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BS N° 26A DE 18/MAIO/2010 I MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO SECRETARIA EXECUTIVA SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO COORDENAÇÃO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS COORDENACÃO DE ADMINISTRACAO E SERVICOS GERAIS Norma de Execução N.O 002/2010IDCF/SRA-MDA, 18 de maio de 2010 Dispõe sobre os procedimentos técnicos e administrativos para solicitação e concessão de extrateto no âmbito das contratações do Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF, dos recursos do Subprojeto de Investimento Comunitário - SIC, componente da linha de financiamento de Combate à Pobreza Rural. o DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE CRÉDITO FUNDIÁRIO da Secretaria de Reordenamento Agrário, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, no uso de suas atribuições e de acordo com o disposto no art. 89 inciso IX da Estrutura Regimental deste Ministério, aprovada pela Portaria n" 19, de 03 de abril de 2009, e Considerando o princípio da participação descentralizada dos Estados na execução do Programa Nacional de Crédito Fundiário, conforme previsto no art. 4°, da Lei Complementar n." 93, de 04 de fevereiro de 1998, inciso V, §1°, art. 1°, do Decreto n." 4.892, de 25 de novembro de 2003, e §4°, art. 1°, do Decreto n." 6.672, de 02 de dezembro de 2008; Considerando a instituição e obrigações das Unidades Técnicas Estaduais - UTE's, prevista no Decreto n." 6.672, de 02 de dezembro de 2008, e no Regulamento Operativo do Fundo de Terras e da Reforma Agrária, aprovado pela Resolução n." 69, de 19 de maio de 2009; e Considerando os Termos de Cooperação Técnica firmados entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário, representado pela Secretaria de Reordenamento Agrário, e os Governos Estaduais para implantação do Programa Nacional de Crédito Fundiário. RESOLVE: Art. I ° Aprovar os procedimentos para solicitação e concessão de extrateto no âmbito das contratações do Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF, dos recursos do Subprojeto de Investimento Comunitário - SIC, componente da linha de financiamento de Combate à Pobreza Rural, na forma do anexo à presente norma de execução. l~jO. Página 1 de 5

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BS N° 26A DE 18/MAIO/2010 I

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOSECRETARIA EXECUTIVA

SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃOCOORDENAÇÃO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS

COORDENACÃO DE ADMINISTRACAO E SERVICOS GERAIS

Norma de Execução N.O 002/2010IDCF/SRA-MDA, 18 de maio de 2010

Dispõe sobre os procedimentos técnicos eadministrativos para solicitação e concessão deextrateto no âmbito das contratações doPrograma Nacional de Crédito Fundiário -PNCF, dos recursos do Subprojeto deInvestimento Comunitário - SIC, componenteda linha de financiamento de Combate àPobreza Rural.

o DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE CRÉDITO FUNDIÁRIO daSecretaria de Reordenamento Agrário, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, no uso desuas atribuições e de acordo com o disposto no art. 89 inciso IX da Estrutura Regimentaldeste Ministério, aprovada pela Portaria n" 19, de 03 de abril de 2009, e

Considerando o princípio da participação descentralizada dos Estados naexecução do Programa Nacional de Crédito Fundiário, conforme previsto no art. 4°, da LeiComplementar n." 93, de 04 de fevereiro de 1998, inciso V, §1°, art. 1°, do Decreto n." 4.892,de 25 de novembro de 2003, e §4°, art. 1°, do Decreto n." 6.672, de 02 de dezembro de 2008;

Considerando a instituição e obrigações das Unidades Técnicas Estaduais -UTE's, prevista no Decreto n." 6.672, de 02 de dezembro de 2008, e no RegulamentoOperativo do Fundo de Terras e da Reforma Agrária, aprovado pela Resolução n." 69, de 19de maio de 2009; e

Considerando os Termos de Cooperação Técnica firmados entre o Ministériodo Desenvolvimento Agrário, representado pela Secretaria de Reordenamento Agrário, e osGovernos Estaduais para implantação do Programa Nacional de Crédito Fundiário.

RESOLVE:

Art. I° Aprovar os procedimentos para solicitação e concessão de extrateto noâmbito das contratações do Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF, dos recursos doSubprojeto de Investimento Comunitário - SIC, componente da linha de financiamento deCombate à Pobreza Rural, na forma do anexo à presente norma de execução.

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BS N° 26A DE 18/MAIO/2010 15

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOSECRETARIA EXECUTIVA

SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃOCOORDENAÇÃO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS

COORDENACÃO DE ADMINISTRACAO E SERVICOS GERAIS

ANEXO

CAPÍTULO I

PROCEDIMENTOS PARA SOLICITAÇÃO E CONCESSAÕ DE EXTRATETO

Art. 1° As novas propostas do Programa Nacional de Crédito Fundiário -PNCF para a linha de financiamento Combate á Pobreza Rural - CPR, deverãoobrigatoriamente estar em consonância com o disposto nesta norma, estando vedada asolicitação e concessão de extratetos que não contemplem os pré-requisitos estabelecidosneste documento, à partir da data de assinatura deste instrumento, bem como o previsto no§3°, art.9° da Resolução do CONDRAF n°. 69, de maio de 2009, a qual aprova o RegulamentoOperativo do Fundo de Terras e da Reforma Agrária, tratando da excepcionalidade deconcessão de extratetos as propostas de financiamentos do PNCF, após análise técnica daUTE, aprovação do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável - CEDRS eautorização da Secretaria de Reordenamento Agrário - SRA atuando na qualidade de órgãoGestor.

CAPÍTULO 11

DO ÓRGÃO GESTOR DO FUNDO DE TERRAS E DA REFORMA AGRÁRIA

Art. 2a A solicitação de extrateto será analisada pelo Departamento de CréditoFundiário da Secretaria de Reordenamento Agrário do Ministério do DesenvolvimentoAgrário - DCF/SRA, observando-se a demanda de solicitações, por comissão técnica definidapelo Departamento.

Art. 3° O DCF/SRA promoverá a análise das informações incluídas najustificativa da Unidade Técnica Estadual - UTE, no Sistema de Informações Gerencias deAnálise e Contratação - SAC, verificando-se a sua conformidade com as normas e regrasdefinidas neste instrumento.

Art. 4° No caso de autorização da solicitação do extrateto pelo DCF/SRA, osistema ficará liberado para a UTE, devendo prosseguir a contratação da proposta definanciamento com a concessão do extrateto.

Art. 5° O DCF/SRA poderá negar a solicitação de extrateto, neste caso, a UTEpoderá prosseguir a contratação da proposta de financiamento sem a concessão do extrateto.

Art. 6° Fica permitido a UTE nos casos de não conformidade da solicitação deextrateto, requerer informações complementares para a adequação da justificativa aoDCF/SRA, neste caso a UTE poderá reformular a justificativa, podendo encaminharnovamente a solicitação ao DCF/SRA para nova análise.

CAPÍTULO III

DO EXTRATETO

Art. 7° A UTE deve considerar como extratetos os recursos adicionaissolicitados além dos tetos microrregionais limitadores de recursos por família, em umarespectiva microrregião, definido no Manual de Operações da linha de financiamento de CPR,aprovado pelo Comitê Permanente do Fundo de Terras e do Reordenamento Agrário.

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BS N° 26A DE 18/MAIO/2010MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

SECRETARIA EXECUTIVASUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃOCOORDENAÇÃO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS

COORDENAÇÃO DE ADMINISTRACAO E SERVICOS GERAIS

Art. 8° A concessão de extrateto trata-se de caso excepcional em umadeterminada microrregião do estado, devendo-se estar devidamente justificado tecnicamentepela UTE.

Art. 9° Os recursos adicionais autorizados pelo DCF/SRA serãocondicionando sua aplicação em investimentos de infraestrutura social e/ou produtiva nasáreas a serem adquiridas, ou seja, o extrateto deverá ser acrescentado exclusivamente aosSubprojetos de Investimentos Comunitários - SIC.

Art. 10 No caso de repetições consecutivas de solicitações de extrateto emuma microrregião específica, a UTE deverá solicitar a alteração do teto microrregional,devendo apresentar critérios técnicos para avaliação dos valores referenciais do mercado deterras na respectiva microrregião, assim como a utilização do Sistema de Monitoramento deMercado de Terras - SMMT. As propostas de alterações de tetos serão analisadas peloDCF/SRA e, posteriormente, submetidas á aprovação do Comitê Permanente do Fundo deTerras e da Reforma Agrária, do CONDRAF.

Art. 11 A somatória dos tetos microrregionais e extratetos adicionais nãopoderão ultrapassar o valor limite de financiamento estabelecido pelo Conselho MonetárioNacional- CMN, na Resolução n." 3231, de 31 de agosto de 2004, de R$ 40.000,00 (quarentamil reais).

CAPÍTULO IV

DO CONSELHO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL-CEDRS

Art. 12 A solicitação do extrateto, como os demais documentos que seperfazerem necessários, deverão ser encaminhados pela UTE ao Conselho Estadual deDesenvolvimento Rural Sustentável - CEDRS para sua aprovação, antes de seuencaminhamento ao DCF/SRA.

Art. 13 Caso o CEDRS entenda pela necessidade de obter maioresinformações complementares para subsidiar sua análise para extrateto, deverá a UTE integrarestes documentos a proposta com parecer do CEDRS.

Art. 14 A UTE apenas poderá encaminhar para o DCF/SRA os casos desolicitação de extrateto aprovados pelo CEDRS.

CAPÍTULO V

DA SOLICITAÇÃO DE EXTRA TETO PELA UTE AO ÓRGÃO GESTOR

Art. 15 A solicitação de extrateto ao órgão gestor do Fundo de Terras e daReforma Agrária será formalizada pela UTE à partir do preenchimento e encaminhamento, noSistema de Informações Gerenciais para análise e contratação de propostas, devendo terjustificativa, com informações técnicas suficientes que destaquem a importância daexcepcionalidade do caso, que permita ao DCF/SRA a análise para sua concessão.

Art. 16 O preenchimento da justificativa técnica deverá informar o fatorgerador da excepcionalidade da concessão, indicando a necessidade do aporte adicional derecursos.

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOSECRETARIA EXECUTIVA

SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃOCOORDENAÇÃO-GERAL DE ADMINISTRA.9ÃO E RECURSOS HUMANOS

COORDENAÇÃO DE ADMINISTRAÇAO E SERViÇOS GERAIS

Art. 17 No preenchimento da justificativa técnica encaminhada na solicitaçãode extrateto, a UTE deverá manifestar-se acerca da proposta do projeto, e da excepcionalidadede requisição dos recursos adicionais ao SIC, observando as seguintes diretrizes:

I. o preço para aquisição do imóvel não proporciona distorção dos atuaisnegócios realizados na respectiva microrregião, ou seja, o preço constatado esta emconformidade aos laudos de vistoria realizados pela UTE;

II. garantir que a destinação para utilização dos atuais recursos do subprojetode investimento comunitário está em consonância aos atuais normativos e objetivos doPrograma Nacional de Crédito Fundiário;

III. esclarecer que aplicação do extrateto solicitado está em consonância com oobjetivo de proporcionar, prioritariamente, a segurança alimentar, segurança hídrica, moradia,geração de renda e melhoria da qualidade de vida das famílias beneficiárias;

IV. apresentar justificativa sobre a insuficiência dos tetos microrregionais edestacar o extrateto solicitado terá foco na implantação dos investimentos necessários paragarantir a sustentabilidade à unidade produtiva adquirida, bem como garantir a viabilidade doprojeto produtivo pretendidos;

V. garantir que a excepcionalidade de recursos adicionais, não destinam-se agastos excessivos em infraestruturas pesadas, objetivando prioritariamente a otirnização deitens produtivos; e

VI. garantir que o projeto de aplicação do PRONAF A não se sobrepõe aosrecursos do subprojeto de investimento básico, ou de seus recursos adicionais.

Art. 18 No detalhamento de aplicação do Plano de Investimento Comunitário -PIC, na "Previsão de Gastos do SIC" realizado no Sistema de Informações Gerenciais paraanálise e contratação, a UTE deverá identificar e detalhar os itens do SIC que será aplicado oextrateto solicitado.

Art. 19 Na solicitação do extrateto, a UTE deve apresentar a justificativa, emconsonância às diretrizes acima e a previsão de SIC, contendo no mínimo as seguintesinformações:

I. objetivo geral do extrateto, indicando em qual (is) subprojeto(s) seráincidido os recursos extras;

II. relação dos SIC previstos e seus detalhamentos, com as especificaçõestécnicas adequadas, e seus respectivos valores estimados individualmente;

III. data e manifestação de aprovação da solicitação de extrateto pelo CEDRS;

IV. a consideração do valor de referência pelo SMMT e a média de valoresutilizados para aquisição de terras (SAT) na respectiva microrregião. Na falta de informaçõessobre urna microrregião específica, utilizar a média utilizada pelo estado;

V. demonstração de viabilidade sobre os valores solicitados para extrateto noprojeto;

VI. a consideração da previsão de utilização de recursos do PRONAF A,indicando a sua utilização e a complementaridade para o desenvolvimento do projeto. No casode não utilização do PRONAF A a UTE deverá apresentar justificativa; e

VII. a manifestação expressa da UTE acerca da viabilidade de con:}eSSãO oextrateto ao projeto, na respectiva microrregião.

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOSECRETARIA EXECUTIVA

SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃOCOORDENAÇÃO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS

COORDENACÃO DE ADMINISTRACAO E SERVICOS GERAIS

Art. 20 A UTE deverá arquivar todos os documentos e informações referentesà solicitação de extrateto junto a documentação da respectiva proposta do PNCF para subsídiode futuras auditorias e fiscalizações pelos órgãos de controle competentes.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 21 Eventuais dúvidas e alterações acerca dos procedimentos edocumentos, referente à esta Norma de E.xecução,. serão dirimidas pelo Departame~nto de.Crédito Fundiário da Secretaria de Reordenamento Agrário, do Ministério doDesenvolvimento Agrário. ..

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