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A segurança contra incêndio no Brasil 28 BRIGADAS DE INCÊNDIO Ten. Cel. Res. PM Abel Basta Camillo Júnior Ex-oficial do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo . Introdução u m dos mais angos problemas da humanidade era combater os grandes incêndios que, quando ocorriam, se tornavam devastadores, pois não podiam ser controlados, e destruíam tudo que encontravam pela frente. Com o avanço das civilizações, o homem começou a se organizar para prevenir e combater esses incêndios, surgindo, assim, de forma organizada, as primeiras equipes de combate ao fogo, que mais tarde foram denominadas “brigadas de combate a incêndios”. Para que haja, em uma edificação, segurança contra incêndios de forma eficiente, devemos observar três aspectos básicos: 1. Equipamentos instalados: de acordo com o risco da edificação, sua ulização, área e o número de ocupantes, serão projetados levando-se em conta quais devem ser os equipamentos de prevenção e combate a incêndios necessários para protegê-la. 2. Manutenção adequada: de nada adianta possuirmos sistemas adequados e devidamente projetados para uma edificação se eles não esverem em perfeito funcionamento e prontos para o uso imediato. 3. Pessoal treinado: os equipamentos instalados e com uma correta manutenção serão inócuos se não possuirmos pessoal treinado para operacionalizá-los de forma rápida e eficiente. Assim, podemos perceber quão eficiente é a existência, a formação e o treinamento das brigadas de combate a incêndios. O corpo de bombeiros profissional não conseguem estar presentes em todos os locais, como empresas, comércios e indústrias, por isso todas as legislações atuais determinam a existência de grupos treinados para o combate a incêndios, abandono de local e situações de emergência. 2. Histórico Podemos dizer, então, que o combate a incêndios surgiu quando o homem senu a necessidade de con- trolar o fogo que, quando fugia do controle, poderia devastar tudo o que exisa no local. Uma das primeiras organizações de combate ao fogo de que se tem nocia foi criada na Roma anga, em 27 A.C. Um grupo conhecido como vigiles patrulhava as ruas para impedir incêndios e policiar a cidade. Nessa época, o fogo era um grande problema para os vigiles, que não possuíam métodos eficientes para sua exnção. Em 1666, na Inglaterra, exisam as brigadas de seguros contra incêndios, que eram formadas por compa- nhias de seguros, que foram criadas após um grande incêndio que ocorreu em Londres, o qual deixou milhares de pessoas desabrigadas. Essas brigadas foram criadas para proteger a propriedade de seus clientes. No Brasil não foi diferente. As primeiras organizações de combate a incêndios só começaram a surgir após os grandes incêndios, como o que destruiu, em 1732, parte do Mosteiro de São Bento, próximo à atual Praça Mauá, no Rio de Janeiro. Naquela época também eram muito escassos os meios para combater grandes incêndios. Por causa do po de construção das casas e edificações da época, a maioria em madeira, e pelas ruas e 1. Corpo de Bombeiros da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, disponível em hp://www.brigadamilitar.rs.gov.br/bombeiros, acesso em maio 2007. Cap. PM Walmir Corrêa Leite Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo XIX

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A segurança contra incêndio no Brasil 28�

BRIGADASDE INCÊNDIO

Ten. Cel. Res. PM Abel Batista Camillo JúniorEx-oficial do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo

�. Introdução

um dos mais antigos problemas da humanidade era combater os grandes incêndios que, quando ocorriam, se tornavam devastadores, pois não podiam ser controlados, e destruíam tudo que encontravam pela frente. Com o avanço das civilizações, o homem começou a se organizar para prevenir e combater esses

incêndios, surgindo, assim, de forma organizada, as primeiras equipes de combate ao fogo, que mais tarde foram denominadas “brigadas de combate a incêndios”.

Para que haja, em uma edificação, segurança contra incêndios de forma eficiente, devemos observar três aspectos básicos:

1. Equipamentos instalados: de acordo com o risco da edificação, sua utilização, área e o número de ocupantes, serão projetados levando-se em conta quais devem ser os equipamentos de prevenção e combate a incêndios necessários para protegê-la.

2. manutenção adequada: de nada adianta possuirmos sistemas adequados e devidamente projetados para uma edificação se eles não estiverem em perfeito funcionamento e prontos para o uso imediato.

3. Pessoal treinado: os equipamentos instalados e com uma correta manutenção serão inócuos se não possuirmos pessoal treinado para operacionalizá-los de forma rápida e eficiente.

Assim, podemos perceber quão eficiente é a existência, a formação e o treinamento das brigadas de combate a incêndios. O corpo de bombeiros profissional não conseguem estar presentes em todos os locais, como empresas, comércios e indústrias, por isso todas as legislações atuais determinam a existência de grupos treinados para o combate a incêndios, abandono de local e situações de emergência.

2. Histórico�

Podemos dizer, então, que o combate a incêndios surgiu quando o homem sentiu a necessidade de con-

trolar o fogo que, quando fugia do controle, poderia devastar tudo o que existia no local. Uma das primeiras organizações de combate ao fogo de que se tem notícia foi criada na Roma antiga,

em 27 A.C. Um grupo conhecido como vigiles patrulhava as ruas para impedir incêndios e policiar a cidade. Nessa época, o fogo era um grande problema para os vigiles, que não possuíam métodos eficientes para sua extinção.

Em 1666, na Inglaterra, existiam as brigadas de seguros contra incêndios, que eram formadas por compa-nhias de seguros, que foram criadas após um grande incêndio que ocorreu em Londres, o qual deixou milhares de pessoas desabrigadas. Essas brigadas foram criadas para proteger a propriedade de seus clientes.

No Brasil não foi diferente. As primeiras organizações de combate a incêndios só começaram a surgir após os grandes incêndios, como o que destruiu, em 1732, parte do Mosteiro de São Bento, próximo à atual Praça Mauá, no Rio de Janeiro. Naquela época também eram muito escassos os meios para combater grandes incêndios.

Por causa do tipo de construção das casas e edificações da época, a maioria em madeira, e pelas ruas e

1. Corpo de Bombeiros da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, disponível em http://www.brigadamilitar.rs.gov.br/bombeiros, acesso em maio 2007.

Cap. PM Walmir Corrêa LeiteCorpo de Bombeiros da Polícia Militar

do Estado de São Paulo

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vielas muito estreitas e irregulares, as chamas se propagavam rapidamente. Como em várias outras partes do mundo, o alarme de incêndio era dado pelos sinos das igrejas. Eles

alertavam as milícias, os aguadeiros com suas pipas e os voluntários da população, que ajudavam transportando os baldes de mão em mão da fonte de água mais próxima até o local do incêndio.

A dificuldade aumentava quando o incêndio ocorria à noite e as vítimas eram numerosas, em grande parte pela dificuldade de abandono dos locais em face da precária iluminação existente.

Em 1763 foi criado o Arsenal de Marinha, que foi escolhido para ter uma repartição preparada para extin-guir os incêndios na cidade, levando-se em conta a experiência que os marinheiros possuíam em apagar o fogo em suas embarcações.

3. Tipos de brigadasPodemos denominar de várias maneiras as brigadas, porém, de forma mais simplificada podemos classi-

ficá-las em três grandes grupos:1. brigadas de incêndios: aquelas destinadas a combater princípios de incêndios nas edificações; são

compostas de funcionários treinados de diversos setores (ou de vários andares) da empresa para a extinção dos focos de incêndio.

2. brigadas de abandono: aquelas destinadas a realizar a retirada da população das edificações; são com-postas de funcionários com treinamento especifico para o abandono de local. Não fazem parte da brigada de incên-dio, pois, em uma situação de emergência, devem deixar o local junto com a população do prédio.

3. brigadas de emergências: aquelas que, além de combater princípios de incêndios, realizam também a orientação para o abandono de local; são responsáveis por sinistros e riscos de locais específicos, tais como inun-dações, vazamentos de produtos perigosos, vazamentos de fornos, etc..

As brigadas podem também ser divididas de acordo com o local de sua ocupação em:• Brigadas industriais.• Brigadas comerciais. • Brigadas residenciais.No caso de prédios, devemos ter exigências específicas para as edificações de acordo com a sua altura.

4. Definições de riscoA tendência atual é que o corpo de bombeiros e os órgãos reguladores das brigadas de combate a incên-

dios estabeleçam somente critérios básicos para a formação, deixando para o responsável pela ocupação da área definir, de acordo com os riscos existentes, qual seria a sua melhor composição da brigada e qual a qualificação mínima de seus membros.

Os órgãos oficiais devem definir e determinar, com muita clareza e propriedade, quais deverão ser os equipamentos de prevenção e combate a incêndios (EPCI) que precisam ser instalados de acordo com os riscos existentes na edificação.

A partir dessa definição, sugerimos que sejam estudados critérios para a adequação do tamanho e da estrutura das brigadas, para que elas se tornem viáveis de acordo com o número da população fixa existente em cada uma das áreas e setores da edificação.

5. Método de avaliação de riscos em edificações - Método de GretenerA avaliação de riscos de ocorrência de incêndios e sua propagação sempre despertaram nos estudiosos

do assunto o interesse em calcular, de forma mais exata, qual seria a real necessidade dos equipamentos de pre-venção e combate a incêndios e os meios materiais e de pessoal que deveriam ser exigidos para as edificações.

Foi em 1960 que o engenheiro suíço Max Gretener, diretor da Associação de Proteção Contra Incêndios da Suíça, iniciou os estudos para tentar calcular de forma mais exata esses riscos. Em 1965, seu método foi pu-

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blicado e visava calcular os riscos em construções industriais e edificações de grande porte. Esse método sofreu atualizações, sendo a última ocorrida em dezembro de 1996 pela Société Suisse des Ingénieurs et des Architectes (SIA). A Comissão de Estudos da ABNT CE 24:201-03 optou por esse método como base da norma sobre o poten-cial de riscos de incêndios em edificações.

O método é composto por várias tabelas, mas, para fins didáticos, pode ser explicado de uma forma muito simplificada pela seguinte fórmula:

Entre as medidas de proteção sugeridas pelo método são citadas como medidas especiais os escalões de intervenção, que, para nós, são as brigadas de prevenção e combate a incêndios.

5.1. SugeSTão de eSTudoS Para a adequação do número de BrigadiSTaS de aCordo Com oS equiPamenToS de Prevenção e ComBaTe a inCêndioS inSTaladoS

De acordo com o método de Gretener, os escalões de intervenção – brigadas de incêndios – fazem parte de um complexo sistema de prevenção e combate a incêndios e devem ter sua importância quantificada dentro de uma visão global.

Sugerimos que quando da estruturação das brigadas de incêndios sejam observados, não só o número da população existente na edificação, mas, também, que se leve em conta todos os sistemas de proteção pas-sivos e ativos existentes para o combate. Em especial que se criem tabelas que considerem os equipamentos automáticos de detecção, extinção de incêndios e controle de fumaça. Esse tipo de quantificação seria mais um referencial para se encontrar o perfeito e adequado dimensionamento das brigadas.

6. Parâmetro fiscalizadorPara sabermos se uma brigada de combate a incêndios está bem dimensionada para a edificação para a

qual prestará segurança, podemos nos ater a um parâmetro fiscalizador, que será baseado nos equipamentos ins-talados de acordo com o projeto aprovado no corpo de bombeiros.

Esse critério ajudará a verificar se o número de brigadistas não está hiperdimensionado para o local ou não seria suficiente em caso de uma emergência.

Para aplicá-lo, alguns pressupostos precisam ser considerados:• Os equipamentos de prevenção e combate a incêndios são instalados conforme normas e critérios pre-

viamente estabelecidos pelo corpo de bombeiros, por intermédio da legislação vigente.• Os equipamentos instalados, em especial os hidrantes e extintores, devem ter pessoal habilitado em

número suficiente para operá-los.• Para operar um hidrante de parede, sugere-se, por segurança, um mínimo de três pessoas habilitadas.• Uma pessoa habilitada manuseia com eficiência e rapidez, nos primeiros cinco minutos de um sinistro,

aproximadamente duas unidades extintoras.• Nunca serão operados, ao mesmo tempo, todos os hidrantes de uma edificação, devendo ser observado

o cálculo do dimensionamento da rede.Considerando que os parâmetros (critérios) de metragem quadrada x altura da edificação e população fixa

podem, por vezes, compor um quadro irreal e exigir um número ideal de brigadistas, tanto para mais quanto para menos; poderemos adotar o critério do número de equipamentos instalados como um “sensor” e fiscalizador dos dois primeiros, observando-se o seguinte:

onde: P = perigo potencial n = medidas normais s = medidas especiaisf = medidas de construção

P ,NSF

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nº de brigadistas = (nº de hidrantes x 3) + (nº de extintores : 2) 2

�. Brigadas de abandono Uma das maiores preocupações durante uma situação de emergência é a retirada das pessoas, o mais rá-

pido possível, sem qualquer tipo de acidente ou incidente, de dentro do local sinistrado para um ambiente seguro; esse procedimento é chamado de “abandono de local”.

De acordo com as características da população que ocupa a edificação, hoje podemos dividir, didaticamen-te, as situações de abandono de local em abandono orientado e abandono coordenado.

O abandono orientado é aquele em que a brigada é treinada para se colocar em locais predeterminados durante uma situação de emergência, orientando a seus ocupantes qual o caminho a ser seguindo para a saída rápida e segura do prédio, pois o imóvel possui uma população que desconhece os procedimentos de abandono da edificação. Podemos citar como exemplos os locais de reunião pública, lojas de departamentos, shoppings, etc.

O abandono coordenado é aquele em que a brigada é treinada para agir de acordo com um plano prede-terminado, em que cada um de seus membros possui uma função específica, e a população, em sua maioria fixa, é treinada para as situações de emergência, sabendo como proceder durante um abandono de local.

Para facilitar a compreensão desse assunto, devemos rever algumas definições:• brigada de abandono: grupo de funcionários estrategicamente localizados e devidamente treinados

para efetuarem a retirada ordenada de todos os ocupantes do edifício.

• Plano de abandono: conjunto de normas e ações desencadeado pela equipe da brigada de abandono, visando à remoção rápida, segura, de forma ordenada e eficiente de toda a população fixa e flutuante da edificação em caso de uma situação de sinistro ou em exercício simulado de abandono.

• Ponto de reunião ou concentração: local seguro, previamente escolhido, fora do prédio, onde serão reunidos todos os funcionários para conferência.

• brigada de incêndio: a brigada de incêndio é composta por funcionários de diversos setores da empresa que possuem treinamento específico para o combate ao fogo. Sua organização, entretanto, deverá ser de acordo com as ca-racterísticas da edificação, como altura, área construída, número de ocupantes e de pavimentos e tipo de ocupação.

• alarme de incêndio: é um sistema de alerta utilizado para comunicar a existência de uma ocorrência na edificação, dotado de botoeiras com vidros de proteção e sirenes ligadas a uma central de baterias. O alarme é acionado quando o vidro é quebrado e entra em funcionamento emitindo um som característico.

• treinamentos: são exercícios realizados, periodicamente, com o objetivo de conscientizar os ocupantes de uma edificação, treinando-os para seguirem corretamente as normas de segurança necessárias em caso de emergência. Esses exercícios devem ser programados para que todos conheçam as rotas a serem seguidas, aper-feiçoando o tempo para desocupação, bem como os tipos e os toques de alarme que deverão iniciar a preparação do abandono controlado.

7.1. ComPonenTeS de uma Brigada de aBandono

Durante o abandono coordenado, devemos ter componentes da brigada com funções específicas que pos-suam responsabilidades diversas durante os procedimentos de retirada das pessoas do local sinistrado. As funções básicas são coordenador-geral, coordenador de andar, puxa fila, cerra-fila e auxiliar.

• coordenador-geral- É o responsável por todo o abandono.

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- Determina o início do abandono.- Controla a saída de todos os andares.- É o responsável geral por todas as decisões em nível de abandono.- Libera ou não o retorno das pessoas à edificação após ter sido debelado o sinistro.• coordenador de andar- É o responsável pelo controle de abandono em seu andar.- Determina a organização da fila.- Confere visualmente os componentes de seu andar e verifica se todos estão na fila.- Inspeciona todo o andar, inclusive salas, depósitos e sanitários.- Determina o mais rápido possível o início da descida ou da saída.- Ao chegar ao ponto de reunião ou concentração, confere novamente todo o pessoal, por meio de uma

listagem previamente elaborada.- Deve dar atenção especial para remoção de pessoas idosas, portadoras de necessidades especiais, ges-

tantes e crianças. • Puxa-fila- É o primeiro componente da brigada de abandono de cada pavimento.- Ao ouvir o alarme de abandono, assume o local predeterminado.- É o responsável por iniciar a saída ou a descida organizada.- Determina a velocidade da saída (deve receber treinamento específico para isso).- Deve estar identificado com o número do pavimento.- Deve ajudar a manter a calma e a ordem do seu grupo.- Deve formar uma fila indiana intercalando homem e mulher, homem e idoso, e criança.

• Cerra-fila- É o último componente da brigada de abandono.- É o responsável para ajudar na conferência do pessoal da fila, auxiliando o coordenador do andar.- Auxilia na organização para evitar flutuação da fila.- Responsável pelo fechamento das portas que ficarem para trás durante o abandono.- Não deve permitir espaçamento, brincadeiras, conversas em demasia ou retardar a saída.- Deve auxiliar as pessoas em caso de acidentes ou mal súbito.

• auxiliar- É o componente da brigada de abandono sem função específica.- Ele pode substituir tanto o puxa-fila quanto o cerra-fila, em caso de falta, ou o coordenador de andar.- Auxilia os demais componentes na vistoria das dependências do estabelecimento.- Normalmente a sua identificação é feita somente por um bóton. Observação: Caso a edificação não comporte uma brigada de abandono com treinamento coordenado,

deverá ser montado um plano de abandono do tipo orientado, em que será acrescentada a função de monitor de trajeto. Os brigadistas com essa função serão os responsáveis pela orientação do fluxo das pessoas para as saídas de emergência mais adequadas e próximas, colocando-se em pontos estratégicos que, além de serem visuais, facilitem a saída rápida e segura do local.

7.2. ProCedimenToS BÁSiCoS de aBandono

Para a perfeita execução do abandono de local, faz-se necessário o treinamento periódico dos componen-tes da brigada, bem como a realização de palestras-relâmpago para os demais funcionários, visando a orientá-los a respeito dos procedimentos gerais a serem seguidos. As principais orientações são as seguintes:

• pegar seus pertences pessoais.• desligar os equipamentos elétricos.

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• dirigir-se ao local predeterminado pelo plano de abandono.• manter a calma evitando tumultos e pânico.• caso esteja recebendo visitas, leve-as com você e coloque-as à sua frente na fila, orientando-as a respei-

to (elas serão de sua responsabilidade).• nunca use os elevadores.• não ria nem fume.• não interrompa sua descida por nenhum motivo.• nunca retorne ao local sinistrado.• ao chegar ao andar térreo, encaminhe-se para o ponto de reunião predeterminado.• mantenha-se em silêncio e aguarde a conferência (rápida e visual) do coordenador de andar para iniciar a descida.• caso tenha conhecimento de que um funcionário faltou, avise o coordenador de andar.• obedeça as orientações dos componentes da brigada de abandono.• ande em ordem, permaneça em fila indiana, evitando flutuação.• evite fazer barulho desnecessário.• não tire as roupas do corpo.

8. Planos de intervenção das brigadasAs brigadas de combate a Incêndios e as brigadas de abandono de local devem ser treinadas periodica-

mente, fazer exercícios simulados e possuir um plano de intervenção, no qual deverá constar, em função dos riscos existentes na edificação, a utilização dos recursos disponíveis.

É importante que sejam predefinidas as ações de combate a incêndios e abandono de local, e que elas sejam formalizadas por meio desse plano e que ele seja amplamente divulgado aos componentes das brigadas.

�. Conteúdo programático dos currículos das brigadasAs brigadas devem possuir um treinamento mínimo estabelecido pelos órgãos responsáveis pela normati-

zação no Brasil, dentre eles o corpo de bombeiros e a Associação Brasileira de Normas Técnicas. No entanto, devido às inúmeras diferenças existentes e os múltiplos aspectos envolvendo a produção, a ocupação, o armazenamento e os riscos dos materiais combustíveis que variam de edificação para edificação, caberá ao responsável pelo trei-namento de cada brigada estabelecer quais devem ser os treinamentos específicos a que as pessoas deverão ser submetidas. Esses treinamentos deverão estar especificados e detalhados no Programa de Treinamento da Brigada e, quando das vistorias pelos órgãos competentes, deverão ser apresentados para possíveis esclarecimentos e orientações.

�0. Os primeiros socorros para brigadas de incêndio10.1. inTrodução

Os primeiros socorros, mais modernamente conhecidos como atendimento pré-hospitalar, por represen-tarem medidas realizadas à vítima antes da chegada ao nosocômio, são parte fundamental das atividades exercidas pelo integrante da brigada de incêndio, como forma de assegurar, por meio de procedimentos conhecidos como suporte básico da vida, a integridade do acidentado, garantindo-lhe sobrevida ou evitando o agravamento das le-sões até a chegada de equipe especializada, ou até a possibilidade do socorro definitivo no hospital.

Portanto, como medida inicial e em atendimento ao contido na NBR 14.276 e IT 17 do Decreto Estadual nº 43.076/01, nos parece fundamental que o brigadista esteja primeiramente preparado para o atendimento de emergências que envolvam trauma nas situações típicas de intervenção e, acessoriamente, que possua algum co-nhecimento para as situações atípicas que seriam representadas pelos casos clínicos, como convulsões, desmaios, crises diabéticas etc., reconhecidamente mais freqüentes nos ambientes de trabalho ou residenciais, porém sem a

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previsão legal para o atendimento ao conteúdo que habilite o socorrista a essa modalidade de emergência médica.Assim, a sugestão que fazemos é que o previsto nas legislações supracitadas seja, sempre que houver

disponibilidade, complementado para os casos que envolvam situações específicas atribuídas à intervenção do brigadista.

Além do conhecimento sobre avaliação da vítima, liberação de vias aéreas, técnicas de ressuscitação car-diopulmonar (RCP) e hemorragias (todos os assuntos incluídos na legislação vigente), nos parece fundamental que o brigadista tenha uma noção sobre a segurança de cena, ponto de partida para qualquer atendimento e possa também intervir nas queimaduras (físicas, químicas e elétricas); e, principalmente, que domine as técnicas de ma-nipulação e transporte de vítimas que, a nosso ver, tem estreita ligação com as funções das brigadas de incêndio, quer seja nos atendimentos efetivamente prestados, quer seja no suporte preventivo, nos casos de acionamento de plano de abandono (idosos, crianças ou incapacitados).

Cada um dos assuntos então terá de ser desenvolvido seguindo as orientações dos protocolos modernos, sugerindo-se esta disposição:

10.2. oS PrimeiroS SoCorroS inSeridoS naS BrigadaS de inCêndio

10.2.1. Segurança de Cena (riSCoS e BioSSegurança)

Devemos, como medida inicial e antes do atendimento a possíveis vítimas, observar o local, eliminar riscos potenciais para o socorrista, vítima e terceiros, já que não se quer o surgimento de novas vítimas, inclusive briga-distas. Para tanto, a observação das seguintes medidas são fundamentais:

• Sinalizar e isolar adequadamente o local do atendimento.• Verificar a utilização de EPI adequado.• Solicitar sempre apoio ao corpo de bombeiros (telefone de emergência 193).• Liberar a via trafegável o mais rápido possível e com segurança.• Cuidado com a contaminação e outros riscos, tais como explosão, agressões vindas de terceiros, etc.

Feito isso, podemos nos concentrar no atendimento às vítimas por meio de:

10.2.1.1. anÁliSe de víTima

Iniciar a análise primária, utilizando o método “DR. ABCDE”, uma minemônica que pode facilitar a seqüência ordenada das ações:

d = danger (perigo): segurança de cena e do socorrista já descrita.r = responsive (responsividade): nível de consciência (chamar a vítima por meio de estímulo tátil e verbal

por pelo menos três vezes), colocando as mãos no ombro e verbalizando “ei .... você está bem?”. Diante da incons-ciência, deve-se aplicar o colar cervical e pedir ajuda imediatamente.

a = airway (liberação das vias aéreas): manobra de desobstrução de vias aéreas (para trauma, usar a ele-vação da mandíbula ou a tração do mento e, para casos clínicos, a extensão cervical); verificar se não há pequenos objetos no interior da boca da vítima.

b = breathing (respiração): diante da inexistência da seqüência ver, ouvir e sentir (observação visual, audi-tiva e tátil), realizar duas ventilações (ventilação de resgate), preferencialmente utilizando-se de barreira, máscara ou reanimador manual e,como último recurso a respiração boca a boca.

C = circulation (circulação): verificar presença de pulso por meio de palpação de pulso central (carotídeo no adulto e criança ou braquial no bebê); caso não haja presença de pulso, iniciar a reanimação cardiorrespiratória imediatamente, que consiste na compressão torácica (sobre o osso externo e entre a linha dos mamilos). Na pro-porção de trinta compressões e duas ventilações ao ritmo de cem movimentos por minuto. A cada dois minutos ou aproximadamente 4/5 ciclos, os sinais vitais devem ser checados. Caso haja disponibilidade, a utilização precoce do desfibrilador externo automático pode ser fundamental.

d = disability: distúrbios neurológicos verificados por meio de estímulo doloroso (compressão pinçada no

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músculo do trapézio), abertura ocular espontânea e simetria das pupilas (tamanhos e formas). Essas observações podem trazer diagnóstico de acidente vascular cerebral (AVC), uso de drogas, traumas de crânio, etc.

e = exposition: expor, retirando vestes para diagnóstico de ferimentos e fraturas severas que possam, por meio de perda de sangue, levar a vítima ao estado de choque e à morte, ou, ainda, retirar de exposição vítimas que estejam sobre o efeito de frio intenso (hipotermia) ou calor excessivo. Lembrar que nesses casos o brigadista socorrista deve preservar a vítima de exposições desnecessárias, desde que isso não interfira no atendimento.

Essas são consideradas medidas de análise primária, que consistem na seqüência ordenada de procedi-mentos, levadas a efeito para evitar problemas que levem a vítima a óbito, de forma imediata, desde que não sejam tratados.

10.2.1.2. liBeração de viaS aÉreaS (PoSiCionamenTo e ovaCe)

Se a vítima está consciente, a liberação por posicionamento pode ser apenas com finalidade preventiva; entretanto, se houver perda de consciência, a perda de tônus muscular pode levar a vítima à obstrução. Para tanto, manter a extensão da cabeça, ou elevação da mandíbula no caso de trauma (caso que não permite alteração da posição da porção cervical da coluna para evitar agravamento das lesões), pode ser a garantia de permeabilização das vias aéreas.

No caso de obstrução de vias aéreas por corpo estranho, aplicar a técnica de compressão abdominal, mais conhecida como manobra de Heimlich:

• Para vítimas conscientes, em pé ou sentadas: posicionar-se atrás da vítima com a mão fechada com a face do polegar encostada na parede abdominal, entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical, espalmar a outra mão sobre a primeira e comprimir o abdome num movimento rápido direcionado para trás e para cima – movimen-to em “J” – até a vítima expelir o objeto ou até a inconsciência.

• Para vítimas inconscientes, obesos ou gestantes: deitar a vítima em uma superfície plana e rígida – de-cúbito dorsal horizontal – e iniciar as compressões torácicas (similar ao RCP).

10.2.1.3. reSSuSCiTação CardioPulmonar (rCP)

Após constatar inconsciência e ausência de respiração, os profissionais da área da saúde (incluindo pro-fessores de educação física e bombeiros militares) devem verificar o pulso central (abaixo de um ano – braquial, acima de um ano – carotídeo). Se for constatada a parada cardiorrespiratória, a vítima deverá ficar na posição de decúbito dorsal horizontal, sobre uma superfície rígida e plana, a fim de que sejam iniciadas as trinta compressões, em ritmo de cem compressões por minuto, duas ventilações (equivale a um ciclo cada trinta compressões por duas ventilações), parando a RCP somente quando chegar a um DEA, caso a vítima recupere os sinais vitais (respiração e circulação) ou com a chegada do suporte avançado de vida (SAV).

Os ciclos de 30 x 2 são aplicados a todas as idades, alterando somente o posicionamento do socorrista (para recém-nascidos utilizar os dedos indicador e médio para as compressões, e, na ventilação, utilizar a técnica do boca/nariz; para crianças até doze anos, utilizar somente uma das mãos para a compressão).

10.2.1.4. hemorragia e eSTado de Choque

• hemorragia externa: nesses casos, o socorrista deverá expor o ferimento, executar compressão manual direta sobre o ferimento com uma compressa de gaze até parar o sangramento, fixar a compressa utilizando uma atadura de crepe ou bandagem triangular (nunca remover as compressas de gaze após a aplicação sobre o ferimen-to). Importante lembrar que, caso o sangramento continue, elevar o membro (nos casos de hemorragia em extre-midades e na ausência de fraturas) e comprimir os pontos arteriais. O torniquete é o último recurso, devendo ser evitado, mas caso seja adotado como técnica de hemostasia, não pode ser afrouxado até que a vítima se encontre sob cuidados médicos. Sempre prevenir o estado de choque, aquecendo a vítima. Nunca oferecer líquidos. Caso a hemorragia seja no crânio, não efetuar compressão. Nas hemorragias pelo ouvido e nariz, não obstruir. Avaliar a quantidade de sangue perdido (perda hipovolêmica) e considerar sempre o tipo de piso (terra, areia) e as roupas grossas de inverno (jaquetas) que podem mascarar o sangramento em virtude da absorção.

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• hemorragia interna: a identificação ocorre analisando o mecanismo de trauma e na avaliação da vítima (pre-sença de manchas, enrijecimento dos tecidos em cavidades. Prevenir o estado de choque, afrouxando as vestes e ofere-cendo O2 (oxigênio) se disponível. Importante que essa vítima tenha acesso rápido para o nosocômio mais próximo.

• Estado de choque: o estado de choque representa a falência do mecanismo hemodinâmico, portanto os sinais e sintomas que apresenta são semelhantes aos encontrados nas hemorragias, uma vez que, ainda que sejam comuns as diversas origens para o estado de choque, como, por exemplo, o cardiênico, neurogênico, anafilático, psicogênico, etc., é na forma do choque hemorrágico ou hipovolêmico que ele mais se manifesta no pré-hospitalar. Portanto, a forma de atendimento e cuidados muito se assemelha às medidas adotadas nas hemorragias

10.2.1.5. queimaduraS (fíSiCaS, químiCaS e elÉTriCaS)

• conduta geral: interromper o contato da vítima com o agente lesivo, realizar a análise primária, identifi-car o tipo de queimadura (térmica, química ou elétrica), questionar testemunhas ou verificar indícios no local.

• queimaduras térmicas:- se a vítima estiver com fogo nas vestes, rolá-la no chão ou envolver um cobertor em seu corpo a partir

do pescoço em direção aos pés.- interromper a propagação de calor para tecidos mais profundos, resfriando a vítima com soro fisiológico

ou água limpa à temperatura ambiente.- retirar as vestes com delicadeza, sem arrancá-las, cortando-as com tesoura. Não arrancar o tecido se

ele estiver aderido à queimadura, apenas resfriá-lo com soro fisiológico ou água limpa à temperatura ambiente, deixando-o no local.

- retirar das extremidades anéis, pulseiras, relógios ou jóias antes que o membro edemacie e a retirada fique impossibilitada e comprometa a circulação.

- avaliar as regiões do corpo acometidas, a profundidade da lesão (1º, 2º ou 3º grau) e sua extensão por meio da porcentagem da área corpórea atingida (regra dos nove).

- caso haja acometimento da face (queimadura de pele, cabelos ou pêlos do nariz e das pálpebras ou fu-ligem na região orofaríngea) ou possibilidade de que a vítima tenha inalado fumaça ou gases, dar especial atenção às vias aéreas e respiração. Cobrir os olhos da vítima com gaze umedecida em soro ou água limpa.

- proteger as áreas queimadas com compressa de hidrogel ou plástico de queimaduras estéril ou ainda com gaze umedecida e bandagens limpas.

- se a área afetada envolver mãos ou pés, separar os dedos com pequenos rolos de gaze umedecida em soro fisiológico antes de cobri-los ou utilizar a compressa de hidrogel para essa finalidade, porém não utilize de forma circular, e sim em escamas.

- prevenir a hipotermia, envolvendo a vítima com plástico estéril, prevenindo, assim, o estado de choque.- em caso de queimadura por choque elétrico, observar atentamente a qualidade do pulso, pois nessas

situações podem ocorrer arritmias cardíacas. Verificar os pontos de entrada e saída do choque elétrico.- tratar as áreas queimadas conforme orientações para atendimento de vítimas de queimaduras.

• queimaduras químicas:- antes de manipular qualquer vítima que ainda esteja em contato com o agente agressor (no ambiente,

nas vestes ou na pele), proteger-se de sua exposição (luvas, óculos e vestimenta de proteção). Se possível, identi-ficar o agente agressor.

- retirar as vestes da vítima que estiverem impregnadas pelo produto e lavar a pele com água corrente, abundantemente.

- se o produto for seco (na forma granulado ou pó), retirá-lo manualmente sem friccionar (com pano seco ou escova). Em seguida lavar o local com água corrente abundante.

10.2.1.6. maniPulação e TranSPorTe de víTimaS

Essa é uma das principais funções a ser desenvolvida pela brigada de incêndio, e deve, entre outras ações,

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A segurança contra incêndio no Brasil2��

garantir o plano de abandono de uma edificação.Assim, utilizar técnica adequada para a manipulação de vítimas e o transporte de feridos é fundamental.

Algumas recomendações importantes devem ser observadas, como:• estabilizar a vítima antes de iniciar qualquer transporte.• fixar a vítima à prancha longa, se disponível, por meio de, no mínimo, três tirantes.• fixar a cabeça da vítima para impedir movimentação lateral, principalmente quando houver mecanismo

de trauma associado ao atendimento.• prender a prancha longa à maca de rodas, se disponível, e fixá-la na ambulância ou viatura.• estar preparado para a ocorrência de vômitos e prevenir hipotermia.• transportar com velocidade moderada e com segurança, escolhendo o melhor trajeto até o hospital.• manter observação contínua da vítima, incluindo sinais vitais e nível de consciência.• se não houver recursos materiais, substituir a prancha pela presença de vários socorristas que, posicio-

nados lado a lado e realizando movimentos em bloco, poderão transportar uma vítima com a garantia da manuten-ção da posição de decúbito dorsal.

• quando a vítima estiver deitada em decúbito ventral (de barriga para baixo), a sustentação da cabeça e o giro constante, ordenado e em bloco, é recomendado.

• para a acomodação da vítima na prancha longa, as manobras podem ser por meio do giro de 90 graus, e a colocação da prancha retornando a vítima na posição inicial, giro de 180 graus que consiste no giro a partir da posição de decúbito ventral, ou pegada em bloco quando houver múltiplas fraturas.

Os procedimentos descritos nessa abordagem devem ser treinados exaustivamente para evitar prejuízos à vítima ou agravamento das lesões preexistentes.

referênCiaS BiBliogrÁfiCaS

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Programa de Brigada de Incêndio. NBR 14.276. Rio de Janeiro: janeiro de 1999.

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Bombeiro Profissional Civil. NBR 14.608. Rio de Janeiro: outubro de 2000.

• CAMILLO JÚNIOR, Abel Batista. Manual de prevenção e combate a incêndios. 8ª ed. São Paulo: Editora SENAC. São Paulo: 2007.

• COMISSÃO DE ESTUDOS DA ABNT CE 24:201-03. Apontamentos da Norma sobre o potencial de riscos de incêndios em edificações. São Paulo.

• CORPO DE BOMBEIROS – POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO (CB-PMESP). Decreto Estadual nº 46.076/01. Regulamento de Segurança Contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco do Estado de São Paulo – Plano de Intervenção de Incêndio. Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros. IT 16/2004. São Paulo: 2004.

• CORPO DE BOMBEIROS – POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO (CB-PMESP). Brigada de Incêndio. Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros. IT 17/2004. São Paulo, 2004. • NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION. Handbook, 18th edition. Industrial Fire Brigade Training and Operations.

• Corpo de Bombeiros da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Disponível em http://www.brigadamilitar.rs.gov.br/bombeiros, acesso em maio de 2007.

• Valdir Pignatta e Silva. Método de avaliação de riscos em edificações: método de Gretener. Disponível em http:// www.lmc.ep.usp.br/people /valdir/fire _ safety/Metodo _de_Gretener.pdf, acesso em maio 2007.