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NEWSLETTER |setembro - outubro 2016
Ferreira da Conceição, Menezes & Associados, Sociedade de Advogados, S..P., R.L. Avenida da República, n.º 44, 2.º Dto. 1050-194 Lisboa, Portugal Telefone | + 351 21 795 05 55 Fax | + 351 21 795 74 62 E-mail | [email protected] Correspondentes nacionais: Porto e Valença; Correspondentes: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, S. Tomé e Príncipe, Espanha e Ucrânia. https://www.facebook.com/fcmsociedadedeadvogados
BREVES
Aviso n.º 11562/2016, de 22 de
setembro,
Publicado o coeficiente de
atualização dos arrendamentos
urbanos e rurais, para vigorar
durante o ano de 2017, fixado
em 1,0054.
|pág. 2
Resolução do Conselho de
Ministros n.º 67/2016, de 26 de
outubro,
Criado o Centro Nacional de
Telesaúde, com vista a reforçar
a estratégia nacional para a
promoção da telemedicina…
|pág. 2
Acórdão do Supremo Tribunal
de Justiça n.º 13/2016, de 07 de
outubro,
A condenação em pena de prisão
suspensa na sua execução, integra
o conceito de pena não privativa
da liberdade…
|pág. 3
DESTAQUES ATUALIDADE
CASTIGOS CORPORAIS A MENORES | pág. 4
Acórdão do Tribunal da Relação de
Lisboa, de 12 de outubro de 2016
PRAZO PARA PROPOSITURA DE
AÇÃO PARA RECONHECIMENTO DE
DIREITO EM MATÉRIA TRIBU-
TÁVEL | pág. 4 Acórdão do Supremo Tribunal Admi-
nistrativo, de 19 de outubro de 2016
RESPONSABILIDADE DA ENTIDADE
EMPREGADORA POR INFRAÇÃO
COMETIDA PELO TRABALHADOR |
pág. 4 Acórdão do Tribunal da Relação de Évora,
de 20 de outubro de 2016
IV ENCONTRO INTERNACIONAL DE
ARBITRAGEM| pág. 6
João Paulo Ferreira da Conceição
COBRANÇA DE DÍVIDAS - CAUTELAS | pág.
7
Manuel de Menezes
OS PRIVILÉGIOS IMOBILIÁRIOS ESPE-
CIAIS DOS TRABALAHDORES NO PRO-
CESSO DE INSOLVÊNCIA | pág. 7 Joana Barrilaro Ruas
VIOLAÇÃO DO DIREITO AO REPOUSO |
pág. 8
Matilde Mira
O IMPACTO DO REGULAMENTO 2016/679 -
CIBERSEGURANÇA | pág. 9
Filipe Schönburg de Mira
HONORÁRIOS E DESPESAS DEVIDOS AO
ADVOGADO | pág 10
Eduardo Norte Santos Silva
AGENDA DE EVENTOS | pág. 11
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BREVES
Legislação
Aviso n.º 11562/2016, de 22 de
setembro
Foi publicado o coeficiente de
atualização dos arrendamentos urbanos e
rurais, para vigorar durante o ano de
2017, fixado em 1,0054.
Portaria n.º 261/2016, de 07 de
outubro
Determina os valores dos coeficientes a
utilizar na atualização das remunerações
de referência que servem de base de
cálculo das pensões de invalidez e
velhice do sistema previdencial e das
pensões de aposentação, reforma e
invalidez do regime de proteção social
convergente.
Portaria n.º 280/2016, de 26 de
outubro
Regula o procedimento de análise
retrospetiva das situações de homicídio
ocorrido em contexto de violência
doméstica.
Resolução do Conselho de Ministros
n.º 67/2016, de 26 de outubro
Criado o Centro Nacional de TeleSaúde,
com vista a reforçar a estratégia
nacional para a promoção da
telemedicina e promover a utilização
das tecnologias de informação e
comunicação, como parte da reforma
dos cuidados de saúde.
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BREVES
Jurisprudência
Acórdão do Supremo Tribunal de
Justiça n.º 12/2016, de 04 de outubro
É uniformizada jurisprudência no
sentido de que, após a publicação da
sentença proferida em 1.ª Instância, que
absolveu o arguido da prática de um
crime semipúblico, o ofendido não pode
constituir-se assistente, para efeitos de
interpor recurso dessa decisão, tendo em
vista o disposto no artigo 68.º, n.º 3, do
Código de Processo Penal, na redação
vigente antes da entrada em vigor da Lei
n.º 130/2015, de 04 de setembro.
Acórdão do Supremo Tribunal de
Justiça n.º 13/2016, de 07 de outubro
Fixada jurisprudência, segundo a qual, a
condenação em pena de prisão suspensa
na sua execução, integra o conceito de
pena não privativa da liberdade referido
no n.º 1 do artigo 17.º da Lei n.º 57/98,
de 18 de agosto, com a redação dada
pela Lei n.º 114/2009, de 22 de
setembro.
Acórdão do Supremo Tribunal de
Justiça n.º 14/2016, 28 de outubro
Entendeu este Tribunal que, age com
abuso de direito, na vertente da tutela da
confiança, a massa falida, representada
pelo respetivo administrador, que
invoca contra terceiro - adquirente de
boa-fé de bem imóvel nela
compreendido - a ineficácia da venda
por negociação particular, por nela ter
outorgado auxiliar daquele
administrador, desprovido de poderes de
representação (arts. 1211.º e 1248.º do
Código de Processo Civil, na versão
vigente em 1992), num caso em que é
imputável ao administrador a criação de
uma situação de representação tolerada
e aparente por aquele auxiliar,
consentindo que vários negócios de
venda fossem por aquela entidade
realizados e permitindo que entrasse em
circulação no comércio jurídico
certidão, extraída dos autos de falência,
em que o citado auxiliar era qualificado
como encarregado de venda.
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DESTAQUES
o prazo de propositura de ação para
reconhecimento do direito do contribuinte a
não lhe ser liquidado o imposto único de
circulação, (já que o veículo em causa
havia sido vendido em 2008), é de 4 anos,
contados a partir da data de constituição do
direito ou do conhecimento da lesão do
interessado.
Ou seja, sublinhou o mesmo Tribunal que o
prazo de 4 anos, no caso, se inicia na data
da venda do veículo, isto é, data da
constituição do direito ao não pagamento
do imposto único de circulação, podendo,
em alternativa, iniciar-se na data em que
seja liquidado, indevidamente, o referido
imposto, momento a partir do qual o
contribuinte toma conhecimento da lesão.
Acórdão do Tribunal da Relação de
Évora, de 20 de outubro de 2016:
Responsabilidade da entidade emprega-
dora por infração cometida pelo
trabalhador
Considerou o Tribunal da Relação de
Évora, que a responsabilidade pelo
pagamento de contraordenação cometida
pelo trabalhador, motorista de viaturas
pesadas, ao adulterar o aparelho de
tacógrafo existente na viatura, cabe
exclusivamente à entidade empregadora,
não podendo esta exigir daquele qualquer
quantia.
Acórdão do Tribunal da Relação de
Lisboa, de 12 de outubro de 2016:
Castigos corporais a menores
Segundo entendimento do Tribunal da
Relação de Lisboa, comete o crime de
ofensa à integridade física qualificada
(dada a especial censurabilidade e
perversidade associada à conduta do
arguido) o pai que agride a filha, de 7
anos de idade, desferindo nesta uma
pancada com um cinto, que lhe causou
equimoses na coxa, no joelho e na perna.
Sublinhou este Tribunal a
inaplicabilidade, ao caso, do crime de
violência doméstica, na medida em que
não existia entre pai e filha uma
comunhão de vida, pressuposto essencial
para a aplicação deste tipo legal de crime,
já que o primeiro trabalhava fora de
Portugal e a criança residia com os avós
paternos, aos quais tinha sido entregue a
sua guarda.
Acórdão do Supremo Tribunal
Administrativo, de 19 de outubro de
2016: Prazo para propositura de ação
para reconhecimento de direito em
matéria tributável
Entendeu o Supremo Tribunal
Administrativo, aliás em conformidade
com o artigo 145.º, n.º 2 do Código de
Procedimento e Processo Tributário, que
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DESTAQUES
O entendimento sufragado encontra-se
em conformidade com a legislação
existente na matéria, a saber, o
Regulamento (CE) nº. 561/2006, de 15
de Março de 2016 e a Lei nº. 27/2010, de
30 de Agosto, estabelecendo ambos que a
entidade patronal, enquanto empresa de
transportes e proprietária do veículo em
causa, é responsável pelas infrações
praticadas pelos seus condutores, ainda
que "cometidas no território de outro
Estado-Membro ou de um país terceiro".
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ATUALIDADE
IV ENCONTRO INTERNA-
CIONAL DE ARBITRAGEM
Teve lugar no presente mês de
Outubro, o VI Encontro Internacional
de Arbitragem de Coimbra o qual, uma
vez mais, suscitou justificado interesse
pelas matérias abordadas e, bem assim,
como pelo conjunto de oradores e
intervenientes na iniciativa.
De entre os temas, todos com
relevância prática, considera-se de
oportunidade realizar uma curta
apreciação quanto ao dever de
revelação, que incumbe aos árbitros,
designadamente em sede de conflitos
de interesses, objeto, diga-se, de uma
"nova orientação", publicada pela ICC.
("Note to Parties and Arbitral
Tribunals on the Conduct of
Arbitration").
Assim, compete aos árbitros, desde
logo, refletir sobre a necessidade de
revelação de qualquer circunstância ou
facto suscetível de ferir a sua
imparcialidade e independência.
Para tanto, deverão levar em linha de
conta as relações mantidas entre os
respetivos escritórios de advogados e
as entidades que apresentam "interesse
económico direto no litígio".
De entre as orientações
(recomendações), veiculadas ainda pela
ICC, recorda-se que o dever de revelação
se prolonga durante toda a arbitragem.
Como exemplos de situações que
sugerem o direito de revelação contam-
se, para além do caso mais eloquente de
representação ou assessoramento de uma
das partes, a existência de relação
comercial, interesse pessoal no desfecho,
posição pública expressa quanto ao
objeto do litígio, atuação como árbitro
em caso relacionado.
Enfim, sabendo-se que a qualidade do
árbitro encerra um pressuposto
fundamental para o bom desenvol-
vimento da arbitragem, não deve o
árbitro convidado deixar de medir, com
meticuloso cuidado, todas as ligações
com relevância objetiva que possam, por
alguma forma, "inquinar" a imparcialida-
de exigível às funções que vai exercer.
Sabendo-se, aqui nos valendo de Manuel
Pereira Barrocas, "Manual de Arbitra-
gem", que a imparcialidade, quando
comparada com a independência, se situa
no "… plano subjetivo do árbitro ou do
juiz, enquanto a independência se situa
no plano objetivo".
João Paulo Ferreira da Conceição
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ATUALIDADE
COBRANÇA DE DÍVIDAS -
CAUTELAS
A injunção é um procedimento
destinado a, com celeridade, obter-se a
condenação do devedor no pagamento
de uma dívida.
A rápida recuperação daquele valor,
desejada pelo credor, que o legislador
acompanhou com a introdução de
mecanismos com esse objetivo,
traduziu-se na simplificação da
tramitação do processo de cobrança,
designadamente, na parte que aqui se
aborda, com a citação do devedor pelo
Balcão Nacional de Injunções para
pagar ou contestar o crédito
reclamado.
Não raras vezes, o devedor vê-se
justificadamente impedido de receber a
comunicação do Balcão Nacional de
Injunções, e, consequentemente, de
apresentar contestação, o que resulta
na sua condenação, permitindo ao
credor executá-lo para reaver o seu
crédito.
Nesta circunstância, o devedor apenas
poderia exercer o seu direito de defesa
no âmbito da ação executiva, por
oposição à execução e/ou penhora.
Contudo, os Tribunais têm entendido que o
devedor deve, assim que tenha
conhecimento da injunção, informar o
Balcão Nacional de Injunções do seu
impedimento, ficando esta comunicação ali
registada, comportamento que poderá, em
sede de execução, ser apreciada favora-
velmente pelo Tribunal.
Assim, aconselha-se, por ser a injunção o
meio mais utilizado para cobrança de
créditos de prestadoras de serviços de
telecomunicações, entre outras prestadoras
de serviços de massas, a maior atenção no
bom encaminhamento do assunto.
Manuel de Menezes
OS PRIVILÉGIOS IMOBILIÁRIOS
ESPECIAIS DOS TRABALHADORES
NO PROCESSO DE INSOLVÊNCIA
No âmbito do processo de insolvência, os
trabalhadores que tenham um crédito sobre
a massa insolvente, por via do contrato de
trabalho, sua violação ou cessação, não
gozam de privilégio imobiliário especial
sobre todos bens imóveis que integram o
património do empregador insolvente.
Assim o entendeu o Tribunal da Relação de
Coimbra, por Acórdão de 18 de Outubro de
2016, aliás, em consonância com a dispo-
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8
ATUALIDADE
sição legal prevenida no art. 333.º, n.º
1, alínea b) do Código do Trabalho.
De facto, aos créditos laborais do
trabalhador apenas é conferido
privilégio creditório imobiliário
especial sobre o imóvel onde o
trabalhador/credor presta a sua
atividade, à data da declaração de
insolvência, mostrando-se essencial a
prova da conexão entre o crédito e o(s)
bem(ns) onerado(s) com a garantia.
Como resulta do ainda mesmo
Acórdão, deve tratar-se “(...) dos
imóveis que pelo empregador estejam
afetados de forma estável à sua
organização empresarial, tendo em
vista o desenvolvimento da sua
atividade, para a qual contribui a
prestação de que emerge o crédito
laboral garantido.”.
Contudo, não deve ser esquecida a
jurisprudência recentemente unifor-
mizada pelo Acórdão do Supremo do
Tribunal de Justiça, n.º 8/2016, no
sentido de que os créditos dos
trabalhadores de empresa de
construção civil sobre os imóveis
construídos por esta, destinados a
comercialização “(...) estão excluídos
da garantia do privilégio imobiliário
especial previsto no art. 377º, nº 1, al.
b), do Código do Trabalho de 2003
(atual art. 333.º, n.º 1, alínea b) do
Código de Trabalho, acrescento
nosso)”.
Joana Barrilaro Ruas
VIOLAÇÃO DO DIREITO AO
REPOUSO – ANÁLISE DO
ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DA
RELAÇÃO DE GUIMARÃES, DE 9
DE JUNHO DE 2016
O Tribunal da Relação de Guimarães
decidiu, em Acórdão de 09 de junho de
2016, que viola o direito ao repouso a
emissão, no caso, de ruído proveniente
de um estabelecimento comercial,
decorrente de três compressores
existentes no mesmo, que fazem com
que os moradores acordem durante a
noite, afetando assim o seu direito ao
descanso.
No caso em análise, o Tribunal
entendeu que existe essa violação, ainda
que o ruído em questão não ultrapasse
os limites legais estabelecidos no
Regulamento Geral do Ruído (Decreto-
Lei n.º 9/2007 de 17 de Janeiro) para a
emissão de ruídos.
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9
ATUALIDADE
Cumpre, antes de mais, definir e
concretizar o direito em análise. Ora,
tal como refere o Acórdão do Supremo
Tribunal de Justiça, processo n.º
087187, de 24 de Outubro de 1995, "o
direito ao repouso, à tranquilidade e
ao sono inserem-se no direito à
integridade física e a um ambiente de
vida humana sadia e ecologicamente
equilibrada, enfim ao direito à saúde e
à qualidade de vida", que, por sua vez,
constitui um direito de personalidade,
existente na ordem jurídica Portuguesa
enquanto direito fundamental, dotado
de força jurídica relativamente a
entidades públicas e privadas, que
deverá ser, por todos, respeitado.
O Tribunal da Relação de Guimarães
sublinhou, no acórdão supramen-
cionado, a importância extrema deste
direito, alertando para o facto de que a
proteção dada aos direitos de persona-
lidade, enquanto direitos fundamentais
de um Ordenamento Jurídico, não pode
ser meramente teórica ou utópica,
sendo necessária a criação de
mecanismos que permitam uma efetiva
concretização prática destes direitos.
Assim, conclui-se que, ainda que o
Regulamento Geral do Ruído
estabeleça limites para a emissão de
ruído, nunca o mesmo pode afetar
direitos de personalidade (e fundamen-
tais) dos cidadãos, sendo a tutela destes
últimos prioritária, prevalecendo sobre a
liberdade e realização económicas.
Matilde Mira
O IMPACTO DO REGULAMENTO
2016/679, DE 27 DE ABRIL DE 2016 -
CIBERSEGURANÇA
O Regulamento 2016/679 do Parlamento
e do Conselho, de 27 de abril de 2016,
define o novo regime jurídico da proteção
das pessoas singulares no que diz respeito
ao tratamento dos dados pessoais e à livre
circulação desses dados, revogando a
Diretiva 95/46/CE, anteriormente apli-
cável.
O identificado diploma estabelece
profundas alterações no enquadramento
da proteção de dados pessoais dentro da
União Europeia e é diretamente aplicável
no ordenamento jurídico português,
alterando o paradigma regulatório exis-
tente ao obrigar a implementação de uma
série de mecanismos e procedimentos, que
se quererão conformes com o novo
Regulamento.
Quanto às novidades apontadas, entre
outras, (i) um subcontratado que, atual-
mente, não é considerado responsável,
passa a sê-lo diretamente, e (ii) surge a
figura do encarregado de proteção de da-
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10
ATUALIDADE
dos, obrigatório para as entidades da
administração pública, mas não, em
princípio, para as entidades privadas.
No que respeita às responsabilidades
por incumprimento, uma sanção
“normal” consistirá numa coima até 10
milhões de euros ou, no caso de uma
empresa, até 2% do seu volume de
negócios anual a nível mundial
correspondente ao exercício financeiro
anterior, consoante o montante que for
mais elevado, e uma sanção “grave”
consistirá numa coima até 20 milhões
de euros ou, no caso de uma empresa,
até 4% do seu volume de negócios
anual a nível mundial correspondente
ao exercício financeiro anterior,
consoante o montante que for mais
elevado.
Filipe Schönburg de Mira
SÃO DEVIDOS AO ADVOGADO
HONORÁRIOS E DESPESAS
INDEPENDENTES DE OUTORGA
DE PROCURAÇÃO
Por Acórdão proferido, com data de 29
de setembro de 2016, pelo Tribunal da
Relação de Lisboa, no processo n.º
2426/08.2YXLSB, L1-2, foi delibera-
do ser devido ao advogado o pagamento
de honorários e despesas resultantes de
atos próprios de advocacia que este haja
praticado, por vontade e no interesse de
terceiros, independentemente de outorga
de procuração para o efeito.
Porquanto - desde que se verifique que os
ditos terceiros tenham de alguma forma
participando na prática dos atos do
advogado, ou a eles anuído,
designadamente subscrevendo texto pelo
advogado ou ratificando requerimentos
subscritos por este, e/ou desde que, por
aqueles terceiros hajam sido efetuados
pagamentos ao causídico por conta de
honorários e despesas - se entende que há
vontade, ainda que só tacitamente
manifestada, de utilização da atividade
profissional do advogado.
Constituindo, por estatuição legal, "atos
próprios dos advogados", designa-
damente, a preparação e elaboração de
contratos, a prática de atos preparatórios
relativos à criação, alteração ou extinção
de negócios jurídicos, a informação e
aconselhamento jurídico que seja
prestada, a atividade desenvolvida junto
de entidades, públicas ou privadas, em
nome e benefício de terceiro.
Eduardo Norte Santos Silva
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AGENDA DE EVENTOS
A FCM participou:
13/09/2016 Lançamento do livro do Doutor Eduardo Norte Santos Silva, intitulado “Talleyrand - O
Homem e o Diplomata”, na livraria Ferin, Lda., no Chiado, em Lisboa.
15/09/2016 | 22/09/2016 | 29/09/2016 Palestras sobre “Impacto do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados nas
Empresas Privadas e na Administração Pública – Um Novo Paradigma Regulatório da
Proteção de Dados na UE?”; “Diretiva “e-Polícia” - Proteção de dados Pessoais no
Quadro das Atividades dos Órgãos de Polícia Criminal e da Ação Penal”; “Diretiva
“Cibersegurança”, Segurança das Redes e da Informação – Linhas de Força do Futuro
Enquadramento Regulatório”, que se realizaram na Faculdade de Direito da
Universidade Nova de Lisboa, em Lisboa.
26/09/2016 Conferência Inaugural do Seminário do Mar, sobre o tema “A União Europeia e as
Opções Portuguesas”, realizada na Sociedade de Geografia de Lisboa, em Lisboa.
29/09/2016 Conferência “A Zona Franca da Madeira e as Empresas Nacionais”, na Associação
Comercial de Lisboa, em Lisboa.
30/09/2016 Seminário “Oportunidades de Negócio em São Tomé e Príncipe”, no Pestana – Pousada
de Lisboa.
Inauguração da exposição "(Co)Habitar", na Casa da América Latina, em Lisboa.
13/10/2016 Conferência “Arbitragem em Direito Público”, que teve lugar no CAAD – Centro de
Arbitragem Administrativa, em Lisboa.
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19/10/2016 Worhshop “A Mediação nos Conflitos Familiares e Transfronteiros, nas instalações do
Auditório do Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa.
Conferência “As vantagens fiscais para as empresas portuguesas instalarem-se no
Centro Internacional de Negócios da Madeira”, no Núcleo de Lisboa e Vale do Tejo da
ANJE.
23/10/2016 Comemorações dos 60 anos da Revolução Húngara de 1956. Missa celebrada no
Mosteiro dos Jerónimos por S.E. o Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa.
25/10/2016 Conferência “The Hungarian Revolution Revisited”, na Universidade Católica
Portuguesa.
26/10/2016 Conferência “O.E. 2017: Propostas Fiscais”, organizado pela RFF & Associados, no
Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
27/10/2016 a 29/10/2016 VI Encontro Internacional de Arbitragem de Coimbra, na Faculdade de Direito da
Universidade de Coimbra, em Coimbra.
28/10/2016
Homenagem ao Prof. Dr. Luís de Pap, organizado pela Associação Portugal-Hungria
para a Cooperação, Câmara Municipal de Lisboa, Embaixada da Hungria e a Sociedade
Portuguesa de Reumatologia, no Museu Vieira da Silva.
"People will forget what you said. They will forget what you did. But they will never forget how
you made them feel." ( Maya Angelou)