breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição...

30
Luís A. Carvalho Rodrigues 8 de Novembro de 2012 Luí[email protected] Sustentabilidade na Saúde em Tempos de Mudança Breve olhar sobre a sustentabilidade social

Upload: hoangthu

Post on 21-Nov-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Luís A. Carvalho Rodrigues 8 de Novembro de 2012

Luí[email protected]

Sustentabilidade na Saúde em Tempos de Mudança

Breve olhar sobre a

sustentabilidade social

Page 2: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

A sustentabilidade ___________________________________________________________

Sustentabilidade refere a continuidade dos aspectos económicos, sociais, culturais e ambientais

da sociedade humana que satisfaça as necessidades das gerações atuais, sem comprometer a capacidade das gerações futuras

Porém não podemos privilegiar a noção homeostática (do sistema estático, que se autoregula) antes a perspectiva da homeorese, a do sistema que evolui (diacronia) por aprendizagem (J. Piaget)

Nas sociedades a sustentabilidade requer:

• Desenvolvimento através do conhecimento

• Condições para mais motivação: flexibilidade, responsabilidade, liderança

• Retenção do conhecimento nas organizações: incentivos

• Mobilização do capital social (um stock de normas e das redes sociais que as

comunidades podem aproveitar para resolver problemas comuns. As redes cívicas tais como

associações da vizinhança ou e cooperativas, são uma fonte do capital social)

Page 3: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

RETRATO DO ESFORÇO NACIONAL COM A SAÚDE

I

Page 4: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Despesa com a saúde em Portugal ____________________________________

Page 5: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Despesas com a saúde União Europeia e Estados Unidos

Page 6: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Despesa com a saúde em PPC

Page 7: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Despesa com a saúde ____________________________________

Em Portugal a proporção dos gastos públicos no total cresceu desde 1980 até ao presente

numa tendência inversa à da média UE15 (decréscimo de 1,3%). Isto deve-se:

ao crescimento económico (associado à elasticidade positiva das despesas com a saúde

face ao PIB)

à velocidade da inovação e desenvolvimento tecnológicos dos domínios do diagnóstico e da

terapêutica (com custos totais crescentes )

ao envelhecimento da população (sobretudo pelos custos no período anterior à morte)

à intensidade em trabalho da prestação de cuidados de saúde (e o facto de o investimento

em capital, em saúde, não substituir trabalho, antes o exigindo mais qualificado)

Fonte: FERREIRA, A. ; HARFOUCHE, A .

CAMPOS, A. C.; RAMOS, F.

Políticas de controlo dos gastos públicos

com a saúde

Page 8: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

CONDIÇÕES DEMOGRÁFICAS EXIGENTES

II

Page 9: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Condições demográficas nacionais Distribuição etária

________________________________________________

1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0

0

5

01

51

02

52

03

53

04

54

05

55

06

56

07

57

08

58

09

59

+001

(idade)

(em percentagem do total da população)

Homens Mulheres

1987 2006

Entre 1987 e

2006, subiu de

19 para 26 o

número de

pessoas com 65

ou mais anos

de idade por

cada 100

pessoas em

idade activa

Page 10: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Distribuição da população idosa ________________________________________

Page 11: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Menos jovens, mais idosos ______________________________________________

Nos próximos anos o

número de idosos

poderá ultrapassar o

dobro do número de

jovens

Fonte: INE. 2003. Projecções da População Residente em Portugal 2000-2050.

Lisboa: INE (adaptado

Page 12: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Rácios de dependência e suas projecções (para 2025) na zona Euro ________________________________________________________

Fonte: Eurostat

citado em ECB Monthly Bulletin

– July 2000)

EU: 1995 –2025 = +- 10%

Page 13: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Constatações

• A relação entre o número de idosos e jovens traduziu-se, em 2010, num índice de

envelhecimento de 118 idosos por cada 100 jovens (112 em

2006). • O índice de dependência é um indicador relevante para o domínio dos cuidados. O número

de idosos com mais de 80 anos passou de 340 mil, em 2000,

para 484 mil, em 2010.

• A população idosa tem, em geral, rendimentos inferiores ao da população empregada: a

principal fonte de rendimento dos idosos é a pensão ou reforma; 84,1% dos pensionistas

de velhice da Segurança Social tem uma pensão mensal inferior a 500 Euros e apenas 6%

dos mesmos tem pensão superior a 1000 Euros.

• Em Portugal, a população com 65 e mais anos, de acordo com a Eurostat apresentava, em

2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como

abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

sociais

Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa

Universidade Católica Portuguesa

O Envelhecimento da População: Dependência, Ativação e Qualidade

Coordenação de: Roberto Carneiro

2012

Page 14: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Em síntese: _________________________________________

De acordo com os resultados do cenário base das Projecções de População Residente em

Portugal (INE: 2000-2050) onde se considera:

• o índice sintético de fecundidade para valores que venham a situar, em média,

em 1,7 crianças por mulher

• um aumento da esperança de vida para valores próximos dos 79 anos para os

homens e dos 85 anos para as mulheres

• fluxos migratórios positivos, mas moderados

poderá ocorrer um decréscimo populacional a partir de 2010 e até 2050, a par

com um continuado envelhecimento populacional, com um aumento do índice de

dependência de idosos para valores próximos dos 58 idosos por cada 100

pessoas em idade activa (mais do dobro dos actuais 26)

Page 15: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Desafios segundo Plano Nacional de Saúde

________________________________________________________

Envelhecer em Saúde Calcula-se que cerca de 300 mil idosos vivam isolados. Incapacidades, doenças crónicas, solidão e exclusão tendem a retirar vida aos anos de vida aumentados. É necessário intervir:

– Promovendo a criação de serviços comunitários de proximidade (SCP), sob a forma de parcerias entre centros, extensões de saúde e instituições de apoio social;

– Articulando centros de saúde, hospitais, cuidados continuados e instituições de apoio social

– Desenvolvendo nos hospitais capacidade para reabilitação imediata do paciente crónico e idoso logo após o episódio agudo e sua reinserção na família,

– Planeando correctamente os equipamentos de cuidados continuados, a fim de prevenir lacunas e redundâncias e incentivando o desenvolvimento de cuidados paliativos;

– Reactivando os cuidados de saúde no domicílio – Reforçando o apoio à família através de internamento temporário, apoio domiciliário

de saúde e recurso ao centro de contacto (contact center).

Page 16: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

RESPOSTA EM RH

III

Page 17: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

em milhares 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 δ 02-09

Total do Continente 114 116 117 119 119 119 121 122 6,57 %

I - Prestadores

directos 65 66 67 68 69 70 71 72 10,23 %

de cuidados de saúde

II- Outros

profissionais 48 49 49 50 49 48 49 49 1,61 %

Evolução dos efectivos do SNS (centros de saúde e hospitais) entre 2002 e 2009

Page 18: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

em milhares 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 δ 02-09

Total do Continente 114 116 117 119 119 119 121 122 6,57 %

Centros de saúde 26 25 26 26 26 26 27 26 0,84 %

Hospitais 88 90 90 92 92 92 93 95 8,27 %

Evolução dos efectivos do SNS (centros de saúde e hospitais)

entre 2002 e 2009

Page 19: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Enfermeiros por 1000 habitantes nos países OCDE

Fonte: OECD, Health data 2011

1. Include all nurses (care

providers, educators,

researchers, etc)

2. Data refer to all nurses

who are licensed to practice.

3. Austria reports only nurses

employed in hospitals.

4. Chile includes only nurses

working in the public sector.

Page 20: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Fonte: OECD, Health data 2011

Médicos por 1000 habitantes nos países OCDE

1. Include all doctors (care

providers, educators,

researchers, etc)

2. Data refer to all doctors

who are licensed to practice.

3. Chile includes only doctors

working in the public sector.

Page 21: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

O Índice de Desenvolvimento Humano ______________________________________________________________________ O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa que engloba três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida. Este índice é uma forma de avaliar o bem estar de uma determinada população e os valores do IDH variam de 0 a 1.

______________________________________________________________________

Quais os 10 países com melhor classificação?

Como variou o IDH de Portugal 1990? 1990 – 0.853 – 41º 1995 – 0.892 – 33º 2000 – 0.880 – 28º 2005 – 0.897 – 29º 2010 – 0.795 – 40º

1 Noruega 0,971

2 Austrália 0,970

3 Islândia 0,969

4 Canadá 0,966

5 Irlanda 0,965

6 Holanda 0,964

7 Suécia 0,963

8 França 0,961

9 Suíça 0,960

10 Japão 0,960

34 Portugal 0,909

<<A partir de 2009 existe uma outra forma de cálculo

Page 22: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Enfermeiros corr IDH = 0,3

Forte correlação entre o nº de profissionais/ 1000 hab e o IDH. Países

mais bem posicionados tem mais profissionais por 1000 hab.

Profissionais de saúde e IDH nos países da OCDE ______________________________________________________________

Page 23: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Evolução da distribuição de recursos medidos pelo coeficiente de Gini

____________________________________________________________

1998 2002 2007

Médicos 0,33 0,27 0,26

Enfermeiros 0,09 0,09 0,19

0 1

Igualdade

De distribuição

Desigualdade

Máxima de distribuição

O Quociente de Gini encontra-se

associado à Curva de Lorenz. A Curva

de Lorenz é construída por uma

sequência de pontos que são pares

de valores dados pelas frequências

relativas acumuladas de duas

variáveis, razão pela qual as escalas

de ambos os eixos assumem valores

de 0 a 1. Quando o atributo que se

pretende analisar tem uma

distribuição igual, assume o aspecto

de uma recta, chamada recta de igual

distribuição (segmento AB). Quanto

maior for a desigualdade da

distribuição ou concentração, maior

será o seio da curva e, portanto, a

área contida entre o segmento AB e

a própria curva. O Quociente de Gini é

a expressão numérica dessa área e

varia também entre 0 e 1.

Page 24: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Evolução de recursos humanos versus produção nos centros de saúde

_____________________________________________________________

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 δ 02-09

Recursos

humanos 26.132 25.823 26.726 26.895 26.970 26.704 27.350 26.351 0,84 %

Consultas

(X1000) 28.292 28.065 28.118 28.263 28.341 28.990 31.139 27.319 -3,44 %

Atendimentos

SAP/SUB

(X1000) 5.817 5.778 5.494 5.667 5.656 5.038 3.351 3.775 -35,10 %

Internamentos 18.369 13.146 11.491 10.514 7.400 3.556 1.924 1.273 -93,07 %

Page 25: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Evolução de recursos humanos versus produção nos hospitais

_________________________________________________________

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 δ 02-09

Recursos humanos 88.563 90.265 90.624 92.437 92.214 92.592 93.686 95.884 8,27 %

Consultas (X1000) 7.480 7.994 8.497 8.897 9.257 9.725 10.212 10.683 42,82 %

Internamentos

(milhares) 916 929 921 941 927 924 910 892 -2,62 %

Urgências

(milhares) 6.319 6.466 6.211 6.447 6.471 6.595 6.409 6.376 0,90 %

Page 26: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Ganhos em saúde 2001-2010 _______________________________________________________

Indicador 2001 2008 δ 01-08

Esperança de vida à nascença 77,1 78,9 2,3

Mortalidade perinatal (>=28 semanas gestação)/1000 nados vivos 5,4 4,0 - 1,4

Taxa de mortalidade fetal/1000 nados vivos 5,7 3,2 - 2,5

Taxa de mortalidade neonatal/ 1 000 nados vivos 2,8 2,1 - 0,7

Mortalidade dos 25-44 anos/ 100 000 hab 169,0 112,1 - 33,7

Taxa de mortalidade por doença isquémica cardíaca antes 65 anos/ 100 000 hab 14,9 10,1 - 4,8

Taxa de mortalidade por enfarte antes dos 65 anos/ 100 000 hab 17,2 9,9 - 7,3

Taxa de mortalidade por cancro do colo do útero antes dos 65 anos/ 100 000 mulheres 3,3 2,6% - 0,7

Taxa de mortalidade por SIDA antes dos 65 anos/ 100 000 hab 10,4 6,8 -3,6

WHO, Evaluation of the National Health Plan of Portugal (2004–2010)

Page 27: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

UM EMPENHO RENOVADO

IV

Page 28: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Futuros: factores de incremento de cuidados de saúde

__________________________________________________

A longevidade geral e a da população activa

A obesidade

Outras doenças da civilização

O sentido cultural do cuidado com a saúde

Mais exigências sociais, fruto do progresso

Page 29: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Alguns instrumentos de sustentabilidade na Gestão de RH em Saúde ___________________________________________________________

• Recrutamento exigente

• Desenvolvimento: incentivando a educação permanente, planeamento de carreira, promovendo a responsabilidade individual

• Imagem positiva

• Retenção: sistemas de incentivo

• Gestão & Liderança: estilos de gestão participativa

• Lugar à participação dos reformados

• Lugar à intervenção do capital social

Page 30: Breve olhar sobre a sustentabilidade social · 2009, uma taxa de risco de pobreza (condição considerada como abaixo de 60% do rendimento mediano) de 21,0% depois das transferências

Muito obrigado