bundo e outros poemas - waldo motta
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IJRCUO
1 < 0 RA US DEDOS EITORl J BUSCAM, TOCAREM.
QUE AOA.A AO MESMO EMO"( PEÚCIO DO CORAÇÃOGE O BNDO, SEUESTEA NEEMO EM SUA CASACE A ER. > NDO É A ESCRITUA DE DEDOS< fDORES DE VIBRAÇÕES CONCRES VIVDAS ÂNrICAS RÁICAS DE VADO MOA 3DA AUTOR IRMÃO DE SER AULO UE
[ESCRV < ENENÁRO ANOIN ARAUD. ) POEMA UMA VÊNCIA DO DNO AORA ARTO DE IDA EERNA
MAERAZADO RODUZDO NO INSTANTE DO[CORO COMO UMA DE FOO SEM VVO. MM CEA NES IM DE VERÃO UANDO
[ENSAIOBCTE
XAMENTE NA CENA EM UE ENTEU ERUNAA DIONIZIOS:
NDE ESTÁ ESE DEUS UE NÃO BRLA AOSOLOS MEUS?
E RESODE DONZIOS:M MM. VOCÊ NÃO VÊ ORUE NÃO ESTÁ AUI.
MM ENRE OURS COISASvou U BREVIÁRO DE AROl A USCA DO DEUS DO COO DE CADA
[ESSOA UE ATUA
'\ CHEAR AO OZO DA ORIA DNA O DEUS DO COO DE CADA U M DO COO[BCO
1 · O !ADA MEUS DEDOS T DZEM1 A INCONSCIENTE DE OESA VITAL OAR O UE ROCUA MO UM LVO NSIRADO i O DO DEUS ANAL íAO BZYEA NE9 ARCACA C7ADA UE ESTAMOS TANDO
BUNDO & OUTROS POEMAS
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EDITORA DAUNIVERSDADE ESTADAL DE CAMPNAS
NCAMP
Reitor: osé Martins FilhoCoodenado Geal da Universidade André Villalobos
Conselho Editorial An ono Carlos Bannwart, CésarFrancisco Cacco (Pesidete), Eduardo Guma rãesFernando Jorge da Paixão Fho, Hermógenes de FreitasLeão Flho Hugo Horácio Torriani ayme Antunes MacielJúnior uz Robero Monani Paulo osé Samenho Moran
Dreto Executivo Eduardo Guimarães
VALDO MOTTA
BUNDO & OUTROS POEMAS
Organização e Seleção:Beta Waldman
umna Maia Simon
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M858b
FICHA CATALOGRÁCA ELABORAD PEAIBLO TEC CENTRAL D UCAMP
Moa, ValdBun & tros pemas / Valdo a -- aminas
SP : Editora da UNAMP 9.
(Cleçã Maéra e eia)
. Lirt braiea osa. ítl
34 20.CDD B 86915
Ídc ara áogo Seáco: . Lieaua brasieira - Poesa B 869
Ceçã Maéia d Pesa
Cpyght © y Eivald Motta ssria teáa e Coordeaço
Ber Waldmanumna Maria Simon
V/ma Sant'Anna Arêas
Cenão Ediorl
Carmen S/via P Texeirrodço EdioralSandr eira Ale
RevãoGlady viana Gelado/ma Aparecida Albino
dração tôniaJeerson Barber
Calad Camargo
996
Edo a UnicapCaxa osal 607Cidae Uráia Bro Geado
P 08-970 - ampas - SP - Bra T (92) 92 - Fax 092) 57
,
"O Seundamento está nos montes santos"
Em tua destra estão as delcias eteas
Ao que vencer, dar-heei a comer da árvore da vidaque está no meio do paraíso de Deus
Salmo
Salmo
Apocalipse
Convidarseão o varão e seu parceiropara debaixo da videira e para debaixo da fgueira
Zacarias
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Ao Esposo fel,o Amigo de semre, Jesus Cristo,e aos amadores da Justiça e da Verdade.
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PREFÁCIO
Na metade dos anos 80 comecei a questionar seriamente
a homossexualidade e a sexuaidade em geral Já era conhe
cido por escrever uma poesia desbocada e atrevida, com uma
abordagem sincera de minhas experiências. Mas como nem só
de escracho se faz arte, passei a estudar tudo o que a cultura
pudesse dizer sobre o meu tão singuar e problemático
comportamento sexual e sobre as desencontradas e conflitivas
relações sexuais Concomitantemente, surgia a Aids; e a neces
sidade de combatê-la me afundou em pesquisas e me engajou
em atuações poíticas equivocadas.
Ao ler as primeiras informações sobre a plenipotencária
energia kundaini fiquei perplexo e maravilhado, com a sen
sação de que encontrara o sonhado caminho para a grande
viagem do autoconhecimento E logo, por uma dessas prodências inescrutáveis, fiquei sabendo que o conhecimento (
tão decantada gnose!), em contexto bíblico, tem conotaçõs eó
ticas, sensoriais. E aprendi bastante de simbolismo do corpo (
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Templo, a sede do reino dos céus!), o suficiente para entender o
que as religiões em geral escondem para impedir a experiência
total com o Deus vivo. Algumas noções de lngua hebraica e
numerologia, somadas às escassas contribuições da Cabala e
s preciosidades garimpadas no constante estudo dos símbolos,
me permitiram ler e entender muitas das regiões indevassadase cautelosamente evitadas pelos que lêem e pesquisam a Bblia.
Nos dois primeiros anos da década de 90 as minhas pes
quisas chegaram a um nvel satisfatório. Desde então, quanto
mais leio e investigo, mais confirmo e amplio as minhas des
cobertas
Estamos no 2º milênio da era cristã, século 20, porta do
ano 2000. E estes números significam revelação, esclarecimento,
sabedoria (2); discernimento, juízo, julgamento (20); o outro, o
duplo, a sombra, a dualidade homem X Deus (2); a volta, 0
retorno (dodo) dos mortos, banidos, execrados (20); litgios,
contendas, querelas, arengas, confronto de antípodas, acerto
de contas (2 e 20); números da Justiça e seu arauto: aquele que
todos temem e de quem todos esperam a mensagem redentora
Sou eu? Eta perguntinha implicante Assim como se conhece a
árvore pelos seus frutos, quem saborear os saberes dos frutos
de meu sofrido trabalho saberá que árvore sou Que me julguem
todos os comensais deste banquete escatolóico
As virtualidades da paavra e as artimanhas da literatura
propiciam requintaa tapeações Mas, quando aprendi que apoesia caminha em direção oposta (da) literatura, tomei
coragem (eu, que sempre fui poeta) para denunciar o reino das
enganações e suas geringonças enganadoras, mostrando como
funcionam tais artfcios, exibindo as vsceras das formidáveis
patranhas desse monstruário que se fez da logosfera.
Minha poesia é uma sntese de meu projeto de vida, uma
aventura em busca da Verdade, intuda como a ciência da res
tauração da condição divina. Se o nome é céu, a palavra é tem
plo e tudo está aqui no corpo, não pode ser outro o sentdo dopoietes. A transformação se verifica no plano da linguagem, tanto
nas palavras quanto no estilo de ser Não quero apenas escrever
mas também ser o que escrevo. Da o entusiasmo e o tom solene,
porque é algo sério; da o caráter pregacional, mesmo que o
meu discurso est eja ainda em construção e suas linhas
estrutura is s vezes sejam redefinidas em função de
necessidades que vão surgindo aos poucos
Há um desenvolvimento gradativo e comedido do tema
axial, que é Deus, espraiando-se de várias sucursais temáticas,
avançando e recuando (retroalimentandose) em ondas irregu
lares al dinâmica não foi premeditada, tornouse imperativa
enquanto elaborava os poemas em momentos regidos por marés
secr etas Sempre reconsiderei certos aspectos de minha
cosmovisão homoerótica e certas percepções dos signifcados
do corpotemplo e seus membros vibráteis, cheios da presença
de Deus, são registrados em meus cadernos de pesquisa e
posteriormente desdobrados em textos vários, nem sempre
poemas Sempre consulto esses registros e vez por outra faço
novas abordagens de algum tema e, assim, surgem novos poemas, irmanados por muitas semelhanças. Considero tais proce
dimentos muito importantes em meu processo de recriaço
poética de minhas pesquisas e experiência s que inc'
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prátcas esdrúxulas entre dietas, hábitos e venetas que visam a
uma espécie de desregramento dos sentdos viciados em
esquemas de percepção.
Meu projeto de vida poética não é algo pronto e acabado,
é uma obra em andamento - o que os meus lvros podem
testemunha Amylton de Almeida me falou, há alguns anos(quando eu nada saba de erotismo sagrado e sua presença
smbólica em lvros sisudos), que os meus livros dão a impres
são de que estou me preparando para dizer algo mais Na época,
talvez a coletânea Eis o homem já estivesse na praça Agora sei
que estou pronto para dizer a que vim Agora se o que tenho a
dizer O livro Waw prenunca a chegada deste momento e o
Bundo é o resultado de todos os meus esforços, até agora, de
falar o que não se diz(ia) Aqui se mbricam as questões perti
nentes ao amor que não diz o seu nome e ao nome impronun
ciável ou palavra secreta, verbo sagrado, epcentro da lnguagem dos pássaros, anjos ou deuses, aludida em textos esotéricos
e freqüentemente associada à poesia.
· O livro Bundo é deliberadamente "insprado no livro dos
"insprados. As referências ocorrem em város poemas,
transmudadas mas reconhecíves como na Bíbla, podemse
encontrar dversas alusões às mãos (cheas de dedos) que se
drgem a Deus, no mesmo lugar sagrado de tantos nomes: mon
te, rochedo, colina, outero etc Não podera ser diferente. São
intencionais as feições de cantochão e ladainha, as nuancespregaconais e os ecos do ramerrão dos enjoadíssimos profetas.
Que homenageio Ao mesmo tempo, mto por crítca a oratória,
os rituais e liturgas mesmerizantes dos cultos relgiosos. Se
uso a paródia contra os enganadores, os que sofrem pela Justiça
e pela Verdade só podem merecer de mm paráfrases, isto é, a
continudade de seu mnistéro
Está claro que não venho reforçar as pregações dos adeptos
de setas relgosas que se multiplcam por aí, mas surpreendê
las em suas patranhas, desmascarálas A impostação séra éporque estou falando sério, e se é algo farsesco é porque assim
quero parodar o besteirol santarrão e fanático
Quanto ao vaivém ntra e intertextual, apesar do enjôo
incial, após algumas releituras tornase uma viagem cada vez
mas interessante. Considero tas recursos necessários por
demonstrar coerência e coesão em meu trabalho e tornar evi
dentes minhas propostas literáras baseadas na letura de
religião, mitologa e símbolos em geral As déas, crenças,
experências e costumes, como as marés, vêm e vão na História
A repetição de temas e expressões com o desdobramento deidéias basilares e a amplificação sistemática de meu pensa
mento busca uma homogenedade, uma compleção estilístca
Sem querer revoluconar a Literatura com tão pouco
resolv utilzar algumas técncas das mas comuns nos textos
bíblicos: város sinônimos para designar a morada de Deus,
vocábulos de áreas semânticas contíguas e equivalentes, alguns
paralelsmos e a repetição, em diferentes poemas, de versos
interos, magens e expressões corrqueiras, banazadas pelo
uso vulgar mas de significados enigmátcos para o sensocomum, como "árvore da vda eterna, "monte santo, "tera
santa etc A repetção faz parte de minha fórmula educacona
e está presente em mnhas aulas, palestras e em meus txtos
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Com ela, enfatizo, corroboro, multiplico e universalizo a minha
mensagem, "pão excrementício do banquete escatológico.
Mastigando, ruminando informações de culturas diferentes,
vou devorando os véus verbais que encobrem o Olho
onividente, promovendo a Revelação prom etida. Sempre gostei
de comer clichês e cagar poesia O chulo e o erudito me regalam,e o coloquial é minha fala
Nem só de inspiração bíblica se nutre minha poética Veja
se a ocorrência da expressão "montes gêmeos*, inspirada em
Cirlot (ver Dicionário de símbolos). Anos depois dos primeiros
contatos com os símbolos, li que a montanha Kaph, lar divino
de Simorg, teria picos gêmeos, e A Epopéia de Gilgamesh alude aos
cumes gêmeos da montanha Mashu, guardada pelo homem
escorpião, que aí guarda o céu, o inferno e muitas outras coisas
incríveis: o jardim do sol, a árvore da vida, o famoso elixir que
muitos gostariam de obter e a própria dimensão dos deuses
Pelo interior de tal montanha, Gilgamesh atravessa a fronteira
dos mundos Também faço referências à mitologia grega
("Retornai, desgraças), ao paganismo egípcio, greco-romano
("Extáticos dátilos) e orientemedial das deusas (nos poemas
que falam da mãe terrível: "Anunciação, "Oferenda à Mãe
Primeira), ao esoterismo hindu, pertinente a Kundalini ("No
Cu do Mistério) e à literatura semítica, herdeira dos cnceitos
• Mui recentemente, obse1ve que ambém a Uía e Zcas 6: locaz Oent teonico nos montes gêmeos. E_;ses "dos montes ou mones dupos(D' W) compõem o monte serpnino ou monte encantado ou,s propiamene monte cupeno (confome a expesão .E ue o meta cobre esá reaconado a Vênus, panea/deusa ue tua naáea dos úteos ente outs.
de maia e carma, associados ao feminino, à Face ou sestra, lado
enganoso e terrível de Deus, e às conseqüências de suas
agitações, conforme se depreende dos cabalistas e sua árvore
sefirótica (ver "Consagreime sacerdote do Espírito Santo,
"Guerra aos deuses todos, "Retornai, desgraças etc ) Há
muitos outros referenciais que omito por enfado Devo mut
aos povos africanos e à mitologia nagô que me ensinaram sobre
Exu, que tem o seu descanso ao pé da figueira, como Buda,
Shiva, Jeová e outros, e sou eternamente grato à presença
invisível de meus ancestrais, praticantes âa Cabula espírito
santense, guiando-me pelos caminhos do Senhor
Não resistindo à tentação da pilhagem, surripiei também
a "flor da circuncisão de Lorca; de Drummond, "No meio do
caminho tinha uma pedra virou "NO MEIO DO CAMINHO
EIS A PEDRA Algumas investigações poderão descobrir
outros roubos e delitos deste transgressorDesejo que o mundo acabe em estrondos e suspiros. De
gargalhadas e alívio dos que restarem.
ValdoMott
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Bundo
Ilha do Mel(Vitóra do Espírto Santo)
Era do Julgamento, Século 20 Ano 1995
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DESCOBRIMENTOS
Aqui vou eu, bundo, pando,ó país que almejo e canto,terra desolada, bea adormecida,virgem por salvar
Gênios perversos, bestas solertes,hostes medonhas, greis infernais,aqui vou eu, verbo em riste,arredai!
Hidras, quimeras, anisbenas, âmias,
górgonas, gárgulas, ogros, exus,anhangás, humbabas,abracadabra!
Eldorados, thules, surgas, agarthas,cimérias, hespérias, pasárgadas, cólquidas,xangriás, cocanhas, saléns, guananiras,reinos miríicos, mundos arcanos,céus interditos, aqui estou eu
Velocinos, tesouros,
manás, eixires,graais, aqui eis!
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DE OMNI RE SCIBILI(ET QUIBUSDAMALIIS)
Mão que moves tudo
eixo dos mundoscubo da rodaporto
lapa da palapaa da lapalapa da pala
ô lapa da palaônfalo empreo
ê pala palaíncola do imo
teofanopéiavindicantante
laralaralalapi-doação doída doida
adamane
22
'
Extáticos dátilos,
ébrios cabirostransidos curetessolenes elquinos
1
em faleno rito,em ofcio sacrono antro celeste.
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Quando eu era pequnino
do tamanho de um botão já burungava o
Agora sou marmanjãomas como então gualznhovvo só no buraqunho
A, meu Deus, que troço bão!
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Não me canso de tocara ra de dez dedos neste frenétco louvorao Deus vvo, meu rochedo.
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Mãos benditas, que servisa Deus em seu templo vivo;dedos santíssimos eeitosservos do rei dos reisque habita em meu rocedo.
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Ó mãos abençoadas que sondaisos montes gêmeos;
falanges sagradas que recreaisna toca da serpenteNações do mundo inteiroeis o meu canto:é tempo de alegria de brncarno monte santo
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Delícias da Terra santa,honra de quem se conhece
e venera o Deus vivono rochedo do seu templo.
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TABERNA CULU DEI
Onde o germe é imotale crepit o fogo eterno,no ugarzinho or ondeo espíito entr nos ossos,é neste ugr teríve cs do Deus dos deusese entd dos céus.
Desposndo este rochedopodereis vencer morteMs quem há de se brgrneste fogo devordor?Quem poderá hbitr
nest fogueir pepétu?Só quem se fzer crianç brncrá no fojo do dgãoe o cnàão denrá
mãon fo serpentecost
Desejo ser óspede ctivodeste tbeácuo supremo, hb n montanh sant,descnsndo em just pz
no escondeo do Atíssmo,desfrutndo s gostosursd ávore d vd ete,ente suspros e cântcosde ouvor o nosso Deus.
29
"Vm para lnçrfgoà Ter... "Lucas 12:49
IS 66:24; MR 9:44
EC 11:5; SL 139:1 5
GN28:17
EX33:21
SL:15,16,19,2078:34,35
S33:14
S 11:8 SL 1441
SL15l 27:4,5
SL91:1
PR 11:30 ZC 3:10 MQ44
AP 22:21419 GN49:11
J15:1
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Tudo em rba do penedotudo em cima do morrão.Todo mundo atrás de DeusDus atrs de todo mundoDeus fiel e bão, que atiçao foo da vda em nosso rabo
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Mundo cãoosso da alegriaúnca ação
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EXORTAÇÃO
Venerai o Santo Fiofó,ó neóito das delcias,
e os deuses hão de vos abrir as porasdas inúmeras moradas do Senhore a oruna vos sorrirácom odos os encanos e prodígios.
32
ANUNCIAÇÃO
Eu sou a Nossa enhora do Buraco Negroujo e Fedoreno da Rocha Dorsal,
mãe dos nove céus a eéia do caralhudoou a dona de odo o universoEsou injuriada com ese povoaolado em minhas pragas em desgraçasque o louvor a Deus eviariaAi de quem esqueceu a pedra sanae o caminho da casa do enhor!
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ENDEREÇO DA SALVAÇÃO
Todos os caminhosque se abrem para o mundonão valem o caminho interditado.É precis ensinar a pota certada casa de Deuse ranquear aos miseráveisas riquezasocutas em suas próprias entranhas
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OFERENDA À MÃE PRIMEIRA
Ó Mãe das profundeas,matriz ocuta dos homens dos deusese das inúmeras espéciesdesolada peo desamorDona dos saberes todosonte da imperecível uzcelestial rainha eis vertidoo voto semina em teus buracosnos corpos varonis e consumadoo insondável decretoque me az teu sacerdoteE porque me egaste os teus donse me ungiste em tuas graçasé que ouvo e honro o teu nomee consagro tua gória em meu canto
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A ESHU GANESHA
Ó guardiãoda estreita viaoculta em roupase interditos premia a audáciados destemidosque enrabamose nos enrabamdá-nos a todosas tuas graças
36
RUMO AO PARAÍSO
".. e uma crnç os guiará."
Milênios e milênios de luta pela sobrevivência entre as espéces,fizeramnos assim tão animaisentre os nossos iguais, filhos da puta,traidores, escrotos e que tais.Deixai brincar as feras todas, presasdo primitivo instinto assassinoDeixai brincar as feras, que o mennonos conduza nos atos e palavrasRetornemos, agora, ao paraísona plena comunhão dos animaisJamais exista algo de mais purodo que nós dois juntinhos, de pau duro
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Isaías 11:6
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Oei para a mna desae vi quão deserta estava.Não hava quem a quisessee nem quem me ajudassea cultvar mnha vnha;ó cruzei com níquos e perversos
Doeu-me não haver quem me apoiasseDaí que, desamado e sonho,s em meus prprios braços ive amparo,apenas meu regaço deume abrgo
Não havia quem pudesselavrar mnha Terra santae cuidar do meu outeiro;cruei apenas com mpios e nésciosPeo que, magoado e resoutoconsagrei madrugadas solitárias
e muitos novilúnios ao ofíciodo culo viscera, com mãos e dedostransidos em fervor e eo extremos.
Busquei ao Senhor Deus em meu rochedoe o louvei no âmago da rraque se adentra por nhas entranhasAssim, minha justiça me sustevee me cobriu com ua amadrae me avou as manchas desonrosas,cingiume em suas vestes de gria
e me fartou de suas exceências
38
SAIMO 142:4
ISAÍAS 5
ISAÍAS 591618
SAIO 1441
SAÍAS 511,2
ISAÍAS 60; 61 63
Fogo telúrico nos ombos,apeo amooso do Santíssmo
que as amas dos justos hão de ouvie atende com festas e ouvoes.Tea em tanse chea de góacane edmda peo amo.
39
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•
Venturosos montes gêmeosem cuja mandorla está
o Santíssmo AndrógnoMeu goroso rochedo,altar dos votos de amordo varão fel e justoManancal de águas vvase delícas nefáveis,éres a Trra dfamadae a vrgem repudada,nda que esposa legítmado própro Senhor Deus, vosso mardo
40
Vem comigo, meu amado,fervamos o lete cósmco.
Celebremos nosso gozono crstântrco festm
Vem querdo prepararo teu mosto em meu lagare faer o vnho santo
Vem destlar a mrrado monte dorsal e o melque mana da rocha vva
41
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Terra dos montes rebolantes.Aqui vivo entre morros
e entre penedos e penhasNas colnas da jstiçaapascento meus rebanhos
42
e, pedra os escândaos,reetada por todos os obreirosRocha viva, eternoassentamento dos céusMinúscua pedra,maior qe as montanhase colnas ntas.Pedra da origem, templodo Senhor dos tempos.Pedra encantada óiade perfeito engenho.Pedra fndamenta,selo da aliançaentre Flho e Pai
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Instalou sóis nos céusmas prefere habtar a treva
nterior, o mo da Terra.Bendta e louvada sejasua glóra neste vaso
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ENCANTAMENTO
Ó Deus serpentecostaque habtas os montes gêmeos,e zestes do meu cuo trono do vosso reno,santo, santo, santo espírtoque, em amor, nos forjas,ela-me com vossas línguas,atçame o vosso ogo,dame as graças do gozodas delícas que guardas no paraíso do corpo
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Entro noantro do escorpião.
Sou o esposo da virgeme o pa da mãe estérl- mãe de see fihos.Brinco no ojo do dragãoe no forno serpenino
meo a mãoFalanges, falanginhas, falagetas,aios do Senhor dos Exércitos.
46
Retona, desgaças,à bucea de Pandora!
E que ela se fodaVovei, snisros e erroresaos puos que vos parramaos vossos diabólicos menoresAo inferno de vossos deusese todos os seus belos arifícios
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DEUS FURIOSO ERA DO JULGAMENTO
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DEUS FURIOSO
Estendi mãos generosasa quantos o permitiram
e disse: sou De.Porém, quem acreditou?Fui humilhado,escarnecido Deus viado?Fui negado e combatidom meu amor entrevadocerrei ábios e ouvidos.Até o amor reprimidovirar ódio desatado
Rasguem céus e infernos,
ó gemidos e bradosde amor ressentidoRaios partam quantosmeu amor tenham negadoProrrompam tormentasem corações petrificadosQuero ser amadoquero ser amadoquero ser amado
48
ERA DO JULGAMENTOSÉCLO XX, ANO MCMXCI
MÊS DO ESCORPIÃO,AUGE DA PRIMAVERA VITÓRIA DO ESPÍRITO SANTO, AMÉM
CNÇÃO SNHO
NO MEIO DO CAMINHO, EIS A PEDRA,
REJETADA POR TODOS OS OBREROS
UMA PEDRA NO MEO DO CAMINHO
QUE NOS CONDZ AO CÉU EM CARNE VIVA.
SOBRE ESTA PEDRA ERGO A MNHA IGREA
SL 118:22
MT 1617
PEDRA DE TROPEÇO E DE ESCÂNDALO RM 933
QE DEUS ARROA CONTRA OS NMIGOS S 8:3-15; AP 1621
DO PRAZER QUE RESTAURA O PARAÍSO
PEDRA ENCANTADA DO ANEZNHO
QUE AO DEDO SEM UNHA SE DESTNA,GAARDÃO DO AMANTE DO SENHOR.
FRMA-VOS PARA SEMPRE NESTA PEDRA,
DESTA PEDRA JAMAIS VOS AFASTEIS
ZELANDO-A COM TODO O VOSSO AMOR
AQUI ESTÁ O SEGREDO DE DES,
EX 3321
AQUI É A FONTE DA VDA ETERNA. EX 332 GN 287
AI, FÉS DE BELA, TONTAS PRESAS
DE INFERNINHOS MENTAIS, QANTOS E QANTOSCÉS SERÃO NECESSÁRIOS PARA AQEE
S 1815
QUE NÃO SABE EM SI O CÉ DOS CÉS? C 1720,2 O 10:30-38
ESTOU CHEO DE VOSSOS ALTRUÍSMOS S 110
49
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E DE VOSSAS AÇÕES VRTUOSÍSSMAS MAS COMO SEMPRE ARDE O MEU CASTGO EX 34 7
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E DE VOSSAS AÇÕES VRTUOSÍSSMAS,
NÃO SUPORTO MAIS AS VOSSAS CERIMÔNIAS,
VOSSOS CULTOS E ASSEMBLÉIAS DETESTO
E ABORREÇO AS MSSAS E LADANHAS.
QUANDO NECESSITAIS DE MNHA AJUDA
E VNDE A MM COM RAPAPÉS E SALMOS
E FICAIS A PASSEAR EM MEUS ÁTROS,ESMOLANDOME MIL GRAÇAS NDEVDAS,
Ó LAIA DE COVARDES E FARSANTES,
QUEM VOS PRESCREVE TANTOS RTUAS
E VOS ENSINA TANTAS ARTIMANHAS,
PARA NÃO ADENTRARDES MEUS UMBRAS
E NÃO ME CONHECERDES NAS ENTRANHAS?
CESSA OS VOSSOS SACRFÍCIOS BESTAS,
DEIXAI VVER MEUS SANTOS ANIMAIS,
NÃO ME FAÇAS DE MM DEUS CARNCEIRO.
NÃO ME CONTENTAM TAS ADULAÇÕES,NEM PODEM GAMBELAR O MEU DESEJO,
JAMAS APLACARÃO A MINHA IRA
E NEM OBTERÃO MINHA CLEMÊNCA,
POIS CONHEÇO OS PENSAMENOS SECRETOS
E SEI O MÉRTO DE CADA UM
SOMENTE O JUSTO PODERÁ GOZAR
AS DELÍCAS DO MANÁ ESCONDDO,
E SÓ AO USTO EU DOU A PEDRA BRANCA.
REPREENDO E CASTIGO A QUEM AMO,A QUEM ME TRAIA E EVTE EU PERSGO
E COMBATO COM FÚRA IMPLACÁVEL
ATRAVÉS DOS SAGRADOS ELEMENTOS
50
S 110 ss
HB 10:1 ss; R 722
SM 15:22 OS 66
IS 1:11,12
R 7:22,23
AP 27
AP 319
MAS COMO SEMPRE ARDE O MEU CASTGO
E ESTE CORDERO ABRASE NO AMOR,
PRONTO A SERVR MEUS NMGOS,
UMA VEZ MAS VOS PEÇO E SUPLCO
RENDEI-VOS AO ASSÉDIO DO SENHOR,
MAVOS COMO EU SEMPRE VOS AME
SABE QUE EU SOU O SENHOR DOS EXÉRCTOS, JUZ SUPREMO E RE DOS REIS, E VENHO
RESTABELECER O REINO E A LEI
SABE QUE EU SOU O ESPOSO ETERNO,
QUE AMO O VGOR DO FALO SANTO,
A SAGRADA FLOR DA CIRCUNCSÃO
E QUE RECLAMO O MEU JUSTO PENHOR.
E Á NÃO POSSO MAS, NEM MESMO DEVO,
MOLAR ESTE DESEO, O CORDERO
DO SENHOR NÃO SERÁ MAS SUBLMADO.
AI, VARÕES SOBERBOS E PERVERSOS,QUE ME OFENDES BUSCANDO NAS MULHERES
O QUE EM MULHER NENHUMA ENCONTRARES,
MALDITOS SOS Á DESDE O NSTANTE
EM QUE FOSTES CONCEBIDOS,
DESDE O DA EM QUE VOSSOS PAS
AO COMER DO FRUTO PROIBDO
VIOLARAM A URNA NTERDTA,
E, NRNGNDO LE DO ARASO,
FUNDARAM TODA SORTE DE DESGRAÇAS
FOME, PESTE, GUERRA E MORTE
TOLAS VÍTMAS DE SUAS TRAAÇAS!
51
EX 34,7
RM 32
MT 5:38
AP 913
AP 1:1
R 24
GN 711
EX 226
AP 979
EC 7229
GN 3124
A 67
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VÓS, QUE ME IMPLORAIS MSERICÓRDIA PROCURAO ENTOANDO AÇÕES DE GRAÇAS,
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VÓS, QUE ME IMPLORAIS MSERICÓRDIA
E O PERDÃO DOS DIÁROS SACRILÉGOS
AO MONTE SANTO E AO NICHO DA GLÓRAQUE EM VOSSO PRÓPRO CORPO ABRGAS,
ATÉ QUANDO PRECSARES DE DEUSES,ATÉ QUANDO, Ó TRÃNSFUGAS DE DEUS?
SL 6816,17
SL 87 1,2
O 10:30-38; SL 811-6LC 1720,2
NÃO QUERO QUE ADORES A MNHA ACE,E NEM A CONTEMPLES, NEM A BUSQUEIS;
NÃO CONES MAIS NAS BELAS ACHADAS,
SE QUERES MESMO EVITAR MAS DESGRAÇAS.
PORQUE SOMENTE EM MEUS MONTES SANTOS
CONQUSTARES A SENÇÃO DA MORTE,
E ASSM TERES O QUE NUNCA PERDESTES:
A RESPOSTA DE TODAS AS PERGUNTAS,A SOLUÇÃO DE TODOS OS PROBLEMAS
E O IM DE TODO O MAL QUE VOS ASSOLA
SOMENTE PELAS COSTAS PODEREIS
CONHECER-ME EM TODA A MNHA GLÓRIANÃO HÁ COMO GOZAR O CÉU NA TERRA
SEM PENETRAR AQUI NESTA MANDORLA
ES QUE VOS LEGO ESTE TERRTÓRIOE O RANQUEO A TODOS QUE DESEJEM
A VDA IMORTAL E A PEREÇÃOCONTUDO, A MNHA ACE NÃO DEVES
CONHEt- AMAIS OU MORRERESENTREGA-VOS AO SENHOR DOS EXÉRCTOS
E ABRGA-VOS NO MONTE DO CORDERO
SÓ ASSIM VENCERES A TENTAÇÃO
VNDE, CANTAI AO SENHOR COM ÚBILO,CELEBRA O MONTE DA SALVAÇÃO,
52
EX 3321-23
S 22 118
IS 258 210,19,21
SL 723
EX 332123
S 22; 256-8
SL 951,2
SL 723; 911
Ç ÇNSPECONAI-O COM TODO O CARINHO,
AMA COM TODO O AMOR VOSSO CUZNHO
VARÕES DE TODAS AS RAÇAS, TIRA
O PREPÚCO DE VOSSOS CORAÇÕES
CRCUNCDA-VOS PARA O SENHOR,
QUE APRECIA AS DELÍCAS URANASE EXIGE DE TODOS PLENO AMOR
CRCUNCDAVOS PARA O SENHOR,
QUE APRECA A NUDEZ DO VARÃO
E, HÁ MUITO, AGUARDA O VOSSO AMOR,
ANSANDO O MÚTUO CONHECMENTO
ENTRE AMANTE E AMADO, TOTALMENTE
TIRAI O PREPÚCIO DE VOSSOS CORAÇÕES.
53
R 24
zc 310
AP 144
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INICIAÇÃO DE JACÓ
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Os homens erram e sorem,
sofrem por seus erros e morrem.Agora vim aniquilar a morte.Os homens morrem porque erramo caminho, a direção, o alvoNascem de cabeça para baixo,o cu para a luae vivem ao inverso, sobre os pésA vda lu de trás para a frentee de baixo para cmaÉ da dreta para a esquerdaque se cra e se transforma o universo
54
Ç J
Numa pedra Jacó buscou o apoopara a sua cabeça e, como eeito,
descobru o consolo dos aflitos,o básamo de todo sofrimento,encontrando a pedra undamenta,obra-prima e trono do Obreiro.Aquea noite, na casa de DeusJacó entrou, a conhecer o Esposo,o exceso Esposo dos varões eleitos,e como eeto ao seu genti afeto,do calcanhar à cabeça o conheceu,corpo e alma transdos de amor.E em seus mais íntimos recônditos
conhecendo-se Jacó e o Senhor,aquea note em Betel,chamada desde sempre Luz,cdade tempo do Onipotente,do cacanhar à cabeça, por ntero,conheceu os mas ntmos aposentosdo ceeste Esposo, o feiz varãoque o Senhor transorma em IsraeA, soube Jacó, em grande nlevoe mui grande alegria, aquela note,soube Jacó, em s, a via estreita,
secreta e exclusva dos eleitos,que une, peo reto, a Terra aos céuse, desvestndo os véus de seus mistérios,desterranos o Céu nterior
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ANIMA X ANIMUS
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ANIMA X ANIMUS
A mulher é o reflexo invertidoda mulher interior do homemO homem é o reflexo invertidodo homem interior da mulherA mulher é a miragem do caminhodo homem em busca de si mesmoO homem é a miragem do caminhoda mulher em busca de si mesmaA mulher que se buscaestá dentro da cada homemO homem que se buscaestá dentro da cada mulher
56
A mulher é um homem ao avessoo homem é uma mulher ao avesso
Amorosamente se destroem e geram frutos perecveis
O homem destrói a mulhera mulher destrói o homeme corrompem o paraísoAbalam-se Terra e céuse se estende ao universoa desgraça das desgraças
Destroem a figueira sagrada
e depredam a vinha santaem sua feroz concupiscênciadevastam o pomar celestial
57
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BOA ESPERANÇA DO ESPÍRITO SANTO
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Que o sol fique ívidoe a ua corada de vergonha
as estreas desmaiem, errem suas rotas os panetase os céus aturdidos se embarahem.Urrem os mares e os montes estremeçamporque a Terra santa grita e sacoejade gozo: chegou o seu Esposo
58
Boa sperança domque me coube e partiho
Embutido em teu nomedescobri o meu destino:combater a própria mortee o seu reino de mentirasNorte esprito-santense,Boa sperança aquimeu segredo se desvendaquem eu sou e a que vim
59
7/24/2019 Bundo e Outros Poemas - Waldo Motta
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NO CU DO MISTÉRIO
7/24/2019 Bundo e Outros Poemas - Waldo Motta
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Consagrei-me sacerdote do Espírito Santo emdesvarios sensuais, mergulhando no vórtice de prazeres renegados, destilando a quintessência dos humores serpentinos. No rvor das paixões retempereio espírito e, satisfeitas mihas ânsias, hoje descansono Eterno, em núpcias comigo
Descobri em meu corpo a réplica do universo, o um bigo do ubíquo No âmago do abismo encontrei o beme o mal em comunhão E nunca mais fiz prguntas
Serpentes me coroam
Fiz-me discípulo dos loucos mais contritos, mirando-me no exemplo de suas pirações Pela meditação bisbilhotei as entranhas das trevas, e decifrei ospropósitos secretos das potências invisíveis.
Conheço os desejos mais sinistros da Inteligênciapervertida, a Esposa infeal, que concebe e produzgerações sucessivas de frutos condenados à morte
menso é o sofimento neste círcuo de horrores
60
"Vita int terrae, rectfcandoinvn occultum lapidem
charadinha alquimista
Em honra aos arautos da utopia, em prêmio aosseus tantos sacrifícios e para o consoo dos aflitos,revela a sapiência do Espírito Santo que o buraquinhofedorento é a passagem secreta para os universosparaleos, o caminho da eeição dos santos e heróis, avia estreita da iberdade dos cansados e oprimidos
Protegido por monstros legendários, mienaresinterditos e artifícios incontáveis, proscrito eisfarçado a todo custo, é por ele o acesso aomanancial da vida, que aos destemidos concede ogozo das venturanças, e somente ee conduz ao filão
das maravihas, jazida da edra Filosofal, sendo aúnica estrada para o centro de Luz, a Cidade Azuldos Imortais, refúgio da Deusa eternamente virgem &seu Pai, Fiho e Esposo excomungados
"Desencantai os vossos mitos, roga o SantíssimoEspírito de Mamãe Serpente, "ó meus desgraçadosfihos, cativos das loucuras racionais; ó estúpidosdemônios, reféns de vossas cupas e mentiras,escravos dos trabahos eaustivos e inúteis resgataios vossos corpos ao jugo do Maligno Desencantai osvossos mitos, ó meus amados filhos, e sede feizes!
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Guerra aos deuses todos e à puta que os pariu, adeusa artimanhosa que abestalha os homens commumunhas e promessas implausíveis parca teceã
de inglórias sinas.Ó cavaos mediúnicos da Besta recusai vosso repas
to de abobrices e banalidades chochas e destronai devossos lombos quem vos oprime e tange nos caminhosdo inferno decorado de ouropéis e bugigangas
Desarmem-se as tendas das verdades tacanhas epostiças que adiam para o nunca o gozo do paraísoaqui bem aqui na Terra santa cheia da glória deDeus virgem mãe celestia
62
Meu nome não é meu:é produto coroárioda parolagem mundana
movida a desejo e sonhode absurda liberdade;
é fruto retardatárioda lavoura onomásticaque deuses e anjos bestascultivam neste desterroe arremedo do Céu ntimo
Meu nome não sou eué outro adversáro
que combato mato e comofilho desnecessário
Baste o Nome secreto
63
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Com v no omou pndo
com pu n ccund mnso pndo
com odão d o conoo vnço
gmpdo m u doso cvgo guo
no umo qu pnso
64
Ele tem uma var de ferrocom qu pscn s s
pis o g d .e em um espd n bo,ív psd cp m Lvno dgão d mnSu nom é Pv d Dus
65
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RETORNO TRIUNFAL
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Flho do homem fto da Terraglória de nssas entranhasde nossos lmbs prcedes.És benigno u terrívelcnsante nsss ats.Julgas com rigr teu nmeé Senhr-nossajustiçaeus estatuts e leisvêm ds dias mas antigsdesde a própra eternidade.
66
"reme, clnas e mntes outers e mntanhas:venh para atear go à erra" dsse o Espos dsvarões assinalads marid zelso e amante cumentempunhando a sua vara de err e lançand cntnusesprros à ace das nações
Nã sem antes avisar pela bca de seus ans santse protas "Repreend e castg a quem am"; "tirai prepúc de vsss crações"; "cnvertei-vs ó ilhos rebeldes"
Não sem antes ndcar a mund inteiro endereçoda salvação o camnho d seu templo vivo ranqueara porta estreita a pvléu e oertar as delcas de suarcha o seu banquete celestal
E não sm cnvidar a regozio na caverna d áspidee n antro do baslsc a tdos que dispsts a vrarcrianças almejem cnqustar o reno de Deus edesrutar as gostsuras da árvore da vida eterna aquino mei de nós a dspor de mãs e dedos
Ave Deus retad que dmina o capeta pel rab eadestra os rebeldes com vara de erro
Re da gzaçãoalve
67
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PELO RBO
FISGUEI
O LEVITAN
68
NOCU
DXU
LUZ
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Pão excrementíciogeneosssimo banquetede humldes vermes
70
CLARO, CLARO:É PELO TALOQUE COMEÇAO FRUTO.
A VIDAMEDRADO RABO.
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II
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Waw
Vitóra do Espíito SanoAém
(1982-1991)
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Para Sandr a Medeiros,com ime nsa gatidão.
Je v la liberté dans le lut
- Rimbaud
Cuando alto sub,lubróe la tay la ferte conqutaen curo se haa;s por ser de aor el lance
di un cieo y curo lto,yfí tan alto, tan a lto,que le dia la alnce
-San Juan de La Cruz
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RELIGIÃO
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A poesia é a mnhasacrossanta escrtura,cruzada evangélica
que deflagro deste púpto.
Só ea me salvaráda guea do abismoJá não dgo como ponteque me reiguea algum distane céu,mas como pinguea mesmoelo entre alheos eus
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O OUTRO VÓRTICE
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Espelho onde insistoem me mirar e alumiar, mas cuja facepouco fraternal, sempre se disfarçando
em mil outas, me intrigando e assanhandoainda mais a impertinente curiosidade,é sempre um desafio irrecusávelE quanto mais apaixonada é a pelejana busca da face irmã, mais a lâmina resplende,ofuscante e indócil, zombando dos meus esforços,mais refratário se torna o espelhoe eu mais solitário me torno.
80
E como os deuses me agaciassemcom a peste que me lavra a palavrae me escalavra veias, nervos, plexos;e como por embema desta fúriaque em mim grassa - nem graça, nem desgraça,eu só tenha este séquito de traçaszanzando pela casa e em meu crânioe como nesta altura da descidaaos círculos do inferno eu só me eleve;e como nada reste além da réstiado que em mim é alheio e me arrastaem seus rastos de luz na vasta treva,que me resta, que me resta, e se é sina,senão me dar, rabinho entre as pernas,e o coração na boca, e o cu na mão,e ganindo no êxtase da dor,que me resta senão a imolação,o gozo da escarificaçãonos cacos do Espelho, na moendado amor me revovendo, e assim volvendoao pó, ao ar, à luz, ao Ser Essente?
81
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MEDITAÇÃO NO CREPÚSCULO HERÓICO
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Q
(
Que obstinação nesta árvore em dapo dar futos por todo o pomar.E que obstinação em via lenha
no fogo das causas em que se empenha,negando-se ao dscurso enfadonhoque ncendeia as pontes para o sonhonegandose a ouv os boletinsde um mundo de inútes galainse renegando o homoheachicuscom todos os seus câncees tão prátcosasgando a pele e a cane da aparêncaem busca dessa sempe esquva essêncae tansfomando em manta a vda humanavbrando nessa consciênca una
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Se me enconto em perigoao Diabo e a Deus bendigo.Na luta de mm comgo
quem me vence é meu amigo.
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GESTA DA PESTE QUE RONDA Converte-me em gás,louco remoim!
Quero ser o ásna busca do fim
que nas cosas jaz
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Sere sempre maisque um arlequim
na vida Aliás,
é no camarmque o drama se faz
Já me desavimcom o mundo demais
Quero ser assimQuero é ir a rás
do secreto fmdas coisas, ao cas
dos mares de mm,ao que, enfm, jaz
cá em meus confins
( deixando sem pazese espadachm),
e que sempre fazque va dizer sm
aos meus flertes, masnunca esá a fim
de nada, amasTodo o galarim
não me satisfaz
não me explica a mimO pese roaz,
rói-me aos tquinsCome-me, antraz
Comeme, arstm
84
que nas cosas jazà espera de mim.
Nunca, nunca a pazda vida chnfrm
para mim, jamaisFim ao alfenim
que tano comprazNem tudo é qundim
Sere sempre maisque um arlequim!Masmasmas
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ODE À IDA AO ID
"Vxilla reg punt infeni"c. Dante
a tudo atentocom seus m ouvidose olhos cibernétcos,apesar de toda ahperinfernáa
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Hásdeir
aoIdHás
deir
Hás
aoHades
deapegar
-te atoda e qualquermerda
netemar de
Hás de enrentara nado
o nadapara enim dar
a Lugarnenhum
Hás de r ao d,hás de r ao Hades,apesar de Cérbero
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pde rtmos pâncos,sabores e odorese cores e sons
a uceércosdo Leiatan
Hás de r ao d,hás de ir ao Hades,derrotar Satane as potestades
87
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NOS DIAS DEAIDSSEDE DE HADES
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Nos dias de Hades e seu reino podrehás de doar odes e até o odre.Hás de ir ao Id, de todos os modos
Hás de ir ao d, enquanto se podesento de ódio, imune ao medo,hás de ir ao d, já não é mais cedoHás de ir ao d, hás de ir ao Id,para depor Hades, que a tudo preside,e depondo Hades, todos os poderesue impedem a mútua doação dos seres
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Cidade, besta formosa,deusa malandra, cheiade promessas e amavios
Teus cativos, que otários!,aienam honra e almaa deuses velhacos e antigos
Cidade, teus sortilégios,tua indústria de prazeres,teus apelos e cantadas,teus prêmios e honrariasnão subornam o poeta
Recuso eus dons e rasgo
teu colorido estandarte,cago e cuspo em tua carae arraso o teu império
89
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CUSPIR NO PRATO / VIRAR A MESA CÍRCULO DOS HORRORES
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1
Apodreçam os majaes d deuses infernaisSustenai-me com passas, confortaime com maçãs,pois desfaleço de amor, e nada me satisfaz
a não ser os vegeais que me possa dar Nanã
Susenaime com passas, conoraime com maçãsJá me empanurrei de amarguras colateraisnos sensacionais manás da gastronomia vã.E estou me retirando da mesa de Saanás
Que eu resista às diabruras audiovisuaisde lindos comerciais que nos azem de tanãsApodreçam os manares dos deuses inernais.Susentai-me com passas, conforaime com maçãs.
Que espírio, alma e corpo seam dimensões irmãs,pares de um mesmo todo, Céu e Terra como paisSusenai-me com passas conortaime com maçãsApodreçam os manares dos deuses infernais.
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1
Mais quantas humanidadesainda repassaremos?Por orgulho e vaidade
destruímos ôdolos remos.Agora que a água invadea canoa, enendemos
ue pode ser muio ardeEa estupidez do demo!Mais quantas humanidadesainda repassaremos?
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DA ÁRVORE INVERTIDA
Q f t ã t f t
AGORA, Ô MEU?
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Que frutos são teus frutos,árvore vermelha,que envenenam aos convivas?
Árvore vermeha, que árvore és,que geras selvas de plástico,metal, concreto, desejo e dor?
Que árvore és, árvore vermelhaque declaras guerra ao verdee aos animais dizimas?
Que frutos são teus frutosque só trazem dissabores?
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Eis no que deua Terra Prometidapor Prometeu
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MARGARIDA
d d
da mesma ínfima classe,condição intransponível
§
Ainda que se encontrem
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Margarida tanto podeser nome de uma florcomo de mona de equê
ou de mona de amapô.
Se escrevo Margaridaassim com M maiúsculoé um nome de mulher,inda que o neguem os músculos
do rapaz chamado Sérgio,contido em Margarida(e aqui já não é maisverdadeira a recproca
Porém, essa Margaridade que falo, em que peseo antropônimo feminino,menos que mona, é monera:
é, ao mesmo tempo, gentee flor, sea nas diversaspertinências entre si,sea, afinal, por serem,
Margarida e margaridanos reinos respectivos,
94
Ainda que se encontrementre a flor e a criaturamais traços de parecençado que a graça comum
(- que graça?!, diriam todos,com desdém, espezinhandoas duas humildes flores);embora se leve em conta
o feitio, a naturezavegetal que Margaridatenha, com efeito, mesmoassi não é concebvel
que vegetar sea a sinadessa flor originalpelos canteiros da vidainumana, vegetal.
Por ordinária que seauma flor, não se explicaque a espezinhem tanto,que lhe torçam o nariz.
Sea Margarida florque não se cheire, mas nunca
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será menos for a forque foresce no monturo.
§
Em verdade, Margarida
Margarida é uma bichapor ser sobretudo verme
- por ser sobretudo verme,como todos que vivemosnesta vidinha de merda,
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m ve d de, M g dnada tem da for, excetoo feitio vegetaldo porte esguio, feito
haste a manter erguidoo estandarte do prazer,a for da dignidade,faça o tempo que fizer
Menos que for, Margaridaé vaso, um vaso púbicoonde os assentados cagamadjetivos estúpidos
Bem mais que peo seu nome, bem mais que pea razãode que atende os seus bofesem becos e construções,
mas pea fata de sangue(vida a fora sugadoem subempregos infames)que a faz ânguida e páida,
pea vidinha que evasempre atoada na merda,
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adubo do novo tempo,
estrume da primavera
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P RECEITUÁRIO PARA RACISTAS COMRECEITA DE REBUÇADO E CONTRA-
RECETA DE ANG
de atea fogo em tudo,sabe que ao povocaa ebulção da massaé ascado explodo angu em odo o mundo
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npá/ele p
O g unpákro .
-canto afo
Quem aiça o içãosabe do rsco que core,sabe que ao bulr com fogoé aiscado se quema,é arrscado povocara ebulção de quano
há tano vem nos enchendoo caldeão da paciênca.
Potano, odo cudadoé pouco quando se atçao ição, quando se bolecom o fogo pelo iscode ansforma ebuçadoem ação para a racnhaordnáa dos acsas
Quem atça o tçãosabe muo bem do rsco
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sabe que súbto tudotudo pode fca peto
& vemelho como queamnum belíssmo ncêndoum ncêndo nustadoPois quem atça o tçãoatia mas lenha aos sonhosque nos abrasam baseooculto sob o boralhodessa vda boalhea
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QUEMNÃO
TEM
OS SINOS TOQUE PARA OGUN
Tudo o que um gurrio prisa
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TEMBENS
BEMNÃO
TEMNÃO
TEMNÃO
TEM
NÃO
TEM
NÃO
100
Tudo o que um gurrio prisaquando vai à lutaé dpo amas fos
aos pés dos inmigos,ca maando d amospo odos os fhos da pua.
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COPA86
Eis que em alheio terreiroh l h
CRÔNICA DE NATAL
Através da Jerônimo Monteirovou mariscando possibilidades
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o gainho vira galinhaem cujo cu contava o povoum ovo que á não tinha.As cristas murchas, de novo,o timão pifa na rinha.A boa não se aninhaem go na rede da França,e goram as esperançasde nosso povo fominhade engodos e lambanças
102
vou mariscando possibilidadesde prazeres sutis, que o dinheironão compre amais: fraternidade
por exemplo, por que não? Eis Pardadiante da vitrine de etiquetas,certamente pensando no Nataque comemoram hoje os caretas
Me oferece unzinho; presto, aceito,pensando no que pode vir depoisE eis-nos já aqui, doce deeite,os dois em um nos dando, dando um dois
O vinho e os biscoitos compartilho,curtindo o prazer especiaque eiste no se dar sem empecihos,coisa rara num mundo tão venal
Faamos ma de tudo, desde os reisque hão de enfrentar o Armagedon,até a eterna laia aia de leisque impedem a forescência dos dons
E chega a hora em que todos chegam,
a hora da ineutável partida
03
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Imune a visgos, cômodos apegos,Pardal açará vôo rumo à vida.
Metido em roupas de liquidação,chapado e aegre, ee é, com efeito,um pássaro anjo de arribação,levando a vida de quaquer jeito
CASA & COMIDA
Tem a ver o papode que sou o pai
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levando a vida de quaquer jeito,
de éu em léu, iando rango e ninho
de quantos não se importem em terem troca do que dêem o seu carinhoe a sua alegria de viver
104
de que sou o paique você não teve,de que sou a mãeque você não teve.Faça-me de pai,de mãe e de quantosirmãos necessiteo seu desamparo.Venha para o abrigodeste amor rondoso,deste corpo abertoem copa à cópula.Saciemos neste cionossas omes recolhidas.A despensa do amorsó enche se se esvazia.Quero ser o paique você não teve,quero ser a mãeque você não teve,meu beo pivete,criança perdidana sevagem selvaQuero ser a suaárvore genealógica,
repleta de rutosde amorosos sumos.
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Venha para o abrigodeste amor frondoso,deste corpo abertoem copa à cópula.Saciemos neste cionossas omes recolhidasA despensa do amor
AH,CORPO!
Em plena madrugada, o bofe insistindonum papo alto demais para seres do inframundo
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psó enche se se esvazia.
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num papo alto demais para seres do inframundoEnquanto ele adejava pelo espaço(do quarto de pensão, com os mosquitos),a mim, que me interesso pelo céuna terra, o desprezo que ele dizia terpelas coisas do corpo - magro e subnutridomas belíssimo para a minha fissura vesga -só m desenganava, porém não me convenciaAtravés de sua quase transparência(de fomes recolhidas na asceseum tanto forçada pela pindaíba),procuro enquadrinhálo, entendêloSucede que no auge das viagens,intempestivamente trovejante,um barulhinho de fome nas tripas do santoelevase aos píncaros, de onde, constrangido,o bofe despenca e, ploft!, se espatifa no concreto,em sua ordinária e infame realidadede pele e osso e necessidades.
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GUDO
Mais que bofe, febo,sol noturno guia
REVISTANDO O INFERNO NA PAIXÃO
Em águas tantas vezes navegadasde dor em dor no da a dia ser
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de amante míopee seu amor cego.
Mais que bofe febelua amorenadae eu aluadoas veias em febre
Vedemme de vertesátro morenomas demme ao menosos teus olhos verdes
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o bêbado batel entre os corais(arrais e co-arrais já enjoados)
assim vagando em círculos sem maiscombustível além do desesperoem águas tantas vees navegadas
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DE EXAUSTIVAS BUSCAS & BATDAS
Escanchado no lombo da angústia- porém, menos cavaeiro do que égua
SAUDAÇÃO AO MENINO
Que vento te taz ao meu tempo,semente de uz, não importa.I é d
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no cio -, percorro éguas de ruas,noite a dentro - afora becos e praças
que esquadrinho -, as mesmas surradas trilhasque me conduzem sempre aos mesmos bares,em busca do meu Sacrossanto Cálice,meu sacrossanssimo copo, corpoestonteante, onde me desafogo.
10
Importa é que a mim vens dar. EntraE vive em mim, de mim, até o fim
de nosso carma juntos nesta dança.Vive em mim, de mim, menino, qualbroméia no tronco da mangueiraDeus queira, erê. Eu quero Ererê!
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DAS PRIMÍCIAS
Regado o chão a humilhações e angústias,agora é hora de gozar searas.P l d i ó i d
CONSUMAÇÃO
Jungidos por suave jugo, parde ímpares os mais disparatados,
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Por louro da vitória dese amoro ado te conduz à minha porta,
guri maraviha, erê vagabundo,puro ouro manchado de vilezasarraigadas no código das feras,obra em construção que a mão divinacumuará de graças e dons, prêmioà inocência insana deste amor
12
p pmiagre que se acança em amar,que nos expurga todos os pecados,ergamos nosso reino em lar nenhum, ivres de oda servidãosenão a de somene só amar,irrevogáve sina e remissão
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RETORTAVIA
Mal que bem proveipor lei inumana,i i
DO AMOR
T, que, em pudor unes céu e lamae moves asros, ventos, águas, seresu que secreamente amagamas
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sina que me irmanaà diversa grei;
ma que bem conheçode tantos pecados,hoje o meu recadoé um bem sem preço
que se me derramano manso siênciode quem as ciênciassabe porque ama.
114
u, que, secreamente, amagamasforças opostas e tantos poderes;
u, que me arquiteas e engendrase sem cujo favor já não exiso;u, que és a mais bela das egendase se nos revela Diabo e Cristo
de i, que nos precedes e sucedesno empo, que ranscendes, enho sedee fome, ó Nume, que ao abismo arrastasminha alma, ornando-a puta e casa.
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AS BRINCADEIRAS SÉRIAS
Por amor sou aio e amode quem amo, e o persigome abomino na lama
Quees fugirondas em pânico?Não há onde ir
TURBA
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me abomino na lama
enfrento qualquer perigo.Se amo mesmo quem amosou meu próprio inimigo
pos mate o que morreuem mm ao me dar sem dóà mó que moeu meu eu
Só pode amar quem moeuseu eu na amorosa móe desse pó renasceu
116
N e
117
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CERCO
Digo-te, ó Deus:não procures Deus,não esperes Deus,
EADWALD
"Vale ma o bom nome que muitsrqus; e a boa gaç ma
que prata e ouro."
Provérbios 221
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p ,não ocultes Deus,
não fujas de Deus.Teno dito, adeus
118
Seja pelo vau do
rio ou mar, sejapeo abismo, ó Valdo,conforme desejas,
és o pão ausentenessa mesa posta(tanta, tanta gentecevada com bosta)
Crias quantas pontespodes Doas odes
ao demo inocentedo reino de Hades
Reféns de antontens,hordas de exussalvamse em ti, fontede verdade, uz
púbica, e tão maisbea e pujantequanto mais e mais
sejas aamante
119
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DAS MUTAÇÕES
Se és mesmo sinceo, hás de movero Céu, a Tea e as potesades.Se os mapas não indicam tua otanestas águas, apela à esea íntimaDissipa em eu peio e na fone
VITÓRIA DO ESPÍRITO SANTO(AMÉM)
REVELAÇÕES DO JUZO FINAL(CHAVES DE LEITURA BÍBLICA)
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ss pa em e pe o e na f on eo desejo de ama que e opimeEm solo do desdém nunca semeiesese sêmen, mas aguada o eu tempoO ige espee a pesa que não sabeainda consagase à nobe fome.A sede acabaá achando a fonee hás de patiha os eus podígios.Tão mais humilde sea o eu bacomais longe iás, e até conta a maé.
120
+ Deus se manifesa pelas cosas (desa/dieia/ aseio):
Isaías 3021; Ezequiel 3:12; Apocalipse 110
+ O Senho Deus, com suas delícias, esá à ua desa (cosas/aseio):
Salmos 16:811; 17:7; 1105; saías 30:21
Somente peas cosas podemos conempla/ adoa/conhece
a Deus (conhecimeno, ou gnose, em contexo bíblico emconoação eóica e sexual, cf Gênesis 4:1.25; 24:16; Mateus 125):
Êxodo 33:21-23
+ Deus esá no meio, cento, íntimo, vene ( :rp ) de cd de nós, e o eino celesial ambém:
Deuteonômio 7:21; Númeos 11:20; 14:914 2; Lcs 17:2
121
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+ Monte, montanha, colina, outeiro, rochedo, rocha, penha,pedreira, pedra, terra, barro, pó etc Nomes da morada celestee do centro teofânco, esses tropos aludem aos glúteos, ao ânus,ao cóccix - área do chacra basal
Deuteronômio 32:415.18,19.3034; Salmos 28:1,2; 30:7,8;6816; 72:3; 78:34,35; 85:1012; 87:1,2; º 95,2; 99:9; 102:14;
(�) significa mão, antebraço, pênis e à palavra braç ( associase o sêmen, a semente e o sementeiro (o pêns):
Gêness 322; Êxodo 33:2123; Salmos 18:2024; 28,277:3 98:1; 143:6 144; Isaías 118,9; 2510,11; 591; 63 Samuel 10:7; rônicas 157; Sofonias 3:16,17; Zaca813.16 etc
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144:1; saías 22,3; 63; 118,9; 1710; 25612; 264; 458;
65:16; Jó 19:25; Miquéias 4:1,2; Joel 3:17,18 etc
+ Pedra fundaental ou angular, pedra quna!, pedra de tropeçoe de escândalo, esta pedra vva é, ao mesmo tempo, o Pai e oFilho (p = filho e R pa estão presentes em = pedra):
Gênesis 28:17; Salmos 118:22; saías 2816; Mateus16:18,19; omanos 933; Coríntios 104; Pedro 248
Por vezes, a metonímia bílica confunde a morada e o morador
Deuteronômio 3241518.193034; Salmos 1831; 281,2;7835; 144:1
Braços, mãos e dedos, veículos de autoiniciação, produzema jstiça e o salvamento dos justos, efeito das massagens eexercícios que constituem a oração e o louvor, sto é, o'conhecimento" () de Deus Ainda que soem como eufe
mismos e belas metáforas, com efeito, uma só palavra hebraica
122
Lua nova (até o final da crescente), sábado, madrugada (d Oàs 2 horas, principalmente): eis o tempo certo de buscar/lova Deus no lugar sagrado e praticar a justiça (massagens exercícos anais):
saías 26:9; Provérbios 817; Salmos 46:5; 6316; 69172:7; 78:34; 88:13; 9014; séas 5:15
saías 113,14; 66:23; Levítico 23:3; Êxodo 20:811;
4:23; Salmos 81:3
Sobre o cultivo ou culto da Terra santa e a colheita dos fristo é, as obras da justiça e o prodígio da salvação:
Salmos 281,2; 379; 676,7; 773; 8511,12; 02, •;1441; Provérbios 2:21; 29:4; Jó 19:25; saías 1:19,2; ,;26:9 35:3,4; 45:8; 60:1,2; 6110; 6516 ; Sa 7Sofonias 3:16,17; séas 63; Zacarias 8913
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+ Referências ao Deus adormecido que, em seu tempo próprioou ante a petição de seus servos, desperta e levantase,geralmente para salvar os pobres e humildes, para a glória dosjustos e para o terror e a destruição dos ímpios, iníquos epecadores obstinados
Salmos 37; 46; 76; 919; 1012; 125; 1713; 2113; 35:2.23;44 23 26 47 5 57 5 8 59 4 5 68 1 78 65 82 8 94 1 2 102 13
Deuteronômio 44-10; 112628; II Crônicas 15115; S!151-5; 1820.24; 27:4,5; 371-40; 68:19,20; 7834,35;Provérbios 316; 102; 114.30; 1228; Isaías 2:24; 114 8;258; 321618; 3314-16; 353,4; 458; Ezequiel 1821,22;379-14; Oséias 1313,14; Miquéias 42-4; Sofonias 23;Zacarias 310; Mateus 5311; 633; Marcos 101316; João33614,15; I Coríntios 15:265156; Apocalipse 2710,
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442326; 475; 575.8; 594,5; 681; 7865; 828; 941,2; 10213;
1082-7; 1328; Isaías 2101921; 332510; 515.9; Jeremias3126; Jó 1925
+ Tal como (e com) fogo, vulcão, terremoto e tormenta, o SenhorDeus desperta em seus montes aflição nos lombos/terríveisdores nas costas, estranhos sinais e convulsões, qual dores departo Por analogia e ressonância, também o planeta sofre amesma devastação
Deuteronômio 41215243336; Êxodo 2417; II Reis 193;Salmos 196; 486; 6611; 9725; Isaías 1336.8; 213; 24;2616-1821; 2821; 296; 30:2730; 331114; 6615,16;Jeremias 41331; 624; 1321; 306; 4841; 492224; 5043;Oséias 1313; oel 22-5; Amós 74; Naum 13.8; 2110; 313;Habacuque 35.11,12; 313; Lucas 1249-56; 2125,26;Marcos 132431.
+ Das possibilidades de vitória sobre a morte e todas as adversidades para os que praticam a justiça e se mantêm fiéis aos
preceitos e estatutos do Senhor Deus De como e quem há deconquistar o reino celestial
124
1116,17; 35.12.21; 144; 2014; 214
+ Relações evidentes entre a oração e a prática da justiça(massagens anais) julgar e decidir, orar e interceder ( ??� )conugamse num mesmo gesto ritual, executado às madrugadas, aos sábados e novilúnios Observese que monte(s) edeserto(s) são lugares de oração de Jesus Cristo; no Velho Testamento, a cama é um lugar adequado paraa comunhão íntimcom Deus
Salmos 631-6; 65:2; 6913; 727; 772; 7834; 889.13; Isaías115; 1612; 2510,11; 269.16; Provébios 817.34; Oséias 515;Mateus 66; 1423; Marcos 1:35; 646; Lucas 516; 928,29
+ Sobre os segredos de Deus, os guardiães e ensinadoes ciência sagrada enganadores ou não) e a reveo ou (ensinamento escatológico) e sobre o ensinador-mor, st , oConsolador ou Advogado/Defensor/Amparador, tambchamado Espírito da Verdade ou Espírito Santo
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Deuteronômio 4:5-10; 18:15.18; Salmos 2514; 372,3; 11110;
Provérbios 8:1-36; 9:1-12; 25:2; Isaías 112-5; 25710; 282
ss; 30:20; 321,2; 411-29; 42:1-21; 45:3; 53:1-12; 611-5;
Jeremias 87-9; 23,2ss; 506,7; Ezequel 1821-23; 33:1
20.30-33; 34:131; Daniel 21-49; _Oséias 4:16; Joel
2:2328,29; Miquéias 3:1-11; Mateus 13:917ss; 232-13ss;
Marcos 4:1021,2233,34; Lucas 8:917; 10:2124; 1146.52;
12:2 3; João 1416-20 26; 1526; 16:7
do/ contemplado/conhecido pelas costas; a frente/face provoc
destruição e morte. Pecar signfica errar o caminho, o rumo, o
alvo ( U ). Deus advertiu "Os meus pensamentos não são os
vossos pensamentos, nem os vossos caminho os meu
caminhos" (Isaías 558); "Destruirei a sabedoria dos sábios e a
inteligência dos inteligentes" ( oríntios 1:19, cf Isaías 29:14).
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12:2,3; João 1416 2026; 1526; 16:7
+ Pensamentos, palavras e ações determinam o destino de cada
um e de todos Deus não tem venetas ou caprichos, não escolhe
alguém em detrimento de outrem. Consoante a doutrina do
carma, a Bília ensina que todos somos responsáveis pelo que
nos sucede e que o devir é o efeito de nossas obras, as quais são
nossos filhos espirituais O Filho do homem, procedente de
nossos rabos e lombos cf Gênesis 3511; Reis 819; Atos
2:29,30; Hebreus 7:510 sai e entra, sobe e desce, vai e retorna.
Eis que estamos no tempo do retorno (século 20, década 200,ano 2000):
Deuteronômio 4:4-10; 11:26-28; 1228; Samuel 241720;
Salmos 151-5; 18:2024-26; 242-5; Provérbios 30:4;
Eclesiastes 912; Isaías 39-11; 59:16-18; Jeremias 2:1719;
4:18; 619; 15 :19; ucas 12:3948; Efésios 48-13 ..
+ Aprenda a discernir a (margem/face/lado mão) direita da
esquerda onas 4:11) Não confunda mais as faces (lados), não
erre o caminho (Esdras 97; Daniel 9:7) Deus só pode ser adora-
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Pesqisa bíblica respadada em conhecimetos da gu,1 w,1·da meooa do esoerismo do smboismo m er ' •<•,111
dos símboos do corpo. Das váras tradções prezams .is ,l dP Jo10Ferreia de Ameda Brasíia - D Sociedade Bíbica d 3 J%!
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SUMÁRIO
1
BUND0.............................................................................. 9
1. Descobrimentos ............22 De omn re scbil (et qubusdam as) ........223 Extátcos dátilos ............................234 Quando eu era pequenino.......................... ....... 24
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5 Não me canso de toca................26 Mãos bendtas, que servs..........267. Ó mãos abençoadas, que sondas.......278 Delícas da Terra santa..............289 Taberna cuu de......................29
10 Tudo em rba do penedo............................... 3011 Mundo cão.....................................3112. Exortação....................................3213. Auciação...................................... 3314. Endereço da salvação....................................... 3415. Oferenda à Mãe Primera............... ............ ....... 35
16 A Eshu Ganesha ...............................3617. Rumo ao paraíso.................3718. Olhei para a mnha destra............319. Fogo teúrico nos ombos.................... .................. 320 Venturosos montes gêmeos.......................21. Vem comgo, meu amado...... 122 Terra dos montes reboantes 23Ave, pedra dos escândalos .......................... •24 nstalou sós nos céus ......... I25 Encantamento.... 26 Entro no......... . 27. Retorna, desgraças ........ 728 Deus furoso ............... ... IH
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29.Acanção do Senhor................................4930. Os homens erram e sofrem ........ ... ..... ....... ..... ... 5431. niciação de Jacó................................................ .5532 nima X animus ............... .......................5633 A mulher é um homem ao avesso..............5734. Que o so fique ívido ................ ................ ................ 5835. Boa Esperança do Espírito Santo ....... ...... ....... ........ ...... ..... 5936 Consagrei-me sacerdote do Espírito Santo ... ..... .... 6037.No cu do mistério ...........................................6138 Guerra aos deuses todos. .... .. ... 62
11 Círcuo dos horrores.............................. 11 Da árvore invertida.......................................... 1
in
�!:�:;a15 Preceituário para racistas com receita de rebuçado
e contra-receita de angu..................... 16 Os sinos......................................... 17. Toque para Ogun............................................... I18 Copa 86 ............................................ I
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38 Guerra aos deuses todos . .... .. ... 6239 Meu nome não é meu ..................6340. Com vara no lombo................................ 6441 Ele tem uma vara de ferro ... .... ......... ..... . 654 Fiho do homem, fruto da Terra ....... ......... ......... ........ 6643 Retoo triunfa............................ 6744 Pelo rabo............................................. 6845.Nocu........................................6946. Pão excrementício...................... 7047 Caro claro..................... 71
W......................75�
e
::::::""" . .".···.·.·.·.·..·.·.·....·....: 3 Vórtice .......................................... 814 Meditação no crepúsculo................... 825 Heróico...........................836. Gesta da peste que ronda............ ......... ......... ......... 847 Ode à ida ao id.......................... 868.Nos dias de Aids..................... 889. Sede de Hades................... 89
10 Cuspir no prato/virar a mesa90130
19 Crônica deNata. ......................................... ' 20. Casa & comida................ ............... 5 .i..··_-.
. . . . . . . . . . . . . . . . . ·.··.
23 Revisitando o inferno na paixão ..... ....... ..... ..... .. 4. De exaustivas buscas & batidas ...... ...... ..... ...... ! 25. Saudação ao menino .................... ..............
· 1�[=?·· •: 29. o amo................................................. 530As brincadeiras sérias................................. 1. urba.................................................. 732. Cerco................................... ............... 33. Ead ald...................................... 34. Das mutações............................................ . Revelações do Juízo Final (Chaves de eitura bíbica) ...
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QU BLBUCNO SEJAMENI:O BUNDO UM EZ !E SE llN NATRV COMO NOO AM lE l< > lI.
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Al.VOÉ BDO
JOSÉ CEL MAfN/ <
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asci em oa sperança 7uis ser jornaista (F, ma abw e virei auodidata. enos de u prego estata , e dei o tei com o enajamento - cua �yeatro amador. nsino o que si 11raico, numerooia e queandos i nas ess e recito
ntre ítuos inexpressivos u ()
pele 8) As peréc d coraço 8 Sl1io (8), em ediões aternativa, a omem 8) e Poen (9, ea /assao hno respectivam.
m 85 enoei dos eges e b • com W e Poezen escritos cru go e descori o migerado om cos de mina gesta esiriua e o 1' tamente apocaptico escaoógi.
reio que nomes e númr · nios, e penso ue itória o i 1um uar insinicante
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