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  • 8/3/2019 BRGaap X IFRS

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Consel ho Feder al

    de Contabi l idade

    Sumrio da Comparao das PrticasContbeis Adotadas no Brasil com as NormasInternacionais de Contabilidade - IFRS

    Janeiro de 2006

    Consel ho Federal

    de Cont abi l idade

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    EditorCFC CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE

    IBRACON INSTITUTO DOS AUDITORES INDEPENDENTES DO BRASIL

    ElaboraoGrupo de Estudo sobre Convergncia das Prticas Contbeis

    Coordenao de edio

    Celia Schwindt

    CapaSimone Silva

    Tiragem: 20.000

    Sumrio da Comparao das Prticas ContbeisAdotadas no Brasil com as Normas Internacionais de Contabilidade IFRS

    Jan/2006

    FICHA CATALOGRFICA

    S955

    Sumrio da comparao das prticas comtbeis adotadas no brasilcom as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS. Braslia:Conselho Federal de Contabilidade ; So Paulo : Ibracon, 2006.

    72 p.

    1. Prticas Contbeis - Brasil. 2. Normas Internacionais deContabilidade - IFRS. I.Conselho Federal de Contabilidade. II.Ibracon Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. III. Ttulo.

    CDU 657(083.74)

    Ficha Catalogrfica elaborada pela Bibliotecria Lcia Helena Alves de Figueiredo CRB 1/1.401

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    com grande satisfao que o Conselho Federal de Contabilidade e o IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil divulgam o primeiro estudo sobre asprincipais diferenas entre as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil e as NormasInternacionais de Contabilidade (IFRS), resultado de um trabalho comum integrado deprofissionais das duas entidades que se empenharam em analisar esses conjuntos denormas de Contabilidade e sumariar as principais diferenas existentes.

    Este estudo tomou por base as prticas contbeis adotadas no Brasil, vigentes emdezembro de 2005, bem como as IFRSs divulgadas pelo IASB International AccountingStandards Board, entidade internacional responsvel pela emisso das NormasInternacionais de Contabilidade, na ltima edio disponvel Edio de 2005. Apesar deas normas contbeis estarem em permanente processo de evoluo e,conseqentemente, existirem estudos e processos em andamento para novasalteraes, tanto as locais quanto as internacionais, a edio de 2005 das IFRSs considerada pelo IASB como uma plataforma estvel, de forma que foi consideradaapropriada pelos profissionais envolvidos no projeto para ser uma razovel base decomparao neste momento.

    Este estudo, que agora se torna pblico, no pretende apontar todas as diferenas que,na teoria ou na prtica, possa haver entre as prticas contbeis adotadas no Brasil e as

    IFRSs. A inteno precpua deste estudo que ele sirva de guia para que se possa darincio a um processo objetivo e contnuo de convergncia das prticas contbeis brasileirascom as prticas contbeis internacionais, sendo nossa preteno reedit-lo,periodicamente, com as atualizaes que se fizerem necessrias.

    Este estudo torna-se ainda mais relevante neste momento em que se acha em incio deatividades o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC), criado no mbito do ConselhoFederal de Contabilidade, ao final de 2005, para atuar de forma independente e com oobjetivo final de emitir Pronunciamentos Tcnicos sobre Contabilidade para permitir aemisso de normas pelas entidades reguladoras brasileiras, visando centralizao e uniformizao do seu processo de produo, levando sempre em conta a convergnciada Contabilidade brasileira aos padres internacionais.

    Maria Clara Cavalcante Bugarim Edison Arisa PereiraConselho Federal de Contabilidade IBRACON - Instituto dos Auditores

    Independentes do Brasil

    Apresentao

    Consel ho Feder al

    de Contabi l idade

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    Sumrio da Comparao das Prticas Contbeis Adotadas noBrasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Consel ho Feder al

    de Contabi l idade

    O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e o IBRACON Instituto dos AuditoresIndependentes do Brasil, na qualidade de entidades que possuem legitimidade paraapresentar sugestes de interesse pblico aos profissionais da Contabilidade e aosusurios das Demonstraes Contbeis, criou o Grupo de Estudo sobreConvergncia das Prticas Contbeis.

    Ao considerarmos os constantes estudos e os projetos sobre o tema que tm sidodesenvolvidos por essas entidades, o CFC e o IBRACON decidiram juntar seusesforos constituindo esse Grupo de Estudo conjunto para preparar um comparativodas prticas contbeis adotadas no Brasil com as Normas Internacionais deContabilidade (IFRS) emitidas pelo IASB International Accounting Standards Board.

    O objetivo buscar a evoluo das Normas Brasileiras de Contabilidade,principalmente pela sua atual importncia nos contextos financeiros nacional einternacional e pela necessidade da unificao das Normas Contbeis Brasileiras,emanadas de diversas fontes de origem.

    Esse trabalho conjunto tem por objetivo constituir-se num marco, que servir de basepara a busca das solues que venham viabilizar a pretendida unificao das normasno Brasil e a sua natural e necessria convergncia para com as normas internacionais.

    Este livro deve muito ao trabalho de ilustres profissionais que despenderam seutempo para contribuir com suas inestimveis qualidades tcnicas e de produtividadeno preparo e na elaborao das descries das normas internacionais e noestabelecimento das principais diferenas observadas destas em relao s normasbrasileiras e s principais reas das Demonstraes Contbeis afetadas.

    Agradecemos ao Grupo de Estudo formado por representantes do CFC e doIBRACON, pelos esforos e pela excelncia dessa contribuio tcnica de grandeimportncia para a rea contbil brasileira, destacando-se os contadores AdeildoOsrio de Oliveira, Francisco Papells Filho, Irineu De Mula, Nelson Mitimaza Jinzenji,

    Plnio Biscalchin e Valdir Renato Coscodai. Contamos tambm com a atuao doscolegas contadores Tadeu Cendn Ferreira, Rogrio Mota, Jos Luiz Ribeiro deCarvalho e Pedro Siqueira Farah.

    Maria Clara Cavalcante Bugarim Edison Arisa PereiraConselho Federal de Contabilidade IBRACON - Instituto dos Auditores

    Independentes do Brasil

    Agradecimentos

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

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    O International Accounting Standards Board, ou IASB, est sediado em Londres e iniciousuas atividades em 2001, substituindo o antigo International Accounting StandardsCommittee, ou IASC. O IASB tem como compromisso principal desenvolver um modelonico de normas contbeis internacionais de alta qualidade, que requeiram transparnciae comparabilidade na elaborao de Demonstraes Contbeis, e que atendam ao pblicointeressado nas Demonstraes Contbeis sejam eles investidores, administradores,

    analistas, pesquisadores ou quaisquer outros usurios e leitores de tais demonstraes.O IASB emite as normas internacionais de contabilidade, que so denominadasInternational Financial Reporting Standards, ou IFRS. At o momento, j foram emitidassete IFRSs. O IASC, que foi substitudo pelo IASB, emitiu 41 normas, que eramdenominadas International Accounting Standards, ou IAS, a maioria das quais continuaem vigncia at hoje. Neste contexto, importante observar que a IFRS 1 que trata deadoo de IFRS, pela primeira vez, diferente da IAS 1, que trata do formato, do contedoe da apresentao das Demonstraes Contbeis preparadas de acordo com o IFRS, eassim por diante. Em 2003 e 2004, o IASB revisou e atualizou quinze das IASs quehaviam sido, anteriormente, emitidas pelo IASC, em linha com seu compromisso dedesenvolvimento contnuo das normas contbeis.

    Adicionalmente s normas internacionais de contabilidade, existem interpretaes,denominadas IFRIC, que so emitidas, para auxiliar a aplicao de uma norma em relaoa um determinado assunto que esteja em evidncia, e que requeira direcionamento sobresua correta interpretao tcnica. O International Financial Reporting InterpretationsCommittee, ou IFRIC, o comit de interpretaes ligado ao IASB que emite asinterpretaes tcnicas oficiais. O IFRIC j emitiu nove interpretaes. Na poca do antigoIASC, tambm havia um comit de interpretaes denominado Standing InterpretationsCommittee, ou SIC, que desempenhava funes semelhantes s do atual IFRIC. O SICemitiu, durante sua existncia, 33 interpretaes, denominadas SIC. Muitas delas foramincorporadas aos IAS pelos IASB quando da reviso e da atualizao daquelas normas,

    conforme descrito acima, e outras continuam em vigor at hoje.

    O conjunto de normas e interpretaes composto por IFRS, IAS, IFRIC e SIC forma oque se conhece por normas internacionais de contabilidade, ou International FinancialReporting Standards.

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    IASB e IFRS - Viso Geral

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Consel ho Feder al

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    ndice

    IAS 1 - Apresentao das demonstraes contbeis 8

    IAS 2 - Estoques 10

    IAS 7 - Demonstrao dos fluxos de caixa 11

    IAS 8 - Prticas contbeis, mudanas de estimativas contbeis e erros 12

    IAS 10 - Eventos subseqentes 14

    IAS 11 - Contratos de construo 15

    IAS 12 - Imposto de renda 16

    IAS 14 - Relatrio por segmento 17

    IAS 16 - Ativo imobilizado 19

    IAS 17 - Arrendamentos 21IAS 18 - Receita 24

    IAS 19 - Benefcios a empregados 25

    IAS 20 - Subvenes governamentais 27

    IAS 21 - Efeitos de mudanas nas taxas de cmbio 28

    IAS 23 - Custo de emprstimos 30

    IAS 24 - Partes relacionadas 31

    IAS 26 - Contabilizao de planos de benefcio de aposentadoria 32

    IAS 27 - Demonstraes contbeis consolidadas e da controladora 33

    IAS 28 - Sociedades coligadas 35

    IAS 29 - Demonstraes contbeis em economias hiperinflacionrias 36

    IAS 30 - Divulgaes nas demonstraes contbeis de bancos e instituies financeiras similares 37IAS 31 - Participao em empreendimentos em conjunto ( joint ventures) 38

    IAS 32 - Instrumentos financeiros: divulgao e apresentao 39

    IAS 33 - Resultado por ao 42

    IAS 34 - Relatrios financeiros intermedirios 43

    IAS 36 - Reduo no valor recupervel de ativos 45

    IAS 37 - Provises, passivos contingentes e ativos contingentes 47

    IAS 38 - Ativos intangveis 48

    IAS 39 - Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensurao 51

    IAS 40 - Propriedades para investimento 56

    IAS 41 - Agricultura 58IFRS 1 - Adoo de IFRS pela primeira vez 59

    IFRS 2 - Pagamentos baseados em aes 60

    IFRS 3 - Combinao de negcios 61

    IFRS 4 - Contratos de seguro 63

    IFRS 5 - Ativos no correntes mantidos para venda e operaes descontinuadas 65

    IFRS 6 - Explorao e avaliao de recursos minerais 66

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Determina a forma de apresentao de demonstraescontbeis preparadas de acordo com as normasinternacionais de contabilidade ("IFRS") para finsgerais, incluindo diretrizes e seu contedo mnimo.

    Os seguintes pressupostos bsicos devem serconsiderados pela administrao no processo depreparao das demonstraes contbeis: decontinuidade da entidade, da consistncia naapresentao e classificao das demonstraes

    contbeis, das bases de competncia decontabilizaes e de materialidade.

    Os ativos, passivos, receitas e despesas no devemser compensados (apresentao lquida) a no ser quetal compensao seja permitida ou requerida por outranorma, ou caso a compensao reflita a essncia datransao ou operao efetuada.

    As informaes comparativas do perodo anteriordevem ser apresentadas para todos os saldos evalores divulgados nas demonstraes contbeis enas notas explicativas, exceto quando em casosespecficos, uma outra norma ou interpretao de

    norma permita ou requeira que a informaocomparativa no seja apresentada.

    Um conjunto completo de demonstraes contbeisinclui: balano patrimonial, demonstrao doresultado, demonstrao da mutao do patrimniolquido, demonstrao do fluxo de caixa, notasexplicativas (incluindo as polticas contbeis adotadaspela entidade).

    A demonstrao da mutao do patrimnio lquidodeve conter:

    todas as mudanas no patrimnio; ou

    mudanas no patrimnio que no sejamprovenientes de transaes com acionistas.

    As demonstraes contbeis devem ser apresentadaspelas entidades no mnimo anualmente. Se houvermudana na data do exerccio social e asdemonstraes contbeis forem apresentadas paraum perodo diferente de 1 (um) ano (em comparaocom as ltimas demonstraes contbeisapresentadas), requerida a divulgao do motivo parautilizao de um perodo diferente de um ano, bemcomo do fato de que as informaes comparativas da

    IAS 1 - Apresentao das demonstraes contbeis

    O balano patrimonial deveapresentar as contas ou grupo decontas em ordem decrescente deliquidez ou exigibilidade.

    A apresentao da demonstraodas origens e aplicaes derecursos obrigatria.

    A apresentao da demonstrao defluxo de caixa opcional.

    Certos itens na demonstrao doresultado devem ser demonstradoscomo resultado no-operacional.

    Itens de natureza inusitada, poucofreqentes e de valores significativosso registrados como itensextraordinrios.

    O descumprimento de clusulascontratuais pode tornar uma dvidaoriginalmente de longo prazo como

    devida imediatamente, ensejandosua reclassificao total para o curtoprazo. Nos casos em que, mesmoaps a data do balano, aadministrao renegocia e conseguea suspenso da penalidade oualongamento do prazo, este fato considerando na elaborao dasdemonstraes contbeis e a dvida mantida como de longo prazo.

    Apresentao edivulgao

    (continua)

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    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Consel ho Feder al

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    demonstrao de resultado, da mutao do patrimniolquido e do fluxo de caixa, no serem totalmentecomparveis.

    A distino de ativos e passivos entre itens correntes eno correntes deve ser apresentada no balanopatrimonial, exceto quando a apresentao de taiscomponentes em ordem de liquidez, proporcionarem aousurio das demonstraes contbeis, informaesmais relevantes e confiveis. Em linhas gerais, os

    eventos subseqentes (tais como renegociao para oprolongamento da data de vencimento de uma dvidaalm do final do exerccio seguinte) no soconsiderados nas classificaes de itens comocorrentes ou no correntes.

    O IAS 1 especifica requerimento mnimo de itens aserem apresentados no balano patrimonial, nademonstrao do resultado, na demonstrao dopatrimnio lquido. A norma tambm apresenta um guiapara identificao de itens em linhas adicionais. O IAS1 tambm especifica a apresentao mnima de notasexplicativas.

    A demonstrao de resultado deve ser apresentadapela entidade classificando os itens de resultado combase em sua natureza (ex.: receitas, outros ganhos,variaes nos saldos de estoques, custos combenefcios a empregados, depreciao, etc) ou funo(ex.: receitas, custo de vendas, despesasadministrativas, despesas de vendas, etc.).

    A administrao ao decidir sobre o formato dademonstrao de resultado (natureza ou funo), develevar em considerao quele que fornecer informaesmais relevantes e confiveis aos usurios dasdemonstraes contbeis. Em caso de apresentao

    da demonstrao de resultado por funo de itens dereceitas e despesas, informaes adicionais pornatureza (tais como: depreciao e amortizao, ecustos com funcionrios) devem ser divulgadas emnotas explicativas.

    Nenhum item de receita ou despesa deve serclassificado como item extraordinrio nasdemonstraes contbeis, quer seja como parte dademonstrao de resultado ou notas explicativas.

    A demonstrao do resultado deveser apresentada por funo.

    IAS 1 - Apresentao das demonstraes contbeis (continuao)

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    IAS 2 - Estoques

    O estoque reconhecido no balano de uma entidadequando os riscos e benefcios associados a ele sotransferidos para a entidade.

    O estoque deve ser avaliado ao custo ou pelo valorlquido realizvel, dos dois, o menor. Valor lquidorealizvel o preo estimado de venda menos oscustos estimados de completar e para vender, queincluem custos relevantes de marketing e dedistribuio.

    Como exceo regra geral acima, os estoques deativos biolgicos e de minrios podem ser avaliadospelo valor lquido realizvel, desde que seja prticaaceita pela indstria. Alm disso, os estoques empoder de agentes intermedirios (tradings) podem seravaliados pelo valor justo deduzidos dos custos devenda.

    O custo dos estoques compreende os custos decompra, de transformao e outros custos incorridos(inclusive despesas indiretas) para trazer estesestoques condio de produtos acabados.

    O custo dos estoques determinado normalmenteutilizando-se o mtodo primeiro que entra primeiro quesai(PEPS) ou mdia ponderada. ltimo que entraprimeiro que sai (UEPS) no permitido. No hnecessidade de usar o mesmo tipo de mtodo decusto para todo o estoque. Porm, o mesmo mtododeve ser aplicado a todos os estoques de natureza euso similares na entidade.

    Os custos anormais de ociosidade, fretes, transportese perdas devem ser reconhecidos diretamente comodespesas do perodo em que forem incorridos. Aalocao dos custos fixos de produo deve levar em

    considerao a capacidade normal de produo.

    De uma maneira geral a normabrasileira similar ao IAS 2, excetono que se refere avaliao danecessidade de proviso paradesvalorizao do estoque dematria-prima e produtos acabados.No caso de matrias-primas, acomparao se d com o custo dereposio ao invs do valor lquidode realizao. No caso de produtos

    acabados, o preo lquido derealizao apurado aps deduzidaa margem de lucro.

    Estoques,demonstraodo resultado eapresentao edivulgao dasdemonstraescontbeis.

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    IAS 7 - Demonstrao dos fluxos de caixa

    A demonstrao do fluxo de caixa tem o objetivo deauxiliar o usurio das demonstraes contbeis aavaliar a capacidade de gerar e como est sendoutilizado o caixa da entidade. A sua apresentao requerida para todas as entidades.

    A demonstrao do fluxo de caixa apresenta a geraoe o uso do caixa durante um determinado perodo. Amovimentao classificada em trs categoriassegundo a natureza de sua atividade: operacional, de

    investimento e financiamento.Fluxos de caixa das operaes da entidadecompreendem todos os fluxos que no se qualificampara serem classificados como de investimento oufinanciamento. A apresentao dos fluxos de caixa dasoperaes pode ser feita pelo mtodo direto ou indireto.Neste ltimo os fluxos de caixa so apresentadosajustando-se o resultado do perodo pelos itens queno geram caixa e pelos itens que so classificadoscomo de investimento ou financiamento.

    Fluxos de caixa de atividades de investimento incluempagamentos para aquisio de ativo imobilizado e

    outros ativos de longo prazo. Nas aquisies deinvestimentos em outras entidades o caixa pago e ocaixa adquirido na transao tambm compem estaatividade. Tambm so classificados nesta atividade osemprstimos e adiantamentos concedidos paraterceiros.

    Fluxos de caixa de atividades financeiras incluemaqueles relacionados com a obteno e pagamento deemprstimos e fundos obtidos nas operaes definanciamento da entidade. Estas atividades incluememprstimos obtidos, debntures emitidas e emissode aes.

    No caso de fluxos de caixa das atividades deinvestimento e financeira, eles devem ser apresentadospelo bruto sendo vedada a sua apresentao pelolquido, exceto no caso de algumas transaes parainstituies financeiras, quando a apresentao pelolquido de certas transaes pode ser feita.

    No caso de instituies financeiras, atividades do dia-a-dia so classificadas como operacionais, mesmo queestas atividades em outras entidades, por exemplo emuma indstria, fossem normalmente classificadas comooperacional. A classificao de uma transao deve seravaliada considerando a natureza das atividades da

    entidade.

    Esta demonstrao no requeridapelas prticas contbeis adotadasno Brasil. Sua apresentao incentivada e tratada comosuplementar.

    Para as entidades registradas noNovo Mercado(*) esta demonstrao requerida.

    A norma brasileira sobredemonstrao de fluxos de caixa menos detalhada que o IAS 7.Entretanto, assuntos noendereados especificamente nanorma brasileira so tratados deacordo com a orientao da normainternacional.

    Caixa e bancose equivalentesde caixa edemonstraodos fluxos decaixa.

    (*) Mercado institudo pela Bolsa de Valores do Estado de So Paulo (BOVESPA) onde as empresas que se registrarem se comprometem adivulgar informaes contbeis adicionais, dentre outros requisitos de Governana Corporativa.

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    IAS 8 - Prticas contbeis, mudanas de estimativas contbeis e erros

    Deve ser aplicada por uma entidade para: definio desuas polticas contbeis, contabilizao dos efeitos demudanas das polticas contbeis adotadas,contabilizao dos efeitos de mudanas de estimativascontbeis e correo de erros.

    No processo de escolha de suas polticas contbeis, aadministrao deve considerar inicialmente normas(IAS, IFRS) e interpretaes (SIC, IFRIC) que sejamaplicveis a uma transao especifica. Na ausncia de

    uma norma ou interpretao especfica, aadministrao deve utilizar-se de seu julgamento paradesenvolver e aplicar polticas contbeis que sejamrelevantes para os usurios das demonstraescontbeis, e confiveis no contexto das demonstraescomo um todo.

    A administrao, no exerccio de seu julgamento paradesenvolver uma poltica contbil, deve considerar asseguintes fontes:

    i) verificar os requisitos e orientaes nas normas einterpretaes existentes, que tratam de assuntossimilares e relacionados; e

    ii) buscar as definies, critrio de reconhecimento econceito de mensurao para ativos, passivos,receitas e despesas na estrutura conceitual bsicadas IFRS ("Framework");

    Adicionalmente, a administrao poder tambm,quando no existir norma ou interpretao sob IFRSaplicvel para tratamento contbil de uma transaoespecfica, considerar pronunciamentos tcnicosemitidos por outros rgos internacionais que possuamuma estrutura conceitual bsica similar, e cujopronunciamento no seja conflitante com

    pronunciamentos da IFRS.As polticas contbeis determinadas pela entidadedevem ser aplicadas consistentemente paratransaes similares.

    Alteraes de polticas contbeis somente podem serefetuadas se forem exigidas por uma norma ouinterpretao ou quando a alterao resultar emmelhoria na apresentao de eventos ou transaesnas demonstraes contbeis.

    Se uma mudana nas prticas contbeis forrequisitada por uma norma ou interpretao, ela deve

    seguir o requisito de transio da norma em questo.

    As prticas contbeis adotadas noBrasil so formadas por um conjuntode normas e interpretaes emitidaspor diferentes organismos no pas.Essas prticas normalmente sebaseiam nos princpiosfundamentais de contabilidade, nasnormas brasileiras de contabilidade,na legislao pertinente e emaspectos contbeis especficos para

    os diferentes segmentos domercado conforme determinadopelos rgos reguladores e desdeque amparadas na legislaosocietria e reconhecidas comoavano na harmonizao de normascontbeis no mbito internacional.

    A correo de erros e mudanas deprticas contbeis devem ser terseus efeitos cumulativos ajustadosdiretamente conta de lucros ouprejuzos acumulados, sem afetar oresultado do exerccio nem modificaras demonstraes contbeis de

    exerccios anteriores.

    (continua)

    Apresentaodasdemonstraescontbeis.

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Consel ho Feder al

    de Contabi l idade

    Caso no seja especificado ou se a mudana forvoluntria, aplica-se a nova prtica contbil de formaretroativa mediante alterao das demonstraes deexerccios anteriores.

    Caso a aplicao em exerccios anteriores sejaimpraticvel, deve-se incluir o efeito cumulativo nossaldos de abertura do ano corrente.

    As mudanas em estimativas contbeis (comoexemplo, mudana na vida til de um ativo) sorefletidas no resultado do perodo em que se promovera mudana (ou dos perodos futuros quando os efeitosda alterao afetarem os resultado de outrosexerccios). Mudana de estimativas contbeis noalteram demonstraes contbeis de perodosanteriores.

    Similar mudana nas polticas contbeis, todos oserros devem ser ajustados refazendo-se asdemonstraes comparativas de exerccios anteriores.

    obrigatria a divulgao de mudana de polticacontbil, de estimativas e correo de erros.

    Uma entidade deve divulgar a existncia de uma novanorma ou interpretao emitida, mas que ainda notenha entrado em vigor, e seus possveis impactossobre as demonstraes contbeis.

    IAS 8 - Prticas contbeis, mudanas de estimativas contbeis e erros (continuao)

    A correo de erros e mudanas deprticas contbeis devem ser terseus efeitos cumulativos ajustadosdiretamente conta de lucros ouprejuzos acumulados, sem afetar oresultado do exerccio nem modificaras demonstraes contbeis deexerccios anteriores.

    No requerida formalmente adivulgao da existncia de umanova norma emitida, mas ainda noem vigor, e seus possveis efeitossobre as demonstraes contbeis.

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    IAS 10 - Eventos subseqentes

    Eventos ocorridos subseqentemente data dobalano podem ser classificados como eventos querequerem ajustes s demonstraes contbeis oueventos que no requerem ajustes. So classificadoscomo eventos subseqentes que ajustam asdemonstraes contbeis aqueles em que o eventotraz evidncia adicional de condies que j existiamna data do balano. Os eventos que no requeremajustes so aqueles que se relacionam de fato comsituaes que surgiram aps a data do balano.

    Dessa forma, itens do balano devem ser ajustadossomente quando o evento for do tipo de requer ajusteou, adicionalmente, quando um evento indicativo deque a entidade no atende ao pressuposto decontinuidade operacional.

    Mesmo que um evento subseqente seja consideradocomo evento que no ajusta as demonstraescontbeis, em sendo relevante, deve ser divulgado emnota explicativa e seus efeitos mensurados, sepraticvel. Como exemplo destes eventos temosaumentos de capital, emisso de aes e emisso dedvidas.

    Dividendos propostos ou declarados depois da data dobalano mas antes da autorizao para emisso dasdemonstraes contbeis no devem ser reconhecidoscomo passivos, a menos que atendam a definio depassivo na data do balano.

    A entidade deve divulgar a data em que asdemonstraes contbeis foram autorizadas paraemisso e quem autorizou (ex.: conselho deadministrao, diretoria etc)

    Dividendos propostos ou declaradosdepois da data do balano masantes da autorizao para emissodas demonstraes contbeis soregistrados como passivo na data dobalano independentemente seatendia definio de passivo nadata do balano.

    De uma maneirageral todas asdemonstraescontbeis.

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    IAS 11 - Contratos de construo

    A receita de um contrato de construo, devecompreender: (i) a importncia inicial da receitaestipulada contratualmente e (ii) variaes no serviocontratado, valores adicionais a serem cobrados docliente e pagamento de incentivos a serem recebidosdo cliente (normalmente vinculados a performances doprojeto).

    Os valores provenientes dos itens includos em (ii)acima, somente sero considerados na extenso em

    que seja provvel que tais variaes resultaro emreceitas, e quando estas puderem ser quantificadascom segurana. A mensurao da receita dever serefetuada pelo valor justo dos montantes recebidos ou aserem recebidos.

    O custo do contrato deve compreender os custosrelacionados diretamente com um contrato especfico,custos que forem geralmente atribuveis atividadecontratual e possam ser alocados ao contrato, e,outros custos especificamente debitveis ao cliente, deacordo com os termos contratuais.

    O mtodo do percentual completado deve ser utilizado

    para contabilizar receitas de servios ou deconstrues oriundas de contratos de longo prazoquando for razoavelmente possvel estimar o resultadodo contrato. Isso ocorre quando so satisfeitos oscritrios de reconhecimento de receita e possvelfazer uma medio confivel do estgio de conclusodo contrato. Quando o resultado do contrato no puderser mensurado com segurana, a receita somente serreconhecida na extenso dos custos recuperveisincorridos.

    Uma perda relacionada com um contrato deve sercontabilizada imediatamente, to logo esta seja

    identificada, e por um valor suficiente para cobrir osprejuzos incorridos at a data e os prejuzos futurosnecessrios para completar o contrato.

    Nenhum mtodo de avaliao do estgio deacabamento obrigatrio. Os mtodos aceitos pelanorma compreendem a porcentagem de trabalhoexecutado (progresso fsico) e a porcentagem decustos incorridos.

    (NPC 17 do IBRACON)

    No h diferenas em relao a IAS.

    Receita devendas,estoques ecusto dosserviosprestados.

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    IAS - 12 Imposto de renda

    Os efeitos de imposto de renda devem ser refletidosnas demonstraes contbeis nos mesmos perodosem que os ativos e passivos, que geram tais efeitos,forem contabilizados.

    As diferenas entre as bases: contbil (apresentadasno balano) e fiscal (montante que ser dedutvel outributvel para fins de imposto de renda) dos ativos epassivos so classificadas entre temporrias epermanentes.

    Diferenas temporrias so aquelas que aps umperodo de amortizao, ou outra forma de realizao,no mais existiro e, portanto, as bases fiscais econtbeis sero idnticas (ainda que seja zero: nocaso de um ativo totalmente depreciado). Diferenaspermanentes so aquelas que sempre existiroindependente do tempo incorrido.

    Sobre as diferenas temporrias identificadas,relacionadas a itens de ativos e passivos na data decada balano, a entidade deve reconhecer um efeito deimposto de renda diferido. As diferenas permanentesno geram efeitos diferidos de impostos.

    Imposto de renda diferido ativo somente deve serinicialmente reconhecido na extenso de que sejaprovvel que o mesmo ser realizado contra lucrostributveis a serem gerados no futuro.

    Alm do reconhecimento de imposto de renda diferidosobre as diferenas temporrias identificadas, asentidades tambm reconhecem contabilmente comoativo, os efeitos de prejuzos fiscais que serocompensados contra lucros futuros. O reconhecimentode tais efeitos, seguindo a regra geral parareconhecimento de imposto de renda diferido ativo,

    limita-se extenso de que seja provvel que osmesmos sero realizados contra lucros tributveis aserem gerados no futuro.

    A mensurao dos ativos e passivos tributrioscorrentes e diferidos baseada nas alquotas edisposies da legislao tributria promulgadas nadata do balano patrimonial.

    Os ativos e passivos fiscais diferidos devem sempreser classificados como no circulantes, e no devemser descontados.

    (NPC 25 IBRACON, DeliberaoCVM 273/98, Instruo CVM 371 eNBC T 19.2 )

    Um imposto de renda diferidopassivo deve ser reconhecido paratodas as diferenas temporriastributveis.

    Um imposto de renda diferido ativodeve ser reconhecido para todas asdiferenas temporrias dedutveisdesde que a entidade:

    tenha obtido lucro tributvel em,pelo menos, trs dos cincoltimos exerccios sociais; e

    tenha expectativa de gerao delucros tributveis futuros,fundamentada em estudo deviabilidade, que permita arealizao do ativo fiscal diferidoem um prazo mximo de dezanos, ou o limite mximo decompensao permitido pelalegislao, o que for menor. Oslucros futuros devem ser trazidosa valor presente com base noprazo total estimado para arealizao do ativo fiscal diferido.

    Impostos diferidos ativo ou passivodevem ser classificados entre curtoe longo prazo e devem sertransferidos para o circulante emfuno da expectativa de sua

    realizao.

    Diferentemente das IFRS, no reconhecido efeito de imposto derenda diferido sobre a mais valiaresultante de reavaliao deterrenos, quando estes no foremdestinados venda.

    Ativos epassivos deimposto derenda correnteou diferido ereferidadespesa.

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    IAS - 14 Relatrio por segmento

    Informaes por segmentos de negcios sorequeridas para as companhias abertas (aquelas quepossuem aes, ttulos mobilirios ou dvidasnegociadas no mercado), incluindo tambm aquelasque estejam em processo de emisso de aes e/outtulos para negociao no mercado.

    Segmento de negcio um componente diferenciadode uma companhia que fornece produtos e serviosespecficos, ou um grupo de produtos e servios que

    esto sujeitos a riscos e retornos distintos de um outrosegmento de negcio.

    Segmento geogrfico um componente diferenciado deuma companhia que fornece produtos e serviosespecficos, ou um grupo de produtos e servios dentrode um determinado ambiente de mercado e que estosujeitos a riscos e retornos distintos de um outroambiente de mercado.

    O IAS 14 determina que uma entidade divulgue asinformaes por segmento em dois formatos: segmentoprimrio e segmento secundrio. A origem e naturezadominantes dos riscos e retornos de uma companhia

    devem direcionar se o segmento primrio ser o de"negcios" ou "geogrfico", considerando-se aimportncia desses segmentos em relao ao risco eretorno da companhia. A estrutura organizacionalinterna e de gesto de uma companhia, bem comoseus sistemas de elaborao dos relatrios financeirosdevem normalmente constituir as bases paradeterminar qual ser o segmento primrio e/ousecundrio.

    Um segmento de negcio ou geogrfico deve serdivulgado se a maioria das receitas registradas proveniente de vendas para clientes externos e

    representa pelo menos: 10% do total das receitas,internas e externas, de todos os segmentos; ou 10%do resultado combinado de todos os segmentos; ou10% do total dos ativos de todos os segmentos.

    Segmentos adicionais para divulgao devem seridentificados se o total de receitas externas atribuveisa segmentos divulgados constituir menos de 75% dototal das receitas consolidadas ou da companhia.

    As prticas contbeis adotadas noBrasil no requerem informaessegmentadas por negcios ou reasgeogrficas. A CVM encoraja adivulgao de informaessegmentadas, referendando odisposto no IAS 14 como base paraa elaborao destas informaes.

    Apresentaodasdemonstraescontbeis(Notasexplicativas)

    (continua)

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    As informaes por segmento devem ser preparadasem conformidade com as prticas contbeis adotadasna preparao e apresentao das demonstraescontbeis do grupo consolidado ou da companhia.

    O IAS 14 requer divulgao dos segmentos primrios esecundrios. As divulgaes para o segmento primrioso mais extensivas do que para o segmentosecundrio.

    Para cada segmento primrio as seguintes principaisinformaes devem ser divulgadas: receitas (externas einter-segmentos); resultado lquido; total dos ativos;total dos passivos; total das aquisies de ativospermanentes; depreciao e amortizao do perodo;e o total de despesas que no representaramdesembolsos de caixa. No caso de segmentosecundrio, em geral, as informaes a seremdivulgadas incluem total da receita, ativos e aquisiesde ativos permanentes, e no incluem o resultado dosegmento.

    Tambm deve ser divulgada reconciliao entre asinformaes divulgadas por segmentos e as

    informaes agregadas includas nas demonstraescontbeis consolidadas ou da companhia.

    IAS - 14 Relatrio por segmento (continuao)

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    IAS - 16 Ativo Imobilizado

    O custo de um item de ativo imobilizado deve serregistrado quando for provvel que a entidade ir obterbenefcios econmicos futuros associados com o ativo,e quando o custo do ativo puder ser mensurado comsegurana.

    Os itens de ativo imobilizado devem ser depreciadospelo perodo de sua vida til, e utilizando-se o mtodode depreciao que melhor reflita a forma como aentidade espera obter os benefcios econmicos a

    serem gerados pelos ativos. A vida til e o mtodo dedepreciao dos ativos devem ser revisados pelomenos anualmente.

    Cada elemento de um item do ativo imobilizado cujocusto seja significativo em relao ao total do item,deve ser depreciado separadamente com base em suavida til individual (ex.: depreciao de um avio - a vidatil das turbinas e o mtodo mais apropriado dedepreciao podem ser diferentes do restante doaparelho).

    Alm da contabilizao de itens de ativo imobilizado acusto histrico, a reavaliao do ativo imobilizado como

    tratamento contbil alternativo, tambm permitidapelo IAS 16.

    Quando a entidade optar por aplicar o tratamentoalternativo, o ativo imobilizado deve ser reavaliado aovalor justo (que pode ser o valor de mercado e, se nofor disponvel, pelo custo de reposio depreciado). Seum ativo imobilizado for reavaliado, toda a categoria qual pertence este ativo deve ser reavaliada. Areavaliao deve ser revisada regularmente.

    A reavaliao positiva deve ser creditada contra umareserva de reavaliao no patrimnio lquido, salvo se

    resultar em reverso de uma reavaliao negativa sobreo mesmo ativo registrada anteriormente a dbito doresultado. Neste caso, os efeitos so creditadosdiretamente demonstrao de resultado at omontante em que reverter o referido dbito.

    A reavaliao negativa deve ser registrada no resultado,salvo se reverter uma mais valia de valor igual ou menoranteriormente gerada pelo mesmo ativo; neste caso levado diretamente reserva de reavaliao.

    (NPC 24 IBRACON, NPC 7IBRACON, NBC T 19.1 CFC)

    A reavaliao permitida e quandopositiva deve ser registrada contrauma reserva de reavaliao dentrodo patrimnio lquido.

    Quando a reavaliao for negativa, ovalor do ativo deve ser reduzido namesma extenso da reserva dereavaliao positiva previamenteregistrada.

    Uma proviso para perdas deve serregistrada para a parcela do valor doimobilizado que superar o seu valorreavaliado e debitado em conta dedespesas no operacionais. Estaproviso somente pode sercontabilizada se a perda no forrecuperada atravs das suasoperaes futuras.

    Uma reavaliao negativa no podeser contabilizada se for a primeiravez que o ativo estiver sendoreavaliado ou quando no houversaldo de reserva. Todavia, a entidadedever considerar se o seu valorresidual contabilizado recupervelatravs das suas operaes futuras.

    Se o seu valor recupervel for inferiorao seu valor residual contabilizado,e esta diferena for irreversvel, umaproviso para perdas deve ser

    contabilizada e debitada emdespesas no operacionais.

    A reavaliao deve ser estornada nocaso de venda ou baixa de um ativoreavaliado.

    A reavaliao deve ser efetuada nomnimo a cada quatro anos.

    Uma vez que a entidade optou emregistrar os ativos pelo valor justono permitido seu retorno aocusto.

    Ativopermanente

    (continua)

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Quando um ativo reavaliado baixado, o saldo dareserva de reavaliao a ele relacionado transferidopara lucros acumulados (IAS 16 e 23).

    A depreciao de um ativo reavaliado se baseia no valorreavaliado, da mesma forma que os ganhos ou perdasna alienao.

    A diferena entre o valor contbil do ativo reavaliado esuas bases fiscais constitui-se em uma diferenatemporria e fornece a base para contabilizao deimposto de renda diferido.

    A entidade deve analisar na data de cada balanopatrimonial a ser publicado, se existem indcios de queos saldos contbeis dos itens do seu ativo imobilizadono sero recuperados. Caso tais indicaes sejamidentificadas, a administrao deve proceder ao testede recuperao do ativo, seguindo o IAS 36.

    IAS - 16 Ativo Imobilizado (continuao)

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    Principais reas das

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    IAS - 17 Arrendamentos

    Na arrendatria

    Um arrendamento pode ser financeiro ou operacional.

    Um arrendamento classificado como financeiroquando transfere substancialmente todos os riscos erecompensas incidentes propriedade do ativo.

    As seguintes situaes normalmente indicariam umarrendamento financeiro tanto para o arrendatrio comopara o arrendador:

    a propriedade transferida para o arrendatrio aofinal do contrato;

    o arrendatrio possui uma opo de compra por umpreo simblico;

    o prazo do arrendamento corresponde maior parteda vida til econmica do bem arrendado;

    o valor presente dos pagamentos mnimos sob oarrendamento equivalente ao valor justo do ativoarrendado;

    o ativo arrendado de natureza especfica, de modoque seriam necessrias modificaes importantespara uso por outro arrendatrio.

    Um arrendamento financeiro deve ser refletido nobalano patrimonial do arrendatrio pelo registro de umativo e um passivo de valores iguais, no incio doarrendamento, mensurados ao menor entre o valor justodo ativo arrendado e o valor presente dos pagamentosmnimos do contrato.

    Os pagamentos do arrendamento devem ser divididos

    entre despesas financeiras e amortizao do passivoem aberto. As despesas financeiras devem serregistradas pelo perodo do arrendamento, de modo queos juros sejam creditados sobre o saldo do passivo auma taxa constante em cada perodo.

    Se no for certo que o arrendatrio ir adquirir o ativono final do perodo do arrendamento, o ativo deve sertotalmente depreciado pelo menor perodo entre o prazodo contrato e sua vida til.

    (PO CVM 15/87, NBC T 10)

    Os arrendamentos operacionaisdevem ser registrados similar aoIFRS.

    No h previso para o registro detransaes de venda e re-arrendamento (leaseback).

    Os arrendamentos financeiros so

    registrados conforme segue:

    Companhias abertas:

    Arrendatria

    Todos os arrendamentos soconsiderados arrendamentosoperacionais. obrigatriadivulgao em nota explicativa dosefeitos sobre o ativo e passivo queexistiriam caso a operao tivesse

    sido registrada como comprafinanciada semelhante ao IAS.

    Arrendadora

    Deve ajustar as suasdemonstraes contbeis,eliminando-se os efeitos dasantecipaes e das postergaesde receitas, de modo que o lucrolquido e o patrimnio lquidoevidenciem corretamente os seusvalores.

    Ativo circulante,realizvel longo prazo,ativopermanente, epassivo

    (continua)

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Um arrendamento de terrenos e edifcios deve serdividido entre os elementos de terrenos e edifcios. Oterreno geralmente um arrendamento operacional,exceto quando a propriedade do terreno automaticamente transferida ao arrendatrio ao final docontrato.

    O edifcio um arrendamento operacional ou financeirobaseado nos critrios da IAS 17.

    Entretanto, segregar a mensurao de terrenos eedifcios no requerido se o interesse do arrendatrionos imveis for classificado como uma propriedade deinvestimento sob o contexto da IAS 40 e o modelo dovalor justo for adotado.

    Um arrendamento operacional contabilizado pelovalor dos pagamentos relacionados, incluindo-sequaisquer incentivos para se ter acesso aoarrendamento. Tais valores so debitados ao resultadopelo mtodo linear ou em outra base sistemtica queseja mais representativa dos benefcios gerados peloarrendamento.

    Na arrendadora

    As definies de arrendamento financeiro e operacionalso as mesmas para arrendador e arrendatrio.

    O ativo arrendado sob um arrendamento financeiro deveser registrado como conta a receber (no comoimobilizado) ao valor lquido do contrato dearrendamento.

    O reconhecimento da receita financeira deve refletiruma taxa de retorno constante com base no

    investimento lquido efetuado pelo arrendador natransao.

    O ativo arrendado sob um arrendamento operacionaldeve ser registrado e classificado de acordo com anatureza do ativo objeto do contrato.

    A receita do arrendamento operacional registradapelo mtodo linear durante o prazo do contrato, a noser que outra forma de reconhecimento melhor reflita aessncia da operao e os termos do arrendamento.

    Os custos diretos iniciais devem ser distribudos de acordocom os termos do contrato de arrendamento (no

    permitido o reconhecimento imediato da despesa).

    IAS - 17 Arrendamentos (continuao)

    (continua)

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    Transaes de venda e re-arrendamento

    H regras especficas em relao a operaes devenda e re-arrendamento, dependendo do tipo detransao (financeiro ou operacional).

    Se o re-arrendamento for financeiro, qualquer lucro navenda deve ser diferido e amortizado pelo perodo docontrato.

    Se o re-arrendamento for operacional e estiver claro

    que a transao foi realizada tendo por base o valorjusto do ativo, o lucro ou prejuzo deve ser reconhecidode imediato. Caso o valor de venda seja inferior ao valorjusto do ativo, o eventual lucro ou prejuzo deve serreconhecido de imediato, exceto se o prejuzo forcompensado no futuro pelos pagamentos que estejamabaixo do valor de mercado. Nestes casos, o prejuzopoder ser diferido e amortizado em proporo aospagamentos do arrendamento, pelo perodo no qual oativo esteja em uso.

    Se o valor venda for acima do valor justo do ativo, olucro ou prejuzo da venda dever ser diferido e

    amortizado pelo perodo estimado de utilizao doativo.

    IAS - 17 Arrendamentos (continuao)

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    IAS 18 - Receita

    A receita deve ser quantificada pelo valor justo domontante recebido ou a receber.

    A receita referente venda de produtos reconhecidaquando os riscos e benefcios significativos sotransferidos ao comprador (a transferncia de risco aum agente intermedirio, tal como seguradora, nocumpre com o requerimento da norma), o vendedorperde o controle efetivo sobre os produtos vendidos, provvel que benefcios econmicos associados com a

    venda sero obtidos pela entidade, e o valor da receitapode ser mensurado com segurana.

    A receita referente prestao de servios reconhecida com base no estgio de execuo dosservios, quando o resultado da transao puder serestimado com segurana. Isso ocorre quando o valorda receita puder ser mensurado de forma confivel, forprovvel que os benefcios econmicos associadoscom a venda sero obtidos pela entidade, o estgio deexecuo da prestao do servio puder ser estimadocom segurana na data de balano, e os custosincorridos e a serem incorridos para completar atransao puderem ser mensurados com segurana.

    A receitas de juros, royaltiese dividendos soreconhecidas nas seguintes bases:

    a receita de juros reconhecida utilizando-se omtodo de juros efetivos (calculados de acordo como IAS 39);

    os royaltiesso reconhecidos com base em seuperodo de competncia, de acordo com asubstncia dos acordos pertinentes; e

    os dividendos so reconhecidos quando estiver

    estabelecido o direito de recebimento do acionista(ou qotista).

    Receita de juros, royaltiese dividendos somente soreconhecidas quando for provvel que os benefcioseconmicos associados com as transaes seroobtidos pela entidade e o montante da receita puderser mensurado com segurana.

    Devem ser divulgadas as polticas contbeis adotadaspara o reconhecimento das receitas.

    (NPC 14 - IBRACON)

    A norma brasileira conceitualmente similar ao IAS 18,mas tem algumas diferenasimportantes, conforme descritoabaixo:

    Mesmo que a venda seja por umprazo mais longo, o desconto a

    valor presente no prticacontbil adotada;

    No caso especfico de entidadesdo setor imobilirio, o resultadona venda de apartamentos ouunidades de uma edificao, deuma maneira geral, para o qual aconstruo do imvel como umtodo ainda no tenha sidoconcluda, tem sido apropriadoao longo da obra, similar acontratos de construo, com

    base no progresso fsico ou noscustos incorridos. Para fins deIFRS o registro deste tipo devenda s possvel com aconcluso do edifcio como umtodo.

    Na prtica a maioria dasempresas ainda reconhece areceita quando da emisso danota fiscal, desconsiderando se atransferncia dos riscos ebenefcios ocorre somente na

    entrega. Aos poucos, percebe-seque algumas empresas,principalmente multinacionais,tm se alinhado na prtica com anorma internacional.

    Receitas

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    IAS 19 - Benefcios a empregados

    Benefcios a empregados so formas de remuneraopagas por uma entidade em troca da prestao dosservios por estes empregados. Estes benefciosincluem salrios, benefcios por demisso ou trminode contrato e outros benefcios ps-emprego tais comoaposentadoria (penso), seguro de vida e segurosade. Especialmente no caso de planos de penso,esses podem ser classificados como plano decontribuio definida ou plano de benefcio definido.

    Um plano de contribuio definida um plano no qual aentidade paga contribuies fixas a uma entidadeseparada (fundo) e no tem nenhuma obrigaoadicional. Todos os demais planos so planos debenefcio definido.

    Na mensurao dos planos, o custo de um plano decontribuio definida o valor do montante a pagar aoempregado naquele perodo.

    No caso de plano de benefcio definido, o mesmo determinado a partir de clculo atuarial com autilizao do mtodo da unidade de crdito projetada.Este mtodo considera os servios prestados pelo

    empregado at a data do balano considerandoinclusive futuros aumentos salariais.

    A obrigao pelo plano de benefcio definido deve sercontabilizada pelo seu valor presente. A taxa usadapara descontar obrigaes do plano baseia-se emtaxas aplicveis a papis de corporaes de primeiralinha, ou do governo.

    Os ativos do plano, quando existirem, devem seravaliados a seu valor justo. Custos do servio passadodevem ser alocados pelo mtodo linear ao longo dotempo remanescente at que os benefcios sejam

    adquiridos.Ganhos e perdas atuariais podem ser reconhecidasutilizando o "corredor". Quaisquer ganhos ou perdasatuariais que fiquem fora de um corredor (para cima oupara baixo) que considera o maior entre 10% do valorpresente da obrigao do plano ou 10% do valor justodos ativos do plano devem ser amortizados pelo tempomdio remanescente de trabalho estimado para osempregados participantes do plano.

    A norma brasileira (NPC 26) de umamaneira geral consistente com oIAS 19.

    Passivoatuarial.

    (continua)

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Custos dos servios passados que surgem por contade modificaes nos termos do plano devem serreconhecidos como despesa linearmente ao longo doperodo em que os benefcios so adquiridos. Se osbenefcios j foram adquiridos na data da mudana,ento a entidade reconhece o custo no resultadoimediatamente.

    O reconhecimento contbil do excesso de ativo doplano sobre as obrigaes atuariais quando este for o

    caso, limitado ao valor de perdas atuariais ou custodo servio passado ainda no reconhecidos, somadoao valor presente de redues em contribuies futurasa serem efetuadas ao plano ou reembolsos a seremrecebidos do plano.

    IAS 19 - Benefcios a empregados (continuao)

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    IAS 20 - Subvenes governamentais

    As subvenes governamentais devem serreconhecidas somente quando existir seguranarazovel de que a entidade cumprir as condiesnecessrias para sua obteno e de que a subvenoser efetivamente recebida. As subvenes nomonetrias so reconhecidas normalmente pelo seuvalor justo, mas tambm permitido o reconhecimentopelo valor nominal.

    O resultado derivado das subvenes deve ser

    reconhecido sistematicamente na demonstrao doresultado pelos perodos necessrios para compensaros respectivos custos. As subvenes governamentaisno podem ser diretamente creditadas ao patrimniolquido.

    As subvenes relacionadas com imobilizado podemser: (i) deduzidas do custo do ativo e, portanto, reduzira despesa de depreciao diretamente, ou (ii)contabilizadas separadamente como receita diferida eamortizada pela vida til do ativo.

    Um incentivo concedido para compensar despesas ouperdas j incorridas, ou para proporcionar suporte

    financeiro imediato a um empreendimento sem orespectivo custo adicional deve ser creditado demonstrao do resultado do perodo em que oincentivo se tornar realizvel.

    (Lei 6.404/76)

    As subvenes so registradasquando recebidas e no soassociadas com a vida do projeto oudos ativos.

    Pela Lei Societria, todos osincentivos e subvenes parainvestimentos devem ser registradoscomo uma reserva de capital dentrodo patrimnio lquido.

    Ativopermanente,demonstraode resultado epatrimniolquido

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    Sumrio da Comparao das Prticas Contbeis Adotadas noBrasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    IAS 21 - Efeitos de mudanas nas taxas de cmbio

    O balano patrimonial de uma entidade deve sermensurado na moeda do ambiente econmico primrioonde a entidade opera. Esta moeda conhecida comomoeda funcional.

    A moeda funcional determinada baseadaprincipalmente na moeda que determina os preos dastransaes e no na moeda em que as transaesestejam denominadas.

    Uma vez determinada a moeda funcional, todas astransaes em outras moedas devem ser tratadascomo transaes em moeda estrangeira.

    Mensurao das transaes

    Uma transao em moeda estrangeira registrada namoeda funcional da entidade utilizando a taxa decmbio da data da transao, podendo utilizar umataxa mdia de um determinado perodo, quando esteprocedimento no causar distores materiais. Na datado balano, itens do balano em moeda estrangeiraso mensurados utilizando a taxa de cmbio da datado balano. Itens de balano no-monetrios

    denominados em moeda estrangeira so mensuradospela taxa de cmbio da data da transao que ooriginou.

    As variaes cambiais so reconhecidas no resultadodo exerccio. A exceo regra para os casos de umitem monetrio que seja parte do investimento em umasubsidiria/coligada no exterior. Neste caso a variaocambial lanada em uma reserva no patrimniolquido.

    Moeda de apresentao

    Uma entidade pode escolher apresentar suas

    demonstraes contbeis em qualquer moeda. Se amoeda de apresentao diferente da moedafuncional, a entidade deve efetuar a traduo de umapara outra seguindo os seguintes critrios:

    a) Itens do ativo e do passivo so traduzidos pela taxade cmbio da data do balano;

    b) O resultado traduzido taxa de cmbio da datadas transaes. Na prtica uma taxa mdia utilizada, sempre analisando a materialidade dasdistores causadas pelo procedimento;

    As principais diferenas entre a IAS21 e a norma brasileira dizemrespeito determinao da moedafuncional e tratamento de diferenasde cmbio resultantes de traduode demonstraes contbeis:

    (i) Moeda funcional

    De acordo com a norma brasileira, amoeda funcional de uma entidade a moeda do pas onde a entidadeest localizada. Dessa forma, porexemplo, no se admitiria umaentidade no Brasil tendo uma moedafuncional diferente da moeda local, oReal.

    (ii) Traduo de demonstraescontbeis

    O processo de traduo dedemonstraes contbeis deinvestimentos no exterior similar

    ao previsto pelo IAS 21, exceto pelofato de que no Brasil as diferenasresultantes da traduo solanadas diretamente no resultadodo perodo. No h no Brasil a figurade uma reserva no patrimnio lquidoonde so registrados os ganhos eperdas na traduo.

    Ativopermanente

    (continua)

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Consel ho Feder al

    de Contabi l idade

    c) Efetuados os procedimentos acima, qualquerdiferena resultante lanada em uma conta dereserva no patrimnio lquido.

    Demonstraes contbeis consolidadas

    As demonstraes contbeis consolidadas podemincluir entidades com moedas funcionais distintas. Asdemonstraes contbeis das entidades que compemas demonstraes contbeis consolidadas devem sertraduzidas para a moeda de apresentao dasdemonstraes contbeis consolidadas utilizando osmesmos critrios descritos acima para a traduo paraa moeda de apresentao. Como dito acima em (c),qualquer diferena resultante tratada em uma reservano patrimnio lquido que realizada contra o resultadoproporcionalmente eventual venda ou deteriorao doinvestimento.

    Economias hiperinflacionrias

    Quando o ambiente econmico em que uma entidadeopera considerado hiperinflacionrio, suasdemonstraes contbeis devem ser primeiro corrigidas

    considerando os critrios no IAS 29. Uma vez aplicadoo IAS 29, todas as cifras das demonstraes contbeisdo ano corrente so traduzidas pela taxa de cmbio nadata do balano.

    IAS 21 - Efeitos de mudanas nas taxas de cmbio (continuao)

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    IAS 23 - Custo de emprstimos

    Esta norma trata da contabilizao de custos comemprstimos, tambm chamados de encargosfinanceiros. Estes custos normalmente incluemjuros e outros custos incorridos pela entidade emconexo com a tomada de emprstimos.

    Como regra geral custos com emprstimos devemser reconhecidos como despesas no perodo emque so incorridos. Alternativamente uma entidadepode selecionar como sua prtica contbil acapitalizao destes custos quando eles puderemser diretamente atribuveis aquisio ouproduo de um ativo que leva necessariamenteum tempo substancial para ficar pronto para o seuuso pretendido ou venda. Como exemplo destesativos podemos citar obras em andamento eestoques de longa maturao.

    O montante de custos com emprstimos acapitalizar em um determinado perodo estlimitado ao montante dos custos comemprstimos incorridos neste mesmo perodo.

    A capitalizao comea quando os gastos e oscustos com o emprstimo so incorridos para umdeterminado ativo, ou seja, quando as atividadesnecessrias para preparar o ativo para o seu usopretendido ou venda tenham iniciado. Acapitalizao deve ser suspensa quando odesenvolvimento do ativo interrompido por umperodo longo. A capitalizao deve parar quando asatividades necessrias para preparar o ativo para oseu uso pretendido ou venda estejam completadas.O bem no precisa necessariamente j estaroperando, basta estar pronto para o uso.

    Qualquer que seja a prtica contbil selecionada(capitalizao ou no-capitalizao), esta deve ser

    adotada consistentemente pela entidade e paratodos os ativos que atendam a definio acima.

    Em alguns casos os emprstimos so obtidospara aquisio de um ativo especfico e aidentificao e capitalizao dos custos dosemprstimos mais fcil. Entretanto, na medidaem que emprstimos so tomados para finsgerais e usados parcial ou totalmente na obtenoou construo de um ativo como descrito acima,os custos relacionados a estes emprstimosdevem tambm ser considerados. Neste caso aentidade deve utilizar a mdia ponderada dosemprstimos, excluindo aqueles que tenham finsespecficos, cujo o clculo individualizado.

    Similar a IAS 23, exceto pelo fato deque na prtica contbil adotada noBrasil a capitalizao de encargosfinanceiros para esses ativos

    requerida.

    Ativopermanente edemonstraodo resultado

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    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

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    de Contabi l idade

    IAS 24 - Partes relacionadas

    Partes relacionadas incluem a entidade controladora,subsidirias, coligadas, joint-ventures, outrosacionistas e alta administrao, incluindo os membrosmais prximos da famlia e fundos de penso. Noesto includos nesta lista financiadores e governos ato ponto em que estejam efetuando transaes no cursonormal das operaes.

    Sempre que houver transaes entre partesrelacionadas, estas devero ser divulgadas destacando

    sua natureza, valores, prazo e condies e outrosdetalhes suficientes para o entendimento do usuriodas demonstraes contbeis. Itens de naturezasimilar podem ser agregados at o ponto em que istono prejudique a informao ao usurio. Por exemplo,normalmente a remunerao da administrao pode serinformada pelo valor total, no precisando efetuar adivulgao por membro.

    Relaes entre controladoras e subsidirias devem serdivulgadas mesmo que no tenham ocorrido transaesentre estas partes no perodo.

    Um aspecto importante na norma internacional a de

    que dificilmente uma transao com partesrelacionadas pode ser considerada como tendo sidofeita em condies similares quelas que teriam sidofeitas com terceiros independentes. Para que essaafirmao seja feita nas demonstraes contbeis, talsituao deve ser comprovada e no assumida.

    De uma maneira geral no hdiferenas entre a prtica contbilbrasileira e o IAS 24.

    Saldos etransaes compartesrelacionadas.

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    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    IAS 26 - Contabilizao de planos de benefcio de aposentadoria

    Esta norma orienta a preparao de demonstraescontbeis de planos de benefcio de aposentadoria.

    Para um plano de contribuio definida, asdemonstraes contbeis devem incluir os seguintesquadros e informaes:

    demonstrao dos ativos lquidos para atender aosbenefcios;

    demonstrao das mutaes nos ativos lquidosreferidos acima;

    um sumrio das principais prticas contbeisadotadas;

    uma descrio do plano e os efeitos de quaisquermudanas no plano ocorridas no perodo; e

    uma descrio das polticas de custeamento do plano

    Para um plano de benefcio definido, as demonstraescontbeis deve incluir:

    uma demonstrao dos ativos lquidos para atenderos benefcios, o valor presente atuarial dosbenefcios de aposentadoria prometidos e osupervit ou dficit do perodo; ou

    uma referncia a esta informao em um relatriodos aturios.

    Tambm para planos de benefcio definido, devem serdivulgadas as seguintes informaes:

    demonstrao das mutaes nos ativos lquidos doplano de benefcio;

    um sumrio das principais prticas contbeis; e

    uma descrio do plano e os efeitos de quaisquermudanas no plano ocorridas no perodo.

    Alm disso, as demonstraes contbeis deveriamconter uma explicao reconciliando o valor presenteatuarial da obrigao do plano de benefcios e o valordos ativos lquidos disponveis para os benefcios, euma descrio da poltica para custeamento do plano.

    Os ativos do plano, independente de qual seja esteplano, devem ser mensurados pelo valor justo.Entretanto, a contabilizao dos ativos deve considerartambm outros pronunciamentos que sejam aplicveis.

    As prticas contbeis adotadas noBrasil so similares ao IAS 26exceto pelo fato de que algunsativos do plano podem no estarpelo valor justo.

    Demonstraescontbeis deplanos debenefcio deaposentadoria.

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    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Consel ho Feder al

    de Contabi l idade

    IAS 27 - Demonstraes contbeis consolidadas e da controladora

    Uma subsidiria uma entidade que controlada poroutra entidade (controladora). Controle definido comoum poder de determinar as polticas financeiras eoperacionais de uma entidade e dessa forma obter osbenefcios de suas atividades. Pressupe-se quecontrole existe quando um investidor detm mais de50% das aes com direito a voto. Entretanto estapresuno pode no ser verdade medida que hevidncia em contrrio. Direitos potenciais de voto, quepodem ser exercidos imediatamente, so considerados

    na determinao do controle.Todas as subsidirias devem ser consolidadas a partirda data em que o controle sobre os ativos e operaesda entidade passa para o investidor. Os resultados dasubsidiria passam a integrar o resultado consolidado apartir desta data. Qualquer gio apurado na aquisioda subsidiria considerado ativo da subsidiria parafins de consolidao.

    Nas demonstraes contbeis a parcela referente aosno-controladores deve ser destacada, mas tratadacomo parte do patrimnio lquido consolidado.

    As demonstraes contbeis da subsidiria devem tersido elaboradas na mesma data de balano dasdemonstraes contbeis consolidadas, permitindouma defasagem mxima de trs meses, observadosajustes relevantes neste perodo.

    Uma entidade com uma ou mais subsidirias deveapresentar demonstraes contbeis consolidadas amenos que todos os critrios a seguir sejamcumpridos: (i) ela seja por si s uma subsidiria eesteja dispensada de faz-lo pela totalidade de seusacionistas; (ii) suas dvidas ou instrumentospatrimoniais (ex.: aes) no so negociadas em

    bolsa; (iii) a entidade no est em processo deemisso dos ttulos referidos em (ii) acima; e (iv) a suacontroladora elabore e divulgue demonstraescontbeis consolidadas de acordo o IFRS.

    Nas demonstraes contbeis individuais dacontroladora (i.e. sem consolidao), os investimentosem subsidirias devem ser mensurados pelo custo oucomo ativos financeiros nos termos do IAS 39.

    A prtica contbil adotada no Brasilcontm algumas diferenasimportantes em relao a normainternacional IAS 27, a saber:

    podem ser excludas daconsolidao as entidadescontroladas que se encontremnas seguintes condies: (i) comclaras e efetivas evidncias de

    perda de continuidade e cujopatrimnio seja avaliado, ou no,a valores de liquidao; ou cujavenda por parte da investidora,em futuro prximo, tenha efetivae clara evidncia de realizaodevidamente formalizada. Almdisso, em casos especiais justificados, podero ser aindaexcludas da consolidao associedades controladas cujaincluso no representealterao relevante na unidade

    econmica consolidada ou quevenha distorcer essa unidadeeconmica. Neste caso aentidade avaliada pelo mtodode equivalncia patrimonial;

    a parcela dos investimentos emcontroladas em poder de acionistasno controladores apresentadafora do patrimnio lquido;

    a defasagem mxima entrebalano patrimonial controlada e

    o consolidado no pode sersuperior a dois meses;

    a consolidao requeridasomente para companhiasabertas

    nas demonstraes contbeisindividuais da controladora, assubsidirias so contabilizadaspelo mtodo de equivalnciapatrimonial;

    Demonstraescontbeisconsolidadas ede empresascominvestimentosem coligadas econtroladas.

    (continua)

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Entidades de propsito especfico - EPE devem serconsolidadas nas demonstraes contbeis de umaentidade quando na essncia a relao entre estaentidade e a EPE indica que est ltima controladapela primeira.

    gios apurados quando da aquisio no soamortizados, mas tm seus valores de recuperaoavaliados anualmente para determinar a necessidadede reduo do valor por impairment. Desgios so

    reconhecidos imediatamente como receita.

    gios e desgios apuradosdevem ser amortizados deacordo com seus fundamentoseconmicos;

    direitos potenciais de voto noso considerados;

    tambm deve ser consideradopara companhias fechadas, se a

    subsidiria consideradarelevante, nos termos doscomentrios includos na seodeste documento que trata desociedades coligadas.

    IAS 27 - Demonstraes contbeis consolidadas e da controladora (continuao)

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Consel ho Feder al

    de Contabi l idade

    IAS 28 - Sociedades coligadas

    Uma coligada uma entidade na qual o investidortenha significativa influncia, mas no tenha o controleisolado ou em conjunto. Influncia significativa definida como o poder de participar nas decises daspolticas financeiras e operacionais de uma entidade,mas sem controlar estas polticas. Quando umaentidade tem mais de 20% do capital votante de outrasem control-la, pressupe-se que haja influncia.Entretanto esta presuno pode no ser verdade medida que h evidncia em contrrio. Direitos

    potenciais de voto, que podem ser exercidosimediatamente, so tambm considerados nadeterminao da influncia.

    Todas as coligadas deveriam ser contabilizadas usandoo mtodo de equivalncia patrimonial a partir da dataem que a influncia referida acima exista.

    Se a participao de um investidor em uma coligadafica negativo por conta de prejuzos acumulados, o valordo investimento reduzido a zero e perdas adicionaisdevem ser contabilizadas somente se o investidor tema obrigao de dar suporte financeiro para a investidaou de alguma forma garantido este suporte. Caso tenhasido este o caso, a investidora continua a reconhecersuas perdas na investida na extenso das obrigaesassumidas.

    Nas demonstraes contbeis individuais da investidora(i.e. sem consolidao), os investimentos em coligadasdevem ser mensurados pelo custo ou como ativosfinanceiros nos termos do IAS 39.

    gios apurados quando da aquisio no soamortizados, mas tm seus valores de recuperaoavaliados anualmente para determinar a necessidadede reduo do valor por impairment. Desgios so

    reconhecidos imediatamente como receita.

    Para companhias fechadas umaentidade considerada coligada e omtodo de equivalncia aplicadoquando o valor do investimento emcoligada for relevante. Uminvestimento considerado relevantequando individualmente ou emconjunto com outros investimentosrepresenta mais de 10% ou 15%,respectivamente, do patrimnio

    lquido da investidora.Direitos potenciais de voto no soconsiderados.

    Devem deixar de ser avaliados pelomtodo de equivalncia patrimonialos investimentos em coligadasquando estas tenham efetiva e claraevidncia de perda de continuidadede suas operaes ou que estejamoperando sob severas restries longo prazo a ponto de impedir atransferncia de recursos para ainvestidora.

    gios e desgios apurados devemser amortizados de acordo comseus fundamentos econmicos.

    Demonstraescontbeisconsolidadas ede empresascominvestimentosem coligadas econtroladas.

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    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    IAS 29 - Demonstraes contbeis em economias hiperinflacionrias

    Entidades que operam em ambientes econmicosconsiderados hiperinflacionrios devem ter suasdemonstraes contbeis corrigidas para considerar osefeitos da inflao.

    Uma economia considerada hiperinflacionria quandocertas caractersticas qualitativas e quantitativas estopresentes. Estas caractersticas incluem dentre outras,comportamento da populao em relao moedalocal, indexao de preos a ndices de inflao e nvel

    de inflao acumulada nos ltimos trs anos (igual ousuperior a 100%).

    Quando se conclui que a economia hiperinflacionria,todos os ativos e passivos no-monetrios socorrigidos utilizando um ndice de inflao apropriado.Este ndice deve ser utilizado consistentemente portodas as entidades operando no mesmo ambienteeconmico.

    Os ativos a passivos monetrios no so corrigidosuma vez que j esto expressos em moeda de poderaquisitivo da data do balano.

    Os ganhos e perdas que surgem da exposio dositens monetrios do balano inflao soapresentados na demonstrao do resultado.

    Os requerimentos de correo das demonstraescontbeis por conta dos efeitos da hiperinflao devemser aplicados a partir do ano em que se identifica asituao de hiperinflao. A correo se aplica a todasas demonstraes contbeis, incluindo ademonstrao das origens e aplicaes de recursos,demonstrao das mutaes do patrimnio lquido edemonstrao dos fluxos de caixa, se includa. Ascifras do ano anterior devem ser corrigidas para

    estarem comparativas com as cifras do ano correnteEconomias que deixam de ser hiperinflacionrias

    Quando uma economia deixa de ser considerada comohiperinflacionria e uma entidade descontinua aaplicao dos conceitos desta norma, a administraotrata os valores das demonstraes contbeis doltimo exerccio encerrado como a base para osvalores histricos nas demonstraes contbeissubseqentes. Ou seja, simplesmente a entidade prade corrigir seus ativos e passivos no-monetrios e osvalores existentes passam a ser tratados como custohistrico.

    As normas brasileiras so similaress normas internacionais excetopelos seguintes principais aspectos:

    Economias que deixam de serhiperinflacionrias:

    As demonstraes contbeis deentidades sediadas no Brasil, poruma determinao legal, deixaramde ser corrigidas a partir de 31 dedezembro de 1995, de acordo comas prticas contbeis adotadas noBrasil. Entretanto, para fins de IAS29, o Brasil deixou de serconsiderado com uma economiahiperinflacionria a partir de 1o. dejaneiro de 1998. Isto implica dizerque pelas normas internacionais asdemonstraes contbeis de umaentidade cujo ambiente econmicoseja considerado o Real, devemestar corrigidas at 31 de dezembrode 1997. Por outro lado, algumasentidades brasileiras continuarampreparando suas demonstraescontbeis de acordo com oschamados Princpios Fundamentaisde Contabilidade, que requeriam queas demonstraes contbeiscontinuassem sendo corrigidas. Ato ponto em que as demonstraescontbeis tenham sido corrigidas at31 de dezembro de 1997, e notenham sido corrigidas aps estadata, os princpios fundamentais decontabilidade no apresentamgrandes diferenas em relao aoIAS 29.

    Ativopermanente,estoques eresultado.

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    de Contabi l idade

    IAS 30 - Divulgaes nas demonstraes contbeis de bancos einstituies financeiras similares

    O IAS 30 uma norma que trata exclusivamente deaspectos de divulgaes aplicveis a bancos einstituies financeiras similares.Todas as normasinternacionais so aplicveis igualmente para umaentidade independente se esta entidade umaindstria ou uma instituio financeira. Algumasnormas podem tratar eventuais diferenas, por contadas caractersticas de certas atividades, em seustextos. Entretanto, no caso especfico de bancos einstituies financeiras similares, o IAS 30 trs

    requerimentos especficos de divulgao para estasinstituies.

    Um banco ou instituio financeira similar deve divulgaras seguintes informaes:

    Apresentao de receitas, despesas e itens debalano conforme a sua natureza, no podendodesta forma ser por funo;

    Apresentao dos itens que compem o balanopatrimonial, em ordem de liquidez, ao invs desegregar ativos e passivos correntes ou no-

    correntes;

    Alm disso, algumas outras divulgaes, requeridaspara todos os tipos de indstria, tambm sorequeridas para bancos e instituies financeirassimilares, especialmente considerando a naturezade suas operaes. Abaixo citamos algumas delas:

    o valor justo para cada classe de ativos epassivos, consistente com os requisitos paraoutros instrumentos financeiros;

    uma anlise de ativos e passivos considerando o

    seu prazo de vencimento/renegociao;

    concentrao significativa de ativos e passivospor rea geogrfica, cliente ou grupo deindstrias ou outras concentraes de risco;

    detalhes de perdas com emprstimos.

    Obs: Esta norma est sendo substituda pelo IFRS 7. Aprxima verso deste sumrio j trar esta atualizao.

    O rigor da divulgao nasdemonstraes contbeis de bancose outras instituies financeirassimilares no Brasil regulada pelasnormas do Banco Central. Emtermos de divulgao no hgrandes diferenas, alm do fato deque no Brasil, o balano patrimonialdos bancos segrega ativos epassivos entre circulante e longo

    prazo.As notas explicativas propiciamdetalhes que auxiliam o usurio aformar suas concluses.

    A norma noafetacontabilizaode ativos,passivos outransaes. Anorma trataexclusivamentede divulgao.

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    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    IAS 31 - Participao em empreendimentos conjuntos (joint ventures)

    Uma joint venture um acordo contratual pelo qualduas ou mais partes empreendedores ou venturersempreendem uma atividade econmica, sujeita a umcontrole conjunto.

    Controle conjunto definido como uma partilhaestabelecida em contrato do controle de uma atividadeeconmica. Um venturer deve contabilizar seuinvestimento considerando o tipo de joint venture:operaes controladas em conjunto, ativos controlados

    em conjunto e entidades controladas em conjunto. Otipo mais comum de joint venture a entidadecontrolada em conjunto. Para tais entidades, os scioscontroladores incluem em suas demonstraescontbeis consolidadas sua participao na investidautilizando o mtodo de equivalncia patrimonial ou aconsolidao proporcional.

    Na formao da joint venture o investidor deve mensuraro investimento pelo valor justo do valor contribudo,incluindo dos itens no-monetrios, caso tenha sidodesta forma a contribuio.

    Quando itens no-monetrios so transferidos para a

    joint venture, ganhos e perdas so reconhecidos medida que os riscos e benefcios mais significativosrelacionados queles itens tenham sido transferidospara a joint venture e os ganhos e perdas possam sermensurados de maneira confivel.

    Ganhos e perdas no devem ser reconhecidos quandoos ativos contribudos na joint venture por um dosventurers so similares aos ativos contribudos pelooutro venturer. Se o venturer recebe valor adicional naforma de caixa ou algum ativo no-monetrio nosimilar do contribudo por ele, uma parcela do ganho natransao deve se reconhecido pelo venturer como

    receita. Ganhos e perdas no realizados relacionadoscom itens no-monetrios devem ser apresentadosreduzindo/aumentando o valor dos ativos nasdemonstraes consolidadas.

    As prticas contbeis adotadas noBrasil requerem o uso daconsolidao proporcional no casode entidades controladas emconjunto. No h opo para aplicaro mtodo de equivalncia.

    Demonstraescontbeisconsolidadas ede empresascominvestimentosem coligadas econtroladas.

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    IAS 32 - Instrumentos financeiros: divulgao e apresentao

    Esta norma trs as principais definies relacionadas ainstrumentos financeiros, tratando principalmente dedivulgao e apresentao desses instrumentosfinanceiros nas demonstraes contbeis.

    Instrumentos financeiros - definio

    Instrumento financeiro qualquer contrato que dorigem a um ativo financeiro de uma entidade e umpassivo financeiro ou instrumento de patrimnio de umaoutra entidade:

    Ativo financeiro - caixa, um instrumentopatrimonial de outra entidade (ex: aes), um direitocontratual de receber caixa ou outro ativo financeiroou de trocar ativos financeiros e passivosfinanceiros com outra entidade sob condies queso potencialmente favorveis para a entidade econtratos onde a liquidao se dar pelorecebimento de instrumentos patrimoniais daprpria entidade obedecidas certas condies;(Exemplos: contas a receber, emprstimosconcedidos, swapsmovendo favoravelmente,opes compradas, aes etc)

    Passivo financeiro- uma obrigao contratual deentregar caixa ou outro ativo financeiro ou de trocarativos financeiros e passivos financeiros com outraentidade sob condies que so potencialmentedesfavorveis para a entidade e contratos onde aliquidao se dar pela entrega de instrumentospatrimoniais da prpria entidade obedecidas certascondies; (Exemplos: contas a pagar afornecedores, emprstimos e financiamentos,swapsmovendo desfavoravelmente etc)

    Instrumento patrimonial- qualquer contrato que

    evidencie uma participao residual nos ativos deuma entidade depois de deduzidos seus passivos.(Exemplos: aes)

    Um instrumento financeiro reconhecido nasdemonstraes contbeis da entidade quando aentidade se torna parte do contrato referido acima.

    Instruo CVM 235/95, Ofcio-Circular/CVM/SNC/SEP N 01/2005, Comunicado IBRACON 02/2002, Lei 6.404/76.

    As normas brasileiras que tratam decontabilizao e divulgao deinstrumentos financeiros ainda soincipientes no Brasil. No aspecto decontabilizao, exceto no caso das

    normas emitidas pelo Banco Centraldo Brasil - BACEN e pelaSuperintendncia de SegurosPrivados - SUSEP, inexiste no Brasilnorma tratando da contabilizao deinstrumentos financeiros.

    Com relao divulgao deinstrumentos financeiros, as normasatualmente existentes, apesar deinicialmente ser aplicveis paraentidades de capital aberto,instituies financeiras eseguradoras j esto incorporadascomo prtica contbil adotada noBrasil e no diferemsignificativamente na teoria dasnormas internacionais, apesar de naprtica ainda estar em evoluo.

    A principal diferena da IAS 32 emrelao prtica contbil adotada noBrasil diz respeito classificao deinstrumentos financeiros entreinstrumentos de dvida einstrumentos patrimoniais. Acontabilidade no Brasil neste

    aspecto ainda muito baseada naforma legal do instrumento. Assim,instrumentos tais como aesresgatveis, que na normainternacional devem serclassificados como instrumento dedvida, no Brasil so tratados comoinstrumentos de patrimnio.

    Patrimniolquido e exigvela longo prazo.O IAS 32 afeta obalanoprincipalmentena classificaode instrumentosfinanceiroscomo

    instrumentos dedvida e/ouinstrumentospatrimoniais.

    Os efeitosgerados porestesinstrumentos(ex: juros,dividendos, etc.)transitam peloresultado ou

    diretamente pelopatrimniolquido deacordo com aclassificao doinstrumento.Dessa forma, adiferena declassificaotem efeitos nosomente nobalanopatrimonial, mas

    tambm noresultado doperodo.

    (continua)

  • 8/3/2019 BRGaap X IFRS

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    Sumrio da Comparao das Prticas Contbeis Adotadas noBrasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS

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    Descrio da Norma Internacional Principais diferenas em relao norma brasileira

    Principais reas das

    demonstraescontbeis afetadas

    Excluses do escopo da norma

    Esto fora do escopo da norma os seguintesinstrumentos finance