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    5768

    TIKVREVISTA DA COMUNIDADE ISRAELITA DE LISBOA

    N 6 5 8 A n oS e t e m b r o / O u t u b r o d e 2 0 0 7

    T i s h r e i / C h e s h v a n 5 7 6 8

    Dossier: Cemitrio Judaico profanado em Lisboa

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    Um novo ano Judaico 5768cheio de boas esperanas

    Caros leitores, correligionrios e simpatizantesEsta 65 edio do nosso Boletim Tikvmarca o perodo das grandes festividadesjudaicas os Chaguei Tishrei e a chegadado novo ano judaico de 5768.Ano que para a CIL chega com o prennciode grandes realizaes com a alegria da che-gada do nosso novo Rabino Eliezer Shai DiMartino e sua famlia, com o repetido suces-so nas inscries para os cursos do nossoDepartamento de Ensino Judaico para o anolectivo 2007/2008 que j arrancou com mui-tos novos alunos e novas turmas e com a co-memorao dos 5 anos de actividades cont-nuas do nosso querido Grupo Guil Hazaav.Um novo ano judaico que nasce sempre

    com um importante sentimento de mobili-zao e manifestao de apoio e confianapor parte dos nossos correligionrios queacreditam cada vez no grande projecto dedesenvolvimento da CIL, sempre voltadocada vez mais para a integrao e partici-pao comunitria e para o fortalecimentoda conscincia e identidade judaica de ca-da um dos nossos membros, desde os maisnovos at a mais vivida gerao.Entretanto, este novo ano judaico ficatambm marcado pela lamentvel invaso eprofanao ocorrida recentemente no nossocemitrio judaico, cujo repdio e busca pelajustia tem sido diariamente manifestadapela Direco da nossa comunidade, bemcomo por todos os nossos correligionrios,amigos, simpatizantes e amantes da paz, li-berdade, respeito, justia e tolerncia. (verdossier especial neta edio).Elevaremos os nossos pensamentos para oque h de melhor, no desejo de um espri-to irmanado e nico, seguirmos juntos nes-te novo ano na busca de novas e maioresrealizaes na nossa Comunidade em to-das suas reas. Mas acima de tudo, no de-sejo de que esta mobilizao e integrao

    comunitria seja cada vez maior, em prolda continuidade e do fortalecimento do ju-dasmo em Portugal.Que seja este tambm um ano marcado pe-la paz, pela tolerncia e respeito entre aspessoas e entre os povos em todo o mundo.Desejamos a todos os nossos sinceros vo-tos de umSHANA TOV USHNAT SHALOM !

    Marcos PristDirector Executivo CIL

    E D I T O R I A L

    O Rabino Eliezer,uma aposta no futuro

    Este nmero do Tikv sai com bastante atraso em re-lao ao seu tema de capa centrado no Ano Novo de5768, atraso pelo qual pedimos as nossas desculpas.Comemos o ano com a vinda auspiciosa do novo rabi-no, Eliezer Shai Di Martino e sua famlia que logo dirigiuos servios religiosos das festas e cuja presena, embo-ra ainda muito recente, j comea a ter algum impactona nossa comunidade. O seu dinamismo, a sua firme de-terminao em incrementar a espiritualidade judaicaentre ns e simultaneamente a sua vontade de trabal-har para a unio e coeso da CIL, como testemunho aentrevista que publicamos neste nmero, leva-nos apensar que escolhemos o homem certo no momentocerto.

    O judasmo no se resume sinagoga e a f de cada umno se mede pela assiduidade na sua frequentao. Ir ouno sinagoga releva da escolha individual de cada um,escolha que no diz respeito a mais ningum. Mas a nos-sa sinagoga centenria sempre foi um ponto de encontroe de unio da comunidade, ponto de chegada e de parti-da de refugiados, imigrantes e turistas. Hoje, ela temuma vida diria, em grande parte graas aos cursos mi-nistrados pelo professor Larcio: crianas, jovens e me-nos jovens frequentam aulas, grupos de estudo e re-flexo, atraindo pessoas que at h pouco no tinhamuma relao prxima com a Comunidade. Tambm umnmero significativo de no judeus, interessados em sa-ber mais sobre judasmo, frequentam as aulas. Mas se-ria importante que essa vitalidade tivesse expresso nosprprios servios religiosos: hoje em cada Shabat, o Ra-bino dirige-se comunidade, em portugus, comentan-do a poro semanal de leitura da Tor, facilitando as-sim a comunicao com o pblico, e o livro de oraespara o Shabat, graciosamente oferecido pela famlia Aripor ocasio da Bar-Mitzv de Alexandre Ari, permite acada um participar activamente no servio, em hebraicotransliterado e em portugus. Mas por muitos esforosque faa o Rabino, ele no poder nunca substituir-se

    vontade dos membros da CIL. pois, mais um apelo participao de todos que aqui deixamos.Vivemos um momento de reforo, a nvel europeu, daextrema direita neo-nazi e antisemita. Em Portugal,pensvamos estar relativamente ao abrigo dessas mani-festaes. Mas o recente atentado ao cemitrio judaicode Lisboa, do qual damos conta nas pginas deste n-mero, veio desmentir essa doce iluso. E nem a solida-riedade efectiva e preciosa por parte das autoridadesoficiais e de todas as confisses religiosas, nos pode fa-zer esquecer que a nossa fora como comunidade vemsobretudo da nossa unio e da vitalidade da nossa vidacomunitria e espiritual.

    Esther Mucznik

    Vice-Presidente

    2 Tikv 65 Setembro/Outubro

    FICHA TCNICADirectora Esther MucznikChefe de Redaco Marcos PristColaboradores Diana Ettner, Gabriel Steinhardt,Henrique Ettner, Nuno Martins e Samuel LevyConcepo e produo grfica Raimundo Santos

    Tikv 65 Setembro/Outubro 3

    m e n s a g e m d a d i r e c o C A R T A S R E C E B I D A S

    Frum Abramico de Portugal

    O Forum Abramico de Portugal, expressa oseu mais veemente repdio pelo inqualific-vel acto de selvajaria gratuita, perpetradocontra o cemitrio israelita de Lisboa. Ocompleto desrespeito pelo descanso dos nos-sos antepassados , sem dvida, um actopor si s condenvel e desprezvel, mas, me-nos indiferentes ainda devemos ficar, quan-do a memria dos nossos mortos perturba-da atravs de smbolos que injuriaram toda ahumanidade e representam um perodo dahistria mundial que todos queremos evitarvenha a repetir-se.

    O Frum expressa publicamente o seu maisprofundo pesar e repdio pelos actos de van-dalismo cometidos no Cemitrio Judeu, bemcomo todos os actos de semelhante naturezaque atentam contra a dignidade e respeitabi-lidade do ser humano.

    A DirecoLisboa, 27 de Setembro de 2007

    Dear Jos

    I am writing you to express my solidarity wi-th the Lisbon Jewish community.Unfortunately your mail notifying us of thissad event was received on Wednesday night,after the beginning of Sukkot and I had achance to see it only today as I was in Ger-many for political encounters.As President of the European JewishCongress I express my full solidarity with theJewish community of Lisbon and stronglycondemn the desecration of cemetery in Li s-

    bon by far-right young people. I am glad thatthe police caught the perpetrators quicklyand I hope justice will be served.In a country that has not seen much of theanti-Semitic violence experienced by ourother colleagues in Europe, I am sure thatthis event comes as a shock for you and yourcommunity. I strongly hope that the Portu-guese government will persecute these van-dals, showing an example, by the current EUPresidency, for other European countriesPlease let me know if there are any actionsyou would like the EJC to take as far as offi-cial condemnations or actions with the EUPresidency.

    Yours,Moshe Kantor - President of the European Je-wish Congress

    A comunidade judaica do Rio de Janeiro, noBrasil se solidariza com nossos irmos portu-gueses que mantm a chama milenar do ju-dasmo nesta regio da Pennsula Ibrica,onde os judeus chegaram expulsos pelo im-perador Adriano no sculo 6 de nossa era.Judeus portugueses sobreviveram a todos ostipos de perseguies, sobreviveram Inqui-

    sio, ao dito de Expulso e ao governo mi-litar de direita. Mas na Europa unificada, opreo que se paga pela liberdade o aumen-to do anti-semitismo. Temos a certeza abso-luta de que as autoridades policiais e judici-rias portuguesas agiro de forma exemplarneste caso para inibir outras tentativas demanchar o passado e o presente dos judeusem Portugal. Tenham a certeza de contarcom a solidariedade dos judeus brasileiros.

    Sergio Niskier- Presidente da FederaoIsraelita do Estado do Rio de Janeiro- Brasil

    Exmo. Senhor PresidenteJos Oulman Carp,

    Agradeo o convite de V. Exa. para assistir cerimnia religiosa que ter lugar no cemit-rio israelita, no prximo Domingo, 7 de Ou-tubro.Infelizmente, por motivos pessoais, no me possvel comparecer na cerimnia destina-da a repudiar o acto de vandalizao do ce-mitrio judaico ocorrido no passado dia 25de Setembro.Agradecia que desse a publicidade que en-tender a esta minha atitude de solidariedadepara com a Comunidade Israelita de Lisboa

    que foi to bem representada na Comissoda Liberdade Religiosa, da qual fui Presiden-te at ao passado dia 4 de Setembro, atravsda Dra. Esther Mucznik.Com os melhores cumprimentos e pedido dedesculpas por no estar presente, subscreve

    O Juiz Conselheiro do SupremoTribunal de JustiaJubilado, Jos Menres Pimentel.Ex- Presidente da Comissoda Liberdade Religiosa

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    4 Tikv 65 Setembro/Outubro Tikv 65 Setembro/Outubro 5

    goga em grego, significa, emhebraico, a casa do encontro. Sefosse util izada somente paraservios religiosos, ento a suadesignao seria Beth Tefil, ouseja, a denominao mais in-clusiva, chamando para si osmais religiosos, juntamente,com os menos religiosos.

    Pensam que existe o capitalhumano necessrio para ul-trapassar essa barreira?Claro que sim. O alvo principalde qualquer Rabino o de conci-liar os membros da comunidade,levando-os a participar no maiornmero de actividades, religio-sas ou no religiosas.

    Que diferenas existem entreas Comunidades Judaicas emItlia e em Portugal?A Comunidade Judaica Italiana uma comunidade modelo. uma comunidade tradicional,mas que conseguiu ser sufi-cientemente liberal para queno ocorram cises internas eque todos possam estar no seuseio. uma comunidade orto-doxa mas, em simultneo, nocriou guetos. No tem os hare-dim, os laicos, os reformistasou os sionistas em comuni-dades paralelas. Todos fazemparte da Comunidade, da orga-nizao que rege os assuntos

    judaic os. Por outro lado, se f or Sinagoga de Roma, vai en-contrar pessoas de diferentesestratos sociais a frequentaremos servios religiosos. No hdistines sociais ou culturaisentre os Judeus italianos. umbom exemplo para as comuni-dades judaicas na Dispora.Encontramos em Itl ia umconjunto de pessoas ligadas sartes, pol t ica e que, porvezes, no se identificam muitocom a Comunidade Judaica.Exemplos como Alberto Morvia(escritor e Prmio Nobel da Lite-

    ratura) ou Carlo Ginzburg (histo-riador italiano) so paradigmti-cos. Esta realidade j no toforte em Portugal.A diferena entre os Judeus Ita-lianos e os Judeus Portugueses que aqueles se encontram emRoma, ou em Itlia, h mais dedois mil anos. Oficialmente, osJudeus italianos no tiveram In-quisio, com excepo do sul, oque faz com que a maior dos Ju-deus italianos se encontrem in-tegrados e se considerem maisitalianos que os italianos no Ju-

    deus. Por exemplo, o fenmenodo cripto-judasmo quase in-existente em Itlia. Em Portugal

    j bem diferente.

    Quer o Rabino, quer a suaMulher, criaram o seu prprioblog, onde discutem e apre-sentam diversos aspectosculturais, religiosos, filosfi-cos, etc. Os utenslios da mo-dernidade so um obstculoou um apoio religio?A natureza do Judasmo anti-obscurantista. Por exemplo, Mai-monides utilizou conscientemen-

    te a linguagem da moderna filo-sofia para expressar conceitos

    judaicos. Diz a Torah que o PovoJudeu um Povo sbio e inteli-gente. Se o computador temuma utilidade para o Judasmo,ento vamos utiliz-lo. Uma fer-ramenta existe com um propsi-to, mas pode utilizada para ou-tro. Uma faca pode ser utilizadapara cortar verduras ou paramatar, o que interessa a formacomo util izamos essas ferra-mentas. Por isto, os utenslios damodernidade so um apoio aos

    propsitos do Judasmo.

    Qual o grande desafio nofuturo para o Povo Judeu?O grande desafio o de arran-

    jar uma harmonia no mundo Ju-daico e cumprir a seu papel naHumanidade que o de ser umaluz entre as Naes. Infelizmen-te, nos dias que correm, os jo-vens afastam-se da Comunida-de porque no encontram har-monia e por causa do sectaris-mo e das guerras internas quenos impedem de ser a luz paraas Naes do Mundo.

    E liezer Shai Di Martino o no-vo Rabino da CIL. Nascidoem Itlia, viveu em Israel eantes de chegar a Lisboa, foi Ra-bino da Comunidade Judaica doPorto. Um Rabino jovem e comideias concretas sobre a reno-vao do judasmo portugus.Juntamente com a sua mulher,Malka Di Martino, concedeu-nosesta entrevista onde falou sobrea CIL, os desafios do Judasmo ea modernidade.

    Aps uma breve experinciano Porto, que diferenas en-contraram em Lisboa?O Porto uma cidade muito fe-

    chada, muito provinc ial , aspessoas no aceitam com facili-dade as diferenas culturais eso muito selectivos com o cr-culo de amizades. Lisboa acapital. Aqui existem muitassemelhanas com Roma, a vida muito parecida nas duas ci-dades. Em Lisboa existe umconfronto cultural, no se comes bacalhau ou tripas. Sentimo-nos em casa, foi uma adap-tao mais fcil e mais rpida.

    Quais so os grandes desa-fios que a CIL vos proporcio-

    na e como pensam ultra-pass-los?O grande desafio que temos pe-la frente o de dar uma visomais tradicional da religio ju-daica. No Judasmo no existesomente a identidade religiosa.Existe tambm uma identidadenac ional . O Povo de Israelsempre foi um Povo ecltico queno seu interior tem pessoasmais cumpridoras das leis reli-giosas e outras menos cumpri-doras. uma realidade histri-ca. A dispora, sobretudo nospases cristos, levou a uma

    vaticani zao do Judasmo, ouseja, passmos a diferenciar

    entre o clero e os laicos. O nos-so desafio o de contrariar estaviso, incluindo dentro do Ju-dasmo os religiosos e os menosreligiosos. No fundo, acabarcom a distino entre sinago-gueiros e laicos e incluir todosna mesma identidade, levando aque ambos participem nas acti-vidades religiosas e no religio-sas. Esta uma situao queexiste actualmente e o nossodesafio o de ultrapassar estabarreira que tem mais razescrists do que judaicas. Porexemplo, Beth Knesset, a Sina-

    R O S T O S D O J U D A S M O

    O Povo de

    Israel sempre foi

    um Povo ecltico

    que no seu

    interior tem

    pessoas mais

    cumpridoras das

    leis religiosas

    e outras menos

    cumpridoras.

    Entrevista com

    RABINOELIEZER DI MARTINO

    Conduzida por NUNO W. MARTINS

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    6 Tikv 65 Setembro/Outubro

    Interveno do Sr. Ministro da Justia- Dr. Alberto Costa

    A Repblica Portuguesa funda-se na dignidade, na liberda-de, no pluralismo e na tolerncia.Sendo o nosso Estado um estado assumidamente laico, agarantia da liberdade religiosa e de culto uma das traves-mestras da nossa ptria constitucional.Isso reclama igualdade e respeito o contrrio de discrimi-nao e de desprezo.As leis da nossa Repblica incriminam e punem actividadesque encorajem o dio e a violncia, religiosa ou racial.E sotambm incriminados e punidos os actos contra sentimen-tos religiosos ou contra o respeito devido aos mortos.Quando uma crena religiosa objecto de agresso, o Es-tado de Direito no pode resguardar-se por detrs doprincpio da laicidade mobiliza o direito e a justia penal. esse o seu dever.Ultrajar, profanar, escarnecer ou vilipendiar uma crena ouum culto constitui uma negao da liberdade, da tolernciae da igual dignidade de cada um de ns.Nesta perspectiva laica, liberal e tolerante, os actos ultra-jantes praticados neste cemitrio judaico so tambm ul-trajes a todos ns, tanto aos que acreditam como aos queno acreditam.Perante esta agresso, todos ns somos judeus.

    Em nome desta cultura democrtica e constitucional quero,como ministro da Justia, que tambm, segundo a nossa

    tradio, o ministro dos cultos, associar-me a esta cerimnia.E faz-lo para repudiar os actos de dio, vandalismo, ultra-je e agresso que atingiram a comunidade judaica.Quero tambm, em relao a uma comunidade que traz dopassado a memria de horrveis perseguies e continua a sero alvo do anti-semitismo, exprimir profunda solidariedade.Quero exprimir solidariedade e tambm confiana.Confiana na aco do Estado de Direito, a perseguir crimi-nalmente os responsveis, como j est a faz-lo, e a en-treg-los aos tribunais para serem censurados e responsa-bilizados pelos seus actos.E tambm confiana na sociedade aberta, democrtica e to-lerante aquela sociedade onde homens de f e homenssem f se renem para celebrar o valor da liberdade reli-giosa e repudiar os actos dos que praticam crimes contra ossentimentos religiosos e contra a humanidade.Nunca poderemos dar os sinais da barbrie como definiti-vamente extintos.Lutar contra ela um trabalho infindvel que o cu come-teu condio humana.Nessa luta prosseguiro unidos todos os homens de boavontade.No ao ultraje.Sim dignidade e solidariedade!

    Texto do voto aprovado por unanimidadena Assembleia da Repblica a 4 de Outubro 2007Condenao pelos actos de vandalismo ocorridos no Cemitrio Judaico de Lisboa

    O Cemitrio Judaico de Lisboa foi objecto de reprovveis actos de vandalismo no passado dia25 de Setembro. A Comunidade Israelita de Lisboa, em posio pblica, entendeu que tais

    actos configuravam um crime contra a Comunidade Judaica, bem como uma ofensa so-ciedade civil portuguesa, democracia e ao Estado de Direito.O anti-semitismo, expresso condenvel do dio e da violncia raciais, em absoluto in-compatvel com os valores de convivncia da sociedade democrtica portuguesa e repre-sentou ao longo da Histria, um vasto conjunto de tragdias com as quais no pode nemdeve contemporizar o esprito de pluralismo, liberdade e tolerncia democrtica em que sefunda o Estado de Direito.A liberdade religiosa, a compreenso recproca e o dilogo entre diversas culturas e valorescivilizacionais constituem patrimnio intangvel da sociedade contempornea e da convivn-cia democrtica em Portugal.Assim sendo, a Assembleia da Repblica condena com veemncia os actos ocorridos no Ce-mitrio Judaico de Lisboa; exprime a mais profunda solidariedade s famlias atingidas e rei-tera Comunidade Judaica a firme vontade da Repblica Portuguesa em garantir, sem qual-quer tibieza, a integralidade dos direitos, liberdades e garantias protegidos pela Constituio.

    Tikv 65 Setembro/Outubro 7

    A C O N T E C E U N A C I L

    No passado dia 7 de Outubro, a ComunidadeIsraelita de Lisboa realizou uma cerimniaespecial denominada Taharat Kevurot numaveemente manifestao de repdio pela in-vaso e vandalizao do cemitrio israelita,ocorridas no dia 25 de Setembro. Mais de 200pessoas estiveram presentes nesta cerimniarealizada no prprio cemitrio israelita e quecontou com a presena de representantes dogoverno, partidos polticos e de todas asconfisses religiosas, membros e amigos danossa comunidade. Entre as autoridades pre-

    sentes destacamos as presenas do Sr. Minis-tro da Justia, Alberto Costa, o Ministro da Ad-ministrao Interna, Rui Pereira e do Alto Co-missariado para a Imigrao e Minorias tni-cas, Rui Marques."Hoje somos todos judeus." Foi com estas pala-vras de solidariedade que os dois represen-tantes do Governo na cerimnia expressaram o

    apoio comunidade israelita e o repdio pelosactos de profanao de 17 campas levados acabo por 2 membros de um grupo de skin-heads. O Ministro da Administrao Interna re-conheceu o papel das foras de segurana nocombate a ilcitos criminais como este e na ga-

    rantia de liberdade de expresso das minorias.Destaque tambm para as importantes mensa-gens proferidas, pelo Padre Peter Stilwell re-presentante do Patriarcado de Lisboa, do Em-baixador de Israel Sr. Aaron Ram, do Presi-dente da CIL Sr. Jos Oulman Carp e para asbnos e salmos recitados na ocasio pelo RavEliezer Shai di Martino Rabino da CIL. Todasas campas profanadas foram cobertas por pa-nos brancos em sinal de respeito aos mortos eas suas respectivas famlias.

    D o s s i e r c o m p l e t o e m h t t p : / / w w w . c i l i s b o a . o r g / a b t _ p o l . h t m

    COMUNICADOS DA COMUNIDADE

    ISRAELITA DE LISBOA

    LISBOA, 26 de Setembro Na noite de Tera para Quar-ta-feira foram vandalizados cerca de duas dezenas de t-mulos no Cemitrio Judaico de Lisboa.Nas pedras das lpides foram cravadas susticas nazis.Este crime foi qualificado pela Comunidade Israelita Lis-boa no s como um crime contra a Comunidade Judaicabem como uma ofensa Sociedade Civil Portuguesa, De-mocracia e ao Estado de Direito.A Direco da Comunidade Israelita

    Caros Amigos,Como a Direco divulgou publicamente, atravs de umcomunicado enviado comunicao social, o nosso cemit-rio foi vandalizado na passada noite de quarta-feira, 25 deSetembro. Dezassete campas foram profanadas, a maior

    parte com inscries susticas.Segundo dados j divulgados pelas autoridades, os autoresdeste acto odioso pertencem a um dos movimentos neona-zis mais radicais a nvel mundial.Como tambm j do conhecimento pblico, estes elemen-tos foram detidos ainda dentro do cemitrio, tendo sidopresentes, na passada quinta-feira, ao juiz de instruo cri-minal, que determinou que ficassem a aguardar julgamen-to em liberdade, com obrigao de apresentao peridica.A CIL tem colaborado com as autoridades na medida dosolicitado e manifestou j a sua vontade de, oportunamen-te, vir a constituir-se assistente no processo penal.Lisboa, 30 de Setembro de 2007A Direco da Comunidade Israelita

    COMUNICADO IMPRENSA

    COMUNICADO CIL

    Cemitrio Judaico profanado em LisboaComunidade Israelita manifesta o seu repdio

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    8 Tikv 65 Setembro/Outubro Tikv 65 Setembro/Outubro 9

    OMovimento Juvenil de Lisboa realizou de 11a 15 de Julho na Quinta Bom Sucesso noBombarral, a 6 edio da sua j tradicional Ma-chan de Vero. Desta feita l estavam 32 jo-vens com idade a partir dos 7 anos que partici-

    param de mais esta rica vivncia, sempre marca-da por mgicos momentos de integrao,contedo judaico, lazer e muita diverso. O temacentral desta edio foi o Tnel do Tempo, umprograma sria e criteriosamente definido, de-

    senvolvido e aplicado, tendo sido os nossos ma-drichim preparados com o devido apoio e supor-te pedaggico profissional. O programa Tneldo Tempo trouxe aos nossos chanichim de for-ma criativa e interactiva a possibilidade de via-

    jare m, conhecerem e vivenciar em impor tant es

    momentos da nossa histria judaica, nomeada-mente os perodos que marcaram as grandesconquistas (Tkufat Hakibushim), os Juzes (Shof-tim), os Judeus em Portugal na poca dos desco-brimentos e a partilha da Palestina (Guerra daLibertao em 1947). Tudo isto realizado comosempre com muito empenho e carinho pelos nos-

    sos jovens madrichim atravs de contnuas e va-riadas actividades (cerca de 15 dirias). Nova-mente a vivncia do Shabat foi tambm um pon-to alto desta machan desde a sua preparao erecebimento (Cabalat Shabat) at ao seu final(havdal), tudo com o devido acompanhamentoe orientao do nosso querido more Laercio queesteve presente durante todo o evento. Os pa-rabns aos chanichim pela bela participao.Tambm os nossos parabns e sincero agradeci-mento aos madrichim pelo tradicional empenhoe dedicao e aos pais por mais uma vez maisuma vez manifestarem todo a apoio e confianano nosso trabalho.E para o ano h mais ! Kadima Dor Chadash !

    Marcos PristDirector Executivo CIL

    VI Machan Kaitz(Acampamento de Vero)

    do Dor Chadash

    A C O N T E C E U N A C I L

    Trabalhos manuais e criatividade

    Preparao para Cabalat Shabat

    Preparao do ProgramaContedo e debates

    Lazer e diverso

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    Onosso More Laercio Pintchovski, a convite doColgio St. Julians em Carcavelos, proferiuuma palestra e desenvolveu uma actividade es-pecial sobre o Rosh Hashan Ano Novo Judaico

    para cerca de 70 alunos do 2 ano da primria. Ainiciativa visa proporcionar aosalunos a vivncia e conheci-mento sobre esta sagrada datado nosso calendrio e ao mes-

    mo tempo divulgar e esclarecer um pou-co da nossa cultura e tradio aos profes-sores e dirigentes desta instituio. Tra-ta-se tambm de um importante projectoe iniciativa que esta instituio desenvol-ve tambm com outras confisses religio-sas durante o ano lectivo.

    Onosso Rabino Eliezer Shai di Martino e o coor-denador da nossa Sinagoga Shaar Sinagoga Sr. Alain Hayat representaram a CIL no en-contro entre responsveis de di ferentesconfisses religiosas e Sua Santidade o Dalai La-ma, que teve lugar na Mesquita de Lisboa, no pas-sado dia 16 de Setembro. Foi este sem dvida ummomento de verdadeiro testemunho de tolern-cia, concrdia e fraternidade entre gentes de cul-turas to diversas inserido no fundamentalcontexto do esforo pela Paz Universal e a Harmo-nia atravs do dilogo inter-religioso.

    J a contar com a presena e l iderana do nosso no-vo Rabino Eliezer Shai di Martino, foram comemo-rados na nossa Sinagoga os Chaguei Tishri que tive-ram incio com a celebrao dos Iamim No-raim (Rosh Hashan e Yom Kipur) que ocor-reu mais uma vez com toda dignidade ecom grande mobilizao e afluncia na nos-sa Comunidade. Tambm com muita alegriacomemorada as outras festividades do msde Tishri, nomeadamente de Sucot, Shemi-

    ni Atseret e Simchat Thor 5768, esta ltima marca-da pelas sempre alegres akafot e pela fundamentalparticipao das nossas crianas. O nosso kol haka-

    vod ao Rabino Eliezer Shai e o nosso agrade-cimento sempre especial ao Alain Hayat (Co-ordenador para assuntos da Sinagoga), IsaacAssor (Chazan) e Samuel Levy (Conselheiroda CIL para assuntos religiosos) pela colabo-rao e empenho na conduo destes ser-vios. Tizku la Mitzvot !

    10 Tikv 65 Setembro/Outubro Tikv 65 Setembro/Outubro 11

    A C O N T E C E U N A C I L

    Onosso querido grupo Guil Hazaav da CIL come-morou no incio de Outubro o seu 5 aniversrio.Um projecto que para muitos inicialmente pareceu serapenas uma utopia ou algo passageiro por ser dirigidoao pblico da terceira idade hoje um exemplo departicipao e mobilizao na vida comunitria da CIL,

    j que as senhoras que participam deste grupo estosempre presentes com toda boa disposio e joviali-

    dade no s a abrilhantar e sempre alegrar os nossosvrios eventos festivos, mas tambm a debater econtribuir nos encontros, assembleias e reunies co-munitrias de modo a ajudar a construirmos uma co-munidade cada vez melhor. Parabns meninas do GuilHazaav pelo exemplo de vivacidade que so e pelo va-lioso contributo que prestam a nossa CIL ! Longa vidaao Guil Hazaav e s suas simpticas integrantes!

    Grupo Guil Hazaav comemora5 anos de actividades

    O Ano Novo Judaico no St. Julians

    A CIL representada na visitado Dalai Lama a Lisboa

    Chaguei Tishri 5768 na nossa Sinagoga

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    12 Tikv 65 Setembro/Outubro

    OMinistro de Estado e dos Negcios Estrangeirosde Portugal Luis Amado esteve no incio do msde Setembro em Israel para uma visita oficial de trsdias. Encontrou-se com a Vice-Primeira Ministra eMinistra dos Negcios Estrangeiros de Israel TzipiLivni, o Primeiro Ministro Ehud Olmert, PresidenteShimon Peres, Ministro da Defesa Ehud Barak e Yos-si Beilin membro da Knesset (parlamento israeli-ta). Encontrou-se tambm com Tony Blair repre-sentante do Quarteto (UE, ONU, EUA e Rssia) quese encontrava tambm em Israel, na ocasio.O actual Presidncia do Conselho da Unio Europeia, o

    Ministro Luis Amadoparticipou em encon-tros e debates associados ao tema das relaes entreIsrael e a Unio Europeia. Luis Amado foi tambm in-formado dos ltimos desenvolvimentos na regio ondechegou aps ter assistido a uma reunio de "Gymnich"- a reunio informal de ministros estrangeiros dos es-tados membros da Unio Europeia (o Gymnich - vemdo nome de um castelo alemo ao norte de Bonn, se-de da primeira reunio deste tipo, durante a presidn-cia alem da Unio Europeia em 1974).Fonte: Embaixada de Israel em Portugal

    Oartista israelita Zadoc Ben-David venceu ogrande prmio da XIV Bienal Internacional de

    Arte de Vila Nova da Cerveira sob o tema As novascruzadas, com a instalao Black Fields, entre 157obras de 109 artistas (32 pases participantes).

    No passado dia 12 de Outubro teve lugar atomada de posse da Comisso de Liber-dade religiosa, cujo mandato tem a duraode trs anos. Os seus membros foram todosreconduzidos, excepo e por sua vontade,do seu presidente o Conselheiro Meneres Pi-mentel, agora substitudo pelo Dr. MrioSoares. A Comisso composta por dois re-presentantes da Conferncia Episcopal, re-presentantes da Aliana Evanglica, das Co-munidade Islmica, Ismaelita, Israelita eHindu e por juristas de reconhecido mrito.A representar a Comunidade Israel i tamantm-se Esther Mucznik.

    Apoetisa israelita Raquel Chalfi esteve em Lis-boa no incio de Outubro para apresentar osseus poemas traduzidos por Lcia Liba Mucznik,na Faculdade de Letras de Lisboa e na Casa Fer-nando Pessoas. Ambos os eventos foram organi-zados em parceria com a Embaixada de Israel. Ra-quel Chalfi uma das mais conhecidas poetisas is-raelitas do momento. Os seus poemas esto tra-duzidos em vrias lnguas. Recebeu vrios pr-

    mios literrios em Israel eno estrangeiro pela suapoes ia e teatro. Temtambm trabalhado em ci-nema experimental e docu-

    mental (como autora e realizadora) em jornalismoe na rdio. Tambm nestes campos a sua obra foivrias vezes premiada.Fonte: Embaixada de Israel em Portugal

    Ministro Luis Amadovisita Israel

    Artista israelita premiadona bienal da Vila Nova de Cerdeira Tomada de posse da Comisso

    de Liberdade Religiosa

    Raquel Chalfi em Lisboa

    Tikv 65 Setembro/Outubro 13

    Os mdicos Lus e Teresa Car-valho frequentam as aulas dehebraico do Professor Larcio. Nopassado Vero estiveram em Israela frequentar o programa da organi-zao Sar-El. Este programa

    consiste na ajuda voluntria aoTsahal. O casal Carvalho contou aoTikv a experincia que tiveram.

    Como que tiveram contactocom o Programa Sar-el?Decidimos, no incio do Vero, passarum perodo de frias em Israel. Masao mesmo tempo no queramos irfazer turismo. Estar num hotel e sairpara ver monumentos no a nossaforma de passar frias. Ento, apsuma longa procura nos sites da Inter-net, descobrimos este programa eresolvemos inscrever-nos.

    O que os levou a escolher esteprograma especfico?Inicialmente pensmos ir apenaspor uma semana. Mas depois fal-mos com o More Larcio que, ime-diatamente, nos aconselhou apermanecer por um perodo maisprolongado. E tinha razo, pois,embora seja um pas pequeno,uma semana em Israel insufi-ciente para tomarmos contacto com arealidade do pas. Quando vimos quepodamos conciliar umas frias comactividades relativas ao quotidianodos Israelitas, por um perodo de trssemanas, imediatamente percebe-mos que era isto que quer amos.

    Podem descrever as actividadesdeste programa?O programa Sar-El, que significa emhebraico Ministro de D-us, umprojecto nacional de voluntrios porIsrael ligado ao Tsahal e que estaberto a Judeus e no Judeus. Exis-tem diversos grupos participantesque geralmente so organizados porpartilharem determinadas carac-tersticas, como a lngua ou o conti-nente de onde vm. Ns ficmos no

    grupo dos Ingleses, devido ao factode sermos europeus e por falarmosingls. Fomos colocados numa basemilitar, ficmos numa localizadaperto do aeroporto Ben Gurion e de-pois o nosso trabalho dirio consistia

    em ajudar os elementos do exrcitodestacados nessa base militar.

    Como que estava organizado ovosso programa? Tinham diaslivres?Ns tnhamos dias livres, de quin-ta-feira tarde at domingo demanh. As actividades eram guia-das por duas madrichot. Pelas seteda manh eram entregues as far-das e, quarenta e cinco minutos de-pois, era hasteada a bandeira. Aseguir amos tomar o pequeno-al-

    moo. O resto da manh e astardes eram passadas nas activi-dades que consistiam em organizaro stock militar e depois foi-nostambm entregue a responsabilida-de pela padaria.

    E tambm faziam chal?Claro. Todas as quintas-feiras pre-parvamos a massa para as chalot.Fizemos muitas.

    Tinham algum programa espe-cial noite ou estavam muitocansados para terem mais activi-dades? noite tnhamos sempre actividades l-dicas. Ns preparvamos teatros, jo-gos, entre outras. Actividades que faza-mos em conjunto com as madrichot.

    E o que faziam nos dias livres?Normalmente saamos em grupo.Fomos a Tel Aviv e ao deserto do Ne-gev. Divertimo-nos muito. Mas est-vamos sempre muito ocupados.

    Havia alguma regra especficadentro da base?Ns no podamos falar nem de reli-gio, nem de poltica.

    Mas sendo um programa abertoa todos, pensam que poderia ha-ver problemas de comunicaoou de crtica ao Estado de Israel,por exemplo?Houve no passado alguns proble-mas com os denominados judeusmessinicos. Soubemos que essaspessoas acabaram por ser expul-

    sas do programa. Mas repareque o objectivo dar a conhe-cer uma realidade e no o de irpara uma base com propsitosreligiosos ou polticos. Por issofaz sentido no ser possvel fa-lar de certos assuntos.

    Qual que foi a vossa per-cepo pelo quotidiano de Is-rael? Tiveram surpresas?A segurana foi um dos pontos

    que nos causou maior surpresa.No que fosse necessariamentenum sentido negativo, mas comono estamos habituados a ver jo-vens com armas nos autocarros,foi, de certa maneira, uma surpre-sa, mas ao mesmo tempo percebe-mos o motivo pela segurana. Temde ser. Tambm nos causou umaimpresso positiva a simpatia daspessoas. Foram cinco estrelas.

    Voltam a Israel para frequentaro programa Sar-El?Claro. Tencionamos regressar noprximo ano. E assim faremos.

    Mais informaes sobre o Programa Sar-Elpodem ser obtidas emhttp://www.sar-el.org/

    A C O N T E C E U E M P O R T U G A L

    experinciaEntrevista conduzida por Nuno Wahnon Martins

    E S P A O A B E R T O

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    No limiar do Novo Ano, tenho muito prazer emdirigir-vos as mais calorosas saudaes a partirde Jerusalm, a eterna e indivisvel capital do Esta-do de Israel e do povo Judaico.O perodo compreendido entre Rosh Hashana e YomKippur dever ser ao mesmo tempo de introspecoe de expiao. Deveremos olhar para o ano queagora termina e retirar dele as respectivas lies,aplicando esses ensinamentos na vida futura.Durante anos, muitos tm sido aqueles que se re-ferem aos perigos a enfrentar pelo povo judaico quer em re-lao a diversas formas de dio e de anti-semitismo, quer aquestes relacionadas com casamentos mistos, assimilao eeroso da identidade Judaica e afinidade com o Estado de Israel.O Estado de Israel, bem como as comunidades na Dispora, de-vem trabalhar em conjunto para garantir que o Povo judaicocontinue a crescer de forma coesa e unificada.

    Devemos encorajar e apoiar a prxima gerao de lderesjudaicos nessa importante misso. Desde o estabeleci-mento do Estado Judaico temos sido parceiros na causaSionista e deveremos continuar a s-lo, de modo a asse-gurar o nosso futuro como povo vibrante e inclusivo.Acima de tudo, somos Judeus. Devemos lembrar-nos disso sempre e nunca esquecer o papel centralque o Estado de Israel desempenha na nossa identi-dade. Um no pode existir sem o outro, e h que tra-balhar em conjunto, no sentido de fortalecer as duas

    metades do todo.Desejo a todos Shana Tova, um Ano Novo pleno de alegria,amor e sade.Cordialmente,

    Ehud Olmert,Primeiro-ministro do Estado de Israel

    Tikv 64 Junho/Julho 15

    I S R A E L E M F O C O

    O Ano que Passou

    No limiar do Ano Novo judaico e no momento emque assumo a Presidncia do Estado de Israel,desejo em primeiro lugar compartilhar convosco osmeus mais profundos e sinceros votos de prosperi-dade, segurana, riqueza intelectual e bem-estarpara o Povo Judeu, em todo o mundo, assim comopara todos aqueles que buscam a paz e a tolerncia. tempo de unio tanto em casa como no exte-rior. No espectro mais alargado dos dilemas e de-safios que enfrenta na Nova Era, o povo judeu esta ser convocado para enfrentar problemas equestes que dizem respeito sua existncia, ao seu papel eminiciativas globais e ao delinear da sua prpria identidade.Durante muitos anos, Israel foi visto enquanto problemamundial. Hoje, os desafios globais fazem parte, tanto da agen-da israelita, como das demais agendas que preocupam o mun-do, no seu todo. Torna-se necessrio, portanto, que trabalhe-

    mos em conjunto para lidar com os actuais e os futuros desa-fios no bastando simplesmente reagir perante eles, mastambm sonhar, criar e conceber prioridades estratgicas, toprofundas como as que o nosso povo soube conceber ao longoda Histria, acreditando nelas e pondo-as em prtica. Somenteatravs da consolidao dos nossos esforos os de Israel e osdo povo judeu conseguiremos realmente fazer algo deconcreto para moldar o futuro e o bem-estar do nosso povo.Por vivermos num mundo globalizado, a realidade transforma-se inevitavelmente num fenmeno dinmico e em permanentemudana, no qual as diferentes comunidades se defrontam comcircunstncias e desafios diversos. O povo judeu no pode ne-gligenciar a importncia de reunir as vozes solitrias, em todo omundo judeu, e tentar harmoniz-las de modo a formar um to-do, ntegro e significativo. A nossa responsabilidade, enquantopovo, permitir que todas essas vozes sejam ouvidas. urgen-te aprendermos, tanto em Israel como na Dispora, as artes dasensibilidade e da sabedoria, que nos permitiro extrair o po-tencial embutido em todas essas vozes. O nosso objectivo, emtal processo, precisa de continuar a ser a promoo de uma par-ceria intelectual e qualitativa, pelo bem do nosso povo.A procura de responsabilidades globais, dentro da estrutura doTikun Olam, parte inerente herana judaica. A despeito dasreduzidas dimenses do seu territrio, Israel tem comprovadoser capaz de criar uma economia singular. De modo semelhan-te, tornou-se um pioneiro mundial na esfera do desenvolvi-

    mento cientfico. crucial para Israel prosseguir abusca constante, no sentido de encontrar e deter-minar o seu prprio papel no mbito mundial dacincia e da tecnologia, bem como o pioneirismo naprocura incessante de solues para os desafiosglobais no campo da educao, das telecomuni-caes, da agricultura, do aquecimento global e demuito, muito mais. O povo judeu, em todo o mun-do, tem sido e continua a ser a espinha dorsal detais realizaes. Juntos, o Estado de Israel e os ju-deus da dispora, detm o potencial necessrio ao

    avano no caminho da paz e da prosperidade no mbito global,em geral, e consolidao da existncia judaica, em particular.A fim de transformar em realidade as aspiraes acima descritas,as parcerias regionais precisam de ser alimentadas, utilizando comsabedoria todos os recursos humanos e naturais disponveis, comoforma de promover o desenvolvimento econmico regional e a

    educao para a paz. No pode perder-se nenhuma oportunidadee todas as pistas devem ser seguidas, no sentido de promover apaz entre ns mesmos e com os nossos vizinhos. Ao mesmo tem-po, precisamos levar a cabo as medidas necessrias para garantira segurana da vida judaica, onde quer que ela se encontre.O Estado de Israel valoriza profundamente a participao dascomunidades judaicas de todo o mundo, no processo de asse-gurar o bem-estar nacional. Atribumos um valor muito espe-cial permanente participao da juventude judaica de hoje, l-deres do nosso futuro. Precisamos de continuar a prezar, comorgulho, a herana e a tica dos nossos antepassados e, aomesmo tempo, lanar o olhar tambm sobre os nossos filhos pois h que pavimentar o caminho para que eles se integrem ecresam dentro da Nova Era.Estamos de facto colocados Beira do Presente. Continuamosa enfrentar todo o tipo de desafios, dos quais o maior nodeixar que outras perspectivas galopantes nos deixem ficar pa-ra trs. Esta a nossa determinao. Esta a nossa prece.Com a proximidade, dentro de poucos dias, de Rosh Hashan,apresento-vos, uma vez mais, os meus mais calorosos votospessoais de um ano de paz e de bem-estar, extensivos s vos-sas famlias e respectivas comunidades.Cordialmente,

    Shimon PeresPresidente do Estado de Israel

    Qui devido predominncia do calendrio gregoriano naminha vida, no costumo fazer planos para o Ano Novonesta altura. Ou ser que por no querer associar Rosh Ha-Shana que acabarei por incumprir? No sei. No entanto, a meuver, esta poca presta-se introspeco e anlise do queocorreu no ano transacto, deixando assim uns mesitos para oplaneamento do prximo.Em Israel, centenas de milhares de mes judias, amantes doremorso e da auto-culpabilizao, adoram esta altura do ano.Tambm os jornalistas tendem a optar por ttulos chamativospara as suas retrospectivas anuais. No entanto, a verdade que me parece que o ano de 5767 no f oi nem bom nem maupara os judeus da terra do Sio e no encontrei nos meios decomunicao os habituais ttulos bombsticos.No obstante, h alguns aspectos que merecem ser destacados:Comeando pelo tema da segurana, este ano no se desta-cou pois nem foi de guerra nem de paz. As concluses doComit Winograd sobre a segunda guerra no Lbano sero di-vulgadas em breve. Tal como em Portugal existem milhares detreinadores de bancada, em Israel h milhares de generaisde bancada e uma classe poltica (de que tambm fazem par-te vrios ex-generais) aparentemente imersa num profundoamadorismo. Quaisquer que sejam as concluses, haver queaprender com os erros cometidos e melhorar a capacidade de

    dissuaso de Israel vis-a-vis das ameaas que a rodeiam.Ainda sobre o mesmo tema, entristece-nos pensar que os sol-dados raptados pelo Hisbollah ainda no foram libertados e quea vida dos cidados residentes perto da fronteira com Gaza,devolvida por Israel aos palestinianos sem condies prvias,tem sido um verdadeiro inferno. Ser que os lideres do Hamaspensam que haver menos misria em Gaza pelo facto debombardearem os aldeamentos e as cidades fronteirias?Finalmente, como se no bastasse o Iro, este foi o ano em quese voltou a falar da ameaa Sria. certo que a Sria foi sempreum pas pouco recomendado pelo seu envolvimento no apoio aoterrorismo. Mas recentes notcias de alianas com o Iro, movi-mentos militares fronteirios com convocao de reservas e ne-gociaes com a Coreia do Norte para a aquisio de potncianuclear blica, foram e continuaro a ser mais um motivo depreocupao para os servios secretos militares de Israel.Outro aspecto do ano que passou foi o envolvimento da classepoltica em vrios escndalos, ilegalidades e corrupo. Estas not-cias fizeram correr muita tinta nos meios de comunicao locaisque, no entanto, foram considerados menos picantes pelosmeios internacionais. Ouso dizer que talvez tenha sido porque noh pas que no tenha os seus prprios escndalos deste tipo.O mesmo no se pode dizer do envolvimento do presidente Katzavnuma triste histria de assdio sexual, culminando na sua de-misso, e que foi amplamente divulgado em todo o mundo. Obvia-mente o prejuzo, no que respeita imagem de Israel, foi imenso.Socialmente, podemos destacar este ano as tentativas de mar-ginalizao dos opositores de conscincia ao servio militar. Umaminoria, certo, mas a sociedade no estava habituada a lidarcom este fenmeno e talvez as iniciativas repressivas de os im-pedir de representar Israel no estrangeiro ou de participar nascerimnias do Dia da Independncia no tenham sido as medi-das mais adequadas. Afinal, ser que por ser apedrejado aoatravessar um bairro religioso no Shabbat, o condutor se tornarmais religioso? Ser que por ser olhado com desprezo no nico

    dia por ano que vai sinagoga, passar a visit-la diariamente?Mas o acontecimento social do ano talvez tenha sido a inslitaapario em Israel de um grupo neonazi, composto por nojudeus originrios da ex-URSS e recm chegados, na ltimaemigrao desta regio. Este grupo, j detido e condenado,dedicava-se a molestar minorias tnicas, idosos, ultra-religio-sos, etc e mais do que a sua importncia, o mero facto da suaexistncia teve a particularidade de chocar as autoridades eferir a sensibilidade da opinio pblica. Porm, convenhamosque, se para professar esta odiosa ideologia se j necessrioser psicopata, para pensar que possvel faze-lo em Israel,haver que se ser, no mnimo, mentecapto.Lamentavelmente, a diferena entre as classes sociais aumen-tou um pouco. O ndice da pobreza diminuiu por fim, mas rela-tos de fome entre alguns grupos de idosos e crianas continua-ram a justificar muitos amarelos e at vermelhos mostradosao governo. Nada pode justificar que uma criana v dormircom fome ou que um idoso, por vezes sobrevivente do holo-causto, tenha de optar entre comprar remdios e alimentar-se.Terminamos, como compete, com os aspectos para regozijo: aeconomia, em geral, esteve bem e recomenda-se. Os sucessoscientficos e culturais, um ex-libris de Israel, continuam imparveis.O ano de 5767 f oi... o ano que passou. Viva 5768!

    Gabriel Steinhardt

    Mensagem do Presidente do Estado de Israel,S. Exa. Shimon Peres,s Comunidades Judaicas,

    por ocasio de Rosh Hashan 5768 2007

    Mensagem do Primeiro-ministro do Estado de Israel,

    S. Exa. Ehud Olmert , s Comunidades Judaicas,por ocasio de Rosh Hashan 5768 2007

    Populao de Israel cresce lentamenteTodos os anos, perto de Rosh Hashan divulgada aestimativa oficial da populao de Israel, com dadoscompilados no ano anterior. Portanto, um ano atrs apopulao era de 7,2 milhes de pessoas divididasentre 5,4 milhes de judeus e pelo menos 1,4 milhesde rabes. O crescimento baixo, com apenas 1,8% aoano, sendo 1,5% na parcela judaica e 2,6% na parcelarabe. 28% da populao tem menos de 14 anos e10% acima de 65, comparado com 17% e 15%, res-pectivamente, na maioria dos pases ocidentais. O n-mero de pessoas com mais de 75 anos cresceu de 3,8%no incio dos anos 1990 para 5,6% em 2006. Pratica-mente 21% da populao vive na regio de Tel Aviv.

    Esther vulgo MadonnaA cantora Madonna (49 anos) cumpriu a promessa efoi passar o Rosh Hashan em Israel. No sbado noi-te, aps o trmino da festividade e do shabat, a canto-ra foi vista em Jerusalm entrando na residncia oficialde Shimon Peres, presidente de Israel. O encontro foi

    fechado imprensa, mas sabe-se que Madonna rece-beu uma Bblia do presidente.Um grupo de celebridadesacompanhou a pop star na suaviagem, todos hospedados noHotel David Intercontinentalem Tel-Aviv. Na sexta-feirahouve um evento cabalista que

    reuniu centenas de ouvintes que cantaram musicas ju-daicas religiosas acompanhados da animada cantora.Tambm estavam presentes no evento a actriz DemiMoore e seu marido Ashton Kutcher, a estilista DonnaKaran e a estrela da TV americana Rosie ODonnell.Madonna nasceu catlica e h alguns anos tornou-seadepta do misticismo judaico, adoptando o nome deEsther. Actualmente usa uma pulseira de fios vermel-hos para afastar o demnio. Sua primeira visita aopas foi em 2004 quando, como na actual viagem, visi-tou importantes centros e lugares sagrados da Cabala.Fonte: Notcias da Rua Judaica

    Pelos soldados sequestradosFoi lanado mundialmente o movimento Veshavu Ba-nim Ligvulam que luta pela libertao dos trs soldados

    israelitas se-questrados, hmais de umano, pelos mo-vimentos terro-ristas Hamas e

    Hezbollah. Uma petio colectiva est a ser assinada pa-ra ser enviada ONU no site: www.habanim.org. No dia30 de Outubro, a Organizao Sionista Mundial, atravsdo Depto. de Hagsham, realizar uma manifestaomundial pela libertao de Gilad Shalit (20 anos), EhudGoldwasser (31 anos) e Eldad Reghev (26 anos).

    Ciclo de Cinema de Israelno Cinemacity do Campo Pequeno18 a 24 de Outubro

    Teve lugar de 18 a 24 de Outubro de 2007, umCiclo de Cinema de Israel. Tratou-se de umainiciativa conjunta da Embaixada de Israel eda NLC New Lneo Cinema, que desta vez

    trouxeram a Portugal o realizador Avi Nesher e a actrizprincipal - Ania Bukstein - do filme da abertura Secrets.

    14 Tikv 65 Setembro/Outubro

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    A C O N T E C E U N O M U N D O

    Tikv 65 Setembro/Outubro 1716 Tikv 65 Setembro/Outubro

    Ohistoriador americano RaulHilberg, que revolucionou oestudo do Holocausto, morreu nopassado dia 8 de Agosto, aos 81anos, num hospital de Vermont,na sequncia de um cancro depulmo. Judeu, abandonou a us-tria em 1938 e no ano seguinte re-fugiou-se nos Estados Unidos.Combateu na II Guerra Mundial.Foi ento, em Munique, aos 19anos, que consultou os primeirosdocumentos alemes e descobriuo tema a que dedicou toda a vida:

    compreender a mquina de ex-termnio nazi. A sua obra-prima,The Destruction of the EuropeenJews (A Destruio dos JudeusEuropeus), concluda em 1955, sfoi publicada em 1961, depois devrios editores a terem recusado.Devorador de arquivos, reescre-veu-a duas vezes, a ltima j comos documentos do antigo blocosovitico. S foi verdadeiramentereconhecido nos anos 80. Da emdiante, os seus livros so a grandereferncia na historiografia do ge-

    nocdio judaico. A sua revoluodecorre de um olhar diferente: ogenocdio foi uma obra alem e a partir da documentao alemque ele narra a inexorvel marchapara o extermnio e, sobretudo, aimplacvel mquina burocrticaque assassinou quase seis milhesde judeus.

    Omomento simblico do primei-ro dia da viagem do Papa Ben-to XVI ustria, a stima desdeque foi eleito em Abril de 2005, foiquando se recolheu em silncioperante o monumento s vtimasda Shoah, homenageando os ju-deus austracos que morreram du-rante a II Guerra Mundial." o momento de exprimir a nossatristeza, o nosso arrependimento e

    a nossa amizadepara com os ju-deus", explicou oPapa, citado pe-las agncias, abordo do avioque o levou deRoma para Vie-

    na, ontem de manh. Junto do mo-numento, Bento XVI foi acompan-hado pelos lderes da agora peque-

    na comunidade judaica austraca -antes da II Guerra Mundial, haviacerca de 200 mil judeus no pas,hoje so cerca de 10 mil; 65 mil fo-ram mortos, e outros 125 mil fora-dos ao exlio. O grande rabino daustria, Paul Chaim Eisenberg, emais sete representantes da comu-nidade, pronunciaram o "kaddish",a orao de luto do judasmo.Pblico, 8.9.2007

    Em entrevista ao Miami New Times o cantor de msica reggaeMatisyahu, confirmou o seu desligamento definitivo do movi-mento chassidico Lubavitch. Inquirido sobre o motivo desta rup-tura, Matisyahu declarou que os seus pais no so judeus religio-sos, e que o seu vinculo com os lubavitchers foi apenas ter estu-dado dois anos numa escola chassidica de Brooklin, quando eracriana. Na verdade, o motivo deste rompimento foi a vontade docantor de se libertar dos princpios do judasmo ortodoxo. O

    agravamento no relacionamentofoi motivado por um concerto emque Matisyahu participou numasexta-feira noite em Fairbanks,no Alaska. No limiar do shabat, oortodoxo cantou at a madru-gada, alegando que o dia de des-canso no tinha comeado poisno Alaska o sol se pe s 2 horasda manh.

    Morreu em Paris, aos 84 anos,Marcel Marceau, o artistamundialmente conhecido que re-viveu a mmica. Judeu francs, Marceau sobreviveu ao Holocaus-to trabalhando para a Resistncia Francesa e protegendo crianasjudias que deveriam ser deportadas para Auschwitz. A sua maiorrepresentao foi Charlie Chaplin, tendo inspirado jovens comoMichael Jackson nos seus passos "caminhando na lua". Marceauapresentou-se em dezenas de pases, quase at o final dos seusdias, sem nunca ter perdido a forma, nem o estilo. Uma das maismarcantes peas do seu repertrio foi "Juventude, Maturidade,Velhice, Morte ", em que sem pronunciar uma s palavra, resumiao ciclo da vida humana em apenas alguns minutos. Marceau nas-ceu Marcel Mangel, em 1923, na cidade de Strasburg-Frana. Em1944, o seu pai foi deportado pelos nazis para Auschwitz, onde foiassassinado.Fonte: NOTCIAS DA RUA JUDAICA

    Morreu Raul Hilberg,historiador do Holocausto

    Papa exprime "arrependimento"perante monumento s vtimas do nazismo

    Banalizao da morte

    Nazis em Israel so indiciados

    Tenso no judasmo europeuMorreu o mmicoMarcel Marceau

    Matisyahu rompe comMovimento Lubatvicth

    O rabino Zalman Gurevitch dacomunidade Chabad-Lubavitch deFrankfurt, Alemanha, foi esfaquea-do no estmago quando voltava dasinagoga para casa junto com doisamigos. O ferimento foi grave. Orabino foi operado est emcondio estvel. O agressor esta-

    va acompanhado por duas mulheres e gritou algoem rabe antes do ataque. Os trs fugiram em di-reces diferentes e a polcia ainda no tem pis-tas. Cerca de 8 mil judeus vivem em Frankfurt.

    A N T I - S E M I T I S M O N O M U N D O

    Agora est mais do que comprovada a tese da escri-tora e filsofa Hanna Arendt sobre a banalizao damorte que permeou a mente dos nazis. Uma impressio-nante coleco de 116 fotografias inditas foi doada aoMuseu Memorial do Holocausto de Washington por umex-agente secreto do exrcito americano. A foto inicialde um lbum que abriga o material data de 21 de Jun-

    ho de 1944. Da coleco fazem parte oito fotos r aras domdico-carrasco Josef Mengele. Em todas as fotos po-

    de-se observar a descontraco de homens e mulheresdo exercito alemo, absolutamente vontade nas horasde lazer, e que se transformavam em bestas humanasdentro do campo de extermnio de Auschwitz,. Canta-vam, comiam, passeavam, admiravam a criao divinada natureza, para, logo em seguida, destrurem impie-dosamente, aos milhares, a mais importante das

    criaes: o ser humanoFonte: NOTCIAS DA RUA JUDAICA

    No ano passado houve o escndalo de um soldado, umimigrante russo no-judeu que possua uma enormesustica vermelha tatuada no brao, ignorada por maisde dois anos em que fez o servio militar. Foi preso, o seucomputador possua ligaes com outros nazis em Israelmas no foi processado por racismo, ou apologia do na-zismo, simplesmente porque os legisladores israelitasacharam que nunca precisariam destas leis no Estado Ju-daico. Ser que a priso e indiciamento deste grupo desete nazis, todos tambm imigrantes russos no-judeusvai fazer os parlamentares israelitas acordarem? De acor-do com as notcias dos jornais israelitas, citando fontesoficiais do ministrio de absoro, dos cerca de 1,2milhes de imigrantes russos, cerca de 300.000 no seconsideram judeus. O grupo dos sete morador em Pe-tah Tikvah, hoje quase um subrbio de Tel-Aviv. Trs dos

    nazis so menores de ida-de, segundo o JerusalmPost. Mas isto no impediuque eles cometessem ac-tos de vandalismo e es-pancamentos cruis, fil-mando as suas aces.Um oitavo membro est

    foragido fora do pas. Nas casas dos presos foram encon-trados uniformes nazis, retratos do Hitler, facas, armas eat mesmo TNT. Mesmo com as imagens a irm de Eli "ONazi" Boanitov, acusado de ser o lder do grupo insisteque seu irmo inocente, que estudava numa escola re-ligiosa e chegou a trabalhar como electricista do gabinetedo Primeiro-ministro.Fonte: DIERJ DIGITAL (extractos)

    Apesar do clima de satisfao aps a eleio do presi-dente francs, de origem parcialmente judaica e visi-

    velmente pr-Israel, os judeus europeus esto apreensi-vos. Na Inglaterra, o boicote acadmico a Israel serve demau exemplo para diversos pases europeus que j ma-nifestam posies semelhantes, para um futuro no tolongnquo. O crescimento alarmante de actos anti-semi-tas, com destaque para a Europa Oriental, tambm re-presenta motivo de preocupao para os milhares de ju-deus que resolveram voltar para seus pases de origem.O incndio suspeito da sinagoga de Genebra, o recenteapunhalamento de um rabi em Frankfurt, na Alemanha, eo incitamento religioso anti-judaico na Polnia, comple-

    tam o quadro negro doperigo. Na cidade de Vil-na, outrora chamada de

    J erusalm da Litu-nia, um dos maiorescentros mundiais da cul-

    tura e da teologia judaica at ao Holocausto, a municipa-lidade deseja liberar construes num terreno que foi par-te do maior cemitrio judaico da cidade. Este clima de in-segurana fez aumentar, ainda que modestamente, aAliah de judeus europeus para Israel.Fonte: NOTCIAS DA RUA JUDAICA

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    18 Tikv 65 Setembro/Outubro Tikv 65 Setembro/Outubro 19

    No dia 24 de agosto de 1913, nasciam na cidade li-tornea do Faro, no Algarve, sul de Portugal, osirmos gmeos Samuel e Joel Sequerra, filhos de umprspero empresrio do ramo pesqueiro. Seu pai co-mandava com pulso firme uma frota de barcos especia-lizados na captura de sardinhas, que eram enlatadas naunidade fabril da prpria famlia. Os Sequerra tinhamchegado ao Algarve no sculo XIX, provenientes da In-

    glaterra, e se orgulhavam do seu passado judaico-por-tugus. Duzentos anos antes do retorno, um Sequeirahavia sido queimado pela inquisio em Portugal e seustrs filhos tiveram de se refugiar na Inglaterra, passan-do a utilizar o sobrenome Sequerra. Em 1928, umatragdia se abateu sobre a famlia. O pai de Samuel eJoel sofreu um grave acidente ferrovirio em Portugal,vindo a falecer pouco tempo depois. Com a morte dopatriarca, e tendo de enfrentar a crise mundial de 1929,a empresa dos Sequerra foi falncia.Em 1933, a viva mudou-se para Lisboa com seus cincofilhos: Semtob, o mais velho, os gmeos Samuel e Joel,ento com 20 anos, Mazal, a nica mulher e Jacob, o

    caula Quem me relatou esses fatos foi o Salomo Se-querra, um experiente consultor de Informtica, sentadoem uma confortvel poltrona na sala de seu apartamen-to no Leme, Rio de Janeiro, em maro deste ano. Sa-lomo um homem tranquilo de fala pausada que aindaconserva um forte sotaque portugus. Nasceu em Lisboaem 1943 e mudou-se com os pais e os irmos para oBrasil em 1958, aos 15 anos de idade. Ele filho de Joele sobrinho de Samuel, dois heris annimos do sculoXX que ajudaram a salvar um nmero significativo de re-fugiados do nazismo, judeus e no judeus. uma hist-ria comovente que somente agora, em pleno sculo XXI,exactos 60 anos depois, comea a ser revelada.

    A Espanha representou, durante os anossombrios da II Grande Guerra, uma tbua desalvao para os fugitivos do dio nazista

    Tudo comeou em Barcelona, capital da Catalunha, Es-panha, em 1942. Era uma poca conturbada em todo oterritrio europeu, com a expanso militar da Alemanhanazista, que quela altura j tinha invadido e ocupado austria, Polnia, Tcheco-Eslovquia, Dinamarca, Norue-ga, Holanda, Blgica, Romnia, Bulgria, Iugoslvia,Grcia e, especialmente, a Frana, pas limtrofe Es-panha. Legies de refugiados vagavam de um pas ocu-pado para o outro, em busca desesperada da nica rotapossvel de fuga: a fronteira franco-espanhola. A traves-sia dos Pirineus, a p, levava alguns dias e era realizadasob as piores condies climticas possveis, debaixo defrio, vento e neve. Os refugiados, alm disso, precisa-vam driblar a vigilncia da polcia francesa de fronteiras,que colaborava abertamente com a gestapo na caa aos

    fugitivos judeus, sem falar nos ladres e contrabandistasque perambulavam pela regio em busca de dinheiro f-cil. A Espanha no havia sido invadida pelas tropas deHitler porque era considerada uma aliada fiel do regimenazista. O pas sara, h poucos anos, de uma sangrentainsurreio armada que representara, na verdade, umaavant-premire da II Guerra Mundial. O generalssimoFranco tinha sido o vitorioso, com o apoio financeiro, mi-

    litar e ideolgico da Alemanha. Barcelona, importantereduto republicano e anti-fascista, foi uma das cidadesmais castigadas pelas falanges franquistas. O dialeto ca-talo estava proibido e at mesmo a sardana, dana fol-clrica tradicional, era considerada subversiva e punidacom priso. Apesar de toda a simpatia e gratido queFranco nutria por Adolf Hitler, a Espanha representou,durante os anos sombrios da II Grande Guerra, uma t-bua de salvao para os fugitivos do dio nazista. O go-verno espanhol fazia vista grossa para os refugiados ju-deus que entravam no pas, recusando-se a devolv-los polcia francesa ou gestapo.Os irmos Sequerra desempenharam um importantepapel na criao desse ambiente favorvel junto s au-toridades espanholas, o que permitiu a salvao de umexpressivo nmero de homens, mulheres e crianas.Samuel e Joel portavam credenciais de voluntrios daCruz Vermelha Portuguesa e eram tambm funcionriosda JOINT, a American Jewish Joint Distribution Commit-tee, uma entidade de assistncia aos refugiados manti-da por particulares e que havia sido fundada em 1914pelo filantropo norte-americano Jacob Schiff. Assim quedesembarcaram em Barcelona, vindos de Lisboa, osdois irmos se hospedaram no Hotel Bristol, em plenaPlaza de la Catalua, que se transformou, em muitopouco tempo, no ponto de encontro dos refugiados queconseguiam chegar cidade. Samuel tinha se graduadoem Economia e era um diplomata nato, com enorme ca-pacidade de relacionamento. Sua misso era contatar efazer amizade com ministros, embaixadores, cnsules,chefes de polcia, superintendentes penitencirios e atmesmo diretores de hospitais.Joel, um assistente social na completa acepo da pala-vra, executava o trabalho de bastidores, percorrendo comseu carro os postos de fronteira, as prises, as delegaciasde polcia e os diversos campos de prisioneiros onde pu-desse encontrar e socorrer fugitivos da barbrie nazista.

    De 1942 a 1945 Samuel e Joel conseguiramsalvar aproximadamente 1.000 pessoas,entre as quais o Baro de Rothschild

    Os dois trabalhavam em total sintonia e contavam como apoio de um eficiente grupo de voluntrios que tin-ham ajudado a organizar. Uma vez localizado um refu-giado, era preciso retir-lo da priso e encontrar uma

    residncia digna, roupas, alimentos, um emprego e,mais importante do que tudo, documentos e vistos pa-ra que pudesse sair do pas em segurana. De 1942 a1945 Samuel e Joel conseguiram salvar aproximada-mente 1.000 pessoas, entre as quais o Baro de Roth-schild, que, no impressionante relato da escritora Tru-dy Alexi no livro A Mezuz nos Ps da Madona edita-do no Brasil pela Imago, chegou com as roupas esfar-rapadas, depois de cruzar os Pirineus andando juntocom a famlia. Trudy, na poca uma adolescente,conseguiu fugir do inferno hitlerista pela escarpadafronteira franco-espanhola na companhia de seus paise um irmo, tendo se radicado, posteriormente, nosEUA. A escritora dedicou parte de sua vida a entrevis-tar sobreviventes do Holocausto que, como sua prpriafamlia, haviam utilizado a rota Pirineus-Barcelona paraalcanar a liberdade. ela quem menciona, pela pri-meira vez, o nome Seguerra, assim mesmo, com g, ci-tado 14 vezes em sua obra. Um outro livro, de autoriado escritor Haim Avni, publicado em hebraico e ingls,

    Spain, the Jews, and Franco, tambm se refere ao tra-balho herico dos dois irmos. Cada refugiado necessi-tava de uma ateno especfica, pois no havia dois ca-sos iguais. Para os homens solteiros, a salvao esta-va, muitas vezes, nas noivas portuguesas e espanho-las que os irmos Sequerra, com ajuda da coletividade,tratavam de arranjar. Como maridos, tinham o direi-to de conseguir os documentos necessrios para a son-hada viagem do casal Amrica, destino preferido damaioria dos perseguidos. Muitos desses casamentosfictcios, por estranho que possa parecer, redundaramem unies reais e duradouras. Para outros, a soluoera menos complicada.Bastava ir respectiva legao diplomtica e conse-guir passaportes e vistos para um pas que os acei-tasse. Com a progresso da guerra, contudo, e a pol-tica dbia de muitas naes, estava ficando cada diamais difcil obter esses documentos, especialmentepara os judeus poloneses, que no eram reconheci-dos como cidados pelo consulado do seu pas. Emalguns casos, quando havia risco iminente de depor-tao, o refugiado era internado s pressas em umhospital, onde um cirurgio amigo constatava a ne-cessidade urgente de uma cirurgia para retirada doapndice. Extirpava-se, na maioria das vezes, umrgo saudvel, mas em contrapartida salvava-seuma vida. Quando se esgotavam as possibilidades deconseguir passaportes e salvo-condutos em territrioespanhol, os Sequerra encaminhavam os refugiadospara Portugal, pas que tambm ajudou muitos ju-deus a escapar do inferno nazista. Em Lisboa, a co-munidade judaica havia montado uma estrutura paraprestar-lhes auxlio mdico e financeiro, alm de as-sistncia para a obteno de passaporte portugus eum providencial visto para uma terra que os acolhes-se. Alm dos Estados Unidos, Marrocos, no norte dafrica, Cuba, Mxico e Bolvia foram alguns dos pou-cos pases que aceitaram receber refugiados, em umperodo em que as portas se fechavam para os ju-deus. Essa intensa atividade dos irmos Sequerra emBarcelona no passou despercebida da Gestapo, quemantinha numerosos agentes na cidade. O escritrioda Joint j havia sido transferido do Hotel Bristol pa-ra uma sede maior, no Paseo de Grcia. Uma noite,Samuel e Joel foram salvos pela prpria dedicao aotrabalho. Com excesso de tarefas, tiveram de fazer

    sero, tendo sido surpreendidos pelo rudo de umaviolenta exploso, que destruiu completamente seucarro, estacionado nas proximidades.Tivessem sado na hora habitual, provavelmente te-riam sido mortos pela bomba-relgio que os nazis co-locaram sob o veculo. A esse atentado seguiram-seoutros dois, mas Samuel e Joel no esmoreceram elevaram a cabo sua meritria atividade at que tives-sem retirado do territrio espanhol todos os refugia-dos que assim o desejassem. Alguns decidiram, com ofim da guerra, permanecer na Espanha, dando origema uma florescente comunidade judaica. Samuel e Joelcontinuaram suas atividades comunitrias em Portu-gal, mudando-se para o Brasil nos final dos anos 50.Samuel, solteiro, foi para a iniciativa privada, sendoeleito e reeleito Presidente do Cemitrio Comunal Is-raelita, no Rio, cargo que exerceu com enorme com-petncia e dedicao at sua morte, em 1992. Bem entrada dessa necrpole, no bairro do Caju, uma pla-ca em bronze presta uma merecida homenagem ao

    heri annimo que nunca aceitou, em vida, qualquertipo de honraria e que se encontra sepultado na pr-pria entidade que dirigiu com extremo zelo. Seu irmoJoel, que veio com a esposa e os quatro filhos para oRio de Janeiro em 1958, continuou desenvolvendo seutrabalho em entidades de auxlio aos refugiados, par-ticipando de projetos em prol dos judeus da Hungria,Egito, Romnia e Bulgria. Depois dessas campanhas,Joel atuou de forma decidida na colocao de bnusde Israel junto coletividade judaica no Brasil, papisdestinados a financiar o desenvolvimento econmicodaquele pas.Em 1979, aos 66 anos, Joel Sequerra se aposentou,transferindo-se para Haifa com a esposa Simy. Naque-la aprazvel cidade israelense j vivia, h vrios anos,seu filho Aro, um brilhante arquiteto com Mestrado eDoutorado no Technion. Aro precisava de algumcom coragem suficiente para enfrentar o catico trn-sito israelense e transportar em segurana at a esco-la seus filhos pequenos e ningum melhor do que ovov Joel para to arriscada tarefa. Depois de ter aju-dado a salvar a vida de milhares de refugiados judeusnas perigosas estradas da fronteira espanhola, JoelSequerra curtiu seus ltimos anos como motoristaparticular dos seus dois netos, vindo a falecer em Hai-fa, onde est enterrado, aos 74 anos, em 1988. Almdo internauta Salomo, que me relatou, emocionado,a maior parte dessa comovente histria e do arquitetoAro, Joel e Simy Sequerra tiveram mais dois filhos:Moiss, um virtuose do violino radicado em Lyon,Frana e Thea, uma jornalista que residia em Lisboa efaleceu em um acidente automobilstico em 1976. Si-my Sequerra, a viva de Joel, mora com o filho Aro eos netos em Haifa, Israel. Os gmeos Samuel e JoelSequerra nunca gostaram de conversar com a famliae os amigos sobre o que presenciaram durante os anosde chumbo da II Guerra e sempre recusaram receberqualquer tipo de homenagem, alegando, modesta-mente, que no haviam feito mais do que sua obri-gao. Uma frase de Joel, todavia, merece ficar regis-trada para a posteridade, pois resume em poucas pa-lavras o misto de esperana e amargura que o acom-panhou por toda a vida: eu gostaria de acreditar queesse tenha sido o ltimo Holocausto.

    Fonte: Jornal Alef (verso original)

    Os irmos SequerraA fantstica histria dos gmeos Samuel e Joel

    Nelson Menda, presidente do Conselho Sefaradi

    C O N T A N D O A N O S S A H I S T R I A

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    11/15

    Tikv 65 Setembro/Outubro 2120 Tikv 65 Setembro/Outubro

    O descanso da terra a cada sete anos

    No Livro do Levtico, a parash (poro ou cap-tulo) de Behar descreve os mandamentos relati-vos a terra de Israel. Inicia com o mandamentode Shemit, mandamento que ordena deixar ocampo sem cultivo ou colheita por sete anos.Tambm descreve o Yovel (Ano Jubileu) o 50oano, no qual as propriedades retornam aos seusdonos ancestrais. Prossegue com a nfase na ne-cessidade de auxiliar os necessitados a sarem deseu estado de necessidade, com os mandamen-tos referentes escravido e remisso de escra-

    vos assim como mandamentos acerca do Shabat.D'us ordenou ao povo judeu: "O stimo dia dasemana Shabat. Neste dia, vocs devem abs-ter-se de trabalhar. "Cumprimos o Shabat pararecordar que "D'us criou o mundo em seis dias eno stimo dia Ele descansou."

    D'us tambm nos ordenou que guardssemosoutro tipo de Shabat: "A cada sete anos, a terrade Israel ter um 'Shabat'". O Shabat da terrachama-se Shemit, que significa "deixar livre"ou "retirar-se". Durante o ano de Shemit osagricultores de Israel no trabalham a terra. Porque D'us ordenou ao povo judeu a mitsv deguardar os anos de Shemit?Quando um agricultor que tira seu sustento daterra, pra sua produo a cada sete anos, de-monstra que confia verdadeiramente em Dus,que providenciar o seu sustento e de toda asua famlia fornecendo tudo de que necessitam.D'us deseja que o Seu povo, em qualquer lugar

    onde esteja, se lembre sempre de onde provma sua vida e o seu sustento: no nascem da ter-ra, nem de fortuna acumulada do homem, masdas mos do Criador e somente Dele. Por isso,D'us ordenou ao povo judeu a mitsv de She-mit, at hoje observada na Terra de Israel.

    Dus tambm desejava que o ano de Shemit,de inactividade do trabalho, permitisse que osagricultores pudessem dedicar-se mais ao estu-do da Tor.

    A Tor conta-nos as consequncias acarretadaspor um judeu que falha em observar Shemit:

    D'us disse: "Eu ordeno-te trabalhar seis anos epermitir Terra descansar no stimo, porm tupriva-la de seu devido descanso. Portanto, sersexilado, e ela ento ser recompensada de to-dos os anos de descanso dos quais a privaste."(Levtico;Vayicr 26:43).

    As trs promessas de D'us ao povo judeu

    D'us fez trs promessas ao povo judeu, se ob-servassem a mitsv de Shemit:

    1. D'us prometeu que a colheita do ano anterior

    ao ano de Shemit duraria trs anos: "No sepreocupem. Abenoarei a terra, de modo a quea colheita do sexto ano seja suficiente para osexto, stimo e oitavo anos."

    2. D'us prometeu que "Durante o ano de She-mit ficario satisfeitos, apesar de comerem pe-quenas quantidades de alimento. Assim, a suaproduo agrcola durar."

    3. E a terceira promessa: "Se guardarem tantoos anos de Shemit como os de Yovel (Jubileu),estaro seguros em Israel. Porm se no obser-varem nem Shemit, nem Yovel, os seus inimi-gos for-los-o ao exlio."

    Lies da Shemit

    O judeu no deve tornar-se auto-confiante epensar que sua prosperidade resultado do tra-balho de suas prprias mos. Ele deve estar

    consciente de dois pontos: a fertilidade da terrae a prosperidade da colheita so determinadaspor factores alm de seu controle como as chu-vas, calor ou geada, e assim por diante. D'uspode enviar animais selvagens, insectos ou ou-tros agentes prejudiciais para destruir a pro-duo inteira, se Ele assim o desejar.O prprio crescimento da planta no resultadoautomtico de ter sido semeada. Nadaconsegue crescer, brotar, desenvolver-se ou se-quer existir sem a Vontade do Todo-Poderoso.Se Ele retirar a Sua Vontade de conceder vida aalgo no universo, nem que seja por um instan-te, este cessar de existir.

    Apalavra Atsret explicada de diversas maneiras,mas o seu significado original no Hebraico re-teno, apego, empenho. Aps o trmino dos sete diasda feliz comemorao de Sucot, o oitavo dia de Atseret um apego alegre experincia pela qual passmos. natural procurar manter as felizes lembranas de on-tem, mas como difcil evocar alegrias passadas. Pode-mos fazer determinado esforo para mant-las, embora amaior parte, at as mais marcantes, vo desaparecendo.Talvez seja por este motivo que a festa de Shemini Ats-ret ocorre, como um eco da precedente festa de Sucot.Na Terra de Israel, a sua observncia foi virtualmente ab-sorvida por Simchat Tor. Este dia, tende cada vez mais atornar-se uma tnue lembrana da alegria vibrante deSucot. Neste dia de festa, entr amos na Suc, mas no re-citamos a bno no seu interior, talvez para sugerir quea bno no necessariamente inerente a um presente,que nada mais que uma evocao do passado.A glria e a beleza da Suc acabam por esmaecer. Asfolhas da cobertura inevitvel e progressivamente se-caro e deixaro penetrar cada vez mais luz at que, afi-nal, no ser uma Suc vlida, pois a cobertura deixarpenetrar mais luz que sombra. A vida no nos permitepermanecer estticos na sombra parcial da Suc; com otempo devemos deixar a luz penetrar.Por mais alegre que seja a Festa das Cabanas, chega otempo em que temos que nos despedir. O descanso e apaz do Shabat so verdadeiramente uma ddiva Divinapara o homem. Mas, com o trmino do Shabat, devemosnos despedir e continuar a rotina do trabalho e da se-mana que se inicia.Realmente preciosa a purificao espiritual do Dia doPerdo. Mas devemos sair desta solenidade para a alegrefesta de Sucot. Em seguida, no mesmo esprito, para a fes-ta de Shemini Atsret e continuar at Simchat Tor, a ale-gria da Tor, festa esta em que completamos e imediata-mente reiniciamos o ciclo de leitura anual da nossa Tor.Cada data e o seu tempo. Cada festa e a sua du-rao.A vida determina que a sequncia continue; impulsiona-nos para a frente. Ela cclica e exige que caminhemospara frente a partir do passado, em direco a novas ex-perincias e conquistas.Assim o Departamento de Ensino Judaico da Cil, aps osucesso do Ano Lectivo de 5767 (2006-2007) e a lindacerimnia de encerramento dos cursos que contou com42 alunos, caminha para frente, usando o seu brilhantepassado como ponto de partida para novas conquistas enovos horizontes.Novas turmas foram abertas este ano, e o Departamen-to absorveu mais alunos que buscam seguir a busca denovos conhecimentos e aprendizagem tanto da LnguaHebraica como de conhecimentos de nossa Histria,costumes e tradies.Seguimos em frente. Acompanhamos o ciclo natural quea vida nos proporciona!Que 5768 seja um ano de xito e conquistas para todosos alunos que se engajaram nos diversos cursos e paratodos aqueles que acreditam que a educao nossamaior aliada na preservao de nossas tradies.Shana Tov! Feliz 5768!

    Fontes: Siteswww.chabad.orgwww.aish.co.ilwww.morash.com.br

    Shemini Atzerete Simchat Torao ciclo continua

    5768 Ano de Shemita

    CURSOS 2007/2008

    Bar e Bat Mitzv

    Curso preparatrio para Bar- MitzvPedaggico e cerimnia

    2 Feira das 17h30 s 18h30Local: Sede Administrativa da Cil Monte Olivete

    Hebraico

    Lngua Hebraica - Ivrit 1Crianas Iniciantes ano II

    6 a 9 anos - 3 Feira das 17h30 s 18h30

    Local: Sede Administrativa da Cil Monte Olivete

    Lngua Hebraica - Ivrit 2Crianas Iniciantes ano I

    10 a 14 anos - 4 Feira das 16h00 s 17h00Local: Sede Administrativa da Cil Monte Olivete

    Lngua Hebraica - Ivrit 2Crianas Iniciantes ano II

    10 a 14 anos - 4 Feira das 17h30 s 18h30Local: Sede Administrativa da Cil Monte Olivete

    Lngua Hebraica - Ivrit 5Adultos Iniciantes ano I

    3 Feira das 19h30 s 20h20Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel Sinagoga

    Lngua Hebraica - Ivrit 5Iniciantes Ano II

    2 Feira das 19h30 s 20h20Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel Sinagoga

    Judasmo e Religio

    Conceitos Bsicos do Judasmo 2Curso Livre Ano II

    2 Feira das 20h30 s 21h30(para no membros da CIL)

    Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel Sinagoga

    Conceitos Bsicos do Judasmo 2 Ano II4 Feira das 19h30 s 20h30

    (para membros da CIL)Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel Sinagoga

    Conceitos Bsicos do Judasmo 1 Ano I3 Feira das 20h30 s 21h30

    Local: Biblioteca Dr. Elias Baruel Sinagoga

    Inscries atravs da nossa secretariaTelef. 21 393 1130 Fax : 21 3931139

    [email protected]

  • 7/30/2019 bu_8_65

    12/15

    Colabore com aCAMPANHA DE RESTAURODOS OBJECTOS RELIGIOSOSda nossa SinagogaShaare Tikv

    Favor enviar a sua generosa contri-buio para:Comunidade Israelita de LisboaRua do Monte Olivete, 16R/C - 1200-280 - Lisboa - Portugal

    Se preferir, pode enviar a sua contribuioatravs de transferncia bancria para:BANCO BES - NIB: 0007 0006 0000 5570009 02Em ambos os casos, favor especificar: Fundo Sinagoga

    Para mais informaes contacte:Secretaria:[email protected] - Telf + 351 21 393 1130/ Fax: 21 3931139

    A Stima PortaRichard ZimlerEditora OceanosPassado durante a subi-da ao poder de Hitler eda guerra que os nazismoveram contra os defi-cientes.

    Em carne vivaDavid GrossmanCampo das Letras

    J est nas bancas o segundoromance de David Grossman

    editado em Portugal pelaCampo das Letras, com tra-duo do hebraico por LciaLiba Mucznik. Em carne viva a histria de um homem,Yair, que v um dia umamulher desconhecida, Mi-riam, e decide pedir-lhe queaceite receber as suas car-

    tas. Prope-lhe uma histria de amor episto-lar total, limitada no tempo, mas ilimitada nopoder das palavras para revelar o seu eumais profundo, a sua nudez em carne viva.

    Chamava-Se SaraTatiana de RosnayEditora D. Quixote | Coleco Fices

    ISBN: 978-972-20-3199-8

    Julia Jarmond, uma jornalistaamericana casada com um ar-quitecto francs, investigauma pgina negra da histriafrancesa recente: a rusgaatravs da qual a Polcia Fran-cesa, na madrugada do dia 16de Julho de 1942, levou maisde 8 000 judeus franceses pa-ra o recinto desportivo do V-lodrome dHiver, para que a fi-

    cassem at serem deportados para os campos deconcentrao. Descobrindo, horrorizada, o calvriode todas aquelas pessoas que, durante dias, semgua nem alimentos, ficaram a aguardar a depor-tao, Jlia interessa-se, em particular, pelo desti-no de Sara, uma menina entre as mais de 4 000crianas que ali estiveram.

    Fagin, o JudeuWill EisnerISBN: 978-989-616-166-8

    um acerto de contas com oanti-semitismo de Dickensnuma obra polmica e com-prometida. Em Oliver Twist,ele apresenta Fagin como umesteretipo do judeu mes-quinho e avarento o que,segundo Eisner, ajudou acristalizar a imagem negativados judeus na cultura moder-na. Fagin, o judeu tambm

    um panorama das agruras e sucessos dos imi-grantes judeus na Inglaterra do sculo XIX. Almde seu inigualvel talento para narrar histrias embanda-desenhada, Eisner expe seu ponto de vis-ta sobre a questo, no prefcio e no posfcio do li-vro, que ainda traz reprodues de famosos ilus-tradores do sculo XIX, seleccionadas pelo au tor.

    Inquisio Portuguesa.Tempo, Razo e Circunstncia

    Coord. de Lus FilipeBarreto e outrosLisboa - So PauloEditorial Prefcio2007. ISBN: 978-989-8022-20-2

    R E L I G I O

    22 Tikv 65 Setembro/Outubro

    A CIL NA TV

    RTP 2

    11 de Novembro Domingo, 9h00Programa Caminhos:O Capito Barros Bastoe a Obra do Resgate

    28 de Novembro 4 Feira, 18h30Programa F dos Homens:Rotas do Patrimnio Judaicoda Beira Interior

    Eventual mudana no horrio da emisso de total responsabilidade da emissora.

    Quer estudar Talmud ou saber mais sobre esta obra fundamental da nossa Tor?

    Venha saber mais sobre ciclo mundial DAF YOMI De 2 a 5 feira - s 08h30 na nossa Sinagoga.

    Grupo de Estudos sobre a Parash da s emanaTodas as 6s feiras s 18h00 na Sinagoga. Aberto a todos. Coordenao: Alain Hayat

    Tikv 65 Setembro/Outubro 23

    Participe nos Servios Religiosos da nossa Comunidade6s feiras s 19h00 Sbados s 9h00 | Venha e traga toda a sua famlia !

    Livros Judaicos em Portugal

    A S N O S S A S S U G E S T E S

    Projecto Memorial

    Com muito esforo e dedicao onosso cemitrio tem sido mantidoat hoje com toda a dignidade erespeito que lhe devido.Preste a sua homenagem aos

    seus entes saudosos atravs da colocao de placasde mrmore no memorial que est a ser desenvovidono nosso cemitrio eContribua com este projecto !Ajude a manter o nosso cemitrio !

    Mais informaes podem ser obtidas atravs da

    nossa secretaria.

    Casamento por forma religiosa(Art 19 da Lei da Liberdade Religiosa)

    1. So reconhecidos efeitos civis ao casamento cele-brado por forma religiosa perante o ministro do cultode uma igreja ou comunidade religiosa radicada noPas. O ministro do culto dever ter a nacionalidadeportuguesa ou, sendo estrangeiro, no nacional de Es-tado membro da Unio Europeia, ter autorizao de re-sidncia temporria ou permanente em Portugal.2. Aqueles que pretendam contrair casamento por for-ma religiosa devero declar-lo, pessoalmente ou porintermdio de procurador, no requerimento de instau-rao do respectivo processo de publicaes na conser-vatria do registo civil competente, indicando o minis-tro do culto credenciado para o acto. A declarao paracasamento pode ainda ser prestada pelo ministro doculto, mediante requerimento por si assinado.3. Autorizada a realizao do casamento, o conserva-dor passa o certificado para casamento, nos termos dosartigos 146. e 147. do Cdigo do Registo Civil, comas necessrias adaptaes. O certificado no passadosem que o conservador se tenha assegurado de que osnubentes tm conhecimento dos artigos 1577.,1600., 1671. e 1672. do Cdigo Civil. O certificadodeve conter meno deste facto, bem como do nome eda credenciao do ministro do culto. O certificado remetido oficiosamente ao ministro do culto, a quemso igualmente comunicados os impedimentos de

    conhecimento superveniente.4. indispensvel para a celebrao do casamento apresena:a) Dos contraentes, ou de um deles e do procurador dooutro;b) Do ministro do culto, devidamente credenciado;c) De duas testemunhas.5. Logo aps a celebrao do casamento, o ministro doculto lavra assento em duplicado no livro de registo daigreja ou da comunidade religiosa e envia conser-vatria competente, dentro do prazo de trs dias, o du-plicado do assento, a fim de ser transcrito no livro deassentos de casamento.6. O conservador deve efectuar a transcrio do dupli-cado dentro do prazo de dois dias e comunic-la ao mi-nistro do culto at ao termo do dia imediato quele emque foi feita.

    Feriados ReligiososLei da liberdade religiosa - Artigo 14.

    Dispensa do trabalho, de aulas e de provas por motivo reli-gioso1. Os funcionrios e agentes do Estado e demais entidadespblicas, bem como os trabalhadores em regime de contra-to de trabalho, tm o direito de, a seu pedido, suspender otrabalho no dia de descanso semanal, nos dias das festivi-dades e nos perodos horrios que lhes sejam prescritos pe-la confisso que professam, nas seguintes condies:a) Trabalharem em regime de flexibilidade de horrio;b) Serem membros de igreja ou comunidade religiosa ins-crita que enviou no ano anterior ao membro do Governocompetente em razo da matria a indicao dos referidosdias e perodos horrios no ano em curso;c) Haver compensao integral do respectivo perodo detrabalho.

    2. Nas condies previstas na alnea b) do nmero anterior,so dispensados da frequncia das aulas nos dias de sema-na consagrados ao repouso e culto pelas respectivasconfisses religiosas os alunos do ensino pblico ou privadoque as professam, ressalvadas as condies de normalaproveitamento escolar.3. Se a data de prestao de provas de avaliao dos alunoscoincidir com o dia dedicado ao repouso ou ao culto pelasrespectivas confisses religiosas, podero essas provas serprestadas em segunda chamada, ou em nova chamada, emdia em que se no levante a mesma objeco.

    O nosso sincero agradecimentoao Dr. Joshua Ruah, cuja contribuionos permitiu restaurar recentementemais estes belos Rimonim.

    CALENDRIO 5768 DA CIL

    O nosso agradecimento especial aMarcel Wizemberg por mais umapreciosa colaborao na elaboraodo Calendrio Anual da CIL / 5768

    EuroEnigma, LdaSr. Ricardo Afonso (Moreno)(351) 965324201 | [email protected]

  • 7/30/2019 bu_8_65

    13/15

    Actividades Sociais e Culturais

    Movimento Juvenil Dor Chadash de Lisboa - Ano VIA cada semana um novo participante! Mais de 80 jovens j participam. Agora s falta voc !

    Actividades todos os domingos, das 15h30 s 18h30 no Maccabi Country ClubJovens e crianas a partir dos 3 anos | Participao: 5 por semana

    Descontos especiais na compra de senhas antecipadas

    Coral Etz Chaim - Ano VI Coral Musical representativo da CILPara adultos entre os 20 e os 60 anosEncontros semanais - s 3 e 5 feiras, das 19h00 s 20h30 - Monte Olivete

    UPEJ - Unio Portuguesa de Estudantes JudeusSuper actividades mensais para jovens entre os 18 e 30 anos

    DANA ISRAELITA NO MACCABI

    TODOS OS DOMINGOS NO MACCABI

    DAS 12H30 S 13H30 - HARKADCURSO LIVRE DE DANA FOLCLRICA ISRAELITA PARA TODAS AS IDADES A PARTIR DOS 7 ANOS

    DAS 18H30 S 19H30 - LEHAKAT HAMACCABI | GRUPO DE DANAS - COREOGRAFIASPARA JOVENS DOS 12 AOS 25 ANOS

    DIRECO: LILIAN PRIST

    ATENO ! NO SCIOS DO CLUBE PAGAM UMA TAXA ESPECIAL DE PARTICIPAO !

    Mais informaes e inscries atravs da nossa secretaria.

    Participe nas actividades e eventos da nossa Comunidade, pois a nossa Comunidade voc.

    A S N O S S A S A C T I V I D A D E S

    24 Tikv 65 Setembro/Outubro

    Grupo Guil Hazaav - Ano VI (Idade de Ouro)No perca mais tempo ! Venha participar connosco !Actividades Especiais Permanentes (msica, ginstica, palestras, passeios ...)Para adultos a partir dos 60 anos | Encontros semanais s 4s feiras, das 15h30 s 17h00Sede no Monte Olivete | Participao: 5,00

    MACCABI COUNTRY CLUB3 a 6 Feira - Das 9h00 s 17h00Tel: 21 9111188 - Tratar com Rosina | [email protected] com Rosina

    Jantar de Rosh

    Hashan no MCCNo passado dia 13 de Setembro foi realizado na sede do

    Maccabi um jantar de celebrao da segunda noite de Ro-

    sh Hashana que congregou 46 pessoas. Na ocasio, o

    Presidente do Maccabi - Arnaldo Grossman, leu a mensa-

    gem de ano novo do Primeiro Ministro de Israel Ehud Ol-

    mert s comunidade judaicas da dispora e o Presidente

    da CIL Jose Oulman Carp, as saudaes do Presidente de

    Israel, Shimon Peres. A parte litrgica e cerimonial desta

    to importante data foram dirigidas por Ralph Bernfeld.

    Foi uma noite vivida num ambiente muito agradvel e fa-

    miliar todo decorado com

    branco e estrelas de david

    azuis, j em homenagem aos

    60 anos do Estado de Israel

    que ser celebrado durante

    este novo ano de 5768 que

    se inicia. Tambm o menu

    do jantar seguiu a tradio

    da data, incluindo todos os

    alimentos simblicos do ano

    novo judaico

    Palestra com Andr JordanCerca de 50 pessoas aten-deram ao chamamento doMaccabi Country Club no

    passado dia 14de Outubroe assistiram a uma palestradeliciosa com Andre Jordan considerado por muitoscomo o maior empreende-dor turstico de Portugal

    sobre o tema: A histria daminha vida. Aps a palestrahouve assinaturas de auto-grafos com a venda de livros,cuja receita foi gentilmentedoada pelo Andr Jordan aoclub.Uma tarde inesquecivel.

    Agenda

    OUTUBRO

    27 de OutubroSbado, 21h00Noite Peruana

    NOVEMBRO

    11 de NovembroDomingo, 16h00PalestraDr Samuel Ruah- Os Judeus, as Sina-gogas e os Templos

    16 de NovembroSexta-feira, 20h00Oneg Shabat60 anos de votaoda ONU

    18 de NovembroDomingo, 11h00 / 18h003 Edio do Shuk

    Informaes: 21 911 11 88

    Tikv 65 Setembro/Outubro 25

  • 7/30/2019 bu_8_65

    14/15

    H O M E N A G E N S

    Participe nestas homenagens. Actualize os seus registos junto da nossa secretaria atravs do tel. 21 393 1130de 2 a 5 feira - das 14h00 s 17h00 | [email protected]

    26 Tikv 65 Setembro/Outubro

    HESHVAN13 OUTUBRO Moiss B. Ruah 1

    Norman Staley Beebe 1Jacob Israel Levy 1Icko Bekerman 1Ernest Aberl 2Miriam Kofflea Katchi 2Raquel Belmar Ruah 3Roshym Unterman 3Tamo Sabath 5Mary Rafael Benoliel 6Lothar Geismar 7

    20 OUTUBRO Jacome Nahom 8Erich Damann 8Maurcio Sulema 9Sara Sorin Goldberg 9Grete Friman 10Esther Levy 12Ana Tuaty 12Jos Bento Esaguy Ruah 12

    Alberto Amram 12Helen Sorin 13Sultana Tuaty 13

    27 OUTUBRO Victoria Ari 16Narciso Ari 16Mercedes Ayash 17Henri Sorin Valerio 17Bella Bensimon Cardona 19Sofia Muginstein Azancot 19Isaac Joanes 19Nadia Spiegel 20Ester Benoliel 20

    03 NOVEMBRO Mxi mo Drio Becker Wei nb erg 22Carlos Ergas 22Abraham Israel 23Eugnia Weiss 23Margarete Coenca 24Max Nahmann 24Ajzik Katzan 25Raquel Querub 27Raquel Jablonski 27Srul Finkelstein 27Miriam Levy 28

    10 NOVEMBRO Ruben Azavey Azancot 29KISLEV

    Goldina Taranto 1Godoricha Mode Botelho 2Berthold Singer 3Magda Buzaglo 4Vittoria Maissa 4

    Anna Roffe Levy 4Ruben Bak Gordon 5Fortunata Esaguy Manaas 5

    17 NOVEMBRO Salomo Levy Jr 7Moiss Lev 9Asher Peles 9Mecia Azriel 10Micael Uzzan 10Al Levy 11Messoda B.Esaguy 12Yolande Cohen 12Mery Tangi Israel 13

    24 NOVEMBRO Matilde Presente Spieguel 14Pinhas Segal Levy Bem Haim 14Ida Helena Aberl 14Oswald Levy 14Joshua Amram 16Erika Draiblate 17Simy Azavey Azancot 17

    Helena Kaezar 17Menahem Adrahi 17Joachim Draiblate 18Shlomo Bekerman 18Fraim Adrahi 19Paulo Cymerman 19Szindla Goldrajch 20Simy Benzmien Barreiros 20

    01 DEZEMBRO Maximiliano Bachman 21Jos Tuati 21Isaac Marques 21Mazaltob David 22Alegria Obadia 23C lem ent in o B eno li el de Ca rv