brigada de incêndio

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BRIGADA DE INCÊNDIO ROMAR ASSESSORIA SETEMBRO DE 2009

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Page 1: Brigada de Incêndio

BRIGADA DE INCÊNDIO

ROMAR ASSESSORIA SETEMBRO DE 2009

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Brigada de Incêndio Definição: Grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono e combate a um PRINCÍPIO DE INCÊNDIO e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área pré estabelecida.

Objetivo: Proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as conseqüências iniciais do sinistro, e dos danos ao patrimônio e ao meio ambiente. Exigências Legais: Portaria do Ministério do Trabalho nº 3214 de 08 de junho de 1978, em sua norma regulamentadora nº 23 e NBR 14276/99. IRB – Instituto de Resseguros do Brasil Responsabilidade da Brigada:

a) Ações de prevenção:

• Avaliação dos riscos existentes; • Inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio; • Inspeção geral das rotas de fuga; • Elaboração de relatório das irregularidades encontradas; • Encaminhamento de relatório aos setores competentes; • Orientação a população fixa e flutuante; • Prática de exercícios simulados.

b) Ações de emergência:

• Identificação da situação; • Alarme / abandono de área; • Corte de energia; • Acionamento do Corpo de Bombeiros e / ou ajuda externa; • Primeiros socorros; • Combate ao princípio de incêndio; • Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros;

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DIMENSIONAMENTO DA BRIGADA DE INCÊNDIO ( Instituto de Resseguros do Brasil - IRB )

Conforme a NR 23 se faz necessário a formação de uma brigada de Incêndio, que ficará responsável pelo ataque ao principio do fogo. Este órgão é que regulamenta os seguros de sinistros e promove descontos no valor do prêmio para empresas que se enquadrem nestas normativas.

O IRB e a NR 23 (Norma Regulamentadora 23) recomenda a constituição de brigada de incêndio em empresas classificadas a seguir:

CLASSIFICAÇÃO PORTE IRB NR 23 A PEQUENO NÃO SIM

B e C MÉDIO/GRANDE SIM SIM Bombeiro Profissional (BP), em empresas classe BC ( área construida até 40.000 m2 - um BP plantão 24 horas). Em empresas acima de 40.000 m2 , a cada 10.000 m2 a mais de área somar mais um BP por turno. Ex: 40.000 m2 > 1 / turno 70.000 m2 > 4 / turno 75.000 m2 > 4 / turno O Bombeiro Profissional é parte integrante da Brigada de Incêndio. O número de integrantes da Brigada de Incêndio incluidos os BP (class3es A, B e C): Até 10.000 m2 > 8 por turno A cada 10.000 m2 a mais ou fração somar 4 por turno Ex: 55.000m2 integrantes BP

10000 - 8

Nº de integrantes 28 20000 - 4

Nº BP 2 30000 - 4

40000 - 4 1

50000 - 4 1

55000 - 4 0

28 2 PAM - Plano de Auxílio Mútuo Empresas e órgãos públicos se unem ( o ideal é contratualmente) para auxíliarem-se mutuamente em caso de sinistro. Este auxílio envolve material e recursos humanos. Ex: empresas do pólo petroquímico de Triunfo - RS e Petrobrás têm este acordo; em caso de sinistro no local ou em material transportado por algum deles é executado este acordo de PAM.

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TEORIA DO FOGO

INTRODUÇÃO: O efetivo controle e extinção do incêndio requerem um entendimento da natureza química e física do fogo. Isso inclui informações sobre fontes de calor, composição e características dos combustíveis e as condições necessárias para combustão. O QUE É FOGO: O fogo é uma reação química das mais elementares, chamada combustão ou queima entre três elementos: COMBUSTÍVEL, COMBURENTE e FONTE DE CALOR.

Incêndio é a destruição pelo fogo

Calor – é a quantidade de energia, unidade de medida [J], [cal]

Temperatura- é o nivel de energia, unidade de medida dada em graus

[C],[F],[K] Combustão – é uma reação química em cadeia (contínua), de oxidação

rápida entre um combustível, um comburente, com adição de energia de ativação, liberando luz e calor. Combustível – é todo material que libera vapores inflamáveis chegando ao ponto de combustão a) sólido – madeira, papel, tecido... b) líquido – gasolina, álcool, éter, tinta, solvente... c) gás – hidrogênio, GLP, acetileno, metano...

Comburente – é o oxigênio do ar Ar atmosférico – é a mistura de oxigênio 21%, nitrogênio 78% e 1% de outros gases.

Reação química – reação de oxidação do combustível pelo oxigênio do ar.

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TRIÂNGULO DO FOGO: Para facilidade de compreensão, o FOGO é representado simbolicamente por um triângulo, ao qual denominamos “TRIÂNGULO DO FOGO”.

A existência do fogo está condicionada à presença desses três elementos EM CONDIÇÕES FAVORÁVEIS. Durante a reação, isto é, durante a QUEIMA, há desprendimento do CALOR e LUZ, continuamente.

TETRAEDRO DO FOGO:

Modernamente, foi acrescentado ao triângulo do fogo mais um elemento: A REAÇÃO EM CADEIA, formando assim o tetraedro ou quadrilátero do fogo. Os combustíveis após iniciar a combustão geram mais calor liberando mais gases ou vapores combustíveis, sendo que os átomos livres são os responsáveis pela liberação de toda a energia necessária para a reação em cadeia.

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1 . COMBUSTÍVEL: É toda substância capaz de queimar e alimentar a combustão. Os combustíveis dividem-se em três grupos, de acordo com o estado físico em que se apresentam: a) Combustíveis sólidos:

a maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e, então, reagem com o oxigênio, exemplos: madeira, papel, plástico, ferro, etc.

b) Combustíveis líquidos: tem algumas propriedades físicas que dificultam a extinção do calor, aumentando o perigo. Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contém, é importante notar também que a maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que a água, e portanto, flutuam sobre esta. Outra propriedade a ser considerada é a sua volatividade, que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, também é de grande importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo ou mesmo explosão.

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c) Combustíveis gasosos: Os gases não tem volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipientes que estão envolvidos. 2.COMBURENTE: É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais comum na natureza é o oxigênio, encontrado na atmosfera a 21%. 3. FONTE DE CALOR: Calor é uma forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra energia, através de processo físico ou químico. Pode ser descrito como uma condição da matéria em movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas que compõem a matéria. 4. REAÇÃO EM CADEIA:

A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado da chama atinge o combustível e este e decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um círculo constante.

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PONTOS CRÍTICOS DE TEMPERATURA Sabemos que é necessário unir três elementos para que o FOGO apareça, entretanto, por vezes esses três elementos estão presentes e o FOGO não ocorre, porque a quantidade de calor é insuficiente para queimar o COMBUSTÍVEL. Para exemplificar melhor, imaginemos uma frigideira com óleo combustível sobre a chama de um fogão. O óleo começará aquecer e a desprender vapores (gases); se deixarmos por algum tempo, observaremos que um dado momento o referido combustível se incendiará sem que haja contato com a chama externa. Para que o óleo aquecido lentamente comece a queimar, ele passou por três pontos de aquecimento que chamaremos de: PONTO DE FULGOR, PONTO DE COMBUSTÃO, PONTO DE IGNIÇÃO. PONTO DE FULGOR É a temperatura na qual o combustível começa a desprender vapores (gases), que se tomarem contatos diretos com uma chama queimarão, porém a chama produzida não se mantém, em vista da quantidade de vapores desprendidos ser muito pequena. É a mínima temperatura em que os vapores do combustível aquecido com a aproximação de uma fonte externa de calor, entram em combustão, e retirada a fonte externa de calor a combustão cessa. Ex: frigideira com óleo de soja para frituras PONTO DE COMBUSTÃO É a temperatura na qual um combustível desprende vapores (gases), que se tomarem contato direto com uma chama queimarão, até que acabe o combustível. É a mínima temperatura em que os vapores de combustível aquecido com aproximação de uma fonte externa de calor, entram em combustão, e retirada a fonte de calor externa de calor a combustão continua (se auto alimenta). Ex: lata de óleo = sinalização de estradas. PONTO DE IGNIÇÃO É a temperatura na qual um combustível desprende vapores (gases) que com o simples contato com o oxigênio existente no ar queime até que o combustível acabe. É a temperatura da chama ou da fonte de calor; é a temperatura necessária para inflamar a mistura ou os vapores de combustível. Se elevar-mos o combustível acima do ponto de ignição, ele explode (auto-ignição). Ex: gasolina - 42º (ponto de fulgor) + 257º (ponto de ignição)

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PROPAGAÇÃO DO FOGO

O calor é um dos principais causadores do alastramento de um fogo, ele pode, caso não seja impedido, ser transmitido até mesmo a grandes distâncias, das seguintes formas: IRRADIAÇÃO, CONDUÇÃO, CONVECÇÃO.

IRRADIAÇÃO

É a transmissão de calor através de raios e ondas que ocorrem em espaços vazios. Um exemplo diário deste fenômeno é o calor do sol (fonte) irradiado através do espaço até a terra (corpo); e como o caso do sol, existem inúmeras outras formas de irradiação que poderão contribuir para a propagação do fogo. propagação por ondas caloríficas que um corpo aquecido transmite em todas as direções semelhantes a luz. Ex: calor do sol, chapa de metal aquecida (solda).

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CONDUÇÃO

É transmissão do calor que ocorre de uma fonte para um corpo, através de um material que seja um bom condutor de calor. Se pegarmos um pedaço de ferro e segurarmos numa das pontas com a mão e colocarmos a outra ponta em contato com uma fonte de calor, vamos perceber após alguns segundo que todo o ferro está quente, indo aquecer conseqüentemente a nossa mão, e se ao invés de nossa mão, tivesse tendo contato com outro combustível qualquer, este iria queimar. propagação através de um meio físico (continuidade molecular) ex: barra de aço.

CONVECÇÃO É a transmissão do calor através do ar e dos líquidos, ocorre devido ao fato de o ar como os líquidos podem ser aquecidos quando em contato com o fogo. O ar quente sempre sobre e leva consigo o calor que poderá entrar em contato com o combustível e propagar o fogo. propagação através de um meio circulante gasoso ou líquido (correntes “térmicas”de vapores) ex: evaporação de solventes, vazamento de GLP. Fases do Fogo Se o fogo ocorrer em área ocupada por pessoas, há grandes chances de que o fogo seja descoberto no início e a situação resolvida. Mas se ocorrer quando a edificação estiver deserta e fechada, o fogo continuará crescendo até ganhar grandes proporções. Essa situação pode ser controlada com a aplicação dos procedimentos básicos de ventilação O incêndio pode ser melhor entendido se estudarmos seus três estágios de desenvolvimento. Fase Inicial Nesta primeira fase, o oxigênio contido no ar não está significativamente reduzido e o fogo está produzindo vapor d’água (H20), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e outros gases. Grande parte do calor está sendo consumido no aquecimento dos combustíveis, e a temperatura do ambiente, neste estágio, está ainda pouco acima do normal. O calor está sendo gerado e evoluirá com o aumento do fogo.

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Queima Livre Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio, é arrastado para dentro do ambiente pelo efeito da convecção, isto é, o ar quente “sobe” e sai do ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas aberturas nos pontos mais baixos do ambiente. Os gases aquecidos espalham-se preenchendo o ambiente e, de cima para baixo, forçam o ar frio a permanecer junto ao solo; eventualmente, causam a ignição dos combustíveis nos níveis mais altos do ambiente. Este ar aquecido é uma das razões pelas quais os bombeiros devem se manter abaixados e usar o equipamento de proteção respiratória. Uma inspiração desse ar superaquecido pode queimar os pulmões. Neste momento, a temperatura nas regiões superiores (nível do teto) pode exceder 700 ºC.

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“Flashover” Na fase da queima livre, o fogo aquece gradualmente todos os combustíveis do ambiente. Quando determinados combustíveis atingem seu ponto de ignição, simultaneamente, haverá uma queima instantânea e concomitante desses produtos, o que poderá provocar uma explosão ambiental, ficando toda a área envolvida pelas chamas. Esse fenômeno é conhecido como “Flashover”. Queima Lenta Como nas fases anteriores, o fogo continua a consumir oxigênio, até atingir um ponto onde o comburente é insuficiente para sustentar a combustão. Nesta fase, as chamas podem deixar de existir se não houver ar suficiente para mantê-las (na faixa de 8% a 0% de oxigênio). O fogo é normalmente reduzido a brasas, o ambiente torna-se completamente ocupado por fumaça densa e os gases se expandem. Devido a pressão interna ser maior que a externa, os gases saem por todas as fendas em forma de lufadas, que podem ser observadas em todos os pontos do ambiente. E esse calor intenso reduz os combustíveis a seus componentes básicos, liberando, assim, vapores combustíveis.

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“Backdraft” A combustão é definida como oxidação, que é uma reação química na qual o oxigênio combina-se com outros elementos. O carbono é um elemento naturalmente abundante, presente, entre outros materiais, na madeira. Quando a madeira queima, o carbono combina com o oxigênio para formar dióxido de carbono (CO2 ), ou monóxido de carbono (CO ). Quando o oxigênio é encontrado em quantidades menores, o carbono livre ( C ) é liberado, o que pode ser notado na cor preta da fumaça. Na fase de queima lenta em um incêndio, a combustão é incompleta porque não há oxigênio suficiente para sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre permanece, e as partículas de carbono não queimadas (bem como outros gases inflamáveis, produtos da combustão) estão prontas para incendiar-se rapidamente assim que o oxigênio for suficiente. Na presença de oxigênio, esse ambiente explodirá. A essa explosão chamamos“Backdraft”.

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A ventilação adequada permite que a fumaça e os gases combustíveis superaquecidos sejam retirados do ambiente. Ventilação inadequada suprirá abundante e perigosamente o local com o elemento que faltava (oxigênio), provocando uma explosão ambiental. As condições a seguir podem indicar uma situação de “Backdraft”: • fumaça sob pressão, num ambiente fechado; • fumaça escura, tornando-se densa, mudando de cor (cinza e amarelada) e

saindo do ambiente em forma de lufadas; • calor excessivo (nota-se pela temperatura na porta); • pequenas chamas ou inexistência destas; • resíduos da fumaça impregnando o vidro das janelas; • pouco ruído; • movimento de ar para o interior do ambiente quando alguma abertura é feita

(em alguns casos ouve-se o ar assoviando ao passar pelas frestas). Formas de Combustão As combustões podem ser classificadas conforme a sua velocidade em: completa, incompleta, espontânea e explosão. Dois elementos são preponderantes na velocidade da combustão: o comburente e o combustível; o calor entra no processo para decompor o combustível. A velocidade da combustão variará de acordo com a porcentagem do oxigênio no ambiente e as características físicas e químicas do combustível. Combustão Completa É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxigênio.

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Combustão Incompleta É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em ambiente pobre em oxigênio. Combustão Espontânea É o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de certos vegetais que, pela ação de bactérias, fermentam. A fermentação produz calor e libera gases que podem incendiar. Alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de ignição); outros entram em combustão à temperatura ambiente (20 ºC), como o fósforo branco. Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação gera calor e libera gases em quantidade suficiente para iniciar combustão. Por exemplo, água + sódio.

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MÉTODOS DE EXTINÇÃO

Métodos de Extinção do Fogo Os métodos de extinção do fogo baseiam-se na eliminação de um ou mais dos elementos essenciais que provocam o fogo. Retirada do Material É a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-se na retirada do material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo, interrompendo a alimentação da combustão. Método também denominado corte ou remoção do suprimento do combustível. Ex.: fechamento de válvula ou interrupção de vazamento de combustível líquido ou gasoso, retirada de materiais combustíveis do ambiente em chamas, realização de aceiro, etc.

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Resfriamento É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está queimando, diminuindo, conseqüentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis. A água é o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrada na natureza. A redução da temperatura está ligada à quantidade e à forma de aplicação da água (jatos), de modo que ela absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir. É inútil o emprego de água onde queimam combustíveis com baixo ponto de combustão (menos de 20ºC), pois a água resfria até a temperatura ambiente e o material continuará produzindo gases combustíveis.

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Abafamento Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material combustível. Não havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Como exceção estão os materiais que têm oxigênio em sua composição e queimam sem necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos orgânicos e o fósforo branco. Conforme já vimos anteriormente, a diminuição do oxigênio em contato com o combustível vai tornando a combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio chegar próxima de 8%, onde não haverá mais combustão. Colocar uma tampa sobre um recipiente contendo álcool em chamas, ou colocar um copo voltado de boca para baixo sobre uma vela acesa, são duas experiências práticas que mostram que o fogo se apagará tão logo se esgote o oxigênio em contato com o combustível. Pode-se abafar o fogo com uso de materiais diversos, como areia, terra, cobertores, vapor d’água, espumas, pós, gases especiais etc. Quebra da Reação em Cadeia Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das chamas, interrompendo assim a “reação em cadeia” (extinção química). Isso ocorre porque o oxigênio comburente deixa de reagir com os gases combustíveis. Essa reação só ocorre quando há chamas visíveis.

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VENTILAÇÃO É aplicada no combate a incêndios é a remoção e dispersão sistemática de fumaça, gases e vapores quentes de uns locais confinados, proporcionando a troca dos produtos da combustão por ar fresco, facilitando, assim, a ação dos bombeiros no ambiente sinistrado. Neste Manual, chamaremos de produto da combustão a fumaça, os gases e os vapores quentes. São tipos de ventilação:natural e forçada. VENTILAÇÃO

A ventilação é a operação ou o conjunto de operações destinadas a retirar a fumaça e gases aquecidos, baixando a temperatura, evitando a propagação do fogo.

É o método mais simples para retirada de fumaça, gases e o calor do interior do recinto; porém têm que se tomar o devido cuidado para não "alimentar"o fogo, pois ao penetrar no recinto o ar fresco pode aumentar em demasia as chamas. Ventilação Natural É o emprego do fluxo normal do ar com o fim de ventilar o ambiente, sendo também empregado o princípio da convecção com o objetivo de ventilar. Como exemplo, citam-se a abertura de portas, janelas, paredes, bem como a abertura de clarabóias e telhados. Na ventilação natural, apenas se retiram as obstruções que não permitem o fluxo normal dos produtos da combustão. Ventilação Forçada É utilizada para retirar produtos da combustão de ambientes em que não é possível estabelecer o fluxo natural de ar. Neste caso, força-se a renovação do ar através da utilização de equipamentos e outros métodos. Ainda com relação à edificação e à ação do bombeiro, pode-se dividir a ventilação em horizontal e vertical. Ventilação Horizontal É aquela em que os produtos da combustão caminham horizontalmente pelo ambiente. Este tipo de ventilação se processa pelo deslocamento dos produtos da combustão através de corredores, janelas, portas e aberturas em paredes no mesmo plano.

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Ventilação Vertical É aquela em que os produtos da combustão caminham verticalmente pelo ambiente, através de aberturas verticais existentes (poços de elevadores, caixas de escadas), ou aberturas feitas pelo bombeiro (retirada de telhas). Para a ventilação, o bombeiro deve aproveitar as aberturas existentes na edificação, como as portas, janelas e alçapões, só efetuando aberturas em paredes e telhados se inexistirem aberturas ou se as existentes não puderem ser usadas para a ventilação natural ou forçada. Efetuar entrada forçada em paredes e telhados, quando já existem aberturas no ambiente, acarreta prejuízos ao proprietário, além de significar perda de tempo.

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Vantagens da Ventilação Os grandes objetivos de uma Brigada de Incêndio são: atingir o local sinistrado no menor tempo possível; resgatar vítimas presas; localizar focos de incêndio; aplicar os agentes extintores adequados, minimizando os danos causados pelo fogo, pela água e pelos produtos da combustão. Durante o combate, a ventilação é um auxílio imprescindível na execução destes objetivos. Quando, para auxiliar no controle de incêndio, é feita ventilação adequada, uma série de vantagens são obtidas, tais como: visualização do foco, retirada do calor e retirada dos produtos tóxicos da combustão. Visualização do Foco A ventilação adequada retira do ambiente os produtos da combustão que impedem a visualização. Tendo uma boa visualização o bombeiro:entra no ambiente em segurança; localiza vítimas;extingue o fogo com maior rapidez, sem causar danos pelo excesso de água aplicada no local. Retirada do Calor A ventilação adequada retira os produtos da combustão que são os responsáveis pela propagação do calor (através da convecção), eliminando com isto grande quantidade de calor do ambiente. Com a retirada do calor, o bombeiro: • Tem maior possibilidade de entrar no ambiente. • Diminui a propagação do incêndio. • Evita o “backdraft” e o “flash over”. • Evita maior dano à edificação. • Evita maiores riscos a possíveis vítimas. Retirada dos Produtos Tóxicos da Combustão A ventilação adequada retira do ambiente os produtos da combustão que são os responsáveis pela maioria das mortes em incêndio. Com a retirada dos produtos tóxicos, o bombeiro: • Tem maior possibilidade de encontrar vítimas com vida. • Elimina os estragos provocados pela fuligem.

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Problemas da Ventilação Inadequada • Grande volume de fumaça com elevação da temperatura, proporcionando

propagação mais rápida do incêndio. • Dificuldade no controle da situação. • Problemas na execução das operações de salvamento e combate a incêndio. • Aumento dos riscos de explosão ambiental, em virtude do maior volume de

fumaça e alta temperatura. • Danos produzidos pela ação do calor, da fumaça e do emprego de água. Técnica de Ventilação A decisão de ventilar e a escolha do tipo de ventilação a ser feita no local do sinistro competem ao Comandante da Operação, cabendo ao pessoal a execução correta. Deve-se, sempre que possível, utilizar o fluxo natural de ar, ou seja, deve-se observar o princípio da convecção e a direção do vento. Ventilação Natural Horizontal A maneira correta de se fazer ventilação natural horizontal em uma edificação é usar duas aberturas em desnível, em paredes opostas, isto é, uma, o mais alto possível, e a outra, o mais baixo possível. As aberturas devem estar dispostas conforme a direção do vento. A abertura mais baixa será para a entrada de ar fresco e limpo, e a abertura mais alta será para a saída dos produtos da combustão. Procede-se à ventilação natural horizontal da seguinte maneira: • Abre-se o ponto mais alto da parede para saída dos produtos de combustão

(janelas, por exemplo). • Abre-se, lentamente, o ponto mais baixo para entrada do ar fresco. O ar fresco

tem temperatura menor que os produtos da combustão e deposita-se nas partes mais baixas do ambiente, expulsando os produtos da combustão, cuja tendência é permanecer nas partes mais altas.

• Observa-se o ambiente, até a visualização das chamas. O bombeiro poderá usar a porta para a entrada do ar. Porém, é importante que esta seja aberta lentamente, e que não provoque maior abertura para a entrada do ar que para a saída dos produtos da combustão (resolve-se este problema, abrindo a porta parcialmente). A ventilação natural horizontal utiliza-se da convecção e direção do vento.

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Ventilação Natural Vertical Este tipo de ventilação está baseado no princípio da convecção. Primeiramente, deve ser feita abertura no teto, para permitir que os produtos da combustão sigam seu caminho natural, subindo perpendicularmente ao foco de incêndio. Outra abertura deve ser feita para permitir a entrada do ar fresco no ambiente. Uma porta é a abertura ideal, pois pode ser aberta parcialmente, permitindo que o ar fresco entre no ambiente, porém, não em quantidade suficiente para provocar uma explosão ambiental. A entrada do ar poderá ser controlada conforme a necessidade. Abertura em telhado • Sempre que possível, o brigadista deve utilizar as aberturas já existentes na edificação, como clarabóias, dutos, portinholas, etc. • Se for necessário fazer abertura no telhado, o bombeiro deve saber de que material ele é feito, para escolher adequadamente as ferramentas de serviço. Normalmente para isso basta uma rápida verificação visual. • Fazer a abertura em telhados é um serviço extremamente perigoso. Por isso, entre outras medidas de segurança, deve-se sempre utilizar um cabo guia, ancorando-o a um ponto firme, para evitar uma queda do brigadista no ambiente em chamas. • Surpresas desagradáveis podem ocorrer ao se abrir um telhado, tais como labaredas e produtos da combustão em direção ao brigadista. Por este motivo, é essencial que o brigadista utilize o EPI necessário, seja armada linha de proteção para sua segurança e trabalhe sobre escada de gancho. • Deve-se procurar efetuar uma abertura larga e retangular ou quadrada, o que simplifica futuros reparos. Uma abertura larga é melhor que várias pequenas. O tamanho da abertura é determinado pelo Chefe da Brigada. (nunca menor que 1m2). Ventilação Forçada Em alguns locais, o bombeiro não encontra condições de realizar a ventilação natural (porque não há fluxo de ar, este é insuficiente para ventilar o ambiente ou existem obstruções difíceis de remover, como lajes, etc). Nesses ambientes, há necessidade da execução de ventilação forçada, que se realiza através de exaustores ou jatos d’água.

Page 24: Brigada de Incêndio

Exaustores elétricos O exaustor é apropriado para locais onde há somente uma abertura. Deve ser usado da seguinte maneira: • colocar na posição mais alta possível e em uma abertura do lado de fora do

incêndio; • conectar o plug (quando motor elétrico) longe de amosferas inflamáveis ou

explosivas; • cuidar para que pessoas não se machuquem com o equipamento, por

exemplo, enroscando a roupa do corpo nas pás do exaustor ou tropeçando no fio elétrico;

• não transportar o exaustor enquanto estiver ligado. Partindo-se do princípio de que o objetivo é desenvolver circulação artificial do ar, e “jogar” a fumaça para fora do ambiente, o exaustor deve ser colocado de forma a expulsar a fumaça na mesma direção do vento natural, o que alivia o esforço do exaustor, uma vez que o vento “arrastará” a fumaça para fora. Durante a fase inicial de um incêndio, os produtos da combustão sobem até o teto, lá se acumulando. Os exaustores, por isso, devem ser colocados em pontos altos a fim de eliminar estes produtos da combustão. Para evitar que se crie um círculo vicioso da fumaça no exaustor, isto é, a fumaça sai e retorna ao ambiente, a abertura ao redor do exaustor pode ser coberta. Deve-se remover todos os obstáculos que possam estar no caminho do fluxo do ar, bloqueando a retirada de fumaça do ambiente. Cuidados As ações de ventilação têm várias vantagens, porém, se não forem executadas com cuidado, poderão causar maiores prejuízos. Ao se executar operações de ventilação em um local sinistrado, o bombeiro deve tomar os seguintes cuidados: • sempre que possível, utilizar a ventilação natural (abertura de portas,

janelas, clarabóias, telhados, etc.); • estar equipado com aparelho de respiração autônoma, capa, capacete e botas; • estar amarrado a um cabo guia como segurança e sempre dispor de um meio

de fuga do ambiente; • realizar uma abertura grande em lugar de várias pequenas; • executar aberturas em telhados com o vento soprando pelas costas (visando a

segurança); • verificar se a construção suporta o peso dos equipamentos e dos bombeiros; • analisar onde serão as aberturas, evitando que o fluxo dos produtos da

combustão atinjam outras edificações. • providenciar que a guarnição que faz ventilação esteja bem coordenada com a

equipe de extinção de incêndio.

Page 25: Brigada de Incêndio

Classes de Incêndio

São quatro classes de incêndio; classes A, B , C , D. Foi dividido desta maneira para facilitar a aplicação e utilização correta do agente extintor correto para cada tipo de material combustível.

Classe A: Fogo em materiais sólidos de fácil combustão, que queimam na superfície e

profundidade, deixando resíduos e cinzas. Ex: madeira, papel, tecido, fibras, borrachas. Método de extinção - resfriamento

Classe B:

Fogo em combustíveis líquidos que queimam na superfície e não deixam resíduos. Ex: gasolina, álcool, solventes. Método de extinção – abafamento/resfriamento

Classe C:

Fogo em equipamentos elétricos energizados. Ex: computadores, centrais telefônicas, quadros de comando, eletrodomésticos, motores elétricos. Método de extinção – abafamento/extinção química.

Classe D:

Fogo em materiais pirofóricos, ou que necessitem métodos especiais de extinção. Ex: magnésio, sódio metálico, titânio. Método de extinção – abafamento/extinção química. (areia seca, pó químico especial, limalha de ferro, carvão em pó).

Page 26: Brigada de Incêndio

AGENTES EXTINTORES

Extintores de Incêndio Agentes extintores são substâncias que, devido às suas características, quando lançados sobre um fogo o extinguem. São inúmeros os agentes extintores existentes, porém os mais comuns são:

A) Água – efeito de resfriamento e abafamento B) Pó químico – abafamento (PQS) C) Areia seca, grafite em pó, limalha de ferro fundido – abafamento D) Gases inertes – (CO2, nitrogênio, hélio, halon) – retiram / baixam o nível

de oxigênio para menos de 18%. E) Espuma mecânica – abafamento F) Espuma química – extinção química G) Vapor

IMPORTANTE A partir de 1999, a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, proibiu a fabricação de extintores portáteis ou sobre rodas, cujo agente extintor fosse espuma química. Os extintores de espuma química existentes poderão ser recarregados e vistoriados normalmente. A recomendação é que seja substituído gradativamente por outros extintores, por sua falta de segurança no manuseio, sua eficiência duvidosa no combate ao fogo, e seu custo de manutenção alto. Nos Estados Unidos o uso desse extintor foi abolido há várias décadas. Os extintores de incêndio são aparelhos de primeiros socorros, que carregam em seu interior um dos tipos de agente extintor acima citados, que deverá ser usado em princípios de incêndio. O extintor receberá sempre o nome do agente extintor que transporta e deverá ser construído conforme as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Poderá ser:

Portátil - Quando seu peso total for igual ou inferior a 25kg., e operado por uma única pessoa; Carreta - Sobre rodas e quando seu peso total passar de 25kg, ou sua operação exigir mais de uma pessoa. Após instalado, um extintor nunca poderá ser removido, a não ser quando para uso em combate ao fogo, recarga, teste ou instrução; estar sempre sinalizado e seu acesso desobstruído.

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EXTINTORES PORTÁTEIS Utilizados para combater o princípio de incêndio

a) extintores de água (fogo classe A) b) extintores de gás carbônico (CO2) (fogo classe B e C) c) extintores de espuma (fogo classe A e B) d) extintores de pó químico (fogo classe B,C e D)

TIPOS DE EXTINTORES PORTÁTEIS

EXTINTOR DE ÁGUA Aparelho que carrega em seu interior o agente extintor água. Para que a água (agente extintor) seja expulsa do recipiente (extintor de incêndio) é necessário a presença de uma pressão interna, que será conseguida com a ajuda de um gás propelente não combustível (CO2, Nitrogênio, etc.) TIPOS: Pressurizado Pressão Injetada (cilindro anexo) COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE ÁGUA DO TIPO PRESSURIZADO

COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE ÁGUA DE PRESSÃO INJETADA (COM AMPOLA)

Page 28: Brigada de Incêndio

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE ÁGUA Não tentar reparar defeitos nos extintores, encaminhá-los a uma firma

especializada Não recolocar o extintor no suporte sem antes recarregá-lo. Não utilizar em equipamentos elétricos com energia elétrica. COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA Uso Indicado: Incêndio classe “A” e “B”

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE ESPUMA QUÍMICA Não inverter o extintor foram do local de uso Não usa-lo em instalações elétricas com energia ligada. Não dirigir o jato diretamente sobre o líquido em chamas, pois haverá risco de espalhar o fogo Se após a inversão para o uso, o aparelho não funcionar,. Abandone-o em local afastado pois o aparelho defeituoso ou entupido apresentam risco de explosão. Não tente reparar defeitos dos aparelhos, encaminhe-os a uma firma especializada. Não recoloque o aparelho no seu local costumeiro, sem antes carrega-lo.

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COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2) Uso indicado: Incêndios das Classes “B” e “C”

Nota: o uso de extintor de halon é semelhante ao de CO2 CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE CO2 Não tentar reparar aparelhos defeituosos, encaminhe-os à uma firma especializada Não recolocar no suporte os aparelhos usados, sem antes recarregá-los Não conservar os extintores de Gás Carbônico (CO2) em locais de temperatura elevada (acima de 40º C).

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COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS) Uso indicado: Incêndios das Classes “B” e “C”

a) Aparelho de Pressão injetada ou com ampola externa:

b) Aparelho pressurizado:

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS) Não tentar reparar os aparelhos defeituosos; encaminha-los a uma firma especializada. Não recolocar o aparelho no seu local costumeiro, sem antes recarregá-lo.

Page 31: Brigada de Incêndio

EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA Adequado para extinção de princípios de incêndio em Classe “A” e “B” OPERAÇÃO Para extintores pressurizados: 1. Levar o extintor ao local do fogo; 2. Colocar-se a uma distância segura; 3. Retirar o pino de segurança; 4. Empunhar a mangueira; 5. Acionar o gatilho, aplicando o jato na base do fogo. Em caso de líquido

inflamável, dirigir o jato em anteparo ou indiretamente de forma a evitar a agitação do líquido.

OPERAÇÃO Para extintores com pressão injetada ( com ampola externa)

1. Levar o extintor ao local do fogo; 2. Colocar-se a uma distância segura; 3. Abrir o registro da ampola; 4. Aplicar o jato na base do fogo. Em caso de fogo em líquido inflamável,

dirigir o jato em anteparo ou diretamente de forma, a evitar a agitação do líquido;

5. Manter um filme sobre o líquido inflamável, após a aplicação, evitando desta forma, a reignição.

OBSERVAÇÕESO extintor de espuma mecânica substitui com vantagem o extintor de espuma química, tanto pela sua eficiência na extinção do fogo, como pela duração de sua carga, de cinco anos. Possui um maior poder de penetração em materiais sólidos comuns, comparado com a água.

Page 32: Brigada de Incêndio

EXTINTORES SOBRE RODAS (CARRETAS) Existem também os extintores tipo carreta, que levam em seu interior os mesmos agentes extintores, porém com maior quantidade de carga.

Page 33: Brigada de Incêndio

PROCEDIMENTO PARA USO DE CARRETA DE ESPUMA

Page 34: Brigada de Incêndio

SINALIZAÇÃO NA PAREDE (PAINÉIS)

Page 35: Brigada de Incêndio

SINALIZAÇÃO NO SOLO

Page 36: Brigada de Incêndio

SINALIZAÇÃO EM COLUNAS

Page 37: Brigada de Incêndio

ONDE USAR OS AGENTES EXTINTORES

Agente extintor é todo material que, aplicado ao fogo, interfere na sua química, provocando uma descontinuidade em um ou mais lados do quadrilátero do fogo, alterando as condições para que haja fogo. Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados sólidos, líquidos ou gasosos. Existe uma variedade muito grande de agentes extintores. Citaremos apenas os mais comuns, que são os que possivelmente teremos que utilizar em caso de incêndios. Exemplos: água, espuma (química e mecânica), gás carbônico, pó químico seco, agentes alogenados (HALON), agentes improvisados como areia, cobertor, tampa de vasilhame, etc, que normalmente extinguem o incêndio por abafamento, ou seja, retiram todo o oxigênio a ser consumido pelo fogo.

Agentes Extintores

Classes de Incêndio

Água

Espuma Pó Químico

Gás Carbônico

(CO2)

HALON

A Madeira, papel, tecidos etc.

SIM

SIM

SIM *

SIM *

NÃO

B Gasolina, álcool, ceras, tintas etc.

NÃO

SIM

SIM

SIM

SIM

C Equipamentos e Instalações elétricas energizadas.

NÃO

NÃO

SIM

SIM

SIM

* => Com restrição, pois há risco de reignição.

(se possível utilizar outro agente) Observação: para incêndio classe D (materiais pirofóricos: sódio, potássio, magnésio, alumínio em pó, etc., os agentes extintores utilizados são: grafite em pó, areia seca, limalha de ferro fundido.

Page 38: Brigada de Incêndio

MANUTENÇÃO E REVISÃO DE EXTINTORES EXTINTOR DE ESPUMA

PERÍODO

VERIFICAR

Semanal

Verificar o acesso ao extintor

Mensal

Verificar se o extintor está com carga e se o bico está desobstruído (usar em estilete)

Anual

Descarregar completamente o extintor (usar durante instrução), verificar o estado geral do aparelho. Em caso de qualquer avaria mecânica, deve ser submetido ao teste hidrostático. Usar carga sempre nova

Cada 5 anos

Por ocasião da recarga, submeter o extintor ao ensaio previsto pelas normas EB-14 (espuma química-portáteis), EB-52 (espuma química-carretas) e EB-1002 (espuma mecânica) da ABNT no próprio fabricante autorizado, esse teste revalida o extintor por mais 5 anos.

EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO

PERÍODO

VERIFICAR

Semanal

Verificar o acesso ao extintor ao lacre e pino de segurança

Semestral

Verificar o peso total do extintor, conferindo com o peso marcado na válvula. Havendo uma diferença de 10% para menos, é preciso fazer a inspeção e o recarregamento.

Cada 5 anos

Usar o aparelho para instrução e submete-lo ao teste de conformidade com a norma EB-150-NBR 11716.

Page 39: Brigada de Incêndio

EXTINTOR DE ÁGUA-GÁS

PERÍODO

VERIFICAR

Semanal

Verificar o acesso ao extintor

Mensal

Verificar se o extintor está carregado e se o lacre da ampola está em ordem

Semestral

Verificar o peso da ampola lateral e se a diferença for maior que 10% deve ser substituída.

Anual

Examinar o aparelho, e havendo qualquer avaria mecânica, submeter o extintor ao teste hidrostático.

Cada 5 anos

Enviar o extintor à empresa autorizada, para teste hidrostático de conformidade com a norma EB-149-NBR 11715.

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO

PERÍODO

VERIFICAR

Semanal

Verificar o acesso ao extintor e os lacres

Semestral

Verificar o peso do cilindro de gás, se for constatado um peso de 10% para menos, é necessário recarregá-lo e conferir o ponteiro do manômetro está na faixa verde.

Anual

Examinar o estado do pó químico e se houver empedramento, o extintor deve ser recarregado

Cada 3 anos

Descarregar o extintor, usando-o para instrução

Cada 5 anos

Enviar o extintor à empresa autorizada, para teste hidrostático de conformidade com a norma EB-148-NBR 10721.

Page 40: Brigada de Incêndio

EXTINTOR DE HALON

PERÍODO

VERIFICAR

Semanal

Verificar o acesso ao extintor

Semestral

Conferir se o ponteiro do manômetro está na faixa verde.

Anual

Examinar o aparelho, e havendo qualquer avaria mecânica, submeter o extintor ao teste hidrostático.

Cada 5 anos

Recarga obrigatória e teste hidrostático, norma EB-1232.

Page 41: Brigada de Incêndio

EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO

INSTALAÇÔES HlDRÁULICAS As instalações hidráulicas são recursos que as equipes de combate ao fogo, por ocasião dos acidentes dispõe, para possibilitar o controle da situação. São dois os tipos principais: As automáticas, que são acionadas por sensores (detectores de fumaça), termostatos (temperatura), sprinklers, etc., e as sob comando, que estudaremos mais calmamente.

Os materiais hidráulicos aplicados em instalações de combate a incêndio pelo sistema nacional (brasileiro), obedecem os projetos de origem européia, sendo o tipo STORZ o modelo do engate rápido.

A matéria-prima principal na confecção dos materiais hidráulicos tipo STORZ é uma liga de metal não-ferroso, ou seja, liga de cobre (latão ou bronze) e liga de alumínio. Na Europa é bastante comum se encontrar conexões tipo STORZ em alumínio, contrariando o conceito de que seja uma liga frágil.

Exemplo disso é o polímero, material a base de carbono, bastante comum em proporcionadores de neblina em esguichos reguláveis modelo americano confeccionados em polipropileno, um material reconhecido pela sua característica de resistência à produtos corrosivos, utilizado inclusive para armazenagem de ácidos e solventes e até mesmo em pára-choques de automóveis.

Bronze e latão são ambas liga de cobre apenas com percentuais diferentes em alguns elementos químicos, proporcionando similares propriedades físicas e mecânicas, destacando o tom vermelho para o bronze e amarelo para o latão, e curiosamente apesar de serem ligas de metais não-ferrosos, encontra-se um percentual de ferro baixo porém limitado, estipulado em normas internacionais.

As tubulações do sistema de hidrantes (rede de água) deve ser confeccionada em aço carbono, com a finalidade de resistir as altas pressões, podendo ser subterrâneas ou aéreas (recomendável). INSTALAÇÕES SOB COMANDO São aquelas em necessitamos de equipes treinadas para, no momento da ocorrência. Colocar-mos em operação, montando os dispositivos de combate ao fogo. Essas instalações são compostas de: RESERVATÓRIOS São tanques, caixas (subterrâneas ou aéreas), fossos, etc., que utilizamos para guardar uma quantidade de água exclusiva para uso em caso de incêndios. Os elevados mantém a rede constantemente pressurizadas; os ao nível do chão ou subterrâneos, necessitam de bombas de recalque para fornecer a pressão exigida.

Page 42: Brigada de Incêndio

BOMBAS DE RECALQUE São equipamentos destinados a enviar a água a pontos distantes ou elevados, e fornecer pressão necessária nos equipamentos. São acionadas por motores elétricos ou à explosão acoplados à elas.

Page 43: Brigada de Incêndio

TUBULAÇÕES As tubulações são metálicas (aço carbono ou ferro fundido), subterrâneas, e que servem para distribuir a água por todo o parque industrial.

HIDRANTES São terminais das tubulações, que permitem a captação da água através de mangueira e controlados por válvulas (registros). Os hidrantes podem ser de tipos diferentes, de acordo com as necessidades dos locais.

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ABRIGOS São caixas de madeira, colocadas sobre pedestais de aço carbono e que servem para guardar esguichos e chaves.

MANGUEIRAS São dutos flexíveis dobráveis, fabricados com fibras naturais: rami, algodão, linho etc., ou fibras sintéticas (poliéster). As mangueiras são utilizadas para conduzir água até o ponto do incêndio. São fabricadas em diversos diâmetros. Cuidados especiais devem ser tomados com as mangueiras, evitando-se arrastá-las no piso, bater suas conexões, passar sobre as mesmas com bicicletas, carrinhos, veículos, etc., contato com agentes agressivos (ácidos ou alcalis), etc.

Page 45: Brigada de Incêndio

CONEXÕES São peças confeccionadas em latão, montadas por meio de empatação às extremidades das mangueiras e que servem para acoplá-las aos hidrantes, outras mangueiras, viaturas, esguichos, etc. As conexões não podem ser jogadas ao chão, sofrer impactos ou quaisquer danos pois, caso isto ocorra, toda a mangueira ficará inutilizada.

ESGUICHOS São equipamentos destinados a dar forma e direção ao jato d'água. São de diversos tipos, porém são comuns os esguichos: Agulheta (jato pleno) Regulável simples Regulável com bloqueio Universal (com aplicador de neblina) Formador de espuma

Page 46: Brigada de Incêndio

CHAVES DE MANGUEIRAS Auxiliam no acoplamento entre mangueiras ou equipamentos com conexões, quando há dificuldade para fazê-lo com as mãos.

DERIVANTE São peças em forma de "Y", destinadas a dividir a aplicação da água para dois ou mais pontos. Podem ser montadas com ou sem registros.

Page 47: Brigada de Incêndio

SISTEMAS DE HIDRANTES Hidrante é uma tomada de água, onde se conectam mangueiras para

combate ao fogo. São no mínimo duas tomadas d’água por hidrante na bitola de 21/2 polegadas.

Em cada caixa de mangueiras deve haver dois lances de 15m de mangueira de 21/2 polegadas, duas chaves de conexão, uma chave para válvula, dois esguichos de jato pleno ou sólido, podendo ser também esguicho tipo neblina. No caso de se usar mangueiras de 11/2 deverá haver um adaptador de bitolas.

O abastecimento de água poderá ser por gravidade ou através de bombas que sugam água de cisternas ou de lagos.

Hidrantes de Parede

Veja como utilizar os hidrantes de parede (caixas de incêndio) localizados em Prédios residenciais ou comerciais. Esses hidrantes são aqueles localizados normalmente perto ou nos corredores e escadas de emergências e são chamados vulgarmente de "caixas de incêndio" por estarem nas paredes, dentro de caixas vermelhas sinalizadas.

1) Abra a "caixa de incêndio".

2) Segure o "bico" (esguicho) da mangueira retirando-o da "caixa de incêndio".

3) Abra então o registro.

4) Após esticar bem a mangueira, dirija o jato de água para a base do fogo.

Page 48: Brigada de Incêndio

Hidrantes de Recalque

A sistemática a ser utilizada é a mesma, como descrita acima, porém deverá ser observada a necessidade de colocação de um adaptador / prolongador para conecção da mangueira

ATENÇÃO: Nunca dirija o jato d'água para a rede elétrica se a mesma ainda estiver ligada.

Page 49: Brigada de Incêndio

EQUIPAMENTOS DE DETECÇÃO, ALARME E COMUNICAÇÕES

Detecção e alarme: Dispositivos destinados a operar reconhecendo e avisando um princípio de incêndio a população de uma edificação. No mercado encontramos diversos tipos de detectores e alarmes tais como:

- Alarme sonoro; - Alarme visual; - Alarme sonoro e visual; - Detector automático pontual de fumaça; - Detector de temperatura pontual; - Detector linear; - Detector automático de chama; - Detectores térmicos; - Outros.

Os detectores são instalados de acordo com a exigência legal de cada Estado seguindo orientações da NBR-9441/94.

SISTEMAS DE PREVENÇÃO E COMBATE AO FOGO

Alarmes

e Sistemas de

CO2

detectores de fumaça

detectores de calor

(spincklers)

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Comunicação: Comunicação é o ato ou o efeito de emitir, transmitir e receber mensagens. Comunicação Operacional É a correta utilização dos procedimentos e equipamentos de comunicação, permitindo o fluxo de mensagens entre os brigadistas ou da edificação ao Corpo de Bombeiro. Equipamentos utilizados na Comunicação

• Rádio; • Telefone; • Fax; • Computador.

PROCEDIMENTO PARA ABANDONO DE AREA Saia imediatamente.Muitas pessoas morrem por não acreditar que o incêndio pode se alastrar rapidamente.

Se você ficar preso em meio a fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações e procure rastejar para a saída pois junto ao chão o ar permanece respirável mais tempo.

Use escadas, nunca o elevador. Um incêndio pode determinar um corte de energia e você cairá numa armadilha, Sem mais esperanças. Feche todas as portas que for deixando para trás. o

Page 51: Brigada de Incêndio

Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, além de permanecer junto ao piso, se possível aproxime-se de janelas, por onde possa pedir socorro. Se você não puder sair, mantenha clama atrás de uma porta fechada. Qualquer porta serve como uma couraça. Procure um lugar perto de janela e abra as mesmas encima e embaixo. Calor e fumaça deve sair por cima. Você poderá respirar pela abertura inferior Toque a porta com a mão. Se estiver quente não abra. Se estiver fria faça este teste: abra vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura, mantenha-a fechada.

Não combata o incêndio a menos que você saiba manusear o equipamento de combate ao fogo com eficiência. Não salte do prédio. Muitas pessoas morrem, sem imaginar que o socorro pode chegar em minutos.

Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure oura saída, uma vez que você tenha conseguido escapar.

NÃO RETORNE AO LOCAL, CHAME O CORPO DE BOMBEIROS IMEDIATAMENTE –

EMERGËNCIA 193

Page 52: Brigada de Incêndio

CAUSAS DE INCÊNDIO

1. Sobrecarga elétrica As redes de luz e força são calculadas para uma determinada "carga ou

demanda"; porém devido a ampliações e mudanças há uma sobrecarga elétrica do dobro ou triplo da capacidade total provocando superaquecimento dos condutores, curto circuito, que são os provocadores da maioria dos incêndios; além do que os fusíveis e disjuntores normais são alterados ou sem eficiência necessária.

Cuidado com cabines primárias, transformadores, relés, contactoras, termostatos e motores.

2. Atritos

É uma fonte de calor provocada por corpos em movimento produzindo eletricidade estática. Movimento de correias, polias, ventoinhas.

3. Superaquecimento

Em processos de fabricação, o material se aquece e se não houver

vigilância especial , este material ultrapassa determinada temperatura e pode se inflamar. Utilizar-se de termômetros para o controle.

4. Raio

Descargas elétricas provocada pela eletricidade estática atmosférica. A

prevenção se dá pelo uso de pára-raios (tipo convencional ou Franklin ("estrelinha"); tipo radioativo (pedra de mineral radioativo) e a "gaiola" de Faraday.

5. Balões e fogos de artifício

Pela queda de material incandescente ou em chamas. Utiliza-se extintores,

varas e linhas de mangueiras de incêndio. 6. Telha de vidro

A concentração dos raios solares na sua estrutura lenticular, podem

provocar, logo abaixo no material armazenado o princípio de incêndio. Evitar este tipo de telha em locais fechados como depósitos e sótãos.

7. Iluminação Neon e fluorescente

Presença de altas tensões próximo a materiais de fácil combustão como

cortinas, papéis). 8. Armazenamento

Certos produtos químicos armazenados em conjunto ou muito próximos

podem entrar em reação química e ocasionar combustão.

Page 53: Brigada de Incêndio

9. Combustão expontânea

Certos materiais, principalmente os de origem vegetal, tendem a se

fermentar e em casos longos de armazenamento produzem calor pela fermentação e este pode levar o material ao ponto de ignição e inflamar-se. Cuidados como ventilação, armazenagem empilhamento e controle termométrico evitam este tipo de princípio de incêndio.

10. Homem

O homem pode provocar um incêndio por princípios físicos ou químicos

devido a sua: Ignorância ( não conhecer, não saber ) Negligência ( conhecer, saber e NÃO cumprir ) Descuido ( falta de atenção ou procedimento incorreto ) Imperícia ( pensa que sabe fazer mas não sabe ) Imprudência ( saber, conhecer, porém exceder os limites )

NOTA: Nosso Código Penal preve penas para provocadores de incêndio ou explosão tanto por causas acidentais como as propositais.

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Definição de Mangueira de Incêndio - NBR 11861

Equipamento de combate a incêndio, constituído essencialmente por um duto flexível dotado de uniões.

Inspeção e Manutenção de Mangueiras e outras definições

Uma mangueira de incêndio como sendo um duto flexível que conduz água em grande quantidade, normalmente a uma pressão relativamente alta para permitir um bom alcance de jato está sujeito a defeitos e desgaste.

Este duto normalmente é constituído por um tubo de tecido de pontos bem fechados, revestidos internamente por outro tubo de borracha, ambos sem emendas, possuindo conexões de latão nas duas extremidades.

As mangueiras podem ser hidrostaticamente ensaiadas no próprio sistema de proteção ao qual pertencem, desde que se utilize como tomada de pressão o hidrante cuja pressão de saída seja previamente conhecida, como sendo o maior do sistema. (Em sistemas com caixa elevada, por exemplo, edifícios residenciais, normalmente o hidrante de maior pressão é localizado no pavimento térreo ou subsolo).

Nesta situação, o executor do ensaio deve utilizar-se de um esguicho regulável na extremidade livre da mangueira e perfazer , no mínimo, duas operações completas de abertura e fechamento antes da verificação de vazamentos, ruptura de fios e/ou deslizamento das uniões em relação ao corpo da mangueira."

Outro aspecto muito importante é a secagem da mangueira após ter sido testada. Apesar de a mangueira ser duto flexível para conduzir água, não deve ser acondicionada sem ter sido previamente secada sob o risco de apodrecer ou envelhecar precocemente.

Como equipamentos de secagem são normalmente máquinas especiais que secam com determinada rapidez, a Norma sugere como alternativa nada mais que um piso inclinado e a sombra para que a mangueira seja esticada (nunca dobrada)e a ventilação natural se encarregará do resto (é só uma questão de tempo e paciência).

Uma forma de retratar o envelhecimento da mangueira é após sua total secagem, enrolá-la formando um novo vinco, ou seja, a posição anterior de dobra deve ser distencionada.

Outro procedimento recomendado por alguns fabricantes é de soprar algum tipo de talco industrial no interior do tubo de borracha (por exemplo, Carbonato de Cálcio), também após a total secagem ter sido obtida.

Caso a mangueira esteja externamente suja, é recomendável proceder uma lavagem com sabão neutro e água potável abundante, utilizando-se de uma escova com cerdas plásticas bem macias (nunca esfregue a mangueira com objetos abrasivos).

Page 55: Brigada de Incêndio

Seleção das Mangueiras A escolha do tipo de mangueira é fundamental para um desempenho adequado e maior durabilidade do

produto. Devem ser consideradas três características básicas. - Local de aplicação: Tipo 1 - Destina-se a edifícios de ocupação residencial; Tipo 2 - Destina-se a edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros; Tipo 3 - Destina-se às áreas navais e industriais ou Corpo de Bombeiros, em que é desejável uma maior resistência à abrasão,- Tipo 4 - Destina-se à área industrial, na qual é desejável uma maior resistência à abrasão; Tipo 5 - Destina-se à área industrial, na qual é necessária uma alta resistência à abrasão e superfícies quentes. - Pressão de trabalho: a Norma estabelece pressões de trabalho relativamente altas, que atendem com uma boa margem de segurança à maioria das necessidades. - Resistência à abrasão: toda mangueira sofre um desgaste quando arrastada. A mangueira tipo 1 é indicada para pisos lisos. A mangueira tipo 2 é indicada para pisos de áreas comerciais e industriais. As mangueiras tipos 3 e 4 são indicadas para pisos nos quais é desejável uma maior resistência à abrasão. A mangueira tipo 5 é indicada para pisos altamente abrasivos. Além dos itens acima, também deve ser observado se a mangueira terá contato com óleos ou produtos químicos. Nesse caso, deverá ser escolhido um modelo com revestimento externo resistente a esses produtos.

A marca de conformidade ABNT

Na hora da compra, várias empresas fazem ou contratam inspeção especializada para garantir que receberão mangueiras de incêndio totalmente aprovadas de acordo com a NBR 11861. A marca de conformidade ABNT elimina a necessidade dessa inspeção, isenta o consumidor de custos com inspeção de produto e garante: 1)que o fabricante está cumprindo a Norma em relação ao produto. 2)que o fabricante empata as mangueiras de incêndio com uniões adequadas na fábrica, realizando os testes necessários. A ABNT, como instituição independente, realiza auditorias no fabricante, além de testes periódicos no produto. Na hora da compra, exija a marca de conformidade ABNI Ela é a garantia da qualidade e segurança do produto.

O alto preço do desrespeito à lei Estarão violando o Código de Proteção e Defesa do Consumidor: - o fabricante que vender mangueiras sem união. - o fabricante que não atender à Norma NBR 11861 na íntegra. - o revendedor que comprar mangueira de incêndio sem união. - o revendedor que comprar e vender mangueira de incêndio que não atenda à Norma NBR 11861 na íntegra.

Page 56: Brigada de Incêndio

PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCÊNDIO a) desligue a chave geral de eletricidade b) dê o alarme geral c) chame o corpo de bombeiros d) combata o princípio de incêndio dentro das limitações do equipamento e) impeça a propagação do fogo f) salve vidas em primeiro lugar, depois os objetos g) não use elevadores h) tente sempre descer (o fogo e o calor tendem a subir) i) molhe suas roupas j) não se tranque em salas k) use um lenço umedecido no nariz para evitar respirar a fumaça

Page 57: Brigada de Incêndio

NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS Primeiros socorros é o pronto atendimento à um acidentado ou portador de

mau súbito antes da chegada do médico, ou antes do encaminhamento a um posto de saúde, pronto socorro ou hospital.

SINAIS VITAIS O controle dos sinais vitais é uma maneira prática e simples de avaliar as funções básicas do organismo. É compreendido de pulso, respiração, temperatura e pressão arterial. Pulso – é a propagação dos batimentos cardíacos através das artérias.

a) artéria radial (antebraço-pulso) b) artérias carótidas (pescoço) c) artéria poplítea (atrás do joelho) d) artéria pediosa (em cima do pé) e) artérias temporais (lateral da cabeça – têmporas)

Procedimento: Coloca-se a polpa do dedo indicador e do dedo médio sobre a artéria sem pressioná-la muito e procede-se a contagem por minuto. A freqüência comum do pulso em adultos é de 60 a 80 batimentos por minuto. Respiração – constitui-se de dois movimentos, inspiração e expiração. É a troca gasosa de gás carbônico do sangue e tecidos por oxigênio, feita nos pulmões através dos alvéolos pulmonares. A freqüência respiratória num adulto varia de 15 a 20 movimentos por minuto e em crianças quanto menos idade maior a freqüência.

Temperatura – é o grau de calor que o organismo têm. A temperatura normal varia entre 36o a 37o C – mede-se através de termômetro nas axilas (sovaco) ou então na boca sob a língua.

Page 58: Brigada de Incêndio

Pressão arterial – é a tensão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias. É medida com um esfignomanômetro e um estetoscópio. Existe duas medidas, a diástole(descompressão do coração) e a sístole(compressão do coração). Os valores considerados normais são: 140 por 85 PRIMEIROS PROCEDIMENTOS DE UM SOCORRISTA a) manter a calma b) deitar a vítima de costas com a cabeça ao nível do corpo ou levemente

erguida c) se houver vômitos, inclinar o rosto da vítima para o lado d) afrouxar suas roupas e) retirar pulseiras, anéis, dentadura, restos de comida da boca f) verificar a língua da vítima (mantê-la esticada, se preciso puxá-la para

fora) g) procurar não remover a vítima, se o fizer usar técnica apropriada h) se houver suspeita de fratura ou luxação, não esfregar, mexer ou fazer

massagem i) se houver queimadura, não aplicar nada além de água fria j) manter a vítima quieta, calma e tranqüila (converse com ela) Material de urgência: a) soro fisiológico b) gazes esterilizadas c) luvas esterilizadas d) tesoura e) esparadrapo f) termômetro g) ataduras h) algodão hidrófilo i) saco para água e/ou gelo j) curativos adesivos k) talas l) garrote de borracha m) lanterna O que fazer quando houver: HEMORRAGIA a) Lavar as mãos antes de atender o ferido b) Se a hemorragia for leve (superficial), lavar o local com água limpa em

abundância c) Fazer pressão com o dedo ou mão sobre parte da artéria que está

aberta, logo acima do corte, mantendo assim até parar o sangramento

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d) Proteger o ferimento com gase ou pano limpo e encaminhar para o hospital

e) Se a hemorragia for muito intensa, com um corte mais profundo, pode-se usar um torniquete (porém cuidado para não deixar os tecidos musculares por muito tempo sem circulação, pode haver morte dos tecidos), o ideal é pressionar o(s) dedo(s) sobre o vaso sangüíneo até estancar o sangue, deixando a circulação periférica “alimentar” os tecidos.

f) Quando houver suspeita de hemorragia interna, no ventre, nos órgãos internos, apenas cobrir o ferimento e aguardar a chegada do médico, não é recomendável apertar os órgãos internos, se possível remover a vítima rapidamente ao atendimento cirúrgico. OBS: Nunca coloque sobre ferimentos, pasta de dentes, pó de café, graxa. Use somente água limpa e fria

Como se faz um torniquete

Enrole um pano, toalha, cadarço, corda, cinto ao redor do membro atingido levemente acima do corte e de um “nó cego”. Outra maneira é dar uma laçada com um pano, toalha, corda, com uma certa folga ao redor do membro atingido e na parte superior amarrar um pedaço de madeira ou metal de maneira que se consiga girar até apertar contra a musculatura, de tempos em tempos afrouxa-se para circular o sangue nos tecidos. Utiliza-se o torniquete como último recurso, se for para salvar a vida da

vítima.

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QUEIMADURAS É toda lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo. As queimaduras podem ser superficiais (atingem somente camadas superficiais da pele) ou profundas (atingem camadas profundas da pele e dos tecidos musculares). Podem ser provocadas também por produtos químicos ou ainda por frio muito intenso. Classificação: 1º grau- lesão das camadas superficiais (queimadura de sol) 2º grau – lesão de camadas mais profundas (formação de bolhas) 3º grau – lesão de todas as camadas da pele inclusive tecidos musculares(laceração) Procedimentos: a) lave com água fria em abundância ou soro fisiológico b) não retire roupas se estas estiverem coladas à pele c) se a vítima estiver consciente, dê-lhe bastante líquido para beber, do

contrário não. Nunca dê bebidas alcoólicas. d) Cubra a queimadura com pano limpo e) Encaminhe a vítima ao pronto socorro CONVULSÕES Convulsão é quando uma pessoa tem um ataque ou contração dos músculos, geralmente acompanhadas de perda da consciência, havendo salivação em abundância e logo após entra em sono profundo. Procedimentos: a) evitar se possível a queda da pessoa ao chão b) colocar um lenço na boca para evitar que a vítima morda a língua c) evitar estímulos (sacudidas) d) evitar aspiração de vinagre, álcool, ou amoníaco e) não jogar água sobre a vítima f) o contato com a saliva não é contagiosa g) não imobilizar a vítima durante as convulsões h) proteger as pernas, os braços e a cabeça para a vítima não se

machucar, somente protegê-la, não imobilizá-la

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DESMAIOS Desmaio é a perda total dos sentidos, caracterizada geralmente por sensação de vazio no estômago, enjôo, suor abundante, escurecimento da vista e palidez. Ocorre quase sempre por jejum prolongado, croises nervosas e queda da pressão arterial. Procedimentos: a) colocar a vítima deitada, com a cabeça em nível mais baixo que o corpo,

para melhorar a circulação do sangue no cérebro. b) afrouxar as roupas c) quando voltar a consciência, manter a vítima deitada d) evitar aglomeração ao redor da vítima e) procurar reconhecer a causa do desmaio PARADA RESPIRATÓRIA É causada por asfixia, afogamento, envenenamento, choque traumático. Sinais que indicam parada respiratória : -Lábios ; lingua e unhas ficam azuladas. -peito não se mexe Procedimentos: a) deitar a vítima no chão, ou local rígido b) afrouxar suas roupas c) verificar se há algum objeto obstruindo a garganta d) levantar o queixo da vítima, elevando o pescoço com a outra mão e) aplicar respiração artificial

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Respiração Artificial: Em adultos • Após executar os passos acima descritos, usando o polegar e o

indicador feche bem as narinas da vítima • Coloque sua boca com firmeza na boca da vítima • Sopre o ar para dentro da boca da vítima, até notar que seu peito está

se levantando • Retire a sua boca, dê uma pausa, e aplique a técnica novamente até

que a vítima inicie a respiração espontaneamente.

• Mantenha um ritmo de 15 respirações por minuto Em crianças • Coloque a sua boca sobre o nariz e a boca da criança • Sopre suavemente até notar o seu peito se levantar • Mantenha um ritmo de 15 respirações por minuto até que ela retome a

respiração espontaneamente.

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PARADA CARDÍACA A parada cardíaca é um caso de extrema urgência, necessitando ação imediata. A parada cardíaca está relacionada a histórico familiar, podendo também ser causado por choque elétrico ou envenenamento. Sinais que evidenciam uma parada cardíaca :

• Ausência de batimentos do coração

• Falta de pulsação • Acentuada palidez

Procedimentos: a) deitar a vítima de costas sobre superfície rígida b) afrouxar suas roupas c) aplicar massagem cardíaca

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Massagem Cardíaca:

Adultos: • Ajoelhar-se ao lado da vítima, colocando a palma de uma das mãos

sobre a parte inferior do osso esterno e a outra mão sobre a primeira • Aplicar pressão com bastante vigor, de maneira que abaixe o esterno

(mantenha os braços esticados quando executar esta técnica) • Fazer 5 massagens e após uma respiração artificial (boca a boca) Crianças: • Em crianças menores de 10 anos, a massagem deve ser feita com

apenas uma das mãos • Em bebês a massagem é feita com o polegar, para não haver fraturas

ósseas Quando houver dois socorristas os ciclos são para cada 15 massagens cardíacas duas respirações artificiais.

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ENVENENAMENTO Por ingestão:

Se a vítima estiver consciente: - procurar saber qual veneno foi ingerido, não tendo contra indicações dê água para a vítima ingerir e logo após provoque o vômito para eliminação do veneno das vias digestivas - não provocar vômitos em substâncias como: 1. soda cáustica 2. produtos derivados de petróleo (gasolina, querosene, removedor,...) 3. ácidos 4. cal 5. amônia 6. alvejantes - conservar a vítima tranqüila e aquecida - levar ao médico

Se a vítima estiver inconsciente:

- virar a cabeça da vítima para o lado. Isto evitará sufocação - se houver parada respiratória e/ou cardíaca iniciar a ressucitação - encaminhar ao pronto socorro

Obs: Em nenhum dos casos dê bebidas alcólicas, azeite ou óleo, e não deixe o envenenado caminhar ou se debater. Por aspiração:

• leve a vítima para local ventilado (não deixe a vítima caminhar) • aplicar respiração artificial, caso ocorra parada respiratória • mantenha a vítima agasalhada e quieta • leve ao médico, ou chame um Por contato (através da pele): • lavar a região com água em abundância • retirar as roupas • não aplicar nenhum ungüento, óleo, ou outra substância • encaminhar ao médico levando se possível a bula, ou o nome da

substância causadora do envenenamento.

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ANIMAIS PEÇONHENTOS: Serpentes, aranhas e escorpiões são chamados de animais peçonhentos(que têm veneno). Em caso de mordedura ou picadura de um destes animais proceda como se todos fossem venenosos, visto que a dificuldade de identificação do animal por vezes é muito difícil. Procedimentos: • deite a vítima (cuide para que ela não se movimente em demasia) • lave o local com bastante água limpa • aplique gelo • leve-a o mais rápido para o pronto socorro para aplicação de soro

antiofídico. FRATURAS Fratura é o rompimento total ou parcial de algum osso, causado por queda, batida , torção. Podem ser fraturas fechadas (quando não rompimento da pele), ou fratura exposta, quando o osso fica exposto rompendo a pele.

Procedimentos: • impedir o deslocamento das partes quebradas, para evitar maiores

danos

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• colocar o membro acidentado na posição o mais próximo do normal • improvisar talas para imobilização • amarrar as talas com ataduras de maneira confortável imobilizando as

duas articulações do osso atingido • no caso de uma fratura exposta, faça um curativo no ferimento e cubra-

o com uma gaze limpa para evitar a penetração de poeira ou outra substância que favoreça uma infecção

• evitar ao máximo movimentos do membro fraturado • em fraturas de crânio manter a vítima deitada, com a cabeça

imobilizada (coloque sacos de areia ou panos dobrados para evitar o deslocamento lateral da cabeça)

• em fraturas da coluna vertebral não deixe a vítima se movimentar • não puxe a vítima antes de imobilizá-la, peça ajuda para fazê-lo • ao colocar a vítima na maca, imobilize-a conforme descrito mais adiante

(transporte de acidentados) • leve a vítima imediatamente ao hospital TRANSPORTE DE ACIDENTADOS A movimentação ou transporte de acidentados deve ser feita com cuidado com a finalidade de não aumentar ou complicar as lesões existentes.

• Controle a hemorragia • Mantenha a respiração imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas • Evite ou controle o estado de choque • O melhor meio de transporte é a maca (pode ser uma tábua, um paletó,

um cobertor • O corpo do acidentado deve ser mantido em linha reta, o mais

horizontal possível, evitando curvaturas da coluna • Havendo necessidade de arrastar a vítima, puxe-a pela direção da

cabeça ou pelos pés; nunca pelos lados, certifique-se de imobilizar a cabeça antes

Tipos de transporte: Transporte de apoio – pode ser usado para vítimas que estejam

conscientes e que possuam pequenos ferimentos; Transporte em braços – se a vítima estiver consciente e tenha

ferimentos nos pés ou pernas, que o impeça de caminhar; podendo ainda ser levado ao colo;

Transporte pelas extremidades – pode ser usado para vítimas em que não hajam fraturas; deve ser feito por dois socorristas levando a vítima próximo ao tórax do socorrista;

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Transporte por cadeira Transporte por “cadeirinha”

(entrelaçamento de braços) Quando a vítima for transportada por automóvel ou ambulâmcia, o motorista deverá evitar freadas bruscas, balanços contínuos e manter uma velocidade moderada afim de chegar ao destino.

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