brasil rotário - janeiro de 2010

68
ROTÁRIO BR S IL A ROTÁRIO BR S IL A

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Edição 1.051 da revista Brasil Rotário - Janeiro de 2010.

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Page 1: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

R O T Á R I OBR SILA

R O T Á R I OBR SILA

Page 2: Brasil Rotário - Janeiro de 2010
Page 3: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

Sumário

Ca

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SEÇÕES

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.

ROY SCHEIDER em “2010: O Ano Em Que Faremos Contato”, baseado no romance de Arthur C. Clarke

Pág. 30

25 O que há de errado com a roda denteada do seu clube?

26 Somando forças para encontrar soluções Mário de Oliveira Antonino

29 Conarc: parcerias para garantir o futuro do planeta

30 2010: o que aguarda a humanidade nesta década Luiz Renato Dantas Coutinho

40 COLUNA DOS COORDENADORES REGIONAIS DA FR Construindo o futuro do mundo Altimar Augusto Fernandes e Henrique Vasconcelos

41 COLUNA DO CHAIR DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA

A Fundação viabiliza o trabalho do Rotary Glenn Estess Sr.

05 Mensagem do presidente John Kenny

10 COLUNA DO DIRETOR DO RI A renovação da evolução Antonio Hallage

12 Quem somos nós e o que desejamos para 2010

14 Arrecadação criativa Anne E. Stein

16 Comemorações dos 85 anos

18 COLUNA DA ABTRF Duas entidades, o mesmo objetivo José Antonio Figueiredo Antiório

20 Novidades do RI

21 Mania de ter fé na vida Nuno Virgílio Neto

04 Cartas e recados Saudades

06 Curtas Brasil

08 Curtas Mundo

36 Cultura

38 Autores rotarianos

39 Rotarianos que são notícia

42 Interact e Rotaract

44 Distritos em revista

59 Senhoras em ação

60 Novos Companheiros Paul Harris

62 Novos clubes, novos amigos

Os 50 Mais

63 Aconteceu na Brasil Rotário...

64 Relax

Pág. 21

O BRASIL é o segundo país em número de transplantes de órgãos, mas há muitos desafios a serem enfrentados na área

Page 4: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

2 JANEIRO DE 2010

ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil

GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL EM 2009-10CONSELHO DIRETOR2009-10

CURADORES DA FUNDAÇÃOROTÁRIA 2009-10

PRESIDENTEJohn Kenny

PRESIDENTE-ELEITORay Klinginsmith

VICE-PRESIDENTEEric E. Lacoste Adamson

T E S O U R E I R OMichael Colasurdo Sr.

D I R E T O R E SAntonio HallageCatherine Noyer-RiveauDavid LiddiattEkkehart PandelFrederick Hahn Jr.Jackson San-Lien HsiehJohn BlountJohn LawrenceJosé Alfredo SepúlvedaK. R. RavindranKyu Hang LeeLars-Olof FredrikssonMasahiro KurodaPhilip SilversThomas Thorfinnson

SECRETÁRIO-GERALEdwin Futa

C H A I RGlenn Estess Sr.

CHAIR ELEITOCarl-Wilhelm Stenhammar

VICE-CHAIRJohn Germ

C U R A D O R E SAshok MahajanDavid MorganDoh BaeGustavo Gross C.José Antonio Salazar CruzLouis PiconiLynn HammondRon BurtonSakuji TanakaSamuel OkudzetoWilfrid WilkinsonWilliam Boyd

SECRETÁRIO-GERALEdwin Futa

DISTRITO 4310Emilio Carlos CassanoRotary Club de Piracicaba-Povoador, SP

DISTRITO 4390Elder Silveira SobralRotary Club de Itaporanga D’Ajuda, SE

DISTRITO 4410Almiro SchimidtRotary Club de Colatina-São Silvano, ES

DISTRITO 4420Roberto Luiz Barroso FilhoRotary Club de Santos, SP

DISTRITO 4430Juvenal Antonio da SilvaRotary Club de Suzano, SP

DISTRITO 4440Nelson Pereira LopesRotary Club de Rondonópolis, MT

DISTRITO 4470Sergio de Araújo PhilboisRotary Club de Corumbá, MS

DISTRITO 4480Sueli Noronha KaiserRotary Club de São José do Rio Preto, SP

DISTRITO 4490Pedro Augusto Pedreira MartinsRotary Club de Teresina-Piçarra, PI

DISTRITO 4500Francisco Leandro de Araujo Jr.Rotary Club do Recife, PE

DISTRITO 4510José Uracy FontanaRotary Club de Cândido Mota, SP

DISTRITO 4520Itamar Duarte FerreiraRotary Club de Sete Lagoas, MG

DISTRITO 4530Adriano Jorge SoutoRotary Club de Brasília-Centenário, DF

DISTRITO 4540Osvaldo PontesRotary Club de Sertãozinho, SP

DISTRITO 4550Luiz Antonio Souza CoelhoRotary Club de Itabuna, BA

DISTRITO 4560Carlos Alberto Dias CoelhoRotary Club de Itajubá, MG

DISTRITO 4570Alcio Augusto Carpes AthaydeRotary Club do Rio de Janeiro-Galeão, RJ

DISTRITO 4580José Antonio Cúgula GuedesRotary Club de Juiz de Fora-Norte, MG

DISTRITO 4590Antonio Ademir BobiceRotary Club de Limeira-Leste, SP

DISTRITO 4600Ettore Dalboni da CunhaRotary Club de Volta Redonda, RJ

DISTRITO 4610Reinaldo Aparecido DomingosRotary Club de São Paulo-Jabaquara, SP

DISTRITO 4620Clovis Rodrigues FelipeRotary Club de Avaré, SP

DISTRITO 4630José Claudiney RoccoRotary Club de Cianorte, PR

DISTRITO 4640César Luis SchererRotary Club de Marechal Cândido Rondon-Beira Lago, PR

DISTRITO 4650Ernoe EgerRotary Club de Blumenau-Norte, SC

DISTRITO 4651Paulo Fernando BrancoRotary Club de Balneário Camboriú-Norte, SC

DISTRITO 4660Olandino RobertoRotary Club de Ijuí, RS

DISTRITO 4670Paulo MeinhardtRotary Club de Xangri-lá, RS

DISTRITO 4680Carlos Roberto Silveira BorgesRotary Club de Guaíba, RS

DISTRITO 4700Evaristo AndreollaRotary Club de Sananduva, RS

DISTRITO 4710José Machado BotelhoRotary Club de Londrina-Norte, PR

DISTRITO 4720Antônio Lopes LourençoRotary Club de Belém-Norte, PA

DISTRITO 4730Alcino de Andrade TigrinhoRotary Club de São José dos Pinhais-Afonso Pena, PR

DISTRITO 4740Estanislao Díaz DávalosRotary Club de Chapecó-Oeste, SC

DISTRITO 4750Luiz Oscar SpitzRotary Club de Araruama, RJ

DISTRITO 4760Maria Inês Silveira CarlosRotary Club de Francisco Sá-Norte, MG

DISTRITO 4770Nelson Marra de OliveiraRotary Club de Ipameri, GO

DISTRITO 4780Lia Silvia Souza PereiraRotary Club de Caçapava do Sul-Sentinela, RS

ROTARY INTERNATIONALONE ROTARY CENTER 1560 SHERMAN AVENUE EVANSTON, ILLINOIS, USA

www.rotary.org

Page 5: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

3BRASIL ROTÁRIO

LeiaQ

Ano 85 Janeiro, 2010 nº1051

Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário

CNPJ 33.266.784/0001-53 � Inscrição Municipal 00.883.425

Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria

Rio de Janeiro – RJ � Tel: (21) 2506-5600 / FAX: (21) 2506-5601

Site: www.brasil-rotario.com.br � E-mail: [email protected]

CONSELHO SUPERIOR (Colégio de Diretores do RI – Zonas 22 e 23 A)

EXPEDIENTE

EDITOR: Carlos Henrique de Carvalho Fróes

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. 25583RJ

REDATOR-CHEFE: Nuno Virgílio Neto

REDAÇÃO: Alex Mendes, Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, MariaCristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré

DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira

IMPRESSÃO: Log & Print Gráfica e Logística S.A.

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 54.200 exemplares

ENDEREÇO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJCEP 20040-006 – Tel.: (21) 2506-5600

E-MAIL DA REDAÇÃO: [email protected]: www.brasil-rotario.com.br

*As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO 2009-11Diretoria ExecutivaPres identeCarlos Henrique de Carvalho FróesVice-Presidente de OperaçõesEdson Avellar da SilvaVice-Presidente de AdministraçãoWaldenir de BragançaVice-Presidente de FinançasWilmar Garcia BarbosaVice-Presidente dePlanejamento e ControleBemvindo Augusto DiasVice-Presidente de MarketingJosé Alves FortesVice-Presidente de RelaçõesInst i tuc iona isCarlos Jerônimo da Silva GueirosVice-Presidente JurídicoJorge Bragança

MEMBROS EFETIVOSAdelia Antonieta VillasFernando Antonio Quintella RibeiroHertz UdermanJosé Luiz FonsecaJosé Moutinho DuarteJosé Ubiracy SilvaNelson Pereira LopesRicardo Vieira Lima Magalhães Gondim

MEMBROS SUPLENTESAntônio VilardoAroldo Mendes de AraújoHerlon Monteiro Fontes

GERENTE EXECUTIVOGilberto Geisselmann

ASSESSORESAlberto de Freitas Brandão BittencourtDulce Grünewald Lopes de OliveiraEduardo Alvares de Souza SoaresEduardo de Barros PimentelFausto de Oliveira CamposFernando Teixeira Reis de SouzaFlávio Antônio Queiroga MendlovitzGedson Junqueira BersaneteGeraldo da ConceiçãoIvo Arzua Pereira

Joper Padrão do Espírito SantoMilton Ferreira TitoTaketoshi HiguchiVicente Herculano da Silva

CONSELHO FISCALMembros efetivosNilson MouraRil MouraSebastião Porto (coordenador)Sup lentesArtur Vieira da CruzCarmelinda Amália Maria MaliskaCleofas Paes de Santiago

CONSELHO CONSULTIVODE GOVERNADORESMembros natos efetivosGovernadores 2009-10RepresentanteNelson Pereira LopesSup lentesGovernadores eleitos 2010-11

COMISSÃO EDITORIALEXECUTIVAPres identeCarlos Henrique de Carvalho Fróes

MembrosBemvindo Augusto DiasEdson Avellar da SilvaJosé Alves FortesLuiz Renato Dantas CoutinhoNuno Virgílio NetoSecretár ioGilberto Geisselmann

CONSELHO EDITORIALCONSULTIVOPres identeCarlos Henrique de Carvalho Fróes

MembrosBemvindo Augusto DiasEdson Avellar da SilvaFernando Antonio Quintella RibeiroJosé Alves FortesJosé Ubiracy SilvaMário César de Camargo

Secretár ioGilberto Geisselmann

Mário de Oliveira Antonino(Rec i f e -PE)EDRI 1985-87

Gerson Gonçalves(Londr ina -PR)EDRI 1993-95

José Alfredo Pretoni(São Paulo-SP)EDRI 1995-97

Hipólito Sérgio Ferreira(Belo Horizonte-MG)EDRI 1999-01

Alceu Antimo Vezozzo(Cur i t i ba -PR)EDRI 2001-03

Luiz Coelho de Oliveira(L imei ra-SP)EDRI 2003-05

Themístocles A. C. Pinho(Niterói-RJ)EDRI 2007-09

Antonio Hallage(Curitiba-PR)DRI 2009-11

uando um ano começa, costumamos dar aque-la espiadinha em direção ao futuro na tentativa

de antever o que o calendário nos reserva. No casode 2010, não é apenas o ano que mudou: estamosinaugurando também uma nova década, e isso nosdeixa naturalmente curiosos sobre as mudanças queirão atingir o mundo nos próximos 10 anos.

A reportagem de capa deste mês busca anteci-par alguns desses cenários. Em entrevista a LuizRenato Dantas Coutinho, o escritor Jorge Luiz Califee o astrônomo Alexandre Cherman revisitam algu-mas previsões feitas pela ciência e pela ficção cien-tífica décadas atrás sobre onde estaríamos agora.O filme “2010: o Ano em que Faremos Contato”,baseado no livro de Arthur C. Clarke, foi talvez amais célebre dessas tentativas.

Nessa conversa com a Brasil Rotário, nossosentrevistados apontam o que realmente se confir-mou dessas previsões, o que continua fazendo par-te da ficção científica e aquilo que tempos atrásnem imaginávamos ser possível, mas hoje faz par-te do nosso dia a dia (como o telefone celular e oscomputadores portáteis).

Em relação à ciência e à tecnologia, Calife eCherman concordam num ponto: a década de 2010marcará a retomada das viagens tripuladas à Lua e aintensificação das nossas buscas pelo que existe láfora no Universo. Estamos mesmo sozinhos em nossaaventura nesse planetinha azul? Quanto tempo a vidana Terra ainda pode sobreviver às agressões do ho-mem ao ambiente e aos colapsos naturais que detempos em tempos sacodem o planeta? Abra a re-vista na página 30 e veja até onde a curiosidade hu-mana pode nos levar na viagem dessa nova década.

De uns anos para cá, temos recebido na Redação(e publicado na seção Distritos em revista) um nú-mero cada vez maior de notícias sobre Rotary Clubsbrasileiros que desenvolvem projetos de apoio àcampanha de doação de órgãos. Na reportagemMania de ter fé na vida, que começa na página 21desta edição, mostramos as histórias de alguns clu-bes que têm trabalhado para abreviar a espera dosmais de 60 mil brasileiros que estão na fila do trans-plante, apesar das grandes conquistas que o Brasilvem obtendo nesse setor da medicina – hoje so-mos o segundo país que mais realiza transplantesde órgãos no mundo.

Essas iniciativas voltadas à doação de órgãosacompanham o antigo envolvimento do rotarismobrasileiro com uma outra causa: as campanhas dedoação de sangue, realizadas há muitas décadas porvários clubes do país, e que também são tema dareportagem.

Esperamos que vocês gostem desta primeiraedição do ano.

Page 6: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

4 JANEIRO DE 2010

Cartas & Recados

Célia Lobo Paulo, ex-presidente do RC de Petrópolis, RJ, e fundadora do RC dePetrópolis-Itaipava, RJ (D.4570).

� � �

Gabriel J. de Mattos Muller, governador 1994-95 do distrito 4440 e associado doRC de Cuiabá, MT.

� � �

Marcos Thomas, governador 1994-95 do distrito 4680 e associado do RC de SantaCruz do Sul-Oeste, RS.

SaudadesSaudades

Escritório do RI no Brasil

Home page:

http://www.rotary.org.br

Endereço

Rua Tagipuru, 209

São Paulo – SP – Brasil

CEP: 01156-000

Tel: (11) 3826-2966

Fax: (11) 3667-6575

Horário: 2ª a 6ª, de

8h às 17h

Gerente

Celso Fontanell i

celso.fontanell [email protected]

Quadro Social (Assistência aos

Governadores de Distrito e aos Clubes)

Débora Watanabe

<[email protected]>

Supervisor da Fundação Rotária

Edilson M. Gushiken

<[email protected]>

Supervisor Financeiro

Carlos A. Afonso

<[email protected]>

Encomendas de Publicações, Materiais

e Programas Audiovisuais

Clarita Urey

[email protected]

Tel.: (11) 3826-2966

Fax: (11) 3667-6575

Rotary International

Secretaria (Sede Mundial)

1560 Sherman

Avenue,Evanston,

Il 60201 USA

Phone: 00-21-1847 866-

3000

Fax: 00-21-1847 328-8554

Horário: 8h30 às 16h45

(horário de Washington)

A Seu ServiçoA Seu Serviçoepercutindo o aniversário de 85 anos da Brasil

Rotário, o presidente e editor Carlos Henriquede Carvalho Fróes recebeu muitas mensagens de con-gratulações, direcionadas também aos conselheiros efuncionários.

Não faltaram menções ao esmero e qualidade da publi-cação, “trazendo reportagens de grande interesse”. Ou aoincentivo que ela promove ao crescimento e desenvolvimento dos clu-bes. Ou ainda ao seu papel estratégico dentro do rotarismo brasileiro.Falou-se, enfim, que a Brasil Rotário é motivo de orgulho.

Seria impossível, por questão de espaço, transcrever, mesmoque parcialmente, os textos. Agradecemos a todos a demonstraçãode apreço. Abaixo, trazemos o nome dos autores, líderes brasileirose companheiros do Rotary International que nos incentivam a pros-seguir um caminho iniciado em 1924:

Alceu Antimo Vezozzo,diretor do RI 2001-03Eduardo de BarrosPimentel, presidente daFundação de Rotarianos deSão Paulo e governador1964-65 do D.4610Fábio Yoshioka, em nomedo RC de São Paulo-Aclimação, SP (D.4430)Fernando Reis de Souza,do RC do Recife, PE (D.4500)Frei Eckart HermannHöfling, superintendente-geral da Ordem Terceira deSão Francisco da PenitênciaGerson Gonçalves, diretordo RI 1993-95Gilberto Scandiuzzi,governador 1988-89 doD.4480Hipólito Sérgio Ferreira,diretor do RI 1999-01Ivo Arzua Pereira,governador 1976-77 doD.4730José Alfredo Pretoni,diretor do RI 1995-97

José Antonio FigueiredoAntiório, diretor indicadodo RIJosé Luiz Fonseca,governador 2007-08 doD.4420José Luiz Scaglioni Filho eÍris, casal governador eleito2010-11 do D.4520Lessandro Bonato, do RC dePonta Grossa-Alagados, PR(D.4730)Luiz Coelho de Oliveira,diretor do RI 2003-05Milton Esteves da Silva,presidente do RC de AlémParaíba, MG (D.4580)Roberto Luiz BarrosoFilho, governador 2009-10do D.4420Taketoshi Higuchi,governador 1967-68 doD.4470Vicente Herculano daSilva, governador 1990-91 e1992-93 do D.4440Wadir Olivetti, governador1987-88 e 1991-92 do D.4510

R

Page 7: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

5BRASIL ROTÁRIO

NA REDE

Leia os pronunciamentos e

as notícias do presidente

do RI John Kenny

acessando o site

www.rotary.org/president

MEUS COMPANHEIROS ROTARIANOS,

Mensagem do

Presidente

Mensagem do

Presidente

JOHN KENNY

Presidente do Rotary International

Os romanos associavam o mês de janeiro ao seu deus de duas cabeçaschamado Jano. Uma das cabeças de Jano olhava para trás, em direçãoao ano que acabava de passar; e a outra olhava para frente, na direção

do ano que estava começando.No Rotary, o mês de janeiro assinala a metade de um ano de serviço, época

em que devemos olhar tanto para o passado como para o futuro. É o tempo dereavaliarmos as metas que estabelecemos para nós mesmos, e de ponderar-mos sobre o cumprimento das expectativas. Janeiro também é a época de exa-minarmos com honestidade nossos progressos e desafios, e de considerarmosos passos que ainda serão necessários para cumprirmos, com sucesso, o nossoplano de atividades.

Estou certo de que vocês podem se orgulhar do muito que fizeram nestesúltimos seis meses. Nas minhas viagens, pude constatar do quanto os rotarianossão capazes quando estão determinados a fazê-lo. Os rotarianos levaram águalimpa e pura aos que tinham sede, forneceram alimento e abrigo aos necessi-tados, e ajudaram a educar os que não sabiam ler e escrever. Os rotarianospromoveram o Ideal de Servir num clima de companheirismo e amizade, man-tendo os mais altos padrões de ética.

Os rotarianos têm a prerrogativa de promover as mudanças que moldarãonão só o curso dos meses, mas dos anos e das décadas que ainda estão por vir.Este é o nosso privilégio e a nossa obrigação como rotarianos – membros ge-nerosos da sociedade, que felizmente se encontram na posição de ajudar pes-soas vivendo em condições que mal podemos imaginar.

Há muito a ser feito nos próximos meses, portanto não percam nem umsegundo do seu bem mais precioso: o tempo.

Somos todos voluntários, numa organização de voluntários. Nenhum de nósfoi obrigado a se tornar rotariano: cada um de nós foi convidado a se associar eaceitou esse convite. Ano após ano e dia após dia, escolhemos continuar otrabalho que começamos, seguindo o lema Dar de Si Antes de Pensar em Si. Ocaminho pode não ser sempre o mais fácil, mas é certamente o melhor.

Quero aproveitar esta oportunidade para agradecê-los pelos serviços que jáprestaram, estão prestando e que certamente prestarão no futuro.

O Futuro do Rotary Está em Suas Mãos.

Page 8: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

6 JANEIRO DE 2010

Curtas Brasil

OR C d e A r a -

guari-Café do

Cerrado, em Minas

Gerais, fundou uma

Casa da Amizade di-

ferente, formada ex-

clusivamente pelos

cônjuges das associ-

adas do clube. Por

ocasião da visita ofi-

cial do casal gover-

nador do distrito

4770, Nelson Marra

e Elza, o presidente

Júlio César Pereira

da Cunha (primeiro

a partir da direita)

entregou o estatuto à coordenadora distrital das Ca-

sas da Amizade, ao lado dele na foto.

O casal governador ficou surpreso com a co-

ragem dos homens da instituição, mas apoiou a

José Antiório é confirmadocomo diretor indicado

EGD José Antônio Figueiredo Antiório será eleito diretor 2011-13 do RI na Conven-

ção Internacional deste ano, em Montreal, no Canadá. Como não houve candidatu-

Senhores da Casa da Amizadeiniciativa. Segun-

do a coordenadora

Elza, são homens

como eles – traba-

lhadores, despren-

didos de precon-

ceitos, com dis -

posição para en-

f r e n t a r a d u p l a

jornada como ro-

tarianos e senho-

r e s d a C a s a d a

Amizade, e preo-

cupados em aju-

dar o próximo –

que fazem do Ro-

tary uma institui-

ção importante e especial.

Completam a foto Paulo Traváglia Filho, o EGD

Getúlio Nasciutti, Augusto Rodrigues Siqueira Fi-

lho e Marcelo Inácio Marques Pereira.

Ora opositora até o prazo de 1º de dezembro, o ex-governador foi oficialmente indicado

ao cargo e tomará posse em 1º de julho de 2011.

Mais fácil e seguro

Já está disponível em www.rotary.org.br o novo sis-

tema de boletos do RI. Acesse o site e clique em

emissão de boletos. O procedimento é fácil: após o pre-

enchimento dos dados é gerado o boleto automatica-

mente, que poderá ser pago em qualquer agência ban-

cária, casas lotéricas ou pela internet.

Os boletos podem ser usados para pagamento de

per capita, contribuições à Fundação Rotária, com-

pra de publicações e feitura de outros pagamentos.

No caso das contribuições à Fundação Rotária, o

sistema implantado permite a emissão para contribui-

ções pessoais, de clubes e de distritos. Também é pos-

sível gerar múltiplas contribuições de um mesmo Ro-

tary Club em um único boleto.

Page 9: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

7BRASIL ROTÁRIO

ção do Conselho de Legislação,que se reunirá em abril, na cida-de norte-americana de Chicago.As propostas foram referendadasnas Conferências Distritais deÁguas de Lindoia, em São Paulo;Recife, em Pernambuco; Joinvi-lle e Herval d’Oeste, em SantaCatarina. Também receberamacatamento prévio do RI e se-rão levadas a debate e votaçãopelos representantes distritaisdo mundo rotário, podendo re-sultar em alteração ou amplia-ção do texto do regimento inter-no do RI.

Propostas brasileiras para o Conselho de LegislaçãoOs brasileiros propuseram:Distrito 4500RC do Recife-Casa Amarela, PE– alteração no dispositivo para in-dicação de administradores.Distrito 4590RC de Jundiaí, SP – revisão do pro-cedimento de nomeação dos repre-sentantes do Conselho de Legislação.Distrito 4650RC de Jaraguá do Sul, SC – esta-belecimento de cotas per capita quereflitam o produto interno bruto dopaís ao qual pertence o clube.Distrito 4740RC de Curitibanos, SC – solicitaraos curadores da Fundação Rotáriaque destinem a filhos de rotarianos30% das bolsas para os Centros Ro-

tary de Estudos Internacionais daPaz e Resolução de Conflitos.RC de Curitibanos-Sul, SC –uma nova definição de Rotary, in-cluindo a palavra companheirismo.RC de Maravilha, SC – adoção daPrece Rotariana, quando for con-veniente, no início das reuniões dainstituição.RC de São Joaquim-Floradasda Serra, SC – solicitar ao Conse-lho Diretor do RI a redução das co-tas per capita do RI e distrital paraassociados cujos cônjuges tambémsejam rotarianos; e solicitar que aobrigatoriedade de aquisição darevista rotária seja aplicada apenasa um dos cônjuges, quando ambosforem rotarianos.

Quantos

Somos

� NO BRASIL

Rotarianos: 53.121; Clubes: 2.333;

Distritos: 38; Rotaractianos: 14.927;

Clubes: 649; Interactianos: 16.445;

Clubes: 715; Núcleos Rotary de

Desenvolvimento Comunitário: 268;

Voluntários: 6.164; Número de

rotarianas: 10.373.

Fonte: Escritório do Rotary International

no Brasil (dados de outubro de 2009)

Quantos

Somos� NO MUNDO

Rotarianos: 1.216.530; Clubes: 33.714; Distritos: 534;

Países e regiões: 211; Rotaractianos: 180.274;

Clubes: 7.838; Países: 164; Interactianos: 281.152;

Clubes: 12.224; Países: 132;

Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 6.785;

Voluntários: 156.055; Países: 78;

Número de rotarianas: 198.080.

Apenas quatro dos 38 distri-tos brasileiros tiveram pro-postas aceitas para aprecia-

INFORME PUBLICITÁRIO

Page 10: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

8 JANEIRO DE 2010

Curtas Mundo

segundo os especialistas, irá aceleraro progresso na direção de um mundolivre da pólio. A vacina oral ambiva-lente é voltada para os dois tipos depoliovírus ainda remanescentes. Dastrês cepas de vírus, ainda circulam ostipos 1 (foto) e 3.

Num experimento de campo na Índia,comparou-se a nova vacina com os tipos 1 e 3,chegando-se à conclusão de que a vacina bivalente éno mínimo 30% mais efetiva do que a trivalente e qua-se tão efetiva quanto a monovalente, que imuniza con-tra uma cepa de vírus por vez. Porque a nova vacinavisa ao mesmo tempo os tipos 1 e 3, a vantagem logís-tica é clara, disse o dr. Bruce Aylward, diretor da Ini-ciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI, em in-glês) na Organização Mundial da Saúde. “Este tipo dedesenvolvimento tem o potencial de transformar o em-penho em erradicar a pólio,” disse ele.

� SENTADOS, A partir da esquerda: Michael Colasurdo Sr., tesoureiro; Ray Klinginsmith, presidente-eleito; JohnKenny, presidente; Eric E. Lacoste Adamson, vice-presidente; José Alfredo Sepúlveda. De pé, a partir da esquerda:Philip J. Silvers; Jackson San-Lien Hsieh; Ekkehart Pandel, Frederick W. Hahn Jr.; Antonio Hallage; David C. J.Liddiatt; Catherine Noyer-Riveau; John M. Lawrence; Lars-Olof Fredriksson; K. R. Ravindran; Kyu-Hang Lee; JohnT. Blount; Masahiro Kuroda; Thomas M. Thorfinnson; e Edwin H. Futa, secretário-geral

Conselho Diretor do RI em 2009-10

Estreia nova ferramenta na luta contra a pólioEstreia nova ferramenta na luta contra a pólioEstreia nova ferramenta na luta contra a pólioEstreia nova ferramenta na luta contra a pólioEstreia nova ferramenta na luta contra a pólio“O Rotary International tem sido fundamen-

talmente importante no GPEI, não só porser um dos pioneiros na arrecadação derecursos, mas também pela atuação po-lítica e pelo voluntarismo no campo,para o alcance da meta,” disse Aylwardpara o Clube Nacional da Imprensa em

Washington, no ano passado.De acordo com a OMS, a incidência da

pólio na Índia caiu cerca de 15%, ou 395casos em 6 de outubro, comparada com 464

casos no mesmo período do ano anterior. As campa-nhas mensais de imunização nas áreas de alto riscoreduziram a incidência do poliovírus do tipo 1 – o maisperigoso das duas cepas remanescentes – a patamaresrecordes. De acordo com a Organização Mundial daSaúde, em outubro passado foram 52 casos do tipo 1,em contraste com 344 casos do tipo 3. O tipo 1 provo-ca paralisia em aproximadamente uma de cada 200crianças infectadas, enquanto o tipo 3 paralisa uma de1.000 crianças infectadas.

A s crianças da Índia receberão brevemen-te uma nova e potente vacina que,

Page 11: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

9BRASIL ROTÁRIO

Mortalidade infantil em quedaMortalidade infantil em quedaMortalidade infantil em quedaMortalidade infantil em quedaMortalidade infantil em queda

Crescimento doRotary em 2008-09

� NIGÉRIA: INFÂNCIA em risco

Ayce Henson

declínio a intervenções de baixo custo em países e regiões pobres,como imunizações, suplementação de vitamina A e mosquiteirostratados com inseticida. A taxa de mortalidade das crianças abaixodos cinco anos caiu mais de 25%, de 90 mortes por 1.000 nascimen-tos em 1990 para 65 por 1.000, de acordo com dados divulgadospelo Unicef.

“Estas novas estatísticas enfatizam a importância do trabalho queo Rotary executa”, diz o presidente 2008-09 do RI, Dong Kurn Lee,que elegeu a mortalidade infantil como uma das prioridades do seuano presidencial. “A grande maioria das mortes infantis é prevení-vel; pode ser evitada mediante intervenções de baixo custo, comoágua filtrada, antibióticos ou a intervenção de parteiras habilitadas.”

A despeito do progresso em todas as regiões do mundo, 8,8 mi-lhões de crianças com menos de 5 anos ainda morrem anualmente,das quais 40% na República Democrática do Congo, na Índia e naNigéria, de acordo com o relatório.

A tualmente, menos 10.000 crianças morrerão do que num diatípico de 1990, e os especialistas em saúde pública creditam tal

Mesmo atravessando um ano de crise eco-nômica que balançou os mercados glo-

bais e desafiou a confiança do consumidor, omais importante ativo do Rotary – seus as-sociados – cresceu com firmeza. Em 30 dejunho havia 1.234.527 associados em 33.790Rotary Clubs, ou seja, um crescimento de3.044 associados e 520 clubes sobre o anoanterior. Mais de 5.700 clubes em 534 dis-tritos observaram crescimento de 10% oumais no ano rotário de 2008-09 em atendi-mento a uma meta do presidente do RI doperíodo, Dong Kurn Lee.

Page 12: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

10 JANEIRO DE 2010

Coluna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do Rotary Internationalotary Internationalotary Internationalotary Internationalotary International

Antonio Hallage

Coluna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do Rotary Internationalotary Internationalotary Internationalotary Internationalotary International

as palavras de nossofundador Paul Harrisexpressadas na Con-venção do RI de Chica-

go, no ano de 1930, relembra-mos: “Se o Rotary quiser ser osenhor de seu próprio destino,deverá ser sempre evolucionário– e algumas vezes também revo-lucionário”.

Certamente, a revolução alicitada não é uma revolução comarmas, mas sim uma renovaçãoda evolução, no sentido maisapropriado para a palavra, den-tro da visão Rotária.

A capacidade de renovaçãoindica evolução e crescimento. ORotary vem evoluindo nos seusmais de 100 anos de existêncianuma evolução criadora.

Ao presenciarmos na épocaatual o surgimento de um novomundo, um mundo em mudança,que traz consigo uma esperançaque chega à consciência das co-munidades, reconhecemos umsentimento que o Rotary tempropagado em sua centenáriaexistência: a união para fazer obem e promover a paz.

Atualmente, muitos temem asprevisões de desastres, pois é as-sim que nos estão querendo fa-zer crer que será o futuro. Os de-sastres acontecem apenas aosque não se alinham com a espe-rança e com a paz. A decisão deconstruir a paz e a compreensãoharmoniosa em todo o mundo fazparte da nossa opção de renovar

D

A renovação da evolução

a evolução. É uma questão de sin-tonia. É uma questão de escolha.

MUDANÇA DE ATITUDE

O Rotary, diferentemente de outrasorganizações internacionais, nãonecessita de consultoria externapara determinar seus caminhos. Aotomarmos decisões nas reuniõesdos nossos clubes e distritos (eigualmente no nível internacional)sobre a alternativa autônoma deservir, gerenciamos nossos assun-tos, evoluímos e atingimos maturi-dade na prestação de serviços pornossa conta. A evolução só é inter-rompida pela falta de desejo de uniresforços.

Esta evolução de que falamos éconstruída dia após dia. Aparece noobjetivo de um clube de se fortale-cer ao se unir para a realização deum projeto. É demonstrada quan-do um novo associado em potenci-al é convidado a participar de umprojeto e fica convencido de que

quer fazer parte do Rotary. É umaevolução no processo de admis-são que primeiro mostra a esteassociado em potencial o que oRotary faz – para que na sequên-cia ele veja o que o Rotary é.

Esta evolução é sentida aodarmos foco à nossa responsabi-lidade com as futuras gerações,criando clubes de Rotaract, Inte-ract e os Rotakids.

Esta energia evolutiva é per-cebida quando cada um de nós,ao ser convidado, faz a sua partenum esforço consciente paraconstruir o mundo que deseja.Esta renovação da evolução pas-sa também pela conscientizaçãode nós mesmos, pois, muito em-bora tenhamos muitas qualida-des, elas têm sido pouco explo-radas, devido à falta de polariza-ção e de oportunidades de exer-cê-las com dignidade e objetivi-dade. Ao permitirmos o desper-tar e o crescer diário em ações

Page 13: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

11BRASIL ROTÁRIO

BR

Para fazer comentários e sugestões sobre o tema deste artigo, escreva para [email protected] fazer comentários e sugestões sobre o tema deste artigo, escreva para [email protected]

A um associado em

potencial, primeiro

nós devemos mostrar

o que o Rotary faz – e

só depois disso, o que

o Rotary é

cooperativas e solidárias, nos é

mostrada uma atitude diferente

em relação à vida. Um Rotary

renovado faz parte dessa mudan-

ça de atitude, desse combate à

anomia contagiante que às vezes

invade nossos clubes.

NOVOS PARADIGMAS

Para gerar os novos paradigmas

dessa evolução criativa no Rota-

ry, são indispensáveis algumas

atitudes:

� Ter consciência da necessida-

de de renovação e comprometer-

se em auxiliar a realizá-la;

� Permitir que esta evolução

ocorra em sinergia com o nosso

objetivo;

� Aceitar nossas limitações e

compreender que os métodos

utilizados até o momento já não

funcionam;

� Contribuir pessoal e coletivamen-

te para a implementação de novos

modelos que façam vibrar e ener-

gizar nossa organização;

� Estar atento às posições discor-

dantes, apreciando o que pode ter

de valor positivo nelas e incorpo-

rando-as ao processo evolutivo;

� Praticar as inovações com sere-

nidade e responsabilidade.

Evolução não pode ser sinôni-

mo de destruição, mas sim de com-

plemento da renovação. Tudo

muda à medida que o tempo passa

– e ter consciência disso é nossa

obrigação como líderes rotários.

Cada um de nós, rotarianos,

deve ter a oportunidade de con-

tribuir, de exercer sua liderança e

de ser reconhecido por esta atitu-

de proativa. Mude seus pensamen-

tos e você mudará o mundo. Cada

um de nós, em sua área de atua-

ção, deve esforçar-se para adqui-

rir os conhecimentos necessários,

analisá-los e influir na sua evolu-

ção construtiva e na amplificação

da solidariedade através do servir.

Agindo dessa forma, estare-

mos honrando o nosso passado,

abrindo nossas ideias em relação

ao presente e preparando com

empatia o nosso futuro.

Page 14: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

12 JANEIRO DE 2010

Nos bastidores da notícia

“Espero que este seja um ano de paz e prosperi-dade, melhor para todos nós em tudo – na vida, nasaúde e no trabalho” – Adriana Schiavo

“Fé e esperança são as luzes que devem nos ilu-minar neste novo ano. Que Deus esteja conosco emtodos os momentos” – Alex Mendes

“Nesse ano que se aproxima, desejo que a paz ha-bite todos os corações e o amor esteja sempre pre-sente em nossas vidas” – Ana Paula de Andrade

“Como na canção ‘Tempos Modernos’, do LuluSantos, ‘vamos viver tudo que há pra viver, vamosnos permitir’. Este é o caminho que eu espero se-guir em 2010, e o que eu desejo a todos também” –Armando Santos

“Desejo do fundo do coração que 2010 seja umano dourado na vida de cada um e que todos os so-nhos, mesmo os mais difíceis, sejam realizados combastante sucesso” – Carmen Lúcia de Araújo

“Eu espero que 2010 seja muito bom e, se possí-vel, melhor que 2009” – Ceci Dias Lima

“Desejo paz, amor e felicidade. E que todos nóspossamos fazer do novo ano uma nova vida” –Fellipe Rocha

“Parafraseando o título do filme ‘2010’, que nes-te ano o mundo faça contato com a paz e um futuroviável. Saúde e paz para todos nós” – Luiz RenatoDantas Coutinho

“Gostaria de dizer coisas novas e diferentes da-quelas que geralmente dizemos nesta época, mas,

M eu caro leitor: talvez você ainda não nos conheça pessoalmente, mas é bem pro-vável que já tenha conversado com um de nós por e-mail ou telefone. De qual-

quer forma, muito prazer mais uma vez: nós somos a equipe de 16 funcionários que ajudam afazer a sua revista Brasil Rotário.

Nesta primeira edição de 2010, estamos aqui para nos apresentar e contar o que esperamosdeste ano. Conte conosco, leitor. Estamos trabalhando para fazer uma Brasil Rotário cadavez melhor para você e seus companheiros, mostrando sempre o que acontece de mais impor-tante no Rotary, aqui no Brasil e no restante do mundo.

Se um novo ano depende do nosso esforço para ser inesquecível, é nos nossos sonhos que elesempre começa. Torcemos para que os nossos sonhos (e os seus também) se realizem em 2010.

do fundo do meu coração, o que eu desejo mesmo éque em 2010 tenhamos paz no mundo e aqui no Riode Janeiro” – Maria Cristina Andrade

“Que possamos caminhar mais juntos, em buscade um mundo melhor, cheio de paz, saúde, compre-ensão e muito amor” – Maria Lúcia Ribeiro

“Em ano de eleição, eu espero que nós, brasilei-ros, votemos bem. E votar bem, nesse caso, vai alémda escolha deste ou daquele candidato. Significa vo-tar com consciência e compromisso em relação aosvalores em que acreditamos” – Nuno Virgílio Neto

“É tempo de salvar nosso futuro e sonhar comum mundo melhor, enchendo nossos corações deesperança e paz” – Patrícia Ribeiro

“Que todos possam receber a verdadeira renovaçãodo ano novo, com muita paz e saúde” – Priscilla Teles

“Espero que, ao longo deste e dos próximos 11meses, possamos ter muitos motivos para sorrir, ce-lebrar e nos orgulhar. E que, quando nos despedir-mos de 2010, levemos conosco boas lembranças e asensação do dever cumprido” – Renata Coré

“Espero que possamos encontrar em cada um dos365 dias de 2010 o suficiente para sermos muitofelizes, convivendo uns com os outros em plena har-monia, independente das diferenças, sejam elasquais forem” – Rita Gonçalves

“Além de muita saúde e prosperidade, eu espe-ro ter a felicidade de ver meus amigos e familiaresunidos em um só pensamento de amor, paz e har-monia” – Valéria Matos

Quem somos nós e o q

Page 15: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

13BRASIL ROTÁRIO

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13 1516

� MARIA CRISTINA ANDRADE (Redação); � ADRIANA SCHIAVO (Expedição); � VALÉRIA MATOS

(Cobrança); � ALEX MENDES (Redação); � ARMANDO SANTOS (Redação); � LUIZ RENATO

DANTAS COUTINHO (Redação); � RITA GONÇALVES (Secretaria); � FELIPPE ROCHA (Serviços

Gerais); � CARMEN LÚCIA DE ARAÚJO (Marketing); � NUNO VIRGÍLIO NETO (Redação);

� CECI DIAS LIMA (Cobrança); � PATRÍCIA RIBEIRO (Contabilidade); � RENATA CORÉ (Redação);

� ANA PAULA DE ANDRADE (Expedição); � PRISCILLA TELES (Recepção); � MARIA LÚCIA

RIBEIRO (Redação)

1 2 3

4 5 6

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14 15 16

2010o que desejamos para 2010

Page 16: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

14 JANEIRO DE 2010

Desafio do Rotary

Arrecadação criativaRotarianos fazem projetos fora do comum para cumprir

Desafio de US$ 200 Milhões do Rotary

DOAÇÃO DE FÉRIASTennessee, EUADe Graceland às Great Smoky Mountains, o Tennessee

oferece locais icônicos para férias, mas os rotarianos

de lá receberam um incentivo para aproveitar o ve-

rão fora do estado. O High Hampton Inn, um resort

histórico nas Blue Ridge Mountains, da Carolina do

Norte, estabeleceu uma parceria com o distrito 6780,

do Tennessee, com o propósito de levantar fundos para

a campanha Eliminemos a Pólio Já. De junho a novem-

bro, o resort doou 10% da conta de cada rotariano

daquele distrito para o trabalho de erradicação da

poliomielite.

GRANDES DINAMARQUESESRoskilde, DinamarcaO célebre cantor dinamarquês Kirsten Siggaard apre-

sentou-se na Catedral de Roskilde, uma construção da-

tada do século 13, em um evento organizado

por oito Rotary Clubs, em janeiro de 2009.

Dois coros gospel também atuaram no con-

certo, que levantou mais de US$ 16 mil. Pla-

neja-se outro concerto para este ano.

A TURMA DO TREMToddington, InglaterraQuando o Expresso Hogwarts, dos filmes de Harry Pot-

ter, foi apresentado no Festival Cotswold do Vapor, em

maio último, os associados do Ro-

tary Club de Cheltenham se

ofereceram para estacionar os

automóveis dos visitantes e en-

tusiastas de trens a vapor. Os

rotarianos pediram aos moto-

ristas uma pequena doação de cer-

ca de US$ 3,25 e, ao fim do dia, haviam

estacionado aproximadamente 600 carros e arrecada-

do US$ 1.800, depois de doar parte para a sociedade

local de estrada de ferro.

INSISTA COM OS CARROSWashago, Ontário, CanadáO distintivo End Polio Now [Eli-

minemos a Pólio Já, em portu-

guês], usado por seus compa-

nheiros rotarianos, deu a Janet

Stead uma ideia: colocar um ímã

do End Polio Now no carro de

cada rotariano. Desde dezembro

de 2008, o Rotary Club de Wa-

O

Anne E. Stein*

Rotary encontra-se a meio caminho de cumprir o compromisso de levantar US$ 200 mi-lhões, até 30 de junho de 2012, como contrapartida à doação oferecida pela Fundação Bill &Melinda Gates. Clubes de Nova Déli, na Índia, à Dinamarca estão lançando mão de novas e

boas ideias para arrecadar ao menos US$ 2 mil por ano, em favor da erradicação da pólio. Reuni-mos uma série de exemplos que servirão para inspirar os clubes este ano.

Page 17: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

15BRASIL ROTÁRIO

BR

shago e Area-Centennial tem vendido cada ímã por C$2 aos rotarianos, o que já resultou em uma arrecada-ção de mais de US$ 14 mil até agora. Outros clubesadquiriram os ímãs no atacado – as encomendas che-garam do Brasil, Inglaterra, França, Alemanha e Suí-ça, além dos EUA e Canadá – para revender a seus as-sociados por US$ 5, obtendo ainda mais recursos paraa campanha de erradicação da pólio.

NA CORRIDAMarquette, Michigan, EUAEm uma corrida para arreca-dar US$ 5.800 em favorda erradicação da pó-lio, Marie Peasley ves-tiu colete e shorts es-tampados com o logoEnd Polio Now e compe-tiu em 21 triatlos, duatlos, corridas e provas de ciclis-mo, entre maio e outubro. O objetivo dela era cumpriro compromisso de seu clube, o Rotary Club de Mar-quette West, para 2009-10, em atendimento ao Desa-fio de US$ 200 Milhões do Rotary. Peasley é a presi-dente eleita do clube. Leia o blog dela no endereçoeletrônico www.raceforpolio.com.

COMO RELÓGIOSuíçaEm um dia de setembro de 2008,mais de 6.000 rotarianos suíçosde 200 clubes instalaram estan-des por todo o país para venderbrilhantes pacotes amarelos de se-mentes de girassol. No fim do ano, oempenho rendera mais de US$ 1 milhão para a campa-nha Eliminemos a Pólio Já. Praticamente todos os Ro-tary Clubs do país participaram.

SIGA POR ESTE CAMINHOSan Mateo, Califórnia, EUAAlimentados por ham-búrgueres e cachorros-quentes, 85 estudantes,convidados pelo InteractClub de San Mateo HighSchool, passaram 24 ho-ras se revezando em umacaminhada pela trilha ao re-dor da escola, com o propósito de arrecadar dinhei-ro para a campanha Eliminemos a Pólio Já. Associ-ados do Rotary Club de Foster City, patrocinadordos interactianos, guarneceram as assadeiras e

apoiaram rotaractianos em uma festa do pijama naparte interior da trilha. O evento de maio, que tam-bém incluiu bandas e filmes, rendeu cerca de US$9.000. Este ano, os organizadores promoverão ou-tro evento.

BOLA!Coral Gables, Flórida, EUAUma tempestade de bolas marcou o en-cerramento do torneio anual de golfe,mantido pelo distrito 6990, que abran-ge Bahamas e parte da Flórida. Em ou-tubro de 2008, os rotarianos arrecadaramUS$ 46.500 com a venda de bolas numera-das a US$ 25 cada. As 1.820 bolas foram jo-gadas de um helicóptero e as três que caíramo mais próximo de alvos pré-selecionados ga-nharam prêmios – incluindo uma viagem àArgentina com todas as despesas pagas. O projeto feztanto sucesso que o distrito o repetiu em novembrode 2009.

O SHOW DEVE CONTINUARCambria, Califórnia, EUAO documentário “The Final Inch”(“A Polegada Final”), que mos-tra os esforços de erradicação dapoliomielite na Índia, recebeuuma indicação para o Oscar em2009. Quando o presidente doRotary Club de Cambria, DanBalfe, exibiu o filme em uma reu-nião, os rotarianos e seus con-vidados ficaram tão emocionados que imediatamentedoaram um total de US$ 1.642.

ARTE DOMÉSTICANova Déli, ÍndiaEm maio, o embaixador suíço Phili-ppe Welti, o presidente do ComitêPolio Plus, Deepak Kapur, o dis-trito 3100 e a Galeria Dhoomimaltrabalharam juntos na organiza-ção de um leilão para levantar fun-dos destinados à campanha de erradica-ção da pólio. Os convidados adquiriram no leilão maisde 90 pinturas de artistas indianos renomados, o queresultou na arrecadação de US$ 40 mil.

*A autora é escritora freelancer em Chicago e cola-

boradora da The Rotarian.

Tradução de Eliseu Visconti Neto.

Page 18: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

16 JANEIRO DE 2010

Comemorações dos

85 anosA

esforços do Rotary Internatio-nal no Brasil e refletir o futuroda instituição.

Dizemos isso porque nacomemoração de seu aniversá-rio, em 18 de novembro último,a Brasil Rotário foi prestigia-da por diversas liderançasrotárias e companheiros.Nestas duas páginas trazemosinstantâneos da confraterniza-ção, pontuada pela emoção.

Pela manhã, ocorreu umahomenagem no Rotary Club doRio de Janeiro, berço da publica-ção. À tarde, na sede da editora,houve a abertura da exposiçãode capas da Brasil Rotário e aassinatura do acordo de micro-filmagem de todas as edições –desde a primeira – com a Funda-ção Biblioteca Nacional, um atohistórico para todos os rotaria-nos, pois insere a revista noacervo cultural brasileiro depreservação.

Naquele dia, o RC do Rio deJaneiro e a editora tambémtestemunharam palestras sobrea trajetória editorial até aqui eos planos para o futuro. Ummomento especial ficou porconta da homenagem, comdireito a descerramento deplaca, a Roberto Petis Fernan-des, presidente da Brasil

Rotário de 1994 a 2007.

� ABRINDO A programação, participaram da reunião do ConselhoEditorial Consultivo os seguintes conselheiros da Brasil Rotário:Edson Avellar, Antonio Hallage, Hertz Uderman, Fernando Quintella,o gerente executivo Gilberto Geisselmann, José Alves Fortes,Sebastião Porto, Mário César de Camargo e José Ubiracy Silva

� NO RC do Rio deJaneiro, o vice-presidente deOperações EdsonAvellar fala sobre ahistória da revista

� O DIRETOR do RI, Antonio Hallage; opresidente do RC do Rio de Janeiro, RicardoCosta Garcia, e o governador do distrito4570, Alcio Athayde

15 anos de comple-tar um século, tudoindica que a revistatem atingido osobjetivos de unir os

85 anos

Page 19: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

17BRASIL ROTÁRIO

� ANTONIO HALLAGE eEdson Avellar abrem a exposi-ção de capas da BrasilRotário, na sede da revista

� ASSINATURADO acordo demicrofilmagem. Apartir da esquer-da, o governadorAlcio Athayde; oEGD EdsonAvellar; a repre-sentante daBiblioteca NacionalVera Lúcia GarciaMenezes; o diretorAntonio Hallage eo gerente executi-vo Gilberto Geis-selmann

� HOMENAGEM AO ex-presidenteda Brasil Rotário. A partir daesquerda, o vice-presidente deOperações Edson Avellar; o diretordo RI 2001-03 Alceu Antimo Vezo-zzo; o casal Roberto Petis Fernan-des e Lourdinha; o diretor do RI1985-87 Mário de Oliveira Antoni-no; o atual diretor do RI AntonioHallage e o diretor do RI 2007-09Themístocles A. C. Pinho

� O VICE-PRESI-DENTE de FinançasWilmar GarciaBarbosa; o vice-presidente de Marke-ting José AlvesFortes; o vice-presidente JurídicoJorge Bragança; oex-presidente daeditora Roberto PetisFernandes e o vice-presidente de Admi-nistração Waldenir deBragança

Fotos Sérgio Afonso

BR

Page 20: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

18 JANEIRO DE 2010

José Antonio Figueiredo Antiório*

ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation

mento para realizarmos visitas a

grandes empresas brasileiras, em

busca de colaboração do setor pri-

vado para a erradicação da pólio.

Hoje, convidado a participar

desta coluna na Brasil Rotário, te-

nho a oportunidade de testemunhar

o impossível que está se tornando

uma realidade.

A Fundação Rotária era reticen-

te quanto ao nosso projeto, porém

a insistência de Pretoni era tão gran-

de que os nossos líderes resolveram

possibilitar as nossas investidas.

A princípio, quando fomos bus-

car recursos para a campanha con-

tra a pólio, para a qual fomos trei-

nados, surgiu o primeiro empecilho:

não tínhamos como dar recibo pe-

las doações.

Hoje, graças à criação da ABTRF,

que é uma Oscip, tal procedimento

tem sido possível, e a credibilidade

de nossos pedidos passou a ser

considerada.

RESPOSTAS ESSENCIAIS

A segunda tarefa tem sido con-

vencer os rotarianos e os distri-

tos a fazerem as contribuições

de suas empresas para a Asso-

ciação Brasileira da The Rotary

Foundation.

A Fundação Rotária ficou na

incubadora por 30 anos e somen-

te em 1947 começou a dar sinais

de sua existência.

A nossa ABTRF tem sido mais

rápida. Já contamos com uma

soma de contribuições que re-

presenta, percentualmente, mais

do que a Fundação Rotária, cria-

da em 1917, obteve em 30 anos.

A indagação que apresentei

no início poderia ser respondida

agora: não há diferença alguma,

Duas entidades,o mesmo objetivoA

grande pergunta que os ro-

tarianos fazem é qual a di-

ferença entre a Fundação Rotá-

ria e a Associação Brasileira da

The Rotary Foundation.

Nos idos de 2002, ao lado do

então curador da Fundação Ro-

tária e diretor 1995-97 do Rota-

ry International, José Alfredo

Pretoni, tive a oportunidade de

presenciar uma reunião em

Anaheim, Califórnia, EUA, com a

presença de lideranças rotárias

brasileiras e internacionais – com

especial atenção para Luis Vicen-

te Giay, presidente 1996-97 do

RI e chairman, por duas ocasi-

ões, da Fundação Rotária.

Giay, Ed Futa e John Oster-

land deram o pontapé inicial

para a criação, no Brasil, de uma

Organização da Sociedade Civil

de Interesse Público (Oscip)

para viabilizar o recebimento de

recursos advindos de rotarianos

empresários e empresários não

rotarianos. Um conjunto de pes-

soas capazes de reconhecer a

fantástica causa que a Fundação

Rotária abraçou para diminuir

as diferenças sociais em toda a

humanidade.

Também nessa época, Pretoni

havia convidado alguns rotaria-

nos brasileiros, entre os quais eu,

para irem a Evanston, EUA, onde

funciona o escritório central do

RI, participar de um seminário. A

finalidade deste era um treina-

Page 21: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

19BRASIL ROTÁRIO

BR

exceto na forma de aglutinarmos

recursos para realizar os diver-

sos projetos que nossos clubes e

distritos anseiam.

Outra informação essencial se

refere à localização dos recursos

que recebemos no Brasil. Eles fi-

cam no Brasil ou vão para os EUA?

A resposta é importante. No

passado, muitos rotarianos ques-

tionaram a respeito e nós, que tí-

nhamos pouca representativida-

de junto ao Rotary Internatio-

nal, não sabíamos informar cor-

retamente.

Graças a Paulo Viriato Corrêa

da Costa, presidente 1990-91 do

RI, a José Alfredo Pretoni e a tan-

tas outras lideranças brasileiras,

hoje podemos afirmar que os re-

cursos se encontram no Brasil e,

por incrível que pareça, somos

superavitários. Dispomos de sal-

do positivo para aplicação em

projetos diversos, tais como bol-

sas educacionais, Intercâmbio de

Grupos de Estudos, Subsídios

Distritais Simplificados, Subsídios

Equivalentes e tantos outros.

Agora chegou o momento de

você acreditar na nossa insistência

e sair a campo para compartilhar

esforços no diálogo com amigos,

empresários e profissionais para

que eles colaborem. Nossa causa é

justa e merece o reconhecimento

da sociedade em que vivemos.

Já contamos com um grande

Já contamos com uma

soma de contribuições

que representa,

percentualmente,

mais do que a

Fundação Rotária,

criada em 1917,

obteve em 30 anos

parceiro, que tem sido a Porto Se-

guro – com o seguro solidário –,

mas precisamos buscar novas

parcerias.

O Futuro do Rotary está em

nossas mãos e isso não é retórica.

O Rotary somos nós: rotarianos

do Brasil e de todo o mundo.

A semente foi plantada, tive-

mos dificuldade em obter credi-

bilidade, mas ela germinou e é

uma realidade.

Ajude-nos a plantar mais se-

mentes para que possamos ver

o nosso jardim colorido de mui-

tas flores. Elas representam o

amor dos rotarianos pela huma-

nidade, de forma que, em bre-

ve, tenhamos a visão de que as

diferenças sociais estão diminu-

indo na humanidade.

* O autor é coordenador regio-

nal de Desenvolvimento do Qua-

dro Associativo (Zona 22) e di-

retor indicado do Rotary Inter-

national.

Page 22: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

20 JANEIRO DE 2010

Planos para 2010Secretário-geral do RI apresenta atualização financeira

o relatório divulgado em novembro último, o

secretário-geral do RI, Ed Futa, informou a

contínua melhoria do quadro financeiro do

Rotary International e da Fundação Rotária. Segun-

do Futa, o desempenho positivo do mercado neste

ano fiscal resultou em lucro de US$ 11 milhões nos

investimentos para o Rotary International e US$ 58

milhões para a Fundação Rotária. Ele também infor-

mou que:

� Os fundos de reserva do RI situam-se acima dos

níveis recomendados. As reservas da Fundação cres-

ceram cerca de US$ 34 milhões, desde 30 de junho

de 2009, embora ainda se situem em um patamar

negativo de US$ 8 milhões, bem abaixo do nível pla-

nejado. O fluxo de caixa do Rotary permanece posi-

tivo e não foi preciso se desfazer de títulos para ope-

rar ou custear programas neste ano fiscal.

� As contribuições ao Fundo Anual de Programas

da Fundação decresceram no primeiro trimestre, o

que pode ser atribuído, em parte, ao Desafio de US$

200 Milhões do Rotary.

� Controlar custos é a grande prioridade para os lí-

deres seniores do Rotary e a equipe da Secretaria.

Despesas operacionais e de pessoal estão sob con-

trole rigoroso, tanto no orçamento 2009-10 do RI

como da Fundação.

Futa relata ainda que, com base na melhoria das

finanças do RI, o Conselho Diretor e o Conselho de

Curadores decidiram:

� Manter o ciclo trienal de investimentos da Fun-

dação e a proporção 50/50 entre os Fundos Dis-

tritais de Utilização Controlada (FDUC) e a razão

de SHARE;

� Preservar os valores integrais dos FDUC e pro-

porcionar mais flexibilidade para os distritos os

utilizarem;

� Modificar temporariamente as políticas de inves-

timentos do Rotary, para flexibilizar a administra-

ção dos investimentos, durante o período de recu-

peração dos mercados;

� Solicitar ao Comitê Assessor de Investimentos a

aceleração do reexame das políticas de investimen-

to e dispêndios, tanto para o Fundo Anual de Pro-

gramas como para o Fundo Permanente, para efei-

tos de liquidez e de risco;

� Continuar no esforço de reduzir custos operacio-

nais em toda a organização.

Por fim, Futa lembra que, até o final de janeiro,

todos os clubes terão recebido o relatório anual con-

junto do RI e da Fundação Rotária, que será também

incluído em www.rotary.org.

primeira Assembleia Internacional do Rota-

ry foi realizada em março de 1919, na cidade

de Chicago. A assembleia anual, desta vez em

San Diego, este mês, prepara governadores eleitos

para exercer suas funções a partir de 1º de julho e os

apresenta ao presidente do Rotary International e

ao lema para o próximo ano. O ex-presidente do RI

S. Kendrick Guernsey (1947-48) introduziu o lema

não oficial da assembleia – “Entre para aprender...

Instantâneos da história do Rotary

Assembleia InternacionalSaia para servir” –, que saúda os participantes anu-

almente, na entrada do saguão do plenário. Veja as

notícias sobre a assembleia deste ano, marcada para

18 a 24 de janeiro – inclusive o anúncio do lema

2010-11 do RI – em www.rotary.org. Mais informa-

ções sobre os lemas do RI podem ser obtidas em

www.rotary.org/historicmoments.

* Tradução de Eliseu Visconti Neto.

N

A

Novidades do RI

BR

Page 23: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

BRASIL ROTÁRIO 21

Em cima do fato

Mania de ter fé na vida

Em várias

cidades

brasileiras,

Rotary Clubs

realizam

projetos para

apoiar

campanhas

de doação

de órgãos

Nuno Virgílio Neto*

realidade dos transplantes de órgãos no Brasil pode ser dividida em dois

cenários: a dos transplantes que são feitos e a dos transplantes que dei-

xam de ser feitos. No primeiro caso, somos um modelo a ser copiado: o

Brasil é hoje o segundo país em número de transplantes de órgãos, com mais de

90% dessas cirurgias sendo feitas pelo sistema público de saúde. Aqui, em 80%

dos casos, o transplante é realizado com sucesso, significando a reintegração

completa do paciente à sociedade produtiva.

Por outro lado, de cada oito potenciais doadores de órgãos no Brasil, apenas

um é notificado, o que limita a captação de órgãos no país e impede a diminui-

ção da fila em que mais de 60 mil brasileiros esperam por um transplante. Para

inverter essa situação, todos os envolvidos no assunto, inclusive o Ministério da

Saúde, apontam dois desafios principais: ampliar a captação de órgãos e sensi-

bilizar cada vez mais o brasileiro a ser um doador.

Juntas, essas duas medidas fariam aumentar o número de potenciais doa-

dores notificados, encurtando a espera de quem precisa de um órgão para con-

tinuar vivendo. Nos dois casos, a participação de todos os setores da sociedade

é fundamental, inclusive do Rotary – algo que muitos Rotary Clubs brasileiros

têm demonstrado saber.

A

Page 24: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

22 JANEIRO DE 2010

Para os associados do RotaryClub de Joinville-Sul, em Santa Ca-tarina (D. 4650), o envolvimentocom as campanhas de doação deórgãos é uma causa antiga. Em1978, eles ajudaram a fundar o Ban-co de Olhos de Joinville (BOJ), o pri-meiro do estado. Entidade civil semfins lucrativos, o BOJ foi adminis-trado pelos rotarianos durantemuitos anos. Nas décadas de 1980e 90, o clube foi dando uma auto-nomia maior à instituição, afastan-do-se de sua direção. Um caminhoque precisou ser refeito há trêsanos: afundado em dívidas e comsua capacidade de operação redu-zida, o BOJ teve sua direção reas-sumida pelos associados do RotaryClub de Joinville-Sul. Depois deuma série de mudanças administra-tivas, hoje em dia o BOJ ostenta umaexcelente saúde financeira e voltoua ser o melhor banco de olhos deSanta Catarina.

“Na atual gestão, recebemos181 doações de córneas e realiza-mos 140 transplantes”, conta oex-governador distrital Luiz Ro-berto Franco, associado do clube

de diversões da pediatria da SantaCasa, pintando o muro com um pa-inel alusivo à doação de órgãos – eatualmente desenvolve uma pes-quisa para saber qual o percentualda população favorável à doação eo nível de conhecimento que elatem sobre o assunto.

Ainda em São Paulo, o RotaryClub de Rancharia (D. 4510) vemapoiando o trabalho do grupo Ma-dula, que incentiva a população acadastrar-se no programa de doa-dor voluntário de medula óssea –medida que ajuda a salvar a vida depessoas portadoras de leucemias,linfomas e aplasias de medula. Des-de 2006, quando foi criado, o Ma-dula participou do cadastramentode mais de 30 mil doadores volun-tários. Duas dessas pessoas já tive-ram a compatibilidade identificadae fizeram a doação em hospitais deCuritiba e do Rio de Janeiro.

PROJETO PIONEIRO NO SUL

No Brasil, uma Medida Provisóriade 1998 instituiu a doação de ór-gãos consentida pela família domorto, retirando do indivíduo eda sociedade essa decisão. Comisso, tornou-se proibido constarnos documentos de identificaçãode qualquer cidadão brasileiro ainformação de sua condição dedoador – e por isso hoje em dia étão importante que a pessoa con-verse com seus familiares sobresua vontade em relação à doação.

Sem ferir nenhum dispositivolegal, há oito anos o tabelião SergioAfonso Manica, associado do Rota-ry Club de Porto Alegre (D. 4680),idealizou um projeto que prevê acriação de um banco de dados, queseria controlado pela Central deTransplantes e Doação de Órgãos daSecretaria Estadual da Saúde, e dis-ponibilizado sob sigilo às institui-ções hospitalares do Rio Grande doSul com capacidade de realizaçãode transplantes.

e atual vice-presidente do BOJ. Nafila de espera do banco, que aten-de pacientes de diversos municí-pios da região, há 215 pacientes.A meta para 2010 é realizar umtransplante por dia – média quejá havia sido alcançada no últimomês de outubro.

No interior de São Paulo, a 260quilômetros da capital, o RotaryClub de Avaré-Jurumirim (D. 4620)desenvolve desde 2008 uma cam-panha para mostrar à população dacidade a importância da doação deórgãos. O trabalho é realizado emparceria com a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos eTecidos para Transplante da SantaCasa de Misericórdia de Avaré ecom o Grupo Bizungão. Uma dasconquistas do projeto foi a criaçãode uma lei municipal que institui o6 de agosto como o Dia de Incenti-vo à Doação de Órgãos em Avaré.Além de palestras em empresas einstituições de ensino, distribuiçãode material informativo e uma mo-bilização que envolve jornais e pro-gramas de TV e rádio, os rotaria-nos ajudaram a reformar o parque

Em cima do fato

� DECORAÇÃO DE rua feita pelo RC de Avaré-Jurumirimno dia de Corpus Christi: doação de órgãos como tema

Page 25: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

BRASIL ROTÁRIO 23

Neste banco de dados estariam

os nomes das pessoas que, em vida,

tivessem feito uma declaração de

vontade manifestando seu desejo

de ter seus órgãos doados, firma-

da por testamento ou documento

público. Essa declaração de von-

tade não mudaria a atual legisla-

ção que regula os transplantes de

órgãos no Brasil (a decisão conti-

nuaria sendo dos familiares), mas

seria uma maneira de informar à

família a vontade declarada pelo

parente morto – o que poderia fa-

cilitar a tomada dessa decisão

numa hora tão difícil.

O projeto, que está bem avança-

do no sentido de ser plenamente

aprovado e posto em operação, foi

encampado pelo Rotary Club de

Porto Alegre e tem o apoio dos cin-

co distritos rotários gaúchos, além

de ter recebido manifestações favo-

ráveis por parte de diversos seto-

res, incluindo a Secretaria Estadu-

al da Saúde, o Tribunal de Justiça

do Rio Grande do Sul, a Federação

das Indústrias do Rio Grande do Sul

e a Associação dos Notários e Re-

gistradores do Brasil.

urante a Semana Internacional do Voluntá-

rio, entre 5 e 12 de dezembro, os Rotary

Clubs do Distrito Federal lançaram uma grande

campanha de doação de sangue que mobilizou

rotarianos e doadores no Hemocentro de Brasí-

lia. Felizmente, o caso deles não é uma exceção:

em muitas outras regiões do país, os Rotary

Clubs abraçam essa causa e mobilizam seus as-

sociados e a comunidade em torno do tema. Um

dos termômetros desse envolvimento está aqui

na revista, na seção Distritos em revista, onde é co-

mum vermos rotarianos montando postos de coleta

em áreas de grande circulação nas cidades onde vi-

vem, trabalhando como voluntários em bancos de san-

gue ou confeccionando e distribuindo folhetos infor-

mativos à população.

No Norte do país, por exemplo, o Rotary Club de

Rolim de Moura, em Rondônia (D. 4720), faz campa-

nhas seguidas para promover a doação de sangue na

cidade. A iniciativa é repetida semanalmente no pro-

grama “Momento Rotary”, da Rádio Rolim FM.

HISTÓRIA ANTIGA NO RECIFE

Em alguns estados brasileiros, como Pernambuco, essa

participação é bem mais antiga. Na década de 1940, o

Rotary Club do Recife (D. 4500) já participava de cam-

panhas de doação de sangue em parceria com a Cruz

Vermelha. A iniciativa foi sendo abraçada por outros

clubes que iam sendo fundados na cidade, culminan-

do com a participação dos rotarianos pernambucanos

Solidariedade gota a gotaDoação de sangue éoutra luta dosrotarianos brasileiros

na criação da Fundação de Hematologia e Hemotera-

pia de Pernambuco (Hemope), no final da década de

1970. Em 1980, o equipamento de criobiologia do

Hemope foi comprado por meio de um projeto 3H do

Rotary Club do Recife, no valor de US$ 42 mil – cifra

bastante alta para a época.

Atualmente, a Fundação Hemope e os Rotary Clubs

do Recife-Largo da Paz, Encanta Moça, Boa Viagem,

Casa Amarela e Derby trabalham integrados na reali-

zação de diversos projetos. Há dois anos, um encon-

tro entre representantes do Rotary e do Hemope teve

por objetivo viabilizar recursos para a compra de cai-

xas térmicas e de um novo veículo para as campanhas

de coleta externa de sangue, através de um projeto de

Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária. No mo-

mento, os documentos estão sendo adequados às no-

vas diretrizes da Fundação Rotária e à parceria inter-

nacional. A expectativa é de que o projeto seja con-

cluído até o final deste semestre.

� ROTARIANOS DO Distrito Federal durantea campanha no Hemocentro de Brasília

D

Page 26: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

24 JANEIRO DE 2010

BR

omo as letras no quadro ne-gro andavam tão embaralha-

das que já não era mais possívelcopiá-las no caderno, Sirlei chegouem casa dizendo aos pais que pre-cisava de ajuda. Foi ao médico esaiu da consulta usando óculos, queem pouco tempo precisaram sertrocados por outros, com um graumaior, e novamente por outros, eoutros mais, até que veio o dia dodiagnóstico assustador: Sirlei esta-va ficando cega por causa de umceratocone, doença degenerativada córnea que vai tirando progres-sivamente a visão.

Quando o problema apareceu,Sirlei tinha 16 anos. Três anos de-pois, ela já havia perdido 80% dacapacidade de enxergar. Por causada doença e das limitações que au-mentavam dia a dia, precisou pa-rar de estudar e foi obrigada a tro-car de setor na fábrica de tecidosonde trabalhava, em Joinville (SC).“Até que chegou o ponto em que oúnico trabalho para mim era o queas grávidas podiam fazer”, lembra.

A FILA

A única saída para o problema, ad-mitiu o médico, seria o transplantede córneas. “Fiquei desesperadaquando fui fazer meu cadastro noBanco de Olhos de Joinville e des-cobri que havia 60 pessoas na mi-nha frente na fila de espera”, conta.“É muito difícil para qualquer pes-soa saber que vai ficar cega, aindamais alguém naquela idade, tão novae cheia de sonhos como eu era”.

O medo do que viria pela frentenão impediu que Sirlei se casassecom Maurício, um ano depois.Quando eles trocaram as alianças,ela ainda estava na fila de espera do

Em cima do fato

A vida que voltou do escuroDepois de quase ter ficado cega,catarinense trabalha para ajudar outraspessoas a recuperarem a visão

transplante. Maurício decidiu cor-rer com ela todos os riscos que ofuturo poderia trazer. Aquela erauma briga dos dois.

Até que veio o mês de setembrode 1991, e com ele, o telefonemamais importante da vida de Sirlei:havia chegado a vez dela de fazer otransplante. Poucos dias depois dacirurgia, Sirlei começava a recupe-rar a visão que o ceratocone lhehavia roubado. Era como ir acor-dando aos poucos para o mundo esuas formas, tudo aquilo que a do-ença tinha transformado, pouco apouco, em apenas memória.

A MISSÃO É O ‘SIM’

A luta de Sirlei só terminou em1993, depois de enfrentar nova-mente a fila de espera e fazer a ci-rurgia no segundo olho. No caso dotransplante de córneas é assim mes-mo: os médicos operam um olho decada vez, para controlar os riscosde uma eventual rejeição. Sirlei es-tava então com 25 anos. Voltou atrabalhar e planejou ser mãe. Hoje,Julia, a filha dela e de Mauricio, estácom 11 anos. Toda orgulhosa, amenina pôde ver a mãe formar-secomo técnica de enfermagem, emmaio do ano passado. Um diplomaque simboliza a renovação do com-promisso de vida que Sirlei assumiuquando ficou curada: tornar maiscurta a espera de outras pessoas nafila do transplante de córneas.

Sirlei Martins Grawe trabalha noBanco de Olhos de Joinville desde2006. Começou lá antes disso,como voluntária, e hoje, aos 40anos, integra a equipe que, comovimos no começo desta reportagem,recuperou a instituição e fez aumen-tar o número de doações e de trans-

plantes, tornando a instituição umareferência em Santa Catarina. A ro-tina de trabalho dela exige delica-deza e muito carinho: Sirlei é umadas pessoas da equipe do Banco deOlhos que entram em contato comos familiares dos pacientes faleci-dos nos hospitais de Joinville e ten-tam convencê-los a autorizar a doa-ção. “Nessa hora tão terrível paraos familiares, nossa missão é mos-trar que eles estão a um ‘sim’ de aju-dar outras pessoas a ter suas vidasde volta”, ela explica.

Um “sim” que faz toda a diferen-ça, como um dia fez para Sirlei e ain-da pode fazer para tantos brasilei-ros. Um gesto de solidariedade queliteralmente pode vencer a morte– se não a de quem já se foi, pelomenos a de quem ainda pode termuita vida pela frente, acabandocom as fronteiras entre uma vidaque é particular e outra que podetornar-se universalmente humana.Um pequeno milagre ao alcance davontade de todos nós.

*O autor é jornalista da BrasilRotário.

� SIRLEI GRAWE com Mauricio eJulia durante sua formatura

C

Personagem

Page 27: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

25BRASIL ROTÁRIO

O que há de errado com aroda denteada do seu clube?

BR

A roda do Rotary é o único elemen-to gráfico que identifica nos-sa organização e seus as-

sociados em todas as partes domundo. É ela que informa aosvisitantes de uma cidadeque o Rotary está ali. É atra-vés dela que identificamosos projetos patrocinadospor nossos clubes, distri-tos e inserimos nossa mar-ca em nossos websites e pu-blicações.

Nosso emblema é partefundamental da imagem públicado Rotary e deve ser exibido deforma correta em todas as ocasiões.

Existem algumas normas para seu uso:

� A roda denteada jamais deveser cortada, coberta, distorci-

da, obstruída ou girada.� As cores oficiais do Ro-tary, que são o azul real eo ouro, devem ser utiliza-das em qualquer apresen-tação.� As palavras Rotary Inter-

national não devem ser apa-gadas ou substituídas.

� O rasgo da chaveta não deveser preenchido ou apagado.

Também é importante usar o nomedo Rotary de forma correta. A palavra Rotary,

usada de forma isolada, quer dizer Rotary Inter-

national. Para que tal diferença fique clara, sem-pre identifique o clube, o distrito ou outra enti-dade rotária nos nomes de projetos, na sinaliza-ção e nos nomes dos domínios de websites. Oprefixo rota – ou qualquer alteração da palavraRotary – não pode ser usado.

O RI disponibiliza ferramentas para ajudaros rotarianos a empregar o nome e a roda den-teada de forma correta. Para conhecer melhora política e as instruções de design e os logos doRotary, acesse o link http://www.rotary.org/RIdocuments/en_pdf/547en.pdf e baixe gra-tuitamente o RI Visual Identity Guide (Guiade Identidade Visual do RI). A versão estáem inglês.

No site do RI também é possível comprar oguia (código 547) e os logos do Rotary (234),por US$ 9, que incluem o emblema e os logos doRI e dos programas da Fundação Rotária.

U m a o u t r a o p ç ã o é a c e s s a r o s i t ewww.rotary.org/pt, clicar na área Sócios, depoisem Normas e procedimentos, e ler (em português)as informações presentes na página Nome e mar-

cas do Rotary.

Nossa imagem

Para obter a lista internacional completa doslicenciados do Rotary International, visite

www.rotary.org/support/licence

ou contate a:

Licensing Coordinator [Coordenação de Licenciamento]Rotary InternacionalOne Rotary Center

1560 Sherman Ave.Evanston, IL 60201-3698

Page 28: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

26 JANEIRO DE 2010

O Rotary e a sociedade

Mário de Oliveira Antonino*

e um encontro aparentemente despretensio-so, ocorrido no Instituto Rotary de Gramado,em setembro do ano passado, surgiu uma rica

oportunidade para a divulgação da formidável obrade nossa organização. Estávamos no intervalo entreduas sessões de trabalho e, de modo espontâneo,formamos uma mesma roda: os rotarianos Eudes deSouza Leão Pinto, Joper Padrão do Espírito Santo,Alberto Bittencourt e eu. É sempre assim: pessoasque se identificam em princípios e ideais conver-gem naturalmente.

Joper, de forma convicta e diplomática, seguro deque estava no meio de amigos fraternos, fez uma espé-cie de consulta-proposta. “O Recife sediará no finaldeste mês de setembro o 25º Congresso Brasileiro deEngenharia Sanitária e Ambiental, que deverá reunircerca de 5.000 participantes”, Joper explicou. “Quetal conseguirmos incluir a palavra de um engenheirorotariano no programa oficial do evento?”

O conceito do Rotary e o prestígio de Joper na di-retoria da Associação Brasileira de Engenharia Sanitá-

ria e Ambiental (Abes), que ele já presidiu em quatromandatos, são tais que, poucos dias depois, eu recebiada engenheira Cassilda Teixeira de Carvalho, com oapoio do também engenheiro Guilherme Tavares, pre-sidente do Congresso, um convite para atuar numa im-portante sessão. Na ocasião, representantes da CaixaEconômica Federal, do Banco do Nordeste do Brasil,do BID, do BNDES e de outras importantes entidadesestariam apresentando os vultosos apoios financeirosa projetos e obras no campo de interesse do Congres-so Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental.

Como eu desempenharia o meu papel de modo ajustificar a presença do Rotary de forma digna e dei-xar nossa organização mais admirada? Procurei entãodestacar o fato de que as ações públicas só cumpremseu objetivo quando atendem os interesses da coleti-vidade, e que ninguém é mais capaz de identificar esentir esses benefícios do que as próprias comunida-des. Aí se sobressaem os setores organizados da socie-dade, oferecendo sua preciosa e indispensável cola-boração. É o ser humano agindo de forma elevada,como um verdadeiro ser social. Ele age como ator erecolhe os benefícios de sua própria atuação.

Presença do Rotary no 25º Congresso Brasileiro deEngenharia Sanitária e Ambiental é um exemplo a ser seguido

D

encontrar soluçõesSomando forças paraSomando forças para

Page 29: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

27BRASIL ROTÁRIO

NOSSA CONTRIBUIÇÃOE é nesse campo que o Rotary tem dado uma enormecontribuição. Em primeiro lugar, por se constituirnuma formidável malha nacional e internacional, comclubes e rotarianos interagindo com vontade de ser-vir cada vez mais. Em segundo, pela qualificação dosseus quadros associativos, apoiados em experiênciasbem-sucedidas e com ações cada vez mais inovado-ras. Não podemos esquecer que o Rotary está presen-te em 211 países e regiões geográficas, e que em todo omundo há mais de 33.600 Rotary Clubs e 1,2 milhãode rotarianos. Só no Brasil, são mais de 2.300 clubes e53.121 rotarianos.

A ação rotária é, por conseguinte, complementar evalorizadora dos propósitos do Congresso Brasileirode Engenharia Sanitária e Ambiental. Participação co-munitária, educação, conscientização, integração deações e contínuo acompanhamento são tarefas que nãopermitem negligência ou omissões. As definições ofi-ciais ou governamentais só se tornam realidade medi-ante a participação, em primeira análise, com a inicia-

tiva privada, e se torna acabada com o envolvimentocomunitário. Muitos setores técnicos, por empáfia oupor interesse, trancam-se como podem e não conside-ram a experiência da comunidade – que, normalmen-te, possui especialistas com alto nível de competênciae que gostam de colaborar.

Será que os consultores ou cientistas não moramem prédios ou andam nas ruas, sentindo os mesmosproblemas que nós sentimos? E quando esse Congres-so adota o lema “Saneamento Ambiental: Universali-zação e Justiça Social”, fica clara a existência de umaindissolúvel convergência de conceitos e propósitosentre o Rotary e esses valorosos engenheiros sociais,tão indispensáveis a essa sociedade plural em aspec-tos e exigências.

São ações ecléticas nos diferentes tempos, reque-rendo sempre que a sabedoria do passado seja trata-da com competente visão de futuro. Aliás, o mestreGilberto Freyre, no último livro que escreveu, “Ho-mens, Engenharias e Rumos Sociais”, oferece-nosmagníficos conceitos sobre o papel dessa área profis-sional que tanto tem realizado com e para a humani-dade, como o que transcrevo: “É engenharia aquelaarte-ciência que desenvolve a aplicação de conheci-mentos, quer científicos, quer empíricos ou intuiti-vos, à criação e ao aperfeiçoamento de estruturassociais; ou de formas de convivência social, inclusi-ve política ou econômica”.

Para mim, o Congresso Brasileiro de Engenharia Sa-nitária e Ambiental põe em foco as mais eminentemen-te sociais das engenharias, nelas inseridas as múltiplasquestões da água, da energia, das mudanças climáticas,do desenvolvimento sustentável, de mecanismos finan-ceiros, de normas técnicas e de novas tecnologias, dosistema de informação, na grande amplitude de açõesnos campos das mais diversas geografias.

� MÁRIO ANTONINO, autor deste artigo, em suapalestra sobre o Rotary, durante o 25º CongressoBrasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

� OS ENGENHEIROS e ex-governado-res do Rotary Alberto Bittencourt eJoper Padrão do Espírito Santo

Uma boa ideia: rotarianos que

ocupam posições de liderança

em congressos e seminários

importantes deveriam incluir a

palavra de profissionais

rotarianos na programação

oficial dos eventos

Page 30: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

29BRASIL ROTÁRIO

Agenda

Conarc 2010: parcerias paragarantir o futuro do planeta

Da Redação

principal encontro dos Ro-taract Clubs brasileiros em 2010 acontece este mês. A

36ª Conferência Nacional de Rotaract Clubs (Conarc) será realizada entre os dias 20 e 24 de janeiro no Hotel Montanhês, na cidade de Miguel Pereira, na Região Serrana do Rio de Janeiro, a 120 km da capital. As ins-crições ainda estão abertas e podem ser feitas através do site da Conarc (mais informações no quadro ao final da página).

A sustentabilidade do planeta será o principal tema dos cinco dias de trabalho. A programação está dividida em três eixos temáticos: desenvolvimento social, desenvol-vimento ambiental e responsabi-lidade empresarial. A aposta dos organizadores é fazer uma reflexão sobre a capacidade de liderança dos Rotaract Clubs, identificando soluções e ajudando a resolver os problemas das comunidades onde eles atuam. No Brasil, existem atu-almente 649 clubes de Rotaract, que reúnem aproximadamente 15 mil jovens universitários e profissionais em início de carreira, com idades entre 18 e 30 anos.

O

BR

TERCEIRO SETORParticiparão desse debate repre-

sentantes de organizações como Afro-reggae, Revista Filantropia, SOS Mata Atlântica e Instituto Ary Carvalho, do Grupo O Dia de Comunicação. Um dos objetivos dos organizadores da 36ª Conarc é aumentar o diálogo e as parcerias entre os Rotaract Clubs e outras entidades do Terceiro Setor no Brasil. A comissão organizadora também espera que boa parte dos 350 conferencistas aguardados para o evento seja de rotarianos, que também estão convidados.

“A intenção é fazer da Conarc um instrumento de conscientização e divulgação do Rotary em geral como uma organização capaz de catalisar energias sufi cientes para a realização de projetos sustentáveis e que consegue agir localmente e pensar globalmente”, diz Ana Flavia Godoi, membro da Comissão de Co-municação e Marketing. “A relação entre o Rotary e o Rotaract precisa ser fortalecida, pois o futuro da instituição está na juventude. Fazer um marco inovador dentro do nosso movimento só será possível se, antes de mais nada, nos conscientizarmos sobre nosso papel em relação à sus-tentabilidade do planeta.”

Sustentabilidade e integração dos Rotaract Clubs com o Terceiro Setor

estão na pauta do encontro que acontece este

mês em Miguel Pereira, no Rio

Evento: 36ª Conarc (Conferência Nacional de Rotaract Clubs)Quando: 20 a 24/01Onde: Hotel Montanhês, em Miguel Pereira (RJ)Quem pode participar: rotaractianos, rotarianos e interactianosInscrições: até o dia 11/01, no valor de R$ 480 (à vista)Mais informações: www.conarc.com.br

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Page 31: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

28 JANEIRO DE 2010

O Rotary e a sociedade

Alguns dados sobre o Rotary apresentados no 25º Congresso Brasileiro deEngenharia Sanitária e Ambiental – e que devem ser mostrados em outroseventos como esse:

Características fundamentais: o Rotary é uma associação mun-dial de empresários e profissionais, unidos em Rotary Clubs, com o objetivode estimular a aplicação prática do Ideal de Servir, tanto individual comocoletivamente.

Nossos pr inc ipais programas e o quanto invest imos ne-les: Polio Plus (mais de US$ 700 milhões), bolsas educacionais (que jábeneficiaram mais de 40 mil bolsistas, com recursos superiores a US$400 milhões), os Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz eResolução de Conflitos (400 bolsistas e US$ 16 milhões) e IntercâmbioInternacional de Jovens (mais de 7.000 jovens, anualmente). O totalempregado pela Fundação Rotária em programas no ano rotário de 2007-08 foi de US$ 227,5 milhões. Desse montante, US$ 8.616.797,00

Fotos: Alyce Henson/Rotary International

� YOSELIN BIERD dá um copo de água limpa àsduas filhas, Yokira e Wanda. A casa delas foi umdos 19 mil locais beneficiados com os filtros instala-dos pelos rotarianos (abaixo) em residências,escolas e clínicas da República Dominicana, naAmérica Central, com os recursos de um projetode Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária

custearam 561 subsídios para recursos hídricos e saneamento.Programa Preserve o Planeta Terra: criado pelo presidente Pau-

lo Viriato Corrêa da Costa, presidente do Rotary International em 1990-91.Promoveu a realização de três seminários internacionais. Somente no Méxi-co, foram plantadas mais de 3 milhões de árvores, uma delas pelo papaJoão Paulo 2o. Esse programa representou uma mudança de mentalidade.

Alguns exemplos pontuais : Rotary C lubs do Grande Rec i feplanejaram o plantio de 100 mil árvores de frutos comestíveis. Recen-temente, o Rotary Club do Recife-Caxangá e o Ministério Público lan-çaram mais de 125 mil alevinos no rio Capibaribe. O distrito 4720, daAmazônia, em parceria com a Fundação de Rotarianos de São Paulo e aComissão de Países de Língua Oficial Portuguesa, está iniciando umprojeto para a implantação da cultura do açaí na África. A fase experi-mental do projeto ocorrerá em Guiné-Bissau, estendendo-se para An-gola e Moçambique.

Onde e como atuamos

CAPACIDADE DE MOBILIZAÇÃOO Rotary é uma rede mundial com experiência secularnas mais diversas áreas da atividade humana, atuandosem discriminação étnica ou religiosa. O Rotary pos-sui credibilidade, elevados padrões éticos, respeitoaos direitos humanos e aos princípios de liberdade edemocracia, e um inarredável compromisso com a pazmundial. Honrado pelo privilégio de ter falado sobrenossa organização num evento tão importante comoo 25º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária eAmbiental, deixo-lhes duas reflexões.

A primeira delas diz respeito ao descortino do com-panheiro Joper Padrão do Espírito Santo, incluindo apalavra de um engenheiro rotariano no programa ofi-cial do evento, uma ideia prontamente acolhida porseus colegas dirigentes da Abes, e que representa umvigoroso exemplo a ser seguido quando rotarianos de

grande credibilidade estiverem na liderança de impor-tantes eventos.

A segunda reflexão é: qualquer rotariano que ti-ver a responsabilidade de fazer um resumo da obrado Rotary enfrentará duas situações bem distintas.Primeiro, a dificuldade de recolher algumas no meiode tantas realizações formidáveis; segundo, o cres-cente orgulho que o dominará à medida que consta-tar as mais brilhantes iniciativas nos diferentes cam-pos da atividade humana. Num mundo de tantos con-trastes, a sociedade clama por uma nova reengenha-ria social, em que haja a prevalência do amor ao pró-ximo e da paz.

* O autor foi diretor do RI em 1985-87, é membro doConselho Superior da Brasil Rotário e associado doRC do Recife-Largo da Paz, PE (D.4500).

BR

Page 32: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

30 JANEIRO DE 2010

Capa

Luiz Renato Dantas Coutinho*

m brasileiro é responsávelpor “2010”. Por isso, elefoi a primeira pessoa a

quem recorremos para entenderesse futuro que em alguns aspec-tos parece já ter chegado.

Jorge Luiz Calife, jornalista, tra-dutor, escritor de ficção científica,mora em Pinheiral, cidade que con-

serva um ar oitocentista do auge daexploração do café, próxima a VoltaRedonda, no Rio. O autor de “As Se-reias do Espaço” gosta da região por-que à noite pode ver as constelações.Além disso, a usina da SiderúrgicaNacional tem um ar futurista.

Em 1977, o ficcionista favoritodele, Arthur C. Clarke, deu uma en-trevista para a revista norte-ameri-cana Omni anunciando o fim de suacarreira literária. Inconformado, Ca-life mandou uma carta pedindo que obritânico repensasse o assunto. Nacorrespondência seguia também a si-nopse de um conto que Calife haviafeito como continuação ao “2001:Uma Odisséia no Espaço”, de autoriade Clarke. Meses depois, este respon-deu que havia gostada muito das idei-as sugeridas e pedia permissão parautilizá-las. “Lógico, pode transformara sinopse em um romance, se quiser”,respondeu. O resultado foi um agra-decimento ao brasileiro no livro

“2010: Uma Odisseia no Espaço 2”,lançado em 1982, e que rendeu o fil-me “2010: O Ano Em Que FaremosContato”. Tudo isso gerou certa famaa Calife e permitiu que o jornalista pu-blicasse sua própria obra de ficçãocientífica, respeitada pela crítica. As-sim surgiu a trilogia “Padrões de Con-tato”, a partir dos anos 80.

BRASIL ROTÁRIO: O que o se-nhor achou do filme “2010”?� JORGE LUIZ CALIFE: Eu gos-tei. Só lamento eles não terem tidodinheiro para colocar no filme todasas ideias, e eles exageraram um pou-co o conflito dos EUA com a UniãoSoviética [no filme o mundo está àsportas de uma Terceira Guerra Mun-dial, resultado ainda da Guerra Fria].O filme foi produzido durante o go-verno Ronald Reagan, e havia umatensão muito grande entre a UniãoSoviética e os EUA. Eles exageraramum pouco isso no filme, mas é uma

U

� CALIFE:AMIZADEcomArthurClarke porcorrespon-dência

20102010

30 JANEIRO DE 2010

Um escritor de ficção científica e umastrônomo falam sobre os temores e asesperanças para a nova década

Um escritor de ficção científica e umastrônomo falam sobre os temores e asesperanças para a nova década

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Page 33: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

31BRASIL ROTÁRIO

boa adaptação do livro. O livro émelhor porque não bateu nas limi-tações de orçamento. O Clarke ima-ginou umas criaturas parecendoplantas vivendo na lua Europa. Nofilme elas não aparecem porque nãohavia dinheiro para se fazer isso[“2001”, por sua vez, foi, para o seutempo, uma superprodução].

O filme não previu o fim daGuerra Fria.� O fim da União Soviética e a de-mocratização do Leste da Europaninguém imaginava que ocorreriam.É muito difícil prever as mudançasque irão ocorrer na política. Naque-la época se tinha muito medo de umaguerra nuclear entre os dois blocos.Nesse aspecto, o 2010 do Clarke fi-cou ultrapassado, mas não creio quefosse intenção dele imaginar um anocomo poderia ser e sim lançar umamensagem sobre o impasse que omundo estava vivendo: o risco daguerra total. A ficção científica deveadvertir as pessoas sobre os danosque o presente pode gerar no futu-ro, como o cinema faz hoje toman-do como ponto de partida as mudan-ças climáticas.

O ano de 2001 que o senhor ti-nha em mente, lá nos anos 60e 70, se confirmou? E 2010, eleé o que o senhor imaginava?� Nós éramos muito otimistas. Nadécada de 1960, que foi a décadade minha juventude, havia um oti-mismo muito grande em relação aofuturo. Tudo seria possível. O queaconteceu na vida real é que algunssetores da tecnologia tiveram umavanço muito grande – como a ele-trônica, as telecomunicações – eoutros não tiveram o avanço quese esperava.

A Estação Espacial Internacio-nal era ficção científica quando euera garoto; uma coisa que líamosnas histórias em quadrinhos doFlash Gordon. Hoje é uma realida-de. Há 12 anos eles estão lá mon-tando a estrutura, a 400 km de al-tura; uma coisa tão grande quantoum estádio de futebol. Nós vivemoshoje um mundo de ficção científi-

ca, ainda que a medicina não tenhatido o progresso que se esperava.

O senhor poderia explicar me-lhor isso?� Eu me lembro que em 1962 a re-vista Seleções fez uma matéria ima-ginando como seria o ano 2000. Eeles reuniram os maiores especialis-tas dos EUA em todos os campos dasciências e da tecnologia para pensaro mundo dali a 40 anos. E os espe-cialistas consultados viajaram...

va eram os computadores pessoais.Na época de “2001” imaginavam-se os computadores do futuro comocérebros eletrônicos grandes quesó uma nave espacial ou uma agên-cia do governo poderiam ter.

Atualmente, é difícil alguém vi-ver sem microcomputador. E aspessoas carregam os aparelhos de-baixo do braço. Em “Padrões doFuturo”, que foi o meu primeiro ro-mance, em 1985, eu imaginava aspessoas usando uns computadoresportáteis chamados videopranche-tas. Eu imaginava essa tecnologiapara o século 25! E hoje temos os com-putadores portáteis. A eletrônicaavançou mais do que se esperava.

Em que outros campos mais?� Na astronáutica. Na época deArthur Clarke, de Isaac Azimov,achava-se que o único meio de ex-ploração do Sistema Solar seriapor meio de naves tripuladas, e osastronautas teriam que viajar emhibernação para passar meses noespaço, correndo riscos. E a explo-ração dos planetas está senda feitapor sondas robôs sem que ninguémcorra riscos.

Como o senhor vê essa décadaque começa?� Eu acho que é uma década deci-siva porque nós estamos vivendo oproblema das alterações climáti-cas. Nós já estamos tendo tornadosno Brasil. O clima está mudandomuito e é preciso que haja uma mo-vimentação muito grande, não sóda população como dos governos.

Em relação à exploração espa-cial, acredito que nesta década seráconcluída a Estação Espacial Inter-nacional. Só falta um módulo, queirá para o espaço no ano que vem.Nós teremos mais missões de reco-nhecimento do Sistema Solar usan-do robôs e, quem sabe, em 2020 ohomem volte à Lua, como era o pla-no da Nasa até o governo Bush.

Então, será uma década de gran-de progresso na área. Será coloca-do em órbita um telescópio que lo-calizará planetas semelhantes àTerra, em outros sistemas solares.

A busca de vida no

espaço continuará e

quem sabe nessa

década venhamos a

descobrir que não

estamos sós

Houve um médico da ClínicaMayo, uma das instituições maisimportantes dos EUA na área mé-dica, que disse que no ano 2000 játeríamos a cura do câncer. Nin-guém iria morrer mais dessa doen-ça. Você tomaria uma pílula e fica-ria imune a todas as doenças infec-ciosas. Não pegaríamos sequer gri-pe. E hoje em dia há a preocupaçãocom a gripe suína e as pessoas con-tinuam morrendo de câncer. Querdizer, o avanço que se esperava namedicina não ocorreu.

E o que não foi imaginado esurpreendeu?� O telefone celular é algo além doque a ficção imaginava na época.Se você assistiu a “2001”, viu umacabine telefônica. O telefone celu-lar foi inspirado nos comunicado-res de “Jornada nas Estrelas” [sé-rie americana produzida de 1966 a1968 e que depois virou filme], sóque eles são muito mais avançadosdo que seus autores sonhavam noséculo 24 [quando se passam as vi-agens da USS Enterprise].

Outra coisa que não se imagina-

Page 34: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

32 JANEIRO DE 2010

Nós já sabemos que o Universo écheio de sistemas solares, uma in-formação que não se tinha na épo-ca das obras “2001” e “2010”. Abusca de vida no espaço continuaráe quem sabe nessa década venhamosa descobrir que não estamos sós.

O que se sabe até agora?� A Nasa está confirmando aqueladescoberta de 1996, sobre um me-teorito que caiu na Antártida, vin-do de Marte. Eles descobriram for-mações fossilizadas no materialque só podem ter sido produzidaspor bactérias semelhantes às exis-tentes na Terra. A vida pode sermuito mais comum do que se ima-ginava. Se houve vida em Marte,isso abre um monte de questões fi-losóficas: será que a vida surgiuprimeiro em Marte e migrou paraa Terra? Ou a vida surgiu indepen-dentemente nos dois planetas? To-das essas histórias sobre contatoscom inteligências extraterrestresvoltarão à moda.

Mas os óvnis são realidadeou ficção?� O primeiro avistamento de umóvni ocorreu em julho de 1947,feito por um piloto norte-ameri-cano. Muita gente já viu esses fe-nômenos e é difícil estudá-los ci-entificamente porque não podemser repetidos em laboratório.Quando começaram esses avista-mentos as pessoas achavam queeram naves espaciais vindas deplanetas próximos. Depois, a ex-ploração espacial mostrou que es-ses planetas não são habitadospor civilizações. Marte é um de-serto congelado e em Vênus o efei-to estufa se desenvolveu descon-troladamente. A temperatura lá éde 400º C. Nada vive. Mas essascoisas continuam aparecendo,ninguém sabe de onde. É algo quesó podemos especular.

E o senhor acredita?� Eu não posso dizer que existamou não existam porque nunca tiveuma experiência nesse sentido, masé possível. Quando se fala em óvni,

Capa

a pergunta que se faz comumente éde onde eles vêm. Talvez a perguntaesteja errada: não seria de onde, masde quando eles vêm. Sabemos que aviagem no tempo é teoricamentepossível. Eles não seriam uma pro-va de vida extraterrestre, mas de quealguma civilização futura desenvol-veu um meio de viajar no tempo eestá enviando sondas para a nossaépoca. É uma ideia que abordei emum dos meus contos, no livro “AsSereias do Espaço”.

E o que o senhor quer ver mo-dernizado aqui na Terra?� Eu espero que haja um desen-volvimento maior na tecnologiados transportes. Nós estamos ain-da muito atrasados. Nós viajamosem aviões subsônicos, usamosônibus e carros que queimam com-bustível fóssil. Isso é coisa que te-mos que deixar para trás porqueestá destruindo o meio ambiente.Alguns países estão experimentan-do um tipo de cápsula que se moveem monotrilhos. A pessoa entranuma cápsula, usa um cartão tipovale transporte e seleciona o des-tino. A cápsula a leva para o bair-ro desejado. O sistema está sendoinstalado em caráter experimentalem Dubai, nos Emirados Árabes, eem algumas cidades na Europa enos EUA.

Esta década será importantepara o transporte público do futu-ro. Eu espero, por exemplo, que aaviação continue a se desenvolver,criando aeronaves mais eficientesdo que nós dispomos hoje. É um ab-surdo levarmos 12 horas para ir da-qui à Europa ou 24 horas para ir da-qui ao Japão. Elesdeveriam retomar oconceito do Concor-de, um avião super-sônico cuja carreirafoi interrompida.

N a é p o c a d o“2001” e do “2010”imaginava-se o a-vião supersônicoou hipersônico. É uma pesquisaque eu gostaria de ver retomadanos próximos anos.

Nascido em Minehaid, uma cidade do sudeste da

Inglaterra, em 16 de dezembro de 1917, Arthur

Charles Clarke vivia retirado no Sri Lanka desde

1956. Autor de ficção científica e inventor, é dele a

ideia de satélites geoestacionários, lançada em artigo

de 1945, hoje uma tecnologia

largamente utilizada pela as-

tronáutica. Estes satélites se en-

contram parados relativamen-

te a um ponto fixo sobre a

Terra, geralmente sobre a Li-

nha do Equador.

Em 1956, Clarke lançou

um clássico no gênero, “A Ci-

dade e as Estrelas”, que se passa a milhões de anos

no futuro. O personagem principal é Aldin, um jovem

de Diaspar, a última cidade humana, cercada por

muralhas no coração de um deserto.

Mas a fama veio mesmo com “2001, Uma Odis-

seia no Espaço”, romance escrito paralelamente à

famosa superprodução de Stanley Kubrick, lançada

em 1968, e que revolucionou a estética dos filmes

futuristas e os próprios temas abordados por eles –

“2001” ganhou o Oscar de efeitos especiais.

O filme começa com humanoides lutando pela

sobrevivência, quatro milhões de anos antes de Cris-

to, e depois salta para o ano de 2001, quando a

tecnologia permite viagens pelo Sistema Solar e a

humanidade tem uma base na Lua. O filme aborda

os perigos da inteligência artificial ao colocar astro-

nautas travando uma luta mortal contra o computa-

dor de bordo e atingindo os limites da própria com-

preensão do Universo.

O final enigmático deixou muitas questões em aberto,

retomadas pelo autor no livro “2010: Uma Odisseia no

Espaço 2”, de 1982, e levado ao cinema em 1984 como

“2010: O Ano Em Que

Faremos Contato”.

Clarke sofria da

síndrome pós-pólio e

passou os últimos 20

anos de sua vida em

cadeira de rodas.

Compensava a limi-

tação praticando

mergulho. Morreu

em Colombo, capital do Sri Lanka, em 19 de março

de 2008.

� BASE LUNAR no filme “2001”

O futuro segundoArthur C. Clarke

Page 35: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

33BRASIL ROTÁRIO

o ano em que o astrônomo

e escritor Alexandre Cher-

mam nasceu, 1972, o Pro-

jeto Apollo, coordenado pela Nasa,

lançou a Apollo 17, a missão que

mais tempo permaneceu em solo

lunar. Era a última viagem tripula-

da para além da órbita terrestre.

Deixou saudades em muitos. Pesqui-

sas foram encerradas com o fim des-

se épico moderno de conquista, que

Chermam sonha ver retomado.

Formado em astronomia pela

Universidade Federal do Rio de Ja-

neiro e com mestrado em ciências

físicas pelo Centro Brasileiro de Pes-

quisas Físicas, onde atualmente faz

doutorado, Alexandre é ainda autor

de três livros sobre divulgação ci-

entífica – “Sobre os Ombros de Gi-

gantes”, “Cosmo-o-quê? Uma Intro-

dução à Cosmologia” e “O Tempo

Que o Tempo Tem”. Um quarto será

lançado em breve. Ele concedeu esta

entrevista na Fundação Planetário

do Rio de Janeiro, no bairro da Gá-

vea, onde é pesquisador e professor.

O astrônomo falou com clareza e

objetividade sobre temas os mais di-

versos – fim do mundo, aquecimento

global, viagens espaciais, civilizações

extraterrestres e os limites da com-

preensão humana. Questionamentos

que certamente a humanidade fará

com ainda mais ímpeto nesta década.

� BRASIL ROTÁRIO: O que osenhor achou do futuro deli-neado por “O Dia Depois deAmanhã”? [no filme, de 2004,graves alterações climáticasmatam grande parte da huma-nidade]� ALEXANDRE CHERMAN: A

questão científica deste filme é muito

Os caminhos e os limites da humanidade segundo a ciência

bem fundamentada. Só que para efei-

to de dramaticidade um processo que

levaria 200, 300 anos, os roteiristas

fizeram acontecer em dois dias para

criar a ação do filme. Pode ocorrer

aquela era glacial? Pode. Como? Der-

retimento das calotas polares afetan-

do a corrente do Atlântico. Mas não é

uma coisa que vá acontecer de um

dia para o outro. A Terra já passou

por várias eras glaciais.

E o “2012”? [filme catástrofelançado no ano passado, inspi-ra-se no fim do mundo supos-tamente registrado pelo calen-dário da civilização maia para21 de dezembro de 2012]� Fizeram uma misturada de coi-

sas no “2012”. Do ponto de vista ci-

entífico é uma bobagem absoluta,

sem qualquer fundamento. Eu, meus

colegas e os cientistas em geral cos-

tumamos ir a um filme desses para

nos divertir. Há cenas de persegui-

ção, de explosões, efeitos especiais.

A questão científica mesmo é zero.

Reversão do campo magnético,mudança do eixo de rotação doplaneta, uma tempestade solare o alinhamento entre a Terra,o Sol e o centro da Via Láctea. Oque há de verdade nisso tudo?� Não há fundamento algum nessa

história de alinhamento. Reversão do

campo magnético é algo que pode

ocorrer, mas é um processo que leva

centenas de anos; a mudança é aos

poucos. O campo magnético da Ter-

ra é mesmo variável. Nós sabemos

que no passado o Polo Norte magné-

tico esteve próximo do Polo Sul. Por-

tanto, já ocorreu essa reversão.

O eixo de rotação da Terra pode

mudar de inclinação? Pode. Mas é

necessário um evento cataclísmico

externo – um choque num asteroi-

de. E aí a menor das preocupações

seria o eixo. Tempestade solar? Elas

ocorrem, mas o Sol tem um ciclo

muito bem conhecido de 11 anos.

O senhor tem percebido umapreocupação com o fim domundo?� Por causa desses filmes, sim. Têm

Até onde o homem alcança

N

� PARA CHERMAN, conhecimentocientífico e fé não se misturam

Têm aumentado

bastante os

questionamentos,

principalmente entre

os estudantes. Uma

mentira contada 1.000

vezes acaba se

tornando verdade

Page 36: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

34 JANEIRO DE 2010

Capa

aumentado bastante os questiona-

mentos, principalmente entre os

estudantes. Uma mentira contada

1.000 vezes acaba se tornando

verdade.

Qual será então o fim mais pro-

vável do planeta?� Aí eu lhe pergunto: o que você

quer dizer com fim do planeta? Por-

que a maioria das pessoas confun-

de o fim da humanidade com o fim

do planeta. Se você lançar 10 mil

bombas atômicas agora, matará

todos os seres, mas não destruirá o

planeta. O planeta continua. “Ah,

mas não há vida...”. Marte não tem

vida, Vênus não tem vida, Júpiter

não tem vida.

A destruição do planeta, prova-

velmente, se tudo seguir o curso

que se conhece, ocorrerá daqui a

uns cinco bilhões de anos, quando

o Sol se transformar em uma gigan-

te vermelha. Destruição das condi-

ções de vida do planeta ocorrerá,

muito provavelmente, antes disso.

Aí pode ser que tenhamos uma par-

cela de culpa.

O senhor nomearia alguns fa-

tores? O aquecimento global?� Nem isso. Eu assisti a uma re-

portagem sobre o aquecimento

global que mostrou uma imagem

im pressionante:

uma floresta de pi-

nheiros devorada por uma praga

que é um besourinho. Isso nunca

tinha acontecido antes porque, na-

quela região, o clima sempre foi

muito frio e o besouro não conse-

guia sobreviver. Com o aquecimen-

to global, o besouro está vivendo

mais, se reproduz mais, e está vi-

rando uma praga; está matando os

pinheiros. Do ponto de vista bioló-

gico, por que o pinheiro é mais im-

portante do que o besouro?

O mamute, por exemplo, deve

ter odiado quando a Era Glacial aca-

bou. Se continuar o aquecimento

global, ficará ruim para o ser hu-

mano? Ficará. Mas nem isso afeta-

rá a vida. Afetará a nossa vida par-

ticular, mas o bioma só mudará de

referência. Nós não temos conhe-

cimentos suficientes para dizer o

que faria acabar definitivamente a

vida no planeta.

A vida humana não está mes-

mo em risco pelo aquecimen-

to global?� A vida humana sofre o risco do seu

status quo, do seu modo de vida atu-

al, mas não da vida humana em si.

As pessoas têm que se dar con-

ta de que aquela época de paz aca-

bou. Agora é assim. Ficará mais

quente no verão, mais frio no in-

verno. Faltará água, faltará comi-

da. Isso acabará com a vida huma-

na? Isso não acabará com a vida

humana. Só que a vida ficará mais

desagradável.

Existem provas da corre-

lação entre aquecimento

global e ações humanas?� O planeta está aquecendo,

mas não está provado que isso

seja causado pelas ações hu-

manas, nem que não seja. Eu

sou bem cauteloso. Há um

grupo que diz que sim, outro

que diz que não. Tem que se

estudar mais.

Pode ser um ciclo natural?� Pode ser. Uma erupção vulcâni-

ca, por exemplo, joga mais gás car-

bônico na atmosfera do que toda a

atividade humana durante um ano.

O que o senhor espera desta

década?� A volta do homem à Lua. A mi-

nha maior torcida, a minha maior

esperança é a retomada do progra-

ma espacial pilotado. A espécie hu-

mana tem grandes conquistas com

naves não tripuladas, mas o pro-

grama de levar o homem à Lua foi

encerrado em 1972. Existe atual-

mente um plano de se levar o ho-

mem à Lua e depois disso usá-la

como base de lançamento para

Marte. Isso para mim é o grande

mote da década.

O senhor pensa que até 2020

o homem chegará a Marte?� Acho que não, nem perto.

Quais seriam os desafios?� Basicamente, o tempo pelo qual

um astronauta ficaria confinado du-

rante a missão. O grande problema

é que quem quer ir quer voltar. Você

manda o robozinho e o deixa lá. Já o

astronauta tem que ser mandado e

� FILME E diversos livros buscam apoio no calendáriomaia para vender o fim do mundo

Page 37: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

35BRASIL ROTÁRIO

BR

trazido de volta. Se mandá-lo já se-ria difícil, com toda a infraestruturaque temos na Terra, imagine trazê-lo de Marte sem infraestrutura ne-nhuma. À Lua, até 2020, eu achoque o homem chega.

Uma viagem até Marte levaria

quanto tempo?� A distância Terra-Lua varia umpouquinho, mas é quase a mes-ma. Agora, a distância Terra-Marte não. Se os dois planetas es-tiverem do mesmo lado do Sol adistância é curta. Então, nas me-lhores condições, uma viagem deida à Marte duraria aproximada-mente dois anos.

O filme “2010” tem como sub-

título “O Ano Em Que Fare-

mos Contato”. O contato com

civilizações extraterrestres é

possível?� Primeiramente, você precisaacreditar que elas existam. Nuncafoi comprovada a existência devida inteligente fora da Terra. Avida deve ser uma coisa relativa-mente abundante no Universo. Agente sabe que a vida surgiu naTerra logo depois que o planetasurgiu. A Terra tem 4,5 bilhões deanos e a vida tem 3,8 bilhões. En-tão foi um processo muito rápido.Por isso, nós acreditamos que a

vida seja um processo relativa-mente fácil.

Daí evoluir para vida inteligen-te, com uma civilização dotada deautocompreensão, é um passomais complicado. Pode ocorrer emoutro lugar do Uni-verso? Pode. Aconte-ceu aqui. Agora, é umsalto de fé acreditarque exista vida inteli-gente em outro lugardo Universo. Além dis-so, tem que se acredi-tar que essa civiliza-ção seja mais evoluí-da que a nossa e quetenha algum motivopara fazer o contato.

E os óvnis?� São duas coisas diferentes: vidaextraterrestre e disco voador. Eunão acredito em disco voador. Eunão acredito que uma civilizaçãoextraterrestre tenha feito contatoconosco. Não existe nenhuma pro-va de que exista vida fora da Ter-ra. Nunca foi descoberto nada aesse respeito. Em Marte encontra-ram compostos orgânicos, masvida, não.

Por que o contato com vida in-

teligente é difícil?� As distâncias são absurdamente

grandes. Você é de uma outra civi-lização, extragaláctica, entra emum disco voador, viaja 200 anos,aí chega à Terra, pousa no interiorde Minas Gerais. Depois, corta a ca-beça de uma vaca, chupa o sangue

dela e vai embora? Nãofaz sentido.

O e s c r i t o r J o r g e

Luiz Calife comen-

tou que a pergunta

poderia ser muda-

da: de quando eles

vêm no lugar de on-

de eles vêm.� Eu já ouvi esse argu-mento antes, inclusivede cientistas, de que osalienígenas não viriam

de outros lugares, mas de outrasépocas do futuro. Carl Sagan tinhaum argumento que para mim é de-finitivo: se a viagem no tempo épossível, onde estão os turistasvindos do futuro? O avião foi cria-do como engenhoca, depois teveuso militar e hoje em dia tem usocomercial. Atualmente você já vêaté turista de estação orbital. Amáquina do tempo teria o mesmocaminho, com pacotes turísticos.“Eu quero ver a Copa de 50; euquero visitar o ano 2000”. Nãoacredito mesmo.

O senhor tem uma crença?� Eu tenho, mas eu prefiro não co-mentar. A minha crença é tão boaquanto a sua.

A ciência ainda pode conviver

com a ideia de Deus?� Sim. A única coisa de que a mai-oria dos cientistas discorda é daideia de um Deus antropomórfi-co, aquele velhinho de barba noalto da montanha, e de um Deusintervencionista.

* O autor é jornalista da Brasil

Rotário.

� LABORATÓRIO PARA a exploração humana do espaço,a Estação Orbital Internacional será completada em 2011

� ALIENÍGENAS:QUANDO veremos um?

Nasa

Page 38: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

36 JANEIRO DE 2010

Dois goles de prosaRenata CoréCulturaCultura

Dois goles de prosa

combinou duas de suas paixões –fotografia e culinária – no Chucru-te com Salsicha (www.chucrutecomsalsicha.com), um dos blogsculinários mais prestigiados da

rede. Desde2005, Fer-nanda, umabrasileira ra-dicada nosEstados Uni-dos , com -partilha nelesuas aven-

turas e desventuras na cozinha e asimpressões de seus passeios gas-tronômicos pela cidade california-na de Davis, onde vive, e seus arre-

so Ernest, cuja predileção etílicaeram os Mojitos.

Ainda no campo da bebida, ou-tra novidade é o título “O Livro daCerveja”, que aborda mais de 800cervejarias espalhadas pelo mun-do, e cataloga e avalia cerca de1.700 cervejas dos mais variadosestilos (entre elas, algumas brasi-leiras, como Baden Baden, Devas-sa, Eisenbahn e Nobel). Para o or-ganizador da obra, o degustadorTim Hampson, as grandes cerve-jas do mundo merecem ser colo-cadas na mesma altura dos vinhosmais refinados.

� Guia de drinques dos gran-des escritores americanosEdward Hemingway e Mark BaileyZahar

� O livro da cervejaTim Hampson (organizador)Nova Fronteira

Da cozinha para a rededores. Adepta dos ali-mentos orgânicos, aautora do blog sem-pre tem dicas de pra-tos saudáveis de en-cher os olhos e darágua na boca.

Outro blog culi-nário que se tornou referência éo Rainhas do Lar (www.rainhasdolar.com), comandado pela publi-citária Fabiana Zanelati e pela pro-dutora de celebrações e gestora deespaços culturais públicos Kátia Na-jara. O nome é uma brincadeira ins-pirada no fato de que, não obstantesuas vidas de mulheres modernas,as autoras mantiveram o apego pe-los afazeres do lar. Por isso, o Rai-nhas, além de receitas práticas e

criativas, oferece dicas para fes-tas, decoração, utensílios, livrose tudo mais que puder interessar

às comadres, que écomo as duas rainhasse referem a suas lei-toras.

A parceria virtualentre Fabiana e Kátiafluiu tão bem que, nofim do ano passado,

as duas estrearam no mercadoeditorial com o “Pequeno Livro deCozinha”. O prefácio é assinadopela Fernanda, do Chucrute, lá nosEstados Unidos, em uma demons-tração de que o mundo de hoje vi-rou mesmo uma aldeia global.

� Pequeno livro de cozinhaFabiana ZanelatiKátia NajaraVerus

Estampada na capa, a frase deTrumam Capote – “Esta pro-fissão é uma longa caminhada

Ajornalista e profissional webFernanda Guimarães Rosa

entre um drinque e outro” – já apre-senta o espírito do livro “Guia deDrinques dos Grandes Escrito-res Americanos”. Deforma bem-humo-rada, a edição emcapa dura e forma-to de bolso reúnetrechos de obras lite-rárias que mostram ofascínio de um seletogrupo de romancistas,contistas, poetas, jorna-listas e críticos (estão lá,por exemplo, os prêmiosNobel de Literatura Willi-am Faulkner, Ernest He-mingway, Eugene O’Neill e John Stein-beck) pelo mundo da bebida.

O livro revela que Edgar AllanPoe apreciava Sazerac, Jack Lon-don gostava de Coquetel Bacardi,

F. Scott Fitzgerald era fãde Gin Rickey e Ray-mond Chandler prefe-ria Gimlet. As receitas

dos drinques favoritos des-ses e de outros escritores estãoacompanhadas de seus ácidos co-mentários sobre a bebida em suasvidas. O toque especial fica por con-ta das caricaturas e ilustrações deEdward Hemingway, neto do famo-

Page 39: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

37BRASIL ROTÁRIO

Sabores para

todos os gostos

BR

sentadora Ana Maria Braga lançou

o livro de receitas “Mais Você 10

Anos”. As 256 páginas da obra tra-

zem mais de 100 pratos – os preferi-

dos de Ana Maria e do público e ou-

tros, aprendidos nas viagens inter-

nacionais do programa – ilustrados

e com explicações passo a passo. O

livro é dividido ano a ano e, em cada

capítulo, Ana Maria re-

vela os bastidores do

programa, passeando

pelos quadros criados

pela equipe para reno-

var a atração matinal.

Quem também a-

crescentou novo títu-

lo à sua linha de livros

foi o chef inglês Jamie

Oliver. “Revolução na

Cozinha” é originado

de mais uma das séri-

es de Oliver exibidas no Brasil pelo

canal por assinatura GNT.

A nova empreitada do chef, que

se esforça para melhorar os hábitos

alimentares dos ingleses, é inspira-

da no Ministério da Comida, criado

durante a Segunda Guerra Mundial,

com o intuito de garantir alimento

suficiente a todos e educar as pesso-

as sobre alimentação e nutrição ade-

quadas. O que Oliver pretende agora

é impulsionar um movimento ali-

mentar de conscientização daqueles

que não se julgam capazes de apren-

der a cozinhar e, concomitantemen-

te, difundir a ideia batizada de passe

adiante, que consiste em ensinar

uma nova receita aprendida, para

divulgar a alimentação saudável em

progressão geométrica.

A filosofia de simplicidade rece-

Sabores para

todos os gostos

beu o reforço de “Cozinhar Ficou Fá-

cil”, do explosivo chef Gordon Ram-

say, do Reino Unido, cujos progra-

mas de TV também são transmitidos

pelo GNT. Proprietário de restauran-

tes em quatro países, Gordon garan-

te que qualquer pessoa pode prepa-

rar pratos como o que ele serve para

seus clientes. Por isso, a proposta de

seu novo livro é ensinar receitas

simples e de fácil preparo, resultan-

do em pratos que po-

dem ser servidos no

café da manhã, almo-

ço ou jantar.

Uma última dica é

o livro “Ervas, Tempe-

ros e Condimentos”,

em que o expert em

gastronomia Tom Sto-

bart comenta a origem

e a história de mais de

400 ervas, temperos,

especiarias e condi-

mentos que experimentou em suas

andanças e expedições por quase 70

países. O autor descreve peculiari-

dades de sabor e aroma e trata de

aplicações culinárias, medicinais e

científicas.

� Mais Você 10 anos

Ana Maria Braga

Globo

� Cozinhar ficou fácil

Gordon Ramsay

Ediouro

� Ervas, temperos e condimen-

tos de A a Z

Tom Stobart

Zahar

� Revolução na Cozinha

Jamie Oliver

Globo

Para comemorar sua primeira

década na TV Globo, a apre-

Page 40: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

38 JANEIRO DE 2010

Autores rotarianos

ProjetoAfroditeRaul ZambelloK2MKT

Nelson Fujiyamaé um investigadorda Polícia Civil dePiracicaba quetenta desvendaras misteriosas mortes provocadas poruma nova droga. O que ele não imagi-na é que essa substância está sendoproduzida por Wolfgang Friedrich Ei-chholz, um cientista que vinha sendodado como morto. Lançado no mêspassado, esse romance policial de RaulZambello, um dos fundadores do RC

de São Pedro, SP (D.4590), terá par-te dos lucros destinada à CampanhaPolio Plus – e a cada US$ 1 mil arreca-dados, o autor irá sortear um títuloCompanheiro Paul Harris entreaqueles que comprarem o livro. Asvendas estão sendo feitas pelo [email protected] e pelos te-lefones (19) 3481-3297 e 3481-3521.

O berço dosAraújoPaivaAudir deAraújo PaivaIndependente

Em aproxima-damente 300páginas ilus-tradas com fotografias, o livroconta a história dos estados doPiauí (com destaque para a ci-dade de São Miguel do Tapuio,terra natal do autor) e do Ceará(onde Crato é a cidade focaliza-da). Essas geografias são o ce-nário das crônicas e biografiassobre os membros da famíliaAraújo Paiva e outras persona-lidades locais. Um dos capítulosé dedicado ao RC de Crato, CE(D.4490), clube de Audir deAraújo Paiva. Mais detalhes so-bre a obra e como adquiri-la noendereço e le trônico ht tp ://audirdearaujopaiva.blogspot.com.

A Lei doTriunfo parao século 21JamilAlbuquerque,Marcio Abbud eWalter KaltenbachNapoleon Hill

Fruto do conheci-mento e das pesquisas feitas pelo nor-te-americano Napoleon Hill (1883-1970), escritor que por anos a fio ana-lisou a vida dos homens mais ricos domundo, desvendando seus segredose formatando o Master Mind (um mé-todo que alia uma técnica a uma filo-sofia), “este livro apresenta, com cla-reza e singularidade, as 17 leis do êxi-to que nos colocam em sinergia coma emanação divina com que o Cria-dor brindou o Universo”, diz a divul-gação da obra. Walter Kaltenbach, umdos autores, é associado do RC de

São Paulo-Sumaré, SP (D.4610).O livro está sendo vendido pelo tele-fone (11) 3031-1619.

Page 41: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

39BRASIL ROTÁRIO

Nesta seção abrimos espaço para os rotarianos que foram eleitos ou nomeados para cargos de governo, daadministração direta ou indireta, ou que ainda receberam homenagens ou assumiram função em organizaçõesda sociedade civil nas esferas federal (1o, 2o e 3o escalões), estadual (1o e 2o escalões) e municipal (1o escalão).

Rotarianos que são notícia

Associado honorário do RC de Lins-Norte,SP (D.4480), o tenente coronel Paulo Maurí-cio Magalhães recebeu a Medalha do Pacifica-dor, concedida pelo Exército Brasileiro.

A Assembleia Legislativa de Goiás concedeu otítulo de Cidadão Honorário do estado aocoronel da Polícia Militar Gercy Joaquim Came-lo, associado do RC de Goiânia-Anhaguera,GO (D.4530). Ele é comandante e presidenteda Agência da Guarda Municipal de Goiânia.

A Câmara Municipal de Campos do Jordãohomenageou Edson Caetano da Costa, doRC de Campos do Jordão, SP (D.4600),com o título de Comerciante do Ano.

Um dos fundadores do RC de São Carlosdo Ivaí, PR (D.4630), do qual ainda fazparte, Arlindo José Flores recebeu o títulode Cidadão Honorário de São Carlos do Ivaí.

Pela quarta vez, o rotariano Armando LuizPolita, do RC de São Miguel do Iguaçu, PR(D.4640), é prefeito dessa cidade paranaense.

Médico otorrinolaringologista, o ex-governa-dor distrital Luiz Fernando Granzotto, do RCde Chapecó, SC (D.4740), foi homenageadopela Assembleia Legislativa de Santa Catari-na como Profissional Destaque.

A cidade mineira de Patrocínio tem um novocidadão honorário: Rodolpho Bernardi Neto,do RC de Patrocínio-Brumado dosPavões, MG (D.4770).

Quatro associados do RC de Floriano, PI (D.4490),são destaque na coluna este mês: Luimar de JesusSantos, atual secretário de Saúde de Floriano; Cone-gundes Gonçalves de Oliveira, presidente do Sindicatodos Comerciantes da cidade; e Gilmar Pereira Duarte,diretor do Colégio Agrícola de Floriano.

Engenheiro de petróleo há 50 anos, Fernan-do Perlingeiro Lavaquial, do RC de Pádua,RJ (D.4750), foi o único brasileiro homena-geado pela Society of Petroleum (SPE),durante a abertura do Congresso de Petró-leo em New Orleans, nos EUA, em outubrodo ano passado. Agora ele é membro daLegião de Honra da SPE.

Oscar SiqueiraProcópio, do RC deFloriano-MédioParnaíba, PI(D.4490) é vice-prefeito de Floriano.

Francisco QuixabaSobrinho recebeu o títulode Cidadão Honorário dePetrópolis, cidade daSerra Fluminense. Ohomenageado é associa-do do RC de Duque deCaxias, RJ (D.4570).

O rotariano e dentista José Luiz de Genova foihomenageado pela Câmara Municipal de São Carlospor ter sido escolhido o Odontólogo do Ano de 2009pela Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas –Regional de São Carlos. Ele é associado do RC deSão Carlos, SP (D.4540).

Page 42: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

40 JANEIRO DE 2010

Altimar Augusto Fernandes e Henrique VAltimar Augusto Fernandes e Henrique VAltimar Augusto Fernandes e Henrique VAltimar Augusto Fernandes e Henrique VAltimar Augusto Fernandes e Henrique VasconcelosasconcelosasconcelosasconcelosasconcelosCoordenadores Regionais da Fundação Rotária para as

Zonas 22A e 23A, e para Zona 22B, respectivamente

Construindo o futuro do mundoFundação Rotária (FR) dedica-se a fazer o bem ea tornar o mundo um lugar melhor. Programas

da entidade patrocinados por rotarianos levam as-sistência a regiões assoladas pela pobreza, ajudam aerradicar a pólio e a formar líderes especializados napromoção da paz e em resolução de conflitos. Anual-mente, a Fundação remete milhões de dólares a clu-bes e distritos em todo o globo em apoio a pessoas eprojetos que buscam fazer a diferença.

O Rotary se dedica ao aprimoramento das con-dições de vida, facilitando o acesso a saúde, edu-cação, alimentação adequada e água potável.Rotarianos têm transformado as vidas de milhõesde pessoas. O impacto desse trabalho será verifica-do no futuro, à medida que crianças assistidas setornarem cidadãos produtivos em suas comunida-des, facilitando o desenvolvimento de seus própri-os filhos e interrompendo o ciclo de pobreza doqual são vítimas.

REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTILO impacto do Rotary na saúde mundial, além do tra-balho realizado com o programa Polio Plus, é alta-mente significativo. Entre julho de 2005 e maio de2006, milhões de dólares em verbas da FR, doadospor rotarianos, foram outorgados para iniciativasmundiais de saúde. Muitos projetos buscaram redu-zir a mortalidade infantil pela administração de vaci-na contra o sarampo e utilização de mosquiteiros im-pregnados com inseticida para combater a malária.

Os fundos ajudam a diminuir os índices de tuber-culose, ensinando as pessoas como prevenir a doençae provendo fontes de água potável. Além disso, as ver-bas possibilitam a realização de cirurgias de catarata epara correção de fenda palatina, bem como o encami-nhamento de equipamentos de ultrassonografia a hos-pitais carentes, entre outros.

Das doações submetidas ao Fundo Anual paraProgramas, US$ 100 possibilitariam que mais de100 crianças fossem protegidas contra a deficiên-cia de ferro causada por paralisia intestinal, US$500 permitiriam que membros artificiais benefici-assem 12 pessoas e US$ 25 mil proporcionariam oencaminhamento de equipamento neonatal para aala de recém-nascidos em algum hospital carente.Com suas doações, rotarianos e a FR estão ajudan-do a mudar o mundo.

A FUNDAÇÃO ROTÁRIA� Atende a todas as principais necessidades edu-cacionais e humanitárias.� Tem alcance mundial maior que o das NaçõesUnidas.� Pode ir aonde políticos e grupos religiosos nãopodem.

O pai de Bill Gates, William H. Gates, ao referir-seao trabalho do Rotary, declarou: “Quando o Rotaryse envolveu com as atividades de combate à pólio, amaioria das pessoas achava que organizações volun-tárias se dedicavam apenas a projetos comunitárioslocais e não no mundo inteiro. O Rotary mudou essapercepção e nos mostrou que nenhum problema hu-mano é tão avassalador que não possa ser resolvidopor pessoas de boa vontade”.

Muitos de vocês já contribuem com a FR. Por es-ses esforços, gostaria de oferecer-lhes meus mais sin-ceros agradecimentos. Vocês estão transformandovidas e o mundo por meio da Fundação, seja forne-cendo água potável em regiões remotas, encaminhan-do computadores e livros para escolas, construindoparques, vacinando bilhões de crianças, patrocinan-do estudos sobre paz e resolução de conflitos, entremuitas outras ações.

Caso ainda não tenham se envolvido com a Fun-dação ou queiram aumentar a assistência oferecida,que papel gostariam de desempenhar? Participar deprograma de alfabetização ou de Dia Nacional deImunização? Assegurar o futuro dos programas daFundação doando ao Fundo Permanente? Contribuircom US$ 100 para o sucesso da iniciativa Todos osRotarianos, Todos os Anos? Seja qual for o seu dese-jo, esteja certo de que os recursos globais do RI e daFR estão sendo usados por rotarianos para o atendi-

A

Page 43: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

42 JANEIRO DE 2010

Interact & Rotaract

Estes são os membros doRotaract Club de Guarulhos-Sul, SP (D.4430), fundado recen-temente. O presidente empossadoé Geraldo Luiz Lopes.

O Rotaract Club de Cruzeiro-Cente-nário, SP (D.4600), participou da vacinaçãocontra a pólio no dia 19 de setembro emparceria com os Rotary Clubs de Cruzeiro eCruzeiro-Mantiqueira.

NumaeleiçãoorganizadapeloRotaractClub deCampoMourão,PR(D.4630), aCatedral

São José foi escolhida pelos moradores comoo símbolo de Campo Mourão. A catedral ficoucom 992 dos 2.847 votos. As urnas percorre-ram toda a cidade, passando por escolas,clubes de serviços, associações de classe,empresas, feiras e outros locais públicos. Umdos objetivos dos rotaractianos com essainiciativa foi recuperar a história da cidadeatravés dos prédios e monumentos que partici-param da votação.

O InteractClub deTapejara, PR(D.4630), deusuporte à Festada Padroeira deTapejara nos dias9, 10 e 11 deoutubro do anopassado. Osinteractianosreceberam mais de 2.500 pessoas e, por contadisso, foram parabenizados pela ComissãoOrganizadora do evento.

Como vemacontecendo nosúltimos anos, oInteract Clubde Foz doIguaçu-Itaipu,PR (D.4640),auxiliou o RC deFoz do Iguaçu-Três Fronteiras,seu clubepadrinho, arealizar a 11a Expoflor, uma feira de flores quegera recursos para entidades assistenciais dacidade. Ano passado, uma das beneficiadasfoi a Comunidade dos Pequenos Trabalhado-res, que recebeu uma doação de aproximada-mente R$ 23 mil para a reforma de suasinstalações. O Interact também foi beneficia-do: em troca da ajuda, ficou com 5% do valorarrecadado pelos rotarianos durante a feira.

O InteractClub deMaringá,PR(D.4630),realizou umatarde de

brincadeiras com cerca de 200crianças do Colégio EstadualThomaz Edison Vieira.

Foto: Ana Luiza Verzola

Page 44: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

41BRASIL ROTÁRIO

Coluna do chair da Fundação RotáriaColuna do chair da Fundação RotáriaColuna do chair da Fundação RotáriaColuna do chair da Fundação RotáriaColuna do chair da Fundação Rotária

A Fundaçãoviabiliza o trabalhodo Rotary

BR

GLENN ESTESS SR.Presidente do Conselho de

Curadores da Fundação Rotária

Janeiro é o Mês da Conscientização Rotária –uma época para conhecermos melhor nossa

organização e mantermos o foco sobre nossaimagem pública. Aumentar o nível de conscien-tização sobre o Rotary é uma das maiores priori-dades do Planejamento Estratégico 2007-10 doRotary International. Quanto mais o Rotary forconhecido por seus bons serviços, mais serviçosserá capaz de realizar.

O ex-presidente do RI Robert Barth, da Suí-ça, afirmou: “Acreditamos que o distintivo ro-tário na lapela representa uma mensagem. Eladiz: ‘Você pode confiar em mim; eu sou confiá-vel; eu dou mais do que recebo. Estou disponí-vel para ajudar.’”

Por cau-sa da Fun-dação Rotá-ria, o mun-do sabe quepode contarcom o Rota-ry. É a Fun-dação quenos permi-te respon-der “sim” a um pedido de ajuda, em vez desermos forçados a dizer que não podemos fa-zer nada.

Vocês são rotarianos porque acreditam noDar de Si Antes de Pensar em Si. Como rotarianos,vocês sabem que, por meio do Rotary, poderãocausar um impacto muito maior do que poderiamse atuassem individualmente. Uma pessoa sozi-nha, mesmo com seus talentos e recursos, tem seuslimites. O trabalho isolado é limitado, mas quan-do trabalhamos em conjunto, e somamos os nos-sos recursos aos do 1,2 milhão de rotarianos emtodo o mundo – contando ainda com os recursosda nossa Fundação Rotária –, podemos fazer a di-ferença, que será relembrada pelas gerações futu-ras. Só depende de nós.

mento de necessidades locais e para a transfor-mação gradual do mundo.

A Fundação Bill & Melinda Gates doou US$ 355milhões à FR, dos quais o RI deverá equiparar US$200 milhões até 30 de junho de 2012. É o maiorsubsídio outorgado a uma organização de presta-ção de serviços voluntários e é um alto reconheci-mento do sucesso e valor do programa Polio Plus.

Calcula-se que, quando a pólio for erradicada,quase US$ 1,2 bilhão terá sido doado, além deinúmeras horas de serviços voluntários que pos-sibilitaram o fornecimento de vacinas, apoiooperacional, agentes da área da saúde, equipa-mentos para laboratórios e materiais informati-vos. É imperativo incentivar os distritos a con-tribuir com a fase final e mais difícil do trabalhode eliminação global da pólio.

Crianças imunizadas podem crescer saudá-veis e se tornar membros produtivos da socie-dade. Nos Dias Nacionais de Imunização,rotarianos fazem o que é necessário para levar avacina às diversas comunidades. Não é raro vervoluntários empenhados em acessar as áreasmais difíceis.

Rotarianos e centenas de milhares de outraspessoas que doaram ao Polio Plus: saibam queo Rotary causou mudanças extraordinárias, ga-rantindo que dois bilhões de crianças fossemimunizadas e cinco milhões escapassem da mor-te e da paralisia.

O QUE OS ROTARIANOS PODEM FAZER?

� Tanto contribuições em dinheiro quanto doa-ções de parcelas do Fundo Distrital de UtilizaçãoControlada serão aceitas para o desafio e consi-deradas para obtenção de título de Companhei-ro Paul Harris e Doador Extraordinário.� Os clubes estão sendo chamados a organizaranualmente um evento público para captação derecursos, nos próximos três anos. Rotaract eInteract Clubs também são convidados a contri-buir. Todos os integrantes da Família Rotária sãoincentivados a colaborar com o Desafio de US$200 Milhões do Rotary.� Rotarianos são também convidados a ajudar avencer o desafio, principalmente os novos asso-ciados e clubes que ainda não tiveram a oportu-nidade de contribuir com o programa Polio Plus.� Destacar na mídia o papel do Rotary na inicia-tiva de erradicação global da pólio, bem comona página nova do Polio Plus na internet –www.rotary.org/pt/endpolio –, destinada ao pú-blico rotário e não rotário.� Cadastrar-se para receber o boletim EndPolio Now.

Juntos podemos eliminar a pólio agora!

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43BRASIL ROTÁRIO

Em parceria com o Rotary Kids e o RC de PatoBranco-Amizade, o Rotaract Club de PatoBranco-Amizade, PR (D.4640), visitou oAsilo São Vicente de Paula. A ação faz parte doprojeto Rotaractianos da Alegria, que promovevisitas aos asilos, creches e hospitais dacidade, onde são realizadas atividades recreati-vas e verificadas as necessidades dessasinstituições – e, claro, como atendê-las.

Os Interact eRotaractClubs deSanta Rosa,RS (D.4660), juntaram fundos para a Cam-panha Contra a Pólio durante o 26º EncontroEstadual de Hortigranjeiros do município. Nainiciativa, pessoas da comunidade eramincentivadas a contribuir com um donativomínimo de R$ 1 e deixar carimbos das mãosem um muro-monumento com logos doInteract e do Rotaract e banners das empre-sas colaboradoras.

Os membros doRotaract Club de

Campo Bom, RS(D.4670), promoveramuma manhã de diversão

na Escola MunicipalPrincesa Isabel, naquele

município. A garotada doensino fundamental

recebeu lanche e presentee foi animada com vôlei,

futebol, cama elástica,pintura facial e desenhos.

Em uma gincana promovida por eles, osjovens do Interact Club de SantaMariana, PR (D.4710), arrecadaram maisde 360 litros de refrigerante, doados àApae local na Semana Nacional doExcepcional, em agosto. Foi o segundo anode realização da iniciativa.

Juntamente comos Rotary Clubs

da cidade, oInteract Club

de Apucarana-28 de Janeiro,

PR (D.4710),trabalhou na

vacinação contraa poliomielite no

dia 19 desetembro.

� O primeiro Interact Club, com 23membros, foi oficializado em 5 de novem-bro de 1962 na cidade de Melbourne, naFlórida, EUA.

� Durante a Semana Mundial do Interact, emnovembro, interactianos e rotaractianoscomemoram a oficialização do primeiroInteract Club. Na data eles podem concluirprojetos específicos, os quais propiciam umadistinção conferida pelo Rotary International.

� Brasil, Índia, EUA, Filipinas, Japão e Coreiado Sul orgulham-se de ser os países com omaior número de Interact Clubs.

� Estima-se que 281.152 jovens de 14 a 18anos pertençam a Interact Clubs. Os InteractClubs estão espalhados por 476 distritos e133 países e regiões geográficas.

Você sabia?Você sabia?

Page 46: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

44 JANEIRO DE 2010

Clube distribui 550cadeiras de rodas

Distritos EM Revista

D. 4630

Projeto teve a parceria da Fundação Rotária e de RC americano

RC de Cianorte-Furquim de Cas-tro, PR – Em uma ação que utilizou

recursos da ordem de US$ 24 mil (algo em torno de R$ 41.500), os companheiros adquiriram e distribuíram 550 cadeiras de rodas. O trabalho começou em 2007, por meio de um projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária, que envolveu também o RC de Santa Barbara Sunrise, EUA (D.5240). Depois de reunir a verba necessária, os rotarianos a enviaram para o programa Free Wheelchair Mission (FWM), que produz as cadeiras de rodas na China e as distribui para países em desenvolvimento.

Localizada na cidade de Maringá, no Paraná, a Associação Norte Paranaense de Reabilitação (ANPR) recebeu 50 cadeiras de rodas. As outras 500 unidades foram distribuídas em 72 municípios do norte e nordeste daquele estado. Além dos ro-tarianos e presidentes de clubes, a importação das cadeiras de rodas contou com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Receita Estadual e Global Assessoria em Comércio Exterior. Os co-laboradores foram agraciados com certificados de reconhecimento.

A fabricante das cadeiras doadas, FWM, é uma organização internacional sem fins lucrativos, sedia-da na Califórnia, EUA. Foi fundada em 2001, com o objetivo de prover cadeiras de rodas para pessoas inválidas e de baixa renda, habitantes de países em desenvolvimento. O programa reúne 18 membros que trabalham ao redor do mundo, em parceria com uma vasta rede de indivíduos que realizam trabalhos humanitários, enviando contêineres com cadeiras de rodas para centenas de milhares de necessitados. Como fruto do trabalho da FWM, mais de 420 mil cadeiras já foram entregues em mais de 72 países. Até hoje, o Brasil recebeu 1.650 unidades, tendo sido 1.100 para a ANPR.

OS ROTARIANOS e colaboradores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Receita Estadual e Global Assesso-ria em Comércio Exterior que contribuíram para o sucesso do processo de importação das cadeiras de rodas foram homenageados com certificados de reconhecimento

GRAÇAS A um projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária, os companheiros doaram 55 cadei-ras de rodas para a Associação Norte Paranaense de Reabilitação

O COMPANHEIRO Colin Stephens, associado do RC de Santa Barbara Sunrise, EUA (D.5240), clube parceiro no projeto de Subsídios Equivalentes, visitou uma das salas de aula na companhia do presidente da Associação Norte Paranaense de Reabilitação, Valcir Antonio Scramim

Page 47: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

45BRASIL ROTÁRIO

Distritos EM Revista

D. 4310 RC de Santa Bárbara d’Oeste, SP – Mais de 5.000 pessoas parti-

ciparam do Desfile de Cavaleiros promovido pelos rotarianos nas ruas e avenidas da cidade. Os com-panheiros realizaram o evento com o objetivo de arrecadar verba para o programa Polio Plus.

D. 4410

RC de Saltinho, SP – Os companheiros distribuíram para a população da cidade aproximadamente 600 mudas de árvores, cedidas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Piracicaba. A ação fez parte do projeto Preserve o Planeta Terra, que o clube desenvol-ve há 12 anos. Desde então, já foram plantadas 16 mil mudas de árvores. Além disso, todo mês de setembro, os companheiros promovem palestras educativas sobre o reflorestamento e o meio ambiente nas escolas da cidade. Outra iniciativa do clube foi o lançamento de uma campanha para incentivar o uso de sacolas retornáveis.

RC de Sal-to, SP – Os dois prédios na foto são as entidades assistenciais Associação dos Deficien-tes Visuais de Salto e

Associação Saltense de Pais e Amigos dos Surdos. Eles foram construídos em um terreno cedido pelo companheiro Natale Dalla Vecchia, associado funda-dor do clube.

D. 4390 RC de Juazeiro-São Francisco, BA – Os companheiros entregaram filtros de água para moradores da cidade.

RC de Gua-rapari, ES – Após a cam-panha Saúde Sustentável, promovida pela Secreta-ria Municipal de Saúde, que levou gratui-tamente uma série de serviços ao Bico do Urubu, no bairro do Lameirão, os companheiros distribuí-ram 1.800 kg de verduras, legumes e frutas, 300 kg de feijão, 100 kg de farinha e 100 kg de coco ralado a 92 famílias. Outra iniciativa do clube foi a contribuição para implantar no município o cam-pus do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Espírito Santo.

RC de Cas-telo, ES – Os companheiros organizaram uma manhã de diversão para aproxi-madamente 120 crianças, que também ganharam lanche reforçado.

Page 48: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

46 JANEIRO DE 2010

Distritos EM Revista

D. 4420 D. 4430

RC de São Bernardo do Campo-Rudge Ra-mos, SP – Como parte do projeto permanente de preser-vação de vegetação

característica da Mata Atlântica, iniciado em 2007, os companheiros promovem o plantio de árvores na-tivas todo mês de setembro. Este ano, foram planta-das mudas de cedro, pau-brasil, sibipiruna e diversos tipos de ipê, no Espaço de Educação Ambiental Plácido Quinzane.

Os RCs de São Paulo-Aclimação e São Paulo-Cambu-ci, naquela cidade, realizaram a Semana do Meio Ambiente no Mês das Crian-ças, em parceria com a editora Escrituras e organizações da comunidade. Du-rante quatro dias,

foram oferecidas oficinas gratuitas de reutilização de materiais e cultivo de plantas em ambiente doméstico, entre outras atividades, na Biblioteca Raul Popp. Todos os participantes, tanto adultos como crianças, foram convidados a registrar em papeis as maneiras pelas quais podem contribuir com a conservação do meio ambiente. As sugestões foram colocadas na Árvore do Compromisso Ambiental. Para encerrar a semana do meio ambiente, os companheiros distribuíram 500 mudas de ipês rosa e branco no Parque da Aclimação.

O distrito fechou uma parceria com o Torneio A Tribuna de Tênis, cuja 50ª edi-

ção ocorreu em 2009, e recebeu R$ 10 da inscrição de cada atleta. A arrecadação total – R$ 4.890,00 – é des-tinada ao programa Polio Plus. O evento reuniu dezenas de tenistas de diversas categorias e teve a p resença do campeão pan-americano Fernando Meligeni, que parti-cipou do jogo de exibição no dia da abertura e destacou a campanha do Rotary ao se dirigir ao público. Durante os jogos do torneio, quatro banners com a mensagem End Polio Now (Eliminemos a Pólio Já, em portu-guês) permaneceram nos cantos da quadra.

RC de São Paulo-Parque do Ibirapuera, SP – Os companheiros homenagearam o tenente-coronel Vitor Ivo Fett de Oliveira, coman-dante do 12º Batalhão de Po-lícia Militar, pelo

serviço que vem prestando à comunidade da Zona Sul de São Paulo. Na foto, o homenageado está nas presenças do presidente Luciano Neves Segura Junior e do rotariano Ricardo Gorski.

RC de São Paulo-Vila Carrão, SP – Junto com o Rotaract e o Interact

Club locais, além do Rotary Kids, os companheiros organizaram uma festa para crianças no Clube Escola Vila Manchester. Os meninos e meninas presentes receberam brinquedos, livros, revistas infantis, pipoca e algodão doce. Também participaram de brincadeiras como cabo de guerra e corrida do saco, entre outras.

RC de Guarulhos, SP – Realizou o evento Ação, Saúde e Cidadania, que contou com a parceria da Escola Estadual Glauber Rocha. Mais de 1.500 pessoas ti-veram acesso a di-

versos serviços, como emissão da primeira carteira de identidade, da segunda via de certidões e da carteira de trabalho, atendimentos na área de saúde e consul-toria jurídica. Cerca de 350 profissionais de segmentos variados trabalharam na ação.

Page 49: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

47BRASIL ROTÁRIO

Distritos EM Revista

D. 4430 D. 4470

D. 4440

RC de São Paulo-Nordeste-Vila Maria, SP – Por meio de uma

parceria com o Banco de Alimentos da Cidade de São Paulo, criado pela prefeitura, os companhei-ros entregaram 500 kg de gêneros alimentícios – leite longa vida e em pó, suco, farinha, arroz e feijão, entre outros – para a Fundação Lar de São Bento – Casa Dom Macário.

RC de Cuiabá, MT – Com a Casa da Amizade local e em parce-ria com o Sesi/Senai do estado, os companheiros participaram do projeto Cons-truindo a Nação. Diversas escolas apresentaram propostas de melhorias para suas respectivas regiões e coube ao clube julgar as sugestões.

RC de Campo Grande-Pantanal, MS – Promoveu o 18º Ryla, que reuniu jovens

de 15 a 21 anos, incluindo interactianos e rotaractianos das cidades de Campo Grande e Ribas do Rio Pardo e rotaractianos do município de Aquidauana. Durante dois dias, os jovens assistiram a palestras sobre cida-dania e relações humanas e participaram de debates e atividades voltadas para as habilidades de liderança.

RC de Cáceres, MT – Com a parceria do Conselho da Comunida-de e do Poder Judiciário, os companheiros orga-nizaram um concurso de poesia entre detentos, que deu origem ao livro “Vida Nova”. Na cerimô-

nia de lançamento do título, os rotarianos premiaram com uma TV o vencedor do concurso. Na foto, o se-cretário do Conselho da Comunidade, Clovis Soares, o presidente Sebastião Giraldelli e o presidente do conselho, o rotariano Alvacir de Alencar.

RC de Querên-cia, MT – Em visi-ta oficial ao clube, o governador Nelson Pereira Lopes partici-pou de diversas atividades, como o plantio de um pé de ipê amarelo em frente à sede do clube e ida à Apae local, onde o RC, com a parce-ria da comunidade, está construindo uma panificadora para aulas práticas e consumo interno, em um primei-ro momento. Outra ação realizada pelos associados foi a limpeza do rio Suiá Missú e seus afluentes, em parceria com a equipe Anjos do Suiá e com apoio da comunidade e de empresas locais.

RC de Ron-donópolis, MT – Junto com os rotaractianos e os interactianos, os companhei-ros organizaram uma festa para 200 crianças na Escola Munici-pal Parque São

Jorge. Em outra oportunidade, ofereceram na sede do clube um curso gratuito de técnicas de apoio de auxiliar administrativo para 40 alunos, com a parceria do Senai. O RC também recebeu a visita oficial do governador Nelson Pereira Lopes, ocasião em que os associados plantaram um ipê amarelo e doaram 28 cadeiras para acompanhamento de pacientes da Santa Casa de Misericórdia e Maternidade.

Page 50: Brasil Rotário - Janeiro de 2010

48 JANEIRO DE 2010

Distritos EM Revista

D. 4470RC de Dou-rados-25 de Maio, MS – O Projeto Ce-gonha, criado pelo clube em janeiro de 2008, ampliou suas ativida-

des. Além do atendimento às gestantes em situação de vulnerabilidade social – mais de 100 já foram be-neficiadas desde o início do trabalho – e da doação de enxovais àquelas que frequentam as reuniões até o nascimento do bebê, o projeto vem produzindo 5.000 fraldas descartáveis a cada trimestre, desde que o clube recebeu uma máquina para este fim. Atuam na linha de produção tanto companheiros do clube como mães e gestantes atendidas pelo Cegonha. O projeto conta com o apoio de clubes de serviço e de profissionais das áreas social e de saú-de. No ano passado, também firmou parceria com a secretaria municipal de Assistência Social por meio do Centro de Referência de Assistência Social.

D. 4480 RC de Barretos-Norte, SP – Promo-veu um almoço beneficente em prol da

creche Santo Antonio de Pádua, instituição dedica-da aos cuidados a crianças carentes. Mais de 500 pessoas degustaram o prato queima do alho, iguaria típica da região. Os convivas se reuniram no Parque do Peão de Barretos, apreciaram música sertaneja ao vivo e concorreram a sorteio de brindes.

RC de Araçatuba-Cruzeiro do Sul, SP – Ajudou a Fun-dação Casa de Araçatuba – instituição que se dedica à recupera-ção de meno-res infratores – a construir armários e

reformar o prédio onde funciona a entidade. A cola-boração dos companheiros consistiu em prestação de serviços e busca de recursos. Uma das principais atividades da fundação é uma padaria e confeitaria cujas obras estiveram paradas por um ano e meio devido à falta de verbas e a exigências da vigilância sanitária. Com a ajuda dos rotarianos, o projeto vol-tou a funcionar e jovens estão se profissionalizando.

RC de Ivinhema, MS – Homenageou o casal Sandro Roberto Tonieto e Carolina Gonçalves Ser-ret Tonieto por ocasião da passagem do Dia do Veterinário. Na foto, eles estão na presença da companheira Oacy Deny-se Pisini Casarotti.

RC de Jales, SP – Organizou o 2º Costelão Solidário, evento em que foram servidos costelão de boi no bafo, pernil, feijão gordo e salada para 1.000 pessoas. Além dos rotarianos, trabalharam no evento integrantes da Casa da Amizade e do Interact Club locais e volun-tários. A renda obtida foi destinada à Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente de Jales e à Funda-ção Rotária. Em outra ocasião, o clube doou à Pastoral da Sobriedade um veículo Escort, adquirido com os recursos provenientes da Festa do Motorista. Em diferentes oportunidades, os companheiros também homenagearam o compositor Constantino Mendes com um certificado de honra ao mérito e receberam o advo-gado Mario Miura e o investigador e empresário João Luiz Tunussi para palestrar, respectivamente, sobre leis trabalhistas e segurança empresarial e pessoal.

RC de Jales-Grandes Lagos, SP – Para promo-ver a conscien-tização ambiental, os com-panheiros organizaram a 10ª Cavalgada Ecológica e plantaram mudas de árvores ao longo do percurso.

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Distritos EM Revista

D. 4490

D. 4500

RC de Iguatu, CE – Inaugurou ginásio poliesporti-vo (foto), batizado com o nome do ex-jogador de futsal Geraldo Nogueira,

o Gêra. Registramos ainda a Expoiguatu 2009, um multievento do comércio, da agropecuária, indústria e do entretenimento. O objetivo da Expo é promover o crescimento da região e desenvolver novos negócios.

D. 4510O distrito 4510 fez uma doa-ção de US$ 59.407,32 para o Fundo Restrito em favor do Polio Plus. “Fomos o terceiro maior doador dos 38 distritos brasilei-ros”, anunciou o EGD Luzimar Barreto França, chairman da Comissão Distrital da Fundação Rotária, durante o Seminário Multidistrital da Fundação Rotária (foto), realizado no município de Birigui, no estado de São Paulo.

RC de Carpina, PE – “Doe Livros Usados e Aju-de o Rotary a Construir um Mundo Melhor” foi o

slogan do clube para a coleta de livros por meio de caixas padronizadas distribuídas em vários pontos da cidade. Na sequência, a presidente Nicea Maria Monteiro pretende inaugurar uma biblioteca na zona rural do município de Lagoa do Carro. O clube co-memorou o Dia Internacional da Alfabetização com um calendário de palestras. No Dia do Estudante houve mesas redondas. Outra iniciativa: plantio de 600 mudas de pau-brasil em parceria com a Secre-taria do Meio Ambiente (foto).

Um grande projeto de imagem pú-blica do Ro-tary Interna-tional é como se define a iniciativa que

contou com a parceria da segunda maior emissora de Pernambuco, a TV Jornal. Por meio dessa par-ceria, rotarianos, rotaractianos e ex-intercambia-dos promoveram a arrecadação de donativos em um supermercado do Recife. As três toneladas arrecadadas foram entregues ao Lar dos Pequeni-nos de Jesus (foto) e à creche e pré-escola Futuro Brilhante. Na rua da Aurora, centro do Recife, companheiros promoveram evento para beneficiar mais de mil crianças com diversões e distribuição de lanches.

RC de Marília, SP – Organizou passeata para promover a segunda fase da Campanha Nacional de Va-cinação contra a Pólio. O trajeto pelas principais ruas da cidade – com direito a carro de som, apoio de unidade do Corpo de Bombeiros e motociclistas – foi anima-do por músicas, mensagens de conscientização e distribuição de doces para a garotada. Partici-param da ação companheiros de outros RCs da cidade. Os clubes de Marília e de Bauru também estão à frente da ação Troquinho Solidário, que incentiva clientes do supermercado Tauste a doarem o troco de suas compras para uma das entidades indicadas pelos RCs das duas cidades.

RC de Osvaldo Cruz, SP – Realizou evento beneficente em sua sede em prol do Canti-nho Dona Alice, instituição que cuida de crian-ças carentes. Na foto, as repre-sentantes recebem o cheque. A partir da esquerda, estão os seguintes companheiros: o presidente do clube, José Carlos Oliveira Ramos; Antonio Luiz de Queiroz Silva, componente da banda Standards & Blues, que tocou no evento; Nelson Fernandes e Antonio Carlos Bertassi.

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51BRASIL ROTÁRIO

Distritos EM Revista

D. 4560

D. 4570

RC de Divinó-polis-Oeste, MG – Promoveu um jantar sertanejo em sua sede, com direito a comidas típicas, música ao vivo e

sorteio de brindes. A renda obtida foi destinada à Associação Coração de Criança, organização filantrópica de ajuda a crianças com doenças raras e idosos com AVC.

D. 4580

D. 4590RC de Atibaia-Estân-cia, SP – Criou posto de vacinação contra a poliomielite em uma região carente que não contava com posto de saúde. Graças à iniciati-va, mais de 250 crian-ças foram vacinadas.

RC de Nova Iguaçu, RJ – Criou um Núcleo Rotary de Desenvolvimento

Comunitário. Entre os primeiros projetos está o saneamento básico de uma área carente. Em uma associação com o Rotaract, o Interact, o Núcleo e a Casa da Amizade locais, o clube doou brinquedos para 600 crianças da comunidade de Lagoinha. Em uma outra oportunidade o RC doou duas cadeiras de rodas e um par de muletas, enquanto a Casa da Amizade de Nova Iguaçu entregou 10 enxovais para gestantes.

RC do Rio de Janeiro-Mercado São Sebastião, RJ – Formou a primeira turma de curso de informática desenvolvido na Biblioteca Nélida Piñon, que recebe apoio do clube

e se localiza na comunidade Marcílio Dias. Na foto, os formandos com seus certificados; o presidente 2006-07 do clube, Décio Luís Escudero Garcia; o presi-dente eleito 2010-11, Alexandre Ambrósio, entre outros.

RC de Além Paraíba-Portal de Minas, MG – Visitou o Centro de Educação e Cidadania, onde companheiros distribuíram lan-ches e brinque-dos para mais de 150 crianças. Já a criançada do bairro de Bela Vista ganhou festa com direito a concurso de pintura, entrega de prêmios, pesagem e distribuição de kits higiênicos e leite. O asilo local também foi contem-plado com uma visita, tendo recebido mais de 50 litros de leite. Na foto, a partir da esquerda, o presidente do RC, Ary Ferreira da Silva Laroca Mendes, o EGD José Alves Fortes e o governador José Antonio Cugula Guedes du-rante a entrega de uma máquina de lavar para a Casa de Passagem da Criança e do Adolescente de Além Paraíba. Outras ações: plantio de árvores, comemoração do Dia do Garçom, do Dia do Motociclista e participação no 3º Encontro de Esperantistas da Zona da Mata.

RC de Holam-bra, SP – Promoveu a segunda etapa da Campa-nha Na-cional de Vacinação distri-buindo bexigas e línguas de sogra para a garotada, além de adesivos com o logo do Polio Plus. O clube registra ainda a presença de intercambiados na Expoflora – a maior exposição de flores da América Latina – e que foram saudados pelos companheiros da cidade e de clubes dos distritos anfitriões: 4590, 4430 e 4610.

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Distritos EM Revista

D. 4520 RC de João Monlevade, MG – Realizou mais um Baile do

Havaí. O dinheiro arrecadado no evento foi empregado no aumento do número de cadei-ras do Banco de Cadeiras de Rodas local e no auxílio às entidades carentes da cidade.

D. 4530

D. 4540

D. 4550 RC de Salvador-Barra, BA – Está à frente de diversas iniciativas de entrega

de cestas básicas para entidades assistenciais.

RC de Porangatu, GO – Fez pan-fletagem no centro da cidade e nas

escolas da região para a importância de se vacinar as crianças contra a pólio. Como resultado da en-trega de 5.000 panfletos, 100% das crianças foram imunizadas.

RC de Brasília-Al-vorada, DF – Esteve à frente de di-versas ações: doação de cobertores ao Hospital Regional do Paranoá, em Brasília; inauguração de uma ponte, colocação de bancos de madeira e ajardinamento do Parque Olhos D’Água durante aniversário do mesmo (foto); plantio de mudas de pau-brasil e mogno; sorteio de livro na festiva em prol do Natal dos idosos e trabalhos de imunização das crianças na creche Paula Frassinete e no posto de saúde CSB 13. Todas as atividades contaram com a participação da presidente Eliana Alves de Campos. O aniversário do parque teve a presença do governador do distrito, Adriano Jorge Souto.

RC de Araraquara-Leste, SP – Os com-panheiros participaram ativamente da vacina-ção contra a poliomielite. Em outra ocasião, o clube montou pizzas em um projeto beneficente e arrecadou fundos para o Banco de Óculos.

RC de Pontal, SP – Também se mobilizou na Campanha Nacional Con-tra a Pólio. O governador do distrito, Osval-do Pontes, e a coordenadora das Casas da Amizade, Maria Conceição de Traglia Pon-tes, estiveram presentes à palestra minis-trada pelo governador assistente do Grupo 5 do 4540, Antonio José Sader, na Escola Rotary. O tema foi “O Que É o Rotary e Sua Estrutura” e Antonio recebeu um cer-tificado das mãos do presidente do clube, Wanderley Aparecido Varrichio (foto).

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52 JANEIRO DE 2010

Distritos EM Revista

D. 4600

D. 4610

D. 4630

RC de Santa Branca, SP – Desen-volveu projeto de apoio à Campanha

Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite. A popu-lação foi conclamada através de divulgação em rádio e jornal local. Além disso, foram entregues à Diretoria Municipal de Saúde 2.500 pirulitos e 2.000 balões, que foram distribuídos para as crianças vacinadas.

RC de São Paulo-Jaba-quara, SP – Participou de almoço beneficente na creche da ONG Alquimia, que atende crianças carentes das comunidades de Águas Espraiadas. A renda do encontro foi destina-da à creche.

RC de Maringá-Colombo, PR – Regis-tra a entrega de uma Kombi zero quilô-

metro para o Núcleo da Fraternidade Plantando Vidas, de Maringá, que atua na recuperação de jovens depen-dentes de drogas. O veículo foi adquirido com recursos provenientes da 11ª Festa da Canção.

RC de São Paulo-Moema, SP – Em parceria com o RC de São Paulo-Brooklin rea-lizou mutirão que bene-ficiou nove instituições com móveis, cortinas, retroprojetores, videocassetes, livros, ventiladores e equipamentos para laboratórios de química e biologia. Todo esse material, que ocupou quatro utilitários e cinco caminhões, havia sido doado por Paulo de Arruda Miranda e sua irmã, Nancy de Arruda Miranda Carneiro.

D. 4620 RC de Piedade, SP – Participou da Campanha Nacional de Vacinação

oferecendo a sede como posto de atendimento. Du-rante a segunda etapa de vacinação companheiros entregaram guloseimas e uma colher-medida para preparo de soro caseiro.

RC de Avaré-Juru-mirim, SP – Compa-nheiros participaram da Festa da Soli-dariedade, de 13 a 15 de novembro. O evento beneficia a Fundação Padre Emí-lio Immos, que aten-de crianças portado-ras de necessidades especiais. O Liber-taguias Moto Clube de Avaré arrecadou remédios, que foram entregues no Banco de Medicamentos da Associação Mulher Unimed. Outras ações: melho-ria do parque da ala pediátrica da Santa Casa de Misericórdia de Avaré (foto), premiação de jovens estudantes que se destacaram pela liderança e com-portamento, participação em desfile cívico e atuação na vacinação contra a pólio.

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Distritos EM Revista

D. 4640

D. 4650

D. 4651

RC de Palhoça-Cambirela, SC – Obteve, por meio de ofício à prefeitura e à Secreta-ria de Saúde, a instalação de um posto de saúde no bairro de Aririú, em Palhoça. Ali os companheiros atuaram na Campanha de Vacinação Contra a Pólio. O clube promo-veu também divulgação da luta contra a do-ença nas rádios, no comércio e nas escolas.

RC de Planal-to, PR – Com-panheiros reali-zaram, junta-

mente com o casal governador César Luis Scherer e Sônia, o plantio de uma muda na praça central de Planalto em comemoração ao Dia da Árvore.

RC de Coronel Vivida, PR – Com-panheiros colabo-raram ativamen-te com a Secretaria de Saúde de Coronel Vivida durante a Cam-panha Nacional de Vacinação contra a Pólio.

RC de Jara-guá do Sul-Va-le do Itapocu, SC – Registra o sucesso do 2º Brechó do Rotary, orga-nizado pelo

clube. Toda a renda foi revertida em projetos sociais locais. Na foto, a segunda é a presidente do RC, Salete Marafom.

RC de Rio do Sul, SC – Em parceria com o Co-légio Dom Bosco, doou ao Lar Social Anjo da Guarda 20 carteiras com cadeiras. O lar atende 20 crianças e adolescentes carentes.

RC de Tubarão-Sul, SC – Mais um exemplo de ativa participação na Campanha Contra a Pólio. Há 17 anos os companheiros realizam o Galeto Solidário, evento que ocorre todo 7 de setembro e tem bene-ficiado inúmeras entidades. Em outubro último, os RCs de Tubarão e de Capivari de Baixo foram home-nageados pela Câmara de Vereadores de Tubarão em virtude da atuação dos clubes nas enchentes de Santa Catarina, no final de 2008.

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Distritos EM Revista

D. 4660

D. 4670

D. 4700

RC de Não-Me-Toque, RS – Em 2009, ano em que completou 15 anos de ati-vidades, o clube gaúcho realizou a 14a edição de seu Passeio Ciclístico. Foram

distribuídos brindes e medalhas. Os alimentos arrecada-dos durante a inscrição dos participantes foram doados à Apae. O evento contou com o apoio das Lojas Quero-Quero e do Banco do Brasil. Para arrecadar fundos no ano passado, o clube realizou o Galeto com Massa e o Ovelhaço. Dois dos projetos permanentes dos rotaria-nos na cidade são o Banco de Cadeiras de Rodas Re-nato Diel, com mais de 100 unidades, e o Projeto Visão, por intermédio do qual o clube fornece pares de óculos às pessoas que precisam deles.

D. 4680

RC de Porto Ale-gre-Iguatemi, RS – Durante o Acam-pamento Farroupilha, realizado no Parque da Harmonia, na capital gaúcha, foram montados 358 galpões de diversas

entidades tradicionalistas do Rio Grande do Sul. O clube participou no Galpão do Gonha servindo um churrasco para 70 crianças de escolas convidadas para participar do evento.

Os RCs gaúchos de Porto Alegre-Moinhos de Vento e Alvorada visitaram o Centro de Recupera-ção Jovem (CRJ), na cidade de Alvorada, entidade que apoia um grupo de 16 dependentes químicos. Durante a visita, foi realizado um grande almoço e estabelecida uma parceria entre os rotarianos e o CRJ visando o desenvolvimento de projetos de sustentabilidade para a instituição e a implantação de um laboratório de informática para auxiliar os internos em sua reinserção no mercado de trabalho.

RC de Erechim, RS – O município de Paulo Bento foi o escolhido para

receber o primeiro projeto de reflorestamento do clube. Foram plantadas as primeiras 2.000 mudas de árvores nativas em forma de mutirão, que con-tou com a participação dos rotarianos e de várias autoridades locais e regionais. A iniciativa marca o começo do programa de sequestro de carbono do clube gaúcho, feito por meio do plantio de árvores. As empresas e pessoas físicas interessadas em neutralizar suas emissões de carbono poderão com-prar o selo do programa do Rotary Club de Erechim. Com esses recursos, serão adquiridas e plantadas mudas de árvores nativas, sempre com a partici-pação de rotarianos e colaboradores. Para adquirir suas mudas, ligue para (54) 3519-7005.

RC de Encruzilhada do Sul, RS – No Dia da Árvo-re, o clube ajudou a entregar aproximadamente 500 mudas de árvore aos moradores da cidade.

RC de Santa Cruz do Sul-Avenida, RS – Doou chocolates e agasalhos a 150 crianças da Escola Felipe Becker.

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Distritos EM Revista

D. 4700

D. 4710

RC de Constan-

tina, RS – Conta com um banco ortopédico equipa-do com uma centena de equipamentos à dispo-sição da comunidade. Estendendo esse apoio a quem precisa na cidade, no ano passado o rota-riano e sapateiro apo-sentado Euclides Luiz Pin confeccionou uma fôrma

e fabricou um calçado especial para o deficiente físico Valdir Strapasson.

D. 4720

RC de Curiti-ba-Oeste, PR – A brasileira Julia Marini, intercambiada do clube no distrito 1890, na Alemanha, foi uma das participantes deste grupo de jovens do mundo inteiro que viajou com rotarianos alemães até Helgoland, uma ilha no Mar do Norte. A ilha, que não tem circulação de automóveis, no passado pertenceu à Dinamarca e foi um refúgio de piratas.

D. 4730RC de Primeiro de Maio, PR – Co-memorando a Semana da Pátria em

2009, o clube programou uma série de atividades na cidade, que começou com a apresentação da fanfarra de uma escola local, seguiu com a leitura das redações classificadas num concurso promovi-do pelos rotarianos entre os alunos da cidade (com o tema “O Que Posso Fazer Pela Minha Pátria?”) e terminou num grande passeio ciclístico coordenado pela garotada do Interact. O passeio foi encerrado com o sorteio de vários brindes, entre eles três bicicletas, doadas pela Detalhes Móveis, pela Far-mácia do Gena e pelo próprio Rotary Club. Isabela Nunes foi uma das premiadas, na categoria Bicicle-ta Mais Bem Ornamentada.

RC de Assaí, PR – Compa-nheiros duran-te a cerimônia em que foram entregues aproximada-mente 400 quilos de alimentos ao Programa do Voluntariado

Paranaense, que assiste inúmeras famílias caren-tes na cidade. Os alimentos foram arrecadados pelo clube numa campanha realizada em parceria com a loja O Boticário.

RC de Vilhena-Portal da Ama-zônia, RO – Com as parcerias da Secretaria Muni-cipal de Educação e do Corpo de Bombeiros, o clube promoveu no último Dia das Crianças um even-to comemorativo na chácara de um de seus associados, reunindo os alunos de duas escolas municipais. Depois do café da manhã, as crianças se divertiram com muitas brin-cadeiras e banho de rio (foto). Na sequência, foi servido um grande almoço, encerrado com muito sorvete e pipoca doce. As crianças também ganharam presentes doados pelos rotarianos e por alunos da escola Password English. O Dia Mundial da Alfabetização também foi comemo-rado pelo clube em outras duas escolas da cidade, que ganharam uma programação com teatro, show de palha-ços, brincadeiras e distribuição de lanches. Em 2009, os companheiros também organizaram a sétima edição da Festa do Carneiro no Buraco, que teve a renda destinada ao Banco de Cadeiras de Rodas do clube.

RC de Ponta

Grossa-Alagados, PR – A Carta Constitutiva des-te novo clube foi entregue a seu primeiro presidente, Osmar Bonfinger (2o a partir da esquerda), pelo EGD Evaldo Artur Has-selmann. Nas extremida-des da foto, os rotarianos Edílson José Roth e Francisco Carlos Jorge, do RC de Ponta Grossa-Sabará, clube padrinho.

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Distritos EM Revista

D. 4730 D. 4410RC de Reser-va, PR – Além de ter reformado os banheiros do Lar Nossa Senhora das Graças, um asilo da cidade man-tido com a ajuda da comunidade, os rotarianos instalaram um corrimão nos corredores do prédio e uma TV com antena parabólica.

RC de Herval D’Oeste, SC – No Baile do Chopp, organizado pelo clube no final de outubro, o público dançou até o dia clarear ao som da banda Are-nhart. O sucesso foi tão grande que já há encomen-da de mesas para a edição de 2010 do evento.

RC de Chapecó, SC – Durante o 1o Pedágio da Árvore, uma iniciativa do

clube, foram distribuídas aos motoristas mais de 100 mudas de árvores nativas da região.

Evandro Novak

RC de Presidente Olegário, MG – No últi-mo dia 10 de outubro (data que em todo

o mundo também foi chamada de Um Dia na Vida do Ro-tary), o clube presenteou as crianças da cidade, doando jogos e brinquedos a uma creche do povoado de Santiago de Minas e fazendo uma festa com guaraná, cachorro quente e distribuição de brinquedos para as 150 crianças que estudam numa creche e numa escola da cidade.

RC de Niterói-Norte, RJ – Grupo de flautistas da Comunidade do Morro do

Preventório, patrocinado pelo clube niteroiense por meio do projeto Criança na Escola. Nesta mesma comunidade, onde o abastecimento de água encanada é precário, os rotarianos entregaram 100 filtros de barro. Eles também participaram de uma campanha de limpeza das praias e rios da cidade, feita em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente.

RC de Campos-Goytacazes, RJ – No segundo semestre de 2009, este clube do Norte fluminense desenvolveu pelo menos três importantes ações em benefício de sua comunidade. Em uma delas, foram entregues 47 instrumentos musicais ao 8o Batalhão de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que mantém um projeto chamado Jovens Aprendizes de Músicos, que oferece en-sino de música gratuito à população. Com um custo total de US$ 16 mil, a compra dos instrumentos foi feita com os recursos de um projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária, feito pelo clube campista em parceria com três Rotary Clubs dos EUA: Newport Balboa e Irvine Spectrum (ambos do distrito 5320) e Manhattan Beach (distrito 5280). Um companheiro do RC de Niterói-Praias Oceânicas, Raimundo Afonso Martins Feitosa, comple-tou a doação com outras 10 flautas. A foto mostra um momento da cerimônia de entrega dos instrumentos. Em outra parceria, dessa vez com o curso de idiomas Pacto, o clube vem financiando os estudos de inglês, francês, espanhol e português de 37 alunos com bolsas integrais e parciais. São 24 alunos em sala de aula e 13 num curso online. Os rotarianos ainda doaram 25 cobertores a mora-dores de um bairro carente da cidade.

D. 4740

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57BRASIL ROTÁRIO

Distritos EM Revista

RC de Pará

de Minas-Bariri, MG – Os companheiros recolheram doações e, com a ajuda de senhoras da Casa da Amizade local e vo-luntários, trabalharam na estruturação do galpão da Associação dos Moradores do Bairro Grão Pará para que o espaço possa receber aproximadamente 1.000 pessoas. A ação foi animada por música e contou com brinquedos – como cama elástica e piscina de bolas – e com a presença de palhaços. Os compa-nheiros também serviram lanche e guloseimas, distribuíram brindes, brinquedos e sortearam uma bicicleta.

RC de Paracatu-Universitário, MG – A companheira Helena Endo está desenvolvendo um trabalho de dobraduras e, junto com os demais associados do clube, já levou a atividade a diversas instituições.

RC de Catalão-Solidariedade, GO – Os companheiros organizaram uma

festa para as crianças assistidas pelas instituições Lar Maria de Nazaré e Casa do Câncer de Catalão. Eles serviram almoço, bolo, sorvete e algodão doce para os 60 meninos e meninas, que também recebe-ram presentes. O clube organizou a festa pelo ter-ceiro ano consecutivo e, com a ajuda de parcerias, tem conseguido aumentar anualmente o número de crianças incluídas na comemoração.

RC de Cachoeiro de Itapemirim, ES – O clube, que recentemente

completou 72 anos de fundação, atendeu o pedido de uma jovem de 16 anos que sofre de paralisia pós-parto e doou a ela um colchão especial, tra-vesseiro, lençol, fronha e uma caixa de bombons. O material foi solicitado a uma loja Ortobom de propriedade de um companheiro do clube.

O distrito recebeu a visita de um grupo de IGE do distrito 2550, na

Noruega. Durante aproximadamente um mês, os cinco visitantes conheceram diversas cida-des na região centro-oeste do interior paulista.

RC de Uruguaiana-Santana Velha, RS

– Os associados utilizaram a verba obtida com o 15º Baile do Queijo e do Vinho para doar um veículo Corsa Pick-Up ao Grupo de Traba-lho Amor Especial (GTAE). Na foto, o vice-presidente Fábio Cargnelutti entrega a chave à coordenadora do GTAE, Madalena Godoi.

RC de Rio Verde-5 de Agosto, GO – Com a ajuda do Rotaract Club e do Rotary Kids locais, os companheiros organizaram uma festa para os meninos e meninas do lar Crianças para Jesus. Os rotarianos serviram pão de queijo, bolo e refrigerantes no lanche e o associado Marcelo Júdice se fantasiou de palhaço para alegrar as crian-ças, que também tiveram a oportunidade de brincar em um pula-pula e receberam máscaras e brindes.

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Distritos EM Revista

Como enviar material para a Brasil RotárioPara que os compa­

nheiros de todo o país conheçam os projetos que seu clube vem rea­lizando, é importante que as notícias cheguem à redação contendo as seguintes informações:

o nome completo e o distrito de seu clube a data e local em que foram realizadas as ações um breve relato sobre o projeto, explicando sua importância e o alcance dele junto à comunidade os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior e os nomes e sobrenomes de todos os que apare­cerem nas fotos com até seis pessoas, relacionados a partir da esquerda.

FOTOS: as imagens digitais precisam ter pelo menos 300 DPI de resolução e 9 cm de largura. Na dúvida, selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se o envio for feito por e­mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. Não cole suas imagens em documentos de Word: anexe­as ao e­mail.

A publicação é gratuita. Basta apenas que o assunto se encaixe em nosso perfil editorial e que seu clube esteja em dia com a assinatura da revista. A Brasil Rotário não publica posses ou outros fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins de seu clube.

MUITO IMPORTANTE: informe também um telefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você no caso de qualquer dúvida.

Anote os nossos endereços: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar Rio de Janeiro, RJ CEP: 20040­006 e­mail: redacao@brasil­rotario.com.br O telefone da redação é (21) 2506­5600.

Estamos esperando para ver seu clube na revista!

D. 4420

D. 4470D. 4510

RC de Guarujá-Ilha de Santo Amaro, SPRC de Santo André-Alvorada, SPRC de Santos-Porto, SPRC de São Caetano do Sul-Olímpico, SPRC de São Paulo-Anchieta, SPRC de São Paulo-Cidade Dutra, SPRC de São Paulo-Santo Amaro, SP

RC de Amambaí, MS

RC de Marília-Leste, SPRC de Marília-Pioneiro, SP

RC de Brasília-Centenário, DFRC de Goiânia-Serra Dourada, GORC de Paraíso do Tocantis, TO

RC de Araraquara-Carmo, SPRC de Igarapava, SP

RC de Itacaré, BA

RC de Juiz de Fora-Distrito Industrial, MG

RC de São Sebastião, SP

RC de Boa Esperança, PR

RC de Cascavel-União, PRRC de Foz do Iguaçu-Ponte, PRRC de Francisco Beltrão-Urio Park, PRRC de Medianeira-Rio Alegria, PRRC de Santo Antonio do Sudoeste, PR

RC de Cruz Alta, RSRC de Cruz Alta-Ana Terra, RSRC de Cruz Alta-Érico Veríssimo, RSRC de Giruá, RSRC de Itaara, RSRC de Júlio de Castilhos, RSRC de Não-Me-Toque, RSRC de Santa Maria, RS

Os rotarianos brasileiros apoiaram em massa a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Polio-mielite, em setembro de 2009. Os registros que nos che-garam mostram iniciativas as mais variadas, muitas vezes com a ajuda de Casas da Amizade, Interact e Rotaract Clubs e voluntários. Além da vacinação em si, houve palestras de conscientização, ações de saúde paralelas, carreata, sorteio de bicicletas, divulgação de spots em rádios, produção de vídeo, entre outras.

Em função do grande volume de material relativo à cam-panha recebido, não foi possível incluir as ações de todos os clubes na seção Distritos em revista da Brasil Rotário (lembramos que a publicação segue um critério de ordem de chegada por distrito). Entretanto, gostaríamos de para-benizar todos os rotarianos que, mais uma vez, trabalharam para livrar as crianças brasileiras da pólio, e listamos abaixo os clubes cujas ações nos foram enviadas.

RC de Santa Maria-Dores, RSRC de Santa Maria-Imembuí, RSRC de Santa Maria-Nordeste, RSRC de Santa Maria-Sul, RSRC de Santa Rosa-Júnior, RSRC de Santo Ângelo-Cruz de Lorena, RSRC de São Luiz Gonzaga, RS

D. 4530

D. 4540

D. 4550D. 4580D. 4600D. 4630D. 4640

D. 4660

D. 4670 RC de Canela, RSRC de Canoas-Centenário, RS RC de Estância Velha, RS

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59BRASIL ROTÁRIO

Senhoras em Ação

A Casa da Amizade deAnanindeua, PA (D.4720),realizou um sopão na comunidadeHelder Barbalho. No Dia dasCrianças, foram distribuídoslanches e presentes às crianças.

Sonia Rocco,presidenteda Casa daAmizade deSalto, SP(D.4310), nomomento dadoação deum cheque

de R$ 4 mil à Apae da cidade, representadapela presidente Marcia Mazzetto (à esquer-da) e por sua diretora Dinalva Campos. Osrecursos estão sendo utilizados na reformado salão de festas da associação. A Casa daAmizade também entregou mantimentos aduas entidades assistenciais: Caritas eAliança da Misericórdia.

Em outubro, aCasa daAmizade deCachoeiro-Oeste, ES (D.4410), comemorouo Dia das Crianças em dosedupla, doando material didáticoaos alunos de uma escola dacidade e fazendo uma festa naApae local.

A Casa da Amizade de Vitória, ES (D.4410),entregou 100 cestas básicas ao Corpo de Bombeiros(foto), que as repassou aos desabrigados pelaschuvas que atingiram o Espírito Santo no final deoutubro. Em outras iniciativas, as integrantes organi-zaram um bazar no Shopping Centro da Praia, embenefício de várias entidades assistenciais de Vitória,e entregaram uma grande quantidade de remédiosnas farmácias da Catedral Metropolitana de Vitória enuma paróquia do bairro de Maruípe.

A Casa da Amiza-de de Cuiabá-Bandeirantes, MT(D.4440), doou umabrinquedoteca e umlaboratório deinformática para aCreche Fé e Alegria,na capital mato-grossense.

Durante uma visita ao Projeto VidaPadre Gailhac, que assiste aproxi-madamente 230 alunos em doisturnos, com aulas de música,esportes, acompanhamento escolare refeições, as integrantes daCasa da Amizade de Brasília-Lago Sul, DF (D.4530), doarammaterial escolar, brinquedos ealimentos. A foto mostra os alunosfazendo uma apresentação de capoeira.

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60 JANEIRO DE 2010

Novos Companheiros Paul Harris

O que significa essa distinção?Uma pessoa, rotariana ou não, que contribui com o valor de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ouem cujo nome é feita tal contribuição, recebe como reconhecimento o título de Companheiro Paul Harris,que consiste de certificado e distintivo – com a opção de medalha, ao custo de 15 dólares rotários.

Safiras, rubis e cristaisO Companheiro Paul Harris que faz contribuições múltiplas de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou emcujo nome elas são feitas, recebe safiras, rubis ou cristais, de acordo com o valor do aporte acumulado.

Os fundosTais doações formam diversos fundos. São eles: o Fundo Anual de Programas, o Fundo Polio Plus ouParceiros Polio Plus e o Fundo Permanente. As contribuições ainda podem servir aos Projetos deSubsídios Humanitários ou, se vierem de empresas, à Associação Brasileira da The Rotary Foundation.

MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FR

D. 4420RC de Santos-Ponta da Praia, SP� Andrea Vilela Ferraz Dueñas� Antonio Carlos da Silva Dueñas, presidente, com

a primeira safira� Edmilson Roberto do Nascimento, ex-presidente, com a segunda safira� Fabiana Carduz Conde� Maria Cristina Prado Cruz e Nascimento� Tania Maria Alves Camargo Silva

RC de Santos-Porto, SP� Adilson Luiz Gonçalves� Antonio Edgard Basaglia� Carlos Alberto Moreira, com a primeira safira� Lizette Lopes da Cruz� Mariana de Assis Menon� Mauro Oliveira Conceição Neto� Meyer Reznik� Miguel Heitor Bettarello Filho� Paulo Hunold� Piramo Menon, com a quinta safira� Piramo Menon Filho� Raimundo Monteiro de Fazio� Ricardo Wehba Esteves� Ronaldo Tadeu Caro Varella, presidente, com

a terceira safira� Roseli Caro Varella, com a primeira safira� Sylvia Regina Mendonça Galvão de Souza Storte,

com a primeira safira� Vito Cataldo

RC de São Vicente-Antônio Emmerich, SP� Ricardo Sertek� Roberto Mitisui Hanada� Simone de Oliveira Cavalcanti

D. 4430RC de Guarulhos-Sul, SP� Adam Kubo� Eduardo Kamei, com o título de Major Donor

D. 4440RC de Querência, MT� David Munaro

RC de Rondonópolis, MT� Edvaldo Ferreira da Silva� Hussein Nabih Daoud� Janete Oliveira Teixeira Barbosa� José Osiris Hoeppner

D. 4470RC de Campo Grande-Universidade, MS� Marcos Vinholi� Maria Ribeiro Araújo

D. 4530RC de Brasília-Lago Sul, DF� Michael Haradom

D. 4540RC de Cássia, MG� Auxíbio Andrade Faria� Ricardo Pedrário Azevedo

RC de Pontal, SP� Gilton Nogueira de Almeida

RC de Santo Antônio da Alegria, SP� Carmem Asse da Costa, da Casa da Amizade� Sebastiana Alves Ferreira Gentil

D. 4560RC de Divinópolis-Oeste, MG� Edson José de Souza

RC de Iguatama, MG� Antônio da Silva Leão

RC de Itajubá, MG� Américo Luiz de Oliveira Rezende

RC de Lavras-Sul, MG� Ariane Farah Alvarenga, com uma safira� Claudia Maria de Brito Souza� Eduardo Augusto Anacleto, com uma safira� Hermínio da Cunha Amorim Filho� Magno de Souza

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61BRASIL ROTÁRIOFAÇA SUA DOAÇÃO PARA A ERRADICAÇÃO DA PÓLIO

� Maria José de Souza Mazzochi� Talestre Maria do Carmo Mário

D. 4570RC de Copacabana, RJ� Adolf Randolph� Cleofas Paes de Santiago, com a primeira safira� Eduardo Mayr� Monica Wolff� Rubem Lederman

RC do Rio de Janeiro, RJ� Ana Luiza de Barros Franco Rangel� Dulce Grünewald Lopes de Oliveira, com o segundo rubi� Jorge Costa de Barros Franco, com a quinta safira� Ricardo Costa Garcia, presidente, com

a segunda safira

D. 4580RC de Carangola, MG� Rejane Motta de Souza, presidente� Walker Batalha Lima

RC de Espera Feliz, MG� Eduardo Antonio Grillo Galvano� Elizete Bilheiro Ferreira� Marly Figueira Gomes

D. 4590RC de Santa Gertrudes, SP� Adriana Regina Ferreira, com uma safira� José Francisco Mendes, com uma safira

D. 4620RC de Sorocaba-Esplanada, SP� Ana Maria Moreira� Evandro César Fernandes

RC de Sorocaba-Manchester, SP� José Carlos Miguel, com três rubis

RC de Sorocaba-Novos Tempos, SP� Fatima Aparecida de Oliveira Miguel, com cinco safiras

D. 4640RC de Francisco Beltrão, PR� Alcindo Huning� Arnaldo Sabadin Jr.� Denílso Baldo� Diran Masetto� Jacir Fabris� José Rolf Bonte� Marcos Poggiolli� Maurício Castello� Névio Urio, EGD, com o título de Major Donor� Paulo Baraldi� Rodrigo Colombari

D. 4651RC de Florianópolis-Amizade, SC� Solange Pasin

D. 4670RC de Alvorada, RS� Adão Rodrigues Nunes� Moacir Luiz Carlesso� Newton Zanino

RC de Canoas-Industrial, RS� Maria Delurdes Andrades� William Edward Valtero Bond

RC de Osório, RS� Ildo Trespach� Wilson Marques Cardoso

D. 4680RC de Santa Cruz do Sul, RS� Celso Arnaldo Rech� Robert Earl Jones

D. 4700RC de São Marcos, RS� Luiz Henrique Zaniol

D. 4710RC de Apucarana-Cidade Alta, PR� Gilberto Pinto Wanderley, ex-presidente, com

a terceira safira� Jorge Mario Rank� Mauricio Zancopé, ex-presidente

D. 4720RC de Ananindeua, PA� José de Matos Barbosa, ex-presidente

RC de Boa Vista-Caçari, RR� Alexandre Magno Magalhães Vieira� Francisco José Maia de Oliveira� Paulo Roberto Bragatto

D. 4730RC de Ponta Grossa-Centenário, PR� Paulo Roberto Veiga

RC de São Mateus do Sul, PR� Antônio Noga

D. 4750RC de São Fidélis, RJ� João José da Silva Barroco

D. 4760RC de Campos Altos, MG� Alair da Silva Barto� Jorge Correia� Rogério Parra

D. 4770RC de Rio Verde-5 de Agosto, GO� Marcelo Gomes Júdice

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62 JANEIRO DE 2010

Novos Companheiros Paul Harris

Os 50 Mais

Se você tem 50 anos de Rotary ou mais, envie para a Brasil Rotário uma foto em que apareça sozinho:

� E-mail: [email protected]ço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o

andar – Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006

Aqui damos as boas-vindas aos Rotary Clubs

recentemente fundados. É a oportunidade de

saudarmos novos amigos, que certamente terão

muito a contribuir.

RC de Guatapará, SP (D.4540)Admissão: 20/11/2009

E-mail: [email protected]

Presidente: Marco Túlio Villela Gamba

Clube padrinho: RC de Rincão, SP (D.4540)

Novos clubes, novos amigos

RC de Jequié-Vale das Montanhas, BA (D.4550)Admissão: 03/12/2009

Presidente: Elineide Santos Oliveira

Clube Padrinho: RC de Jequié, BA (D.4550)

RC de Tremembé-Estância Turística, SP (D.4600)Admissão: 17/11/2009

E-mail: [email protected]

Presidente: Antônio Fernando Ronconi

Clubes padrinhos: Barra Mansa-Sul, RJ (D.4600)

e Taubaté, SP (D.4600)

� Ary Nunes Garciacomemorou 50 anos de

filiação ao RC de Bauru,SP (D.4510). Ary tem

100% de freqüência.

� Getúlio Lima,governador 1997-98 do

distrito 4770, está noRotary desde 1959.

Neste ano ele fundou oRC de Itumbiara, GO(D.4770), tendo sido

três vezes presidente.

� Sylvio Coe-lho está no RCde Nova Iguaçu,RJ (D.4570), há50 anos.

� JacyCarva-lho deMen-donça, governa-dor 1991-92 dodistrito 4710,fará em junho 56anos de vidarotária. Jacyfundou os RCsde Bela Vista doParaíso e deLondrina-OuroVerde, PR(D.4710), aAcademia Rotáriade Londrina e aCasa da Amizadedessa cidade.

� CornélioVieira Nevesrecebeu umcertificado do RCde Tubarão, SC(D.4651), pelocinquentenáriode vida rotária.

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63BRASIL ROTÁRIO

Aconteceu na Brasil Rotário... ...em janeiro de 1990

Luiz Renato D. Coutinho

P ara o conceituado historiador Eric Hobsbawm o breve século 20 terminou em 1991. “Não há como duvidar seriamente de que em fins da década de 1980 e ínicio da década de 1990 uma era se encerrou e outra nova começou”, ele afirma. Antes de mais nada, os anos 90 serão lembrados como a década em que os computadores entraram em nossas casas. Nunca uma década trouxe

tantas transformações no dia a dia das pessoas. Nas classes mais favorecidas, por exemplo, os CDs passam a dominar as prateleiras justamente em 1990. Na sequência, aparecerão o DVD e o telefone celular.

BR

ÍCONES DE 1990: Julia Roberts e Richard Gere em “Uma Linda Mulher”

O encontro mundial do Rotary teria como sede, na-quele ano, a cidade de Portland. Sobre as expectativas para o evento, escreveu William T. Sergeant, então presidente da comissão organizadora:

“A ênfase da Convenção de Portland será dada à família de uma forma que nunca havia sido dada antes. O evento será realizado de 24 a 27 de junho – mais tarde do que nos últimos 55 anos. Na América do Norte e em muitas outras partes do mundo, a maioria dos filhos e netos de rotarianos não estará em período escolar. De modo que, em princípio, a família inteira poderá comparecer.

Além disso, o presidente do RI, Hugh M. Acher, quis que o lema Desfrute Rotary seja a tendência que prevaleça no encontro. De acordo com seus desejos, o entretenimento terá prioridade.” Luiz Gonzaga de Souza Clímaco, governador 1988-89

do então distrito 460, se mostra indignado com a situação socioeconômica e a hiperinflação que atingem o país:

“A comunidade nacional aturdida sente, dia a dia, o processo de empobrecimento e as mãos cada vez mais vazias, sem poder de alcance aos alimentos básicos para a sobrevivência. Paralelamente, o valor numérico do dinheiro, a cada emissão, é maior, contrastando com a decrescente quantidade do que se pretende adquirir. Dentro de pouco tempo, carregar-se-ão balaios de di-nheiro para se obter em troca quinquilharias.

Talvez seja de bom alvitre e programático atender a essa realidade brasileira, procurando desenvolver no rotariano e, com sentido mais amplo, no clube a consciência crítica do Rotary para o enfrentamento das necessidades destes novos tempos.”

“Quando um companheiro ou um clube ficam sa-bendo de um problema na comunidade que não pode ser resolvido localmente por falta de recursos, deve ser realizada uma reunião para examinar as possíveis soluções. Cria-se assim um grupo de companheirismo interessado no assunto, sendo que um deles será o contato responsável pela coordenação do projeto. (...) Mas se sabe que apenas 15 ou 20% dos cerca de 1.000 projetos publicados anualmente no boletim encontram um patrocinador.”Marino Cattalini, do RC de Lins-Norte, SP (D. 448)

A Brasil Rotário registrava em página inteira a morte de Alberto Pires Amarante, ex-governador distrital e presidente da editora de 1967 a 1983.

Um programa inédito no mundo rotário em termos de comunicação acaba de ser acertado entre os rotarianos do distrito 473 e a diretoria da Companhia de Telecomunica-ções do Paraná (Telepar). Todos os rotarianos podem discar o número 200-202 pela central 041 da empresa, recebendo como informação os nomes dos clubes, locais e horários de suas reuniões para efeito de recuperação.

Problemas e dúvidas do Programa de Serviços à Comunidade Mundial

Saudades

Previsões para Portland

Teorias e práticas

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64 JANEIRO DE 2010

Relax

Consulta

O sujeito vai ao hospital, caindo de bêbado. Durantea consulta, vêm as perguntas de praxe:

– Nome?– Juvenal dos Santos.– Idade?– Trinta e dois anos.– O senhor bebe?– Vou aceitar um gole, mas só pra acompanhar o

doutor!

Colaboração de José William Rezende Silva, do RCde Jales, SP (D.4480).

Profissões parecidas

Um mecânico está desmontando o cabeçote de umamoto quando vê na oficina um cirurgião cardiologistamuito conhecido, que o observa trabalhar.

– Ei, doutor, posso lhe fazer uma pergunta? – diz omecânico.

– Claro – responde o médico, um tanto surpreso.– Doutor, olhe só o motor desta moto. Parece um

coração. Então eu abro o coração da moto, tiro as vál-vulas, conserto tudo e ponho de volta no lugar. Aí eufecho o coração da moto e, quando termino, ele voltaa trabalhar como se fosse novo. Então me explica: jáque nossas profissões são tão parecidas, por que éque eu ganho tão pouco pelo meu trabalho e o senhorganha tanto pelo seu?

O cirurgião dá um sorriso e fala bem baixinho parao mecânico:

– Você já tentou fazer isso com o motor funcionan-do?

Conclusão: quando a gente pensa que sabe todas asrespostas, vem a vida e muda todas as perguntas.

Colaboração de José Antonio Terra Pinho Filho, doRC de Bagé, RS (D.4780).

Na delegacia

O delegado pergunta:– Quer dizer então que a senhora matou seu marido

por acidente?– Sim.– Todos os nove tiros?

Colaboração do EGD Hertz Uderman (D.4570).

Tampinha

A garota meio burra entra no bar e pede uma garrafade água.

– Mas como é que abre isso aqui, garçom?– É só torcer.Então ela põe a garrafa sobre a mesa, pega uma

bandeira e uma corneta, e começa a gritar:– Tam-pi-nha! Tam-pi-nha!!

Colaboração de Edson Caetano da Costa, do RC deCampos do Jordão, SP (D.4600).

Rodrigo

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