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Brasília, 03 de novembro de 2014 às 10h09 Seleção de Notícias CNI NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS CLIPPING NACIONAL

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Brasília, 03 de novembro de 2014 às 10h09Seleção de Notícias

CNINEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS

CLIPPING NACIONAL

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cni.empauta.com

Valor Econômico | BRTemas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Governo propõe modelo novo de tributação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4EMPRESAS

Temas de Interesse | Comércio Internacional

Sergio Leo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6SERGIO LEO

Temas de Interesse | Comércio Internacional

Denúncia desestimula subsídios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8BRASIL

Temas de Interesse | Comércio Internacional

União Europeia deixa Zona Franca fora de contestação ao Brasil na OMC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9BRASIL

Temas de Interesse | Comércio Internacional

Diplomacia do país crê em desfecho favorável na OMC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11CAPA

Temas de Interesse | Infraestrutura

Conflito entre países dificulta acordo do clima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12INTERNACIONAL

Federações | FIESP

Setor de veículos cresce e analistas preveem 3º mês seguido de expansão da indústria . . . . . . . . . . 14BRASIL

O Estado de S. Paulo | BRTemas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Brasil e o Uruguai terão comércio em moeda local . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16ECONOMIA

Folha de S. Paulo | BRTemas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Venezuela faz proposta para defender preço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18MERCADO

O Globo | BRTemas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Produção de etanol sofre a pior crise em 30 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19ECONOMIA

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Correio Braziliense | BRCNI

Indústria terá gasto extra de R$ 10 bi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22ECONOMIA

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03 de novembro de 2014Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Valor Econômico

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Governo propõe modelo novo de tributaçãoEMPRESAS

Bebidas Ideia équemudanças comecem avigorar emjaneiro de 2015

Por Lorenna Rodrigues | De Brasília

O governo propôs ao setor de bebidas frias um novomodelo de tributação baseado no regime "ad va-lorem", pelo qual serão definidas alíquotas fixas paratributos federais que incidirão sobre o valor da vendados produtos. O segmento inclui cervejas, re-frigerantes, água e isotônicos.

Segundo o Valor apurou, as discussões sobre as mu-danças na cobrança de imposto foram iniciadas emreunião entre técnicos do setor com representantesdo governo realizada na semana passada, mas aindasão incipientes. O governo,porém, tem pressa, já quequer o novo modelo em vigor já em janeiro de 2015.

Paraevitarsonegação, aideiaéqueo recolhimentose-ja por substituição tributária, como ocorre no setordecigarros. Dessa forma, os fabricantes e importadoressão os responsáveis por recolher à Receita Federal ostributos incidentes em toda a cadeia. Esse tipo de pa-gamento é semelhante ao praticado no regime es-pecial incidente hoje no setor de bebidas frias efacilita a fiscalização, além de evitar que cada es-tabelecimento no varejo tenha que arcar com oscustos operacionais da tributação.

Hoje, o segmento de bebidas é tributado por um mo-delo especial "ad rem", ou seja, tributos como Im-posto sobre Produtos Industrializados (IPI) ePIS/Cofins são cobrados sobre as quantidades ven-didas. Há uma tabela de preços que serve como basede cálculo para a incidência dos impostos e o pa-gamento é definido em R$/unidade.

Os valores dessa tabela são reajustados de acordocom pesquisadepreçosno mercadofeitapela ReceitaFederal, mas o setor reclama que não há pre-visibilidade nessa correção.

Tanto o governo quanto os empresários entendemque esse regime já se exauriu. Os empresários de-fendem uma tributação mais simples, de acordo commodelo que foi apresentado em emenda do senadorRomero Jucá (PMDB-RR) à medida provisória 656,em tramitação no Congresso Nacional.

O formato preferido pelo setor privado também temuma tabela de referência para a cobrança dos tributosfederais, masestabeleceque,apartir daaprovação,osvalores passem a ser corrigidos anualmente por ín-dice de inflação medido por instituição "de notóriaespecialização". Além disso, contempla os pequenosprodutores ao prever um redutor que abate parte dostributos cobradosdequem produzmenos,com umte-to fixado em 40 milhões de litros.

O governo, no entanto, entende que a sugestão do se-tor é "mais do mesmo" por continuar utilizando umatabela de preços e manter a tributação por quan-tidades vendidas. Outro problema é aumentar a in-dexação da economia ao prever reajustes baseadosem índices depreço. Agora, aequipe econômica querchegar a um consenso com o setor para que o modeloa ser criado seja mais simples e fácil de administrar,além de ser previsível e definitivo.

A expectativa é que as conversas sejam concluídas a

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03 de novembro de 2014Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Valor Econômico

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Continuação: Governo propõe modelo novo de tributação

tempo de inserir as mudanças na MP 656, que deveser votada até o fim do ano. Emendas criando um no-vo modelo de tributação de acordo com os pa-râmetros defendidos pelo setor - com o mesmo texto- já haviam sido apresentadas por outros par-lamentares durante a tramitação de outras medidasprovisórias. Todas as vezes, porém, o trecho foi re-tirado depois de negociação com o governo. Naúltima, o governo prometeu se reunir com o setor pa-

ra definir um regime que agradasse aos dois lados.

A nova tributação deverá ser desenhada de forma amanter a incidência de impostos neutra em relação àpraticada hoje ou com pequeno reajuste, já que nesteano não houve correção na tabela base e o governonão tem espaço fiscal para novas desonerações nomomento.

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03 de novembro de 2014Temas de Interesse | Comércio Internacional

Valor Econômico

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Sergio LeoSERGIO LEO

Por Sergio Leo

À espera de Dilma na política comercial

A vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencialderruba qualquer possibilidadedequeo governopos-sa promover uma ampla revisão unilateral de tarifasde importação, para forçar empresas brasileiras acompetir com suas similares estrangeiras e forçar re-dução de preços ao consumidor brasileiro. Essa hi-pótese não chegou a ser explicitada pelo candidatoderrotado, Aécio Neves, mas estava implícita emconversasdeconselheiros econômicosdacampanha.

Com Dilma, queda generalizada de tarifas dependeráde negociações bilaterais de comércio, nas quais ogoverno espera obter vantagens também para os ex-portadores brasileiros em mercados quemantêm bar-reiras consideráveis a empresas competitivas doBrasil.

Dilma não deixou claro nem a seus interlocutoresmais próximoso quepretendefazer em matéria deco-mércio exterior. Embora o governo afirme que tempronta a oferta de cortes de tarifas para um acordo delivre comércio com a União Europeia, não mostra,até agora, intenção de cobrar pressa na apresentaçãoda proposta do lado europeu, onde a prioridade paraumacordo com os EstadosUnidos, aestagnação eco-nômica e as divergências entre os 27 membros da co-munidade europeia reduzem as expectativas degrande dinamismo nessa discussão.

Não há um plano de voo no governo que orientenegociações comerciais

Pode-se esperar mais em relação a negociações so-bre redução de barreiras não tarifárias, regras e pa-drões que afetam negativamente o comércio doBrasil com outros países e impõem custos de tran-sação que dificultam a formação de cadeias

integradas de produção com parceiros externos.Avançam discussões com os EUA e o governo pre-tende definir em breve, com apoio do setor privado,três setores para concentrar esforços de "har-monização" de regras e reconhecimento mútuo decertificados para importação.

Na Europa, o regime conhecido como Reach, de con-trole sobre produtos potencialmentedanosos àsaúde,ao ambiente e à segurança, funciona como uma bar-reira aos importados e, como se queixam os EUA nasdiscussões com os europeus, criam desequilíbrio decustos entre produtores locais e estrangeiros. Umadas demandas da indústria química brasileira na ne-gociação de comércio com a União Europeia é a cria-ção de mecanismos para facilitar o acesso deempresas menores a esse processo de certificação.

O setor privado, que, por muito tempo, defendeu empúblico a liberalização comercial e, reservadamente,listava para o governo os riscos de abertura à com-petição de certos produtos, parece temeroso de per-der investimentos e mercados para competidoresestrangeiros. Antes, empresários condicionavam aentrada nas negociações comerciais à remoção dochamado"custo Brasil". Hoje já admitem queas duastarefas podem ser coordenadas.

Não há, porém, um plano de voo para o governo, queoriente tanto negociações comerciais quanto o con-junto de medidas necessário a dar maiorcompetitividade às empresas brasileiras. Não sãoproblemas meramente conjunturais pelos reflexos dacrise financeira internacional, queprejudicam o setorprivado brasileiro, amarrado a desafios estruturaisgraves, em matéria de tributos, custos de mão de obrae burocracia.

A recusa em usar corte de tarifas como instrumentopara cobrar competitividade das empresas não sig-nifica que o governo não venha reduzindo, pon-

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03 de novembro de 2014Temas de Interesse | Comércio Internacional

Valor Econômico

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Continuação: Sergio Leo

tualmente, custos de importação de insumos emáquinas e equipamentos, quando a indústria com-prova ameaças a seus planos de investimento eprodução por abastecimento adequado no país. Se-gundo cálculo do Ministério do Desenvolvimento,apenas em 2013 cerca de US$ 17,5 bilhões em pro-dutos importados, pouco mais de 7% do total,entraram no paíssob o regimedeex-tarifário, com ta-rifas reduzidas ou zeradas.

Além das distorções criadas pela moeda des-valorizada de alguns competidores, como a Ale-manha, a China e Argentina, o governo brasileiro sequeixa de que outros fatores tornam injustas as com-parações frequentes entre o Brasil e outros países,considerados mais abertos ao comércio in-ternacional.

Parceiros comerciais com baixas tarifas médias deimportação têm, porém, alta proteção a mercadoriasespecíficas exportadas pelo Brasil, os chamados pi-cos tarifários, que podem chegar a 300% na Rússia,350% na União Europeia e 254% no México. O Bra-sil, por seu lado, tem tarifa máxima de importação de35% (apenas um produto agrícola, o pêssego, temmais que isso, 55%). Em alguns casos, cotas per-mitem pequena entrada de produtos a tarifas me-nores.

Empresas brasileiras defendem a abertura comercial,mas indicam que será dura a negociação para al-cançar essa meta. Sem redução de preços para pro-dutos intermediários como aço, plásticos e químicos,os bens finais produzidos no Brasil ficam em des-

vantagem em relação a seus competidoresinternacionais, que compram mais barato de for-necedores locais ou internacionais.

Os dirigentes do setor siderúrgico afirmam que o ex-cesso de estoques da China seria desovado no mer-cado brasileiro, em caso de redução sensível detarifas do aço e seus produtos; o setor químico alertapara o alto custo da matéria-prima (a nafta da Pe-trobras)no Brasil eacompetiçãodos produtos depaí-ses asiáticos, beneficiados por moedasdesvalorizadas, e dos EUA, onde o Estado controlacom mão deferroas vendasdegás epetróleo - umdosobstáculos ao acordo de parceria transatlântica, entreEUA e União Europeia, é a oposição da indústria quí-mica americana ao aumento de vendas de gás e óleoaos europeus.

Até para seguir com os planos existentes de acordoscomerciais, que terão alcance modesto se ficarempresos aomodelo tradicionalde troca deofertas dere-dução de tarifas de importação, os empresários en-volvidos e os negociadores brasileiros precisam deumplano devoo. Essa éuma das tarefas inadiáveis dapresidenteDilma napreparação deseu segundo man-dato.

Sergio Leo é jornalista e especialista em relaçõesinternacionais pela UnB. É autor do livro "As-censão e Queda do Império X", lançado em 2014.Escreve às segundas-feiras

E-mail: [email protected]

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03 de novembro de 2014Temas de Interesse | Comércio Internacional

Valor Econômico

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Denúncia desestimula subsídiosBRASIL

Por Marta Watanabe | De São Paulo

A denúnciadaUniãoEuropeia (UE) naOrganizaçãoMundial do Comércio (OMC )contra o Brasil, con-tra a concessão de subsídios para vários setores daeconomia, pode colocar em xeque outros programasde conteúdo local e tornar o governo brasileiro maiscuidadoso ao oferecer incentivos à indústria, se-gundo analistas. Vera Thorstensen, professora daFundação Getulio Vargas (FGV) e coordenadora doCentro do Comércio Global da instituição, diz que adenúncia deve ser vista como algo esperado. "É fun-ção doórgãodesolução decontrovérsias daOMCco-locar o assunto para discussão. Cada parte colocaráseus argumentos jurídicos e isso será positivo porquedespolitiza o debate", diz Vera.

De qualquer forma, afirma ela, serão colocados emxeque os incentivos que o Brasil oferece e que pos-suam regra de conteúdo local para o setor privado."Isso não acontece para compras públicas, porque oBrasil não é signatário dessas regras."

Welber Barral, sócio da Barral M Jorge Consultoria eex-secretário de comércio exterior, diz que o texto dadenúncia ainda não é público, mas ele acredita que ocentro da discussão deve ser o Inovar-Auto. Nessecaso,diz ele, o Brasil tem bons argumentos jurídicos."As regras da OMC fazem exceção em relação à con-

cessão de subsídios. Entre as exceções estão o es-tímulo à inovação tecnológica e ao incentivo deinstrumentos à proteção do meio ambiente. E o Ino-var-Auto está atrelado a essas duas exceções." Barralestima que a discussão dure mais de três anos, in-cluindo a decisão e a apelação. Ele acredita que adenúncia não interfere na negociação de um acordode livre comércio entre Mercosul e UE.

Para Vera, o Brasil deve apresentar seus argumentosjurídicos e "seguir a vida normal". Para ela, é umaoportunidade para que, paralelamente ao con-tencioso, tanto o bloco sul-americano quanto o eu-ropeu façam suas listas de reclamações e as levempara a mesa para que se chegue a um acordo de livrecomércio.

Na queixa apresentada na OMC, a UE acusa o Ino-var-Autodeviolar pelo menosseis artigos deacordosdaOMC. Reclama também demedidas deapoio paraos setores de informática, automação, programa parainclusão digital, e outros, listando outros cinco ar-tigosqueteriam sido violados. Outracrítica équeata-xação sobre carro importado pode chegar a 30% dovalor do veículo, mas que a taxação total pode chegara 80% combinada com as alíquotas aduaneiras e ou-tros encargos. (Colaborou Assis Moreira, de Ge-nebra)

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03 de novembro de 2014Temas de Interesse | Comércio Internacional

Valor Econômico

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União Europeia deixa Zona Franca fora decontestação ao Brasil na OMC

BRASIL

Por Daniel Rittner e Assis Moreira | De Brasília eGenebra

Em um gesto para não deteriorar as relações com oBrasil, que envolveu negociações de bastidores, aUnião Europeia (UE) desistiu de contestar naOrganização Mundial do Comércio (OMC ) asvantagens fiscais concedidas pelo governo brasileiroàs empresas instaladasnaZona Franca deManaus (Z-FM). De todos os questionamentos feitos pela UE,durante o pedido de consultas feito no primeiro se-mestre, esse era o pontoquemais irritava apresidenteDilma Rousseff.

A UE abriu na sexta-feira o que será a maior disputacomercial contra o Brasil na OMC, contestando par-te central dapolítica industrial do governodeDilmaRousseff, apenas cinco depoisdesua reeleição. A de-cisão de denunciar o Brasil ocorreu nos últimos mo-mentos da presidência do português José DurãoBarroso na Comissão Europeia, o braço executivo daUE. O Valor apurou que até o dia anterior a demandacontra o Brasil estava pendente.

A visão de Bruxelas é de que a contestação vem maiscomo uma questão de oportunidade do que uma sim-ples constatação de que Dilma não mudará nada. Eevita que o novo presidente da comissão, o lu-xemburguês Jean-Claude Juncker, já entre def-lagrando uma disputa que poderia ser interpretadacomo beligerância. Além disso, háaavaliação dequea denuncia formal contra o Brasil não foi trazida an-tes à OMC para evitar mais polêmicas em pleno pro-cesso eleitoral no Brasil.

Na prática, os europeus contestam o centro dapolítica industrial do governo de Dilma Rousseff,incluindo exigências de conteúdo local, que são nor-malmente proibidas pelas regras da OMC. A Zona

Franca, no entanto, acabou ficando de fora.

Nos bastidores, o governo brasileiro mandou um re-cado muito claro aos europeus: mesmo se sofresseuma condenação na OMC, não recuaria um mi-límetro nas políticas voltadas ao polo industrial deManaus, que tem caráter de "segurança nacional" e"desenvolvimento regional". A própria Dilma, du-rante a cúpula Brasil-UE no ano passado, em Bru-xelas, fez questão de frisar: "Assinalei a minhasurpresa de que a Europa, região tão preocupada comquestões ambientais, conteste uma produção am-bientalmente limpa,que gera emprego e renda e que éinstrumento fundamental para a gente conservar afloresta em pé". Esse recado foi reforçado pela pre-sidente durante a visita de Durão Barroso ao Brasil,em julho.

Conforme revelaram fontes dos dois lados, diante dorisco de estrago nas relações, a UE decidiu tirar dopainel que iniciará no órgão de solução de con-trovérsias da OMC toda a parte relativa à ZFM. Nasconversas informais, foi citado um caso: numa dis-puta ocorrida na década passada, em Genebra, os Es-tados Unidos venceram um duelo contra a UE emtorno das restrições europeias a alimentos ge-neticamente modificadas. Por causa da resistênciados consumidores europeus, Bruxelas preferiu sim-plesmente não cumprir as determinações da OMC.Todos chegaram à conclusão de que, caso os ques-tionamentos à ZFM fossem levados adiante, não sechegaria a lugar nenhum eo desgaste para as relaçõesdiplomáticas seria enorme.

O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Fi-gueiredo, afirmou na sexta-feira que o Brasil de-monstrará aos europeus a adequação do regimeautomotivo do país às regras da OMC: "Achamosque nosso regime é perfeitamente compatível e va-

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03 de novembro de 2014Temas de Interesse | Comércio Internacional

Valor Econômico

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Continuação: União Europeia deixa Zona Franca fora de contestação ao Brasil na OMC

mos demonstrar isso no painel".

Reservadamente, no entanto, interlocutores da di-plomacia brasileira acreditam que será muito com-plicado sustentar a defesa do Inovar-Auto. O regimetem validade até 2017 e oferece desconto no Impostosobre Produtos Industrializados (IPI) a montadorasque se comprometeram com planos de investimentono Brasil. Assessores presidenciais afirmam que ogoverno não cogita mexer no programa por causa dopainel aberto na OMC. A avaliação oficial é que ne-nhuma decisão de Genebra será implementada antesde 2017 - se os europeus saírem vitoriosos do painel,ainda existe a possibilidade de apelação por parte doBrasil.

Conforme a avaliação reservada ouvida pelo Valor,o objetivo dos europeus seria apenas garantir que oInovar-Auto não se estenda por um período adi-cional. Mas, deixando de existir, as regras da OMCnão permitem compensações em caráter retroativo.Caso saia derrotado, o Brasil ficaria impune, desdeque encerre o programa na data prevista. A UE, porsua vez, conseguiria aumentar sua munição na OMCcontra casos depolíticas industriais queenvolvamre-gras deconteúdo localeproteçãoadicional contra im-portados.

Vários governos da UE não escondiam que não davapara deixar passar as práticas brasileiras, que con-sideram uma violação de regras da OMC e que a de-núncia era necessária para restabelecer "condiçõesde igualdade'' na competição entre produtos bra-sileiros e europeus.

No argumento europeu, não dá para aceitar barragema importações em mercados que crescem, ainda maisnum cenário de recessão na Europa. Para vários go-vernos europeus, o combate à exigência de conteúdo

local praticada pelo Brasil é questão de princípio. Opaís é a sétima maior economia do mundo e tem in-fluência sobre outros emergentes. Se os programasnão forem questionados diante dos juízes da OMC,outros vão tomar o mesmo caminho, avaliam fontesde Bruxelas.

A UE deflagrou em 19 de dezembro do ano passado omecanismo de disputa contra o Brasil, pedindo con-sultas para discutir queixas de que o governo bra-sileiro adotou medidas fiscais discriminatóriascontra produtos estrangeiros e de fornecer "ajudaproibida" aos exportadores nacionais. Agora, a UEdiz que as consultas fracassaram e acusa o governobrasileiro de ter expandido e prolongado várias des-sas medidas.

Exemplifica que a menor taxação para produtos deinformática e máquinas foi estendida para até 2029,enquanto as importações continuam a ser fortementetaxadas.

Bruxelas acusa o Brasil de restringir comércio exi-gindo que produtores brasileiros usem componentesdomésticos como condição para obter desonerações.Questiona o país por proteger "manufatureiras nãocompetitivas'' dacompetição internacional e limitar aescolha de produtos acessíveis para o consumidorbrasileiro. Exemplifica que um smartphone custa50% mais no Brasil do que na Europa, mesmo comprodutores locais beneficiados com menor taxação.Desde 2011, aUE vinha reclamando do Inovar-Auto,programa que estimula a inovação na produção na-cional de carros, mas dificulta a importação. A de-manda será examinada no dia 14 pelo Orgão deSolução de Controvérsias, justamente quando a pre-sidente Dilma estará na Austrália participando doG-20. (Com Folhapress)

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03 de novembro de 2014Temas de Interesse | Comércio Internacional

Valor Econômico

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Diplomacia do país crê em desfecho favorável naOMC

CAPA

Por Daniel Rittner e Assis Moreira | De Brasília eGenebra

A diplomacia brasileira considera que a sustentaçãoda defesa do programa Inovar-Auto na OrganizaçãoMundial do Comercio será difícil, mas crê em umdesfecho favorável para o caso. Como o Valor PROantecipou na sexta-feira, a União Europeia (UE) de-nunciou formalmente o Brasil na OMC por con-cessão de subsídios que considera ilegais para váriossetores da economia. Esse seria, segundo a avaliaçãode especialistas no setor, o maior litígio comercial jáenfrentado por Brasília.

A principal contestação da UE foi ao Inovar-Auto,que tem validade até 2017 e oferece desconto no Im-posto sobre Produtos Industrializados (IPI) a mon-tadoras que se comprometeram com planos deinvestimento no Brasil. Assessores presidenciaisafirmam que o governo não cogita mudar o programapor causa do painel aberto na OMC. A avaliação ofi-cial é que nenhuma decisão de Genebra será im-plementada antes de 2017 - se os europeus saíremvitoriosos no painel, ainda existe a possibilidade deapelação por parte do Brasil. Segundo uma fonte dogoverno ouvida pelo Valor, o objetivo dos europeusseria apenas garantirqueo Inovar-Autonãoseja pror-

rogado.

Assuntos relacionados União Europeia deixa ZonaFranca fora de contestação ao Brasil na OMC

Em um gesto para não deteriorar as relações com oBrasil, que envolveu negociações de bastidores, aUnião Europeia desistiu de incluir na contestação asvantagens fiscais concedidas pelo governo brasileiroàs empresas instaladas na Zona Franca de Manaus.De todos os questionamentos feitos pela UE duranteo período de consultas no primeiro semestre, esse erao ponto que mais irritava a presidente Dilma Rous-seff.

Nos bastidores, o governo mandou um recado muitoclaro aos europeus: mesmo se sofresse uma con-denaçãonaOMC, não recuaria nas políticas voltadasao polo industrial de Manaus, que tem caráter de "se-gurança nacional" e "desenvolvimento regional". Asduas partes chegaram à conclusão de que, caso osquestionamentos à Zona Franca de Manaus fossemlevados adiante, não se chegaria a lugar nenhum e odesgaste para as relações diplomáticas seria enorme.

A02

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03 de novembro de 2014Temas de Interesse | Infraestrutura

Valor Econômico

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Conflito entre países dificulta acordo do climaINTERNACIONAL

Por Daniela Chiaretti | De São Paulo

Para a cientista brasileira Suzana Kahn, vi-ce-presidente do IPCC - o painel científico das Na-ções Unidas -, o acordo climático global, a serassinado em Paris, em 2015, é improvável. Os in-teresses conflitantes entre os países parecem serinstransponíveis para que se chegue a um tratado nacapital francesa, em 2015, quefaça frente àmudançaclimática mundial.

A engenheira brasileira teve uma amostra do an-tagonismo nas negociações em Copenhague, na Di-namarca, do resumo do Quinto Relatório deAvaliação do IPCC, divulgado ontem junto com osumário para formuladores de políticas públicas."Ver como os países agem dá a clara noção de que aprobabilidade de se ter um acordo global é muito pe-quena", diz Suzana Kahn ao Valor. "As posições dospaíses são muito arraigadas e seus objetivos, muitodiferentes."

O documento-síntese resume e integraas partes do 5ºrelatório do IPCC, que vem sendo divulgadas nos úl-timos anos. O relatório traz o que existe de mais re-cente sobre a ciência do clima, a mitigação dosgases-estufa, as vulnerabilidades e adaptação dospaíses, os eventos extremos e as energias renováveis.ele não traz novidades sobre o que foi divulgado, empartes, nos últimos 13 meses. Mesmo assim, sua ne-gociação foi difícil.

Na parte sobre mitigação de gases-estufa, por exem-plo, o grupo de países em desenvolvimento quer queseja explicitado que a redução das emissões deve serfeita desde que não comprometa o desenvolvimento.As nações mais pobres somam a erradicação da po-breza ao tópico. Países petroleiros dizem que a mi-tigação irá torná-los vulneráveis já que medidasnesta direção os levará à perda de receitas. Pequenasilhas e países africanos, muito impactados pela mu-

dança climática, alegam que só se fala em redução degases-estufa e se dá pouca ênfase à adaptação.

"Apesar de estarmos todos no mesmo planeta, a açãocoletiva se torna difícil. As posições são muito an-tagônicas", diz Suzana Kahn. Ela lembra, por exem-plo,queos paísesprodutoresdepetróleodizemqueasnações desenvolvidas consomem demais e isto tam-bém é muito impactante, em termos de clima.

"Precisamos de uma combinação de adaptação à mu-dança do clima e mitigação das emissões", disse Ra-jendra Pachauri, o presidente do IPCC, ontem emCopenhague. "Tem que ocorrer simultaneamente",seguiu. Ele lembrou que atrasar a redução das emis-sões irá causar mais danos e o custo futuro irá au-mentar muito. "O custo da inação será terrivelmentemais alto do que o custo da ação."

Entre as várias considerações do documento-síntese,o peso das emissões de gases-estufa relacionadas àenergia ganhou espaço nos debates. "As emissões re-lacionadas à energia são o grande problema da mu-dança do clima de 1950 para cá. Se quisermosresolver o problema, tem quese descarbonizar o setorenergético", diz Suzana Kahn.

A importância crescente do aumento da temperaturaglobal do planeta produziu desconforto na plenáriado IPCC. Manter ou não o primeiro gráfico do su-mário - quemostra ageraçãodeenergiacomo amaiorcontribuinte humana nas emissões de CO2 levou ho-ras de discussão. A mensagem, ali, é que o problemado aquecimentoglobal éo uso decombustíveisdeori-gem fóssil. Passou, mas com o adendo pedido pelospaíses produtores de petróleo que eles serão eco-nomias vulneráveis.

O IPCC diz que a saída para que o aumento da tem-peratura não ultrapasse os 2°C em 2100 é, entre ou-tras coisas, a drástica redução das emissões de

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03 de novembro de 2014Temas de Interesse | Infraestrutura

Valor Econômico

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Continuação: Conflito entre países dificulta acordo do clima

energia. Entre 2040 e 2070 terão que ser 90% me-nores do que eram em 2010.

A geração de energia de baixo carbono terá que in-cluir a participação massiva de renováveis, energianuclear e a plantação de florestas para fins ener-géticos. Este trio terá que representar 80% da matrizenergéticamundialentre 2040e2070 - hoje éde30%.

A geração de energia elétrica a partir de combustíveisfósseis sem sistemas de Captura e Sequestro de Car-bono (conhecidos pela sigla CCS, em inglês), deveráser completamente eliminada em 2100, recomenda oIPCC. Hoje a tecnologia de CCS vem sendo de-senvolvida no mundo (inclusive pela Petrobras), masainda não é comercialmente viável.

Ontem, em Copenhague, durante a entrevista co-letiva do lançamento da síntese do 5º relatório, BanKi-moon, secretário-geral das Nações Unidas, lem-brou que "a atmosfera e os oceanos aqueceram, aquantidade de neve e gelo diminuiu, o nível do maraumentou e a concentração de CO2 aumentou paraum nível sem precedentes nos últimos 800.000anos".

O documento enfatiza que a influência humana nosistema climático é "clara e crescente, com impactosobservados em todos os continentes". Diz, ainda que,"se não for controlada, a mudança climática au-mentará a probabilidade de impactos graves, difusose irreversíveis para as pessoas e os ecossistemas".

Os cientistas lembraram que há opções tecnológicasde redução das emissões e de adaptação às alteraçõesclimáticas. "Nós temos os meios para limitar as al-terações climáticas", disse Pachauri. "As soluçõessão muitas e permitem o contínuo desenvolvimentoeconômico ehumano. Tudooqueprecisamos éavon-tade de mudar."

" A transição para uma economia com baixo teor decarbono é tecnicamente viável", disse Youba Soko-na, co-presidente do grupo de trabalho III do IPCC."Mas faltam políticas e instituições apropriadas. "

"Priorizar aação sobre amudançaclimática está maisclaro do que nunca ", disse Pachauri. "Temos poucotempo antes que a janela de oportunidade para fi-carmos dentro de 2ºC de aquecimento se feche. Paramanter uma boa probabilidade de ficarmos abaixodos 2ºC, dentro de custos gerenciáveis, as emissõesmundiais deveriam baixar entre 40% a 70% entre2010 e 2050, caindo para zero ou abaixo disso até2100. Temos essa oportunidade, e a escolha está emnossas mãos."

"As emissões de gases-estufa estão crescendo, cres-cendo, crescendo", reforçou o alemão Ottmar Ede-nhofer, co-presidente do grupo III eeconomista-chefe do Potsdam Institute for ClimateImpactResearch (PIK). "Não estamos no caminhodeconter o aquecimento a 2ºC. Quanto mais atrasarmosos esforços de mitigação, maiores os riscos que te-remos que enfrentar."

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03 de novembro de 2014Federações | FIESP

Valor Econômico

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Setor de veículos cresce e analistas preveem 3º mêsseguido de expansão da indústria

BRASIL

Por Arícia Martins | De São Paulo

Influenciada principalmente pelo setor au-tomobilístico, a produção industrial deve crescer pe-lo terceiro mês seguido em setembro, avaliameconomistas,masasequênciadealtas ainda nãoévis-ta como uma trajetória de retomada consistente.Analistas destacam que o desempenho observadonos últimos meses é insuficiente para recuperar otombo de 1,9% da produção entre o primeiro e o se-gundo trimestres, feitos os ajustes sazonais. Alémdisso, fatores como o enfraquecimento da demanda,o elevadoacúmulodeestoqueseaconfiança em níveldeprimido ainda colocam dúvidas sobre a con-tinuidade da expansão.

A média de 17 instituições financeiras e consultoriasouvidas pelo Valor Data aponta que, após avanço de0,7% em agosto, a produção industrial subiu 0,2%em setembro, sempre em relação ao mês anterior,descontados os fatores sazonais. As estimativas paraa Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física

(PIM-PF), a ser divulgadaamanhãpelo IBGE, vãodequeda de 0,5% até alta de 1,5%. Sobre o mesmo mêsde 2013, a expectativa média é de retração de 1,6%, oquemarcaria o sétimo recuo mensal consecutivones-sa ordem.

Mariana Hauer, do banco ABC Brasil, projeta que aprodução avançou 0,3% entre agosto e setembro,mas avalia que o crescimento não será espalhado en-tre os diversos segmentos que compõem a pesquisado IBGE. A partir de dados da Anfavea, entidade quereúne as montadoras instaladas no país, Mariana cal-cula que a atividade do setor de veículos saltou 12%na passagem mensal, feitos os ajustes sazonais, prin-cipal influência dealtaem sua previsão para aPIM-P-F.

"A alta da indústria no mês deve ficar concentradanesse setor, porque outros indicadores antecedentesnão mostram variação positiva", diz. Com base emnúmeros da Associação Brasileira do Papelão On-dulado (ABPO), a economista calcula que a ex-pedição do material, considerada um bomantecedente da emissão de embalagens, diminuiu0,3% napassagem mensal. Outro indício ruim seria orecuo de 5,5% do volume exportado de produtos ma-nufaturados no período, sempre de acordo com osajustes sazonais feitos pelo ABC.

Em relatório, a equipe econômica do Bradesco afir-ma que, a despeito do aumento de 0,14% da atividadena indústria paulista em setembro, segundo o In-dicador de Nível da Atividade (INA) da Fiesp, pro-jeta ligeiro recuo da produção nacional medida peloIBGE em igual período, de 0,1%. O banco vê comosinais negativos a retração de 1,4% no consumo in-dustrial de gás natural e de 1% no consumo de ener-gia elétrica entre agosto e setembro,respectivamente.

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Valor Econômico

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Continuação: Setor de veículos cresce e analistas preveem 3º mês seguido de expansão da indústria

Analisando o conjunto de indicadoresqueantecedemo comportamento da indústria, Mariana sustenta queo pequeno avanço esperado para a produção em se-tembro não indica uma tendência de recuperação dosetor, embora seu desempenho tenha oscilado menosnos últimos meses. "Talvez quando a queda da con-fiança seja revertida, possamos perceber alguma re-cuperação", afirma.

De acordo com a medição da Fundação Getulio Var-gas (FGV), a confiança dos empresários industriaiscresceu 1,8% entre setembro e outubro, após novequedas seguidas na comparação mensal. Rafael Bac-ciotti, da Tendências, ressalta, no entanto, que o in-dicador acumulouperda de18,8% no período em queesteve em declínio. "Ainda não dá para falar em re-versão", afirma Bacciotti, que trabalha comexpansão de 1,5% da produção em setembro ante omês anterior.

Mesmo esperando alta de maior intensidade no úl-timo dado, o economista também é cético em relaçãoà possibilidade de uma reação mais forte da indústrianos últimos meses do ano. Isso porque, apesar da me-lhora na produção de veículos, não houve reação dasvendas, o que indica que o setor continuará estocado.ParaaTendências, aprodução industrialvai encolher2% em 2014, projeção que conta com expansão de

0,3% do indicador entre julho e setembro e um pe-queno crescimento no último trimestre, ainda não es-timado.

A definição do cenário eleitoral, segundo Bacciotti,pode diminuir incertezas, mas ainda há dúvidas sobrea condução da política econômica no segundo man-dato dapresidenteDilma Rousseff. Ele ainda citaqueestão no radar do empresariado o risco de ra-cionamento e expectativas de elevação dos preços deenergia elétrica, fatores que limitam uma retomadada confiança no médio prazo.

Mariana, do ABC, prevê que a produção industrialvai crescer 1,5% em 2015, depois de registrar tombode 2,5% neste ano. "Não é um número ótimo, mas ocenário já começa a mudar", observa ela, ainda que oavanço seja influenciado também por uma base bai-xa de comparação e por aumento no número de diasúteis.

Para recuperar competitividade e participação noProduto Interno Bruto (PIB), a economista avaliaque a indústria precisará se "reinventar", com maio-res investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

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O Estado de S. Paulo

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Brasil e o Uruguai terão comércio em moeda localECONOMIA

Acordo fechado entre os dois países vai permitir que,a partir de dezembro, o real e o peso sejam usados nastransações bilaterais

Adriana Fernandez

Depois da Argentina, as transações comerciais entreo Brasil eo Uruguaipoderão ser feitas namoeda localdos dois países.O sistema depagamento em real epe-so uruguaio entrará em operação em dezembro, in-formou o Banco Central (BC) brasileiro. Os testes deinformática para a implantação estão sendo con-cluídos.

O convênio para o inicio das transações foi assinadona última sexta-feira, durante a reunião dos pre-sidentes debancoscentraisdaAméricado Sul, em Li-ma, no Peru. O Sistema de Pagamentos em MoedaLocal (SML), como é chamado, substitui as tran-sações em dólares e deve facilitar o comércio de bense serviços entre o Brasil e o Uruguai.

Pelo convênio, importadores e exportadores bra-sileiros euruguaiospoderão realizar pagamentosere-ceber em suas respectivas moedas, dispensando ocontrato de câmbio. Também será possível a uti-lização do sistema para o pagamento deaposentadorias e pensões, além de remessas de pe-queno valor.

Segundo o BC, o mecanismo vai aumentar o nível deacessodos pequenosemédios agentes eaprofundar omercado em real e peso uruguaio, com redução decustos das transações. O uso do SML é voluntário.

O BC brasileiro informou que o sistema com o Uru-

guai é semelhante ao adotado com a Argentina, masinclui avanços decorrentes da experiência adquiridaao longo dos anos. Entre esses avanços, o BC cita apossibilidadedeos agentes brasileiros nãoapenas ex-portarem, mas também importarem em reais e a in-clusão de serviços não relacionados ao comércio debens.

O sistema de pagamentos com a Argentina foi criadoem 2008, mas, com a crise do país vizinho, as ope-rações têm recuado. O sistema deve ser expandidopara outros países, como o Paraguai. Outros países,como a Rússia, a índia e a China, por exemplo, já de-monstraram interesse em adotar o sistema no co-mércio bilateral com o Brasil.

Riscos. Na reunião de Lima, os bancos centrais daAmérica do Sul avaliaram que há riscos de maior vo-latilidade nos mercados financeiros internacionais emoderação naexpansão daeconomia global.A maio-ria dos paísesda região, entres eles o Brasil, terá cres-cimento menor em20i4doque havia sido projetado.

A maior volatilidade foi associada à incerteza a res-peito da normalização da política monetária ame-ricana, diminuição nos preços das matérias-primas emudanças nas expectativas sobre o desempenho daeconomia em alguns países da região.

Embora se observe uma recuperação na economiados EUA, os bancoscentraisdaAméricado Sul veemdesempenho econômico menor dos países da zonado Euro, com impacto na região. Para 2015, há umaexpectativa de recuperação no crescimento dos paí-ses sul-americanos em decorrência de "sólidos fun-damentos macroeconômicos", de acordo com

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O Estado de S. Paulo

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Continuação: Brasil e o Uruguai terão comércio em moeda local

declaração conjunta dos presidentes, divulgada apósa reunião. Também se espera que a inflação se es-tabilize naqueles países da região que têm ex-perimentado choques de oferta ou vividodesvalorização em suas moedas.

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Parceiro comercial

Estudo mostrado em Lima aponta que, na última dé-cada, aChina virouimportante parceirocomercialpa-ra a maioria das economias sul-americanas,principalmente em agropecuária e mineração.

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Folha de S. Paulo

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Venezuela faz proposta para defender preçoMERCADO

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS - Venezuela eEquador estão trabalhando em uma proposta con-junta para defender os preços do petróleo que os doispaíses vão apresentar na próxima reunião da Or-ganização dos Países Exportadores de Petróleo (O-pep), disse o presidente venezuelano, NicolásMaduro.

A Venezuela foi o primeiro país a solicitar uma reu-nião extraordinária da Opep para discutir a forte que-

da dos preços, que começou em outubro, mas a ideiarecebeu pouco apoio.

A próxima reunião da Opep acontece em 27 de no-vembro.

O preço do petróleo dos Estados Unidos acumulaqueda dequase20% desdeo fim dejulho. A médiase-manal da cesta de petróleo e refinados da Venezuela éUS$ 75,79/barril.

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O Globo

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Produção de etanol sofre a pior crise em 30 anos ECONOMIA

Anda e para

Combustível Limpo

João Sorima Neto

Sertãozinho, a356 quilômetrosdeSão Paulo, cresceua um ritmo chinês de 10% ao ano de 2003 a 2008. Pu-xadopelo boomdo etanol, com aexplosão dafrota decairos flex, o município de 120 mil habitantes atraiuinvestidores, inclusive internacionais, interessadosem produzir o combustível limpo. Mas hoje, o etanol- tecnologia brasileira desenvolvida com sucesso, emuitos subsídios, nos anos 1970, após o choque dopetróleo vive sua pior crise em 30 anos dizem os usi-neiros, em parte devido à política de controle de pre-ços da gasolina pelo governo. O setor sofre aindacom endividamento de produtores e usineiros e con-dições climáticas adversas. Com isso, o etanol, queem seu processo de produção reduz em 89% as emis-sões de C02 quando comparado à gasolina, vaiperdendo espaço para o combustível mais poluente.

Em Sertãozinho, das sete usinas, duas fecharam euma está em recuperação judicial. Sem encomendasdas usinas, as 500 indústrias metalúrgicas já ex-tinguiram 10 mil postos de trabalho e viram seu fa-turamento cair 50%.

- Caímos do 4-? para o 54-? lugar no índice Firjan dedesenvolvimento municipal, que mede a qualidadede emprego, renda, saúde e educação entre 5 mil mu-nicípios. A cidadeainda émuito dependente dacana -diz Carlos Roberto Uboni, secretário de Indústria eComércio de Sertãozinho.

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EM QUATRO ANOS, 26 USINAS FECHADASEM SP

Sertãozinho transformou-se num dos mais im-portantes polos de tecnologia e produção de álcool eaçúcar do país. Calcula-se que São Paulo respondapor 60% da cana plantada no Brasil. Mas, nos úl-timos quatro anos, 26 usinas fecharam no estado. Se-gundo produtores e usineiros, é a pior crise em 30anos e os custos superam o preço do etanol.

- É crise que não passa. Investimento em tecnologiaparou aqui - diz Antônio Eduardo Tonielo Filho, pre-sidente do Centro Nacional das Indústrias do SetorSucroenergético e Biocombustíveis.

Para a consultoria MBF Agribusiness, o en-dividamento do setor é histórico, mas houve uma so-brecarga em 2006, quando muitos apostaram naprodução do etanol como substituto do petróleo. Es-se movimento levou ao aumento dos custos deprodução e baixou o preço final do produto. O pro-blema se intensificou a partir de 2008, na criseinternacional, com menos crédito disponível. O di-retor da MBI- Marcos Françóia, lembra que osempresários têm parcela de culpa pela situação, acu-mulando anos de gestão com resultados ruins.

Dono dadestilaria Pignata, quefechou hápoucomaisde três anos, Hélio Pignata, de 82 anos, diz que haviaincentivos do governo federal para a produção deetanol. Por isso, migrou da cachaça para o álcool

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O Globo

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Continuação: Produção de etanol sofre a pior crise em 30 anos

combustível. Pequena para os padrõesdo setor,aPig-nata chegou a produzir 10 milhões de litros por safra,mas se viu enrolada em dívidas, segundo o usineiro,de R$ 50 milhões. Entrou em processo de re-cuperação judicial efoiassumida pelo empresárioRi-cardo Mansur, ex-dono do Mappin e da Mesbla. Masele acabou devolvendo-a ao descobrir que a dívidachegava a quase R$ 100 milhões.

- O preço do etanol não compensava. Quanto mais eumoía cana, mais meu prejuízo aumentava. Por isso,decidi fechar - diz Pignata.

A usina Albertina interrompeu a produção em Ser-tãozinho em 2012, após quatro anos de recuperaçãojudicial. Na época, repassou àmultinacional francesaLouis Dreyfus o direito de assumir 8 mil hectares emcontratos de arrendamento de cana. Deixou um rastrodemilharesdedemitidos,boaparte moradores do dis-trito de Cruz das Missões.

Vanderlei Mariano dos Santos, de 55 anos, trabalhoupor 25 anos na Albertina como destilador Casado epai de três filhos, diz que recebeu apenas o FGTS,mas as multas contratuais pela demissão não forampagas e está brigando na justiça. Hoje, é motorista decaminhão e ganha menos da metade dos R$ 2,3 milque recebia na usina Entre os cerca de 2 mil pequenosfornecedores de cana da região para as demais usinasde Sertãozinho, o horizonte também não é positivo.Este ano, a seca reduziu a produtividade de até 90 to-neladas por hectare, a média do estado, para 71 to-neladas por hectare. Com menos cana para moagem,algumas usinas, como a São Francisco, encerraram asafra em outubro em vez de novembro. Para a pró-xima, a previsão é de 40% de queda. Muitos estãovendendo ou arrendando parte de suas terras paragrandes grupos internacionais como saída para não

se endividarem mais, diz Manoel Ortolan, diretor daCanaoeste, que representa esses produtores: - Es-peramos que o governo anuncie o aumento de 25%para 27,5% da adição de etanol na gasolina em 2015.Seria uma alta de 1,2 bilhão de litros.

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METALÚRGICA AGORA FORNECE PARA APETROBRAS

O governo não confirma o aumento da mistura, mas oministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que agasolina pode subir ainda este ano, o que na práticabeneficia o consumo do etanol.

A Caldema, uma das maiores produtorasdecaldeiraspara usinas da cidade, produzia oito por ano até 2008.Suas vendas chegavam a R$ 320 milhões. Mas a em-presa dispensou cem funcionários. E, para não am-pliar as demissões, treinou os 450 restantes, viroufornecedora da Petrobras e construiu a primeira cal-deira que gera energia elétrica a partir da queima delixo, para Barueri (SP).

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"O preço do etanol não compensava. Quanto mais eumoía cana, mais meu prejuízo aumentava.

Por isso, decidi fechar"

Hélio Pignata

Dono da destilaria Pignata, que fechou há três anos

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03 de novembro de 2014Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

O Globo

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Continuação: Produção de etanol sofre a pior crise em 30 anos

Na web

http://glo.bo/lt0zljr

Brasil começa a produzir etanol de segunda geraçãoem escala comercial

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Série: anda e para

Ontem: Incentivos fiscais para carros são o dobro doinvestido pelos governos em transporte público ama-nhã: Acidentes de trânsito matam 54 mil por ano noBrasil e deixam 444 mil inválidos

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03 de novembro de 2014CNI

Correio Braziliense

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Indústria terá gasto extra de R$ 10 biECONOMIA

Os efeitos da conta de luz mais cara atingem desde oconsumidor residencial, que paga a tarifa social sub-sidiada, até as grandes indústrias, com uso intensivode eletricidade para produzir. Até 2018, o gasto ape-nas das indústrias associadas àAssociação BrasileiradeGrandes Consumidores Industriais deEnergiaedeConsumidoresLivres (Abrace) com o insumoserádeR$ 20 bilhões. Significaumcustoextra de47% em re-lação ao valor médio pago nos últimos quatro anos.Para todo o setor industrial, o impacto adicional seráde 22% no período, o equivalente a R$ 40 bilhões até2018, ou R$ 10 bilhões por ano.

O peso maior será sentido pelas empresas que atuamno mercado livre, que terão de desembolsar R$ 32 bi-lhões a mais no período, diz a coordenadora de Ener-gia da Abrace, Camila Schoti. Ela destaca que ossetores que mais consomem energia, como pro-dutores de alumínio, siderúrgicas e petroquímicas,são os mais impactados, pois a energia representa40% do custo de produção desses segmentos.

São indústrias duas vezes prejudicadas. "Se, agora,essas empresas serão mais afetadas pelo aumentonos gastos, quandohouveaqueda nos preçosdeener-

gia, por ocasião da MP 579 (medida provisória quemudou o marco regulatório do setor), elas também sebeneficiaram menos, pois tiveram redução média de7% na conta, enquanto que o conjunto de todos osconsumidores teve queda de 20%", conta.

Já há indústrias que preferem vender energia no mer-cado livre, que têm preços maiores, do que usar o in-sumo para aumentar a produção, ressalta Camila. Areversão desse cenário de preços elevados, explica,passa pela implantação de uma política que con-sidere a energia como um fator de política in-dustrial, "como ocorre em países que competem como Brasil", reforça.

Exemplo

Estudo da Abrace mostra que a França destinaenergia nuclear amortizada para os grandes con-sumidores industriais. Na Alemanha, há descontonas tarifas de transmissão, a exemplo do que tambémfaz o Canadá, que disponibiliza energia mais baratapara o setor. "Enquanto isso, no Brasil, teremos cus-tos adicionais", lamenta Camila.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI )dizqueaMP579 foibenéfica para o setor,masaponta di-ficuldades recentes, como falta de chuvas, que re-duziramacapacidadedereservatórios e levaram aumgasto mais elevado com usinas térmicas. A saídaemergencial para a indústria, diz Wagner Cardoso,gerente executivo de Infraestrutura da CNI, é au-mentar a eficiência energética nas práticas de pro-dução. "Os aumentos serão inevitáveis porque o paísvai ter que continuar usando praticamente 100% dastermelétricas. Mas, se o governonãotivesse editadoa

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03 de novembro de 2014CNI

Correio Braziliense

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Continuação: Indústria terá gasto extra de R$ 10 bi

MP 579, seria pior", defende.

A CNI sugereuma resposta imediatado problemape-lo governo. "É preciso melhorar a situação do con-sumidor livre. Ele não foi contemplado com a MP579", diz Cardoso, reforçando que as próximas me-didas têm de atender a todos "de forma igual". Aentidade também defende que os leilões de energiasejam regionais e por fonte. Isso porque a trans-missão também tem custo,euma geraçãopor meio de

biomassa, que é mais cara, pode se tornar mais baratase for realizada numa região próxima ao centro con-sumidor. "Por isso, a questão regional nos leilões éimportante", explica. (SK)

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cni.empauta.com pg.24

Índice remissivo de assuntosTemas de Interesse | Seção Economia -mídia nacional4, 16, 18, 19, 22

Temas de Interesse | Comércio In-ternacional6, 8, 9, 11

Temas de Interesse | Competitividade6, 14

Temas de Interesse | Indústria9, 22

Temas de Interesse | Infraestrutura12, 14, 19, 22

Temas de Interesse | Mudanças cli-máticas12

Federações | FIESP14

Federações | FIRJAN19

CNI22