bsraltura

71
1 ESCOLA DE BOMBEIROS - RS - BRASIL NOÇÕES DE BUSCA, SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA Capítulo 1 NOÇÕES DE BUSCA, SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA OBJETIVOS: Ao término deste capítulo você deverá ser capaz de: 1. Conhecer o conceito e os princípios de segurança nas operações de busca, salvamento e resgate em altura. 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS As atividades operacionais dos Corpos de Bombeiros, no mundo todo, se revestem de características muito similares. Sendo assim, há uma padronização muito ampla de procedimentos que, a despeito das peculiaridades típicas de cada "escola" de salvamento (norte-americana, espanhola, francesa, etc.), observamos muito mais similitudes do que diferenças, uma vez que o terreno e os resultados esperados são, de forma geral, muito parecidos. Para a composição doutrinária empregada neste capítulo foram acolhidos padrões de atuação voltados à realidade brasileira, dispondo de elementos de diferentes "escolas" de salvamento, da européia à norte-americana, porém focado na necessidade de estabelecimento de um protocolo nacional de salvamento em altura. O objetivo deste capítulo não é o desenvolvimento de POP (Procedimento Operacional Padronizado), mas sim o estudo das linhas gerais que permitirão estabelecer tais procedimentos em relação à matéria. Devido ao nível de comprometimento que adquire o bombeiro militar envolvido com ações de busca e salvamento, é imprescindível lembrar que, além dos conhecimentos técnicos decorrentes dos cursos de especialização, é preciso ter experiência e bom senso, uma vez que esses trabalhos se dão sob condições estressantes de pressão, e que os menores erros podem resultar fatais. Em uma operação de salvamento em altura não devemos abandonar nenhum aspecto técnico em detrimento da improvisação, ao menos em princípio; nem material, nem pessoal, nem de formação. META PRINCIPAL CAPACITAR O ALUNO A REALIZAR AÇÕES DE SALVAMENTO EM ALTURA, COM O EMPREGO DE EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE OPERAÇÕES EM AMBIENTES VERTICAIS.

Upload: 22222222

Post on 20-Oct-2015

45 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

  • 1

    ESCOLA DE BOMBEIROS - RS - BRASIL NOES DE BUSCA, SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA

    Captulo 1

    NOES DE BUSCA, SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA

    OBJETIVOS: Ao trmino deste captulo voc dever ser capaz de:

    1. Conhecer o conceito e os princpios de segurana nas operaes de busca, salvamento e resgate em altura.

    1. CONSIDERAES GERAIS

    As atividades operacionais dos Corpos de Bombeiros, no mundo todo, se revestem de caractersticas muito similares. Sendo assim, h uma padronizao muito ampla de procedimentos que, a despeito das peculiaridades tpicas de cada "escola" de salvamento (norte-americana, espanhola, francesa, etc.), observamos muito mais similitudes do que diferenas, uma vez que o terreno e os resultados esperados so, de forma geral, muito parecidos.

    Para a composio doutrinria empregada neste captulo foram acolhidos padres de

    atuao voltados realidade brasileira, dispondo de elementos de diferentes "escolas" de salvamento, da europia norte-americana, porm focado na necessidade de estabelecimento de um protocolo nacional de salvamento em altura.

    O objetivo deste captulo no o desenvolvimento de POP (Procedimento Operacional

    Padronizado), mas sim o estudo das linhas gerais que permitiro estabelecer tais procedimentos em relao matria.

    Devido ao nvel de comprometimento que adquire o bombeiro militar envolvido com

    aes de busca e salvamento, imprescindvel lembrar que, alm dos conhecimentos tcnicos decorrentes dos cursos de especializao, preciso ter experincia e bom senso, uma vez que esses trabalhos se do sob condies estressantes de presso, e que os menores erros podem resultar fatais.

    Em uma operao de salvamento em altura no devemos abandonar nenhum aspecto

    tcnico em detrimento da improvisao, ao menos em princpio; nem material, nem pessoal, nem de formao.

    META PRINCIPAL CAPACITAR O ALUNO A REALIZAR AES DE SALVAMENTO EM ALTURA, COM O EMPREGO DE EQUIPAMENTOS BSICOS DE OPERAES EM AMBIENTES VERTICAIS.

  • 2

    2. CONCEITO DE SALVAMENTO EM ALTURA toda atividade aqutica ou terrestre que visa o salvamento de vidas, atravs de mtodos e tcnicas utilizados para alcanar locais de difcil acesso, devendo ser realizada prioritariamente atravs de cordas especficas para trabalho de bombeiro. As formas de acesso mais comuns so:

    Decidas de cordas por meio de freios metlicos ou com prprio corpo; Ascenso de cordas atravs de equipamentos ou tcnicas com uso de cordeletes ou

    equipamentos metlicos, e, Transposio de obstculos por meio de cordas horizontais.

    3. PRINCPIOS DE SEGURANA EM ALTURA

    3.1 GARANTIR A SEGURANA INDIVIDUAL E COLETIVA

    De nada serve a operao de salvamento que realiza o socorro de um trabalhador da construo civil pendurado em um andaime que despenca se dessa operao custa vida de um bombeiro. A premissa fundamental a de que, na medida do possvel, seja garantida a segurana da equipe de salvamento e das demais guarnies, alm, claro, da segurana da vtima.

    3.2 NO AGRAVAR AS LESES

    Aqui a regra de ouro a seguinte: "DEVAGAR, POIS TEMOS PRESSA". Fica claro que a qualidade das manipulaes e do transporte do acidentado so mais importantes do que a rapidez na execuo de tais tarefas. preciso afastar a vtima do perigo sem submet-la a novas leses, alm de providenciar em sua estabilizao e nos primeiros socorros.

  • 3

    indispensvel ao bombeiro militar o conhecimento tcnico das manobras de suporte bsico de vida com finalidade de oferecer um servio de salvamento de qualidade. Em uma condio mais prxima do ideal, a presena de um servio mdico de emergncia que opere em conjunto, ou que pertena ao Corpo de Bombeiros, proporcionar ainda mais possibilidades de xito no cumprimento da misso de salvamento.

    3.3 GARANTIR A SEGURANA DO LOCAL DE OPERAES

    Como em qualquer tipo de atuao do Corpo de Bombeiros, h riscos decorrentes do

    prprio tipo de local onde se est atuando. Neste caso especfico o risco principal a altura, mas podem existir outros.

    Para tornar o lugar seguro preciso adotar medidas no sentido de diminuir ou de

    neutralizar esses riscos, tanto para as vtimas quanto para as guarnies. Em operaes de salvamento em altura o primeiro requisito montar instalaes de segurana.

    3.4 ANLISE DE RISCO

    Analisar friamente cada caso e tentar chegar a solues sensatas.

    O risco um elemento continuamente presente em todas as operaes de bombeiros de

    sorte que todas as manobras realizadas em altura devem consider-lo.

    A anlise do risco de cada ocorrncia est diretamente relacionada capacidade de compreenso do cenrio, bem como, ao nvel de treinamento e de experincia dos operadores.

    DELGADO (2009) estabelece que, entre um risco mnimo e um risco extremo h uma

    zona crtica, a qual ser menor para um especialista e tanto maior quanto mais leigo for o operador de salvamento, conforme se observa conceitualmente abaixo:

    Sob esse enfoque, as opes de resoluo de uma ocorrncia de salvamento em altura devem estar o mais afastado possvel da zona crtica e, se estiverem prximas dessa zona, que seja porque estamos voluntariamente assumindo o risco.

    Melhor ilustrando, se nossas aes estivessem em uma balana, em um lado estaria a vida

    em perigo das pessoas que queremos salvar e no outro nossa prpria vida. Antes de decidir para onde pender a balana, devemos j ter feito as reflexes para saber at onde estamos dispostos a arriscar.

  • 4

    3.5 SUPERDIMENSIONAR

    Esse conceito no salvamento em altura est associado a duas situaes. A primeira relaciona-se ao tipo dos materiais a serem empregados em operaes de salvamento e resgate, os quais devem ser mais resistentes do que os de uso desportivo. A segunda se refere s instalaes.

    Empregando essa noo ampliaremos a margem de segurana com que trabalhamos de

    forma que o tempo investido em superdimensionar uma instalao acaba sendo insignificante se comparado aos prejuzos decorrentes de no t-lo feito.

    Uma corrente to resistente quanto o seu elo mais fraco!

    3.6 REDUNDNCIA SEGURANA

    Falar em sistema de segurana e redundncia significa a mesma coisa.

    Em sua essncia, redundante o sistema que apresenta conexes paralelas iguais. Assim

    como no caso dos sistemas de freio de um automvel com circuito duplo, ou os sistemas paralelos de uma usina nuclear, por exemplo, na falta de um sistema, assume o outro a funo do primeiro.

    Em um salvamento em altura no podemos nos dar ao luxo de agravar o acidente e, como

    se faz em qualquer ocorrncia de bombeiros, devemos duplicar os sistemas de segurana e, em situaes crticas, triplic-los.

    3.7 REVISAR OS SISTEMAS

    Voltamos a "redundar". A guarnio de salvamento deve fazer uma segunda reviso em

    todas as instalaes e sistemas. Se as montagens so simples e esto ordenadas nos evitaro uma perda de tempo que, nesses casos, pode ser vital.

    3.8 POSSIBILIDADES DE ANTEPOR ASSISTNCIA MDICA EVACUAO

    Isso nos assegura um melhor tratamento do acidentado, pois desde o primeiro momento ir dispor de ateno especializada. Levar a soluo at a vtima muitas vezes mais fcil do que levar a vtima at a soluo.

    3.9 ECONOMIA DE ESFORO E TEMPO

    Sempre que se possa, como j mencionado, devemos fazer primeiro o mais sensato.

    Sempre mais fcil simplificar os sistemas de salvamento em altura, descer as vtimas do que i-las. Tenhamos isso em vista quando forem disponveis as duas opes. 3.10 DEMARCAR AS ZONAS DE ATUAO

    Essa uma conceituao elementar de qualquer operao do Corpo de Bombeiros, e no

    seria diferente no salvamento em altura. A distino entre as trs zonas: zona quente, zona morna e zona fria. De acordo com a periculosidade da rea do sinistro, definir os atores em cada uma dessas reas.

  • 5

    3.11 SIMPLIFICAR

    Mesmo que conheamos e dominemos perfeio tcnicas avanadas de salvamento em altura, no h porque nos obrigarmos a empreg-las. H ocasies em que, com uma soluo simples, evitamos montar uma manobra complicada. Em resumo, devemos valorar muito bem a situao.

    Lembre-se de que quanto mais complexa for montagem das instalaes e dos

    sistemas, maiores sero os pontos de risco de falha.

    3.12 PRESTAR ATENO AOS DETALHES

    Isso se refere, por um lado, vigilncia continua que devemos ter com qualquer tipo de instalao que montemos, j que estamos operando em um meio muito perigoso, onde as conseqncias podem ser fatais.

    Em outra mo, tambm se refere a sermos observadores; o bombeiro de busca e

    salvamento deve ser capaz de identificar situaes que passariam despercebidas por outra pessoa, detalhes que levam em conta os riscos associados e que podem facilitar nosso trabalho, como a montagem das instalaes, por exemplo.

    3.13 SEGURANA INDIVIDUAL Todo o bombeiro, quando estiver em situao de altura, deve estar ancorado em um ponto seguro, evitando uma queda. Este procedimento deve ser treinado incansavelmente, observado e exigido pelo comandante da equipe, que de forma alguma pode negligenciar este ponto importante da segurana de seus homens, sobre pena de um acidente que poder comprometer a operao, a integridade fsica de vitima e/ou do prprio bombeiro.

  • 6

    ESCOLA DE BOMBEIROS - RS - BRASIL NOES DE BUSCA, SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA

    Captulo 2

    MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

    OBJETIVOS: Ao trmino deste captulo voc dever ser capaz de:

    1. Conhecer, identificar e operar os materiais e equipamentos bsicos de proteo individual e coletivo, empregados nas operaes de salvamento em altura.

    1. MATERIAIS DE USO COLETIVO 1.1 CORDAS DE SALVAMENTO

    Podemos afirmar que, dentro da cadeia de segurana, a corda o elemento mais importante para o bombeiro em operaes de salvamento em altura.

    A nomenclatura, corda ou cabo de salvamento, ser empregado por cada Corporao de Bombeiro Militar de acordo com sua doutrina prpria, mas frisamos que se trata do mesmo equipamento.

    As partes da corda sero assim designadas para fins dessa instruo:

    Chicote: Extremidade da corda; Seio: Meio da corda; Firme: Seguimento de corda que parte da ancoragem em direo do seio; Perna: Segmento de corda que parte do seio em direo ao chicote.

    1.2 MATERIAIS DE CONFECO

    Cordas confeccionadas com fibras naturais no so admissveis para operaes de salvamento, sendo essas utilizadas exclusivamente para alguns trabalhos auxiliares, uma vez que podem facilmente se deteriorar e suportam menos carga, quando comparadas s cordas sintticas de igual dimetro.

    Dessa forma, considerando-se os materiais empregados em sua confeco teremos:

    Polipropileno: que, junto com o polietileno, o material mais leve. As cordas

    fabricadas com este material flutuam e no se deterioram com a umidade, sendo resistentes a muitos produtos qumicos e s tores. Tm como inconveniente a

    META PRINCIPAL CAPACITAR O ALUNO A CONHECER E EMPREGAR OS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS BSICOS UTILIZADOS NAS AES DE SALVAMENTO EM ALTURA, BEM COMO SUAS CARACTERSTICAS, MANUTENO E CONSERVAO.

  • 7

    reduzida carga de ruptura e a rpida deteriorao quando exposta aos raios solares e ao calor, alm de ter uma capacidade de amortecimento cerca de 60% inferior do nilon;

    Polister: tambm conhecida comercialmente como DRACON (tergal, tirelene,

    trevira). As cordas confeccionadas com este material so muito resistentes abraso e s tores, tendo carga de ruptura relativamente alta, porm so pouco elsticas. Essas cordas so resistentes gua, produtos qumicos, luz solar e temperaturas elevadas, no absorvendo gua em demasia e no tendo sua capacidade de ruptura muito reduzida quando molhadas;

    Nilon: Tambm conhecido pelos nomes comerciais de PERLON ou GRILON, se define como uma resina sinttica de poliamida. DELGADO (2009) define que a corda de nilon cerca de 17% mais leve que o polister, com elasticidade superior, e resistncia inferior aos produtos qumicos. Quando molhado perde entre 10% e 20% de sua resistncia, podendo chegar mesmo a 30% de perda. Poliamida: nylon (perlon, enkalon, lilion);

    Ao ou Arame: So cabos de alta resistncia e de grande confiabilidade, usados para iamento de objetos de peso elevado.

    Abaixo podemos observar um quadro comparativo dessas cordas:

    NILON POLISTER POLIPROPILENO POLIETILENO

    FORA Fora em seco comparada quando mida

    85/90% 100% 100% 100%

    Capacidade de absorver cargas em choque

    excelente boa muito boa regular

    PESO Peso especfico 1'14 1'38 0'91 0'95

    Flutuabilidade no no sim sim

    ALONGAMENTO Percentual na ruptura 10-25% 12-15% 5-25% 15-25%

    Deslizamento (extenso com cargas suspensas)

    moderada baixa alta alta

    EFEITOS DA UMIDADE Absoro de gua pelas fibras 2,80% menos de 1% nula nula

    Propriedades dieltricas pobre boas excelentes excelentes

    DEGRADAO Resistncia a raios ultravioleta do sol

    boa excelente pobre nula

    Resistncia a apodrecimento e mofo

    excelente excelente excelente excelente

    Modo de armazenamento seco seco seco seco

    RESISTNCIA ABRASO

    Capa muito boa excelente boa boa

    Alma excelente excelente boa boa

    PROPRIEDADES TRMICAS

  • 8

    Funde a C 215-249C 254-260C 165C 135C

    Amolece a C 121C 135C 93C 65C

    Temperatura de trabalho mais baixa

    - 56C -56C -29C -73C

    RESISTNCIA Resistncia a cidos nula boa excelente excelente

    Resistncia a lcalis muito boa nula excelente excelente

    Resistncia a leos e gasolina muito boa muito boa muito boa muito boa

    (Fonte: DELGADO, Delfin. Resgate Urbano en Altura. Editora Desnivel, Madrid, 2009) 1.3 DIMETROS E COMPRIMENTOS

    No Brasil usualmente os Corpos de Bombeiros operam com cordas de salvamento com dimetros entre 11 e 12 mm, ao passo que a "escola" norte-americana opera com cordas de maiores dimetros de at 13 e 14 mm, ou seja, operam com maior margem de segurana. Entretanto, esses equipamentos apresentam maior custo, maior peso e menor manobrabilidade, uma vez que so mais espessos e de difcil operao. Em contrapartida, apresentam melhor resistncia abraso e maior carga de ruptura.

    Com relao aos comprimentos, as mais comuns so das de 20, 30, 40, 50, 60 e 100

    metros, mas sempre tendo claro que possvel adquiri-las em rolos de 200m ou mais, e cort-las de acordo com nossas necessidades.

    1.4 FABRICAO

    Em geral, a construo mais comum a composta por capa e alma (sistema Kernmantle), mas h diversos tipos de construo, os quais so apresentados a seguir apenas em carter ilustrativo:

    (Fonte: DELGADO, Delfin. Resgate Urbano en Altura. Editora Desnivel, Madrid, 2009).

  • 9

    As cordas empregadas nas operaes de salvamento em altura sero sempre confeccionadas em fibras sintticas, observando-se a seguinte disposio: 1.4.1 Cordas Estticas

    So aquelas que apresentam um percentual de alongamento inferior a 3%, devendo ser empregadas em operaes de descida ou de iamento.

    1.4.2 Cordas Dinmicas

    So aquelas que apresentam um percentual de alongamento superior a 3% e inferior a 10%, devendo ser empregadas em operaes de escalada ou de ascenso.

    ATENO! NO UTILIZE CORDAS DINMICAS PARA OPERAES DE

    DESCIDA OU IAMENTO, POIS SE PODE PERDER O CONTROLE DE PRECISO NA FRENAGEM DE DESCIDA OU DA PRECISO DO IAMENTO!

    Alm disso, para que se garanta uma melhor proteo contra a abraso e fatores

    externos, as cordas utilizadas nas operaes de salvamento em altura devero ser construdas no formato capa e alma. A alma responsvel por cerca de 80-85% da resistncia da corda, ao passo que a capa responde por 15-20%, dependendo do modelo.

    1.5 CLASSIFICAES QUANTO AO DIMETRO DAS CORDAS realizada para definir a forma de emprego das cordas, sendo: 1.5.1 Cordas auxiliares Com dimetros entre 6 a 8 mm. So cordeletes utilizados na confeco de ns blocantes, bem como em segurana. 1.5.2 Cordas duplas Com dimetros entre 8 e 10 mm. Normalmente s so usados para fugas rpidas do prprio Bombeiro e no nas aes de salvamento, pois fere a NFPA em razo de seu dimetro reduzido, o que dificulta a sua frenagem conforme a carga conduzida. 1.5.3 Cordas Simples Com dimetros superiores a 12 mm. So cordas utilizadas nas aes de salvamento, ancoragens e segurana do bombeiro, pois esto em concordncia com a NFPA.

    1.6 CARGA DE RUPTURA

    A carga de ruptura independe de forma direta do dimetro das cordas, mas da constituio de suas fibras. Esta a menor carga que uma corda pode suportar antes de danificar-se ou romper-se.

  • 10

    1.7 COEFICIENTE DE SEGURANA

    Tem como objetivo limitar a carga que possa ser aplicada na corda de forma a torn-lo seguro durante as atividades. Este fator de segurana varia de acordo com a finalidade da corda, o material de confeco e a vida til do mesmo.

    1.8 CARGA DE TRABALHO

    a carga mxima a qual deve ser submetido o cargo quando empregado nos servios de salvamento estipulado em funo da carga de ruptura e fator de segurana. A carga de trabalho esta geralmente descrita na embalagem da corda, ficha tcnica, manual de operaes, etiquetas adesivas e/ou microfita de segurana no interior de sua alma.

    Os parmetros utilizados como fator de segurana so geralmente estabelecidos

    atravs de normas e aplicados em cada pas, portanto, certamente haver diferena nestes padres de acordo com o pas de origem.

    A capacidade de carga de uma corda varia de acordo com o tipo e caracterstica do material, da trama e de sua confeco, somada ao estado de conservao.

    Para o trabalho de bombeiro no Brasil, a norma em vigncia para trabalhos com cordas

    a americana NFPA 1983 (National Fire Protection Association). Esta Norma estabelece que uma corda de trabalho de um bombeiro dever suportar

    uma carga de ruptura mnima de 4500 libras, aproximadamente 2.037 kg. Uma corda para trabalho de dois bombeiros deve ter carga de ruptura superior a 9000

    libras, ou 4.077 kg. A capacidade da corda estabelecida multiplicando-se por 15 vezes o peso

    estabelecido por um bombeiro de 300 libras, devendo suportar 300 libras X 15, igual a 4.500 libras.

    No Japo uma corda para servir de salvamento deve ter resistncia mnima de 3850

    kg. As operaes corretas e dentro dos limites estabelecidos, bem como, a execuo da manuteno adequada prolongam a vida til do aparelho e garantem a segurana da operao.

    1.9 MANUTENO E CUIDADOS ADICIONAIS

    Devem ser tomados certos cuidados com as cordas de salvamento, tais como, no pisar sobre as mesmas, a fim de evitar a entrada de pequenas partculas de areia e terra, que podero danificar severamente a corda quando da passagem dos equipamentos de descida pelo ponto corrompido.

    Tambm no devem ser deixadas ao sol, pois os raios UV so muito nocivos a esses

    materiais sintticos.

    Sempre que forem utilizadas, as cordas devem ser protegidas dos cantos vivos, a fim de evitar sua ruptura em decorrncia do contato com alguma aresta.

  • 11

    Evitar: - Frico com quinas (cantos vivos); - Frico com outras cordas; - Pisar ou arrastar cordas; - Contato com areia, terra, leo, graxa e outros qumicos; - Contato com gua suja; - Deixa-los sobtenso por muito tempo desnecessariamente; - Deixar exposto ao sol ou ao mau tempo; - Enrolar e/ou guardar molhado; - Utilizar cordas coadas. Cuidados: - Enrolar e guardar corretamente em local adequado; - Falcaar os chicotes; - Identificar o comprimento da corda nos chicotes; - Secar a sombra; - Revisar a corda sempre que for utilizado; - Guardar em local fresco e ventilado; - Corta-lo sempre que apresentar avaria; - Utilizar ns adequados.

    1.10 FITAS

    Existem duas categorias, as planas e as tubulares. A primeira mais rgida e a segunda mais flexvel e mais resistente, ou seja, prefervel.

    Os materiais de fabricao e os cuidados so os mesmos das cordas, mas importante

    observar que no so dinmicas, ou seja, no absorvem energia do impacto em caso de queda. Para uni-las recomendvel o uso nico do n de fita, j que so muito escorregadias.

    Ao uni-las conveniente deixar cerca de 10 cm em cada chicote. Na figura abaixo observamos, apenas como ilustrao, exemplos de capacidade de

    resistncia comparada de fitas tubulares com diferentes formas de unio:

  • 12

    1.11 ESCADAS

    Escada so ferramentas empregadas em todos os tipos de operaes de bombeiros, do combate a incndios execuo das atividades de defesa civil.

    Nas aes de salvamento em altura as escadas tm papel muito importante, pois podem

    tanto ser empregadas para acesso s vtimas como para sua remoo, atravs do emprego de tcnicas como a da escada rebatida. Podem, ainda, ser empregadas como um suporte seguro na transposio de obstculos e telhados.

    As principais escadas empregadas em operaes de salvamento em altura so a escada

    de assalto, a escada prolongvel, a escada de telhado e a escada de gancho.

    1.12 PLACAS ORGANIZADORAS

    Placas organizadoras so equipamentos metlicos que dispem de orifcios de diferentes tamanhos sendo utilizadas, especialmente, para conectar mltiplas linhas de salvamento.

  • 13

    So empregadas para organizar e distribuir de forma otimizada as diferentes linhas de cordas de salvamento.

    1.13 DESTORCEDORES DE CORDA

    Embora no sejam utilizados com freqncia, os destorcedores de cordas so indicados para trabalho em atura onde seja previsvel que a carga tenha tendncia ao giro. muito til em operaes de salvamento com o emprego de maca rgida.

    2. EQUIPAMENTO DE USO INDIVIDUAL 2.1 CINTO DE SALVAMENTO

    Cinto de salvamento no deve ser confundido com cadeira de montanhista. Para desempenhar a finalidade a que se destina, o cinto de salvamento deve dispor de

    caractersticas de resistncia e de durabilidade superiores aos materiais de uso desportivo. Usualmente seu ponto de ancoragem principal composto por argola de ao inox ao invs de material sinttico.

    Para ser considerado cinto de salvamento o equipamento deve dispor de uma capacidade

    de resistncia de ruptura no ponto de ancoragem principal no inferior a 1.000 Kg e pode dispor ou no de arns.

    Alm disso, muito til que tenhamos a opo de no vestir as pernas, obrigatoriamente,

    para sua utilizao.

  • 14

    2.2 CABO SOLTEIRO

    O cabo solteiro nada mais do que uma seo de corda de salvamento para emprego pessoal do bombeiro militar.

    Um cabo solteiro padro deve dispor de, no mnimo, 4,5 m e, no mximo, 6 m de

    comprimento e seu dimetro no deve ser inferior a 11 mm, nem superior a 13 mm. empregado para a segurana individual, para a confeco de cadeira de emergncia ou

    mesmo para evacuao de emergncia de vtimas. 2.3 DESCENSORES

    Comumente conhecidos por freios, os descensores so os responsveis pela conexo do bombeiro militar, ou dos equipamentos, aa corda de descida, bem como pela frenagem.

    Podem ter peas mveis ou no, sendo preferveis para aes de salvamento e resgate os

    aparelhos que no disponham de roldanas ou peas mveis, pois so menos suscetveis a falhas mecnicas e, por conseqncia, apresentam maior rusticidade e robustez no emprego operacional.

    O descensor mais conhecido o oito e, para operaes de salvamento em altura, deve

    ser confeccionado em ao inox, deve possuir abas laterais (orelhas) para evitar a boca de lobo e resistncia de ruptura mnima no inferior a 4KN.

  • 15

    2.4 CORDELETES

    Os cordeletes so cordas de menor dimetro, com as mesmas caractersticas quanto aos materiais de confeco e formas de fabricao.

    A diferena reside em seu dimetro, sempre inferior ao da corda principal. Os cordeletes empregados em operaes de salvamento em altura apresentam dimetros

    superiores a 6 mm e inferiores a 8mm e so utilizados como auxiliares das operaes de descida, ascenso ou de iamento.

    ATENO! JAMAIS UTILIZE UM CORDELETE COMO CORDA PRINCIPAL

    DE DESCIDA, ASCENO OU DE IAMENTO!

    Os cordeletes no tem um comprimento padro previamente definido. Usualmente so empregados em comprimentos de 1, 2 e 3 metros, de acordo com o trabalho auxiliar a ser realizado.

    3. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL 3.1 CAPACETES DE SEGURANA

    O capacete empregado em salvamento em altura deve atender aos requisitos de leveza e

    proteo correspondentes natureza do trabalho a ser realizado. Por esse motivo os capacetes de combate a incndios no so os mais adequados para emprego em operaes de salvamento em altura, muito embora, em algumas situaes, seja necessrio o seu emprego.

    Os capacetes de salvamento em altura devem atender aos requisitos da norma NFPA 1951/2007 ou da norma EN 12492, sendo ambas aceitveis para a padronizao dos capacetes de salvamento em altura.

    Os capacetes de salvamento em altura podem ser equipados com culos de proteo e

    lanternas intrinsecamente segura ( prova de exploso), sendo prefervel que disponham de acessrios que permitam a instalao desses equipamentos.

    3.2 LUVAS

    As luvas de proteo podem ser confeccionadas parcialmente em material sinttico ou toda em couro, porm, independente do modelo, devem dispor de reforos em couro na palma das mos e nas reas de atrito com a corda de salvamento.

  • 16

    Toda a mo deve ficar protegida, especialmente os dedos, e devem ficar perfeitamente ajustadas mo do bombeiro militar de forma a permitir-lhe executar todas as aes sem a necessidade de retir-las.

    Luvas de combate a incndio no so a melhor opo para essa tarefa.

    3.3 CULOS DE SEGURANA Destinado proteo dos olhos contra impactos ou projeo de partculas, os culos de

    segurana devem atender aos requisitos do anexo I da NR-6 do Ministrio do Trabalho. Os culos de segurana empregados nos trabalhos de salvamento em altura devem dispor

    de tirantes para que sejam acoplados ao capacete de segurana, evitando que se movimentem durante a operao ou que sejam deslocados do rosto.

    4. EQUIPAMENTOS DE PROTEO MATERIAL 4.1 PROTETORES DE CORDA PARADA

    Trata-se do protetor que deve ser empregado sempre que uma corda entre em contato

    com uma superfcie abrasiva e que essa corda permanea esttica, sendo empregada como linha de descida ou de ascenso, nunca como linha de iamento.

    O fundamental que o protetor de corda parada evite que arestas danifiquem a corda de

    salvamento em decorrncia do contato sob presso em determinados pontos. Os protetores de corda parada podem ser industrializados ou feitos pelos prprios

    bombeiros com lonas ou mangueiras "descarregadas", porm, deve-se ter ateno para que fiquem firmemente instalados nos pontos de contato com superfcies abrasivas, sem que se desloquem durante as operaes.

  • 17

    4.2 PROTETORES DE CORDA EM MOVIMENTO

    Haver situaes onde a corda de salvamento ser empregada em uma operao de iamento. Nesses casos poder haver atrito da corda com alguma superfcie de contato em razo do movimento que essa ir realizar, sendo necessria sua proteo por meio de dispositivos que minimizem ao mximo os eventuais danos que possam vir a ser causados corda de salvamento.

    Usualmente tais protetores apresentam rolamentos que neutralizam os danos decorrentes

    do atrito da corda com a zona de presso.

    5. EQUIPAMENTOS DE ANCORAGEM 5.1 MOSQUETES

    So peas metlicas que tem a finalidade de conectar a corda com o resto da cadeia de segurana.

    Mosquetes de salvamento em altura devem ser confeccionados em ao inox, dispondo de gatilho de segurana com trava manual tipo rosca (no so admitidos mosquetes com trava automtica em aes de salvamento) em formato "D" e com resistncia de ruptura mnima superior a 25 KN.

    5.2 CONECTORES

    So peas metlicas muito resistentes e se diferenciam dos mosquetes por no disporem

    de gatilho para o fechamento, apenas dispondo do sistema de rosca.

  • 18

    Podem suportar cargas multidirecionais, sendo empregados em uma grande gama de tarefas auxiliares.

    5.3 ASCENSORES

    So aparelhos derivados dos blocantes, normalmente necessitando de prolongadores que so engatados nos cordas facilitando que o bombeiro realize uma escalada pelas cordas.

    6. EQUIPAMENTOS DE MANOBRA DE FORA 6.1 POLIAS

    Tambm chamadas de Roldanas, so equipamentos voltados multiplicao de fora e que funcionam por meio do acionamento de roldanas. Podem ser confeccionados com placas oscilantes ou fixas.

    6.2 SARILHOS DE POO OU TRIP

    Este um elemento imprescindvel em operaes em poos. Utilizveis tambm como desviadores ou para afastar cordas dos bordos de um buraco, so ferramentas muito teis, uma vez que, na maioria dos modelos, possvel acoplar um guincho manual em sua estrutura.

  • 19

    Podem ser confeccionados em diferentes materiais, como alumnio ou ao, e podem dispor de quatro ou trs apoios, embora se baseie no mesmo princpio de funcionamento.

    7. EQUIPAMENTOS DE REMOO 7.1 MACAS

    Imprescindveis para a remoo de feridos, em especial de vtimas inconscientes, devem ter capacidade de serem suspensas na vertical ou na horizontal. Podem ser divididas em duas categorias:

    De exterior: tipo grade (ou ninho), de plstico, dobrveis, entre outras; De poo: menores para utilizao em espaos reduzidos, tais como as macas de

    plstico enrolveis;

    7.2 TRINGULOS DE EVACUAO

    um elemento muito verstil e cmodo de usar. Ocupa pouco espao e muito leve e fcil de colocar. Embora haja modelos com tirantes, destinado a vtimas conscientes.

    Tem forma de uma fralda triangular e se ancora colocando as trs cintas, uma de cada

    lado da cintura e a outra debaixo das pernas. Deveria estar sempre presente nas guarnies de busca e salvamento por sua versatilidade e facilidade de colocao em situaes incmodas de urgncia.

  • 20

  • 21

    ESCOLA DE BOMBEIROS - RS - BRASIL NOES DE BUSCA, SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA

    Captulo 3

    VOLTAS E NS

    OBJETIVOS: Ao trmino deste captulo voc dever ser capaz de:

    1. Conhecer e executar pelo menos cinco ns relacionados s operaes de salvamento em altura, identificando suas aplicaes;

    2. Realizar a montagem de um Sistema de Ancoragem de Segurana - SAS.

    1. GENERALIDADES E DEFINIES

    Os ns so entrelaamentos feitos mo, onde se prende a corda pelo seio ou pelo chicote;

    uma massa uniforme com chicotes ou seios entrelaados para fins de executar amarraes diversas.

    Dependendo dos trabalhos a serem realizados, os ns devem ser escolhidos com cuidado, razo pela qual recomendado o conhecimento de vrios deles e suas finalidades. Teoricamente as voltas so mais resistentes que os ns e devero ser usadas em ancoragens sempre que possvel.

    Selecionar um n, para determinado tipo de trabalho, uma situao delicada, porm, no nenhuma cincia. Na verdade combinar um n com a situao requer experincia de trabalhos realizados. Assim sendo, aconselhvel, antes de arriscar empregar um n em uma situao de salvamento, ter experincia e conhecer a otimizao correta e completa deste n, dentro dos conhecimentos tcnicos.

    Para se executar um n e demonstrar perfeio, deve-se observar:

    A simplicidade e rapidez em ser feito; Segurana e esttica; Ajustar ou apertar na proporo que o esforo sobre ele aumentar, e; A facilidade em ser desatado ou desfeito.

    Atitudes bsicas de como se praticar ns:

    Conhecer o n atravs de visualizao, desenhos, fotografias ou demonstraes; Saber suas finalidades, dentro de cada atividade realizada; Conhecer suas limitaes de uso; Execut-lo de maneira correta e de diversas formas; Treinar sempre, para no cair no esquecimento.

    META PRINCIPAL

    CAPACITAR O ALUNO A REALIZAR AS VOLATAS E NS BSICOS INERENTES AS AES DE SALVAMENTO EM ALTURA, BEM COMO O EMPREGO DE SISTEMAS DE ANCORAGENS DE SEGURANA NS OPERAES EM AMBIENTES VERTICAIS.

  • 22

    2. OBJETIVOS

    Fazer com que o bombeiro desenvolva suas habilidades dentro da pratica de ns e amarraes, adquirindo com isso rapidez, destreza e demonstrando em cada operao a perfeio dos mesmos. Que o Bombeiro seja conhecedor de que os treinamentos constantes do segurana, e com isso, tornar-se- difcil cair no esquecimento. Observar que a falta de conhecimento, um falso n, far de voc sem dvida nenhuma, uma vtima.

    3. DIVISO DOS NS

    Para uma melhor compreenso dos ns, estes foram separados de forma didtica objetivando um melhor entendimento e segundo sua finalidade em:

    1) Ns na extremidade da corda; 2) Ns para emendar cordas; 3) Ns para Ancoragem de cordas; 4) Ns para encurtar e reforar cordas; 5) Ns para a formao de alas, e; 6) Ns para formao de cintos e cadeiras.

    3.1 FALCAA

    o arremate da ponta da corda. O chicote de uma corda, sem qualquer tipo de acabamento adequado, pode acarretar um acidente, danos a corda e/ou diminuio da vida til. Para fazer uma falcaa, faa uma volta no fio sobre o chicote da corda e com a outra extremidade do fio d voltas, prendendo as voltas a prpria corda, a acochando de forma a no se desfazer facilmente. Procure fazer as voltas o mais prximo possvel uma das outras, para maior conteno do chicote da corda. Ao finalizar as voltas puxe a ponta do cordo e introduza o restante do fio dentro das dobras das voltas iniciais. Aps, corte a ponta do fio.

  • 23

    3.2 NS NA EXTREMIDADE DA CORDA

    3.2.1 Cote

    Usado como base para formao e acabamento (arremate) e segurana dos ns.

    3.2.2 Meia Volta

    Usado como base ou parte de outros ns, chamado tambm de volta seca, devido a sua formao no deve sofrer trao ou presso, pois colocara em risco a vida til da corda.

    3.2.3 Volta do Fiador ou N em Oito

    Usada na fixao provisria de uma corda que no vai sofrer nem um tipo de trabalho. Empregado nos trabalhos de alpinismo com muita freqncia principalmente quando se emprega corda de pequenas bitolas.

    3.3 NS PARA EMENDAR CORDAS

    3.3.1 N Direito Usado para unir cordas com dimetros iguais. O n direito plano e simtrico constitudo de duas curvas entrelaadas com os dois chicotes emergindo do mesmo lado.

    Quando os chicotes estiverem saindo de lados opostos o n ser chamado de n esquerdo por no ser seguro, embora de aparncia slida, no segura sua utilizao ou emprego, pois um n que corre e se desfaz facilmente. Na execuo do n tem-se que tomar cuidado para que um n seja direito e outro realmente o esquerdo. O n direito pode ser desfeito rapidamente puxando um dos seus chicotes, isso acarretara em uma formao do n. Observa-se com que facilidade esse n se desfaz mesmo aps um grande esforo sobre o mesmo. um n que jamais poder ser usado para emendar cordas de bitolas diferentes.

  • 24

    3.3.2 N Escota Singela

    Usado para unir cordas de dimetro diferente, na confeco do n de unio do seio e do chicote do cabo solteiro para o transporte do mesmo.

    3.3.3 N Escota Dobrado

    Idem ao escota singelo, porm com uma volta a mais, tornando-o mais seguro. Obs.: A corda responsvel pelas voltas normalmente o de menor bitola.

    3.3.4 N Pescador Duplo

    Este um n usado para unio de cordas de mesma bitola. executado pelo entrelaamento de um meio n de correr na extremidade de cada corda, prendendo-os entre si. Ele ser difcil de desfazer se a tenso sobre o mesmo for excessiva.

  • 25

    3.4 NS PARA ANCORAGEM DE CORDAS

    3.4.1 Volta do Fiel

    N empregado para fixao de cordas a um ponto de amarrao, nas amarraes de macas, na fixao de escadas e outros.

    Obs.: Esse n pode ser executado pelo seio ou pelo chicote e no esquecer que a sua segurana est na confeco do cote ao terminar de execut-lo.

    3.4.2 N Boca de Lobo

    N confeccionado no seio de uma corda para servir de ala ou manter-se firme em peas cilndricas, quando tiver que ser utilizada as suas extremidades. Ele poder ser utilizado como ala quando feito em cabo emendado (cabo solteiro), para servir de ponto de apoio ou ancoragem.

    3.4.3 Volta da Ribeira N usado na fixao de uma corda temporariamente, empregado, tambm, no iamento de objetos (materiais) leves e por um espao pequeno que no coloque em risco a segurana dos mesmos. E um n que se ajusta de acordo com o espao que se fixar sobre ele.

    3.4.4 Volta Redonda e Cotes

    N empregado na sua maioria na fixao de cordas. Apresenta a mesma utilidade n volta do fiel e no cobra em risco a vida til da corda, pois a ao da fora no ocorre

  • 26

    diretamente no n (cotes). Dar no mnimo duas voltas em um ponto fixo e na corda, que ir sofrer a presso, se d dois cotes que formaro por sua vez, uma volta do fiel na prpria corda.

    3.5 NS PARA REFORAR E ENCURTAR CORDAS 3.5.1 N Catau

    Utilizado na recuperao de cordas quando em trabalho e no podem ser substitudos, e nestas condies, utiliza-se esse n para encurtar ou para reforar um ponto fraco na corda.

    3.5.2 Corrente

    N normalmente empregado para encurtar uma corda ou para acomod-la para o transporte. So voltas praticas que tem como facilidade ou seu desfecho (desmanche).

    3.6 NS PARA FORMAO DE ALA

    3.6.1 N Las de Guia

    Ala bsica, usada em diversas atividades, principalmente na sua segurana individual e coletiva, ala de apoio e segurana a outras atividades de salvamento.

  • 27

    3.6.2 N de Aselha Simples

    N para formao de uma ala. Usado nas traes exercidas nos cordas de sustentao inclinados e horizontais. Tem que ser observado colocao das travas de madeira (rachi) no meio do n (volta da ala) para facilitar desfazer o mesmo. Com a colocao dessas travas evita o aperto e a vida til das cordas e se prolongam.

    3.6.3 N de Aselha em Oito Uma ala forte que no corre.

    3.6.4 N Aselha em Oito Costurado

  • 28

    3.6.5 N Borboleta N que tem a mesma finalidade do aselha simples, tambm se deve usar com as travas

    (rachi) para evitar o aperto excessivo. Esse n pode ser confeccionado em cordas de todos os dimetros.

    3.6.6 N Balso do Calafate

    N confeccionado pelo Bombeiro na sua cintura para sua segurana. Usado como base nos pontos de fixao ou tirfor (substituindo as ligas de ao). um n que tem voltas ajustveis de acordo com a presso exercida sobre o mesmo, regulando em comum as alas existentes.

    3.6.7 N Balso pelo Seio ou Las de Guia Duplo Sua finalidade especifica no resgate de vitimas de um modo geral. Tambm

    empregado no salvamento aqutico pelos socorristas.

  • 29

    3.7 NS PARA FORMAO DE CINTOS E CADEIRAS

    3.7.1 Cadeira Japonesa

    Tem a mesma finalidade que as outras cadeiras, confeccionada por dois ns direitos e arrematada com um cote.

    3.7.2 Assento de Um N ou Cadeira Rpida

    Empregado apenas para uma evacuao rpida ou abordagem.

    3.7.3 Las de Guia Triplo ou de Trs Alas

    Usado para retirada de vitimas inconsciente, praticamente deitada. O n confeccionado com a corda dupla, comeando por uma braada e meia e executando o Las de Guia formando trs alas sendo que a ltima ala tem aproximadamente 15 cm a mais que as outras alas. Essa ala maior a que envolve a regio torcica da vitima, as duas menores envolve os membros inferiores (uma ala em cada membro) na altura das dobras (articulao) dos joelhos.

  • 30

    3.7.4 Balso pelo Seio e n Direito (conjugado) N para resgate de vitimas inconscientes pelo processo de elevao, descida ou at

    mesmo no deslocamento no plano horizontal. Pelo processo de uma braada e meia faz-se, com tamanho ideal, (de acordo com o porte fsico da vitima) as alas do n balso pelo seio, em seguida a confeco do n direito na altura da regio torcica da vitima, observando que a corda maior o que dar a volta na vitima, finalizando o n direito em seguida um cote de segurana no n.

    3.7.5 N de Segurana Individual

    uma amarrao apropriada para o socorrista preservar sua segurana na execuo das atividades em altura. uma segurana que protege das possveis quedas. Portanto, essa amarrao a qual denominamos de segurana individual (n de segurana) e outros, empregado nessa amarrao uma corda de aproximadamente 4,5m (cabo da vida), na qual se realiza na cintura o N BALSO DO CALAFATE e na extremidade um lais de guia. Sua extenso dever partir na cintura at a largura do tornozelo e ser finalizado j com a mola (mosqueto) enganchado no prprio lais de guia.

  • 31

    3.8 N DINMICO

    3.8.1 Meia Volta do Fiel

    3.9 N DE FITA OU CORAO

    O nico n que aceito por fitas planas ou tubulares.

    3.10 NS BLOCANTES 3.10.1 Belonese

    N blocante, para cordas de mesmo dimetro, normalmente usado em cordas de mais de 9 mm, para segurana de um sistema.

  • 32

    3.10.2 Valdotan N blocante, usado em cordas de mesmo dimetro, para blocagens de segurana. Normalmente usado para atividades de canionismo. conveniente conhecer seu uso: um n criado para eventos de emergncia, devendo ser usado sempre molhado para fornecer maior atrito e refriger-lo, sob pena de derretimento das fibras. Em situaes de emergncia pode-se ascender usando-se este n. Sua grande vantagem sobre outros ns que pode ser liberado sob carga e pode ser usado como freio de descida acessando a vitima por uma corda sob tenso. Para fazer o valdotan preciso um pedao de corda dinmica de mais ou menos 1,60m de comprimento e 9 a 10 mm de dimetro. Desta devero ser retiradas 2 ou 3 cordes da alma para que ela fique mais macia.

    3.10.3 Prssico

    Usado na fixao de uma corda de menor bitola a outro, sendo que essa diferena consiste entre 30% a 50% no dimetro da corda ou cordelete que ser empregado para confeccionar o n.

  • 33

    N muito empregado na atividade de escalada principalmente para subir atravs de cordas, nos processos de trao na transposio de uma corda para outro e na segurana do escalador.

    3.10.4 Machard

    Para construir um machard fazemos um anel envolvendo a corda, a partir de 4 ou mais voltas (dependendo da bitola e dinamismo do cordelete e da corda). Estas so dadas com o cordelete sobre a corda, como mostra a figura. um n auto-blocante que serve para realizar paradas na corda, ascenses, erguer cargas e retesar cordas.

    Bidirecional Unidirecional

    3.10.5 Bachmann

    O mosqueto acoplado facilita o movimento com o n e o destravamento do cordelete durante o trabalho como bloqueador. Unidirecional, bom para trabalhos com pedal quando a corada abaixo dele no esta tesa, e melhor ainda para trabalho em cordas duplas.

  • 34

    4. SISTEMA DE ANCORAGEM DE SEGURANA - SAS

    4.1 CONCEITO

    Por definio, SAS um Sistema de Ancoragem de Segurana. conhecido no montanhismo pelo nome de reunio, mas que devido s caractersticas do salvamento em altura, no pode ter a mesma denominao. Dessa forma, um SAS ter:

    Um mnimo de duas ancoragens, o ideal que sejam trs;

    No mnimo uma ancoragem protegida contra exploses muito melhor se forem duas ou mais;

    Mosquetes de segurana, superdimensionados, com mola e trava tipo rosca, com resistncia longitudinal superior a 22KN;

    Fitas tubulares de confiana;

    Cordas em perfeitas condies, jamais podendo ser empregadas cordas inapropriadas para salvamento;

    Poder ser unidirecional ou multidirecional, conforme o interesse;

    Um ponto central de ancoragem, alm de outros pontos de segurana adicionais;

    Preferencialmente de ser realizado por meio de conexes rpidas, pois mais prtico de ser realinhado se a situao exigir;

    Simplicidade em sua feitura, de forma que se possa visualmente comprovar sua segurana, proporcionando confiana com o emprego de pouco material.

    4.2 LOCALIZAES DAS ANCORAGENS

    Depende muito de nossa experincia e de um bom juzo adquirido com a prtica. Embora haja muito lugares possveis, eles tm caractersticas comuns:

    Devem ser capazes de resistir a grandes cargas. Em geral devem ser protegidos contra

    exploses, se no for assim, se multiplicar a ancoragem;

    Deve-se ter especial ateno s condies da ancoragem. Melhor uma rvore viva do que uma morta; melhor ancorar em um caminho do que em um carro; apenas como forma de exemplos;

    Natureza estrutural. Melhor ancorar em uma viga ou coluna do que no perfil de uma janela;

    Localizao da fora sobre a ancoragem. Se tomarmos como exemplo a ancoragem em um poste, sempre ser melhor mais prximo da base do que mais acima, aumentando a fora de alavanca;

    Deve-se revisar a direo da carga e procurar instalar as ancoragens no mesmo sentido, mas melhor se a ancoragem for multidirecional. Em ancoragens unidirecionais, uma vez que estamos em situao de perigo, devemos nos certificar que a direo da carga no ser alterada com o incio dos trabalhos;

  • 35

    O ideal que as ancoragens estejam prximas e diretamente sobre o ponto de operao. Muitas vezes isso no possvel e ser necessrio instalar desviadores para realizar a manobra de salvamento.

    4.3 PONTOS DE ANCORAGEM DO SAS

    O conceito de Sistema de Ancoragem de Segurana pressupe que o bombeiro militar reconhea as caractersticas estruturais dos elementos onde far suas ancoragens. Como j vimos anteriormente, mais til a disposio de segmentos de cordas ou de fitas especialmente dispostos para a montagem dos SAS, liberando a corda de salvamento para conect-lo ao ponto principal da operao. Muitas vezes isso no possvel, devendo-se ter em mente que a ancoragem da corda principal tambm pode ser realizada em SAS, conforme o tipo de operao que se apresente. Desta forma teremos os SAS em linha ou em tringulo americano, conforme segue. 4.4 SAS EM LINHA

    Partindo do pressuposto de um mnimo de duas ancoragens, diferenciaramos uma ancoragem principal, onde estaremos operando, e a ancoragem secundria, que ser a segurana na falta da primeira. Esse tipo de ancoragem somente adequado para a montagem de linhas de descida ou de subida de bombeiros especialistas em busca e salvamento.

    4.5 SAS EM TRINGULO AMERICANO

    Trata-se de um SAS com um mnimo de duas seguranas instaladas horizontalmente. A vantagem desse sistema a de ser muito fcil de ser executado, porm, tem a desvantagem de sobrecarregar as ancoragens de seguranas com tenses laterais, alm de no dividir a carga de forma perfeitamente equilibrada. A idia a de que os ngulos formados entre a ancoragem principal e os cabos de segurana no supere 30 para evitar sobrecarga das ancoragens. Se o tringulo americano formado por fitas, trabalhar bem apenas em uma direo. Se for executado com cordas, poder ser multidirecional, porm, no repartir a carga nas ancoragens de segurana centrais, apenas nas laterais, caso haja mais de dois pontos de ancoragem de segurana.

  • 36

    4.6 SAS EM TRINGULO DE FORAS

    O tringulo de foras um sistema onde a carga dividida equitativamente entre o ponto de ancoragem principal e os demais pontos de segurana. Pode ser realizado com um mosqueto auxiliar ou com a mesma corda de ancoragem e, no caso de falha de um dos pontos de ancoragem, os demais devero suportar o bombeiro em operao.

    4.7 CUIDADO NA DIVISO DE CARGAS

    Em trabalhos de equalizao muito cuidado com a formao de ngulos de fora, a partir de, aproximadamente, 50c a eficcia da diviso de foras comea a diminuir.

  • 37

    A resistncia de uma ancoragem diminui na medida em que se aumenta o ngulo entre as fitas de unio da equalizao, com isso os pontos de ancoragem ficam sobrecarregados.

    Possumos diferentes ambientes para estruturar uma ancoragem.

    4.8 ANCORAGENS EM AMBIENTES NATURAIS

    So ancoragens feitas em matas ou montanhas. Estas podem ser artificiais. Exemplos: grampos, chumbadores, chapeletas, parabolt, etc. Nestes normalmente, se

    usam tcnicas de ancoragens equalizadas, proporcionando a diviso de carga. Tambm se podem utilizar ancoragens naturais, como rvores e rochas.

    4.9 ANCORAGENS EM AMBIENTE URBANO

    No resgate urbano as ancoragens sero feitas, normalmente, sobre estrutura de edificaes (marquises, tesouras de telhado, chamins, grades ou, ainda, improvisadas com barras de ferro ou caibros de madeira entalados em portas ou janelas).

  • 38

    Quando no encontrarmos pontos de ancoragem, ou estes no forem seguros, podemos utilizar placas de ancoragem ou a prpria viatura como ponto de fixao.

  • 39

    4.10 ANCORAGEM DE BOMBEIRO

    Os prprios membros da equipe, em situao extrema, podem ser utilizados como pontos de ancoragem.

  • 40

    4.11 DETERMINAO DOS PONTOS DE ANCORAGEM

    Por padro de segurana, sempre sero determinados dois pontos de ancoragem. O primeiro, como principal e o segundo (normalmente mais resistente), como backup ou ponto de segurana.

    * Em situaes de emergncia, algumas vezes s poder ser determinado um ponto de

    ancoragem. Tenha certeza de que este 100% seguro.

    4.12 CUIDADOS COM PONTOS DE ANCORAGEM Nunca fixar o ponto de ancoragem e o de segurana (backup) na mesma base de

    sustentao; Proteja cantos vivos e quinas; Revise voltas e ns utilizados e se os mosquetes esto engatados e travados; Verifique se as cintas de ancoragem esto realmente envolvendo o ponto de

    ancoragem; Cuidar para que objetos no fiquem soltos na base do ponto de ancoragem e possam

    vir a cair

  • 41

    ESCOLA DE BOMBEIROS - RS - BRASIL NOES DE BUSCA, SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA

    Captulo 4

    TCNICAS DE DESCIDA E ASCENSO

    OBJETIVOS: Ao trmino deste captulo voc dever ser capaz de:

    1. Equipar-se e conectar-se corretamente a

    corda de salvamento, realizando procedimentos de descida na modalidade de rapel simples;

    2. Equipar-se e conectar-se corretamente a

    corda de salvamento, realizando procedimentos de ascenso com o emprego de cordeletes.

    1. CHECAGEM DO EQUIPAMENTO E CONEXO LINHA PRINCIPAL 1.1 CHECAGEM DO EQUIPAMENTO

    Antes do incio de qualquer servio, ainda no quartel, necessrio que as guarnies faam a conferncia detalhada do material de salvamento disponvel. Essa checagem deve verificar se:

    Todo o material de ancoragem e o material individual, em especial as ferragens (mosquetes, freios, ascensores, bloqueadores e outros) esto em condies de uso e presentes junto ao material de salvamento da viatura e se esto dentro das quantidades mnimas aceitveis;

    H cordas ou fitas, bem como ferragem, para a montagem de um SAS;

    A corda principal est limpa de barro ou se est molhada, e se for o caso, adotar medidas para resolver a situao. Nesse caso a guarnio deve dispor sempre de uma corda principal na reserva, para pronto-emprego;

    Os materiais de proteo individual especficos do salvamento em altura esto presentes junto ao material de salvamento da viatura e em condies de uso.

    META PRINCIPAL CAPACITAR O ALUNO A REALIZAR AES DE ACESSO A VTIMAS COM A UTILIZAO DE CORDAS DE SALVAMENTO EM ALTURA, COM O EMPREGO DE EQUIPAMENTOS BSICOS DE OPERAES EM AMBIENTES VERTICAIS.

  • 42

    1.2 CONEXO LINHA PRINCIPAL

    A conexo linha principal parte de dois pressupostos: O primeiro o de que o SAS j tenha sido montado de forma adequada. O segundo o de que o bombeiro militar j esteja completamente equipado para a

    operao, ou seja, vestido completamente com cinto de salvamento, capacete, luvas, culos de proteo, dispondo de trs mosquetes individuais, um aparelho oito, um cabo solteiro de 5 metros de comprimento, dois cordeletes de 6 mm com 1,5 metros de comprimento, j com amarrao pronta para o n Prssico e demais equipamentos julgados necessrios ao servio que ser realizado.

    Dessa forma, considerando toda a rotina a ser seguida, a conexo linha principal passar pelos seguintes passos:

    Antes da aproximao o bombeiro militar dever providenciar em sua ancoragem de

    segurana, com cabo solteiro. Essa ancoragem no dever ser realizada junto linha de descida principal e deve permitir que toda a operao de conexo seja realizada sem comprometimento da segurana dos equipamentos e dos bombeiros e vtimas envolvidas na ocorrncia;

    Aproximao da linha de descida, a qual dever ser realizada j com o mosqueto e o aparelho oito conectados ao cinto de salvamento. Nesse momento o aparelho oito dever estar conectado de forma invertida (argola de maior dimetro conectada ao mosqueto);

    Vestimenta da corda de salvamento no aparelho oito. Para tanto, deve-se encontrar o melhor ponto da corda de descida para formar uma ala e, de baixo para cima, vestir essa ala pela argola de maior dimetro do aparelho oito;

    Desconexo do aparelho oito, reverso do aparelho oito para a posio correta de operao e reconexo do mosqueto ao aparelho oito, na posio de operao; Nesse momento o bombeiro deve verbalizar, em tom audvel guarnio, o que est fazendo com as seguintes frases padronizadas: MOLA ENGATADA! (no momento em que conectar o mosqueto ao oito); MOLA TRAVADA! (no momento em que travar o gatilho do mosqueto); SEGURANA! (no momento em que estiver pronto para a desconexo da segurana individual);

    Desconexo da segurana individual e posicionamento para a descida por rapel.

  • 43

    1.3 DESCIDA PELA TCNICA DE RAPEL

    Consiste em descer por uma corda com um descensor, normalmente de frico, que capaz de transformar a energia cintica em calor devido ao atrito da corda ao passar por ele. Lembremo-nos que o descensor mais conhecido e empregado nos Corpos de Bombeiros o aparelho oito.

    O rapel uma tcnica que, embora fcil, muito perigosa. Devemos levar em conta: Fazer um n a um metro do final da corda principal. Isso pode evitar acidentes caso a

    corda no chegue ao solo;

    Descer deslizando suavemente;

    No dar saltos. Isso pode sobrecarregar a ancoragem pois esses saltos podem duplicar ou triplicar nossa carga sobre esses pontos;

    Descer lentamente, em especial nas descidas muito longas, uma vez que com o superaquecimento do descensor podemos queimar a corda quando pararmos. Nesses casos desceremos de forma fracionada;

    Manter a mo de frenagem ao lado da coxa, no a aproximando jamais do aparelho oito. Essa aproximao poder levar ao bloqueio do aparelho oito pela luva do bombeiro militar, ocasionando um srio acidente;

    Manter a mo livre acima do aparelho oito, para auxiliar na estabilizao da descida;

    Utilizar somente mosquetes de ao, com trava tipo rosca manual;

    Realizar sempre o rapel com segurana.

  • 44

    2. TCNICAS DE UTILIZAO DO FREIO OITO

    O freio oito um equipamento descensor de grande versatilidade, desenvolvido para descidas, ele tanto pode ser utilizado para este fim, como serve para fornecer segurana, criar sistemas de fora, realizar ascenses pela corda etc. Vejamos algumas formas de utilizao.

    2.1 TCNICA DO OITO IMPERDVEL

    Com esta tcnica a corda pode ser colocada no freio sem tir-lo do mosqueto, evitando que o equipamento venha a cair.

  • 45

    2.2 OITO RPIDO

    Usado para descidas com cordas duplas de 10 mm ou simples com mais de 14 mm.

    2.3 OITO VERTACO

    Esta montagem usada quando existe muita carga no sistema de descida, tendo como variao a colocao de mais mosquetes de frenagem no sistema.

    2.4 OITO FIXO

    Nesta montagem o oito fica fixo no ponto de ancoragem, normalmente usado para descida de cargas (macas) e/ou trabalho de resgate em que o bombeiro necessite as duas mos livres.

  • 46

    2.5 OITO BLOQUEADO

    Esta montagem e usada para ascenso em cordas, utilizando o oito como blocante de quadril ligado a cadeira do bombeiro. Podendo ser convertido facilmente para um sistema de descida.

    2.6 DESCIDAS COM OITO FIXO OU BALDINHO

    O oito fixo colocado na base da ancoragem, conforme j vimos, e o bombeiro amarrado com o n aselha em oito na ponta do chicote da corda, e este liberado por seu colega no sistema de liberao de carga. A corda pode ser simples, se for utilizado como descida de maca ou carga, ou duplo, se for utilizado para resgate de vitima penduradas na parede. Se duplo, devero ser feitas duas aselhas em oito, uma em cada chicote da corda. Um dos chicotes dever ser aproximadamente, 15 cm mais curto que o outro, neste ser amarrado o bombeiro e o outro ser utilizado para o resgate da vitima. Aproximadamente um metro distante das pontas dos chicotes o bombeiro far um n em oito individualizando as cordas de descida e resgate.

  • 47

    2.7 DESCIDA COM N DINMICO UIAA OU MEIA VOLTA FIEL

    Esta tcnica utilizada quando no possumos freios de descida. Tambm utilizada para liberao de cargas e segurana de sistemas de escalada. A variao a utilizao do n UIAA diretamente no mosqueto e o sistema de frenagem o francs, com palma da mo de frenagem voltada para cima, prxima altura do rosto do bombeiro. O n UIAA ou Meia Volta Fiel, por ser um n dinmico bidirecional, facilita o trabalho de recuperao de cordas e bloqueios de sistemas. 2.7.1 Montagem do N Dinmico UIAA ou Meia Volta Fiel

    2.8 SISTEMAS DE DESCIDA COM RECUPERAO DE CORDAS

    Descida em molinete; Descida em corda dupla; Descida em salva cabo.

    2.9 TCNICA DE RAPEL COM FREIO DE CORPO 2.9.1 Tcnica com Corda simples

    Primeiro ancore a corda em ponto, de preferncia, prximo a base. Com o rosto voltado para a base de ancoragem, de costas para a descida, passe a corda por entre as pernas, envolvendo a coxa direita, puxando a corda para frente do corpo, aps, cruza-se a mesma em diagonal, em direo ao ombro esquerdo. Em seguida, jogue-a por cima do ombro da esquerda para a direita, de forma que ela passe cruzada pes costas e termine na mesma coxa direita, segurando a corda com a mo direita.

  • 48

    2.9.2 Tcnica com Corda Dupla

    Primeiro ancore a corda em ponto, de preferncia, prximo a base. Com o rosto voltado para a base de ancoragem, de costas para a descida, passe a corda por entre as pernas, individualizando as cordas, passe-as pela coxa direita e esquerda, envolvendo-as respectivamente, levando os chicotes para frente do corpo. Aps, cruze as cordas na frente do corpo, formando um X e lance- os para trs, por cima dos ombros. Com ambas as mos, segure o firme da corda. Deixe a corda correr e escorra pela parede.

  • 49

    2.10 BLOQUEIOS DE SISTEMAS DE DESCIDA

    Em algumas situaes o bombeiro precisar ficar parado e bloqueado no sistema de descida, veremos alguns dos bloqueios que permitem ao homem trabalhar com as mos livres, mantendo a segurana da operao. 2.10.1 Bloqueio de Rapel com Freio Oito

    2.10.2 Bloqueio de sistema UIAA

    2.10.3 Bloqueio de Rapel com Voltas Redondas na Coxa

    2.10.4 Bloqueio de Rapel Realizado Pelo Segurana de Baixo

  • 50

    3. TCNICAS DE ASCENSO

    Trata-se de uma tcnica complementar ao rapel. Dominando este dois aspectos teremos completa autonomia sobre as cordas. Seu uso muito seguro e necessrio para situaes em que tenhamos que sair pela parte de cima de um cenrio.

    Pode ser realizado com equipamentos de ascenso, porm, o bombeiro militar deve ser capaz de execut-lo apenas com o uso de cordeletes. O n mais usual para essa operao o Prssico.

    A tcnica consiste em: Realizar dois ns Prssico junto corda principal de subida, deixando um na altura de um

    dos ps do bombeiro militar e outro sendo conectado ao cinto de salvamento;

    Pisar na ala do Prssico que est junto ao p e esticar a perna, auxiliando com a mo a subida do Prssico do cinto de salvamento;

    Sentar no cinto de salvamento, bloqueando o Prssico, e subir com o auxlio da mo o Prssico do p, encolhendo a perna de apoio;

    Novamente pisar na ala do Prssico que est junto ao p e esticar a perna, auxiliando com

    a mo a subida do Prssico do cinto de salvamento;

    Repetir essa operao at chegar altura desejada.

  • 51

    ESCOLA DE BOMBEIROS - RS - BRASIL NOES DE BUSCA, SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA

    Captulo 5

    OPERAES DE SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA

    OBJETIVOS: Ao trmino deste captulo voc dever ser capaz de:

    1. Conhecer e empregar as fases tticas de uma operao de salvamento em altura;

    2. Identificar a equipe de salvamento em altura e as funes dos seus integrantes;

    3. Equipar-se e conectar-se corretamente a corda de salvamento, realizando procedimentos de descida na modalidade de rapel com vtima ativa;

    4. Equipar-se e conectar-se corretamente aa corda de salvamento, realizando procedimentos de descida na modalidade de rapel com vtima passiva, com e sem o emprego de maca rgida.

    1. FASES TTICAS DE UMA OPERAO DE SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA

    1.1 FASE PRVIA

    A fase prvia est associada obteno da maior quantidade de informaes possveis para que possamos fazer uma composio do lugar, do tipo de sinistro com o qual iremos nos deparar, afim de que ganhemos um tempo inicial.

    Essas informaes prvias so necessrias ainda antes de deixar o quartel e devero ir sendo atualizadas durante o deslocamento pela central de despachos do Corpo de Bombeiros.

    Nesse momento da ocorrncia, quando ainda no chegamos ao teatro de operaes, fundamental que disponhamos de dados como:

    Altura envolvida; Tipo de sinistro; Nmero de vtimas, lesionadas, presas ou mesmo, mortas; Idade aproximada das vtimas; Hora em que se deu a ocorrncia; Lugar exato, ou o mais prximo possvel.

    META PRINCIPAL CAPACITAR O ALUNO A REALIZAR AES DE SALVAMENTO EM ALTURA, COM O EMPREGO DE EQUIPAMENTOS BSICOS DE OPERAES EM AMBIENTES VERTICAIS.

  • 52

    Uma vez no local do sinistro, e devido a todos os riscos que este traz, devemos ser muito rigorosos nos seguintes pontos: reconhecimento, pr-resgate, resgate e encerramento. Uma vez que o tempo est contra ns e que podemos colocar nossas vidas em perigo e, quem sabe, as vidas das vtimas, sendo que tentaremos reduzir ao mximo os imprevistos e se no surgirem, ser sinal de que houve um bom planejamento.

    Ao organizar um esquema como o que segue, e que seja conhecido por todos, nos

    permitir trabalhar com maior segurana, rapidez e eficincia, j que o fim da operao de salvamento em altura a de resgatar as vtimas nas melhores condies de sade possveis, e que retornem todos, a salvo do sinistro.

    1.2 RECONHECIMENTO

    Compilao de informao: uma complementao da fase prvia, porm com

    maior detalhamento das informaes, pois realizada no local do sinistro. Confirmamos aqui o nmero de vtimas, sua localizao exata, o nvel de gravidade, entre outros;

    Tomada de deciso: Uma vez confirmadas as informaes, o comandante da

    guarnio avaliar a necessidade de apoio mais especializado para a realizao do salvamento, comunicando-a sala de operaes para que este suporte chegue o mais rpido possvel;

    Controle do sinistro: Isolar a rea e delimitar as zonas de atuao. Tudo depender da

    natureza e da complexidade do salvamento a ser realizado. H diferenas muito expressivas em um salvamento realizado em um poo e em um salvamento realizado em uma marquise de construo civil, por exemplo;

    Tipo de trabalho em altura: Este reconhecimento tcnico ser realizado

    simultaneamente ao item anterior. Veremos os problemas que podero ser encontrados e a quantidade de pessoal necessria operao;

    Reconhecimento dos perigos: Se refere aos perigos inerentes altura como;

    eletricidade, fogo, produtos txicos, exploses, pontos de ancoragem, fios cortantes, superfcies abrasivas, entre outros, que podem exigir cuidados especiais de outras guarnies enquanto efetuamos o salvamento;

    Plano de ao: Uma vez que confirmamos as informaes comeamos a tomar

    decises na cena do incidente sobre o tipo de atuao. No ter o mesmo planejamento o salvamento de uma pessoa presa num elevador em comparao com a remoo de um cadver. O plano de ao uma das partes mais importantes do salvamento. Sua elaborao depende de todos os dados colhidos na fase prvia, do reconhecimento feito na chegada ocorrncia, do nvel tcnico da equipe de salvamento e dos recursos humanos e materiais disponveis. Acima de tudo, importante compreender que deve haver flexibilidade ante os imprevistos.

  • 53

    1.3 PR-RESGATE

    Aqui ainda no estamos tratando da operao em si. A fase de "Pr-resgate" muito importante e inclui os seguintes pontos:

    Montar um primeiro acesso para um ou dois bombeiros, dependendo da zona e dos perigos, que realizem o reconhecimento especfico junto vtima e avaliem uma possvel assistncia de equipe mdica para proporcionar os primeiros socorros;

    O plano de ao deve estar bem estruturado sendo, porm, flexvel. Por exemplo, em

    um prdio colapsado onde j haja guarnies de bombeiros trabalhando poder haver novo desabamento, soterrando as equipes de resgate. necessrio antecipar-se a esse tipo de situao;

    Preparar recursos pessoais, pois, dependendo da natureza do incidente e das

    quantidades e tipos de vtimas, poderemos ter de dispor de diferentes quantidades de pessoal de socorro, bem como de qualificaes diversas, desde chefes de equipe experientes at pessoal mdico;

    Dispor dos materiais necessrios para a proteo da guarnio; aparelhos de

    respirao autnoma, roupas de proteo, bem como os equipamentos de salvamento. Deve se considerar a necessidade de equipamentos especializados como sistemas de iluminao, cmeras de imagem trmicas, oxiesplosmetros, entre outros;

    Adequar-se ao local do sinistro. Referimos-nos aos recursos que previsivelmente

    necessitaremos: iluminao para a noite, proteo contra o fogo, controle dos perigos secundrios, escoramentos, entre outros;

    Organizar e disciplinar as comunicaes, tanto as internas do Corpo de Bombeiros,

    como as da imprensa, determinando um lugar especfico para o posicionamento da mdia e uma rotina de prestao de informaes, dentro das possibilidades, da realidade e do andamento da ocorrncia;

    Organizar e distribuir as guarnies; equipe de salvamento, equipe de trao (se

    houver necessidade de iamento), equipe mdica, equipe de resgate dos resgatadores, equipe de segurana, etc.

    1.4 RESGATE

    Localizao do dispositivo para iar ou baixar as vtimas;

    Ter clareza sobre o sistema a ser montado e os incidentes possveis; Prestar ateno montagem dos sistemas de ancoragem e de segurana; Dispor de rea de comodidade de acesso para a quando a vtima se encontre fora de

    perigo; Considerar a possibilidade de ter de ir buscar as vtimas onde essas se encontram,

    levando necessidade de incremento de pessoal;

  • 54

    Uma vez obtido acesso vtima, avaliaremos a necessidade de tratamento suporte mdico imediato ou se as aes de primeiros socorros sero suficientes naquele momento. O que nunca deve faltar apoio psicolgico durante todo o salvamento;

    Estabilizao e equipagem das vtimas para o transporte: colocao do tringulo de

    salvamento, amarrao da vtima na maca, etc.; Por ltimo, ser realizado o iamento ou a descida da vtima. muito importante a

    comunicao entre os bombeiros que esto acima, os que esto abaixo e os que acompanham as vtimas;

    Quando se chega zona fora de perigo, proporcionaremos o tratamento mdico, caso

    no tenha sido prestado anteriormente, e realizaremos a remoo.

    1.5 ENCERRAMENTO Recolhimento do equipamento. Deve ser desmontado tudo o que foi montado para o

    salvamento, realizando sua contagem e identificao. Em alguns casos podemos considerar a possibilidade de abandonar algum equipamento caso sua recuperao seja muito difcil, ou seja, de pouco valor, ou ainda, tenha sido severamente danificado durante o salvamento de forma que acabe se tornando inservvel;

    Embora no seja usual, cabe realizar uma investigao sobre o ocorrido com a

    finalidade de compreender os motivos que levaram ocorrncia do sinistro (se houve deslizamento, se ocorreu desateno da vtima, se houve falha de equipamentos de segurana, etc.). Essa investigao tem cunho exclusivamente tcnico e visa otimizar a realizao dos servios do Corpo de Bombeiros, no sendo absolutamente conectada viso de investigao policial;

    E algo que nunca demais em qualquer ocorrncia uma conferncia com todo o

    efetivo aps a concluso de todos os trabalhos. Essa rpida conversa pode ser realizada na prpria cena do incidente ou logo aps, no quartel, e sempre nos permite aprender muito. Vamos analisar os erros e acertos e tirar as concluses sobre o que poderia ter sido melhorado em cada fase do salvamento, fazendo com que sejamos mais precisos no futuro, de forma a aumentar a efetividade, a segurana e a coordenao das tarefas para que possamos, cada vez mais, desempenhar de forma melhor nosso trabalho.

    2. EQUIPE DE SALVAMENTO EM ALTURA

    Uma equipe de salvamento em altura deve ser constituda de no mnimo quatro homens e no mximo seis, se houver necessidade de mais bombeiros na ao ser inteligente que se tenha outra equipe de seis homens com seu comandante prprio. 2.1 A EQUIPE

    O comandante responsvel pelo grupo, normalmente o mais experiente e com boa capacidade de liderana, discernimento e tomada de deciso, devendo constantemente estar preocupado com a segurana e o treinamento da equipe. Em situaes de ocorrncia real, deve ter capacidade de anlise de riscos potenciais no local da cena. J o motorista o profissional habilitado na conduo e operao de viaturas, responsvel por conduzir a equipe com segurana, tendo tambm todas as habilidades tcnicas para efetuar um salvamento.

  • 55

    Os homens de salvamento (S1, S2, S3, S4) devem possuir as mesmas capacidades e conhecimentos tcnicos das aes de salvamento, variando experincias anteriores e habilidades pessoais. Desta forma, na equipe, um bombeiro supre as deficincias do outro.

    Nunca devemos esquecer: uma corrente, por mais forte que seja, sob tenso ir

    romper no seu elo mais fraco. 2.2 DEVERES DO COMANDANTE DA EQUIPE DE SALVAMENTO EM ALTURA

    Conhecer individualmente os membros da equipe, seus potenciais e suas dificuldades; Conhecer os materiais disponveis para o trabalho; Revisar o equipamento; Verificar se todos da equipe se encontram em boas condies de sade fsica; Observar o estado psicolgico da equipe; Primar pelo condicionamento fsico da equipe; Manter o treino constante das tcnicas.

    2.3 DEVERES DA EQUIPE DE SALVAMENTO EM ALTURA

    Revisar e conhecer o material empregado; Levar todo o material necessrio para o local da ocorrncia; Ter ateno e concentrao durante a ocorrncia; Cuidado com segurana prpria; Cuidado com segurana da equipe; Estar descansado ao assumir o servio; No estar sobre o efeito de bebida alcolica ou medicamentos.

    3. TCNICAS DE SALVAMENTO EM ALTURA

    Dentro do rol das operaes de busca e salvamento, o trabalho em altura apresenta caractersticas muito peculiares, uma vez que o risco e as consequncias em caso de erro podero ser fatais.

    Aqui veremos o detalhamento tcnico das operaes bsicas de salvamento em altura, passando pelos trabalhos de checagem dos equipamentos, conexo linha principal (de descida ou de subida) e a execuo das operaes com e sem a presena de vtimas.

    Deve-se ter em mente que necessria uma quantidade mnima de equipamentos de salvamento em altura para que se possa operar em situaes diversas. Apenas como parmetro, elencamos abaixo os tipos de equipamentos e suas quantidades mnimas necessrias s operaes de bombeiro militar, considerando-se uma linha de salvamento principal:

    100 metros de corda de salvamento (corda principal);

    50 metros de corda de salvamento (corda auxiliar);

    50 metros de corda para montagem do SAS;

    20 metros de fita tubular para montagem do SAS;

    04 cabos solteiros de 12 mm com no mnimo 4,5m e no mximo 6m de comprimento;

    02 cordeletes de 6 mm com no mnimo 1 m e no mximo 3 m, por bombeiro militar que opere na linha de salvamento;

    Capacetes, luvas, cadeira de salvamento e culos de proteo de uso individual, de acordo com o tamanho da guarnio;

  • 56

    03 mosquetes de ao com trava tipo rosca, por bombeiro militar;

    01 aparelho oito de ao, com abas laterais, por bombeiro militar que opere na linha de salvamento;

    04 mosquetes de ao com trava tipo rosca para a montagem do SAS.

    4. DESCIDA POR CORDAS DE SALVAMENTO COM VTIMA ATIVA

    Considera-se vtima ativa aquela que consegue se locomover por meios prprios, mesmo que com dificuldades.

    Para a remoo de vtima ativa dever ser utilizado o tringulo de resgate, o cinto de salvamento ou, em ltimo caso, a corda solteiro.

    A conexo da vtima deve ser realizada juntamente ao aparelho oito do bombeiro militar, de forma que a vtima, sempre que possvel, fique alocada em posio acima do resgatista. Para tanto pode ser necessria a utilizao de cordeletes, cordas, fitas ou de mosquetes adicionais para dar maior mobilidade ao bombeiro militar e posicion-lo com as pernas logo abaixo da vtima ativa.

    Deve-se considerar que, com a sobrecarga, a tendncia ser a de dificuldade no controle de frenagem da descida. Para reduzir essa perda de controle pode-se conectar um segundo mosqueto lateral junto ao cinto de salvamento, fazendo com que a corda principal passe por dentro desse, de forma a que a frenagem tenha um segundo ponto de atrito.

    Nesse caso a frenagem se dar tracionando a corda para cima, e no para baixo.

    Observe-se que a frenagem somente ser realizada com trao para cima no caso de emprego dessa tcnica, com mosqueto auxiliar lateral conectado ao cinto de salvamento.

    No caso de emprego da tcnica de frenagem tradicional a melhor alternativa para minimizar a perda de controle por deslizamento do aparelho oito pela corda de salvamento ser sua vestimenta dupla, que poder ser realizada com suporte do mosqueto principal ou no. Nesse caso a frenagem ser realizada de forma convencional, ou seja, com presso para baixo.

  • 57

    5. DESCIDA POR CORDAS DE SALVAMENTO DE VTIMA PASSIVA COM EMPREGO DE MACA

    Operao de maior complexidade, pois pressupe a correta calibragem da maca e a adequada amarrao da vtima passiva, as quais devem ser executadas por pessoal especializado.

    O ponto principal a ser observado nesse item est relacionado necessidade de controle da maca por meio de cordas-guia, as quais devero ser conectadas maca a fim de evitar o movimento de giro dessa.

    Aqui, assim como na operao de descida com vtima ativa, o bombeiro militar deve, sempre que possvel, estar posicionado com as pernas imediatamente abaixo da maca, visando proporcionar melhor controle do acidentado e estabilidade do sistema.

    Placas organizadoras so ferramentas muito teis nessa operao, pois permitem que o bombeiro militar facilmente se coloque em posio mais favorvel atravs do emprego de fitas tubulares, ou mesmo de um cabo solteiro, otimizando a descida.

  • 58

    ESCOLA DE BOMBEIROS - RS - BRASIL NOES DE BUSCA, SALVAMENTO E RESGATE EM ALTURA

    Captulo 6

    CORTE DE RVORES

    OBJETIVOS: Ao trmino deste captulo voc dever ser capaz de:

    1. Estabelecer e fixar orientaes indispens-veis ao perfeito atendimento de emergncias de corte de rvore pelas guarnies do Corpo de Bombeiros.

    1. PRINCPIOS E PROCEDIMENTOS ADOTADOS EM CORTE DE RVORES

    Os princpios e procedimentos descritos se referem a duas situaes distintas: 1) rvore de grande porte em risco iminente de queda, cujas condies, face sua localizao,

    possibilitam que o corte seja executado de uma s vez; 2) rvore de grande porte, localizada em reas de concentrao populacional, com

    presena de fiao eltrica, sem espaos laterais abertos para o abate em queda livre e que exige pronta e imediata interveno por parte do bombeiro.

    As orientaes gerais enunciadas aqui, pelos critrios de segurana abrangentes que

    contm, podero ser observadas tambm nas ocorrncias em que a rvore j caiu sobre residncias, veculos, pessoas, etc.

    1.1 AVALIAO E CONDIES PRELIMINARES

    Toda a ao deve ser antecedida de um planejamento. O xito para ser alcanado em qualquer situao de emergncia depende, fundamentalmente, da qualidade e do preparo daqueles que integram uma guarnio. E no caso particular do corte de rvore, os quesitos necessrios a serem preenchidos so os seguintes:

    META PRINCIPAL CAPACITAR O ALUNO A REALIZAR AES DE CORTE DE RVORES EM SITUAES DE RISCO, COM O EMPREGO DE EQUIPAMENTOS BSICOS EM OPERAES DE TRABALHO EM ALTURA.

  • 59

    1.1.1 Condio fsica Por se tratar de servio estafante e pesado, torna-se inconcebvel a designao e, por

    conseguinte, o aproveitamento de algum com restries mdicas. O bombeiro deve estar fisicamente em condies.

    1.1.2 Condio psicolgica comum o bombeiro deparar-se com situaes inesperadas, nas quais a presena de fatores adversos exige controle emocional, rapidez de raciocnio e discernimento por parte da guarnio. Adaptao aos trabalhos em altura imprescindvel, pois se trata de uma atividade desgastante que requer da guarnio extrema ateno. 1.1.3 Condio tcnica Em uma emergncia no h tempo para aprendizado ou reciclagem. o momento de pr em prtica o conhecimento adquirido. Os reflexos devem estar bem condicionados. Em tais circunstncias, o bombeiro deve ser capaz de: a) Identificar os riscos inerentes a cada caso avali-los, e eleger o mtodo de corte mais seguro e adequado; b) Operar com segurana e destreza a moto-serra e outros equipamentos de corte; c) Dominar as tcnicas diversas de voltas e ns com cordas de diferentes tipos e bitolas, executando em situaes diversas, quer em terra ou em plano elevado; d) Prevenir e evitar o surgimento de eventuais acidentes, tendo em vista a segurana da guarnio, dos circunstantes, bem como do patrimnio; e) Empregar equipamentos de trao, conhecendo e respeitando suas limitaes de trabalho, a fim de no os danificar; f) Improvisar diante de situaes em que no se disponha de recursos adequados, por meio de meios de fortuna. 1.2 O ATENDIMENTO A EMERGNCIAS Ratificando o enunciado, o objetivo deste tpico fixar procedimentos operacionais que permitam guarnio saber como agir em ocorrncia de corte de rvore, sendo certo que a resposta ao quesito quando ser: em casos de emergncia. Existem determinadas providncias consagradas pela prtica e, por essa razo, consideradas indispensveis para um perfeito atendimento. Por questes de ordenamento didtico e facilidade de compreenso, reunimos essas providncias em duas fases: 1.2.1 1 Fase - Anlise da situao Uma avaliao criteriosa por parte da guarnio antes do incio do servio permitir prevenir e evitar surpresas desagradveis na etapa seguinte. Os aspectos a serem observados nessa avaliao so os seguintes:

  • 60

    a) Reconhecimento do local: - tipo de terreno: plano, acidentado, com presena de eroso; - imediaes da rvore: h presena de edificaes, fiao eltrica, vias pblicas, veculos etc.; - verifique as condies climticas: direo do vento, velocidade do vento, formao de chuva etc. b) Reconhecimento da rvore: - tipo de rvore: se for ramificada, resinosa como a seringueira, lisa como coqueiro, espinhosa, etc. Alm disso, dimetro, altura, ngulo de inclinao, se est brocada, lascada, etc., fazem parte da avaliao. Visando segurana da guarnio, verifique a presena de enxames, lagartas, aranhas, formigas, etc. A anlise de situao, efetuada com o reconhecimento, nortear a tomada de deciso da guarnio quanto ao mtodo de corte a ser empregado, assim como possibilitar decidir pela solicitao de apoio de outros rgos pblicos, isolamento da rea, abandono das casas das vizinhanas e, ainda, a escolha adequada dos equipamentos necessrios execuo do servio, podendo inclusive ser solicitado o apoio de viaturas especializadas para auxiliar nos servios. 1.2.2 2 Fase - Execuo do servio Concluda a primeira fase, as respostas aos quesitos abaixo j devem ter sido definidas: 1. Ser efetuado o corte total ou parcialmente? 2. Qual o lado da queda? 3. Qual o nmero de cortes? 4. Qual a tcnica a ser empregada? E para melhor esclarecer esses quesitos, especialmente, para melhor descrever os tipos de corte comumente empregados pelo Corpo de Bombeiros, elaboramos um caderno de treinamento, baseado em ilustraes, a fim de facilitar a fixao do conhecimento. Alm das tcnicas de corte, inserimos algumas orientaes e normas importantes de preveno de acidentes. Emergncia - situao crtica e fortuita que apresente perigo vida, ao patrimnio ou ao meio ambiente, decorrente da atividade humana ou de fenmenos da natureza que obriguem rpida interveno do servio. Risco iminente de queda - a possibilidade real, presente e atual de uma rvore cair requerendo uma providncia imediata. Elevador - tcnica de corte que consiste em remover os galhos parcialmente, aos pedaos, em vez de abat-los totalmente de um s golpe. Essa tcnica deve ser empregada amarrando-se o galho ou a parte da rvore que se vai cortar em ponto fixo da prpria rvore ou outro ponto de apoio seguro, efetuando-se em seguida o corte. A adoo dessa tcnica evita que a parte cortada caia de uma s vez.

  • 61

    Entalhe direcional - o entalhe feito para determinar a direo da queda do tronco, formada pela mesa (base horizontal) e a boca (corte oblquo) onde se retira uma cunha em direo ao centro. 1.2.3 Cuidados e observaes Todas as tcnicas e conhecimentos adquiridos como machado e a serra manual so tambm vlidos para a moto-serra. Entretanto, tendo em vista o rpido desenvolvimento do trabalho aliado alta velocidade da corrente, so necessrios alguns cuidados adicionais. As recomendaes para preveno de acidentes devem, obrigatoriamente, ser observadas. Alm das instrues contidas nos diversos pargrafos das instrues de manejo, devem ser observados os seguintes pontos: - toda a pessoa que trabalha pela primeira vez com uma motosserra deve participar de um curso para oper-la; - no fume nem derrame combustvel ao abastecer. Se for derramado combustvel, limpe imediatamente a mquina e d o arranque em outro lugar; - a moto-serra Stihl foi construda para ser manuseada por um s operador. proibida a permanncia de qualquer outra pessoa na zona de alcance da serra; - d o arranque sempre com a moto-serra apoiada sobre um cho plano. A corrente no deve tocar nenhum objeto, nem o solo. - antes de iniciar o trabalho, teste a moto-serra quanto ao seu perfeito estado de funcionamento (acelerar, interruptor); - transporte a moto-serra somente com o motor desligado; - quando a moto-serra for carregada ladeira acima, o conjunto de corte deve apontar para trs. Ao descer uma ladeira, deve ser o contrrio; - durante o trabalho, segure a moto-serra com as duas mos para t-la sob controle a todo o momento. Firme bem as garras da motosserra contra o tronco antes de iniciar o corte. Quem trabalhar sem o batente de garras poder ser jogado para frente. Retire a moto-serra do corte somente com a corrente em movimento; - conduza a moto-serra de tal maneira que nenhuma parte do corpo fique exposta na regio de alcance do movimento do conjunto de corte; - trabalhe calma e concentradamente para eliminar a possibilidade de acidentes. Antes de iniciar o corte de abate, cuidar para que a rvore a ser derrubada no ponha ningum em perigo; - obedea distncia mnima de 2,5 comprimentos de rvore at o outro operador. Gritos de advertncia so dificilmente ouvidos devido ao rudo do motor; - quando a rvore comear a tombar, recue para o lado e cuidado com os galhos que podem cair. O operador deve procurar um local seguro para proteger-se; - utilize somente cunhas de madeira, de metal leve ou de material plstico. No utilize cunhas de ao; - havendo necessidade de ajuda para derrubada da rvore, utilize um garfo suficientemente comprido; - cuidado ao cortar troncos rachados. Existe o perigo das lascas de madeira cortada serem atiradas para trs; - cuidado com terrenos escorregadios e acidentados; - ao trabalhar em declives, coloque-se acima do tronco a ser cortado; - madeira na vertical ou horizontal, que est sobtenso, deve ser cortada primeiramente no local da presso, depois faa o corte de separao no lado da trao, caso contrrio, a serra poder trancar ou rebater para trs; - use capacete de proteo em todos os trabalhos. Os mais apropriados so os capacetes com proteo no rosto (contra serragem). Luvas firmes de couro, roupas ajustadas

  • 62

    (macaces e no guarda-ps) e sapatos com boas garras para no escorregar e com cobertura de ao para proteo dos ps, pertencem vestimenta correta; - os ouvidos devem ser protegidos com tampes ou protetores de ouvido; - observe sempre a correta tenso, lubrificao e afiao da corrente; - ao controlar a tenso da corrente, no reaperto e na manuteno em geral, o motor deve ser desligado.

    Procedimentos: 1 possibilidade:

    O Chefe de guarnio em atendimento a uma ocorrncia emergencial, aps anlise e planejamento, observando que poder efetuar o corte da rvore em queda livre, realizar um corte em um lado, denominado corte direcional (sempre mais profundo do que alto), e do outro lado, o corte de abate acima da linha daquele, podendo este ser diagonal conferindo segurana, conforme demonstrado no desenho a seguir:

    Para a queda, dependendo da situao e necessidade, podero ser utilizados materiais auxiliares de trao (Tirfor, guinchos, cabos ou cordas, moites, cadernais, etc).

  • 63

    2 possibilidade:

    Pode ser utilizado este recurso quando a rvore se encontrar muito inclinada, sendo, dessa forma, a segurana ainda maior.

    Detalhe do procedimento para o corte de abate efetuado pelo bombeiro operador da moto-serra, denominado corte de cunha. Para no prender o sabre da moto-serra, quando estiver efetuando o corte, tracione a rvore ou utilize cunhas.

  • 64

    1.3 USO CORRETO DA MOTOSSERRA PARA EVITAR O TRAVAMENTO DO APARELHO

    Na seqncia, para o procedimento do corte, coloque a moto-serra com as garras diretamente atrs do filete de ruptura e gire-a em relao a esse centro num movimento de leque simples.

    Corte em movimento de leque.

    Na derrubada de rvores que possuem um dimetro maior que o comprimento do sabre da moto-serra, esta precisa ser colocada vrias vezes, sendo necessrio trabalhar com o corte em leque mltiplo (corte de setores mltiplos), como o desenho ilustra, sempre tomando cuidado para que o sabre no fique preso. O entalhe com a ponta do sabre utilizado, principalmente, nos cortes centrais e na derrubada de rvores inclinadas. Para isso, serrasse com a ponta no ponto de entalhe (1) at que esta entre no tronco aproximadamente o dobro de sua largura. A seguir realizado o corte de entalhe (2); Sempre que for possvel, em uma ocorrncia emergencial, efetue o desgalho (poda) para facilitar o trabalho de retirada dos troncos.

    Anlise preliminar antes do corte.

  • 65

    Ao chegar ao local analise: - condies do terreno; - vizinhana; - tipo de rvore; - condies do tempo (vento, chuva, etc.); - o tipo de corte que ser utilizado.

    Trs militares so necessrios para fazer o corte com segurana.

    Verificamos que nunca podemos executar o servio com menos de 3 (trs) homens, observando ainda: - condies de segurana; - os materiais e equipamentos necessrios (corda de sisal, polipropileno, moto-serra, machado de cabo longo, machado de cabo curto, serra de galho, faco, tirfor, guincho, moites, cadernais, lingas, anilhas, mosquetes, etc.); - EPI (cinto de segurana, culos, luvas, botas e tnis); - tipos de amarrao (las de guia fixo e de correr, volta do fiel, volta da ribeira, prusik, etc). 1.4 TCNICAS QUE IMPEDEM A QUEDA BRUSCA Para maior segurana do bombeiro, no momento da trao, ele dever descer e ajudar os companheiros. O bombeiro impede que o galho caia sobre a casa.

  • 66

    Na utilizao do cabo guia, o bombeiro ter a funo de direcionar o galho ao local seguro na hora da queda. As amarraes so importantes para direcionar a direo da queda. Utilizao do corte em elevador no prprio tronco liso. Direcionamento do galho para local seguro. Observao: os EPIs devem ser utilizados em qualquer situao. A figura infringe todos os padres de segurana (imagem apenas ilustrativa).

    Cuidado com ferramentas de corte, elas podem facilmente causar acidentes. Certifique se sua posio est correta, no permita a presena de pessoas prximas ao local de trabalho.

    Observao