, libertando

os passeios de obstáculos.

4- Nos arruamentos e faixas de utilização partilhada entre peões e veículos motorizados, todos os

pavimentos serão complanares, à cota dos passeios e articulados com as faixas de rodagem por lancis

rampeados, evitando-se barreiras arquitectónicas desnecessárias.

5- As passadeiras de peões serão articuladas com os passeios por rampas de acordo com a

regulamentação em vigor em matéria de acessibilidade.

6- A arborização dos espaços públicos pavimentados é assegurada por árvores de alinhamento com

desenvolvimento vegetativo correspondente ao perímetro do tronco com pelo menos 30cm, medidos à altura

do peito, incluindo a substituição de exemplares existentes, quando necessário.

7- As árvores referidas no número anterior são plantadas em caldeiras com secção mínima de 1mx1m ou

com diâmetro mínimo de 1m, recobertas por grelhas de fundição ou por outro material permeável a aprovar

pela Câmara Municipal, sendo o recobrimento complanar com o pavimento onde se inserem, e resistentes a

cargas de automóveis e peões consoante se localizem em baias de estacionamento ou em passeios,

respectivamente.

8- Os espaços públicos pavimentados terão os acabamentos a definir em projecto próprio, sujeito à

aprovação da Câmara Municipal, devendo ser observadas todas condições regulamentares previstas na lei

relativamente às barreiras arquitectónicas e regime de acessibilidade.

SECÇÃO V

Espaços de actividades económicas - área de actividades económicas

Artigo 25.º

Identificação

A área de actividades económicas está identificada na Planta de Zonamento.

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Artigo 26.º

Regime e uso

1- A área de actividades económicas destina-se à localização de actividades comerciais, oficinais, industriais

e de armazenagem.

2- As actividades admitidas deverão ter serventia urbanística directa e autónoma.

3- Não são admitidas actividades que sejam fontes de vibrações, ruídos e poluição atmosférica, de que

resultem efluentes poluentes, ou que de algum modo agravem as condições de salubridade ou de segurança

da edificação com riscos de toxicidade, incêndio ou explosão.

4- As actividades económicas deverão ser licenciadas e certificadas nos termos da legislação em vigor.

5- Na área de actividades económicas não é admitida a construção de edifícios anexos.

Artigo 27.º

Índices

Os índices a observar na área de actividades económicas são os seguintes:

a) Índice máximo de impermeabilização do solo – 0,85;

b) Índice máximo de ocupação do solo – 0,85;

c) Índice máximo de utilização do solo – 2.

SECÇÃO VI

Espaços de actividades económicas - área predominantemente de serviços

Artigo 28.º

Identificação

A área predominantemente de serviços está identificada na Planta de Zonamento.

Artigo 29.º

Regime e uso

1- A área predominantemente de serviços destina-se à localização preferencial de actividades de serviços,

sendo admitidas outras actividades complementares, nomeadamente comerciais, residenciais, de

equipamento e empresariais, desde que não prejudiquem ou criem condições de incompatibilidade mútua

nos termos da legislação em vigor e do presente Regulamento.

2- Considera-se que existem condições de incompatibilidade quando as actividades complementares

mencionadas no número anterior sejam fontes de vibrações, ruídos e poluição atmosférica ou qualquer outro

tipo de poluição, ou que de algum modo agravem as condições de salubridade ou de segurança da

edificação com riscos de toxicidade, incêndio ou explosão.

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3- A Câmara Municipal poderá inviabilizar a instalação de qualquer actividade por razões de

incompatibilidade, assim como poderá cancelar a respectiva licença de utilização, no caso de se verificar

qualquer das situações mencionadas pelo número anterior.

4- Nestas áreas não são admitidos anexos, armazéns ou arrecadações autónomos.

5- As actividades complementares admitidas deverão verificar serventias urbanísticas autónomas e

segregadas das serventias da actividade de serviços.

SECÇÃO VII

Espaços verdes – espaço verde público

Artigo 30.º

Identificação

A área de espaço verde público está identificada na Planta de Zonamento.

Artigo 31.º

Regime e uso

1- A área de espaço verde público destina-se ao recreio e lazer de uso público, sendo constituída por solo

permeável ajardinado e arborizado, sendo expressiva a componente de arborização, sendo plantadas, em

terreno natural, espécies arbóreas diversificadas com desenvolvimento vegetativo de pelo menos 5 anos.

2- A instalação do espaço verde público demarcado na parcela 7 do quarteirão Q17 e na parcela 1 do

quarteirão Q24 inclui o desencanamento da linha de água e restabelecimento do seu curso como demarcado

em Planta de Zonamento.

3- As margens da linha de água referida no número anterior apresentarão pendentes suaves, sendo que no

atravessamento de arruamentos serão constituídos tanques ou outros artefactos de arte urbana destinados

a ocultar os caneiros de atravessamento.

4- Na área verde pública é admissível a edificação de pequenos equipamentos de apoio ao recreio e lazer

ao ar livre, assim como a constituição de esplanadas, percursos e veredas com pavimentos permeáveis.

5- Os equipamentos de apoio e esplanadas referidas no número anterior serão constituídos por estruturas

leves de carácter provisório, com soleira sobrelevada face ao terreno, e implantação máxima de 35m² quer

para a construção quer para a esplanada.

6- Deverão ser garantidas condições de franca acessibilidade aos espaços verdes públicos, a partir dos

espaços públicos pavimentados, não sendo admitidas barreiras e obstáculos desnecessários.

7- A área verde pública será constituída de acordo com projectos de arquitectura, de paisagismo e de

especialidades a aprovar pela Câmara Municipal, incluindo plantações, percursos, áreas de estadia,

equipamentos de apoio, artefactos de arte urbana, artefactos lúdicos e recreativos, rede de rega e rede de

iluminação pública.

8- Nas áreas inseridas em solo de Reserva Ecológica Nacional, prevalece o regime de jurisdição vigente

para esse solo.

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SECÇÃO VIII

Espaços verdes – espaço verde de protecção ambiental

Artigo 32.º

Identificação

A área de espaço verde de protecção ambiental está identificada na Planta de Zonamento.

Artigo 33.º

Regime e uso

1- A Área Verde de Protecção Ambiental destina-se à localização exclusiva, quer por iniciativa municipal ou

por iniciativa privada, de cortinas arbóreas para protecção ambiental dos grandes eixos viários e canal

ferroviário.

2- Nesta área sujeita a medidas de redução de ruído, serão realizadas, pelas entidades responsáveis dos

grandes eixos viários e canal ferroviário, as barreiras acústicas para obtenção do conforto acústico previsto

na Lei.

3- As soluções a adoptar pela intervenção referida no número anterior carecem da aprovação da Câmara

Municipal, por razões de enquadramento na paisagem urbana.

SECÇÃO IX

Espaços verdes – espaço verde privado a salvaguardar

Artigo 34.º

Identificação

A área de espaço verde privado a salvaguardar está identificada na Planta de Zonamento.

Artigo 35.º

Regime e uso

1- A área de espaço verde privado a salvaguardar constitui-se como zona de enquadramento paisagístico

existente no logradouro de parcela edificada ou de parcela sem aproveitamento construtivo.

2- A área de espaço verde privado a salvaguardar deve permanecer como área não edificada, de desafogo

ou protecção dos solos urbanos, ou servir de tampão entre as infra-estruturas viárias e as zonas edificáveis,

permitindo criar fronteiras estabilizadas entre zonas com características morfológicas distintas.

3- Nestas áreas não são autorizadas operações de loteamento, construção de edifícios, destruição do solo e

do coberto vegetal, ou alteração da topografia do terreno.

4- É admitida a construção de edifício anexo nos termos do artigo 43º do presente Regulamento, e desde

que a sua implantação não exceda 5% da área de espaço verde privado a salvaguardar, não sendo ainda

permitida a demolição de espécies arbóreas relevantes.

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CAPÍTULO III

Condições Complementares de Edificabilidade

Artigo 36.º

Profundidade das edificações

1- A profundidade máxima admitida em todos os pisos acima do solo entre fachadas opostas de maior

dimensão é de 17,60m ou a considerada entre o recuo e o alinhamento máximo demarcados em Planta de

Zonamento.

2- Podem ser admitidas profundidades superiores para edifícios destinados a equipamento, serviços e

comércio, devendo o correspondente projecto justificar a inserção urbanística proposta, a aprovar pela

Câmara Municipal.

Artigo 37.º

Balanços encerrados

Na área de intervenção do plano não são admitidos corpos balançados encerrados relativamente aos

planos de fachada definidos na Planta de Zonamento na correspondência aos recuos e alinhamentos

máximos.

Artigo 38.º

Varandas, palas e elementos balançados

1- São admitidas varandas balançadas em todas as fachadas, somente ao nível dos pisos acima do rés-do-

chão, até 1,5m relativamente ao plano previsto da fachada, e desde que não criem situações de servidão de

vistas, tal como definidas na legislação em vigor.

2- As palas e ornamentos observam as mesmas condições do número anterior, garantindo ainda um desvão

mínimo de 3,0m face à cota do pavimento exterior existente na sua projecção.

3- No caso das fachadas confrontantes com passeio imediatamente marginante à faixa de rodagem, com ou

sem baia de estacionamento, as varandas, palas e ornamentos não podem exceder um terço da largura

desse passeio.

4- Na fachada frontal, face ao espaço público de serventia, as varandas serão obrigatoriamente

interrompidas a pelo menos 1m do limite da parcela ou das confrontações laterais com outras edificações.

Artigo 39.º

Número de pisos acima do solo, pisos recuados, cércea, desvãos

1- Na Planta de Zonamento está indicado o número máximo de pisos acima do nível do solo, com o

objectivo de consolidar o recorte volumétrico existente, criar harmonização por soluções de continuidade e

de transição, e evitar descontinuidades, rupturas morfológicas e outros efeitos dissonantes.

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2- Para a edificação correspondente à área de actividades económicas será respeitada a cércea máxima

definida pelo número 5 do artigo 11º do presente Regulamento.

3- Apenas é admitida a construção de pisos recuados nas situações de concordância com construções

adjacentes já existentes, devendo, numa distância horizontal não inferior a 3 metros, proceder-se à transição

para o número de pisos indicado em Planta de Zonamento.

4- É permitido desvão duplo no piso térreo, nas situações de concordância apontadas no número anterior,

aplicando-se o critério de transição aí definido, o mesmo se passando para condições de implantação ao

longo de arruamentos com pendentes significativas.

5. Na Planta de Zonamento encontram-se demarcadas as situações de edificações implantadas sobre o

espaço público, assinalando as áreas libertas de estruturas construtivas para um desvão correspondente a

dois pisos.

Artigo 40.º

Caves e subcaves

1- É admitida a construção de caves e subcaves, desde que contidas ao polígono de implantação da

edificação resultante dos recuos e alinhamentos máximos demarcados em Planta de Zonamento.

2- É ainda admitida a constituição de caves e subcaves que extravasem o polígono de implantação da

edificação referido no número anterior, desde que a cobertura da cave que excede a profundidade de

construção seja rebaixada para recobrimento por terra vegetal com perfil de pelo menos 1 metro, e sem

prejuízo das restantes disposições do presente Regulamento.

3- As caves e subcaves destinam-se exclusivamente à actividade de estacionamento residente ou

estacionamento de acesso público, limitando-se a 20% a área destinada a arrecadações e compartimentos

técnicos, não podendo estes, contudo, prejudicar a capacidade de estacionamento necessária.

4- A Câmara Municipal pode dispensar a realização de caves e subcaves nas seguintes circunstâncias:

a) Quando o estacionamento privado é garantido à superfície, no logradouro da parcela.

b) Quando a largura da parcela é manifestamente insuficiente para organização de caves e subcaves, tendo

como referência a afectação da rampa interior ou plataforma elevatória de acesso aos pisos abaixo do nível

do solo, e quando tais estruturas de acesso tenham, respectivamente, áreas superiores a 25% e a 40% da

área de implantação dos pisos.

c) Quando sejam manifestas as dificuldades de natureza geotécnica, devidamente comprovadas por estudos

de competência reconhecida.

5- A constituição de pisos abaixo do nível do solo observará as disposições legais e regulamentação em

vigor, nomeadamente no que respeita às condições de segurança e acessibilidade.

Artigo 41.º

Coberturas

1- Não é admitido o aproveitamento de desvãos de cobertura que originem a criação de mais qualquer piso

habitável, mesmo que este resulte do prolongamento de piso imediatamente inferior.

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2- As coberturas das edificações devem apresentar-se preferencialmente com a imagem de coberturas

planas de nível, admitindo-se coberturas inclinadas por acompanhamento a edificações já existentes com tal

tipologia de cobertura, em contextos de edifícios com um ou dois pisos, ou correspondentes a edifícios de

habitação unifamiliar.

3- São admitidos corpos salientes nas coberturas, destinados a caixa de escadas, caixa de elevador e áreas

técnicas, desde que afastados em pelo menos 3 metros dos planos das fachadas, e desde que não resultem

empenas que não sejam por encosto a empenas já existentes, e que não excedam em 30% a área da

cobertura.

Artigo 42.º

Empenas

As empenas que se prevejam permanecer libertas de encosto de outras construções têm de se apresentar

com a mesma qualidade de acabamento das fachadas principais.

Artigo 43.º

Anexos

São admitidas construções anexas à edificação principal, nas situações dispostas pelo presente

Regulamento, desde que limitadas a 35m² de implantação máxima, desvão ou pé-direito interior máximo de

2,4 metros, que cumpram a legislação e regulamentação em vigor sobre a matéria, e sem prejuízo das

restantes disposições do presente regulamento.

Artigo 44.º

Compartimento de recolha de resíduos

Os compartimentos de recolha de resíduos serão dimensionados de acordo com o Regulamento de

Urbanização e Edificação do Município de Matosinhos em vigor.

Artigo 45.º

Estacionamento privado

A capacidade de estacionamento privado a assegurar no interior da parcela será dimensionada de acordo

com o Regulamento de Urbanização e Edificação do Município de Matosinhos em vigor.

Artigo 46.º

Galerias

1- É admitida a constituição de galeria ou porticado urbano na frente edificada confrontante com o

arruamento de serventia, que corresponderá ao recuo demarcado em Planta de Zonamento.

2- O pavimento da galeria será nivelado com o passeio, constituindo-se como prolongamento do mesmo,

acompanhando a sua pendente sem recorte de soleiras ou outras barreiras arquitectónicas.

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3- As galerias estabelecidas na continuidade de outras galerias existentes ou previstas, apresentarão

soluções de concordância desprovidas de degraus ou barreiras arquitectónicas ao nível do pavimento, em

toda a sua extensão e largura.

4- As galerias terão um desvão e um perfil transversal igual ou superior a 3 metros.

Artigo 47.ª

Logradouros e espaços envolventes das edificações

1- Os logradouros e espaços envolventes das edificações são ajardinados, arborizados e pavimentados,

tendo em consideração os termos do presente Regulamento.

2- Para efeitos do índice máximo de impermeabilização das parcelas aplica-se o disposto pelo artigo 13º do

presente Regulamento.

3- O projecto de arquitectura inclui sempre um estudo da arborização, ajardinamento e restantes tratamentos

dos espaços exteriores das parcelas.

4- Os espaços exteriores das parcelas serão arborizados por plantação de pelo menos uma árvore por cada

100m² da área da parcela.

5- Os projectos de arquitectura e de especialidades incluem infra-estruturas de infiltração com poço

sumidouro ou outra solução a aprovar pela Câmara Municipal, que permitam o reforço da capacidade de

infiltração e retenção no solo de pelo menos 50% das águas pluviais drenadas da cobertura das construções

e das áreas impermeáveis do logradouro da parcela.

CAPÍTULO IV

Segurança Contra Incêndios, Condições de Acessibilidade e Edifícios Especiais

Artigo 48.º

Segurança contra incêndios

1- Todos os projectos de obras de urbanização e de edificação terão de observar a legislação aplicável

contra incêndios, em especial o Decreto-Lei nº 220/2008, de 12 de Novembro e a Portaria nº 1532/2008, de

29 de Dezembro, bem como a normativa mais recente que venha a ser aprovada.

2- A colocação de hidrantes na área de intervenção, ao longo dos novos arruamentos e na envolvente das

edificações correspondentes, é da responsabilidade dos promotores dos empreendimentos, sendo a sua

localização e quantificação definida pelos serviços municipalizados respectivos, observando a legislação e

regulamentos aplicáveis.

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Artigo 49.º

Condições de acessibilidade

Todos os projectos de obras de urbanização e de edificação terão de observar a legislação aplicável em

matéria de acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos que recebem público, via pública e edifícios

habitacionais, em especial o Decreto-Lei n.º 163/2006 de 8 de Agosto, bem como a normativa mais recente

que venha a ser aprovada.

Artigo 50.º

Conforto acústico

1- Todas as novas construções implantadas em área demarcada em Planta de Zonamento como “Área

sujeita a medidas de redução de ruído” deverão optar por soluções construtivas ao nível dos paramentos,

fenestração e restantes elementos e estruturas, que garantam padrões de conforto acústico em

conformidade com a legislação aplicável em matéria de ruído, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 146/2006,

de 31 de Julho, e Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro, bem como a normativa mais recente que venha

a ser aprovada.

2- Às construções existentes sujeitas a obras de remodelação e de reabilitação aplica-se igualmente o

disposto no número anterior.

Artigo 51.º

Edifícios especiais

Desde que não se verifique contradição com o disposto no presente Regulamento e sem prejuízo da

legislação aplicável, quando se trate de edificação cuja natureza, destino ou carácter arquitectónico

requeiram soluções morfo-tipológicas especiais devidamente fundamentadas, nomeadamente equipamentos

e edifícios públicos, e desde que a área bruta de construção acima do solo não exceda a área de construção

acima do solo prevista neste regulamento, a Câmara Municipal pode permitir outras soluções de implantação

e volumetria.

TÍTULO V

Execução do Plano

Artigo 52.º

Programa de execução

1- Atendendo a que os terrenos localizados dentro da área de intervenção são na quase totalidade privados

e tendo em conta os princípios gerais de edificabilidade estabelecidos no plano, os processos de

substituição e de transformação urbana são essencialmente protagonizados pelos promotores privados.

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2- O programa de execução depende das oportunidades estabelecidas pelos promotores privados, não

sendo possível estabelecer-se previamente qualquer calendário aplicável, sendo que, no entanto, a Câmara

Municipal, utilizando os mecanismos legais aplicáveis, substituirá os proprietários quando se verificar

problemas de conflitualidade social, de salubridade, de natureza ambiental ou de segurança, insanáveis de

outro modo.

3- O faseamento da construção dos equipamentos previstos depende dos planos e programas dos

promotores correspondentes.

4- As obras de infra-estruturas, de pavimentação, de arranjos urbanísticos e paisagísticos, de demolição e

de edificação realizar-se-ão dentro dos prazos das respectivas licenças a emitir pela Câmara Municipal.

5- O financiamento da implementação do plano é suportado, em grande medida, pelos promotores privados

nas suas intervenções parcelares, não resultando qualquer encargo para o Município, para além das

normais funções de gestão urbana e de fiscalização.

6- Tendo em consideração que a área do plano já está totalmente urbanizada, não se justifica que seja

aplicado o sistema de perequação.

7- Para efeitos de execução do Plano de Urbanização, a Câmara Municipal deverá, por contrato de

urbanização, permuta, aquisição ou outro processo compensatório, assumir a propriedade das parcelas que

importam às obras de urbanização constantes em Planta de Zonamento, e que sejam da sua iniciativa, sem

benefícios decorrentes dessa mesma intervenção.

8- Para constituição do programa de equipamento na parcela Q4/L1, a Câmara Municipal deverá, por

permuta, aquisição ou outro processo compensatório, assumir a respectiva propriedade, assim como

proceder à revisão do Alvará de Loteamento que abarca o lote em questão.

9- O disposto no número anterior aplica-se ainda a outras parcelas destinadas a equipamento de utilização

colectiva, assumindo a Câmara Municipal a respectiva promoção.

10- Para constituição de espaço público, a Câmara Municipal deverá, por permuta, aquisição ou outro

processo compensatório, assumir a propriedade das parcelas integrantes do quarteirão Q21, procedendo à

demolição das construções aí existentes.

TÍTULO VI

Disposições Finais

Artigo 53.º

Alteração ao Plano Director Municipal

Na área de intervenção definida na Planta de Zonamento valem as regras do presente Plano de

Urbanização, substituindo-se ao disposto no Plano Director Municipal em vigor.

Ru i P as s o s Mea l h a a r q u i t e c t o s

CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS

PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA A ENVOLVENTE À RUA DE RECAREI EM LEÇA DO BALIO PU .RR - R e g u l a m e n t o

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Artigo 54.º

Alteração da legislação

Quando se verifiquem alterações às normas legais e regulamentares citadas no presente Regulamento, as

remissões expressas que para elas forem feitas considerar-se-ão automaticamente transferidas para a nova

legislação que resultar daquelas alterações.

Artigo 55.º

Omissões

Nos casos omissos observa-se o disposto no Plano Director Municipal, no Regulamento de Urbanização e

Edificação do Município de Matosinhos, nos Alvarás de Loteamento aprovados, no Regulamento Geral das

Edificações Urbanas, e na demais legislação e regulamentação aplicáveis, bem como os princípios gerais

de Direito.

Artigo 56.º

Vigência

Este regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação no Diário da República e vigorará até

à sua revisão ou suspensão nos termos legais.