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Prefeitura Municipal de São PauloSecretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente
Departamento de Planejamento Ambiental
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
Apresentação realizada no Seminário “A Árvore no Cotidiano de Santo Amaro”
Geóloga Patricia Marra Sepe
09 de abril de 2011
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
Na presente exposição pretende-se abordar:
1. As Incertezas da Ciência do Clima
2. O que diz o IPCC
3. As emissões de GEE e as cidades
4. As mudanças climáticas na cidade de SP nos últimos100 anos
5. As dimensões éticas e políticas das Mudanças doClima
6. Reflexões para a cidade de SP
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
As Incertezas da Ciência do Clima
1994 : Convenção – Quadro das Nações Unidas sobreMudança do Clima marca o início da discussão, a nível mundial,da temática das mudanças climáticas globais.
Últimos anos da década de 2000 que esta temática extrapolao universo restrito dos climatologistas e passa a incorporar odiscurso de governantes, organizações não governamentais e oimaginário da sociedade em geral, ainda que não haja umconsenso sobre a extensão e velocidade de seus efeitos, ou atémesmo de sua existência.
Entre os céticos se questiona, por exemplo, a efetividadedesses processos, principalmente, considerando que asmudanças climáticas poderiam refletir variações cíclicas, emescala de tempo muito mais ampla do que escala de medição detemperatura de que se dispõe.
As Incertezas da Ciência do Clima
O alicerce da chamada “ciência do clima” ou dasmudanças climáticas globais se baseia no aumento dasconcentrações de GEE, em especial das concentrações deCO² , emitidos por atividades humanas.
As concentrações atuais chegaram a 380 partes pormilhão (ppm) de equivalente dióxido de carbono (CO2e),excedendo os limites naturais dos últimos 650.000 anos
As Incertezas da Ciência do Clima
Paul Crutzen, prêmio Nobel de Química de 1995, considerando acrescente escala regional e global do impacto das atividadeshumanas sobre a Terra e, particularmente sua atmosfera, cunhouo termo „Antropoceno‟ para definir uma nova era geológica que seinicia após a Revolução Industrial.
Mas há controvérsias... Céticos das mudanças climáticas globais
Escala humana da observação
Dificuldades de previsão – modelos matemáticos (necessidadede adaptação de escalas)
http://www.ufrgs.br/geociencias/
Eras Períodos
I n í c i o
em anos
CenozóicaQuaternário 1.800.000
Terciário 65.000.000
Mesozóica
Cretáceo 146.000.000
Jurássico 208.000.000
Triássico 245.000.000
Paleozóica
Permiano 286.000.000
Carbonífero 360.000.000
Devoniano 410.000.000
Siluriano 440.000.000
Ordoviciano 505.000.000
Cambriano 544.000.000
Proterozóica 2.500.000.000
Arqueana 3.800.000.000
Hadeana 4.500.000.000
by Clóvis Ático Lima Filho
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
Mudanças
climáticas globais –
elevação da
temperatura da
Terra/ Glaciações
Dezenas de
períodos
glaciais/glaciações
IDADES
(anosAP)TEMPOS GEOLÓGICOS CULTURAS
ESPÉCIES
HUMANAS
Pleistoceno
Holoceno Neolítica
Homo sapiens
sapiens10.000 Mesolítica
Superior50.000 Paleolítica superior
500.000 Paleolítica médioHomo sapiens
neanderthalensis
1.000.000 Médio Paleolítica inferior Homo erectus
1.800.000 Inferior Protopaleolítica Australopithecus
Terciário
Fonte: www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter03.html
Cronologia simplificada da cultura humana no mundo (Yamaguchi, 1978 apud Suguio, 1999).
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
A escala humana da observação:
Até que época do passado é possível reconstituir os climas dopassado, visto que se presume a idade da Terra em torno de 4,6bilhões de anos?
A partir de SUGUIO (2008) – Mudanças Ambientais da Terra
Pré-cambriano, período geológico que abrange 88% dahistória do planeta Terra (4 bi. Anos) - pelo menos duasglaciações intensivas em várias partes da Terra.
No Brasil : podem ser identificadas evidências na região deJequitaí (MG) e na Chapada Diamantina (BA).
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
Durante a Era Paleozóica (de 570 milhões a 225 milhões de anos passados) atemperatura média da Terra seria superior à atual (15º C). Durante cerca de80 a 90% desta Era, as regiões polares da Terra não se apresentaramrecobertas de geleiras.
Entretanto, entre os períodos Permiano - Carbonífero (345 milhões a 280milhões de anos passados) ocorreu uma glaciação mais intensa (10 milhõesde Km², com espessuras variando de 2.000 a 3.000 m.).
A 100 quilômetros da cidade de São Paulo : evidências de glaciaçõespermocarboníferas do Supercontinente Gondwana, representadas noParque do Varvito de Itu e no Parque de Rocha “Moutonnée” de Salto.
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
Na Era Mesozóica (de 225 milhões a 65 milhões de anos), atemperatura média da Terra atingiu 30 a 33º centígrados e, mesmo nasregiões polares, as temperaturas eram variáveis entre 8 a 10ºcentígrados.
Nos primeiros tempos da Era Cenozóica (65 milhões de anos até osdias atuais) o planeta exibiu clima quente como da Era Mesozóica.
Porém no fim do Período Terciário (2 a 3 milhões de anos), opaleoclima deteriorou-se repentinamente e, em conseqüência,iniciaram-se as glaciações quaternárias.
Ocorreram mais de 20 períodos glaciais, intercalados de períodosinterglaciais, alternaram-se nos últimos 2,6 milhões de anos.
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
No Período Quaternário da Era Cenozóica (cerca de 1,81 milhão de anosaté hoje) ocorreram, no mínimo, cinco estádios glaciais. As áreas continentaiscobertas por geleiras eram bem maiores que as atuais e as temperaturasmédias de áreas tropicais eram 5º a 10º centígrados mais baixas.
Há 6 mil anos a temperatura média subiu 2º a 3º centígrados em regiões delatitudes médias e, em conseqüência, causou o degelo de parte das geleiras.
Na pré-história do Japão, este período corresponde ao período “Jômon” ,daIdade da Pedra, quando ocorreu a transgressão marinha em âmbito mundial.
No Brasil, há 5 mil anos, os níveis marinhos estiveram 3 a 5 metros acimado atual, pelo menos do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte.
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
Mudanças climáticas mais recentes :
Pequena Idade do Gelo - que se estendeu de 1540 até 1890, quando atemperatura média era inferior à atual (2º centígrados) .
Neste intervalo de tempo o recrudescimento do frio ocorreu em trêsetapas: de 1540 a 1680, de 1740 a 1770 e entre 1800 a 1890.
Durante quase 350 anos, entre 1540 e 1890, na Europa e também no Japãohouve diminuição de temperatura. Nas cadeias montanhosas dos Alpesocorreu o avanço de geleiras, que causaram estragos em estradas de vilaspiemontanas. Este período de resfriamento climático foi denominado de“Pequena Idade do Gelo”.
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
O que diz o IPCC
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPPC) é o órgão dasNações Unidas responsável por produzir informações científicas em trêsrelatórios que são divulgados periodicamente desde 1988. Os relatórios sãobaseados na revisão de pesquisas de 2500 cientistas de todo o mundo.
2007 – 4º relatório: Quarto Relatório de Avaliação do PainelIntergovernamental sobre Mudança do Clima
4 relatórios já publicados: 1990, 1995, 2001 e 2007
3 grupos de trabalho:Grupo 1 – A base das Ciências FísicasGrupo 2 - Impactos, Adaptação e VulnerabilidadeGrupo 3 - Mitigação da Mudança do Clima
Os Relatórios do IPCC
O Quarto Relatório de Avaliação do PainelIntergovernamental sobre Mudança do Clima -Contribuição do Grupo de Trabalho I (IPCC, 2007)afirma que é muito provável (probabilidade maior que90%) que a maior parte do aumento observado nastemperaturas globais médias, desde meados do séculoXX, se deva ao aumento observado nas concentraçõesantrópicas de gases de efeito estufa.
Os Relatórios do IPCC
O dióxido de carbono é o gás de efeito estufa antrópico maisimportante. A concentração atmosférica global de dióxido decarbono aumentou de um valor pré-industrial de cerca de 280ppm para 379 ppm em 2005.
A concentração atmosférica de dióxido de carbono em 2005ultrapassa em muito a faixa natural dos últimos 650.000 anos(180 a 300 ppm), como determinado a partir de testemunhos degelo.
A taxa de aumento da concentração anual de dióxido decarbono foi mais elevada durante os últimos 10 anos (média de1995 a 2005: 1,9 ppm por ano) do que desde o início dasmedições atmosféricas diretas contínuas (média de 1960 a 2005:1,4 ppm por ano), embora haja variações de um ano a outro nastaxas de aumento.
Os Relatórios do IPCC
Ainda se baseando nesse relatório, é possível afirmar queno decurso do século XXI, ou talvez em um período umpouco mais a frente, as temperaturas globais médiaspossam aumentar em mais de 5º C.
Além disso, estima-se que o aquecimento antrópico e aelevação do nível do mar continuariam durante séculos,mesmo que as concentrações de gases de efeito estufa seestabilizassem, em razão das escalas de tempo associadasaos processos climáticos e realimentações.
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
As emissões de GEE e as cidades
As mudanças climáticas e os estudos urbanos
Nas últimas décadas, o tema das mudanças climáticasglobais enquanto objeto de estudo tem ficado restrito àsciências naturais.
Só recentemente este tema passa a integrar a agendade pesquisa das ciências humanas e da área doplanejamento urbano.
Costa (2009) reconhece o pouco acúmulo nos estudosurbanos e regionais brasileiros sobre as mudançasclimáticas, vistas até recentemente como umapreocupação importante, porém distante do cotidianodas demandas sociais, das preocupações institucionais edas lutas políticas em torno das questões urbanas eambientais.
As emissões de gases de efeito estufa na cidade
Inventário Municipal de Gases de Efeito Estufa (SVMA,2005) - Centro Clima da COPPE/UFRJ, adotando ametodologia do IPCC, adaptada para o contextomunicipal. Ano base 2003
As atividades antrópicas na cidade de São Pauloemitiriam 15,7 milhões de toneladas de CO2 equivalente,o que corresponde a emissão de 1,4 toneladas de CO2
equivalente por habitante
Rio de Janeiro: 2,27 t CO2 eq./ hab.,
Cidade do México de 2,6 27 t CO2 eq./ hab,
Berlim 8,9 27 t CO2 eq./ hab
Austin 20,7 t CO2 eq./ hab (LANKAO, 2007).
Setor de transporte
responsável por 78,54%
do total das emissões
(transporte coletivo e
individual)
seguido do residencial
com 9,68% e pelo setor
industrial, com 7,17%.
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
Lei Municipal nº 14.933/2009 - Institui a PolíticaMunicipal de mudança do Clima
Novo inventário - 2010
Comunicação a cada 05 anos
Meta de Redução emissão: – 30 % , comoreferencia – ano-base de 2003 (1º inventario)
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
As dimensões éticas e políticas das mudanças do Clima
As dimensões éticas e políticas das mudanças do Clima
Desigualdades entre as nações
Populações mais vulneráveis as Mudanças Climáticas Globais
Em relação as emissões antrópicas de GEE – duas formas de desigualdade
1ª amplamente reconhecida – institucionalizada pelo Protocolo de Kyoto – 37 países do Anexo I. Ainda que a China.....
2ª desigualdade – diferenças nos valores de emissão per capita
Segundo ONU-Habitat (2011) :
• 18% da população mundial emitiria 47% dos GEE
• 82% restante – responsável pelos 53%
Segundo PNUD (2007):
O modo como o mundo lida hoje com as alterações climáticas envolveconseqüências diretas nas perspectivas de desenvolvimento humano para umagrande parte da humanidade.
O insucesso irá consignar os 40% mais pobres da população mundial cerca de 2.6bilhões de pessoas – a um futuro de oportunidades diminutas.
Irá exacerbar desigualdades profundas no seio dos países e minar os esforços paraconstruir um padrão de globalização mais inclusivo, reforçando as enormesdisparidades entre os que “têm” e os que “não têm”
Hoje já é assim:
Nos países desenvolvidos uma em cada 1500 pessoas foi afetada por um desastreclimático (furacões, enchentes, escorregamentos).
A proporção comparável nos países em desenvolvimento é de 1 para 19 .
Isto é : os moradores de países “em desenvolvimento” correm 79 vezes mais perigo deserem atingidos por um desastre climático que os moradores de países “ricos”.
As Mudanças do Clima e a EconomiaRelatório STERN:
O economista britânico Nicholas Stern, em seu relatório The economics ofclimate change, aponta que a média estimada de custo para mitigação eadaptação às mudanças climáticas seria 1% do Produto Interno Bruto mundialpor ano.
No entanto, se nada for feito, os gastos para lidar com os impactos dofenômeno subiriam para algo entre 5% a 20% do PIB do planeta anualmente.
Os níveis de emissão de CO2e são atualmente 430ppm e cresce 2ppm/ano.
Os riscos serão reduzidos significativamente se os níveis forem mantidos em450-550ppm. Isso equivale a uma redução de 25%, no mínimo, até 2050.
As Mudanças do Clima e a Economia
De acordo com o IPCC, estabilizar as emissões entre 450 e 550 ppm (partes por milhão de CO2 equivalente) custaria cerca de 0,2% a 3% do PIB global em 2030, ou menos de 0,1% por ano.
Para a OCDE, o pacote de políticas necessárias poderia custar apenas 0,03 pontos percentuais do crescimento médio anual do PIB global até 2030.
OBS: PIB Brasil 2009: US$ 1,59 trilhões • 1. Estados Unidos – US$ 14,57 trilhões• 2. Japão – US$ 4,80 trilhões• 3.China – US$ 4,78 trilhões• 4. Alemanha – US$ 3,40 trilhões
As Breves reflexões sobre as Mudanças do Climadanças do Clima e a Economia
Plano B , proposto por Lester Brown:
com um orçamento anual de US$ 187 bilhões, desenvolverações em providências sociais (US$ 77 bilhões), incluem-se educação primária universal, erradicação doanalfabetismo, merenda escolar para os 44 países maispobres, saúde reprodutiva e planejamento familiar, saúdebásica universal e disseminação do uso de preservativos.
No campo das medidas ambientais, avaliadas em US$ 110bilhões, destacam-se o plantio de árvores para seqüestrarcarbono, conter enchentes e conservar o solo, a proteção àbiodiversidade e a estabilização dos recursos hídricos.
As Mudanças do Clima e a Economia
Você acha muito?
Apenas para efeito de comparação, este valor corresponde a 13% dos gastos militares globais que supostamente atendem a uma necessidade de defesa da humanidade.
Orçamentos Militares por país e global em 2008. In: Brown, L. (2009)
Brown, L. Mobilização para salvar a civilização – Plano B
Certa vez Mahatma Gandhi refletiu :
Quantos planetas seriam precisos se a Índia seguisseos padrões de industrialização da Grã-Bretanha ??
Nos dias atuais podemos refletir:
Quantos planetas serão precisos se a China seguir ospadrões de consumo dos Estados Unidos ???
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
As mudanças climáticas na cidade de SP nos últimos 100 anos
Como estão se dando as mudanças no clima na cidade de São Paulo no último século ???
A cidade de São Paulo e as mudanças do clima
São incontestáveis os sinais de mudança do clima nacidade e em sua região metropolitana nos últimos 100anos.
Fortemente condicionadas pela intensa urbanizaçãoque ocorreu neste período: diminuição de áreasvegetadas, expansão horizontal e vertical da áreaurbana, aumento da poluição do ar
Significativos impactos : agravos a saúde, convíviocotidiano com o desconforto térmico, as enchentes eescorregamentos de encostas, em áreas com maiorfragilidade geológico-geotécnicas e vulnerabilidadesocial.
O Clima em São Paulo e o impacto da urbanização
A partir de dados do LABHIDRO – IAG/USP – 1936 a 2005
< área vegetada na cidade
>urbanização
+ poluição do ar
No período analisado:
Temperatura do ar: aumento de 2,1ºC
Precipitação : aumento de 395 mm
Umidade relativa do ar: diminuição de 7%
Ventos: zonal (E) – aumento da velocidade (0,5 m/s)
meridional (S) – diminuição de velocidade (1 m/s)
Fonte:Apresentação Prof Dr Augusto J. Pereira Filho – Labhidro/IAG/USP – CMSP/dez. 2009
Temperatura média do ar diária
1936 - 2005
Fonte: Apresentação Prof Dr Augusto J. Pereira Filho – Labhidro/IAG/USP
Precipitação média diária
1936 - 2005
Fonte: Apresentação Prof Dr Augusto J. Pereira Filho – Labhidro/IAG/USP
Umidade relativa diária
1936 - 2005
Fonte:Apresentação Prof Dr Augusto J. Pereira Filho – Labhidro/IAG/USP
TEMPERATURA (03/09/99 – 10:00h) CHUVAS TOTAIS – JAN/2004
Fonte: Atlas Ambiental do MSP, 2004
Parque do Carmo
Pari, Brás e Mooca
Vale do rio Aricanduva
Fonte:Apresentação Prof Dr Augusto J. Pereira Filho – Labhidro/IAG/USP –
CMSP/dez. 2009
O futuro climático da metrópole
Marengo et al (2007):
Para a região Sudeste, a mais populosa do país, o estudoafirma que esta região estaria submetida a um aumentoda temperatura, sendo as regiões metropolitanas maissujeitas a eventos extremos como inundações,enchentes e desmoronamentos nas áreas vulneráveiscomo as encostas de morro.
NOBRE et al ( 2010)
Entre 2070 e 2100, na RMSP haverá uma elevaçãomédia na temperatura da região de 2° C a 3° C , comaumento no número de dias quentes, diminuição nonúmero de dias frios, aumento no número de noitesquentes e diminuição no número de noites frias
Poderá dobrar o número de dias com chuvasintensas (acima de 10 milímetros) na capital paulista,com totais de chuvas acima de 30 mm em um dia,apesar dos resultados encontrados se referirem apossibilidade de ocorrência de um clima mais secoque o atual na região do estudo, com altastemperaturas diurnas e noturnas e com chuvasintensas concentradas em períodos curtos
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
Reflexões para a cidade de SP
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
São incontestáveis os sinais de mudança no clima da cidade nos
últimos 100 anos (mudanças em escala local)
Grande possibilidade de que se efetive no próximo século – mudançasdo clima na escala global, com fortes impactos na cidade
Novos paradigmas:
uso de solo
Valorização das áreas verdes
Dimensionamento/novas alternativas para infra- estruturasurbanas , em especial as de drenagem
Gerenciamento de riscos geológico-geotécnicos
Mananciais para abastecimento público
Reflexões sobre a expansão urbana, a cidade compacta e asmudanças climáticas na cidade de São Paulo
O padrão de ocupação urbana hoje existente em São Paulo eem sua região metropolitana, fortemente vinculado ànecessidade de deslocamentos populacionais cada vez maioresintra-território, desempenha o papel de maior contribuinte paraa emissão de gases de efeito estufa.
Perpetua-se o quadro de exclusão socioambiental que vem sedesenvolvendo a mais de meio século na cidade de São Paulo,tornando grande parte de sua população cada vez maisvulnerável
Além disso : a utilização de instrumentos de restrição de uso comoestratégia de preservação de áreas verdes e remanescentes florestais,isolados de outros mecanismos, vem se mostrando ao longo da históriadas cidades brasileiras, e em especial da metrópole paulistana comototalmente ineficaz.
Ainda que o Plano Diretor Estratégico e um conjunto de outrosinstrumentos legais, aprovados na última década tenham tentado inovarbuscando aliar a preocupação da conservação e recuperação ambientalaos tradicionais mecanismos urbanísticos, tal estratégia vem semostrando insuficiente para garantir no médio e longo prazo, asustentabilidade da metrópole.
Além de programas de arborização urbana e de criação de novos parquese unidades de conservação torna-se fundamental a garantia damanutenção de áreas verdes particulares.
Pode se dar através do aprimoramento de instrumentos já existentes,bem como da proposição de novos mecanismos de preservação.
Transferência do direito de construir para imóveis particulares detentoresde significativa cobertura vegetal e o pagamento por serviços ambientais
Formas urbanas mais sustentáveis – discussão não deve ficarrestrita a modelos propostos para cidades com característicashistóricas, econômicas e sociais muito distintas das cidadesbrasileiras, nem tão pouco se limitar ao debate sobre valoresideais de densidades demográficas ou de densidadesconstrutivas
Qual (is) o(s) modelo (s) para São Paulo ???
Necessidade de compreensão de que as condiçõeseconômicas, sociais e ambientais existentes na cidade hoje sãoresultantes de processos históricos de difícil reversão e cujassoluções, na maioria das vezes, extrapolam os limites de atuaçãomunicipal
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Foto: Arq. Helia Pereira
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Acervo SVMA
Breves reflexões sobre as Mudanças do Clima
Segundo Lester Brown (2009) as mudanças importantes só poderiam serocorrer se a sociedade adotasse um dos três modelos abaixo elencados:
O modelo da catástrofe : muito apregoado por cientistas, segundo o qualapenas fatos dramáticos e dolorosos levam uma sociedade a rever suas formasde pensar e agir.
O modelo que se baseia na noção de que uma sociedade só se transformadepois de um longo período de mudanças graduais de pensamento e atitude.
Terceiro modelo: toda mudança eficaz decorre de uma combinação depressão feita por setores ativistas com o apoio de fortes lideranças políticas.
Qual modelo se aplicaria a cidade de São Paulo??????
Obrigada !!!!
Contatos: [email protected]
Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente –SVMA
Departamento de Planejamento Ambiental - DEPLAN
(11) 33963224