building on success - baker tilly (portugal) · pai rico, filho nobre e neto pobre mariana...
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www.bakertilly.com.ptAn independent member of Baker Tilly International
Building on SuccessHighlights Junho
2016
Acreditamos que a Baker Tilly International nunca esteve
tão bem posicionada e preparada para lidar com estes
desafios e aproveitar as oportunidades que existem no
mercado global. Nós e os nossos clientes, estamos a
ajudar a transformar a forma como hoje se fazem os
negócios. Estou particularmente animado, sobre o que
Baker Tilly International vai conseguir e o importante
papel que irá desempenhar no mercado global, nos
próximos anos.
Em Portugal, seguimos estas práticas, em particular
incentivando que cada um de nós identifique em cada
um dos nossos três escritórios (Lisboa, Porto e Leiria), os
melhores recursos, experiência/credenciais para cada
projeto, promovendo a multidisciplinaridade de equipas,
para melhor responder aos desafios colocados pelos
nossos clientes em cada projeto (em projetos de
auditoria envolvemos com frequência colegas das áreas
de fiscalidade e de corporate finance; em projetos de
consultoria fiscal, envolvemos colegas de accounting
advisory; em projetos de gestão de risco, envolvemos
colegas de auditoria, e os exemplos multiplicam-se).
Cabe a todos nós estarmos atentos a estas mudanças e
oportunidades, continuando a crescer e a oferecer
serviços de qualidade, com equipas especializadas e
comprometidas. Estou confiante de que o talento e
profissionalismo das nossas pessoas nos permitirá
continuar a crescer em Portugal, não só em tamanho,
mas também em termos de influência e diversidade de
serviços.
Até à próxima edição da Building on Success.
Managing Partner
Crescimento Sustentado
A Baker Tilly International, aposta em definitivo na
tecnologia como ferramenta de comunicação entre os
vários escritórios. O Huddle é de utilização generalizada. O
Portal Interno implementado recentemente é um state of
the art facilitando a comunicação interna e aumentando os
níveis de segurança de cada firma e dos seus clientes.
Estes exemplos aumentam a nossa credibilidade,
transparência e visibilidade, quando trabalhamos em
projetos conjuntos internacionais.
Lançámos Soluções de Imposto Global, que facilitam a
coordenação de projetos fiscais internacionais de grande
dimensão. Estas soluções permitem alavancar as nossas
relevantes capacidades na área fiscal, disponibilizando aos
clientes um único ponto de contato, um único contrato e um
sistema de faturação e cobrança, centralizado, facilitando a
logística e controlo dos projetos por parte dos nossos
clientes, independentemente do número de países
envolvido.
O Global Focus (ferramenta de metodologia de auditoria)
foi lançado em Julho, para assegurar a uniformidade de
standards de trabalho. Esta metodologia está alinhada com
as Normas Internacionais de Auditoria e foca os nossos
esforços nas áreas de maior risco para as demonstrações
financeiras.
Temos uma política de Secondments, que permite que os
nossos profissionais se candidatem a funções e projetos,
noutros países, permitindo-lhes uma carreia internacional,
da qual a firma de origem beneficia, no momento do seu
regresso.
Foi lançado um Centro Global de Excelência, em parceria
com a Baker Tilly India. Assegurar que os clientes têm
acesso às nossas melhores pessoas, onde quer que elas
possam estar na BTI, é uma parte fundamental da nossa
proposta de valor. Este Centro Global de Excelência,
capacita-nos a montar equipas globais de forma mais
eficiente e com mais baixo custo, aportando experiências e
skills especializados para abordar de forma precisa e
específica cada cliente, em áreas tão diversas como a
consultoria fiscal, auditoria, Corporate finance, gestão de
riscos e serviços de CFO virtuais.
Os clientes querem cada vez mais trabalhar em equipa
com as nossas pessoas para desenvolver soluções úteis
aos desafios dos nossos dias (ritmo acelerado de
mudança, ruturas tecnologia e novos negócios, novos
mercados e novos players).
Management Letter
Análise
4
Notícias
14
Entrevista
10
Nesta Edição
Estudo Indústria: Cortiça
12Opinião
6
Consultório Fiscal
8
Baker Tilly News – Junho | 4
AnáliseBREXIT: As implicações Fiscais
Tiago Almeida VelosoPartnerTax
52% da populaçãovotou para deixar de sermembro da União Europeia.
As consequências fiscais
A maioria do povo inglês votou no sentido da saída do
Reino Unido da União Europeia.
Nesta data, em que não se conhecem os termos dessa
saída, o calendário da mesma e quais os eventuais
acordos político-económicos a estabelecer no pós-Brexit,
ninguém pode estimar com precisão as consequências
económicas da decisão do povo inglês.
No pior cenário possível, ou seja, num cenário em que o
Reino Unido não estabelece qualquer acordo especial
com a União Europeia, as consequências serão
certamente muito graves, quer para o Reino Unido, quer
os restantes países da União Europeia.
Neste texto, abordamos as principais consequências do
Brexit no plano da fiscalidade.
Os nossos comentários limitam-se às consequências na
fiscalidade, não abordando outras questões, igualmente
(ou mais!) relevantes, como por exemplo, as
consequências diplomáticas, na imigração, no turismo, na
atividade económica em geral, nomeadamente, no que
respeita ao comércio internacional e aos serviços
financeiros e de seguros prestados em livre prática.
Relativamente às consequências fiscais, desde logo,
verificar-se-ão acrescidos entraves fiscais à circulação
de pessoas e de estabelecimento de empresas em
Portugal, passando os cidadãos e as empresas do
Reino Unido a ser obrigados a nomear um
representante fiscal em Portugal em determinadas
situações, por exemplo, quando detenham imóveis em
Portugal ou se encontrem registados para efeitos do
IVA.
Outra consequência direta é o facto de o Reino Unido
ser excluído do território do IVA, podendo-se alterar, de
um momento para o outro, as regras de localização de
determinadas operações ativas e passivas para efeitos
deste imposto. Por outro lado, no contexto do IVA, a
venda de um bem para o Reino Unido deixará de
qualificar como uma transmissão intracomunitária de
bens para passar a qualificar como uma exportação. A
intervenção de uma entidade sedeada no Reino Unido,
impossibilitará a aplicação do regime especial de IVA
aplicável às operações triangulares.
Passando o Reino Unido a ter uma pauta aduaneira
própria, o comércio entre Portugal e aquele Estado
sofrerá entraves fiscais relevantes – nem que seja de
uma perspetiva burocrática. Com a exclusão do
Reino Unido do mercado único, e assumindo que não
é estabelecido qualquer acordo comercial bilateral, as
exportações portuguesas podem sofrer
significativamente. Em 2015, o Reino Unido foi o
quarto mais importante destino das nossas
exportações, representando 6,7% do total das
exportações .
Outra limitação que se pode mostrar relevante para
as empresas Portuguesas é o facto de o Reino Unido
ser excluído da aplicação das Diretivas Fiscais
Europeias.
(resultados preliminares); Portugal - Ficha País, Março 2016, Agência
para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E.
1
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Baker Tilly News – Junho | 5
A exclusão do Reino Unido da Diretiva Juros e
Royalties, implicará que estes rendimentos passam a ser
objeto das imposições tributárias atualmente impostas
nas transações entre empresas portuguesas e de
territórios terceiros.
A exclusão do Reino Unido da aplicação da Diretiva da
Poupança, pode significar que, para além do próprio
Reino Unido, os territórios administrados por esta nação
sejam também excluídos da mesma (por exemplo,
Gibraltar ou as Ilhas do Canal), podendo verificar-se um
importante retrocesso no combate à fraude e evasão
fiscal.
A exclusão do Reino Unido da Diretiva das Fusões
(cisões, entradas de ativos, permutas de ações e
transferência da sede de uma SE ou de uma SCE) pode
ter impactos no investimento estrangeiro em Portugal.
Quanto à Diretiva Mãe-filhas, em princípio, a saída do
Reino Unido não terá implicações imediatas
significativas. Com efeito, a legislação interna
Portuguesa já dispõe de mecanismos para evitar a dupla
tributação de rendimentos recebidos, ou pagos, a
entidades residentes naquele território.
46.8% 53.2%
REMAIN LEAVE
England
Scotland 62% 38%
48.3% 51.7%Wales
55.7% 44.3%N. Ireland
Através deste breve exercício foi possível identificar um
conjunto alargado de consequências que podem
assumir-se como relevantes para as empresas
Portuguesas.
Um futuro incerto
É certo que este ainda não será o momento apropriado
para as empresas portuguesas iniciarem os
procedimentos necessários para prevenir ou reduzir as
perdas advenientes do Brexit. Nesta fase, resta aos
gestores portugueses aguardar mais uns meses para
conhecer em maior profundidade qual será a forma e o
calendário do Brexit.
Contudo, mesmo sem elementos concretos sobre as
consequências do Brexit, uma coisa se pode garantir: o
Brexit representará (mais) um enorme desafio à
economia portuguesa em 2016, com evidentes
repercussões nos anos seguintes.
A continuidade do negócio dentro da família não é a única
opção. Apesar de não ser uma prática habitual entre as
empresas familiares portuguesas, a alienação do negócio,
como um todo ou em frações, poderá representar a
garantia da continuidade do negócio, a salvaguarda dos
postos de trabalho dos colaboradores e até a harmonia
familiar.
Independentemente da solução escolhida, compreender e
saber gerir a dinâmica de um processo de sucessão é
essencial para o seu sucesso. A sucessão é um processo
de transição que deve ter objetivos e resultados muito
claros. Existem, assim, três pontos-chave para o sucesso
de um processo de sucessão: envolvimento dos membros
da família, definição de prioridades e aconselhamento.
Os membros da família são fundamentais nos planos de
sucessão. Por um lado, os cônjuges assumem um papel
cada vez mais relevante, nomeadamente enquanto
orientadores, por outro o filho primogénito já não é visto
como o sucessor lógico.
Adicionalmente, os planos de sucessão eficazes focam-se
nas prioridades definidas pela família, acompanhando a
sua evolução à medida que o processo avança, uma vez
que as prioridades mudam ao longo das diversas fases do
processo. Por exemplo, no início, a prioridade poderá ser
capacitar a nova geração, enquanto no final do processo,
uma distribuição justa por todos os membros da família
poderá assumir maior relevância.
Por fim, a sucessão pode ser um processo complexo, que
envolve um vasto conjunto de competências e aptidões a
vários níveis, nomeadamente fiscal, imobiliário, legal e/ou
financeiro. Um aconselhamento profissional e independente
acrescentará sempre valor, evitará insucessos e conflitos
familiares.
Para que um negócio de família contrarie o ditado e
prospere além da terceira geração, há que planear a
transição com antecedência e iniciar antecipadamente este
processo, definir objetivos, ter foco, envolver os membros
da família e manter uma comunicação fluida durante todo o
processo.
Longe vai o tempo em que os filhos cresciam
envolvidos nos negócios familiares e, portanto, era
esperado (leia-se imposto) que, no futuro, estes
viessem a assegurar a continuidade das empresas. A
sucessão fazia-se de forma simples, natural e suave,
de geração em geração.
A evolução, a globalização e a Internet possibilitaram
uma educação muito mais abrangente. Hoje em dia
somos encorajados a seguir os nossos sonhos e a
traçar os nossos próprios caminhos. Seguir as pegadas
dos nossos pais já não é uma obrigação, mas sim uma
opção.
Este novo paradigma vem, assim, desafiar a lógica da
sucessão nos negócios familiares. O primeiro desafio é
saber identificar os motivos para começar um processo
de sucessão. O motivo mais comum é o facto de os
atuais líderes das empresas familiares se encontrarem
prontos para a transição. Porém, sucessão e reforma
não devem ser vistos como sinónimos. Para uma
sucessão triunfar é necessário avaliar as várias opções
e delinear uma estratégia, pelo que se deve preparar
todo o processo com antecedência.
Tempo é a palavra-chave num processo de sucessão.
Aliás, os testemunhos deixados por pessoas
envolvidas em processos de sucessão em todo o
mundo, confirmam que nunca é demasiado cedo para
começar um processo de sucessão. Outro conselho
frequente é promover a boa comunicação entre todas
as partes envolvidas, por forma a promover a harmonia
familiar.
A pró-atividade e a comunicação tendem a facilitar a
tomada de decisão e a definição dos objetivos da
sucessão. Determinar a solução mais apropriada é
outro grande desafio de uma sucessão. Muitas vezes,
os objetivos dos atuais lideres não correspondem
àquilo que as gerações que se seguem esperam, pelo
que muitas famílias enfrentam diversos obstáculos
antes, durante e depois de um processo de sucessão.
Baker Tilly News – Junho | 6
Pai rico, filho nobre e neto pobre
Mariana Corte-RealAnalystCorporate Finance
Opinião
A criação de um Manual de Governo Societário, servirápara transmitir o entendimento dos órgãos sociais dasociedade, relativamente às recomendações de boaspráticas e orientações que se julgam adequadas adotarperante as mesmas, bem como definição de penalizaçõesem caso de incumprimento.
De forma mais concreta, é possível destacar algunsprocessos a incluir nos manuais de procedimentos decontrolo interno das sociedades de advogados:
Classificação de riscos de atividades; Implementação de restrições de acesso e autorizações
multinível, mediante o nível de risco do processo emquestão;
Segregação de funções (execução / revisão); Atualização constante da lista de pessoas com poderes
de movimentação das contas bancárias da sociedade,especialmente aquando da saída de colaboradores;
Reconciliações bancárias periódicas; Procedimentos de branqueamento de capitais.
No caso de sociedades de menor dimensão, nas quais adimensão da estrutura não permite tanta segregação defunções, será necessária a implementação de controlosadicionais, aumentando o envolvimento do TopManagement.
Um investimento com retorno
Pese embora seja necessário algum investimento para seimplementar um sistema de controlo anti-fraude eficaz,está provado que este tem retorno no longo prazo, namedida em que previne efluxos financeiros indevidos.
No caso específico das sociedades da avogados, importasalvaguardar a sua saúde financeira, o retorno dos sóciose mitigar o risco reputacional.
A crescente ameaça de fraude cibernética faz com que associedades de advogados sejam cada vez mais zelosasrelativamente à proteção de informação sensível eimplementação de mecanismos de controlo interno.
De acordo com um estudo desenvolvido pela Association ofCertified Fraud Examiners (E.U.A.), as fraudes sãoresponsáveis pela perda de 5% do volume de negócios dassociedades de advogados, a nível global. Este númerorepresenta, para uma sociedade de advogados, uma parcelasignificativa de receita em risco.
Assim, importa perceber quais são as principais ameaças a terem consideração e que medidas preventivas podem serimplementadas nos sistemas de controlo interno dassociedades de advogados.
Conhecer a ameaça
Os principais riscos não estão relacionadas com falsificaçãode cheques, nem com esquemas de manipulação de receita –a ameaça mais relevante reside no interior das sociedades ena origem de verbas, entregues por clientes (em particularclientes internacionais).
O elevado número de movimentos financeiros de montanterelevante, faz com que a apropriação indevida de ativos seja oprincipal risco a ter em consideração neste tipo deorganizações.
Embora a tecnologia desempenhe um papel importante naavaliação de risco e prevenção de fraude, por vezes transmiteuma ideia de segurança que não é necessariamenteverdadeira, sendo necessário estar consciente dos riscos quea mesma acarreta.
A facilidade de acesso a dados de natureza financeira, exigema implementação de controlos mais eficazes e rigorosos.
Para melhor entendimento dos riscos inerentes a estaatividade, importa relembrar três fluxos de cash, quetipicamente existem em firmas de advogados:
Contas de depósito à ordem utilizadas para recebimentos epagamento de despesas operacionais;
Contas de garantias ou fiduciárias; Adiantamentos de clientes para pagamento de peritagens,
produção de documentos, entre outras despesas inerentesa processos judiciais.
Será que as sociedades conhecem a origem do dinheiro?Será que os procedimentos de due diligence forameficientemente adotados pela sociedade de advogados.
Prevenção do problema
Existem soluções de carácter organizacional, centradas noscolaboradores. Acreditamos que as boas práticas de gestãodevem ser cultivadas pelo Top Management, que deve servircomo veículo de difusão dos princípios éticos da sociedade.
Baker Tilly News – Junho | 7
António Pires dos Reis
Audit Manager
Saiba como o podemos ajudar.Consulte-nos.
Quais são os principais riscos de fraude para uma sociedade de advogados?
Risk Management
Gostaria de saber qual é o procedimento quando existe
atraso na submissão da declaração Modelo 22 e
pagamento do IRC. A declaração do ano de 2015 da
minha empresa apenas foi submetida nesta semana,
quando deveria ter sido em maio, tendo o pagamento do
IRC (3.0000 €) sido efetuado na mesma data.
Perante o atraso na entrega do IRC, será devida uma
coima, a fixar, que pode variar entre 30% e a totalidade
do imposto pago em atraso (i.e. Euro 900 e Euro 3.000),
por se tratar de uma pessoa coletiva.
Contudo, é possível solicitar a aplicação de coima
reduzida que corresponderá a 2,5% do imposto pago em
atraso se o pedido de pagamento for apresentado no
prazo de 30 dias após ao da prática da infração, ou seja,
até ao final do mês de junho.
O pedido de redução de coima é um procedimento
simples e automático. Para que se possa beneficiar da
redução de coima, o pagamento da mesma deve ser
efetuado nos 15 dias posteriores à entrada do pedido de
redução de coima nos serviços da autoridade tributária.
Baker Tilly News – Junho | 8
Consultório FiscalTem sido muito divulgada a possibilidade de reavaliação
de imóveis mais antigos que permite um pagamento
inferior de IMI. Um vez que detenho um imóvel adquirido
em 1995, em que circunstâncias posso solicitar a sua
reavaliação?
O Código do IMI permite que os sujeitos passivos
reclamem de incorreções nas inscrições matriciais dos
imóveis com o fundamento, entre outros, na
desatualização do seu valor patrimonial tributário (VPT).
Esta desatualização poderá ocorrer, por exemplo, pelo
facto de a idade do imóvel (coeficiente de vetustez)
considerada na anterior avaliação não ter sido objeto de
atualização.
Neste sentido, deverá ser confirmada a data em que foi
efetuada a última avaliação oficiosa pela AT ou se
existiram alterações ao imóvel que possam alterar o seu
VPT. Caso seja possível solicitar a reavaliação, o sujeito
passivo deve submeter uma declaração Modelo 1.
No entanto, recomendamos que seja efetuada,
previamente ao pedido de reavaliação, uma simulação do
IMI a pagar na sequência dessa reavaliação, na medida
em que o imposto resultante da reavaliação pode ser
superior ao valor que o sujeito passivo se encontra a
suportar, atendendo, por exemplo, às alterações
verificadas nos coeficientes de localização.
Esta rubrica resulta de uma parceria com o
Jornal OJE com o intuito de esclarecer as
dúvidas dos leitores relacionadas com
obrigações fiscais.
Caso pretenda ver alguma dúvida esclarecida,
envie a sua questão para [email protected]
com o assunto “Consultório Fiscal”.
A informação incluída nesta rubrica é de natureza geral. A
publicação é exclusivamente preparada para efeitos
informativos, não substituindo aconselhamento profissional e
não devendo servir de base para qualquer tomada de decisão
na resolução de casos concretos. Para esse efeito, a leitura
desta publicação não dispensa a leitura integral da legislação e
outra informação nele mencionada.
A Baker Tilly Portugal não se responsabilizará por qualquer
dano ou prejuízo resultante da tomada de decisão baseada na
informação aqui apresentada.
Alertamos ainda que pelo atraso na liquidação do IRC
serão devidos juros compensatórios, sobre o imposto
liquidado em atraso, calculados numa base diária, à
taxa anual de 4%.
Lara CastroManagerTax
Os Sistemas de Incentivo (SI) ao investimento são instrumentos fundamentais para as políticas de dinamização
económica e assumem um cariz estruturante para o desenvolvimento económico regional e nacional.
Relativamente aos incentivos direcionados para as empresas, entidades do sistema de Investigação e Inovação
(I&I), e outras instituições públicas e privadas sem fins lucrativos, destacam-se os seguintes concursos:
Aviso 13/SI/2016 – SI Empreendedorismo Qualificado e Criativo
O presente Aviso visa apoiar projetos individuais conducentes à criação de empresas que desenvolvam
atividades em setores com fortes dinâmicas de crescimento, incluindo as integradas em indústrias criativas e
culturais, e/ ou setores com maior intensidade de tecnologia e conhecimento, e empresas que valorizem a
aplicação de resultados de I&D na produção de novos bens e serviços.
Aviso 12/SI/2016 – SI Inovação Produtiva
O presente Aviso visa apoiar projetos individuais em atividades inovadoras com as seguintes tipologias:
a) A criação de um novo estabelecimento;
b) O aumento da capacidade de um estabelecimento já existente;
c) A diversificação da produção de um estabelecimento para produtos não produzidos anteriormente no
estabelecimento;
d) A alteração fundamental do processo global de produção de um estabelecimento existente
Aviso 02/SAICT/2016 – Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica
O presente Aviso visa apoiar “Projetos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico”, desde que
enquadrados nos domínios da Estratégia de Especialização Inteligente (RIS 3). Os projetos de IC&DT candidatos
devem assumir a modalidade de “projetos em copromoção”, realizados em consórcio.
Toda a informação sobre estes e outros concursos em:
www.bakertilly.com.pt/serviços/incentives/concursos
Consulte-nos.
João Aranha | Partner
Baker Tilly News – Junho | 10
O percurso profissional de Manuel Pires de Matos e de
Luís Pinheiro Torres – partners do escritório do Porto da
Baker Tilly – esteve ligado, durante muitos anos, a
empresas internacionais de auditoria, antes de ambos
terem optado, “numa época de reconversão e alteração
societária que aconteceu numa dessas grandes
empresas” por enveredar por uma prática independente.
Como surgiu a ideia de integrarem uma organização
multinacional como é o caso da Baker Tilly?
LPT: Crescemos o que podíamos crescer, mas depois
houve uma altura em que sentimos a necessidade de nos
integrarmos numa organização mundial.
MPM: Sentimos que os nossos clientes queriam mais
serviço, mais acompanhamento – não só em termos
geográficos, mas também na amplitude das competências
disponíveis – e, de entre as mais destacadas empresas
internacionais de auditoria com que fomos falando, a
Baker Tilly foi claramente o projeto mais desafiante.
LPT: A fusão permitiu à nossa equipa estar hoje mais forte
e preparada para os novos desafios, entre os quais se
destacam, por exemplo, todas as reformas que tem havido
na auditoria e que nos obrigam também a mudanças.
Referiram as reformas que tem havido no sector, pode-se
dizer que a auditoria atravessa um clima de instabilidade?
LPT: Relativamente ao Novo Estatuto da Ordem dos
Revisores Oficiais de Contas, por exemplo, considero uma
uma ação feita ao arrepio dos revisores que acabaram por
não participar na elaboração deste estatuto.
MPM: Havia, de facto, uma evolução a fazer mas a Ordem
dos Revisores Oficias de Contas não se revê nos
documentos finais.
Como interpretam a atual conjuntura económica
portuguesa?
LPT: Não há nada pior para o investidor do que a
instabilidade e imprevisibilidade, sendo que não percebo
esta volatilidade legislativa. A título exemplificativo, a
reforma de IRC que foi feita há dois anos e que já está a
ser posta em causa neste novo Orçamento do Estado.
MPM: Efetivamente, o enquadramento fiscal de Portugal
não transmite confiança e é disso que todo os
investidores, nomeadamente os estrangeiros, precisam.
Como poderia ser ultrapassada esta tendência de
instabilidade e imprevisibilidade?
MPM: Por exemplo, através de uma regra
constitucional que obrigasse a uma estabilidade no
quadro fiscal de pelo menos dez anos. Isto porque
qualquer reforma que um governo faça hoje será
desfeita pelo que vier amanhã. Mas, a este,
acrescenta-se um outro problema: o facto de os
tribunais não tomarem decisões em tempo útil, uma
das maiores fragilidades nacionais”. Adicionalmente,
a necessidade de agilizar o financiamento das PME´s
é também fundamental para o relançamento do
investimento e da economia. Também nesta questão
os auditores em geral e a Baker Tilly em particular
têm um papel fundamental já que a credibilização da
informação financeira permite uma melhor perceção
do risco pelas instituições financeiras permitindo a
redução do custo dos financiamentos.
Uma das grandes questões que o sector da auditoria
tem vindo a sentir a nível internacional prende-se
com a excessiva concentração de mercado. Qual a
vossa opinião relativamente a este tema?
Concordamos com os esforços internacionais para
que o mercado da auditoria seja menos concentrado.
Ou seja, em vez de serem sempre as mesmas quatro
grandes empresas de auditoria os empresários terem
mais alternativas com os mesmos níveis de qualidade
de serviço. A Baker Tilly está totalmente focada nesta
missão e já é reconhecida pela União Europeia como
uma das “big eight” empresas internacionais de
auditoria.
Entrevista
Manuel Pires de Matos e Luís Pinheiro Torres
Baker Tilly News – Junho | 11
Gisela Vasconcelos, senior de auditoria no
escritório do Porto, juntou-se à equipa da Baker Tilly
no início de 2015. Gisela partilhou connosco como
tem sido a sua experiência até ao momento.
O que te motivou a ir trabalhar para a área de
auditoria?
No início, o que me motivou a trabalhar na área de
auditoria foi essencialmente a possibilidade de
conhecer diversos tipos de negócios, de
organizações, bem como colocar em prática os
conhecimentos de contabilidade, auditoria e
fiscalidade adquiridos durante a Universidade.
Adicionalmente, a expectativa de valorização nas
relações interpessoais e constante evolução quer a
nível pessoal e profissional.
Quais os aspetos mais positivos que destacarias de
trabalhar em auditoria?
A ausência de monotonia que assenta no facto de
se trabalhar em empresas diferentes, com pessoas
diferentes, sobre negócios diferentes, em áreas
geográficas diferentes.
E na diversidade de matérias com que lidamos
desde a fiscalidade, contabilidade, auditoria, direito,
etc.
O desenvolvimento de competências na área das
relações humanas é também um aspeto positivo a
destacar.
Finalmente, poder contribuir para o
desenvolvimento dos clientes onde fazemos
trabalho quer seja através de recomendações para
melhoria de procedimentos, do negócio ou apenas
contribuindo para um relato financeiro com mais
qualidade, constitui um desafio diário.
Quais as tuas expectativas futuras na Baker Tilly?
Continuar a desenvolver os conhecimentos nas
diversas áreas, continuar a crescer tanto a nível
pessoal como profissional.
Contribuir de forma positiva para o crescimento da
Baker Tilly em Portugal.
Como descreverias o ambiente na Baker Tilly?
O ambiente na Baker Tilly é bastante acolhedor.
As pessoas são muito próximas, acessíveis e há
uma entreajuda constante entre todos.
Gisela Vasconcelos
BT AcademyGrowing Together
Consulte o nosso plano
de formação:
www.bakertilly.com.pt/academy
Estudo
Baker Tilly News – Junho | 12
836 833 842 897
194 194 183 177
2012 2013 2014 2015
Exportações - valor Exportações - quantidade
Portugal897
Spain229
France66
Italy48
Others185
Portugal lidera as exportação mundiais de
cortiça, tendo uma quota de 63%. Nos últimos
anos, as exportações têm crescido em valor e
diminuído em quantidade, o que revela um
aumento do valor acrescentado das
exportações. Este aumento é fruto da aposta
em I&D e das campanhas de promoção
internacional da cortiça.
A Baker Tilly pode apoiar em processos de fusão ou alienação, apoiando a Administração no
processo de saída, bem como assistindo na negociação com grandes grupos e outros players.
Indústria da Cortiça Potencial de Consolidação do Mercado
Portugal é líder mundial na produção e na exportação de cortiça. O setor da cortiça assume
assim um papel estratégico e prioritário para o país.
O setor industrial da cortiça engloba as atividades de preparação da
cortiça e fabrico, tanto de rolhas como de outros produtos de cortiça.
Atualmente, esta indústria conta com 650 empresas (fonte:
APCOR), no entanto, nos últimos anos, o seu número tem vindo a
diminuir.
Este setor exibe uma forte concentração de mercado, sendo as
empresas de maior dimensão as que apresentam melhores
margens de rentabilidade. Contudo o mercado é caracterizado por
um grande número de PMEs. Estas empresas, de dimensão mais
reduzida, devem traçar estratégias para definir o rumo que
pretendem seguir.
Evolução das exportações portuguesas de Cortiça
Exp
ort
açõ
es e
m M
ilh
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s
Exp
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ela
da
s
Exportações mundiais de cortiça (M€) | 2015
O investimento em I&D tem aumentado
exponencialmente, o que tem contribuído para
a melhoria da qualidade e desenvolvimento de
produtos inovadores.
Adicionalmente, as campanhas de divulgação
da cortiça portuguesa no mercado exterior têm
promovido, com sucesso, o produto e
dinamizado as exportações.
João Palma
Senior Associate
Corporate Finance
Baker Tilly News – Junho | 13
3%
7%
17%
73.6%
Com base nesta amostra, concluímos que o
sector da cortiça, em Portugal, é constituído
maioritariamente por empresas de pequena
dimensão. Contudo, é evidente uma grande
concentração de mercado, visto que as 4
maiores empresas do setor são responsáveis
por mais de 40% do volume de negócios do
setor.
A Baker Tilly compilou informação de uma amostra de 148 empresas portuguesas que atuam
na indústria da cortiça e com volume de negócios superior a €1M (fonte: Sabi).
Fusão com empresas de dimensão semelhantePreparação de venda a grandes players
Saída com rentabilidade para os acionistas no curto-prazo;
Deixar de competir com grandes grupos, eliminando o risco de falência.
Aumento da quota de mercado;
Aumento de margens - sinergias operacionais;
Maior capacidade para competir com as grandes empresas.
>€40M
€15M-€40M
€5M-€15M
€1M-€5M
Distribuição por Volume de Negócios | 2014
Mar
gem
EB
ITD
A (
%)
Apesar do crescimento do setor, a ambição das maiores empresas poderá canibalizar a
presença de pequenos players. As pequenas empresas devem traçar estratégias para definir o
rumo que pretendem seguir.
As empresas com maior volume de negócios
são as que apresentam melhores taxas de
rentabilidade, alcançando um EBITDA médio de
aproximadamente 13% do volume de faturação
(face aos 5,1% das empresas com faturação
entre €1M e €5M).
Adicionalmente, verifica-se que, na
generalidade, o nível de endividamento face ao
EBITDA decresce à medida que aumenta o
volume de faturação.
13.0% 12.6% 12.8%
10.3%9.3% 9.2%
8.2%7.2% 7.2%
1.2%
4.9% 5.1%
0.0%
4.0%
8.0%
12.0%
16.0%
2012 2013 2014
T > €40M T €15M-€40M
T €5M-€15M T €1M-€5M
EBITDA
Paulo André, Managing Partner da BakerTilly em Portugal, em visita às minas daPanasqueira
Baker Tilly News – Junho | 14
Notícias
Participação da Baker Tilly no Torneio dosPatricius
A equipa Baker Tilly chegou às meias finais do já
histórico Torneio dos Patricius que decorre todos os
anos na cidade do Porto. Agenda
Conferência: Planos de Sucessão
Hotel Eurosol Leiria e Jardim, Leiria
20 setembro
Global Tax Conference 2016
Lisbon, Portugal
30 novembro – 2 dezembro 2016
Para informações adicionais contacte-nos através
do e-mail: [email protected]
Visita de Adam Grainger, diretor da Baker
Tilly International, a Portugal
O escritório de Lisboa recebeu a visita de Adam
Grainger, Diretor Regional da Baker Tilly
International.
Estas visitas asseguram o controlo de qualidade e
proporcionam uma maior aproximação entre a Baker
Tilly International e os seus membros, com o objetivo
de promover sinergias e oportunidades de negócio,
tendo os “Preços de Transferência” sido o tema deste
almoço com o Partner João Aranha.
A Baker Tilly prestou recentemente serviços de Due
Diligence para a Beralt, S.A. (Minas da Panasqueira,
Volfrâmio – Serra da Estrela).
A equipa Portuguesa, teve o apoio de experts do
sector de Minning & Natural Resources da Baker Tilly
Canada.
Saiba como o podemos ajudar.
Consulte-nos.
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