bruno munari

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IFPB Aluno: Jonas Liberato Silva de Andrade Turma: 2010.2/ Noite Disciplina: Plástica 1 Professora: Susane Assunto: Resumo sobre o livro Design e Comunicação Visual, Bruno Munari O livro é uma abordagem relatada, da experiência de Bruno Munari ministrando um curso de cinquenta aulas sobre estudos visuais, a convite da Universidade de Harvard. Inicialmente são mostrados a dominância das técnicas que o alunos usavam, principalmente a manipulação da luz, e um grande interesse no conhecimento de novas técnicas, que, para Munari, deveriam ser estudadas sem se prender ao passado, considerando o designer como ”O Homem do Futuro”, que precisa conhecer as ferramentas da atualidade para agilizar a absorção de novas tecnologias e a criação das mesmas. O autor adota uma metodologia de ensino trabalhosa, que envolve muita prática, buscando na natureza os parâmetros para o desenvolvimento dos trabalhos, principalmente por se basear no sistema modular para facilitar as produções, sistema que ocorre em estruturas compositivas da natureza, lembrando que essa modulação é concebida em quatro dimensões, já que o tempo também faz parte do processo de transformação do módulo.nml Bruno Munari lecionou primeiramente com métodos que constituíam um módulo maior composto por vários planos, volumes e submódulos. Posteriormente, um de seus alunos antecipou a metodologia do professor, e propôs a constituição de um objeto a partir da repetição de módulos iguais. Partindo desses estudos, Munari deduz que tudo ao nosso redor acontece em forma de módulos, desde a área

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Page 1: Bruno Munari

IFPB

Aluno: Jonas Liberato Silva de Andrade

Turma: 2010.2/ Noite

Disciplina: Plástica 1

Professora: Susane

Assunto: Resumo sobre o livro Design e Comunicação Visual, Bruno Munari

O livro é uma abordagem relatada, da experiência de Bruno Munari ministrando um curso de cinquenta aulas sobre estudos visuais, a convite da Universidade de Harvard. Inicialmente são mostrados a dominância das técnicas que o alunos usavam, principalmente a manipulação da luz, e um grande interesse no conhecimento de novas técnicas, que, para Munari, deveriam ser estudadas sem se prender ao passado, considerando o designer como ”O Homem do Futuro”, que precisa conhecer as ferramentas da atualidade para agilizar a absorção de novas tecnologias e a criação das mesmas.

O autor adota uma metodologia de ensino trabalhosa, que envolve muita prática, buscando na natureza os parâmetros para o desenvolvimento dos trabalhos, principalmente por se basear no sistema modular para facilitar as produções, sistema que ocorre em estruturas compositivas da natureza, lembrando que essa modulação é concebida em quatro dimensões, já que o tempo também faz parte do processo de transformação do módulo.nml

Bruno Munari lecionou primeiramente com métodos que constituíam um módulo maior composto por vários planos, volumes e submódulos. Posteriormente, um de seus alunos antecipou a metodologia do professor, e propôs a constituição de um objeto a partir da repetição de módulos iguais. Partindo desses estudos, Munari deduz que tudo ao nosso redor acontece em forma de módulos, desde a área máxima ocupada por círculos que formam repetições triangulares, até a política. No caso do design, é necessário modular um espaço, gerando uma unidade formal que facilitará a obra, uma vez que solucionado um módulo todo o resto do sistema será resolvido.

A simetria é o estudo encarregado de analisar as formas de acumulação de um sistema modular e a relação entre a forma básica e a forma global gerada. Para agrupar ao máximo esses elementos são usados os seguintes princípios: Identidade, translação, rotação, reflexão especular e dilatação.

A identidade é a sobreposição das formas sobre elas mesmas, ou a rotação de 360 graus sobre o próprio eixo.

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Translação ocorre com a repetição de uma forma ao longo de uma linha reta, curva ou de outra natureza, podendo variar as dimensões, crescendo, diminuindo, em intervalos calculados, em ritmos alternados e etc.

A rotação ocorre com o giro de uma forma em torno de um eixo, que pode ser interior ou exterior à forma, a escada em caracol é um exemplo disso, tendo a rotação de um degrau em translação ao longo do eixo da escada.

A reflexão especular é a simetria bilateral provinda de algo à frente de um espelho, considerando o conjunto da coisa com a sua imagem. As reflexões podem ser de ordens 2,3,4,5,6,8..., uma simetria binária pode ser vista em uma borboleta, por exemplo.

Dilatação vem a ser a ampliação da forma, que não sofre alterações além da expansão. Pode ser percebida na estrutura de algumas edificações, tais como pirâmides. Além de recorrer à dilatação, a estrutura pode conter outros princípios para adquirir formas mais variadas, como a rotação e a translação.

Constatamos os estudos realizados por Bruno Munari no nosso cotidiano, gerando texturas que vão dando forma ao mundo, porém, não podemos nos limitar a esse formato de construção, pois o próprio autor relata que no processo de criação o acaso é o que muitas vezes obtém sucesso, por não se limitar a situações predefinidas. Isso remete à primeiridade da semiótica de Peirce, que age na ação das coisas, diferindo da modulação que age na parte estrutural da ação. Munari passa suas ideias num livro-diário que deixa a desejar em relação ao esclarecimento das informações dos processos, talvez por se tratar de um livro de caráter mais ideológico do que Prático.