brasil rotário - janeiro de 2009

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ROTÁRIO BR S IL A JANEIRO 2009 ANO 84 Nº1039 JANEIRO 2009 ANO 84 Nº1039 ROTÁRIO BR S IL A ECONOMIA EM JOGO ECONOMIA EM JOGO O que esperar de 2009? O que esperar de 2009? O Rotary também entra neste debate O Rotary também entra neste debate

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Edição nº 1.039 da revista Brasil Rotário. Janeiro de 2009.

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R O T Á R I OBR SILAJANEIRO 2009 ANO 84 Nº1039JANEIRO 2009 ANO 84 Nº1039

R O T Á R I OBR SILA

Rotarianos brasileiros

ajudam jovem americana

Alunos do ensino público

realizam o sonho do intercâmbio

ECONOMIA EM JOGOECONOMIA EM JOGO

O que esperar de 2009? O que esperar de 2009? O Rotary também entra neste debateO Rotary também entra neste debate

Capa: arte de Luiz Renato

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal

de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.

SEÇÕES

SumárioSumário

2222222222

05 Mensagem do PresidenteDong Kurn Lee

06 COLUNA DO DIRETOR DO RIJaneiro, mês da Conscientização RotáriaThemístocles A. C. Pinho

08 O recordista de convençõesCarlos Henrique de Carvalho Fróes

10 O Rotary unido por Santa CatarinaNuno Virgílio Neto

14 Desafio para um novo quadro de sóciosLuiz Carlos Dias

28 Rotarianos que são notícia

40 Os 50 mais

41 Informe do RI aos rotarianos

42 Interact e Rotaract

43 Livros

44 Autores rotarianos

46 Distritos em revista

56 Senhoras em ação

57 Novos Companheiros Paul Harris

63 Relax

64 Cartas e recados # Saudades

18 Destaques do Conselho Diretor do RI

20 Deficientes, talentosos e afetivosAlfredo Castro Neto

22 Talento em grande escalaRenata Coré

25 Como preparar sua primeira missão humanitáriaJeffrey Crider

27 Como obter um subsídio da FundaçãoAnnemarie Mannion

30 Crise de ética?Luiz Renato Dantas Coutinho

37 COLUNA DA ABTRFVocê sabia que...José Alfredo Pretoni

38 COLUNA DOS COORDENADORESREGIONAIS DA FUNDAÇÃO ROTÁRIAA Fundação Rotáriae a economiaAldair de Queiroz Franco eAltimar Augusto Fernandes

39 COLUNA DO CHAIR DAFUNDAÇÃO ROTÁRIAPromova o nosso trabalhoJonathan Majiyagbe

NO MUSEU das Reduções, em Ouro

Preto, há réplicas de 29 monumentos

arquitetônicos, como o Convento

de São Francisco, em Olinda

INTERACTIANOS DE

Blumenau carregando

automóvel com doa-

ções: país inteiro

mobilizado

10101010103030303030

MESA REDONDA sobreeconomia: perspecti-vas para o Brasil e o

Rotary neste ano

Sérgio Afonso

Vicente Abreu

2 JANEIRO DE 2009

ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil

GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL EM 2008-09CONSELHO DIRETOR2008-09

ROTARY INTERNATIONALONE ROTARY CENTER 1560 SHERMAN AVENUE EVANSTON, ILLINOIS, USA

CURADORES DA FUNDAÇÃOROTÁRIA 2008-09

PRESIDENTEDong Kurn Lee

PRESIDENTE-ELEITOJohn Kenny

VICE-PRESIDENTEMonty J. Audenart

TESOURE IROBernard L. Rosen

DIRETORESThemístocles A. C. PinhoAshok M. MahajanCatherine Noyer-RiveauEric E.L. AdamsonJackson San-Lien HsiehJohn M. LawrenceJosé A. SepúlvedaKauhiko OzawaLars-Olof FrederikssonMichael Colasurdo Sr.Michael J. JohnsPaul A. NetzelPhilip J. SilversR. Gordon R. McInallyThomas A. Branum Sr.

SECRETÁRIO-GERALEdwin H. Futa

CHAIRJonathan B. Majiyagbe

CHAIR-ELEITOGlenn E. Estess Sr.

VICE-CHAIRRon D. Burton

CURADORESCarl-Wilhelm StenhammarCarolyn E. JonesDavid D. MorganDoh BaeJohn F. GermJosé Antonio Salazar CruzK. R. RavindranLouis PiconiPeter BundgaardSakuji TanakaSamuel A. OkudzetoWilliam B. Boyd

SECRETÁRIO-GERALEdwin H. Futa

DISTRITO 4310Paulo Firmino de OliveiraRotary Club de Botucatu, SP DISTRITO 4390Geraldo Pimentel de LimaRotary Club de Maceió-Leste, AL DISTRITO 4410Celso Gonçalves AlvesRotary Club de Cachoeiro de Itapemirim, ES DISTRITO 4420Sérgio LazzariniRotary Club de Santo André, SP DISTRITO 4430João Freire d’Avila NetoRotary Club de São Paulo-Alto da Mooca, SP DISTRITO 4440Domingos Aparecido MarquesRotary Club de Mirassol D’Oeste, MT

DISTRITO 4470Manoel Carlos Menezes ZaffalonRotary Club de Araçatuba-Leste, SP DISTRITO 4480Jair Pinto da SilvaRotary Club de São José do Rio Preto-Alvorada, SP DISTRITO 4490Eulália das Neves FerreiraRotary Club de São Luís-João Paulo, MA

DISTRITO 4500Eduardo Jorge Marinho de QueirozRotary Club de Recife-Brum, PE DISTRITO 4510Régis JorgeRotary Club de Presidente Venceslau, SP DISTRITO 4520Eduardo Luis de SouzaRotary Club de Acesita, MG

DISTRITO 4530Ronaldo Campos CarneiroRotary Club de Brasília-Sudoeste, DF

DISTRITO 4540Antônio Carlos MarchioriRotary Club de Jaboticabal, SP

DISTRITO 4550Paulo Roberto Dacach LeiteRotary Club da Bahia, BA DISTRITO 4560Murillo Affonso FerreiraRotary Club de Bom Sucesso, MG DISTRITO 4570José Roberto Lebeis PiresRotary Club de Campo Grande, RJ DISTRITO 4580Juan Alejandro Tumba-NoeRotary Club de Ponte Nova-Piranga, MG DISTRITO 4590Jesus Aldo BellãoRotary Club de Santa Cruz das Palmeiras, SP

DISTRITO 4600Antonio Sergio Ferri da SilvaRotary Club de Santa Branca, SP DISTRITO 4610Amilton Medeiros SilvaRotary Club de São Paulo-Lapa, SP DISTRITO 4620Valdimir FortiRotary Club de São Roque, SP

DISTRITO 4630Nivaldo Barbosa de LimaRotary Club de Maringá-Horto, PR DISTRITO 4640Stael Terezinha Sdroiewski UbaRotary Club de Toledo-Integração, PR DISTRITO 4650Valdir Celso FiedlerRotary Club de Penha, SC DISTRITO 4651Miriam Marta Wojcikiewicz CaldasRotary Club de Florianópolis-Leste, SC DISTRITO 4660Mario César Portinho ViannaRotary Club de Tupanciretã, RS

DISTRITO 4670Eliseu Gonçalves da SilvaRotary Club de Cachoeirinha, RS

DISTRITO 4680Tirone Lemos MichelinRotary Club de Porto Alegre-Beira Rio, RS DISTRITO 4700Jaime Antonio CamassolaRotary Club de São Marcos, RS DISTRITO 4710Pilar Álvares Gonzaga VieiraRotary Club de Londrina, PR DISTRITO 4720João Petrolitano Gonçalves de AssisRotary Club de Rio Branco, AC DISTRITO 4730Evaldo Artur HasselmannRotary Club de Ponta Grossa-Sul, PR

DISTRITO 4740Ulmerindo Fernandes de OliveiraRotary Club de Curitibanos, SC

DISTRITO 4750Marcio Pereira RibeiroRotary Club de Niterói-Norte, RJ DISTRITO 4760Javert Vivian SilvaRotary Club de Contagem-Cidade Industrial, MG

DISTRITO 4770Antonio José OliveiraRotary Club de Uberaba-Norte, MG

DISTRITO 4780Dóris Sá de Moraes VazRotary Club de Bagé-Pampa, RS

BRASIL ROTÁRIO 3

Ano 84 Janeiro, 2009 nº1039

Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário

CNPJ 33.266.784/0001-53 � Inscrição Municipal 00.883.425

Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria

Rio de Janeiro – RJ � Tel: (21) 2506-5600 / FAX: (21) 2506-5601

Site: www.brasil-rotario.com.br ■■■■■ E-mail: [email protected]

CONSELHO SUPERIOR (Colégio de Diretores do RI – Zonas 19 A e 20 )

Mário de Oliveira Antonino(Rec i f e -PE)

EDRI 1985-87Gerson Gonçalves(Londr ina -PR)

EDRI 1993-95José Alfredo Pretoni(São Paulo-SP)

EDRI 1995-97

CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO 2007-09Diretoria ExecutivaPres identeCarlos Henrique de Carvalho FróesVice-Presidente de OperaçõesEdson Avellar da SilvaVice-Presidente de AdministraçãoWaldenir de BragançaVice-Presidente de FinançasJosé Maria Meneses dos SantosVice-Presidente dePlane jamento/Contro leJoper Padrão do Espírito SantoVice-Presidente de MarketingJosé Alves FortesVice-Presidente de RelaçõesInst i tuc iona isCarlos Jerônimo da Silva GueirosVice-Presidente JurídicoJorge Bragança

MEMBROS EFETIVOSAntonio HallageCondorcet Pereira de RezendeEduardo Álvares de Souza SoaresFernando Antonio Quintella RibeiroHertz UdermanJosé Roberto Lebeis PiresJosé Ubiracy SilvaWilmar Garcia Barbosa

MEMBROS SUPLENTESAntônio VilardoBemvindo Augusto DiasDulce Grünewald Lopes de Oliveira

GERENTE EXECUTIVOGilberto Geisselmann

ASSESSORESAlberto de Freitas B. BittencourtAntônio Lomanto JúniorAry Pinto Dâmaso (Publicidade)Eduardo de Barros PimentelEverton Jorge da LuzFernando Teixeira Reis de SouzaFlávio Antônio Queiroga MendlovitzGedson Junqueira BersaneteIvo Arzua Pereira

José Augusto BezerraJosé Maria de SouzaTaketoshi HiguchiVicente Herculano da Silva

CONSELHO FISCALMembros EfetivosAntonio Celso de Castro Gonçalves (D.4580)Fúlvio Abrami Stagi (D.4600)Justiniano Conhasca (D.4750)Sup lentesCleofas Paes de Santiago (D.4570)Fausto de Oliveira Campos (D.4570)Nilson Moura (D.4570)

CONSELHO CONSULTIVODE GOVERNADORESMembros natos efetivosGovernadores 2008-09Representante :José Roberto Lebeis Pires (D.4570)Sup lentesGovernadores eleitos 2009-10

COMISSÃO EDITORIALEXECUTIVAPres idente:Carlos Henrique de Carvalho FróesMembros:Edson Avellar da SilvaJoper Padrão do Espírito SantoJosé Alves FortesLuiz Renato Dantas CoutinhoNuno Virgílio NetoSecretár io :Gilberto Geisselmann

CONSELHO EDITORIALCONSULTIVOPres idente:Carlos Henrique de Carvalho FróesMembros:Edson Avellar da SilvaFernando Antonio Quintella RibeiroJoper Padrão do Espírito SantoJosé Alves FortesJosé Ubiracy SilvaMário César CamargoSecretár io :Gilberto Geisselmann

Themístocles A.C. Pinho (Niterói-RJ)DRI 2007-09

Hipólito Sérgio Ferreira(Belo Horizonte-MG)

EDRI 1999-01Alceu Antimo Vezozzo(Cur i t i ba -PR)

EDRI 2001-03

Luiz Coelho de Oliveira(L imei ra-SP)EDRI 2003-05

EXPEDIENTE

EDITOR: Carlos Henrique de Carvalho Fróes

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. JP25583RJ

REDATOR-CHEFE: Nuno Virgílio Neto

REDAÇÃO: Alex Mendes, Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, Maria

Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré.

DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira

IMPRESSÃO: Log & Print Gráfica e Logística S/A

ENDEREÇO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJ

CEP 20040-006 – Tel.: (21) 2506-5600

E-MAIL DA REDAÇÃO: [email protected]

HOMEPAGE: www.brasil-rotario.com.br

*As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

LeiaLeiaque podemos esperar da economia mundi-al neste ano que está começando? Na ten-tativa de encontrar uma resposta para esta

pergunta, a Brasil Rotário realizou uma mesa re-donda sobre a crise econômica e financeira quevem tirando o sono de muita gente. O debate foifeito com a participação de quatro rotarianos: oembaixador e ex-ministro da Fazenda MarcílioMarques Moreira; o diretor do RI ThemístoclesAmérico Caldas Pinho; o ex-diretor do RI, ex-cu-rador da Fundação Rotária e atual presidente daAssociação Brasileira da The Rotary Foundation,José Alfredo Pretoni; e o economista e professorde finanças da UFRJ, Alexis Cavichini. Juntos,eles avaliaram o que está acontecendo com osmercados mundiais e anteciparam algumas con-seqüências que a crise pode trazer para a vidados brasileiros, do Rotary e da Fundação Rotá-ria. Entre os questionamentos, um merece aten-ção: será que essa crise da economia é, acima detudo, uma crise de ética? A resposta você encon-tra a partir da página 30, na reportagem de LuizRenato Dantas Coutinho.

Em novembro, o país acompanhou com tris-teza os estragos provocados pelas chuvas em San-ta Catarina, responsáveis pela morte de cerca de130 pessoas e pela destruição de 50 cidades noestado, deixando dezenas de milhares de desa-brigados. Uma tragédia que encontrou na soli-dariedade do povo brasileiro uma resposta à al-tura de sua gravidade. A reação da Família Rotá-ria ao episódio não foi diferente: em Santa Cata-rina (nos distritos 4650 e 4651, os dois atingidospelas chuvas) e no restante do país, Rotary Clubs,Casas da Amizade, Rotaract e Interact Clubs de-ram uma lição de serviço, participando das açõesde resgate nas áreas afetadas, organizando abri-gos e recolhendo doações. Na reportagem quecomeça na página 10, conheça alguns persona-gens e histórias que ajudaram o Rotary a cons-truir essa mobilização histórica, levando esperan-ça e carinho aos catarinenses.

Presente a 23 convenções internacionais doRotary realizadas desde 1981, o ex-governador dodistrito 4490, Agerson Tabosa Pinto, já se preparapara mais uma, a de Birmingham, marcada parajunho deste ano. Na entrevista concedida aopresidente e editor da Brasil Rotário, EGD Car-los Henrique de Carvalho Fróes, publicada naspáginas 8 e 9 desta edição, o brasileiro recor-dista em convenções do Rotary conta comouma convenção internacional é importantepara um rotariano e relembra os momentosinesquecíveis vividos junto a companheiros detodo o mundo.

Leitor: esperamos que você goste destas e dasoutras matérias que preparamos para esta edição.Boa leitura.

O

4 JANEIRO DE 2009

VERÃO SEM DENGUEVERÃO SEM DENGUEVERÃO SEM DENGUEVERÃO SEM DENGUEVERÃO SEM DENGUE::::: o Rotaryestá na luta contra o mosquito

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Curtas

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PALÁCIOIMPERIAL,no centrode Pequim

O presidente do RI, DongKurn Lee, nomeou o EGD Yan-Kee Cheng, de Hong Kong, comoo novo representante especial doRotary na China. Ele ficará no car-go pelos próximos três anos, emsubstituição ao dinamarquêsChristopher Bramsen.

Yan-Kee Cheng foi governa-dor do distrito 3450 (que cobreHong Kong, Macau e Mongólia)no ano rotário de 1996-97. Des-de então, atuou como trainingleader e membro de diversos co-

mitês, além do subcomitê quevem tratando da expansão doRotary em território chinês.

A função do representante es-pecial é fazer a ponte entre o RIe o governo da China em assun-tos relacionados à expansão denossa organização no país asiáti-co. Cheng também vai desempe-nhar funções equivalentes às deum governador distrital junto aosdois clubes existentes na China(mas que não fazem parte de ne-nhum distrito).

Novo representante na ChinaNovo representante na China

Concurso de Trovas:solenidade adiada

A cerimônia de premiação dosvencedores do Concurso Nacionale Internacional de Trovas, promovi-do pela Brasil Rotário, foi transferi-da para o dia 25 de março de 2009.A solenidade, que marcará o encer-ramento do concurso, vai aconteceràs 17h na sede da revista, localizadana avenida Rio Branco, 125, noCentro do Rio.

Os 48 anos doEdifício Rotary

Inaugurado em 1960 pelo en-tão presidente da República Jusce-lino Kubitschek, o Edifício Rotary,localizado na avenida Higienópo-lis, no bairro de mesmo nome dacidade de São Paulo, comemorou48 anos em outubro. Um dos mar-cos do rotarismo paulista e brasi-leiro, a construção, projetada porrotarianos, é pioneira, tendo ser-vido de modelo para diversos em-preendimentos semelhantes noBrasil e no exterior.

O Edifício Rotary é a sede dotradicional Colégio Rio Branco ede sua mantenedora, a Fundaçãode Rotarianos de São Paulo, con-siderada a maior obra do Rotaryem todo o mundo na área daeducação.

Nosso idiomaentre os cinco

O diretor do Rotary International,Themístocles Pinho, veio de Evans-ton (sede do RI) com uma boa notí-cia para o nosso idioma. Como sinalde prestígio, o português se tornouuma das cinco línguas oficiais da nossaorganização. Os outros quatro são:inglês, espanhol, francês e japonês.

A resolução, aprovada por una-nimidade pelo Conselho Diretor,partiu de uma emenda preparadapor Pinho.

Antes, durante os eventos in-ternacionais, o presidente e o se-cretário-geral do RI escolhiam osidiomas contemplados pela tra-dução.

“A medida é muito importan-te, pois posiciona o Brasil comdestaque. Somos um universo res-peitável e não poderíamos estarde fora. Com isso, o país passou ater a posição que merece”, co-menta Pinho.

BRASIL ROTÁRIO 5

CAROS COMPANHEIROS,

DONG KURN (D. K.) LEE

Presidente do Rotary International

Mensagem do

Presidente

Mensagem do

Presidente

NA REDE

Leia os pronunciamentos e

as notícias do presidente

do RI D. K. Lee

acessando o site

<www.rotary.org/jump/lee>

mês de janeiro assinala o início do segundo semestre do ano rotário.Esta é a ocasião para examinar o que fizemos até agora, avaliar o nossoprogresso e renovar a determinação de atingir as nossas metas nos

meses que se seguem. É tempo de discutir e avaliar as metas dos nossos clu-bes e as que impusemos a nós mesmos, como rotarianos.

Janeiro é, ainda, o Mês da Conscientização Rotária, época de aquilatarcomo os nossos valores rotários – e as nossas próprias ações – influenciam apercepção pública do Rotary. O nosso plano estratégico delineia cinco valoresfundamentais, que definem e nos guiam no momento em que traçamos umarota rumo ao nosso segundo século de serviços.

Serviço é o nosso primeiro valor, como não poderia deixar de ser. O foco noserviço é refletido no nosso lema principal: Dar de Si Antes de Pensar em Si.Reunimos, por meio dos clubes e distritos, o potencial para criar, projeto aprojeto, comunidades melhores, mais saudáveis e seguras.

Companheirismo é a razão pela qual o Rotary foi criado, há 100 anos. Ocompanheirismo, a camaradagem e a maravilhosa sensação de fazer algo debom em conjunto são o que nos mantêm unidos e ansiosos pelas reuniõessemanais do Rotary.

Diversidade é um aspecto do Rotary que se torna mais importante a cadaano que passa. Acabamos de dar as boas-vindas à República de Kiribati, quese junta aos mais de 200 países e áreas geográficas já inseridos no maparotário. Junto com todos os rotarianos, anseio pelo dia em que haverá um RotaryClub em cada comunidade no mundo.

Integridade é fundamental à identidade da nossa organização. Cadarotariano é guardião da reputação que gerações de rotarianos trabalharam paraconstruir. Quando mantemos os mais altos padrões de ética em todas as nos-sas atividades, reforçamos a confiança que nos possibilita servir com maioreficiência.

Mas isso só acontecerá se mostrarmos liderança, o quinto e derradeiro va-lor fundamental. Cada um de nós deve ter em mente, em todas as nossasações, que somos rotarianos. Quando somos escolhidos para nos tornarrotarianos, e decidimos aceitar esta honra, assumimos a responsabilidade derepresentar toda a organização.

Quando somos reconhecidos como rotarianos, tudo o que fazemos refletesobre nós. Vivendo com base nos nossos valores fundamentais e comprometi-dos com o lema Dar de Si Antes de Pensar em Si, construímos um Rotary maisforte e um mundo melhor para todos.

o

6 JANEIRO DE 2009

orque será que a nossa or-ganização centenária sepreocupou em dedicar oprimeiro mês do ano à

Conscientização Rotária? A respos-ta a esta pergunta, embora até des-necessária para aqueles que noshonram com a leitura, procurare-mos tornar visível através desta nos-sa mensagem.

No primeiro mês de cada ano,todo rotariano deve refletir e fazeruma verdadeira introspecção a res-peito de si mesmo, particularmen-te à luz dos objetivos que nos unemhá mais de um século através des-sa organização, hoje presente emmais de 200 países.

Vivemos num mundo que nostransmite um sentimento de deses-perança e de impotência, tanto naspessoas como nas instituições. A im-pressão que temos é de que o serhumano perdeu a nobreza da prá-tica do bem. Às vezes, alguns atépensam em desistir de lutar contraa injustiça e o mal que, em grandeparte e lamentavelmente, imperanas estruturas dos tempos atuais. Te-mos a impressão de que a maldadesobrepuja a bondade, sobrepõe-seà justiça, tornando a paz um objeti-vo cada vez mais distante. No en-tanto, o mundo sempre viveu nestadualidade entre o bem e o mal.

Nós, rotarianos, vivemos semprea esperança de habitarmos um mun-do mais pacífico e justo. Para isto,fazemos a nossa parte, promoven-do a dignidade do ser humano atra-vés dos inúmeros projetos e progra-mas que implementamos em todoo mundo. Nosso anseio é viver emum mundo igual, fraterno, onde to-dos sejam felizes. Sonhamos com

Janeiro, mês da Conscientização Rotária

este mundo! Precisamos ser persisten-tes em nossa convicção de que cabea nós construir um mundo melhor, ummundo de paz – aqui e agora – e essa

paz deve começar na família, passan-do pelo trabalho, pela vida pública e aação política. A paz e a justiça não sãoideais utópicos. Ao contrário, elas po-

dem ser uma realidade muito pró-xima se todos os rotarianos fizeremdelas o objetivo de suas vidas.

Missão de transformarO lema deste ano rotário, Rea-

lizemos os Sonhos, é a inspiraçãopara a ação de todo rotariano e detodos os Rotary Clubs do mundo.Nossa missão é transformar nossossonhos, com fé e entusiasmo, emcélulas produtivas e atuantes, re-dobrando os esforços para aumen-tar nossa participação na resoluçãodos problemas sociais. E este obje-tivo será mais rapidamente alcan-çado se conseguirmos atrair novoscidadãos e novas cidadãs prestantespara o serviço rotário.

Os fundamentos do Rotary sealicerçam numa tríade formada porcompanheirismo, serviço e paz – eonde o tema central é servir. Comefeito, podemos asseverar que a hu-

PNinja

Coluna do Diretor do Rotary International

Themístocles A. C. Pinho

Coluna do Diretor do Rotary International

Precisamos ser

persistentes em

nossa convicção

de que cabe a nós

construir um

mundo melhor

BRASIL ROTÁRIO 7

manidade jamais conseguirá a pazsem passar pelo serviço, baseado noentendimento entre as pessoas, istoé: no companheirismo. Será naunião destas forças, tendo como es-copo a paz, por meio do companhei-rismo e do serviço, com a solidarie-dade e a união de todos em benefí-cio de um fim comum, que atingi-remos o sucesso. Portanto, a palavra-chave é união. Unam-se em tornodos objetivos preconizados peloRotary e o milagre acontecerá.

Já foi dito muitas vezes, e emtodos as épocas, que a paz abso-luta é impossível. E nada é maisverdadeiro, levando-se em contaa heterogeneidade da raça hu-mana. No entanto, não é por sera paz completa um objetivoinalcançável que nós vamos cru-zar os braços e esperar impassí-veis que o mundo se acabe à nos-sa volta. O Rotary tem uma tradi-ção de mais de 100 anos na bus-ca do entendimento pacífico. Po-deríamos, aqui e agora, catalogaruma infinidade de ações conver-gentes em busca da paz para de-monstrar o quanto os rotarianosfazem a diferença, trabalhandoem pequenos e grandes projetos,como a campanha Polio Plus; aassistência a menores e idososcarentes; o trabalho para ajudarna reaproximação entre países eas mediações levadas a efeito,ajudando a resolver conflitos defronteira, particularmente em nos-sa América do Sul; a ajuda huma-nitária aos refugiados de guerras;a colaboração na criação daONU; os programas de BolsasEducacionais, Intercâmbio de Gru-pos de Estudos, Foros Internacio-nais para a Paz e, mais recente-mente, os Centros Rotary de Es-tudos Internacionais da Paz e Re-solução de Conflitos. São projetose programas que transcendem asfronteiras das comunidades e dospaíses, e que a nossa organizaçãoprocura desenvolver e ampliarcomo uma das muitas formas desua participação na busca da tãodesejada paz.

Servir é o objetivoA força de nossa organização não

está demonstrada apenas na atençãoque os rotarianos de todos os lugaresdo mundo dispensam ao presidentedo Rotary International. Os dirigen-tes das nações sabem que podemcontar com o Rotary para ajudar naresolução de muitos problemas soci-ais em seus países, sem receio de in-terferência em suas soberanias. Nãonos imiscuímos nem interferimos emsuas políticas, nem discutimos prin-cípios religiosos. O que verdadeira-mente pretendemos é servir. Os mi-lhares de projetos executados pelosmais de 33.000 Rotary Clubs espa-lhados por todas as nações livres e so-

beranas representam a contribuiçãoefetiva de nossa organização para mi-norar o sofrimento de muitos e indi-car-lhes caminhos mais seguros.

Quando um clube doa cestas bá-sicas, agasalhos, material escolar, rou-pas, material de construção e remé-dios; quando um clube patrocinauma campanha de assistência à saú-de, de doação de sangue, de incen-tivo ao emprego, de conscientizaçãoda juventude sobre os perigos dasdrogas, do álcool e outros males, eleestá trabalhando no grande tapete dapaz que está sendo tecido.

Estes pequenos e grandes pro-jetos não se circunscrevem à co-munidade onde o seu Rotary Clubestá inserido, pois para o rotarianoe a rotariana, mais do que isto, im-porta a satisfação pelo cumprimen-to do dever de solidariedade, quefaz a diferença para muitas vidas.Certa vez, um destacado rotarianoescreveu: “Um dia sem uma boaação é como um dia sem sol. Umdia sem o Rotary poderá significaro desaparecimento do sol para mi-lhares de pessoas no mundo.”

Amigos e companheiros: con-siderem seriamente suas respon-sabilidades para com nossas comu-nidades locais e mundiais. ORotary é um bem. O Rotary faz obem. Por isso, é essencial em qual-quer comunidade que a açãobenfazeja do Rotary seja sentida.Não é uma ação de compaixão,mas a sincera participação de to-dos em prol de alguns poucos me-nos afortunados.

Onde houver qualquer neces-sidade, devemos estar presentespara prestar nosso serviço volun-tário humanitário e social. Dar deSi Antes de Pensar em Si não éapenas um lema, mas representao amor e o serviço que devemosexercitar constantemente.

Concluindo estas palavras, pelasquais procuramos transmitir o quepensamos neste primeiro mês donovo ano, não podemos esqueceras sábias e sempre atuais palavrasde John Galsworthy, o escritor edramaturgo inglês, quando ele afir-mava: “Uma vez só passarei poreste mundo; deixa-me fazer todoo bem possível ante todo o ser hu-mano ou animal irracional. Nãopermita que não faça, nemtampouco que esqueça, porque,por aqui, jamais voltarei a passar”.

Amigos todos, este é o momen-to que não podemos deixar pas-sar. E este mês de janeiro, dedica-do à Conscientização Rotária, é oadequado para que pensemos so-bre nossas responsabilidades emprol dos nossos ideais, tornando-os uma realidade.

Dar de Si Antes

de Pensar em

Si não é apenas

um lema, mas

representa o

amor e o serviço

que devemos

exercitar

constantemente

8 JANEIRO DE 2009

Qual a primeira convenção in-ternacional do Rotary a quevocê compareceu? Qual suamelhor lembrança dela?� A de 1981, em São Paulo. E amelhor lembrança que tenho delafoi o carinho com que nos rece-beram os companheiros do RC deSão Paulo-Santa Cecília. É que tem-pos antes uma delegação derotarianos deste clube tinha esta-do em excursão em Fortaleza, ereceberam atenções do RC deFortaleza-Alagadiço. Como retri-buição, nove rotarianos do Alaga-diço que participaram daquelaconvenção ficaram hospedadosem residências de companheirosdo Santa Cecília.

De quantas convenções vocêparticipou e quais foram?� Foram 23 convenções. Além da-quela de São Paulo, estive na deBirmingham, Inglaterra, em 1984,na de Kansas City, em 1985, na daFiladélfia, em 1988, na de Portland,em 1990 – todas elas nos EUA –,na da Cidade do México, em1991, na de Orlando, EUA, em1992, na de Melbourne, Austrá-lia, em 1993, na de Taipé, Taiwan,em 1994, na de Nice, França, em1995, na de Calgary, Canadá, em1996, na de Glasgow, Escócia, em1997, na de Indianápolis, EUA, em1998, na de Cingapura, em 1999,na de Buenos Aires, Argentina, em2000, na de San Antonio, EUA, em2001, na de Barcelona, Espanha,em 2002, na de Brisbane, Austrá-lia, em 2003, na de Osaka, Japão,em 2004, na de Chicago, EUA, em

O recordista de convençõesEle já esteve em muitas convenções internacionais do Rotary e de todas tirou uma lição, guardou algumalembrança. Nesse sentido, provavelmente não há quem se compare a ele no Brasil. Agerson Tabosa Pintopoderia se sentir realizado e não querer participar de mais nenhum evento rotário desse porte. Não é oque acontece: sócio do RC de Fortaleza-Alagadiço desde 1969, presidente 1975-76 do clube e governador1984-85 do distrito 4490, Agerson se prepara para mais uma convenção: a de Birmingham.

Carlos Henrique de Carvalho Fróes*

� O EGD1984-85AgersonTabosaPinto

2005, na de Copenhague, Dinamar-ca, em 2006, na de Salt Lake City,EUA, em 2007, e, finalmente, na deLos Angeles, EUA, em 2008.

Alguém no Brasil o supera nestenúmero?� Certeza não tenho, mas acho quenão.

Foram tantas convenções que apergunta é obrigatória: quais fo-ram os momentos inesquecíveis?� O primeiro que me vem é a cele-bração antecipada da vitória do pro-grama Polio Plus, na convenção daFiladélfia, em 1988. Foi anunciadaa arrecadação de US$ 130 milhõesno primeiro ano de campanha, im-portância superior à necessária parao início do programa.

A audição, na convenção de1991, no México, de O Americanoem Paris, de Gershwin, por uma or-questra brasileira de Santos foi ou-tro desses momentos. Como tam-bém a apresentação do pianista fran-cês Richard Clayderman, na aber-tura da convenção de Nice (1995).

Na home hospitality da Conven-

ção de Cingapura, em 1999, meuanfitrião foi um rotariano francês,residente em Kuala Lumpur, Malá-sia. Passamos momentos maravilho-sos em sua residência.

Lembro-me também da partici-pação de Mikhail Gorbatchov, naConvenção de Barcelona, em2002. Ele falou dos últimos acon-tecimentos políticos de seu país,que estavam tendo grande reper-cussão internacional.

Bem, não posso me esquecerda partida de basquete Lakersversus Celtics, durante a série finalda NBA de 2007-2008, quando euestava em Los Angeles, por ocasiãoda convenção rotária de 2008. Ojogo aconteceu à noite, no dia 12de junho. O estádio do Lakers, lo-cal da partida, fica na avenidaFigueroa, entre o centro de con-venções e o hotel onde estava hos-pedado. O ingresso do jogo foimais caro do que a inscrição daconvenção, mas valeu.

Quais os benefícios que você ti-rou da participação em tantasconvenções?� Bem, entre os diversos benefí-cios, eu destacaria ter aprendidomuito sobre o Rotary, ter feitocompanheirismo internacional e terconhecido países e costumes dife-rentes, algo particularmente interes-sante para mim, que sou professoruniversitário. Outra lembrança gra-tificante: quando o mexicano CarlosCanseco era presidente do RI, du-rante o período rotário 1984-85,encontrei diversos colegas governa-dores na Convenção de Kansas City.

BRASIL ROTÁRIO 9

No que se refere ao com-panheirismo internacional, porexemplo, há um programa chama-do home hospitality, voltado espe-cialmente para essa tarefa. Trata-se de uma recepção ao compa-nheiro visitante, feita pelo rotaria-no nativo, em geral em sua resi-dência.

Você pretende comparecer àConvenção de Birmingham emjunho deste ano?� Já estou inscrito e tenho hotel re-servado.

Você esteve na primeira conven-ção realizada em Birmingham,em 1984. O que ressaltaria nacidade?� Aquela foi a convenção do anode minha governadoria. Da cida-de, não tenho nada a destacar. Ocentro de convenção não é da ci-dade, é do país. Chama-se CentroNacional, com instalações amplase excelentes, com capacidade paravárias convenções simultâneas.Birmingham fica a uma hora deLondres, de trem. O espaço dedi-cado ao companheirismo, chama-do house of friendship, com suaspromoções, foi o ponto alto daque-le evento.

Qual o recado que você gosta-ria de transmitir aos rotarianosbrasileiros, através da nossarevista?� Acho que a Convenção do RI étão importante para o clube rotárioe para o rotariano que cada presi-dente de clube, como uma impor-tante forma de representá-lo edivulgá-lo, deveria se comprome-ter a participar do evento. Se elenão puder viajar, deveria conse-guir um companheiro de clubepara fazê-lo; se isso não for possí-vel, deveria delegar a um compa-nheiro de outro clube a represen-tação do seu. Na volta, o partici-pante faria um relatório do quepresenciou para os companheirosdo clube ou para os companhei-ros dos clubes representados.

* O autor é presidente e editor daBrasil Rotário, EGD e sócio do RCdo Rio de Janeiro, RJ (D.4570).

� O CASALTabosa Pintoem programa deentretenimentona Convençãode Cingapura,em 1999

� O CASALEGD JoséAntiório e AnaLúcia acompa-nha Agerson eMaria à recep-ção aos MajorDonors daConvenção deSalt Lake City

� CONVEN-ÇÃO DE SanAntonio, noTexas: o entãopresidente doRI Frank Devlynentre HirochiShimuta, do RCde São Paulo-Aeroporto, e oentrevistado

� O EVENTO ésempre umaoportunidadede conheceroutrasculturas e fazeramigos portodo o mundo

Fotos: Acervo pessoal

10 JANEIRO DE 2009

O Rotary unido porSanta CatarinaAs fortes chuvas que caíram sobre o estado no mês de novembro atingiram os distritos 4650 e 4651.

Nesta reportagem, contamos como a Família Rotária brasileira se uniu para reagir à tragédia numa

mobilização histórica em favor dos desabrigados.

Alguns dias depois das horas deangústia descritas no parágrafo aci-ma, Rogério conta à Brasil Rotárioque nunca testemunhou nada pa-recido com aquilo em seus 33 anosde vida. “Vi famílias que foram dor-mir com um patrimônio de R$ 2milhões e acordaram apenas coma roupa do corpo”, diz. Presidenteeleito do Rotary Club de Gaspar,Rogério Alves de Andrade recebeuno dia 25 de novembro uma liga-ção de Valdir Celso Fiedler, o go-vernador do distrito 4650, o maisatingido pelas chuvas que arrasaramSanta Catarina. Valdir queria sabercomo estava a situação na região.“Ele foi a primeira pessoa a nos pro-curar oferecendo ajuda”, recorda

Rogério, afirmando que somente opoder público, por mais que se es-forçasse, não teria condições dereagir à sucessão de deslizamentose cheias que destruíram diversas lo-calidades em Gaspar, fazendo comque morros e encostas sumissem domapa, e matando pelo menos 12pessoas.

Ao saber dos problemas na re-gião (onde também ficam os muni-cípios de Ilhota e Luis Alves, igual-mente castigados), Valdir Fiedlerdecidiu coordenar juntamente comRogério e outros rotarianos deGaspar uma rede de voluntárioscom a missão de socorrer as víti-mas e manter a cidade viva atéonde fosse possível. A primeira ini-

ciativa de Rogério foi garantir o fun-cionamento da emissora de rádiolocal, levando para lá um dos gera-dores de energia que mantêm suaempresa, uma indústria que pro-duz placas e estruturas metálicas.Com a cidade destruída e às escu-ras, deixar os moradores isolados esem informação significava tirardeles as últimas esperanças. Em al-guns locais, famílias inteiras passa-ram dias queimando pneus no altodos morros para chamar a atençãodos helicópteros de resgate. “Vi-vemos aqui um verdadeiro cená-rio de guerra. Alguns moradoresdas áreas mais isoladas, muitos de-les alemães e italianos que vierampara cá depois da Segunda Guer-ra, chegaram a acreditar que umnovo conflito havia começado”,conta Rogério.

Terra devastadaCom o agravamento da situa-

ção, o governador Valdir Fiedlere a mulher dele, Dulce, decidi-ram ir pessoalmente a Gaspar. Emjornadas de trabalho que chega-ram a durar 18 horas, os dois se

oite de domingo, 23 de novembro de 2008. Com o au-mento das chuvas que há dois meses não dão tréguas àcidade de Gaspar, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina,Rogério começa a pensar no pior dentro da casa já àsescuras. Na companhia da mulher, Mara, e da filha

Fernanda, de 5 anos, Rogério acompanha num rádio de pilha as pri-meiras notícias sobre aqueles que serão os momentos mais difíceisda história de seu estado.

Em cima do fato○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

NNuno Virgílio Neto*

BRASIL ROTÁRIO 11

uniram ao exército de voluntáriosda cidade para encontrar desapa-recidos e dar abrigo, comida e re-médios aos sobreviventes. Enquan-to tenta descansar do trabalho numhotel de Gaspar, falando à reporta-gem da Brasil Rotário pelo telefo-ne, Dulce se emociona ao narrar acena dos corpos já sem vida sendoretirados da lama, para desesperodos familiares, e de como, na cor-rida contra o tempo para encontrarsobreviventes sob os escombros,com a cidade ainda às escuras, osvoluntários recolhem as velas docemitério local para iluminar o tra-balho de pás e picaretas. Mesesantes, Dulce e o marido pensaramnos desafios que poderiam enfren-tar em seu ano à frente do distrito4650, mas nada perto daquilo lhespassou pela cabeça.

A 116 quilômetros dali, emFlorianópolis, Miriam WojcikiewiczCaldas vivia uma angústia seme-lhante à de seus companheiros emGaspar. No distrito governado porela, o 4651, cidades como Brusquee Camboriú decretavam estado decalamidade pública. Em Itajaí,fincada na foz do rio Itajaí-Açu, queem alguns trechos subiu assustado-res 10 metros, 90% da cidade esta-vam sob as águas. Conversando portelefone no meio daquele caos,Miriam e Valdir chegavam a umaconclusão: era preciso pedir ajudae agir de maneira coordenada,unindo esforços e apelando por so-corro aos outros 36 distritos rotáriosbrasileiros.

No entanto, mesmo antes deemitirem seu pedido de socorro,uma onda de ajuda começou a seformar por Santa Catarina, numamobilização que Miriam, Valdir e

outros rotarianos jamais consegui-rão esquecer.

Reação em cadeia“O retorno que recebemos de

todos os governadores distritais,Rotary Clubs, rotarianos, rota-ractianos, interactianos e integran-tes dos Rotakids e das Casas da Ami-zade de todo o Brasil, e até do ex-terior, demonstra a força desseexército de homens de bem per-tencentes a essa organização cha-mada Rotary International”, diz ogovernador Valdir Fiedler, que nãoesquece de destacar o trabalho deoutras entidades, ONGs, clubes deserviço e demais voluntários naemocionante reação de solidarie-dade demonstrada diante da tragé-dia em Santa Catarina. “Tenho or-gulho de ser brasileiro e posso di-zer nesta hora de dor e de tristezapela qual temos passado: nossopovo é fantástico e solidário”.

A governadora Miriam tambémdá seu testemunho: “Em determi-nado momento, recebemos a notí-cia de que a cidade de Blumenauprecisava de 400 mamadeiras. Atra-vés dos grupos de contato do dis-trito, lançamos um desafio para con-segui-las”. O resultado do apelo: emmenos de 24 horas, 542 mamadei-ras foram arrecadadas e encaminha-das aos abrigos.

“Nós recebemos mensagens declubes de todo o Brasil, informan-

do que estavam enviando cami-nhões com donativos para SantaCatarina. E quando eu digo ‘to-do o Brasil’, não estou exageran-do”, diz Carlos Afonso, supervisordo Rotary International BrazilOffice, em São Paulo, e responsá-vel por apoiar o trabalho dos clu-bes e distritos brasileiros. Ele expli-ca que vários distritos divulgaramem seus websites e cartas mensaisas necessidades dos desabrigadosem Santa Catarina. A Brasil Rotáriofez o mesmo em seu site. Desta for-ma, os clubes puderam se organi-zar melhor e remeter os gênerosde primeira necessidade, comoágua, remédios e produtos de hi-giene pessoal.

Em diversas cidades, de norte asul do país, os rotarianos montarampontos de coleta de donativos,disponibilizando galpões para oarmazenamento das doações. Ain-da não se tem um balanço exato doque foi arrecadado e enviado aoscatarinenses, mas já podemos afir-mar que há muito tempo osrotarianos não se envolviam tantocom uma causa.

“Nosso escritório recebeu con-tatos de empresários oferecendocarretas para fazer o transporte dasdoações até Santa Catarina, semnenhum custo”, conta Carlos Afon-so. “Isso sem falar nas doações emdinheiro que foram feitas porrotarianos, por não-rotarianos e

� AUTOMÓVELARRASTADO pordeslizamento deterra, Porto deItajaí fechado, mó-veis destruídos pelaenchente, cidadesinundadas:chuvas de novembrolevaram mortes eprejuízos à SantaCatarina, que agoratrabalha parase reerguer da pior tragédia de sua história

Com a cidade destruída e às escuras, deixar

os moradores isolados e sem informação

significava tirar deles as últimas esperanças

12 JANEIRO DE 2009

� COMPA-NHEIROSDO RotaryClub dePompéia, emSão Paulo, eas doaçõesenviadas àSantaCatarina

também por empresas sensibiliza-das com a situação dos desa-brigados”. Somente o Citi Esperan-ça, do grupo bancário Citigroup,doou para o distrito 4650 a quantiade R$ 40.000,00.

Entre as manifestações de aju-da recebidas do exterior, SantaCatarina foi visitada por uma equi-pe da ShelterBox, um projeto in-ternacional criado e coordenadopelo Rotary Club de Helston-Lizard,hoje com o apoio do RotaryInternational, e que é responsávelpela distribuição de kits de sobre-vivência em áreas atingidas por tra-gédias como terremotos e furacões.Desde 2001, a ShelterBox socorreumais de 700.000 pessoas em cercade 50 países. Os observadores in-gleses que estiveram em SantaCatarina ficaram impressionadoscom a devastação provocada pelaschuvas. No entanto, a generosa res-posta que os brasileiros deram aopedido de socorro dos catarinensesacabou tornando desnecessário oenvio dos kits da ShelterBox.

A medida perfeitaDiante de uma das piores tragé-

dias climáticas da história do país,que arrasou quase 50 cidades, ma-tando cerca de 130 pessoas, desa-lojando mais de 50.000 e deixan-do outras 28.000 desabrigadas, aFamília Rotária brasileira provoumais uma vez sua força e o quantopode realizar quando trabalha uni-da. Sozinhos, Rogério, Valdir, Dul-ce, Miriam e os tantos outros per-sonagens ocultos desta matéria(aqueles que arregaçaram as man-gas nas entrelinhas deste texto) sa-bem que realizariam bem menosdo que foram capazes a partir domomento em que juntaram suasmãos e corações.

E é justamente aí, nessa incrívelcapacidade de reunir seus esforços,que os rotarianos ampliam suas pos-sibilidades e conseguem mudar osrumos da realidade, mesmo as trá-gicas, como em Santa Catarina. Foiassim com a idéia pioneira de PaulHarris, que levou à fundação doRotary há quase 104 anos; com a

A mobilização dos rotarianos paraajudar as vítimas das chuvas em San-ta Catarina ganhou um enorme re-forço: a participação dos rota-ractianos e interactianos, que emtodo o país arrecadaram alimentos,roupas, remédios e dinheiro. Nocaso deles, a internet foi um aliadofundamental para a troca de infor-mações sobre as regiões atingidase a articulação das campanhas dedoação. Um bom exemplo disso foidado por Guilherme HeinemannGassenferth, integrante do RotaractClub de Manchester de Joinville(D.4650). No final de semana dosdias 22 e 23 de novembro, ao per-

expansão dos clubes ao redor domundo. Tem sido assim na luta dosrotarianos contra a poliomielite eserá assim na tarefa de reconstruir-mos nossa bela e Santa Catarina.

Se os rotarianos têm superadoesses enormes desafios de maneiratão engajada, eles também podemvencer outros obstáculos que fazemparte do cotidiano de seus clubese comunidades para que tenhamosum Rotary mais forte, um Brasilmais justo e um mundo de maisentendimento e tolerância. Pois éjustamente nessas horas difíceisque conhecemos a perfeita medi-da de nossa coragem – e o quantoestamos dispostos a desafiar os pro-blemas do presente para construirum futuro que valha a pena.

* O autor é jornalista e redator daBrasil Rotário.

� Agradecimentos: EGD FernandoQuintella, coordenador para aAmérica Latina do Comitê de Ima-gem Pública do Rotary.

Jovens também fizeram sua parteceber que a situação no estado esta-va saindo de controle, Guilherme(que é diretor da OMIR-Brasil e res-ponsável pelos três distritos de SantaCatarina junto à entidade) enviou ume-mail à lista nacional de Rotaract eInteract Clubs e aos presidentes dosclubes rotários catarinenses, pedin-do que eles se preparassem para daro exemplo, mobilizando-se e traba-lhando para amenizar as conseqüên-cias da catástrofe.

Em 24 horas, a mensagem deGuilherme extrapolou as fronteirasrotárias, sendo encaminhada a vá-rias listas de e-mail. “Já na segunda-feira, dia 24, as pessoas me escrevi-

am e ligavam para o meu celular”,conta Guilherme. “Foram algumascentenas de contatos feitos a partirde 16 diferentes estados do Brasil,e até de Portugal. Eu jamais vi ta-manha mobilização em cinco anose meio de vivência no Rotary”, dizGuilherme. “Acredito que isso te-nha sido providencial para a uniãode alguns distritos, bem como aquiem Santa Catarina. Em parceriacom clubes rotários, o Rotaract e oInteract de todo o país viveram mo-mentos ímpares de solidariedade.Nunca tive tanto orgulho de per-tencer a essa família chamadaRotary como agora”.

� INTEGRANTES DACasa da Amizade deBalneário Camboriúembalando as barrasde cereal doadas pelaempresa Nutrimental,de Curitiba, e queposteriormente foramrepassadas às vítimasda enchente

BRASIL ROTÁRIO 13

�ROTARACTIANOS DAregião de Limeira, em SãoPaulo, e as doações arre-cadadas com a ajuda derotarianos e jovens daOrdem DeMolay. Na outrafoto, caminhão carregadocom as mais de duastoneladas de alimentosreunidas pelo InteractClub de Mamborê, doParaná

Como vocêpode ajudar� Em 2009, a principal tare-fa dos rotarianos de SantaCatarina será ajudar a re-construir o estado. Em al-guns casos, são comunida-des inteiras que precisamser reerguidas. Para queesse trabalho aconteça, da-qui em diante será muito im-portante que eles obtenhamrecursos financeiros paraviabilizar essas ações.

Você pode colaborar fa-zendo doações de qualquervalor nas contas bancáriasdisponibilizadas para essefim pelos distritos 4650 e4651– e tendo a certeza deque esses recursos serão in-teiramente aplicados embenefício das vítimas daschuvas.

Distrito 4650

Associação de Rotary Clubsdo Distrito 4650do Rotary InternationalBanco do Brasil (001)Agência: 095-7Conta corrente: 18309-1CNPJ: 06354308/0001-11

Distrito 4651

RC de Itajaí-Porta do ValeBanco do Brasil (001)Agência: 0305-0Conta corrente: 6815-2CNPJ: 76704576/0001-00

Muito obrigado“Companheiros rotarianos e Família Rotária: neste momento emque nossa Santa e Bela Catarina ainda está respingada pela lama deseus morros e cerros, minha família e eu queremos agradecer a to-dos, de forma indistinta, pelo amor, carinho e amparo que recebe-mos. Se criticarmos a emoção no administrar desta grande tragédia,estaremos sendo desonestos com nossa razão. Jamais me esquecereidos sonhos que Dulce e eu tínhamos para nosso ano de governadoria.Sonhos que todo governador traça ao se preparar para administrarum distrito rotário. Os sonhos do distrito 4650 certamente serão al-terados pelas conseqüências da tragédia que vivemos em SantaCatarina. Nossas metas de apoiar as necessidades de amparo à hu-manidade estão diante de nossos olhos neste momento, e ao alcancede nossas mãos.

Dulce e eu havíamos tomado a decisão de sermos voluntários domundo ao retornarmos da Assembléia Internacional de San Diego,pois ficamos extremamente sensibilizados com os relatos do presi-dente D. K. Lee a respeito das crianças que sofrem ao redor do pla-neta. Pois bem: Deus, que tudo arquiteta no universo, desenhou apossibilidade de servirmos e de sermos ponte para que outros tan-tos rotarianos praticassem essa tarefa bem aqui na porta de entradade nossas casas. Jamais teríamos chegado a resultados tão expressi-vos de ajuda sem a participação de todos vocês”.

Trechos de uma mensagem do casal governador do distrito 4650,Valdir Fiedler e Dulce

A esperança está presente

“Fomos até Itajaí e tivemos a oportunidade de ver pessoalmente adestruição daquela cidade. As imagens que recebemos por e-mail eas notícias que têm sido veiculadas na TV e nos jornais não expres-sam a dura realidade que vimos. As calçadas estão cobertas da histó-ria de cada família, de cada morador. Seus pertences, conseguidoscom o suor de seus rostos, com o empenho de cada membro dafamília, estão espalhados em frente às casas, mostrando a dura reali-dade que cada um vai ter que enfrentar.

Mas a esperança está presente. Se sente isso no olhar de cada ume de todos. A necessidade momentânea demonstra que a força, afirmeza e a bravura de um povo serão resgatadas. A solidariedade estáfazendo a diferença. Nós podemos ajudar, nós podemos fazer nossaescolha. E a nossa escolha poderá definir o resgate de um sonho”.

Trechos de e-mail da governadora do distrito 4651, Miriam Mar-ta Wojcikiewicz Caldas

14 JANEIRO DE 2009

Luiz Carlos Dias*

que se seguenão tem comofinalidade mo-tivar clubes oucompanheirospara que traba-lhem pelo de-senvolvimento

do quadro social. Pretendo sim ofere-cer algumas condições para que ve-nham a se sentir motivados. Digo issoporque entendo que ninguém, por sisó, motiva ninguém. Creio que seja opróprio indivíduo, ou instituição,quem se auto-motiva para enfrentardesafios constantes. Motivar é termotivos. Ter motivos para trabalhar,para se comprometer, para querervencer, para querer aprender, para sededicar àquilo que faz, para prestarserviços voluntários, para seguir a filo-sofia rotária.

É tão simples assim?Já ouvi muitas palestras de rota-

rianos, dos mais diversos níveis admi-nistrativos do Rotary, sobre desenvol-vimento do quadro social. As teclastocadas sempre foram as mesmas, ouainda o são: convite a novos sócios,retenção de sócios, aumento do núme-ro de clubes, e por aí vai.

As palestras sempre me chamavamatenção, tanto na forma, quanto noconteúdo da abordagem, porque fica-va a me perguntar: é tão simples as-sim? Então, por que o Rotary não con-segue aumentar seu quadro associativo,se é tão fácil admitir novos sócios? Vezpor outra ouvia um companheiro di-zer: “Ah, o Fulano entrou e saiu logodo Rotary porque os companheiros nãolhe deram atenção e ele se sentiu per-dido.” Ou então: “Nos dias de hoje, asituação econômica está muito difícil;

não estamos nos anos 60, e as contri-buições obrigatórias estão muito ele-vadas.” Seriam estas as boas desculpaspara justificar a saída do companheiroque acabara de chegar.

Voltava, então, a me perguntar: Seráque a instrução rotária que foi dadaabordou com cuidado o que é o Rotary,o que é ser rotariano e o que é espera-do de um rotariano? Será que foi pas-sado para o companheiro quais com-promissos ele estaria assumindo paracom a organização?

O tempo foi passando, as pergun-tas que me fazia foram aumentando,até que cheguei a governador assis-tente. Foi a oportunidade que tive paracomeçar a entender um pouco me-lhor o que vinha acontecendo, umavez que passei a conhecer um maiornúmero de clubes – além daqueles daminha área de responsabilidade –, um

O

BRASIL ROTÁRIO 15

maior número de companheiros econversar mais sobre o Rotary fora daminha região.

Veio a primeira conclusão: o assun-to desenvolvimento do quadro social nãoé uma dificuldade só do distrito 4570.

Zona do confortoDe todos os dados colhidos ao lon-

go de minha pesquisa sobre o tema,um me chamou a atenção. Encontrei-o em palestra proferida pelo EGDFernandes Luiz Andreatta, companhei-ro do RC de Chapecó-Leste, SC(D.4740), durante o Seminário de De-senvolvimento do Quadro Social dodistrito 4700, acontecido em agosto de2007. Destacava ele “que o Rotarydeve ser conduzido como uma empre-sa, onde os presidentes são os gerentese os demais rotarianos são os colabo-radores e também os clientes”.

Dizia ainda: “É preciso agir comqualidade e inovação para que oscompanheiros sintam vontade de par-ticipar e passem sua mensagem adi-ante”. E continuava: “Para que se atin-jam as medidas, também é necessá-rio que os rotarianos tenham deter-minação e coragem para sair da ‘zonado conforto’ e assumir definitivamen-te a missão de melhorar tanto a suavida como de seus semelhantes”.

As colocações acima se contrapu-seram ao que até então eu vinha ou-vindo no meio rotário. Concluí quea grande preocupação no Rotary, nostempos em que vivemos, parece sero “desenvolvimento do quadro soci-al”, fruto de uma conjunção de qua-lidade de associados, companheirosmotivados, comprometimento decada um com a causa abraçada, tor-nando cada um de nós, e todos nós,

co-participantes em um programa de“profissionalização” da nossa institui-ção. Quero eu entender que com aimplantação do Plano de LiderançaDistrital (PLD) e do Plano de Lide-rança de Clubes (PLC), o que o Rotarybuscou para si foi uma administraçãocom princípios empresariais.

Se viermos a pensar nossa insti-tuição mais profissionalizada, preci-saremos nos voltar para o pensamen-to empresarial com o qual muitos denós estamos acostumados a viver, porrazões de sobrevivência, posto queempresários somos, muitos de nós,de grande sucesso.

Pesquisa de mercadoMinha preocupação com o futu-

ro do Rotary se torna maior quandoouço falar em aumento do quadrosocial utilizando como instrumento“facilitador” a abertura de novos clu-bes. Para mim este é um dos pontosmais delicados quando abordamos otema. Por quê? Porque minha visãodo Rotary é a de uma instituição quetem missão, objetivos, programas eprojetos, da mesma forma que os temuma empresa.

Daí vem mais uma pergunta: qualseria a empresa que aumentaria seuquadro funcional, ou sua área deatuação, com a abertura de filiais, ourepresentação geográfica, sem umacuidadosa e criteriosa pesquisa demercado, sem uma elaborada pesqui-sa demográfica, sem conhecer deman-das para seus produtos ou serviços?Sem conhecer, em última análise, acapacidade de seus concorrentes nomercado onde se propõe a atuar? Ficaaqui um alerta.

“Vez por outra ouvia

um companheiro

dizer: ‘Ah, o Fulano

entrou e saiu logo

do Rotary porque

os companheiros

não lhe deram

atenção e ele se

sentiu perdido’”

16 JANEIRO DE 2009

Pergunto mais: qual empresa,no mundo, estaria preocupadaem aumentar seu número de em-pregados, sem antes avaliar o queos empregados existentes estãoproduzindo para a empresa, oucomo estão produzindo e comque qualidade?

Calma, não estou sendo ra-dical a ponto de sugerir demis-são de associados dos Rotary Clubs.Alerto, sim, para uma conduta talcomo encontrada na maior parte dasempresas: se o quadro de colabora-dores não está atendendo às necessi-dades e demandas da organização edo mercado, é urgente uma análisecuidadosa da capacitação de cada um.Constatado que os conhecimentos eobjetivos pessoais não atendem os in-teresses totais da organização, que sejadesenvolvido um programa de re-ciclagem visando à capacitação deseus colaboradores. Um programa ob-jetivo, intenso em seu conteúdo, commetas claras para alcançar o resultadoesperado pela organização. Entendoque assim deve ser no Rotary.

Devemos, sim, nos preocupar to-dos com um intenso programa decapacitação para os rotarianos, a fimde que possam melhor atender os ob-jetivos da instituição e das comunida-des. Para ajudar todo esse processo decapacitação, o Rotary possui um imen-so acervo de documentos que se des-tinam a regular e normalizar procedi-mentos, oferecendo condições aos as-sociados para que se tornem aptos paraa organização.

Com o advento do PLD e do PLC,alguns manuais rotários mudaram paraatender a uma nova visão proposta.

No que se refere ao panoramaassociativo do Rotary, encontramos oexcelente Manual da Comissão deDesenvolvimento do Quadro Social,que todos os clubes e presidentes darespectiva comissão recebem a cadaperíodo. Na introdução da obra encon-tramos, em destaque:

“Este manual foi elaborado paraajudar o presidente da comissão dedesenvolvimento do quadro social aestabelecer metas e compreender suasatribuições. Rotary Clubs eficazes:� Ampliam e/ou mantêm estável seuquadro social;� Implementam projetos que atendemnecessidades de comunidades locais einternacionais;� Apóiam a Fundação Rotária através

apresentado resultados poucoalentadores. Os rotarianos, co-mumente, não se dedicam: nãose dão ao trabalho de pesquisar,ler, interpretar, debater assuntos dealta relevância para a instituição.

Até posso entender as razõessubjacentes. A maioria dos associa-dos é constituída de profissionaisainda em atividade, que precisam

se dedicar ao dia-a-dia de suas organiza-ções, sob pena de sucumbir no turbilhãodas mudanças do mundo atual. No en-tanto, não podemos nos esquecer quetodos os rotarianos são voluntários e, se-gundo essa condição, foram convidadose admitidos no Rotary. Inicialmente, de-veriam ter sido esclarecidos por seus fu-turos padrinhos e por seus futuros compa-nheiros sobre a dinâmica da instituição.

Além de tudo, ainda vemos com-panheiros mais antigos transferindopara os mais novos conhecimentos so-bre o Rotary muitas vezes já ultrapas-sados. Rotarianos precisam entenderque o mundo vive de paradigmas. Eeles mudam com uma velocidade es-pantosa. O que foi uma verdadeinsofismável, hoje, com certeza, nãomais o é. Exemplos não faltam.

Mudança de paradigmasTenho visto nos últimos anos,

notadamente a partir de 1998, que oRotary International tem se dedicadoa buscar a inserção de distritos e clu-bes em um contexto mais dinâmico,compatível com as atividades do mun-do moderno. Assim apareceram o PLD,o PLC e a exposição do Rotary paraalém de seus muros, como as iniciati-vas de difusão de sua imagem pública.

Muito tem se falado sobre as novasposturas propostas. Ouço opiniões favo-ráveis e outras não. Os paradigmas esta-belecidos devem ser mantidos, mesmocom todas as mudanças ao nosso redor?Há que se ter cuidado. O mundo mo-derno é altamente competitivo e nãoadmite mais exageros administrativo-con-servadores.

O tempo que vivemos é de mudan-ças: mudanças de atitudes, mudançasde comportamento, mudanças na for-ma de absorver conhecimento, mudan-ças, mudanças, mudanças.

Sempre que tenho oportunidade,gosto de lembrar que a mudança deparadigmas deve ser o grande nor-teador de nossa conduta, seja pessoal,seja empresarial. Mas por quê? Porqueos paradigmas que praticamos são fru-

da participação em programas e con-tribuições financeiras;� Formam líderes capazes de servir oRotary além do âmbito do clube”.

E diz mais:“Ao presidente de comissão de de-

senvolvimento do quadro social é acon-selhável que leia este manual antes daassembléia distrital, para familiarizar-secom suas atribuições e responsabilida-des, e que o use como referência du-rante o evento. Na assembléia distrital,líderes de clube, inclusive presidentesde comissão, deverão discutir suas atri-buições e responsabilidades, definirmetas anuais e estabelecer um sistemade trabalho para o ano seguinte”.

Fica a pergunta: qual presidente decomissão se dá ao trabalho de procurarimplementar o que está proposto ape-nas na introdução do manual? E lembromais: não é um manual dos mais exten-sos. Tem apenas 28 páginas.

Vejo, assim, que minha visão so-bre o assunto não deve estar tão equi-vocada. DQS é muito mais do que au-mento do quadro associativo e do nú-mero de clubes.

Em minha avaliação, quem acom-panha o desenvolvimento das ativida-des rotárias e dos seus associados per-cebe que todo esforço e investimentoaplicado pelo Rotary na produção defarta documentação de apoio tem

“Há muitos lugares

onde o número de

rotarianos está

diminuindo ou a faixa

etária dos sócios

vem aumentando,

duas tendências

que devem

ser revertidas”

BRASIL ROTÁRIO 17

Os números de que dispomos são dignos de profundaobservação. Os rotarianos – todos voluntários, empresários,líderes em suas regiões de atuação ou residência –, em todoo mundo, passaram de 1.213.748, em 1997, para 1.220.580,em 2008. Estamos estagnados na casa do 1,2 milhão derotarianos há uma década.

Pelas características intrínsecas dos rotarianos, temos emmãos um potencial de produção e produtividade de grandesignificado, capaz de ser transformado em extraordinário dife-rencial competitivo, se bem trabalhado e bem orientado.

Por outro lado, acredito firmemente que o Rotary pre-cisa renovar seus quadros, oferecendo condições à admis-são de um público mais jovem e motivado pelas causassociais. Se não, vejamos um retrato de uma situação bemrecente:

Pesquisa demográfica do RI, em 2006, nos mostra que,mundialmente, a faixa etária com maior número de associa-dos é a que vai de 50 a 59 anos; 53% dos sócios de Rotarytêm de 40 a 59 anos de idade; os sócios com 49 anos deidade ou menos representam cerca de 34% do total de asso-ciados, em todo o mundo.

Algumas iniciativas têm sido adotadas pelo mundo,e me parece que a mais bem-sucedida é a Escola Rotaryde Instrução Continuada, conhecida pela sigla STAR,em inglês, de Special Training About Rotary, que surgiuem 1976, no RC de El Passo, no Texas, EUA. Desde en-tão tem se mostrado um valioso instrumento de infor-mação rotária, de fortalecimento do companheirismoe, principalmente, de treinamento e capacitação dosrotarianos. O sucesso da Escola tem sido tão importantepara o crescimento e estabilização do quadro social queo Conselho Diretor do RI, sensibilizado com os resulta-dos obtidos, introduziu a STAR no Plano Estratégico de1997, onde estavam contemplados também o PLD ePLC.

Destacamos a quinta meta desse plano estratégico: me-lhorar a capacitação e o treinamento em todos os níveis.Pois o intuito desse conselho é aprimorar o desempenhodos rotarianos para as funções e necessidades de nossaorganização, a fim de que a doutrina do Rotary seja absor-vida, entendida e, principalmente, praticada na forma deações.

Emendas foram igualmente aprovadas pelo Conse-lho de Legislação com vistas a facilitar o aumento do

A rA rA rA rA realidade em númerealidade em númerealidade em númerealidade em númerealidade em númerosososososMas, pasmem, a instituição tem 36% de seus associados

na faixa etária acima de 60 anos de idade, e somente 1%abaixo de 30 anos. Como renovar as idéias e ressuscitar osideais de Paul Harris de forma compatível com os dias emque vivemos? Acredito que só com maior participação deassociados jovens.

Nunca, como hoje, a “luta pela sobrevivência” pare-ceu ser a tônica que afeta ou atinge os profissionais, prin-cipalmente os mais jovens e os que estão se iniciando nassuas carreiras ou negócios. Quase sempre os jovens estãoenvolvidos em mais de uma atividade, procurando alter-nativas diversas para alcançarem uma vida mais segura eestável. Resulta disso um problema de ordem financeira,pouco relacionado com a mensalidade rotária em si, masvinculado à necessidade de aumentar o tempo necessáriopara se atingir um nível de remuneração ou ganho mensalconsiderado mínimo ou ideal pelo indivíduo. Com isso,vemos uma natural tendência da redução do espírito desolidariedade e desprendimento, que são as faces visíveisdo nosso lema Dar de Si Antes de Pensar em Si. Assim,nosso ideal permanece só na idéia.

Ações que deram certoAções que deram certoAções que deram certoAções que deram certoAções que deram certo

to único e exclusivo de regras e procedimentos que adota-mos ou praticamos ao longo de nossa existência. Cada umde nós desenvolve seus próprios modelos e os transformaem verdades absolutas. Nossas atividades no mundo mo-derno não mais permitem tais posicionamentos, sob penade não evoluirmos como seres humanos, ou instituições. Amudança de paradigmas é fator fundamental em qualqueratividade. Por que não no Rotary?

quadro associativo. Uma delas, 07-329, altera os dis-positivos para as qualificações dos sócios, de modo aincentivar os clubes a recrutar líderes que tenham de-monstrado compromisso com o servir e com o objetivodo Rotary, de envolvimento com a comunidade. Outraemenda, 07-57, determina que devam ser considera-dos para o quadro social os ex-participantes de progra-mas da Fundação – membros de equipe de IGE e bol-sistas em geral.

A realização de seminários para líderes da região deatuação do clube, com a finalidade de apresentar o Rotary,deve ser um ponto a se considerar. Não que tais eventossejam tratados como um convite para se associar, mas simcomo um momento de esclarecimento sobre a organiza-ção, seus objetivos, programas, projetos e atividades. Aque-les líderes que venham a demonstrar interesse em co-nhecer mais sobre o mundo rotário poderão, então, serconvidados a participar de reuniões futuras para me-lhor avaliarem a organização e serem avaliados por elacomo futuros companheiros.

* O autor é sócio do RC do Rio de Janeiro-Ilha do Gover-nador, RJ (D.4570)

Mas onde estará a dificuldade para quebrarmosparadigmas? Com toda certeza, está no fato de que, admi-tindo uma mudança, voltamos ao nível zero em nosso con-texto social ou empresarial. O conhecimento adquiridoretorna a zero. Não estamos preparados para tal. Vai aquimais um aviso: precisamos estar sempre atentos para averdade de que nosso conhecimento e sucesso passadosnão nos garantem nada no futuro.

18 JANEIRO DE 2009

Destaques do ConselhoDiretor do RI

Destaques do ConselhoDiretor do RI

A segunda reunião do Conse-lho Diretor do RI em 2008-09

aconteceu entre 3 e 6 de novem-bro de 2008 em Evanston, Illinois,EUA. Na ocasião, foram examina-dos relatórios de 15 comissões etomadas 102 decisões.

Quanto aos clubese distritos� Ficou constatado o sucesso dasconferências presidenciais para odesenvolvimento do quadroassociativo, acontecidas nos pe-ríodos rotários de 2007-08 e2008-09. Graças ao importantepapel que desempenharam parao apoio ao Plano Estratégico doRI, o Conselho reafirmou o seuapoio a conferências similares nofuturo.� Outro procedimento de des-taque do Conselho foi alterar adeclaração do RI sobre diversi-dade. Incluiu-se a seguinte afir-mação: “Um clube que refletea sua comunidade, no que serefere às classificações profissi-onais e de negócios, gênero,idade, religião e etnia, tem achave para o futuro.”� No esforço de aumentar a visi-bilidade do Rotary na internet, oConselho recomendou que cadaclube mantenha alguma forma depresença online, seja por meiodos seus próprios sites, ou atravésde sites de redes sociais, de blogs,ou de alguma outra mídia relacio-nada à rede.� Quanto aos limites geográficosde um novo distrito, alteraçõesnão serão acolhidas até decorri-dos três anos da divulgação e es-tabelecimento dos mesmos, amenos que fique evidenciadoefeito fortemente prejudicial parao Rotary naquela região.� O Conselho incitou os gover-nadores a criar comissões inter-países entre países da África e de

outros continentes. Também esti-mulou os governadores a incluir,nas suas publicações e homepages,informações acerca da iniciativaReach Out to Africa (Dar a Mão àÁfrica).

Administração eFinanças do RI� O Conselho aprovou a escolhado presidente eleito John Kenny, dequatro rotarianos de destaque paraocupar a função de curadores daFundação Rotária, a partir de 1º dejulho. Eles são: Gustavo C. Gross,do RC de El Rímac, Peru; Lynn A.Hammond, do RC de Loveland,Colorado, EUA; Ashok M. Mahajan,

do RC de Mulund Mah, Índia; eWilfrid J. Wilkinson, do RC deTrenton, Ontário, Canadá.� Foi restabelecida a reserva deganhos sobre investimentos atéseu nível máximo. A reserva co-bre as despesas operacionais du-rante períodos em que os ganhossobre investimentos situam-se abai-xo do orçamento previsto. Além dis-so, a Comissão de Finanças do RIidentificou diversas medidas de cor-te de custos, a serem consideradasquando da preparação do orçamen-to para o ano fiscal de 2009-10.

� O Conselho acatou as contas eo relatório da auditoria relativosaos resultados do RI em 2007-08.Os resultados serão publicados jun-tamente com o relatório anual.

Programas,comunicações epremiações do RI� O Conselho concordou em man-ter as relações de cooperação coma Dollywood Foundation, a Good-will Industries International, a In-ternational Reading Association, aUnited Nations Population Fund, ea United States Agency for Inter-national Development (USAID).� Estabeleceram-se normas e con-dutas para o coordenador distritaldos Grupos de Companheirismo doRotary. Sua tarefa principal seráestimular a participação nestesgrupos, por meio da apresentaçãoem reuniões dos clubes e confe-rências distritais, e da divulgaçãodos eventos de companheirismonas cartas mensais, homepages eoutras mídias eletrônicas.� Foi reconhecido o Grupo deAção Rotária da Diabetes.� Para enfatizar o compromissocom altos padrões éticos, o Con-selho solicitou ao secretário-ge-ral a criação de uma publicaçãopara promover o serviço profis-sional. Ela será embasada na Pro-va Quádrupla, na Declaração dosRotarianos sobre os Negócios eProfissões, nas estratégias para apromoção de altos padrões éti-cos no local de trabalho e emidéias e exemplos de projetos deserviços profissionais. A publica-ção será distribuída por ocasiãodos PETS.� Ao constatar que o Plano Estra-tégico do RI indica aos clubes edistritos as Quatro Avenidas de Ser-viços como guia para possíveis pro-jetos de serviços, e que o Plano deVisão Futura da Fundação Rotária

Um clube quereflete a suacomunidade,no que se refereàs classificaçõesprofissionaise de negócios,gênero, idade,religião e etnia,tem a chave

para o futuro

BRASIL ROTÁRIO 19

concentra-se em seis áreas, oConselho decidiu eliminar oMenu de Oportunidades deServiços, que vigora desde1999.� O Conselho selecionou 145recebedores do Prêmio Dar deSi Antes de Pensar em Si para2008-09, que recompensa osserviços humanitários presta-dos em base contínua por ro-tarianos que, de outra forma,permaneceriam desconheci-dos. Seus nomes serão anuncia-dos no final do ano rotário. OConselho corrigiu sua política,de forma a ter somente um re-cebedor por distrito.� Foi alocada a importância deUS$ 2 milhões para subsídios derelações públicas em 2009-10.Os subsídios permitem a inser-ção de publicidade nas comu-

nidades locais utilizando-se tele-visão, rádios públicas, outdoors,banners, impressos e suplementos

de jornais. Os formulários parasubsídios estarão disponíveis aosgovernadores-eleitos a partir des-te mês.

Reuniõesinternacionais� O Conselho examinou e apro-vou os planos para a ConferênciaInternacional do RI em 2010 (Mon-treal, Canadá), incluindo os respec-tivos logo, tema, programação pre-liminar, taxas de inscrição e orça-mento. Examinou com interesse apossibilidade de realizar a Confe-rência de 2015 em Houston,Phoenix – ambas cidades norte-americanas – ou em São Paulo(conforme a Brasil Rotário noti-ciou na edição passada). O Conse-lho também reviu a sua política detradução simultânea das conven-ções, no sentido de requerer quetodas as convenções ofereçam tra-dução simultânea para o francês,japonês, coreano, português, espa-nhol, ou qualquer idioma adicionalapropriado ao país anfitrião.

� O Conselho Diretor 2008-09 do RI – sentados, a partir da esquerda: o tesoureiro Bernard L. Rosen(Bélgica), o presidente eleito John Kenny (Escócia), o atual presidente Dong-Kurn Lee (Coréia doSul), o vice-presidente Monty J. Audenart (Canadá), Paul A. Netzel (EUA). De pé, também a partir daesquerda: Michael J. Johns (EUA), José Alfredo Sepúlveda (México), Michael Colasurdo, Sr. (EUA),Eric E. Lacoste Adamson (EUA), Catherine Noyer-Riveau (França), Themístocles A. C. Pinho (Brasil),Jackson San-Lien Hsieh (Taiwan), R. Gordon R. McInally (Escócia), Philip J. Silvers (EUA), Thomas A.Branum, Sr. (EUA), John M. Lawrence (Austrália), Ashok M. Mahajan (Índia), Lars-Olof Fredriksson(Finlândia), Kazuhiko Ozawa (Japão), e o secretário-geral Edwin H. Futa (EUA)

Cortesia: RI

Foi alocada aimportância deUS$ 2 milhões parasubsídios de relaçõespúblicas em 2009-10.Os subsídiospermitem a inserçãode publicidade nas

comunidades

20 JANEIRO DE 2009

Deficientes,talentosose afetivosA história de um adolescente queenfrenta as limitações comamor-próprio e perseverança

ucas é um rapazde 17 anos, ex-tremamente co-municativo, ex-trovertido e afe-tuoso. Isso tudo éapoiado por umaboa competência

lingüística. Sua desinibiçãosocial possibilita que ele serelacione muito bem atécom as pessoas que não co-nhece. Seu sorriso é conta-giante e cativante, mas seurosto não é bonito. Ele temcabeça pequena, testa am-pla, olhos distanciados, basedo nariz afundada, lábiosgrossos, queixo pequeno,pescoço alongado e ombroscaídos.

Contudo isso não o im-pede de se sentir bonito:“Essas espinhas estão mefazendo ficar feio!” Eu re-truco: “Mas você está naadolescência e isto é co-mum nesta época”.

Lucas estuda em escolaespecial. Ele tem problemasde aprendizado, dificulda-de de raciocínio abstrato edéficit de habilidades espa-ciais. Seu coeficiente de in-teligência é cerca de 35pontos menor que o damédia dos adolescentes damesma faixa etária.

Lucas adora cantar nocoral da escola e dança asmúsicas do Michael Jack-son. É um talentoso músi-co, mas não consegue exe-cutar as operações aritmé-ticas mais simples. A melo-dia o acalma e torna-seuma necessidade física.“Ele gosta de aprender des-de que não seja matemáti-ca!”, diz sua mãe.

Lucas conversa anima-damente com todos que

Alfredo Castro Neto*

L

Arte A.Santos-fotos: SXC

BRASIL ROTÁRIO 21

Lucas conversa

animadamente

com todos, mas

tende a ignorar

os sinais que

as pessoas

transmitem

para mudar a

conversa ou

mesmo

encerrá-la

conhece, mas tende a ignorar ossinais que educadamente as pesso-as transmitem para mudar o temada conversa ou mesmo encerrar odiálogo. Ele é repetitivo e, às ve-zes, muito “chato”.

Um dia Lucas foi aceito paratrabalhar numa lanchonete fast-food, que empregava tambémadolescentes deficientes.

Certa vez ele perguntou ao ge-rente o motivo de não ser escaladopara fazer os hambúrgueres.

“Você não pode trabalhar nacozinha porque tem deficiênciae pode se queimar”, explicou ogerente.

Lucas não se contentou com estaexplicação e retrucou: “Mas se oseficientes se queimam, por que osdeficientes não podem se queimar?”

O diagnósticoLucas é portador da Síndrome

de Williams, que atinge um a cada20 mil recém-nascidos. Estasíndrome não é hereditária ou cau-sada por fatores ambientais oupsicossociais. Trata-se de uma de-sordem neurocomportamentalcongênita de natureza genética,que afeta várias áreas do desen-volvimento, entre as quais a doaprendizado e da coordenaçãomotora. Há uma perda de partesdos genes localizados no cro-mossoma 7.

Atualmente, existe uma técnicachamada Fish, que permite mostrarcom razoável certeza, por meio deuma simples amostra de sangue, seum exemplar do cromossoma 7está sem o gene da elastina e, por-tanto, se o indivíduo está sujeito àsíndrome.

A elastina é uma proteína quetorna os tecidos flexíveis, e cujaausência está na origem de vá-rios distúrbios. São estes distúr-bios os responsáveis por proble-mas comuns aos portadores daSíndrome de Williams.

A possibilidade de distúrbios car-díacos e outros quadros orgânicosfazem os pais centrarem todas asatenções nesse filho em detrimen-to de seus irmãos.

“É impossível competir com umWilliams!”, disse a irmã de Lucas,uma simpática e inteligente adoles-cente de 14 anos de idade.

Estudos recentes comprovamque a área de totalidade emocio-nal do cérebro – a amígdala – nãoé ativada quando são mostrados aoportador desta síndrome rostos comraiva ou preocupação. É como setodas as expressões das pessoas pa-recessem amigáveis.

Da mesma forma, escapam-lhesnuances que a maioria de nós trans-mite através do rosto, da linguagemcorporal e do contexto. Isso podecausar tristeza e frustração no por-tador da Síndrome de Williams,que, apesar de muito afetuoso, de-monstra escassa compreensão dadinâmica das relações. Em outraspalavras, ele se interessa pelas rela-ções humanas, porém tem poucacompetência social.

Atualmente, os neurocientistasestão reconhecendo que as pes-quisas com a Síndrome de Williamspoderão ser um grande marcopara a compreensão de como osgenes influenciam a inteligênciae a capacidade de construir rela-ções sociais.

Lucas e os outros portadores daSíndrome de Williams não são bo-bos. Eles são diferentes, talentosose ansiosos.

Em tempo: no fast-food, Lucasjá está trabalhando no preparo doshambúrgueres e na organizaçãodas festas infantis.

* O autor é psiquiatra infantil, pro-fessor e membro do Conselho Con-sultivo da Abenepi – AssociaçãoBrasileira de Neurologia e Psiquia-tria Infantil/RJ.

22 JANEIRO DE 2009

Turismo○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Talento em grande escalaCriado por quatro irmãos mineiros, o Museu das Reduções exibe réplicasde monumentos arquitetônicos e luta para manter as portas abertas

� AS REDUÇÕES são acompanhadas de placas informativas e dafoto do monumento original

Farol da Bar-ra foi erguidoem Salvador,na Bahia, du-

rante o século 16. A Igre-ja Nossa Senhora da Gló-ria do Outeiro data doséculo 18 e fica na cida-de fluminense do Rio deJaneiro. A Usina de Mar-

melos Zero, doséculo 19, estáno municípiode Juiz de Fora,em Minas Ge-rais, e o Palácioda Alvorada foiconstruído noDistrito Federal,em Brasília, noséculo 20. Sãomonumentosarquitetônicosdistantes entresi no tempo eno espaço, mas

Neno Vianna/barrocopress

que, de uma maneira especial, po-dem ser observados, junto com ou-tras 25 construções brasileiras, em ummesmo lugar: o Museu das Redu-ções, localizado no distrito deAmarantina, na cidade de Ouro Pre-to, em Minas Gerais.

Eleito pelo Guia Quatro RodasBrasil 2006 a melhor atração do paísna categoria Contribuição Artística,o Museu das Reduções recebe maisde 15 mil visitantes anualmente e foicriado, projetado e totalmente exe-cutado por um quarteto de irmãosmineiros. Mesmo sem possuir qual-quer formação acadêmica nas áreasde engenharia ou arquitetura, Ênnio,Décio, Sylvia e Evangelina Vilhenaproduziram 29 réplicas (entre elas,apenas uma inacabada) de monu-mentos localizados em 24 municí-pios de 15 estados brasileiros. São imi-tações perfeitas, reproduzidas emescala reduzida (1:25), utilizando osmesmos materiais empregados nasedificações originais.

O Museu das Reduções abriu suasportas para o público em março de

Renata Coré*

� A CASA dos Contos éum dos 29 monumentosarquitetônicos brasileirosreproduzidos e expostos noMuseu das Reduções

Fotos: Vicente Abreu

� DETALHE DEuma das saca-

das da Casa dosContos, emOuro Preto

O

� AS REDUÇÕES são acompanha-das de placas informativas e dafoto do monumento original

BRASIL ROTÁRIO 23

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1994. Sua história, no entanto, come-çara a ser esboçada bem antes, háquase 31 anos. Lá pelos idos de 1978,Ênnio, considerado o artesão-morentre os Vilhena, confeccionou sozi-nho a réplica da Igreja das Dores, cujaconstrução original está na cidademineira de Campanha. O que atéentão era encarado como hobby co-meçou a ganhar corpo no momentoem que Ênnio sugeriu aos irmãos oprojeto do museu. Proposta aceita,os quatro Vilhena puseram-se a es-crever para as secretarias de Culturade diversos estados do país, solicitan-do a relação de monumentos edifi-cados. A partir das respostas, lança-ram-se em viagens para conhecer asconstruções, fotografá-las e desenhá-las detalhadamente.

Enquanto o prédio do museu eraconstruído, as reduções iam sendocriadas e executadas em três imóveisalugados, no distrito de Amarantina.Depois de pronto o espaço, as obrasdos irmãos artesãos começaram a serdesmontadas e transportadas para seunovo endereço, onde foram defini-tivamente montadas. “As réplicas me-nores demandavam cerca de 90 a120 dias do início ao fim. As médias,em torno de seis a sete meses, e asmaiores levavam até um ano e meio,com várias idas e vindas aos monu-mentos originais para o completo es-clarecimento das dúvidas”, conta opresidente do Museu das Reduções,Carlos Alberto de Vilhena. Filho deÊnnio, ele é também presidente doRotary Club de Ouro Preto, MG(D.4580) e um dos responsáveis porlevar adiante o projeto dos quatro ir-mãos Vilhena, já falecidos.

InovaçãoPara produzir suas réplicas, os ir-

mãos Vilhena precisaram ir além dos25 anos de pesquisas e viagens peloBrasil, que resultaram em milhares defotografias, desenhos, cálculos e plan-tas. Foi necessário que, valendo-se desuas habilidades manuais e intelec-tuais, desenvolvessem ferramentasespecíficas e técnicas especiais paratransformar os monumentos arquite-tônicos em pequenas obras de arte.Utilizando os mesmos materiais em-pregados nas edificações originais, osartesãos esculpiram à mão uma infi-nidade de elementos em miniatura:grades, lampiões, portões, galos, cru-

zes e sinos de igrejas, máquinase comportas de metais, portas, ja-nelas, balaústres, treliças de ma-deira, marcos de portas e jane-las, colunas, escadarias, imagensde santas, fontes, brasões e coro-as em pedra sabão, engrada-mento de telhados e pequenastelhas de barro, amianto e zinco.As pequenas peças adornam repre-sentações como a Igreja da Pampulha,de Belo Horizonte, a Casa dos Con-tos, em Ouro Preto, a Matriz deNossa Senhora da Conceição, deViamão, a Estação Ferroviária deJoinville, o Museu de Arqueologia deParanaguá, a Fortaleza dos Reis Ma-gos, de Natal, e a Casa de Câmara eCadeia de Mariana. A Igreja de SãoFrancisco, de Ouro Preto, é a únicaréplica inacabada. Todas as obras es-tão expostas em canteiros naturais eagrupadas de acordo com as regiõesdo Brasil.

À exceção de terça-feira, quan-do fecha para manutenção, o Museudas Reduções funciona todos os ou-tros dias, das 9h às 17h, incluindo finsde semana e feriados. Há estacio-namento, lanchonete e loja desouvenires no local e é cobrado in-gresso no valor de R$ 8, com direitoa meia entrada para estudantes, pes-soas acima de 60 anos e rotarianosportando identificação. Geralmente,o museu é visitado por viajantes do-mésticos oriundos de todo o país eapreciadores do turismo cultural. Nosegundo semestre, os estrangeirostambém costumam aparecer por lá.

O passeio pelo Museu das Redu-ções é guiado por alunos do curso deturismo do Centro Federal de Educa-ção Tecnológica local e da Universi-dade Federal de Ouro Preto. Para ori-entar os visitantes há ainda placas in-formativas e fotos dos monumentosoriginais próximo às réplicas. Para asescolas de todo o país que vão conhe-cer as reduções, há um programa es-pecial. “As escolas recebem tratamen-to diferenciado, com visitas guiadas,em que todos os detalhes são repassa-dos aos alunos, com foco no assuntoque a instituição de ensino escolher”,explica o presidente Vilhena. No casode a visita ser voltada para a área dematemática, por exemplo, os estudan-tes receberão explicações sobre razãoe proporção. Se o tema escolhido forgeografia, haverá informações sobre

Eleito pelo

Guia Quatro Rodas

Brasil 2006 a melhor

atração do país na

categoria Contribuição

Artística, o museu

recebe mais de 15 mil

visitantes anualmente

� A EGD do distrito 4770, Aldairde Queiroz Franco, tambémcoordenadora regional da Funda-ção Rotária, foi acompanhadapelo presidente do museu e doRC de Ouro Preto, CarlosAlberto de Vilhena, durantevisita ao espaço

Marcos Rainho

� AS CASAS em estilo enxaimel,típicas de regiões de colonizaçãoalemã, estão representadas noMuseu das Reduções

� ATENTOS AOS detalhes, osirmãos artesãos não deixaram decriar o interior de suas obras

Vicente Abreu

Vicente Abreu

24 JANEIRO DE 2009

Turismo○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

as regiões do Brasil. Quando o inte-resse for história, os alunos ouvirãosobre os ciclos do ouro, da cana-de-açúcar e do café e os cinco séculos dearquitetura representados no museu.

Dificuldades financeirasInstalado em um estado famoso

por suas cidades históricas e atraçõesturísticas, o Museu das Reduções con-seguiu se destacar entre os atrativosculturais da cidade de Ouro Preto,tendo sido referendado pelos ex-mi-nistros Sérgio Rouanet, Aloísio Pi-menta e Paulo Renato Souza, peloprefeito Angelo Oswaldo de AraújoSantos, pelos artistas plásticos CarlosBracher e Yara Tupinambá e pelosescritores Alaíde Lisboa e RuiMourão, dentre outras personalida-des. Apesar da boa aceitação, ape-nas em uma oportunidade o museuobteve apoio, por meio das leis deincentivo à cultura. “Sobrevivemos aduras penas, com as receitas da bi-lheteria, da venda de artesanatos lo-cais e da lanchonete. Estamos tendomuita dificuldade em manter as por-tas abertas”, revela Vilhena.

A precária situação financeira doMuseu das Reduções, somada ao fa-lecimento de seus quatro fundado-res, provocou inclusive o fechamen-to da escola de artesanato que fun-cionava em um prédio anexo ao mu-seu. Na época em que era mantidapelos quatro irmãos, a escola serviapara ensinar algumas técnicas deconstrução das réplicas. Com a sus-pensão de suas atividades, foi trans-formada em uma oficina, que pode

� O MUSEU das Reduções ocupa um prédio próprio, no distrito deAmarantina, em Ouro Preto

ser utilizada nas visitações escolares,quando solicitado. Lá, os estudantestêm a oportunidade, por exemplo, deconfeccionar minúsculas telhas debarro ou tijolos, utilizando as quatrosalas de aula disponíveis.

Mesmo com o Museu das Reduçõesvivendo uma situação financeira queinspira preocupação, o companheiroVilhena não deixa de fazer planos parao futuro da instituição. Sem os fundado-res, o museu conta com dois artesãosque, ainda meninos, fizeram parte daequipe original, para dar assistência emcaso de necessidade de manutenção.Com a conservação das 29 réplicas ga-rantida, o presidente espera fazer aindamais pelo museu, expandindo o legadodos quatro irmãos. “Temos planos de darseqüência, se tivermos condições finan-ceiras”, torce Vilhena. Os admiradoresdo Museu das Reduções estão com osdedos cruzados.

*A autora é jornalista e redatora daBrasil Rotário.

Serviço:Museu das ReduçõesEndereço: rua São Gonçalo,131 – Amarantina – Ouro Pre-to – Minas GeraisTelefone: 31 3553-5182Horário de funcionamento:quarta a segunda-feira, das 9hàs 17hIngresso: R$ 8 (estudantes,pessoas acima de 60 anos deidade e rotarianos identifica-dos pagam meia)

� DETALHEDA Fortalezados ReisMagos, cujomonumentoarquitetônicooriginal estáno EspíritoSanto

� A RÉPLICAda Igreja doOuteiro daGlória, cons-trução doséculo 18, fazparte doacervo domuseu

� FACHADA DA réplica da Igrejada Pampulha e do painel deazulejos de Portinari

� DETALHE DO interior daredução da Igreja da Pampulha,de Belo Horizonte

� OBRA ARQUITETÔNICA doséculo 20, o Palácio do Planaltofoi reproduzido pelos irmãosVilhena

Fotos: Vicente Abreu

BRASIL ROTÁRIO 25

missãohumanitária

os seus oito anos como presi-dente da Aliança Médica In-ternacional (IMA, em inglês),Ines Allen aprendeu muito so-

bre a organização de missões médicasno exterior. Com base em Rancho Mi-rage, Califórnia, EUA, a IMA conduzmissões médicas anuais ao Equadordesde 2000, fornecendo cirurgias gra-tuitas e outros serviços sanitários espe-cializados para mais de 30 mil pacien-tes com diversos males, desde palatofendido até falta de membros.

Mesmo tendo à sua disposiçãomais de 100 voluntários, entre médi-cos, enfermeiras e pessoal de apoio,além de donativos de hospitais locaise o patrocínio financeiro do RotaryClub de Cathedral City, Califórnia, doqual ela é associada, até hoje Ines con-sidera um desafio organizar tais em-preitadas. “Há sempre alguma coisaque nos pega de surpresa,” diz ela.Durante a mais recente missão daIMA ao Equador, em junho, mais desete toneladas de donativos, incluin-do suprimentos médicos, antibióticos,máscaras de oxigênio e outros equi-pamentos essenciais foram retidos porfiscais de alfândega equatorianos, oque impediu as cirurgias nos dois diasiniciais da missão de 10 dias.

“Cada missão traz um novo ensi-namento”, conta Allen; e os organi-zadores aperfeiçoam seus procedi-mentos continuamente.

Eis algumas lições aprendidas porInes Allen, que poderiam ser úteis arotarianos interessados em organizariniciativas semelhantes.

- Procure voluntários no seu clu-be. Antes de criar a IMA, em 2000,Allen recrutou diversos voluntários emorganizações humanitárias com asquais ela já havia trabalhado, inclusi-ve a Flying Samaritans. Mas ao entrarpara o seu clube, ela encontrou umanova fonte de voluntários. “No Rota-ry,” conta, “pode-se achar facilmen-

te pessoas de coração, dispostas aprestar este tipo de serviço voluntáriono exterior.”

- Planeje as suas missões com oapoio do consulado do país que vocêdeseja servir. Allen começou a pes-quisa para a primeira missão da IMAdepois de contatar o consulado doEquador em Los Angeles. Ele forne-ceu nomes e endereços de funcioná-rios do governo, hospitais e fornece-dores médicos, assim como gruposbaseados no Equador que poderiamajudá-la neste tipo de viagem. “Nãoespere que eles façam o serviço pe-sado,” recomenda Allen. “Um con-sulado não está lá para fazer telefo-nemas ou qualquer tipo de serviçopara você.” “Posteriormente,” elaacrescenta, “uma vez que todas aspermissões foram concedidas, eles po-derão ajudar a solucionar problemasespecíficos.”

- Trabalhe com a equipe local daUsaid e do Unicef. Tanto a Usaidquanto o Unicef operam internacio-nalmente. “Eles têm possibilidades decolocá-lo em contato com hospitais e

outras organizações de voluntárioslocais, que podem orientar e infor-mar sobre os desafios a enfrentar eas oportunidades para organizar mis-sões médicas,” relata Allen.

- Mantenha-se em contato comos funcionários da embaixada do seupaís. A IMA tem por hábito fornecerà Embaixada dos EUA os nomes detodos os voluntários das suas missões,para que eles saibam quem está noEquador. As embaixadas tambémpodem oferecer ajuda, em caso deemergência, ou solucionar problemascom funcionários locais.

- Acompanhe a situação polí-tica. Allen teve que reorganizarsuas viagens três vezes, nos últimosoito anos, devido a mudanças re-pentinas do governo equatoriano,que trocou os contatos políticos eno Ministério da Saúde que ela ha-via estabelecido, o que anulou osplanos. ”Cada vez que eles muda-vam o governo,” conta ela, “eu ti-nha que recomeçar tudo de novo,tendo em vista a nossa missão mé-dica seguinte.”

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Como preparar sua primeira

missãohumanitária

26 JANEIRO DE 2009

- Viaje previamente ao paísonde você trabalhará, para se as-segurar que hotéis, hospitais e ou-tras instalações estejam em ordempara acomodar a sua equipe. Certavez, a IMA tinha tudo combinadopara uma missão num hospital mili-tar equatoriano, porém, no últimoinstante, a Força Aérea impediu acontinuação do projeto. Allen teveque se mexer para providenciar queseus voluntários trabalhassem numhospital de outra cidade.

- Tenha sempre um “plano B”.Identifique instalações médicas alter-nativas e acomodações para o casode eventuais mudanças.

- Forneça à sua equipe telefonescelulares locais. Telefones celulareslocais garantem a comunicação comtodos os membros da equipe.

- Tenha recepcionistas no aero-porto e um sistema que permita oremanejamento de voluntários emcaso de perda de seus vôos. Acon-tece. Voluntários perdem vôos e po-dem se perder em países estrangei-ros. Você precisa designar pessoal decontato e motoristas confiáveis, capa-zes de assegurar aos voluntários umachegada segura, mesmo que estes te-nham perdido seus vôos originais.

- Tenha sensibilidade para o tra-to com funcionários locais e equipemédica. O fato de oferecer assistên-cia não dá o direito de fazer exi-gências a funcionários, administrado-res de hospitais ou equipe médica. Énecessário respeitar e seguir as nor-mas do país anfitrião.

- Crie um sistema de vigilânciaque impeça funcionários influentesde se aproveitar da sua missão.Muitas missões médicas concentram-se em oferecer cirurgias e outros cui-dados aos pacientes mais necessita-dos. Contudo, invariavelmente, po-líticos, assistentes sociais ou funcio-nários dos hospitais tentarão usar asua influência para marcar consultasou agendar cirurgias para amigos ouparentes com condições financeiraspara pagar por seus tratamentos.Embora alguns destes casos sejaminevitáveis, é necessário estabeleceruma metodologia que assegure quea sua missão sirva às pessoas neces-sitadas, e que os seus voluntários pos-sam deter o controle das cirurgias ecronogramas de atendimento. Emalguns casos, poderá ser necessárioestabelecer uma equipe compostapor um dos voluntários e um funcio-nário local, para garantir a integrida-

de do sistema, a seleção e tratamen-to dos pacientes.

- Traga consigo os seus própriossuprimentos farmacêuticos, másca-ras de oxigênio e outros equipamen-tos cirúrgicos essenciais. Não sepode confiar que os hospitais locaisdisponham de tudo o que se necessi-ta para cirurgias – máquinas de anes-tesia portáteis, instrumentos cirúrgicosespeciais –, mesmo que eles sejamoferecidos nos entendimentos ini-ciais. Embora seja normal levar de vol-ta para casa equipamentos médicosapós cada missão, espera-se que,muitas vezes, remédios e material des-cartável sejam deixados para uso lo-cal. Em muitos países, é fato comumque os médicos e outros voluntáriosdeixem suas vestes cirúrgicas.

- Assegure-se de que o projetoseja custeado convenientemente.Além de promover campanhas paralevantamento de fundos, contate a

Fundação Rotária e outras organiza-ções para obter subsídios. Emboraos voluntários, muitas vezes, não seimportem em arcar com as despe-sas de passagem aérea, eles podemesperar que lhes sejam oferecidas re-feições e hospedagem em troca doseu tempo e talento. Hospedagem,alimentação e viagens internacionaissão, habitualmente, os maiores cus-tos. O orçamento típico da IMA paracada missão médica, que envolve de50 a 60 voluntários, é de US$ 60mil, incluindo médicos, enfermeiras,técnicos em cirurgia, tradutores e pes-soal de apoio.

- Reserve pelo menos um anopara o preparo de cada missão. Co-mece a planejar a próxima viagemenquanto ainda está envolvido coma presente. Este tempo pode ser usa-do para fazer contatos pessoais comhospitais locais e agentes de saúde quefacilitem a próxima missão.

Marque uma consulta com um especialista em saúde oumédico que tenha conhecimento de viagens internacionais, seissemanas antes da sua partida. Dependendo do seu destino,podem ser necessários vacinas ou outros medicamentos, parao combate da malária, por exemplo.

Confira as recomendações de saúde para viajantes comos Centros Norte-americanos Online para o Controle e Preven-ção de Doenças (U.S. Centers of Disease Control and Preventiononline). Vá ao <www. cdc.gov> e indique o seu destino, paraobter todas as informações pertinentes, inclusive imunizações,remédios a levar para a proteção da saúde, além das precau-ções no país, e os riscos potenciais, como sintomas que se po-deriam apresentar semanas depois do retorno. Pode-se, ain-da, fazer registro para se receber alertas por e-mail.

Empacote um kit de saúde. O CDC recomenda montarum “kit saúde de viagem” – veja o endereço www.cdc.gov/features/travelhealthkit – e sugere manter todos os medica-mentos, em especial as receitas, na bagagem de mão. Dei-xe os medicamentos na sua embalagem original, assinala-dos com uma etiqueta. Leve a receita com as marcas gené-ricas. Em caso de trazer substâncias sujeitas a controle oumedicamentos injetáveis, leve uma anotação no receituáriodo seu médico.

Seja precavido, quando em viagem. O manual do CDC,“Informações de Saúde para o Viajante Internacional”, conhe-cido como “Livro Amarelo”, – consulte o site www.cdc.gov/travel– traz um capítulo sobre comida e água seguras. O consumode alimentos crus pode apresentar riscos; oferecem-se orien-tações de quando se deve evitá-los. Embora os viajantes se-jam precavidos quanto ao consumo de água de torneira,muitos se esquecem de que a natação também pode causarriscos à saúde.

* Texto de Jeffrey Crider. Tradução de Eliseu Visconti Neto

Quatro maneiras de permanecersaudável no exterior

Quatro maneiras de permanecersaudável no exterior

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BRASIL ROTÁRIO 27

Como obter umsubsídio da Fundação

epois de obter um Subsídio Equi-valente que totalizava US$ 12mil, incluindo as contribuiçõesdo clube e do distrito, Zeiss ad-

quiriu a noção do que se deve ou nãofazer, ao se candidatar a um subsídio.Clubes que solicitam um subsídio huma-nitário da Fundação necessitam encontraro parceiro local ideal. Zeiss encontrou oseu, o RC de Kitwe North, ao participarde uma reunião naquele clube.

Os rotarianos podem se valer dolocalizador de clubes, em www.rotary.org, para encontrar os clubes pró-ximos ou da comunidade onde se plane-ja um projeto. Pode-se usar o banco dedados ProjectLINK para encontrar clubesque estejam à procura de parceiro. “Nãose pode ir muito mais longe,” observaZeiss, “porque é necessário ter alguémque conheça a comunidade.”

É igualmente importante encontraroutros parceiros que sejam adequados.Neste caso, a clínica de saúde daZâmbia é operada pela World Vision,com quem Zeiss já havia trabalhadocomo voluntário. “É necessário ter par-ceiros internacionais que saibam o queestão fazendo,” afirma ele. “Deve-seconhecer a qualidade dos parceiros e asua folha de serviços.”

Segundo Robert Lyon, sócio do RC deWheaton, Illinois, é indispensável exami-nar as necessidades da comunidade.

Numa visita a Kabale, Uganda, na qua-lidade de observador da Usaid, ele desco-briu que muitas escolas rurais eram caren-tes de recursos. “Sempre que possível,constate a situação com seus própriosolhos,” afirma ele. “Isto torna muito maisfácil discorrer sobre uma necessidade aoretornar para casa.”

Lyon constatou que havia falta delivros, e que os banheiros eram merasfossas. Os pisos das escolas eram fei-tos de uma mistura de lama, água e es-terco de vaca.

“Isto é conhecido como o cimentodos pobres,” conta Lyon sobre os pisos.“Este tipo de ‘cimento’ é duro, mas con-tém insetos, que causam doenças nos pésdas crianças.”

Um Subsídio Equivalente de US$ 15mil foi obtido. Acrescido à soma de re-cursos do FDUC (Fundo Distrital de Uti-lização Controlada) e das contribuiçõesdo RC de Kabale e dos Rotary Clubs deWheaton, West Chicago e Carol Stream,Illinois, totalizou US$ 34.500, tendo sidoutilizado na aquisição de livros e na ins-talação de banheiros ecológicos e pisosde concreto.

“Envolva outros clubes,” recomendaLyon, “de forma a obter projetos de escalamaior.” O projeto de concessão de subsí-dio pode tomar mais tempo ao incluir maisparceiros, porém o que realmente tornavagaroso o processo é uma requisição in-completa. A Fundação Rotária notificará oclube sobre as informações faltantes econcederá a oportunidade de as fornecer.Mas, quando se trata de um projeto emque o prazo é importante, a demora po-derá liquidá-lo.

Zeiss relata que recebeu a ajuda doseu distrito para instruir o seu pedido. “Elespodem ajudá-lo a aperfeiçoar a idéia e aavaliar o quanto se pode solicitar. É a me-lhor maneira de começar o processo.”

Um outro requisito essencial é se as-segurar de que o seu clube está em diacom os relatórios de projetos anteriormentebeneficiados. Um relatório atrasado ou in-completo poderá servir de motivo para adevolução do atual. A concessão de no-vos subsídios pode ser prejudicada por umaimagem de ineficiência administrativa, jáque os relatórios anteriores estavam incom-pletos ou não reportados.

Finalmente, revela Zeiss, é preciso serpaciente ao trabalhar com um clube emum país que apresenta uma infra-estrutu-ra tecnológica fraca.

“Se os e-mails demoram dois meses,”acrescenta ele, “não desista. Atrasos sãoprevisíveis.”

O esforço compensa. O equipamentofornecido por meio do subsídio solicitadopor Zeiss e seu clube encontra-se na clíni-ca e está operando, revela ele. “Ele mu-dou a forma de tratar aquela gente.”

* Texto de Annemarie Mannion. Traduçãode Eliseu Visconti Neto.

Como obter umsubsídio da FundaçãoQuando Ray Zeiss visitou Kitwe, na Zâmbia, alguns anos atrás, abalou-se com o fato de que cerca de um quarto das jovens do país eram por-tadoras do vírus da Aids. Zeiss, um médico aposentado, sócio do RotaryClub de Wilmette, Illinois, EUA, voltou para casa e pediu ao seu clubeque solicitasse um subsídio da Fundação Rotária para uma clínica mé-dica em Kitwe com equipamentos capazes de detectar a infecção peloHIV. “Eles tinham um programa de diagnose, mas não eram capazes dedeterminar quem precisava ou não de tratamento,” conta ele.

Para agilizar o processo

Não: apresentar pedidosincompletos.

Não: deixar de reportar osresultados de subsídiosanteriores.

Faça: o relatório de qualquerconflito de interesse.

Respeite: os prazos.

Mantenha: a comunicaçãoperiódica com parceiros deoutros países. Mas não peça aoRotary International paratraduzir documentos; ele nãopossui estrutura local para taisserviços.

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28 JANEIRO DE 2009

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Rotarianos que são notícia

O GOVERNADOR2010-11 do distrito4390, Hugo da CruzDórea, recebe doprefeito de Feira deSantana JoséRonaldo de Carvalho aComenda da OrdemMunicipal do Mérito.A honraria é concedidaa personalidades quese destacam naprestação de serviçosà comunidade.

O COMPANHEIRO doRC de Sinop, MT(D.4440) DanielBrosele (à direita)ganhou o título deCidadão Mato-grossense da Câmarade Deputados de MatoGrosso pelo seuempreendedorismo naindústria de alimentos.Na foto, aparecemtambém Rosangela,mulher de Daniel, e odeputado estadualAdemir Bruneto.

A ROTARIANA do RC deIbitinga, SP (D.4480),Marta Franco da Rocha Zani– aqui acompanhada pelomarido José Roberto Zani –recebeu da Câmara Munici-pal local a cidadaniaibitinguense.

POR SUASpesquisas nocampo da agronomia, o rotarianoGeraldo Papa, do RC de IlhaSolteira, SP (D.4480), foi agraciadocom a Medalha Fernando Costa,modalidade ensino, concedida pelaAssociação dos Engenheiros Agrôno-mos do Estado de São Paulo.

FILIADO À OAB há 50 anos,o companheiro José Clóvisde Arruda Pacheco, do RCdo Recife, PE (D.4500),recebe das mãos de JaymeAsfora, presidente daseccional Pernambuco daOAB, a Medalha JoaquimAmazonas.

SARGENTO DAPolícia Militar erotariano do RCde Mar-tinópolis, SP(D.4510), doqual é um dos fundado-res, José Jailson dosPassos recebeu umacomenda da CâmaraMunicipal deMartinópolis comoreconhecimento pelo seutrabalho comunitário.

O COMPANHEIROOleno de MoraesBastos, do RC deSanta Cruz dasPalmeiras, SP(D.4590), foi homena-geado pela CâmaraMunicipal local com otítulo de CidadãoPalmeirense, porindicação do vereadorEdílson Voltarelli (àesquerda).

LOURIVALLOPES Saleselegeu-severeador nomunicípio deRegistro, emSão Paulo, ondejá foi presidentedo RC local(D.4610).

BRASIL ROTÁRIO 29

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Rotarianos que são notícia

RECONHECIDO COMO patrono daSemana Farroupilha, Wilmar Winck deSouza (ao centro) foi homenageado porseus companheiros do RC de Palmei-ra das Missões, RS (D.4660), onde ésócio honorário, e pelas senhoras daCasa da Amizade local.

ASSOCIADOHONORÁRIO do RC deSão Leopoldo-Leste,RS (D.4670), RibeiroPires recebeu aComenda Maria Emíliade Paula da PrefeituraMunicipal de São Paulo ea Comenda Carlos deSouza Moraes da OAB,seccional local. Asdistinções são resultadodo trabalho de Pires àfrente da revista “RuaGrande”, que contabilizamais de 2050 edições.

A COMPANHEIRANoeli Stopassola,do RC de Canela,RS (D.4670), foieleita vereadora.

JOSÉ MARIA AlvesPereira, do RC deCuritiba-Leste, PR(D.4730), foi reeleitovereador.

ILDO ROBERTO Lemos Sallaberry (àesquerda) elegeu-se prefeito de Herval,no Rio Grande do Sul, enquanto LuizAlberto Soares Perdomo foi eleitovereador daquele município. Ambossão sócios do RC de Herval, RS(D.4780).

O COMPANHEIROJoão Rodrigues, doRC de Chapecó-Leste, SC (D.4740),foi reeleito prefeitode Chapecó.

30 JANEIRO DE 2009

CRISE DE ÉTICA?Mesa redonda reúne o ex-ministro Marcílio Marques Moreira e outros

nomes importantes do Rotary para debater o atual momento econômico

THEMÍSTOCLESA. C. PINHOAdvogado commilitância nos ramos dodireito civil e comercial,membro da AssociaçãoMundial de Advogados,atual diretor do RI eescritor. Recebeu todosos prêmios outorgadospela Fundação Rotária

ALEXIS CAVICHINIEditor da revista“Suma Econômica”,escritor, economista,professor de finançasda UFRJ, ex-presidentedo RC do Rio de Janei-ro-Flamengo e atualsócio do RC do Rio deJaneiro

JOSÉ ALFREDOPRETONIEmpresário paulista daárea de informática, ex-diretor e ex-tesoureirodo RI, ex-curadorda Fundação Rotária,presidente daAssociação Brasileira daThe Rotary Foundation

MARCÍLIO MARQUESMOREIRAEmbaixador,professor de direitointernacional, ex-ministro da Fazenda,ex-presidente do Conse-lho de Ética Pública,conselheiro de grandesempresas, sócio doRC do Rio de Janeiro

Capa

OLuiz Renato Dantas Coutinho*

que o novo ano nos reserva? O que ele reserva à nossa instituição, o Rotary? Estas dúvidas nos assaltammais ou menos por essa época. Porém, a crise econômica desencadeada em 2008 fez taisquestionamentos existenciais mais persistentes.

O economista e escritor francês Guy Sorman parecia nadar contra a corrente quando o colapsofinanceiro aconteceu. Enquanto se falava que o neoliberalismo atingira um impasse, que o muro de

Wall Street estava ruindo, e até mesmo que o capitalismo chegava ao fim, Sorman diagnosticava uma histeriacoletiva: “Há 30 anos, você tinha uma economia marxista, outra liberal. Isso acabou. Há um único sistemaeconômico, que é o livre mercado. A economia passou do domínio da opinião ao da ciência humana. Ela nãoé uma ciência perfeita, mas a evolução econômica é agora uma evolução de caráter científico.”

Pode ser. Contudo, muitos paradigmas, como concorda o ex-ministro e embaixador Marcílio MarquesMoreira, cairão sob o efeito daquela segunda-feira de 15 de setembro de 2008.

A partir de meados de outubro, principalmente, a mídia no Brasil e no mundo vem oferecendo seguidascapas para o atual período econômico, e continua a fazê-lo, refletindo expectativas e elaborando perguntas, muitasdas quais ainda sem resposta. Portanto, a Brasil Rotário não poderia fugir ao seu papel, ela que pode se considerar,pela própria natureza da instituição que contempla, o Rotary, um elo entre o capital e o trabalho no Brasil.

Assim é que a revista contribuiu para o debate. Para isso, ela promoveu uma mesa redonda. Moderada porCarlos Henrique de Carvalho Fróes, presidente e editor, e coordenada por seu vice-presidente de operações,Edson Avellar da Silva, reuniu, em torno do embaixador e ex-ministro Marcílio Marques Moreira, ele própriorotariano, três nomes de destaque do Rotary. Eram eles o economista e editor Alexis Cavichini, o ex-diretor doRotary International José Alfredo Pretoni e o seu atual diretor Themístocles Pinho. O tema, lógico, foi a criseeconômica mundial.

E, se de fato, parece que as utopias morreram, e a economia globalizada foge a qualquer controle ideológi-co, por outro, não há como esquecermos aquela matéria milenarmente estudada pela filosofia: a ética. Ela é desuma importância em todas as esferas, inclusive na financeira e econômica. Infelizmente, no mais das vezes,nos momentos que antecedem crises mundiais como a de 2008, a ética se ausenta. Foi essa uma das conclu-sões a que chegou a mesa redonda.

Com vocês, os principais momentos deste encontro.

BRASIL ROTÁRIO 31

Sobre as semelhanças e os contrastesentre a crise atual e a de 1929-33

MMMMMARCÍLIOARCÍLIOARCÍLIOARCÍLIOARCÍLIO – Na década de 20 também houve muita expansão do crédito e omundo parecia voltar à normalidade. E como se expressava esta normalidade? Pormeio da volta ao padrão-ouro, readotado por quase todos os países. Mas, depoisda euforia traduzida nos preços da bolsa, de repente, em outubro de 1929, houvea queda das ações na bolsa de Nova York.

Na seqüência, na década de 30, metade dos bancos norte-americanos tinha falido.Nos EUA, naquele período, o Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviçosproduzidos por um país) se contraiu em 40%, e o desemprego chegou a 25%.

É bem diferente o momento atual, uma vez que mesmo que a situação se tornemais grave, nunca teremos uma contração de 40%. Está se falando em retraçõesde 0,5%, 1%, até 3%. Nos EUA projeta-se um desemprego de no máximo 8%. Ésério, mas de modo algum parecido.

É importante se distinguir que nos anos 30 o Federal Reserve (Fed, o bancocentral americano), criado em 1913, ainda era uma instituição começando a sefirmar. Ele não tinha os instrumentos legais, nem teóricos, e havia uma granderigidez nas políticas monetárias justamente devido ao padrão-ouro.

O presidente atual do Fed, Ben Bernanke, dedicou grande parte de sua vidaacadêmica a estudar a depressão de 1929. As idéias dele estão melhor traduzidasem um livro, “Ensaios sobre a Grande Depressão”, que mostra como os países quepersistiram no padrão-ouro tiveram depressões bem mais acentuadas e mais lon-gas. A Suécia o abandonou já em 1931.

Quando o padrão-ouro é abandonado:o início de um novo paradigma

MARCÍLIO – A França, por outro lado, tinha uma tradição de apego ao ouro. Em1957, minha família morava na Suíça e meu pai resolveu nos levar em viagem aParis. “Que moeda eu levo?”, ele se perguntou. “Ouro.” Então, em um banco daSuíça, ele comprou luíses (antigas moedas francesas de ouro).

Em 1944, os principais países aliados se reuniram para o Acordo de BrettonWoods, quando se criou o FMI e o Banco Mundial. Imaginou-se ali um sistema quenão era mais o padrão-ouro, mas que tinha uma certa semelhança, porque a moe-da padrão ficou sendo o dólar, e o dólar tinha uma ligação rígida com o ouro – aopreço de US$ 35 por onça do metal. E isso foi mantido até 1971, quando houve ochamado Nixon Shock. Ali os EUA desconectam o dólar do ouro; o dólar passa aser uma moeda apenas fiduciária. Os juros, que antes eram fixos, pois a moeda erafixa em relação ao ouro, se tornam flutuantes.

O sistema financeiro internacionalde 1971 ao nosso século

MARCÍLIO – O que é interessante é que, depois que o dólar se transformou emmoeda puramente fiduciária, os bancos passaram a ser os grandes financiadoresdo comércio mundial, inclusive com os chamados eurodólares. Então, temos umperíodo que podemos chamar de “bancarização”. Até 1971 os governos eram osfinanciadores desse comércio.

Em um segundo momento, já tínhamos passado da “bancarização” para asecuritização. Em vez dos bancos ficarem credores, eles vendiam os créditos aterceiros. Essa situação perdurou até a década de 90, quando, da securitização, sepassou, sobretudo neste século, para a derivação, daí os derivativos.

Ao mesmo tempo, as empresas que emitiam esses derivativos – inicialmentebancos comerciais, depois bancos de investimento, na última fase, intermediáriosnão-financeiros – não estavam sujeitas às famosas regras estabelecidas no Acordode Basiléia. Sendo assim, eram papéis novos, pouco compreendidos, sem transpa-rência. Houve, inclusive, uma grande discussão nos EUA se aquilo tudo deveriaser regulado. Havia, ali, vários atores e nenhuma unidade. Ficaram esses derivati-vos surfando sem regulamentação, movidos pelos bancos de investimento, que jánão eram regulamentados. As pessoas depositavam em fundos de curtíssimo prazoem vez de depositar nos bancos... Agentes não regulados manipulavam instrumen-

“É bem diferenteo momentoatual, uma vezque mesmo quea situação setorne maisgrave, nuncateremos umacontração de40%. Estáse falando emretraçõesde 0,5%, 1%,até 3%.”

MARCÍLIO

“Tem que haveruma mudançaradical nopensamento e nocomportamentodos governantes.Isso é fundamen-tal para ficarmoslivres da criseque estamosvivendo.”

PRETONI

32 JANEIRO DE 2009

SUBPRIMES são créditos bancários de alto risco que incluem desde empréstimos hipotecáriosaté cartões de créditos e aluguéis de carros, e eram concedidos, nos Estados Unidos, a clientessem comprovação de renda e com histórico ruim de crédito.

Em março de 2007 o colapso fi-nanceiro mundial teve início nos

EUA, com a crise do subprime1.Com o aquecimento do mer-

cado imobiliário, as financeiras ame-ricanas passaram a confiar demodo excessivo em pessoas quenão tinham bom histórico de paga-mento de dívidas. O bom momen-to econômico de então, com taxasde juros baixas no país e boas con-dições de financiamento, fez osamericanos se endividarem paracomprar imóveis. Os bancos deci-diram transformar os empréstimoshipotecários em papéis e vende-ram a outras instituições financei-ras, culminando em uma perda ge-neralizada. Alguns dos maiores ban-cos dos Estados Unidos anuncia-ram prejuízos bilionários e tiveramde ser socorridos.

Veja abaixo os principais epi-sódios da crise financeira:

Fevereiro/2008: O banco CreditSuisse tem queda de 72% em seulucro líquido do quarto trimestre de2007. Em crise, o banco britânicoNorthern Rock é nacionalizado.

Março/2008: A maior segurado-ra do mundo, a AIG, anuncia per-das de US$ 5,3 bilhões. O JPMorgan compra o Bear Stearns porUS$ 236,2 milhões, ou US$ 2 poração. Um ano antes, o papel eranegociado a US$ 70.

Abril/2008: O banco Wachovia,quarto maior dos Estados Unidos,registra prejuízo de US$ 393 mi-lhões no primeiro trimestre e corta41% do dividendo distribuído aosacionistas.

Maio/2008: A agência de créditohipotecário Fannie Mae anunciaprejuízo de US$ 2,19 bilhões noprimeiro trimestre e também reduzdividendos.

Junho/2008 : O banco norte-americano IndyMac anuncia aquebra.

Agosto/2008: O Tesouro dos Es-tados Unidos avisa que fará o res-gate das agências hipotecáriasFannie Mae e Freddie Mac e ofere-ce garantias de até US$ 100 bi-

tos não regulados por pessoas que não eram muito escrupulosas. Os bancos relaxa-ram muito nas suas funções, e a situação saiu de controle.

Um binômio que redefiniue desequilibrou as finanças

MARCÍLIO – Enquanto isso, criaram-se enormes desequilíbrios financeiros interna-cionais. Pode-se pegar um binômio que é o mais importante desse desequilíbrio;dois casos extremados:

Os EUA passando a ser o grande consumidor mundial, e a China, uma espéciede fábrica do mundo. Vivem uma espécie de simbiose. Os EUA diminuindo suataxa de juros até 1%, o que é estímulo ao enorme consumo, e a China manipulan-do uma taxa de câmbio, com a desvalorização de sua própria moeda, e estimulan-do a produção e a exportação para os EUA.

A China, com os superávits que gerava, acumulava reservas e comprava títulosamericanos até daquelas instituições que financiavam o mercado imobiliário. Ostítulos americanos estavam com juros baixos, pois a China os comprava muito. Osprodutos chineses nos EUA tinham um preço baixo porque o câmbio era manipu-lado. Havia uma enorme facilidade de crédito nos EUA: crédito ao automóvel,crédito imobiliário, crédito sob a forma de cartão.

De repente, esse castelo de cartas ruiu. E os números eram grandes:Os EUA, no período de cinco anos, absorveram 80% da poupança mundial. E

alguns autores mostravam que isso era insustentável.Naquele país, o governo, mais estados, mais municípios, mais empresas, mais

famílias devem 350% do PIB. Somente a União deve cerca de US$ 10 trilhões.

Esta crise global aindaestá muito diferenciada

MARCÍLIO – O importante a dizer é que se trata de uma crise do sistema financeiroglobal, cujo detonador foram os subprimes1, mas você tem uma crise parecida nocartão de crédito, no financiamento do automóvel... É todo um sistema que estáem jogo.

É igualmente importante acrescentar que temos crises cíclicas, e que muitasdelas não surgiram de crises financeiras. Tivemos o estouro da bolha da informática,por exemplo (ver boxe na página 35). Contudo, quando começa de uma crise decrédito, essas depressões são mais profundas e duradouras.

Aparentemente, a crise financeira mais grave foi superada. Agora está vindo acrise econômica em termos de uma desaceleração muito séria das finanças. Ocomércio mundial caiu muito; o crédito para exportação está paralisado. Váriospaíses já estão na crise, e a partir de outubro ela chegou ao Brasil. Em reunião com14 empresários, eles me mostraram que a partir daquele mês começou o impactoreal na economia daqui.

Mas a crise chegou no país ainda muito diferenciada. Há alguns setores queestão bem, como o setor de cimento. Outro caso: Brasília tem muitos funcionáriospúblicos, de modo que lá as vendas estão boas.

Os setores que estão sofrendo mais são os de automóveis, de aço, deagronegócios. Para se ter uma idéia, as distribuidoras de aço sofreram uma quedano movimento físico de 50%. A tonelagem do laminado quente, que estava emUS$ 1.200, foi reduzida a US$ 500. Um grande número de usinas de álcool estáenfrentando dificuldades com pagamento de salários. Na área de automotores, asgrandes distribuidoras tiveram também uma queda de 50%. Até na área de refri-gerantes houve uma redução de 3%, 4%.

Está se prevendo problemas fiscais e orçamentários para os governos federal,estaduais e municipais. As empresas estão revendo seus orçamentos.

Então, há uma grande dúvida, até mesmo ética, do governo, do meio empresa-rial, de como transmitir isso ao público sem criar pânico. Por outro lado, não pode-mos esconder que em 2009 precisaremos viver mais cautelosos, mais apertados.Precisaremos deixar de comprar. Estamos, sim, em um momento difícil.

Os mesesdecisivospara a crise

BRASIL ROTÁRIO 33

lhões para as dívidas de cada umadelas.

Setembro/2008 : O bancoLehman Brothers pede proteção àlei de falências e ocasiona a maiorqueda nas bolsas dos Estados Uni-dos desde os atentados de 11 desetembro de 2001. O terceiro maiorbanco britânico, o Barclays, anunciaque vai adquirir o conjunto das ativi-dades norte-americanas e a sededo gigante dos investimentosLehman Brothers, por US$ 1,75 bi-lhão. O banco central dos EUA, oFederal Reserve, nacionaliza a se-guradora AIG, concedendo-lhe umcrédito de US$ 85 bilhões em trocade 79,9% de seu capital.

� Os seis principais bancos centraisdo mundo anunciam uma “medidacoordenada” com a injeção de bi-lhões de dólares no mercado finan-ceiro para enfrentar a falta deliquidez.

� O Merrill Lynch é vendido ao Bankof America por US$ 50 bilhões.

� Após a liberação do Fed para setransformar em um banco comer-cial, o banco Morgan Stanley con-gelou as negociações para umafusão com o também americanoWachovia.

� O Fed volta a intervir no mercadoe injeta US$ 20 bilhões no sistemafinanceiro do país para aumentar aliquidez.

� A crise se agrava com a quebrado sexto maior banco americano,Washington Mutual (WaMu), e avenda de suas atividades bancá-rias ao banco JPMorgan Chase porUS$ 1,9 bilhão.

� O Congresso dos EUA fecha acor-do sobre pacote econômico, que li-beraria US$ 700 bilhões para socor-rer o setor financeiro.

Outubro/2008: A crise chega aoBrasil.

PRETONI E Marcílo: consenso em relaçãoàs prioridades que o governo precisa ter

Talvez seja a opor-tunidade de se revercertos padrões deconsumo, de se reveressa relação entre asociedade civil e ogoverno, que gastamuito. No que se re-fere à Previdência,quase 3% do PIB sãogastos investindo-seno passado e não naeducação. Falta in-vestimento na infra-estrutura humana –saúde, educação –,que está deteriorada.

É o momento denós repensarmos, edos EUA fazerem o mesmo. Devemos rever prioridades, sem tirar do mercadoessa enorme capacidade de criatividade e produção. Sem matar isso, mas oreequilibrando. Precisamos fazer do Estado um elemento realmente regulador emoralizador. Teríamos um retrocesso se enfraquecêssemos as agências regulado-ras. Há anos temos projeto de lei para um marco regulador, e até o momento semsolução. São reformas estruturais e estruturantes inconclusas. Estamos no meio docaminho, no meio do caminho sempre. Devemos criar um ambiente de negóciosfavorável no âmbito público e privado. Temos que participar desse esforço mundi-al, afinal nos beneficiamos bastante da inserção na economia global.

Brasil: mudanças necessárias nopensamento político e nas prioridades

PPPPPRETRETRETRETRETONIONIONIONIONI – Diante dessa crise toda, não vamos resolver o problema público semtratar o problema do ponto de vista ético. Não podemos continuar o aumentofictício e temporário de uma renda para uma camada da população. Essa políticatravou o investimento em médio e longo prazo.

O governo continua pensando na próxima eleição e não na próxima gera-ção. Decisões precisam ser tomadas. Talvez sejam necessárias pressões paraacordar o governo.

Eu vejo a seguinte orientação: concessão de crédito para carro, indústria... E aárea de serviço, que é de onde eu venho? Ela é a maior empregadora do Brasil.Sim, 60% dos empregados brasileiros vêm da área de serviços. Se houvesse umestímulo de reduzir o peso da folha de pagamento, de criar condições para tirar dainformalidade um contingente muito grande de pessoas... Seriam as formas maisfáceis e mais rápidas de se gerar empregos e promover condições socioeconômicasdignas a essa imensa parcela de trabalhadores.

Porém, as atitudes que estão sendo tomadas não são suficientes para fazer fren-te ao que poderá vir por aí. Tem que haver uma mudança radical no pensamentoe no comportamento dos governantes. Isso é fundamental para ficarmos livres dacrise que estamos vivendo.

Isso é uma crise de ética dos banqueiros internacionais. É uma crise de ética detoda a estrutura financeira internacional. É uma crise de ética dos países desenvol-vidos. Eles não se importam com a qualidade de vida do resto do mundo, que estásofrendo exatamente pela irresponsabilidade do que está acontecendo lá.

Então, dentro dessas circunstâncias, sinto-me profundamente preocupado como pouco que se investe no país em educação.

O Rotary International e a FundaçãoRotária durante a crise financeira

PRETONI – Na época em que eu era tesoureiro do RI, nós tínhamos um orçamento que erabaseado em 65% da renda proveniente da per capita. Tínhamos um retorno de royalties, dealuguéis e de rendimento vindo das aplicações de mercado em torno de 10 a 15%. �

34 JANEIRO DE 2009

Na Fundação Rotária, a mesma coisa,sendo que a grande concentração de in-vestimento era de ações de companhiasamericanas; algo em torno de 55%. Ou-tros 25% vinham de empresas não locali-zadas nos EUA, e 5 a 10% em renda fixaou bônus do governo americano.

O programa Polio Plus está totalmen-te em renda fixa. Tanto assim que, háquatro anos, quando houve perdas nabolsa, o Polio Plus teve um rendimentopositivo.

O que está acontecendo hoje?Tínhamos uma reserva operacional de

125%, que passou a 100%, e atualmenteé de 85%, investida em renda fixa no

mercado. Nós poderemos ter que recorrer a essas reservas, porque o rendimentoesperado em torno de 15 a 20% ao ano não virá em 2009, por conta das desvalo-rizações das ações e do rendimento delas. Se você pensar em termos de FundaçãoRotária, o valor é muito maior. O orçamento do Rotary estava em torno de US$ 80milhões. Isso é o que estava investido na época. Na Fundação Rotária, entre todosos fundos, hoje são US$ 800 milhões; na época eram US$ 500 milhões.

Eu estava em Evanston (sede do Rotary International) quando houve o estouroda bolsa nessa crise. Na ocasião, o secretário-geral do RI, Edwin Futa, distribuiuuma carta relatando a posição em que nós estávamos.

Então, já havia uma perda acentuada naquele período, mas que eram perdasnão realizadas. Eram desvalorizações de ações, que aconteceriam caso elas fos-sem vendidas. Esse fato se deu no dia 29 de setembro. Depois, as coisas pioraramainda mais, mas eu não creio que o Rotary vá precisar se desfazer, a curto prazo,de algumas ações. A reserva financeira do Rotary é suficiente.

Agora, quais as conseqüências no mundo rotário? Você sabe que com qualquertremor de terra, dificuldades com empresa, dificuldades domésticas, o rotarianosai do clube. Não acontece isso por conta da mensalidade; são simplesmente aspreocupações conjunturais.

E com relação à Fundação Rotária, que trata de contribuições voluntárias, éclaro que, infelizmente, deverá haver uma redução, mesmo com todos os incenti-vos que temos de fazer. O mundo começou a botar o pé no breque. Não tínhamossentido isso, mas estamos sentindo agora. O processo vai evoluir de modo maisacentuado. Nesses próximo seis meses teremos uma imagem correta dessa crisedentro do mundo rotário. Esperamos não estar diante de uma tsunami financeiradestruidora.

Evidentemente, em termos operacionais, o dinheiro está lá. Os valores em açãotambém estão lá. Mas, a partir do período rotário 2009-10, continuaremos a ter asper capitas, que esperamos não sejam diminuídas, já que os custos poderão seraumentados. E talvez ainda continuemos sem a complementação dos 10 ou 15%dos rendimentos obtidos no mercado, e que normalmente se necessita no orça-mento de despesas do Rotary. É esse o panorama que temos.

Por isso, conclamo todos os rotarianos para que não deixem o Rotary, pois é justa-mente em época de crise que devemos fortalecer ainda mais a nossa instituição.

Quanto ao futuro dos programase do quadro social do Rotary?

TTTTTHEMÍSTHEMÍSTHEMÍSTHEMÍSTHEMÍSTOCLESOCLESOCLESOCLESOCLES P P P P PINHOINHOINHOINHOINHO – A primeira informação que o Rotary forneceu foiexatamente essa: a organização teve, por enquanto, prejuízos operacionais nãorealizáveis. E procuraram explicar o que é isso.

Assim, só se viermos a alienar alguma das ações que compõem a nossa carteiraé que poderemos ter prejuízo.

Por enquanto, nesse particular, o Rotary não tem problemas, pois suas reservasestatutárias sequer foram utilizadas, e o orçamento do ano vem se comportandodentro dos seus parâmetros previstos.

Quanto à Fundação Rotária, e os US$ 100 milhões que a Fundação Bill e MelindaGates nos passou, todo esse dinheiro está em obrigações do Tesouro Americano.Toda a parte do Polio Plus está garantida.

“No passado, játivemos quesuspender o 3H,que era umprograma acimade US$ 500 mil.Então, não estáfora de cogitaçãotermos que reveras iniciativas.Por quê?Porque asreceitas sebasearam eminvestimentos.”

THEMÍSTOCLES PINHO

THEMÍSTOCLESPINHO, CarlosHenrique Fróes eEdson Avellar

BRASIL ROTÁRIO 35

Muitos estudiosos acreditam quea situação econômica mundial é

oriunda de um fênomeno que come-çou nos anos 70: a expansão docrédito e a contração das instituiçõesreguladoras do mercado, tendênciasque se agravaram na década se-guinte. Quanto à primeira “bolha”,ela teria acontecido justamente noinício daqueles anos 80:

1982 – Crise bancária em escalaglobal após o surto de emprésti-mos internacionais que dominouos anos 70.

1986 – Crise do setor de poupançae empréstimos nos Estados Unidos.

1987 – Derrocada dos seguros acarteiras de investimento. O crashde 19 de outubro daquele ano, comuma queda história da bolsa deNova York (foto acima), fez comque muitos pensassem na vinda deuma outra grande depressão. Osmais pessimistas se enganaram.

1994 – Falência do banco de in-vest imento americano KidderPeabody.

1997 – Crise dos mercados emer-gentes.

1998 – Moratória russa. Quebrado banco japonês Long-Term CapitalManagement.

2000 – A bolha da internet: aspalavras mágicas naquele momentoeram interatividade e networking.Milionários surgiam num clique. Jor-nalistas abandonavam suas carrei-ras para ganhar até 10 vezes maisem paraísos ponto-com. A bolha ge-rou trilhões de dólares em investi-mentos na internet, mas, por fim, oque se testemunhou foi um quadrode falências generalizadas no setor.

Assim, podemos concluir que não haja problemas em relação às finanças doRotary International com esse dinheiro.

Com relação às reservas, é o que o Pretoni falou. O Conselho de Legislação de2007 aprovou a redução das nossas reservas de 100 para 85%. É o que nós temos:disponibilidade de gastar e manter esses 85% de reserva.

De outra parte, no mesmo conselho, foi aprovado o aumento da per capita,que anualmente, durante três anos, terá um acréscimo de US$ 1. E o que esseaumento da per capita está fazendo? Por enquanto, toda essa per capita está co-brindo as despesas de serviço do Rotary. Tivemos uma queda em nossos investi-mentos, mas não precisamos usá-los. Temos uma reserva. E a Fundação Rotáriaestá com o seu montante principal, que é do Polio Plus, aplicado na forma já men-cionada.

O problema que surge é em relação aos programas. Como eles ficarão? Porque,normalmente, os programas da Fundação e do Rotary estavam sendo desenvolvi-dos à base dos resultados provenientes dos investimentos.

Numa primeira etapa, não há qualquer modificação, mas já há a idéia de umarevisão. No passado, já tivemos que suspender o 3H, que era um programa acimade US$ 500 mil. Então, não está fora de cogitação termos que rever as iniciativas.Por quê?

Porque as receitas se basearam em investimentos. A receita ordinária garanteas despesas ordinárias, mas as despesas com atividades devem sofrer mudanças. Acoisa ficou nesses termos. Todos nós estamos na expectativa.

Em resumo, a única queda real aconteceu nos investimentos. Naqueledia, 29 de setembro, perdemos US$ 8 milhões.

A mim me preocupa o que vai acontecer com o mundo rotário. Somoshoje 1,2 milhão. Daqui a um ano quantos seremos?

Outra questão: há uma iniciativa do Conselho Diretor do RI de proporum novo aumento da per capita. Se a situação econômica se mantiver nosatuais patamares, ninguém aprovará essa resolução.

Mercado muito manipuladoendossa distorções da informação

CCCCCAVICHINIAVICHINIAVICHINIAVICHINIAVICHINI – Os americanos estavam demorando muito a tomar deci-sões. Por quê? Porque mesmo para essa crise, como disse o embaixador MarcílioMarques Moreira, o Banco Central americano não detinha mecanismos para en-trar em outras instituições que não fossem bancárias. O negócio cresceu muito, sóque os bancos de investimento estavam fora de controle. Eles não tinham comoajudar diretamente os bancos.

Toda essa crise foi muito rápida e demandou muito dinheiro. Os america-nos entraram tarde e isso deixou que o processo se tornasse mais crítico ainda.Fizeram uma besteira que é deixar um grande banco quebrar; algo que não sedeve deixar acontecer. Não sei o que aconteceu... Talvez tenha sido uma for-ma de se pressionar o governo americano para liberar os recursos que elesprecisavam...

MARCÍLIO – Um dos grandes problemas também é que a corrida aos bancos eraalgo muito diverso no passado: as pessoas corriam para os estabelecimentos ban-cários e faziam filas ali. Primeiro, hoje a ação se mostra instantânea. Segundo, elase dá pela internet. Nos dias atuais, você tem uma economia e uma sociedade emcadeia; as informações são repassadas em rede de forma ampla e veloz, e somassão transferidas assim. A rapidez é tão alta que a autoridade não tem tempo deagir. O banco Lehman Brothes quebrou mais ou menos em uma noite.

CAVICHINI – O Washington Mutual faliu em três dias, através da internet.

MARCÍLIO – O Merrill Lynch em um fim de semana.

PRETONI – O problema é cair na crise de confiança.

CAVICHINI – Exato, tanto assim que crédito vem do latim, creditu, queetimologicamente significa justamente isso: crença, confiança. Nosso sistema estátodo ele baseado no acreditar. No momento em que o crédito desabou, o dinhei-ro que se tinha começou a ficar estagnado.

O que eu avalio para a economia americana? Sem dúvida, esse é um momento

Algumas nuvensnegras dopassado recente

.

36 JANEIRO DE 2009

* O autor é jornalista e redator da Brasil Rotário. Fotos: Sérgio Afonso.

difícil, com uma economia desacelerando, mas não estou vendo nada de recessõestão profundas.

Quanto ao Brasil, outro dia eu estava lendo os jornais, e fiquei impressiona-do com a declaração de um distribuidor de aço. Ele dizia que vamos ter aquiuma queda na produção global de aço de 30%! Ou ele está maluco, ou estoumaluco eu, porque nós estávamos tendo uma economia crescendo ao ritmo de5, 5,5%. Neste ano, se ela desacelerar, irá para 3,5 a 4%. Se as vendas deautomóveis ficarem no mesmo patamar de 2008, vai se vender tanto aço quantoneste último ano.

Então, por que esperar uma desaceleração e uma queda de vendas de 30%?

MARCÍLIO – Eles estão projetando o que aconteceu em outubro. A produção deaço caiu em 50%.

CAVICHINI – Porque eles estão muito estocados.

MARCÍLIO – Não, porque, por exemplo, toda a área de cana estava comprando açopara fazer tanques de armazenamento, e eles pararam ao mesmo tempo. A indús-tria automobilística fez a mesma coisa.

CAVICHINI – Estou projetando para este ano, não em cima do mês de outubropassado. Na pior das hipóteses, vende-se o mesmo número de carros que se ven-deu no ano passado.

MARCÍLIO – Na melhor das hipóteses.

CAVICHINI – Será difícil que o país tenha, neste ano que começa, uma queda doPIB. Eu sou otimista. Vejamos o caso do setor agrícola: com o dólar acima de R$ 2,está todo mundo ganhando bastante dinheiro na agricultura. Exceto o pessoal dacana-de-açúcar. O pessoal da carne também está ganhando dinheiro.

MARCÍLIO – O setor de carne é uma exceção.

CAVICHINI – O setor de grãos também está ganhando. O que eu vejo é um merca-do muito manipulado. Alguns grupos estão jogando muitas informações negativasmais para baixo. Quem alugou ações para fazer a venda a descoberto, e as estávendendo, tem ganhado muito dinheiro e vem trabalhando negativamente a im-prensa a seu favor. A situação é difícil? É. Mas não é esse trauma todo. O momentopior aconteceu no final de setembro.

MARCÍLIO – O momento financeiro sim, mas a parte econômica ainda vem aí, nomundo todo.

CAVICHINI – Concordo que teremos um ano pior, porém não será esta catástrofetoda. Para o Brasil será menos dramático.

“Neste ano, sea economiabrasileiradesacelerar,irá para3,5 a 4%.

CAVICHINI

“Será difícil queo país tenha,neste ano quecomeça, umaqueda do PIB.Eu sou otimista.”

CAVICHINI

O que fazer a partir de agora?

MMMMMARCÍLIOARCÍLIOARCÍLIOARCÍLIOARCÍLIO – Alguns paradigmas vão mudar, muito por conta de uma questãoética que se impõe. Isso porque o sistema de remuneração de todo o sistemafinanceiro americano, que foi copiado inclusive pelo Brasil, era muito agressivo ebeirava o não-ético. A desmedida sempre leva à marcha da insensatez.

Porém, não corremos o risco de um desmanche da economia. Temos que estarconscientes, sim, de que podemos passar dois ou três anos apertados. Nós vivemoscinco anos de bonança global, então, no momento em que o mundo todo se retrai,da mesma maneira que nos beneficiamos, vamos compartilhar essa retração.

Temos que estar conscientes de que é bom rever orçamentos familiar, empre-sarial, do terceiro setor, sobretudo cortando custos fixos. É importante dar ênfaseaos programas, aos projetos. É ter muito claro o sentido de prioridade. O quequeremos realizar? E ter uma constância.

Já tivemos muitas crises nos últimos vinte anos. Aprendemos a administrar cri-ses. O que nós não aprendemos foi aproveitar oportunidades. A própria crise trazuma oportunidade de reflexão. Não será fácil, mas não é algo para perdermos osono, e sim para, durante o dia, trabalharmos um pouco mais, economizar e gastarcom o que for prioritário, com o que for investimento. São essas as minhas reco-mendações para a Família Rotária e para todos.

ALEXIS: CRENÇA nopoder de regeneraçãodo mercado

BRASIL ROTÁRIO 37

José Alfredo Pretoni*

ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation

� A Associação Brasileira da TheRotary Foundation (ABTRF) foicriada para abrir as portas e faci-litar a contribuição das PessoasJurídicas no Brasil (como empre-sas, instituições, fundações, asso-ciações e outras), ou seja: todasas que tenham CNPJ e estejamregistradas na Receita Federal...

� A ABTRF é registrada no Mi-nistério da Fazenda e no Minis-tério da Justiça como Organiza-ção da Sociedade Civil de Inte-resse Público (Oscip), e que tem,portanto, em certas circunstân-cias, benefícios fiscais para quemcontribui com ela...

� Como a ABTRF é uma Oscip,as Pessoas Jurídicas que operamcom Lucro Real poderão fazersuas doações descontando até 2%de seu lucro operacional comodespesa operacional, reduzindoassim a base de cálculo para de-terminar o imposto de renda a serpago...

� A ABTRF também pode rece-ber contribuições de outras em-presas ou instituições que nãooperam com Lucro Real, ou quesejam organizações não-lucrativas– mas, nesses casos, não haveráo benefício fiscal...

� No ano de 2007, a ABTRF pa-trocinou, entre outros, os seguin-tes projetos: Projeto Energia So-cial, uma parceria entre o RC deBelo Horizonte-Pampulha e o RCde Betim com o Canadá; ProjetoPreservação Ambiental, do RC deGarça Azul; Projeto de InclusãoSocial, dos RCs de Lajeado e deAveiro-Portugal; Projeto Caráter

Conta, do RC de Joinville; ProjetoCursos Profissionalizantes, do RCRJ-Guanabara e da Alemanha; ProjetoCozinha Industrial, feito pelos RCs deSantos e de Los Angeles-EUA; Proje-to Automóvel para a Rede Femininade Combate ao Câncer, dos RCs deNaviraí e de Jackson Hole-EUA; Pro-jeto de Inclusão Digital, dos RCs deSanto André-Norte e do SpaceCenter-EUA; Projeto de Apoio Finan-ceiro aos Filhos de Lavradores de Vi-tória da Conquista, na Bahia, criadopelos RCs de Vitória da Conquista ede Westminster-Inglaterra; Projetode Subsídios de Alimentação para osalunos da Escola Padre Dr. Franciscoda Mota, uma parceria entre o RCRJ-Guanabara e a Alemanha...

� Até o último dia 30 de setembro, aABTRF teve associados a ela os se-guintes valores (em reais):

RECEITA TOTAL – 1.304.911,20Doações – 1.165.684,20Rendimentos/aplicações – 139.227,00

DESPESA TOTAL – 847.913,72Pagamentos de projetos – 753.670,11Despesas operacionais – 94.243,61Despesas legais – 65.285,09Custos operacionais – 28.958,52

DEPÓSITOS EM BANCOS – 456.997,58

� Considerando-se o dólar rotáriovigente em setembro de 2008, co-tado a R$ 1,60, a ABTRF (em ter-mos de arrecadação média anualnos últimos três anos) supera o quefoi arrecadado, no ano rotário2007-08, por mais de 260 distritosrotários do mundo, individualmen-te. Isto mostra a enorme poten-cialidade da ação empreendidapela ABTRF...

� A ABTRF recebeu contribuiçõesde mais de 50 empresas derotarianos e de não-rotarianos, deassociações distritais etc...

� Como a ABTRF está ligada à Fun-dação Rotária do RI, as doaçõesque ela recebe são feitas como quediretamente à Fundação Rotária –e, portanto, todo o sistema deReconhecimento da FundaçãoRotária (como títulos de Compa-nheiro Paul Harris, Benfeitores,Major Donors, Arch KlumphSociety etc.) é válido também paraa ABTRF...

� A ABTRF tem sua diretoria exe-cutiva constituída por mim, comopresidente; pelo ex-diretor do RIHipólito Sergio Ferreira como vice-presidente; e pelo nosso atual di-retor do RI, Themístocles AméricoCaldas Pinho, como diretor...

� A ABTRF espera e tem a certe-za de que todos os rotarianos enão-rotarianos brasileiros partici-parão como seus contribuintesatravés de suas empresas, pois elestêm a certeza de que seus proje-tos serão realizados, de que as fi-nanças serão bem administradas ede que sua responsabilidade soci-al perante suas comunidades seráum fato plenamente exeqüível...

� Vamos trabalhar, portanto, parao engrandecimento do nossoBrasil, juntando-nos à AssociaçãoBrasileira da The Rotary Foun-dation.

* O autor é EDRI e presidente daABTRF – Associação Brasileira daThe Rotary Foundation.

Vocêsabia que...

38 JANEIRO DE 2009

Aldair de Queiroz Franco e Altimar Augusto Fernandes

Coordenadores Regionais da Fundação Rotária para as

Zonas 20 (Norte), e 19A e 20 (Sul), respectivamente

uito se fala da crise econômica mundial.Ela existe e é séria. Muitos que a discu-tem pouco sabem da economia das fa-mílias, a economia que realmente nos

importa, rotarianos que somos, homens e mulheresque olham mais além de nós mesmos.

As famílias que vivem no remoto Brasil nada sa-bem de bolsa de valores, de índice Dow Jones, deíndice Bovespa. O que as afeta é ter ou não ter águalimpa para beber, alimentos diariamente, uma vidasaudável e um mundo em paz.

As crianças de rua, 100 milhões delas em todo omundo, precisam de um teto e de alfabetização. Acada 3,6 segundos, uma pessoa morre de fome nomundo; 75% delas são crianças.

O que pode ser feitoNós podemos ajudar muito através da nossa con-

tribuição anual de US$ 100 per capita à FundaçãoRotária. Com US$ 100, é possível adquirir, por exem-plo, dez redes protetoras contra mosquito. Tratadascom inseticidas, essas redes são capazes de proteger

POÇO CONSTRUÍDO pelo Rotary em Níger, naÁfrica; criança sendo imunizada contra a pólio naÍndia; e ponte destruída na cidade de Blumenau, emSanta Catarina: se o mundo apresenta desafios emdiversas regiões, os rotarianos podem ajudar commuitas soluções

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Rotary Images Wilson Dias/ABr

A Fundação Rotáriae a economiaA Fundação Rotáriae a economia

BRASIL ROTÁRIO 39

Coluna do chair da Fundação Rotária

Promova onossotrabalho

JONATHAN MAJIYAGBEPresidente do Conselho de

Curadores da Fundação Rotária

e o público em geral tivesse plena consciência deapenas metade do bom serviço que a nossa Fun-dação Rotária desempenha, eu tenho certeza de

que estaríamos repletos de contribuições e sócios emperspectiva. Por isso, uma das metas para o atual anorotário é trabalhar junto ao Rotary International paramelhorarmos nossa imagem pública. Mas como pode-mos alcançar esse objetivo?

Uma das formas é trabalhar com a mídia local paradar publicidade aos nossos projetos humanitários. De-vemos nos assegurar de que os membros das comuni-dades onde estamos inseridos saibam que a FundaçãoRotária e os rotarianos locais são co-responsáveis poraquele poço d’água que foi construído, por aquela clí-nica de saúde ou escola. Divulgue os projetos interna-cionais patrocinados por seu clube com os subsídiosda Fundação Rotária. Convide a mídia local para co-nhecer uma equipe de IGE em visita ao seu clube oualgum intercambiado que esteja estudando na sua co-munidade. Todos nós temos histórias inspiradoras paracontar. Precisamos compartilhá-las com os outros.

20 crianças na África, continente onde quase to-das as crianças não têm camas individuais emsuas casas, compartilhando seus leitos com ou-tros meninos e meninas. É por isso que cada redeprotege duas crianças.

Com outros US$ 100, é possível adquirir 167doses da vacina combinada que protege con-tra a poliomielite e também contra o sarampo.

Com US$ 1.000, podemos fazer 25 próte-ses no Egito ou 20 cirurgias de catarata na Ín-dia, ou ainda uma cisterna para coletar águada chuva no Nordeste brasileiro. Bebendo águalimpa, 4.000 crianças são salvas da morte todosos dias. A empresa norte-americana PepsiCo vaidoar US$ 5 milhões para subsidiar projetos des-tinados a fornecer água limpa e tratamento deesgoto sanitário na América Latina, na Ásia ena África. Associe-se a estes esforços para com-bater a mortalidade infantil.

O clube que queira desenvolver um proje-to para fornecer água limpa e tratamento deesgoto sanitário deverá elaborá-lo mostrandocomo a comunidade será beneficiada, o quevai melhorar em termos de saúde e de me-lhoria econômica. O site do Water & Sanitati-on Rotarian Action Group <www.wasrag.org>disponibiliza outros detalhes a respeito desseassunto.

Durante a pré-convenção do Rotary Inter-national, no dia 19 de junho, em Birmingham,na Inglaterra, haverá um novo encontro de cú-pula para tratar destes tópicos.

Desafios no BrasilTemos ainda uma tarefa árdua para ajudar

a resolver aqui no Brasil: milhares de desabri-gados, crianças órfãs, pais “órfãos” de filhos,famílias atingidas de muitas formas por umatorrente de imprevistos nos estados de SantaCatarina, Espírito Santo e em outras regiõesonde as calamidades atmosféricas assolam to-dos os anos.

Particularmente em Santa Catarina, os rota-rianos do distrito 4650, região mais afetadapelas chuvas diluvianas de novembro, estão re-cebendo recursos através de uma conta ban-cária da governadoria e por ela controlada. Foidisponibilizada uma conta do Banco do Brasil(agência 0095-7, c/c 18309-1) para o recebi-mento de recursos destinados a socorrer as ví-timas. Qualquer valor se somará a outros alidepositados.

Nossa trajetória não é escrita para nós, maspor nós. Marquemos a nossa. Contribuamos,sempre que houver necessidade, para salvarvidas.

Com nossa contribuição, estaremos realizan-do inúmeros sonhos de pessoas que perderamtudo. E esta é a economia que conta: a que salvavidas, fornecendo o básico a quem nada tem.

S

Em anos recentes, graças ao papel desempenhadopelo Rotary em favor da erradicação da pólio, a pre-sença da Fundação Rotária no cenário internacionalcresceu enormemente. É tempo de fazer com que asnossas realizações sejam divulgadas em âmbito local.Janeiro é o mês da Conscientização Rotária, uma épo-ca ideal para manter as nossas comunidades informa-das sobre as muitas realizações da Fundação Rotáriavoltadas ao bem do mundo.

40 JANEIRO DE 2009

Se você tem 50 anos de Rotary

ou mais, envie sua foto sozinho

para a Brasil Rotário:

� E-mail:[email protected]

Endereço postal:

Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar

Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006

O companheiroHélio Falchi, doRC de SãoPaulo, SP(D.4610)completou 50anos de Rotaryem outubro.

Rotariano há 56anos, AdelinoMendes Melges foium dos fundadoresdo RC dePompéia, SP(D.4510) em 1952.

O EGD Hilton DácioTrevisan é sócio-fundador do RC deCuritiba-Oeste,PR (D.4730). Elecompletou 50 anosde vida rotária em2008.

Outro companheirodo RC de Curitiba-Oeste, PR (D.4730)Omar Rachid Fatuchtambém completou50 anos de clube.Com um detalhe: elevem mantendo 100%de freqüência.

Dilceu Walbach com ahomenagem querecebeu do RC deSão José dosPinhais, PR (D.4730)por suas cinco décadasno clube.

Aos 93 anos de idade, ocompanheiro ErnestoFaoro ainda é um dosmais atuantes do RC deCaçador, SC (D.4740)que ele ajudou a fundar há60 anos, e onde mantém100% de freqüência.

Alcides Araújo éassociado há 60 anosdo RC de Natal, RN(D.4500), clube doqual foi presidente em1961-62 e ondemantém freqüência de100%.

Associado do RC deCaruaru, PE(D.4500) o EGDSebastião Bernardinoda Silva completou 50anos de vida rotária nodia 23 de dezembro.Ele é mais um homena-geado nesta ediçãocom 100% de freqüên-cia em seu clube.

BRASIL ROTÁRIO 41

A Seu Serviço

Escritório do RI no BrasilHome page:http://www.rotary.org.br

EndereçoRua Tagipuru, 209 São PauloSP – Brasil – CEP 01156-000Te l : (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575Horário: 2ª a 6ª,de 8h às 17h

GerenteCelso Fontanellicelso.fontanel l i@rotar y.org

Quadro Social (Assistênciaaos Governadores deDistrito e aos Clubes)Carlos A. Afonso -car los.afonso@rotar y.org

Supervisor daFundação RotáriaEdilson M. Gushiken<[email protected]>

Supervisora FinanceiraSueli F. Clemente<suel i .c [email protected]>

Encomendas dePublicações, Materiais eProgramas AudiovisuaisClarita Ureyclar [email protected].: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575

Rotary InternationalSecretaria (Sede Mundial)1560 ShermanAvenue,Evanston,Il 60201 USAPhone: 00-21-1847 866-3000Fax: 00-21-1847 328-8554Horário: 8h30 às 16h45(horário de Washington)

O RC de Chicago está disponibilizando 20 mil itens doseu acervo em uma galeria online. Estão lá fotos, corres-pondências e outros escritos de sócios vips como PaulHarris, Chesley Perry e Silvester Schiele. Outras curiosida-des que compõem a coleção são as atas do conselho dire-tor do clube, que remontam a 1920, um álbum de recor-tes de Perry, uma coleção de documentos sobre mulhe-res no Rotary, do período de 1921 a 1995, e outros im-portantes registros como atas e boletins dos primeiros anos.

Richard McKay, ex-presidente do clube e secretário-tesoureiro do Rotary Global History Fellowship (RGHF), esua esposa doaram mais de US$ 40 mil para deslanchar oprojeto. O endereço do site do RC de Chicago éwww.rotaryone.org

Um realinhamento dos limites zonais irá vigorar a partirde 1º de julho, com o objetivo de promover maior equi-líbrio na seleção dos diretores do RI nas 34 zonasrotárias.

Uma vez que os diretores são indicados por zonas, osestatutos do RI recomendam que todas elas tenham omesmo número aproximado de rotarianos. Determinam,ainda, que o Conselho Diretor reexamine a situação daszonas rotárias ao menos uma vez a cada oito anos.

Os números do desenvolvimento do quadro soci-al se modificaram significativamente desde o últimoajuste dos limites das zonas, em 1995. Por exemplo,os quadros sociais dos clubes da Áustria, Belarus, Re-pública Checa, Alemanha, Hungria, Romênia eEslováquia cresceram 48% entre 1996 e 2006. Poroutro lado, o quadro social do Japão involuiu em 25%e muitas regiões dos EUA experimentaram um levedeclínio.

Em 2002, o Conselho Diretor nomeou comitês paraestudar a estrutura zonal e fazer as devidas recomen-dações. No ano passado, foram aceitas as propostas derealinhamento.

Informe doRI aosrotarianos

Informe doRI aosrotarianos

CONVENÇÃO NACIONAL dos RCs,em 1911, no Oregon: uma mulher nadelegação do RC de Chicago

Conselho realinha os limites zonaisConselho realinha os limites zonais

RC de Chicago coloca seu passado no arRC de Chicago coloca seu passado no ar

Quantos Somos

� No MundoRotarianos: 1.220.580; Clubes: 33.268; Distritos: 534;

Países e regiões: 208; Rotaractianos: 169.855; Clu-bes: 7.385; Países: 164; Interactianos: 269.985; Clu-bes: 11.695; Países: 131; Núcleos Rotary de De-senvolvimento Comunitário: 6.436; Voluntários:148.028; Países: 77; Número de Rotarianas: 189.434.

� No BrasilRotarianos: 52.249; Clubes: 2.309; Distritos: 38. Ro-taractianos: 14.030; Clubes: 610; Interactianos:

15.893; Clubes: 691. Núcleos Rotary de Desenvolvi-mento Comunitário: 256; Voluntários: 5.888. Núme-ro de Rotarianas: 9.748.

Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil.

42 JANEIRO DE 2009

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Interact & Rotaract

OS INTE-GRANTES doInteractClub deSaltinho, SP(D.4310)estiveram nazona rural domunicípio e,como parteda Campanhado Agasalho,distribuíramroupas parafamílias de moradores. Em outra oportunidade, oex-presidente Renan Henrique Sandalo e o presiden-te Renan Pazzette Libardi foram escolhidos JovensDestaque e homenageados pelo RC local.

COM Oapoio doCentro deFormação daCriança e doAdolescente,o InteractClub deGetulina,SP (D.4480)plantou 900 mudas de árvores na nascente deMacucos, distrito de Getulina, retomando o projeto dereflorestamento anteriormente realizado com o RClocal. Em outras oportunidades, os jovens tambémtrabalharam na campanha de vacinação contra apoliomielite, quando venderam adesivos com osdizeres Todos Contra a Pólio em prol do programaPolio Plus, participaram de uma palestra sobre turismocom a ex-interactiana Camila Valenciano Rocha,obtiveram junto à Câmara Municipal local a aprovaçãoda data de 28 de junho como Dia do Interactiano eorganizaram uma festa para crianças do município.

OS JOVENS do Rotaract Club de Olímpia-Integração, SP (D.4480), com a ajuda de inte-grantes da Casa da Amizade local, promoveram umminivestibular para alunos do ensino médio dequatro escolas públicas da cidade. O projeto UmaViagem Através da História serviu como treinamen-to para o vestibular e os estudantes classificadosnas dez primeiras posições foram premiados comuma viagem à cidade de São Paulo, onde visitarampontos turísticos, como o Museu do Ipiranga, oMemorial do Imigrante e o Mercado Municipal. O ROTARACT Club de Lavras, MG (D.4560)

foi reativado nos últimos meses e seus integrantestrabalharam na Corrida Rústica do Banco do Brasil.Na foto, os jovens estão acompanhados do presi-dente do RC local, Emerson Nonato (de amarelo).

EM PARCERIA com a Polícia Militar local e a colaboraçãoda secretaria de Saúde e da prefeitura municipais, oInteract Club de Divino, MG (D.4580) realizou oprojeto Interact Contra a Dengue. Divididos em três grupos,os jovens distribuíram panfletos, colaram cartazes ealertaram a população sobre a doença.

O ROTARACTClub de

Paranaguá-Rocio, PR

(D.4730)completou dezanos de funda-

ção e comemorou a data em uma reuniãoconjunta com o RC de Paranaguá.

BRASIL ROTÁRIO 43

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� A numerosa fa-mília Bloch, oriundade uma remota al-deia ucraniana, che-gou ao Brasil em1922, guiada pelopatriarca – o tipó-grafo judeu Joseph– e praticamentesem nada. Em seupaís de origem, o clãenfrentara a Primei-ra Guerra Mundial, as perseguições doczar e a opressão dos bolcheviques. NoBrasil, o pequeno ganha-pão de Josephfoi transformado pelos filhos, principal-mente Adolpho, em um império de co-municações que abrangeu emissoras derádio e TV, gráfica, editora de livros edezenas de publicações periódicas,como a revista semanal “Manchete”.

Neto e xará de um dos irmãosKaramabloch – epíteto cunhado peloescritor Otto Lara Resende para se re-ferir a Bóris, Arnaldo e Adolpho –, o es-critor e jornalista de “O Globo”, ArnaldoBloch, abraçou a idéia de resgatar e con-tar a saga de sua família. Catástrofespessoais e coletivas, reviravoltas, em-preendimentos ambiciosos e lutas fra-

Os irmãos Karamabloch

Ascensão e queda de umimpério familiar

Arnaldo BlochCompanhia das Letras

tricidas estão na obra, com depoimentostanto dos protagonistas da história comodas mulheres mantidas à sombra dosgrandes feitos.

BRASIL ROTÁRIO: Qual foi omaior desafio ao contar a históriade sua própria família?ARNALDO BLOCH: Como quis fazerum livro imparcial, o maior desafio foimanter suficiente admiração para não cairna vã maledicência, e suficiente senso crí-tico e humor para não esbarrar no laudató-rio. Adicionado a isso, quis ser objetivo osuficiente para contar uma história real comespírito jornalístico, e ao mesmo tempoabrir espaço para o imaginário, o lendárioe a emoção (uma “realidade” mais abran-gente), compondo um romance. Finalmen-te, o desafio de encontrar um tom com ojeitão da “família” (família no sentidomaior, consangüíneo, de amigos, funcio-nários, inimigos e agregados) e uma ca-dência que tornasse o livro ágil.

Nos sete anos de pesquisas parao livro, qual descoberta mais o sur-preendeu?� A descoberta de que muita coisa que agente pensa que é ficção é, na verdade, amais pura realidade. A lenda do tesouroenterrado ao pé de uma macieira. A cida-de de Jitomir se revelando aos meusolhos como contavam os antepassados.Os reclames da gráfica em 1900. Deta-lhes de Adolpho nos tempos do cas-sino. Umas fitas gravadas de uma dasanciãs da família quando o livro já estava

quase pronto causou uma revolução nasua estrutura. Mas é difícil apontar umadescoberta. Escrever um livro assim éuma aventura diária, as descobertas semultiplicam, os personagens vão se re-velando... melhor ler o livro e descobrirjunto comigo!

Possuindo o olhar de membroda família e também de pesqui-sador, como vê a importância doimpério Bloch para a imprensabrasileira?� “Manchete” foi um divisor de águasem termos de qualidade gráfica e de in-vestimento em grandes reportagens.Mudou a cara das revistas nacionais eempregou milhares de profissionais quelá se formaram, muitos deles depois par-tindo para outros desafios e fazendo his-tória, além, é claro, de ter deixado pági-nas preciosas de grandes nomes quecolaboraram com os títulos da casa,como Rubem Braga, Nelson Rodrigues,Fernando Sabino, Carlinhos de Oliveira(que começou lá!), Paulo Mendes Cam-pos, Raimundo Magalhães Jr. e tantose tantos outros, além de uma geraçãode fotógrafos que fizeram época e a he-rança de obstinação e visão de futuro deAdolpho Bloch. Há, porém, um legadocomplexo, muito mais abrangente que afigura de Adolpho ou o império “Man-chete”: o legado construído por quemtrabalhou lá, o legado de convivência,de histórias, de um tempo de vida, e umlegado de luzes e sombras, humano, fon-te inesgotável.

O novo paradigma para osmercados financeiros

A crise atual e o que ela significaGeorge Soros

Agir� Na visão de GeorgeSoros, um dos investi-dores mais bem-suce-didos do mundo, a atu-al crise financeira inter-nacional possui umapeculiaridade em rela-ção a momentos críti-cos anteriores: marcao fim de uma era deexpansão de créditoque se baseava no dó-lar como moeda inter-nacional. Para reverter a situação, o dire-tor do Soros Fund Management sugere ateoria da reflexividade, por ele criada.

A reflexividade já fora abordada no li-vro “A alquimia das finanças” e Soros de-cidiu voltar a ela, na tentativa de oferecê-la“como uma oportuna percepção sobre osmercados financeiros”. No entanto, a teo-ria vai além da área financeira e trata dasrelações entre pensamento e realidade,postulando que conceitos e interpretaçõesequivocados são fatores determinantes docurso da história. Com isso, o autor põe

em dúvida a teoria do equilíbrio, segundoa qual o mercado tende a equilibrar-se porsi só e os desvios são acidentais.

A viagem do elefanteJosé Saramago

Companhia das Letras� Em seu mais novolivro, José Saramagonarra a viagem de umcerto Salomão, queno século 16 cruzoumetade da Europa,indo de Lisboa a Vie-na, por extravagân-cia de um rei e umarquiduque. O tal vi-ajante, como o títuloadianta, é um elefan-te e, por mais insóli-to que o enredo possa parecer, partiu deum fato histórico. Dom João 3º, rei dePortugal e Algarves, resolvera, numa noi-te de 1551, presentear com um paquider-me o arquiduque austríaco Maximiliano2º, genro do imperador Carlos 5º e entãoregente da Espanha.

“A viagem do elefante” é o primeirolivro de Saramago depois do autobiográ-fico “Pequenas memórias”, de 2006. Nele,o Nobel da literatura cria uma ficção emque personagens reais de sangue azul en-

contram-se pelos caminhos da Europacom chefes de exército que quase vão àsvias de fato e padres que querem exorci-zar Salomão ou pedir-lhe um milagre.

Cinco anos de minha vidaMurat Kurnaz

Planeta� O jovem turco-ale-mão Murat Kurnaz foimantido preso por en-gano durante cincoanos em Guantánamo.No início de outubrode 2001, ele viajara aoPaquistão para fre-qüentar um curso so-bre o Alcorão e, pou-co antes de retornarpara casa, foi presodurante um controlede segurança e vendido por US$ 3.000 àsforças armadas dos EUA, que buscavamterroristas possivelmente envolvidos comos então recentes atentados de 11 de Se-tembro. Na base norte-americana em Cuba,viveu mais de 1.600 dias de interroga-tórios, torturas, isolamento e humilhações.Solto em 2006, Kurnaz então descobre queos órgãos oficiais alemães já sabiam desua inocência há tempos, embora não te-nham providenciado sua volta.

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Autores rotarianos

O Rotary Petrópolis e a suacidade nos últimos 80 anosAntônio Eugênio de Azevedo Taulois

Independente� Para comemo-rar os 80 anos defundação do RCde Petrópolis,RJ (D.4570),completados noano passado, oex-presidente eex-governadorassistente Antô-nio Eugênio deAzevedo Tauloisescreveu um livro que é uma contri-buição para a história do rotarismona Cidade Imperial. Além de relem-brar acontecimentos, a obra procu-ra mostrar o ideal rotário em ativi-dade em Petrópolis, trazendo tam-bém um retrato do clube hoje e umaperspectiva para o futuro da insti-tuição. O livro corresponde à pri-meira etapa de um trabalho maisamplo, que envolve as três unida-des rotárias da Serra Fluminense.

Conselhos que recebiEmerson Nonato Silva

Independente� O presiden-te do RC deLavras , MG(D.4560), Emer-son Nonato Sil-va, colheu diver-sos pequenosconselhos aolongo da vida eos reuniu nesselivro, publicadoem formato de bolso. Os ensina-mentos, que o autor agora compar-tilha com seus leitores, são idéiassimples, que vão do conhecimentotécnico à prática.

Um novo tempo em RotaryRealizemos os Sonhos

Benedito Olegário ResendeNogueira de Sá

Independente�Escrito pelo EGD Benedito Ole-gário Resende Nogueira de Sá, olivro é uma homenagem aos 65

anos do RC deTaubaté, SP(D.4600), com-pletados em2008. Na obra,o autor refere-se ao passado,presente e futu-ro do movimen-to rotário.

Malba Tahan visita São Luíse outras histórias

José Cloves Verde Saraiva

Independente� Em sua tercei-ra edição, o livrodo companheiroJosé Cloves Ver-de Saraiva, ex-presidente do RCde São Luís,MA (D.4490),resgata a impor-tância de MalbaTahan, pseudô-nimo do escritor Júlio César deMello e Souza, e relembra a via-gem do autor de O homem que cal-culava pela capital maranhense. Aobra também traz uma coletâneade artigos relacionados à matemá-tica e informações sobre a cidadede São Luís e a cultura árabe.

Construindo o futuroatravés da educaçãoDo Fortran à internet

Tércio Pacitti

Thomson� O livro do com-panheiro TércioPacitti, associa-do do RC doRio de Janei-ro, RJ (D. 4570),desenvolve umhistórico da in-formática, déca-da a década, des-de os anos 40até os dias de hoje. Ao longo demais de 400 páginas, o autor narraacontecimentos como os primeirostempos do ITA, quando o curso deengenharia da Aeronáutica se se-parou do IME, e a semente da Em-

braer, além de outros projetos pio-neiros no Brasil e no exterior. Ofuturo da informática também écontemplado na obra e, para escre-ver sobre esse tema, o companhei-ro pesquisou idéias de jovens pro-fessores de importantes institui-ções norte-americanas, como oMIT e as universidades de Berke-ley e Stanford.

Os rotarianos que se comprome-terem a ler o livro poderão obtê-logratuitamente. Para primeiros es-clarecimentos, telefonar para a se-cretária Deborah (21) 2516-1851.E-mail: [email protected]

Jornalismo: primeiros passosLuiz Maranhão Filho

Editorial Jangada� Profissional demídia impressa,rádio, TV e cine-ma em atividadehá 60 anos, ocompanheiroLuiz MaranhãoFilho, do RCde Olinda, PE(D.4500), rece-beu o prêmio Ro-quette Pinto pelo livro Memória dorádio. Autor de diversas obras e pro-fessor universitário há 35 anos, elelança agora a publicação voltadapara os profissionais que se iniciamna carreira jornalística.

Meu primeiro picoléJosé Francisco da Silva Concesso

Independente� Coletânea decrônicas, con-tos e ensaiosescritos porJosé Franciscoda Silva Con-cesso, compa-nheiro do RC deAraguaína, TO(D.4530), o livroretrata episódiosvividos pelo autor entre os anos de1945 e 2004. As histórias tiveramcomo cenário quatro cidades distin-tas: Rio Espera e Burnier, em Mi-nas Gerais, Valença, no Rio de Ja-neiro, e Roma, na Itália.

BRASIL ROTÁRIO 45

46 JANEIRO DE 2009

RC DO Rio de Janeiro, RJ – Através deum projeto de Subsídios Equivalentes da

Fundação Rotária no valor de R$ 94.178,00, feitocom a parceria do RC de Hümmling zu Sögel, daAlemanha (D.1850) e dos RCs de Copacabana, Riode Janeiro-Glória, Rio de Janeiro-Ipanema e Riode Janeiro-Lagoa, inaugurou uma oficina ortopé-dica na Associação Brasileira Beneficente de Reabi-litação (ABBR), no Rio. A oficina está sendo destina-da à confecção de cadeiras de rodas, andadores, ca-deiras de banho e muletas. O projeto também pos-sibilitou a aquisição de uma cabine para pintura euma estufa para pintura eletrostática. A ABBR é umdos mais importantes centros de reabilitação do país.Gerida sem fins lucrativos, em seus 54 anos de his-

DDDDD..... 45704570457045704570 tória a associação beneficiou mais de 280 mil paci-entes. Hoje, a ABBR atende aproximadamente 2.500pacientes todos os dias.

Com os recursos de outro projeto de SubsídiosEquivalentes da Fundação Rotária, novamente reali-zado com a parceria do RC de Hümmling zu Sögel,e também do RC do Rio de Janeiro-Urca, o RC doRio de Janeiro fez a doação de instrumentos musi-cais para a formação da Orquestra Sinfônica da Es-cola de Música da Rocinha. O projeto, que vai be-neficiar 600 alunos carentes e mobilizou um totalde R$ 42.568,50, permitiu a compra de clarinetes,contrabaixos, flautas transversas, trombones, umatrompa, trompetes, violas, violinos e violoncelos,além de um computador e de acessórios.

COMPANHEIROS,VISITANTES e equipeda ABBR diante dacabine de pintura, umdos equipamentosadquiridos peloprojeto

O RC do Rio deJaneiro e o RC do

Rio de Janeiro-Urcaentregaram

instrumentosmusicais

Dois projetos, vários resultadosDois projetos, vários resultados

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DDDDD..... 43104310431043104310OS RCs de Piracicaba-Cidade Alta e Piracicaba-

São Dimas, SP, entregaram 653 kg degêneros alimentícios não-perecíveis ao Progra-ma Banco de Alimentos da prefeitura munici-pal, em que estão cadastradas 23 instituiçõesassistenciais. Os alimentos foram arrecadadosna entrada do espetáculo de teatro “A Vida éSonho”, apresentado pelo grupo Adid deTeatro – Associação para DesenvolvimentoIntegral do Down.

RC DE Sumaré, SP – Em parceria com aprefeitura municipal e o Hemocentro daUniversidade Estadual de Campinas, o clubevem promovendo campanhas de doação desangue no segundo sábado de cada mês. Otrabalho começou há quatro anos e, desdeentão, já foram arrecadadas aproximadamente1.770 bolsas de sangue, em uma média de 46bolsas por campanha.

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RC DEMaceió, AL – Para comemorar o Dia Interna-cional da Alfabetização, o clube presenteoucom 62 dicionários de língua portuguesa dasEdições Poliglota a Escola Rotary, que atendea um total de 900 alunos nos turnos da manhãe tarde e a 150 no período da noite. Na mesmaoportunidade, os companheiros entregaram àescola livros doados pelo RC de Maceió-Ponta Verde.

O DISTRITOrealizou seu 1ºSeminário deImagem Públicae LiderançaDistrital, noauditório doSindicato das Empresas de Transporte dePassageiros do Espírito Santo, em Vitória,onde estiveram presentes 85 rotarianos, alémde visitantes. O evento foi iniciado com aleitura de uma mensagem especialmenteenviada pelo coordenador para a AméricaLatina do Comitê de Imagem Pública doRotary, EGD Fernando Quintella, e seguiu compalestras dos companheiros Yosadara Cunha,Denise Vieira Gonçalves, José DomingosRabello, Celso Siqueira e Carlos Bressan, alémdo diretor de Recursos Humanos da RedeGazeta, Helder Luciano. Foram abordadostemas como o que é notícia; o Rotary é notícia,sim; habilidades em comunicação e liderançaem Rotary – estilos de liderança, entre outros.

RC DE Guarujá-Vicente deCarvalho, SP – O clube preparou

uma feijoada beneficente com a qual arrecadouverba para a compra de 12 cadeiras de rodas.

RC DE Santos-Vila Belmiro, SP – Oscompanheiros levaram os alunos de caratê doRumo ao Esporte, projeto mantido pelo clube,para o 1º Passeio Ecológico ao Parque Estadu-al da Serra do Mar, no núcleo Itutinga-Pilões.No evento, patrocinado pela empresa PortoSeguro e pelo Sindicato dos Trabalhadores emTransportes Rodoviários de Santos e Região,as crianças acompanharam uma aula sobre aimportância da preservação do meio ambiente.

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DDDDD..... 45004500450045004500 RC DE Caicó-Cente-nário, RN – Está desen-

volvendo o projeto Pintando o 7 – UmOlhar Sobre a Natureza, que atualmentecontempla filhos de rotarianos epretende abrir inscrições para pessoasda comunidade em geral. Na foto, aartesã Maria Júlia, seus alunos, opresidente do clube, Edvaldo Carlos, e,à esquerda, o vice Abias Neto.

RC DEMairiporã, SP– No Bosque daAmizade deMairiporã,promoveu o 12ºFestival da Pipa(foto), quereuniu cerca de400 pessoas.Outra ação: oclube arrecadou e doou cerca de 300 livrosà biblioteca pública do bairro de Terra Pretae à biblioteca da Escola Estadual HermelinaAlbuquerque Passarella.

RC DEParanatinga,MT – Na foto,momento dadiplomação deoficializaçãodo clube. Apartir daesquerda: AnaAngélica Bragae seu marido,

Antonio Carlos Braga, presidente do clube; MaristelaZancanaro Queiroz, presidente da Associação de Senhorasde Rotarianos, e seu marido, Nildo Lima Queiroz, governa-dor 2007-08 do distrito; e Nabor Romancini, governadorassistente do mesmo período. Uma primeira ação doParanatinga foi a entrega de cadeira de rodas a um adoles-cente de família carente. O clube também se mobilizoupara apoiar a 24ª Festa do Peão e a 15ª Expopar, cujasrendas foram revertidas em brinquedos para cerca de1.400 crianças de creches municipais. Além disso, aorganização de um jantar dançante teve como resultado100% da sua renda doada à Fundação Rotária.

RC DECampoGrande-Pantanal,MS – Aconte-ceu o 17ºRYLA, queteve a partici-pação de 128jovens, entre

estudantes de Campo Grande, Aparecidado Taboado, Chapadão do Sul eintercambiados. O tema foi “O Jovem eSeu Futuro Profissional”, e contou tambémcom o apoio logístico da Aeronáutica e doExército. A abertura do evento teve aspresenças dos EGDs Olímpio CrisóstomoRibeiro e Carlos Alberto Freire, do governa-dor assistente, Elvio Gusson, e do presiden-te do clube, José Ricardo Buchara Martins.

RC DEJales, SP –Promoveu a21ª Festa doMotorista,que reuniumilhares depessoas napraça dacidade emdois dias deshows. O acontecimento incluiu umencontro de caminhoneiros e teve aparceria de emissoras de rádio daregião. Os companheiros de Jales, assenhoras da Casa da Amizade local einteractianos foram responsáveis pelaorganização, pela busca de patrocínios,parcerias e pelo cumprimento de todasas exigências legais da festa. A rendaobtida beneficiou, além da FundaçãoRotária, as seguintes entidades locais: oLar dos Velhinhos, o Albergue Noturno,a Associação de Assistência à Criançade Jales, Associação de Voluntários noCombate ao Câncer e a Pastoral daSobriedade.

RC DEParnaíba-

Igaraçu, PI – Lançou revistacomemorando os 30 anos doclube e registrando a suatrajetória. Na foto, o atualpresidente Walter de CarvalhoSoares e o companheiro JoséWellington Cardoso de Andrade.Pela mesma época, foi homena-geado o comerciante FranciscoFontenele de Oliveira pela suacontribuição ao desenvolvimen-to da região.

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RC DECajazeiras,

PB – Comemorando 60 anosde fundação, o clube promoveua aferição de pressão arterial edoou mudas de árvores.

RC DE Cândi-do Mota, SP –

Oficializou a criação do seuRotakids durante reuniãofestiva. O novo clube tem 33sócios, com idades entre 6 e11 anos. Outro registro foi apalestra com a educadoraElianeth Dias Hernandes paracelebrar o Dia Internacional daAlfabetização.

RC DE BeloHorizonte,MG – SuapresidentePatrícia FariaGonçalvesentregou aComenda Archimedes Theodoro aoEGD José Sebastião de ArcoverdeRabêlo, que aparece aqui com amulher Cristina Maria (à direita).

RC DESamambaia,DF – Esteve àfrente da Ruado Lazer,iniciativa quelevou recrea-ção e lanchespara ascrianças dobairro Sa-mambaia Norte, no Distrito Federal. Na mesmaépoca o clube apresentou o Projeto FogãoSolar ao RC de Águas Lindas de Goiás, sede daFundação de Rotarianos de Brasília. Maisrecentemente, os companheiros doarammaterial de construção e fogão industrial para aCepai e promoveram palestra contra as drogaspara 230 professores e alunos.

RC DE Ribeirão Preto-Jardim Paulista, SP – Aí esta a

equipe que trabalhou na venda de camisetas,bonés e tíquetes para o McDia Feliz e para oGrupo de Apoio à Criança com Câncer deRibeirão Preto. Na foto, além da presidente doclube, Maria Augusta Carvalho, aparecem osseguintes EGDs: Valter Merlos e Célia, JoséCarlos Carvalho e Cidinha, AdalbertoMenegazzo e Sueli; e Oswaldo Pinto de Carva-lho. Também presente o casal governador dodistrito Antônio Marchiori e Rita.

RC DE SãoGonçalo doSapucaí,MG – Fezalmoçobeneficentepara o AbrigoTransitório da cidade. A açãotornou possível a ampliaçãodo imóvel e a compra decamas e computadores.

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RC DE Jacareí-Avarehy, SP – A

companheira deste clube, MariaEloísa Paiva Grecco, esteve à frenteda organização do 22º RYLA. Oevento teve como patrono o EGDNewton Camargo Moraes e reuniu100 jovens, representando os clubesdo distrito.

RC DE SãoPaulo, SP –Realizou a 5ªedição doProjetoRumo –

Profissões Técnicas, que contou com asparcerias do Senac, Senai e Espro. Naocasião, cerca de 200 jovens (foto) tiveramoportunidade de receber orientações profis-sionais, técnicas e pedagógicas. Tambémcom o apoio do Espro, cujo presidente é ocompanheiro Octavio de Godoy, aconteceuseminário sobre drogas, gravidez na adoles-cência e DSTs-Aids.

A COMISSÃOde Educação eAlfabetizaçãodo distritorealizou o 2ºSeminárioDistrital deAlfabetização.O objetivo eratrazer informa-ções sobre otema e inspirar,entre rotarianos e não-rotarianos,iniciativas para cursos de alfabetiza-ção nas comunidades.

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RC DA Barra da Tijuca, RJ – Sua Comis-são de Administração produziu fórum sobre

desenvolvimento, expansão e retenção do quadro social. OsEGDs Edson Avellar da Silva e Joper Padrão do EspíritoSanto foram, respectivamente, o expositor e o moderador doevento. Na foto, a partir da esquerda, o presidente da comis-são, Cláudio Elias, Edson Avellar, o presidente do clube,Fernando José de Campos Pinto, Joper Padrão, a compa-nheira do RC do Rio de Janeiro-Avenida Ayrton Senna, LeilaEspósito, e o governador do distrito, José Roberto Lebeis.

RC DEMariana, MG– A sócia desteclube, WilmaMirandaBarbosa,participou deuma missão emNairóbi, noQuênia, levandoatendimentoodontológico. A missão contou coma presença de onze países e 71voluntários. Além de Wilma, repre-sentaram o Brasil Izumi Sacuma, doRC de Presidente Prudente, SP,Cilene Frias, do RC de Piracicaba,SP, Patrícia Andrade, do RC deAmericana-Carioba, SP, e seu paiWaldir Andrade, do RC de Juiz deFora, MG.

RC DELimeira-Norte, SP –Homenageoua professoraMaria NegroLencioni.Muitoquerida na

cidade, ela aparece na foto com ex-alunos,sócios do clube.

Foto: Lyncoln da Matta

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RC DE Avaré-Jurumirim, SP – Homena-geou professores, que receberam livro deautoria de Priscila Figueiredo de Toledo. Elarepresentará o distrito durante o Intercâmbio deGrupo de Estudos na Índia. Pela mesma época,o clube também homenageou o funcionalismopúblico. Mais recentemente, o clube organizouo Rock Pró Vida, em que seis bandas seapresentaram na Concha Acústica de Avaré,para divulgar informações sobre a doação deórgãos. Na data, houve vacinação emonitoramento de pressão arterial.

RC DE Santa Cruz do RioPardo, SP – Os companheirospatrocinaram um dia de alegriapara o Lar das Crianças. Houvefesta e distribuição de lanches edoces.

RC DEMaringá, PR –Levou ainformatizaçãopara todas asbibliotecaspúblicas dacidade. Isso foi

possível graças a dois projetos deSubsídios Equivalentes, que envolve-ram o clube, a Fundação Rotária, o RCde Santiago del Estero, Argentina(D.4800), e, no segundo projeto, o RCde Jonesboro, EUA (D.6150).

RC DE AssisChateaubriand, PR –

Participou ativamente da Expo Assis2008, dirigindo restaurante. Cercade duas mil pessoas foram atendi-das, sendo a renda revertida paravárias instituições, entre elas aADAV e a APAE.

RC DE Quedas do Iguaçu,PR – Aqui o presidente doclube, Ari Steinheuser, ao ladodos intercambiados SarahPenso, 15 anos, e PietroGuilherme Zílio, 17. Ela estáem Cracóvia, na Polônia, e eleem Niagara-on-the-Lake, noCanadá.

RC DE Itapoá,SC – Temprotagonizadodiversas ações.Juntamente comempresas dacidade, arreca-dou e doouagasalhos paraa comunidade. Na mesma época criou o Banco Ortopédico,com a aquisição de cadeiras de rodas. Já com a SecretariaMunicipal de Saúde, a Associação de Esposas deRotarianos e o Rotaract local, realizou dia de prevenção dodiabetes. As crianças que se submeteram à dosagem deglicose puderam desfrutar de brincadeiras, desenhos epinturas.

52 JANEIRO DE 2009

RC DE Santa Cruzdo Sul, RS – Juntocom a Escola deEducação Básica Estadode Goiás, e com asparcerias do ProgramaUnisc-Escola, daUniversidade de SantaCruz do Sul; e dosserviços de psicologiado Senai e do Senac locais, o clube realizou o projetoOrientação Profissional. Alunos do último ano do ensinomédio daquela escola encontram-se com profissionais parainformar-se a respeito de diferentes profissões e seusrespectivos mercados de trabalho. Os jovens tambémpuderam observar parte do dia de trabalho de um profissio-nal da área de seu interesse e foram convidados a relatarsuas experiências no painel Unisc-Escola e escolas doensino médio: Socializando Saberes Produzidos nasEscolas, apresentado durante o 9º Seminário de IniciaçãoCientífica e 12ª Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão dauniversidade. Em outras ocasiões, o RC esteve na inaugura-ção da sala de informática da Escola Municipal de EnsinoFundamental São Canísio, que foi reformada e recebeucomputadores doados; comemorou a Semana Farroupilha edoou lanternas para a Brigada Militar; e ofereceu uma festae presenteou com brinquedos as 111 crianças da EscolaMunicipal de Ensino Infantil Vovô Albino. Os companheirostambém vêm apoiando a Associação de Amparo à TerceiraIdade e colaborando com a revitalização da Casa das ArtesRegina Simonis, por meio do evento Noite Cultural.

RC DE SãoLeopoldo-Leste, RS –Em nome doclube, opresidenteGelson DarlanLucas Pereira(primeiro àdireita)entregou um certificado de reconhecimento ao presi-dente da OAB/São Leopoldo, Carlos EduardoSzulcsewski, ao diretor do Senai/Cetemp – CentroTecnológico de Mecânica de Precisão, Jaures deOliveira, e ao médico psiquiatra José Carlos Eggers.Na oportunidade, esteve presente o governadorassistente José Antônio Gonçalves Dias.

RC DEParobé, RS –Foi o anfitriãodo SeminárioRegional doDistrito, quecontou com aparticipaçãode mais 12 clubes. O evento foi realizado no CentroComunitário Evangélico e abordou os mais variadostemas: saúde e nutrição, comunicação, recursoshídricos, plano de liderança de clube, imagem públicado Rotary e alfabetização. No total, 96 rotarianos, seisinteractianos e quatro convidados estiveram presentes.

RC DEBlumenau-Verde Vale, SC– Em benefício daFundação Rotária,o clube realizou oevento Rotarianona Cozinha, emque um grupo de companheiros prepara ojantar oferecido aos demais associados econvidados. Na ocasião, foram vendidosnúmeros para um sorteio de prêmios e umafesta embalada por música da década de 80animou os participantes.

RC DE Braçodo Norte, SC –Os associadosapóiam diretamen-te o Clube deXadrez, criado nosúltimos mesespelo médicoveterinário LúcioTeixeira de Souza, visando desenvolver o raciocínio lógico decrianças. Os encontros são às terças-feiras, às 18h, noColégio Engenheiro Annes Gualberto. Outros objetivos dainiciativa são aumentar a concentração dos participantes,torná-los mais seguros e ajudá-los a tomar decisões.

RC DETupanciretã,RS – Por ocasiãoda Visita Oficialdo casal gover-nador MarioCesar PortinhoVianna e Geisa, os companheirosbatizaram com o nome do governadora reserva florestal recentementeimplantada pelo RC em espaço cedidoem comodato pelos proprietários, parapreservação de uma área de matanativa. Inicialmente, foi realizado umplantio de 4.000 mudas de diversasespécies. Também na presença dogovernador, os associados entregaramum total de 9.300 kg de alimentos não-perecíveis ao Hospital de CaridadeBrazilina Terra e a mais 11 instituiçõesassistenciais da cidade. Os gênerosalimentícios foram arrecadados com acampanha Concessionário Solidário,promovida em parceria com a empresaMacagnan Sistemas Mecanizados ecom apoio da Fundação John Deere,que equiparou cada quilo de alimentoobtido com a iniciativa.

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BRASIL ROTÁRIO 53

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RC DE SantaCruz do Sul-

Avenida, RS – Os compa-nheiros levaram chocolates,roupas e agasalhos para ascrianças da Escola FelipeBecker.

RC DE Fraiburgo, SC – Foi oanfitrião do Ryla que reuniu nacidade 83 jovens de 14 municí-pios da região central do estado,além de 13 motivadores eanimadores, ao longo de trêsdias.

RC DECanoinhas, SC –

Promoveu uma campanha dedoação de alimentos para aAssociação dos PacientesOncológicos de Canoinhas eRegião.

RC DE Boa Vista-Caçari, RR – Promoveu um

seminário com duração de quatro horas,no auditório da Superintendência daCaixa Econômica Federal no município.O evento, aberto também a não-rotarianos, abordou os temas Rotary,Fundação Rotária, desenvolvimento doquadro associativo, imagem pública,clubes de jovens, Intercâmbio de Jovense Intercâmbio de Grupos de Estudos.

RC DE PassoFundo-

Planalto Médio, RS – Emparceria com o RotaractClub local, doou uniformespara a banda marcial daEscola Estadual ErnestoTochetto, que participou dodesfile cívico na cidade pelaprimeira vez.

RC DEAstorga-Rainha daAmizade, PR– Realizou a 8ªFesta daPiapara, nosalão paroquialda cidade. Cerca de 600 pessoas compa-receram ao evento para saborear o peixe,que foi servido recheado e acompanhadode outros pratos. Em outra ocasião, oclube homenageou as professoras partici-pantes do Projeto Lighthouse no municí-pio: Ancila Boer – também companheira doRC –, Jane Aparecida Antunes e ClariceAparecida Bressan.

54 JANEIRO DE 2009

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RC DECampos-Goitacazes,RJ – Porocasião daVisita Oficialdo governadorMarcio PereiraRibeiro, osassociadosvisitaram a Escola Rotary 2 para entregar 100 mudasde árvores frutíferas e plantaram quatro na própriainstituição de ensino. Os companheiros tambémaplicaram flúor em alunos, distribuíram kits de higienebucal e providenciaram duas palestras. Outra ação doRC foi a doação de 50 filtros de barro – adquiridos pormeio de Subsídio Distrital Simplificado – a famíliaspreviamente cadastradas da comunidade Brejo Grande,que assistiram a palestra do biólogo e professor daUniversidade Estadual do Norte Fluminense, JoãoCarlos de Almeida, e receberam cartilha sobre oscuidados necessários com o uso doméstico da água.Em outras ocasiões, os companheiros receberam agerente regional do Senac/RJ, Ana Alice Pinto, paraproferir uma palestra; entregaram bolsas de alimentos acrianças atendidas pelo Inca e pelo Hemorio; e partici-param das comemorações dos 102 anos de fundaçãodo Clube de Regatas Saldanha da Gama e dos 80 anosde fundação do RC de Campos.

RC DEItaperuna,RJ – Dooumais de 150sacos decimento paracolaborar coma construçãoda piscina daApae local.

RC DE Patos de Minas-Paranaíba, MG –Por meio do associado Sérgio Manoel Borges

dos Reis e da Execon Construções Metálicas, doou umaplanta arquitetônica ao Centro Terapêutico Shalom, para quea instituição regularize sua situação com a VigilânciaSanitária. O companheiro entregou a planta à diretora MariaAuxiliadora Lagares, na presença do ex-presidente do clubeEmérito Orlando da Mota. Em outra ocasião, o RC trabalhouna 17ª Feira da Bondade Apae/Unimed, realizada durante aSemana Nacional do Excepcional.

RC DE Uberlândia-Cidade Industrial, MG –

Junto com a Casa da Amizade e a CâmaraMunicipal locais, o clube apoiou o Semi-nário de Capacitação de Recursos Huma-nos, realizado pela Associação dosParaplégicos de Uberlândia e peloInstituto dos Advogados de Minas Gerais.O evento foi patrocinado pela SecretariaEspecial dos Direitos Humanos daPresidência da República e pelaCoordenadoria Nacional para Integraçãoda Pessoa Portadora de Deficiência.

RC DEBagé-Sul,RS – Com oSubsídioEquivalenteda FundaçãoRotária – e

em parceria com o RC de Bad Salzungen, Alemanha(D.1950) –, o clube doou computadores e equipa-mentos para a clínica odontológica da Apae local,em um projeto que totalizou R$ 29 mil. Em outrasocasiões, os companheiros promoveram o 4º BabyFashion, desfile de moda infanto-juvenil, em parce-ria com o Grupo Mulheres do Coração, do ClubeCaixeral, e homenagearam a estilista CéliaDalmolim, a advogada Luisa Barros, o gráfico LuisDomingues e o torneiro mecânico Rogério Barbiéri.

RC DE Coromandel, MG – Por ocasiãoda Visita Oficial do casal governadorAntonio José de Oliveira e Wilce, oscompanheiros inauguraram o novo MarcoRotário do clube.

BRASIL ROTÁRIO 55

Conheça abaixo o significado de algumas siglas que você vaiencontrar com freqüência na literatura sobre o Rotary e naspáginas da Brasil Rotário. Elas são uma tradução dos termosoficiais em inglês:

ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation

B R – Brasil Rotário

CDRI – Conselho Diretor do Rotary International

C F R – Curador da Fundação Rotária

Crei – Centros Rotary de Estudos Internacionais da

Paz e Resolução de Conflitos

CRFR – Coordenador Regional da Fundação Rotária

D. – Distrito

DERI – Diretor eleito do Rotary International

DNI – Dia Nacional de Imunização

(campanha de combate à pólio)

DRI – Diretor do Rotary International

DQS – Desenvolvimento do Quadro Social

ECFR – Ex-curador da Fundação Rotária

EDRI – Ex-diretor do Rotary International

EGD – Ex-governador de distrito

EPRI – Ex-presidente do Rotary International

FDUC – Fundo Distrital de Utilização Controlada

F R – Fundação Rotária

GA – Governador assistente

Gats – Seminário de Treinamento para

Governadores Assistentes

GD – Governador de distrito

Gets – Seminário de Treinamento para Governadores Eleitos

IGE – Intercâmbio de Grupos de Estudos

NRDC – Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário

PERI – Presidente eleito do Rotary International

Pets – Seminário de Treinamento para Presidentes Eleitos

PLD – Plano de Liderança Distrital

R C – Rotary Club

R I – Rotary International

Ribi – Rotary na Grã-Bretanha e na Irlanda

Ribo – Rotary International Brazil Office

Ryla – Prêmios Rotários de Liderança Juvenil

3-H – Subsídio Saúde, Fome e Humanidade

Siglas rotárias Como enviarComo enviarComo enviarComo enviarComo enviarmaterial paramaterial paramaterial paramaterial paramaterial paraa Brasil Rotárioa Brasil Rotárioa Brasil Rotárioa Brasil Rotárioa Brasil Rotário

ara que os compa-nheiros de todo o país

conheçam os projetos queseu clube vem realizando,é importante que as notí-cias cheguem à redação contendo as seguintes infor-mações:● o nome completo e o distrito de seu clube● a data e local em que foram realizadas as ações● um breve relato sobre o projeto, explicando suaimportância e o alcance dele junto à comunidade● os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior● e os nomes e sobrenomes de todos os que aparece-rem nas fotos com até seis pessoas, relacionados a partirda esquerda.

FOTOS: as imagens digitais precisam ter pelo menos300 DPI de resolução e 9 cm de largura. Na dúvida,selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se oenvio for feito por e-mail, pedimos que o tamanhodos anexos não supere 1 MB.

A publicação é gratuita. Basta apenas que o assunto seencaixe em nosso perfil editorial e que seu clube estejaem dia com a assinatura da revista. A Brasil Rotárionão publica posses ou outros fatos que possam obtero merecido destaque nos boletins de seu clube.

MUITO IMPORTANTE: informe também um telefo-ne de contato (com o código de DDD) para que pos-samos falar com você no caso de qualquer dúvida.

Anote os nossos endereçosAvenida Rio Branco, 125 – 18o andarRio de Janeiro, RJCEP: 20040-006e-mail: [email protected]

O telefone da redação é (21) 2506-5600.

Estamos esperando para ver seu clube na revista!

P

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RC DE ArroioGrande, RS –Realizou o 4ºPasseio Ciclístico eCorrida deBicicross, com participação de crianças da cidade.O menino Willian Matheus Hernandorena foi oganhador do sorteio que ofereceu uma bicicletacomo prêmio.

DDDDD..... 46504650465046504650 RC DE HermannBlumenau, SC – Em seu

aniversário de 27 anos de fundação, oclube homenageou com o troféu PacoPéricas a líder comunitária Nair JacintoWotmeyer, fundadora da Casa de Apoio-Associação de Pais e Amigos de CriançasPortadoras de Neoplasia. O troféu, instituí-do em 2001, leva o nome de um doscriadores da Associação Blumenauense deAmparo ao Menor, o espanhol FranciscoAdell Péricas y Péricas, mais conhecidocomo Paco Péricas.

56 JANEIRO DE 2009

EM PARCERIAcom uma escolada cidade, a Casada Amizade deRosário do Sul,RS (D.4780)promoveu o DiaSolidário naCreche NadirMedina Monte(foto), animadocom distribuição de brinquedos,atividades recreativas e um lanche.Em outra ocasião, quem ganhou umabela tarde de festa foram os vovôs evovós do Lar do Idoso São Francis-co. As senhoras ainda doaramenxovais para bebês recém-nasci-dos inscritos no Projeto Pré-Natal,da secretaria municipal de Saúde.

A CASA daAmizade dasSenhoras deRotarianos deSalto, SP(D.4310) realizouum chá beneficen-te para mais de400 pessoas eanimado com o sorteio de centenasde brindes. O resultado financeirodo evento foi inteiramente revertidoa algumas entidades assistenciaisda cidade.

ATRAVÉS DOProjeto Leitura, asintegrantes daCasa da Amiza-de de SantaCruz das Palmei-ras, SP (D.4590)incentivaram asmamães dosrecém-nascidos na Santa Casa deMisericórdia da cidade a ler para seuspequenos desde cedo, desenvolven-do neles o amor pelos livros. Oprojeto também informou as mãessobre os benefícios da amamentaçãoe doou um kit a todos os bebêsvisitados. Em outra ação, a Casa daAmizade vendeu rifas para umalmoço. Os recursos foram utilizadosna compra de fraldas geriátricas parao Centro de Convivência do IdosoDom Bosco.

A ASSOCIAÇÃO de Senhorasde Rotarianos de Salto doLontra, PR (D.4640) organizou umchá beneficente num clube dacidade. A renda gerada com oevento foi destinada aos projetosassistenciais mantidos pelassenhoras, como o Farol Digital e oCriança na Escola.

NO SEGUNDOsemestre de 2008,as ativas integran-tes da Associa-ção das Senho-ras dosRotarianos deParanaguá, PR(D.4730) realiza-ram diversasatividades embenefício dacomunidade. Durante a pesagem das crianças da localidadede Asa Branca, feita pela Pastoral da Criança, elas doaramkits com enxovais de bebê. Em outra ação, as senhorasrealizaram um desfile com um café, que teve a rendarevertida para a manutenção de diversos projetos mantidospela associação. Através de diversas oficinas de culinária,incluindo uma de biscoitos e outra de doces (foto), elasofereceram uma alternativa de geração de renda para acomunidade. Também foram organizados um brechóbeneficente e uma festa para as crianças das duas casas depassagem de Paranaguá, instituições que receberam adoação de roupas e material de higiene.

RECORDAÇÃODO Almoço daAmizade, umarealização daCasa da Amiza-de de Araguari,MG (D.4770) feita em parceria com o RC de Araguari, eque teve parte da renda destinada à Semente Esperança,uma entidade que cuida de pacientes de câncer.

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Senhoras em Ação

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FAÇA SUA DOAÇÃO PARA A ERRADICAÇÃO DA PÓLIO

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AGRACIADA: MARIAAntonia Roma Jensen,mulher do companheiroGlauber Jensen, associadodo RC de Laranjal Paulista,SP.ENTREGUE POR: GisleineBado de Almeida, mulher

do companheiro Carlos Alberto de Almeida, do RCde Laranjal Paulista, SP.

AGRACIADO: OGENILuis Dal Cin,associado do RC deLaranjal Paulista, SP.ENTREGUE POR:companheiro Lin PuHsiung.

AGRACIADO: LINPu Hsiung,companheiro do RCde Laranjal Paulista,SP, com a segundasafira.ENTREGUE POR:governador PauloFirmino deOliveira.

AGRACIADA: MARIAde Lourdes LimaLowy, companheira doRC de São Paulo-Santo Amaro, SP.ENTREGUE POR: ex-presidente HeinzKonrad.

AGRACIADO:GIOVANI BrittoTelesca, associadodo RC de LençóisPaulista, SP.

AGRACIADOS: THOMAS Koblinsky, companheiro doRC de São Paulo-Santo Amaro, SP, que recebeu duassafiras e entregou um título Companheiro Paul Harris aGabrielle Renée Treumann.

AGRACIADOS: JOSÉ Carlos Castilho,Maria Janice Logrado de Souza,Maria Edir Silva Taube, Dayse

Pimentel Lopes e Itamar Carneiro, companheiros do RCde Rondonópolis, MT.ENTREGUES POR: ex-presidente Hussein Nabih Daoud.

AGRACIADOS:FILIPE Faria eDécio Araujo,

associados do RCde Mairiporã, SP,

com safiras.ENTREGUES POR:

presidente JoãoFernandes

(centro).

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Novos Companheiros Paul Harris

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MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FR

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AGRACIADOS: CARLOS AlbertoDamo, Claudir Bussolaro, Nery

Demar Cerutti, Antônio Miguel Dalsóquio,Edmar Washington Oliveira Telles e Itamar JoséPerondi, companheiros do RC de Sorriso, MT.ENTREGUES POR: EGD Roberto Florêncio e peloex-presidente Pedro Gilmar da Silva.

AGRACIADO:VALMIRO AlvesFermino, associa-do do RC deSelviria, MS.ENTREGUE POR:EGD DenizarClacir Perusso.

AGRACIADO:RODOLFO

Nunez, presidentedo RC de

Araçatuba-Alvora-da, SP.

ENTREGUE POR:ex-presidente

Alvino Barbosa.

AGRACIADAS:ALZIRA MariaBergamo de Sá,CleideAparecidaKrugerBergamo eTerezinha deToledo

Calegari, integrantes da Casa daAmizade de Catanduva, SP.

AGRACIADA:ODETETutakaHamada,integrante daCasa daAmizade deCatanduva, SP,na companhiado marido, orotariano MárioHamada.

ENTREGUE POR: presidente José Carlos Corrêa, nacompanhia da mulher, Carmem.

AGRACIADOS:NEWTON Bettio,Fernando Barusso,Ananias Ruiz,Carminha Zaparolli,Suely Fiorilo eRogério Barros,associados do RC deAdamantina, SP.

AGRACI-ADOS:ALDOTrentiniJunior,do RC de

Assis, SP, e Eduardo Rigoto, presidente do mesmoclube, com títulos Companheiro Paul Harris, os tambémrotarianos Elizeo Mazo e Ronan Ribeiro, com umasafira e três rubis, respectivamente, o companheiro JoãoDomingos Coelho Filho, com duas safiras, o EGDSalim Homse, com o cristal Major Donors, e CaetanoSchincariol Junior, com um título Companheiro PaulHarris.

AGRACIADOS: CÁTIARodrigues Barbosa,ex-presidente do RC deBelo Horizonte-CidadeNova, MG, e o compa-

nheiro José EdmilsonBarbosa Durães.

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Novos Companheiros Paul Harris

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FAÇA SUA DOAÇÃO PARA A ERRADICAÇÃO DA PÓLIO

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AGRACIADOS:MARCOSAurélio dosReis, LuizFernandoDestéfano,OlíviaAparecidaCaloviMariano,ArildoPelegrini eLea Cristina

de Santis com títulos Companheiro Paul Harris.

AGRACIADO:ADRIANODouglasRaimundini,companheiro doRC deJardinópolis, SP.ENTREGUE

POR: EGD Adalberto JoséMenegazzo e pelo presidente doclube Antonio Borges Filho.

AGRACIADOS:AMAURILudovico,presidente2007-08 do RCde PousoAlegre-Sul, MG,com títuloCompanheiroPaul Harris;Valter Garrido Cotta, presidente 2006-07 do mesmoclube, com safira.ENTREGUES POR: EGD José Otávio de Azevedo.

AGRACIADO:FÁBIO Pereira,companheiro do RCde Itajubá, MG.ENTREGUE POR:Carlos AlbertoDias Coelho,governador 2009-10do distrito.

AGRACIADA:LÚCIA deFátima Melo,do RC do Rio deJaneiro-Méier– na foto como EGD HertzUderman e ogovernadorJoséRobertoLebeis Pires.

AGRACIADA: MA-RIA Helena Furta-do, sócia do RC deRio Pomba, MG.ENTREGUE POR:Rosa Medeiros,presidente da Casa daAmizade 2007-08 dacidade.

AGRACIADO:ORLANDO

Madázio, tambémdo RC de Lorena, SP.

ENTREGUE POR:Hamilton Custó-dio, presidente do

clube, e Franciscode Assis Pereira

de Oliveira.

AGRACIADO:JOÃOBatistaGomes daSilva, compa-nheiro do RCde Lorena, SP.ENTREGUEPOR: casalgovernador

2008-09 Antonio Sergio Ferri da Silva e MagdaSilva e pelo governador assistente Francisco deAssis Pereira de Oliveira.

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Novos Companheiros Paul Harris

60 JANEIRO DE 2009

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MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FR

AGRACIADA:NANCYRomano, doRC de SãoPaulo-Caxingui,SP.ENTREGUEPOR: ReinaldoFranco,companheiro doRC de SãoPaulo-Butantã,na presença do presidente 2008-09do RC de São Paulo-Caxingui, FlávioCanali Ferreira.

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AGRACIADO: JOSÉFernando Mayer.ENTREGUE POR:Jorge Fumio Muta,presidente 2007-08do RC dePindamonhangaba-Princesa do Norte, SP.

AGRACIADOS:O casal EGDMaria Emiliade Sá eBeneditoOlegárioResendeNogueira deSá, com ocristal MajorDonors.

ENTREGUES POR: presidente do RIDong Kurn Lee.

AGRACIADO:LUIZ CarlosSimão, presi-dente 2009-10

do RC deTaquarituba, SP.

AGRACIADOS:MARIA Joséde OliveiraAbreu, com umasafira, e ShinyaTakahagui, comum título deCompanheiroPaul Harris. Nafoto, ao centro, o

presidente do RC de Avaré-Jurumirim, SP, Wilson Roesener.

AGRACIADA:NOÊMIA Francis-co Bicev, tambémcompanheira do RCde São Paulo-Caxingui, SP.ENTREGUE POR:Luis RobertoSuman, presidente2008-09 do RC deSão Paulo-Lapa, SP.

AGRACIADO:ROBSONLancaster deTorres, do RCde São Paulo-Caxingui, SP.ENTREGUEPOR: AmiltonMedeirosSilva, governa-dor do distrito, na presença de Flávio Canali Ferreira.

AGRACIA-DA:ARTEMÍSIARomeuMédice, doRC de SãoPaulo-Caxingui, SP.

ENTREGUE POR: companheiro Antonio RibeiroJunior e sua mulher Denise.

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Novos Companheiros Paul Harris

BRASIL ROTÁRIO 61

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FAÇA SUA DOAÇÃO PARA A ERRADICAÇÃO DA PÓLIO

AGRACIADOS:TADEUSzhyta,AntônioGalan Neto eJoséFelicianoCiola, associados do RC de Campo Mourão-GralhaAzul, PR.ENTREGUES POR: Amaury Cruz Couto, ex-governa-dor distrital, e Wilson Godoy, ex-presidente do clube.

AGRACIADOS:LUIZHenriqueFerreira,Maria HelenaBaeza Burali,ReginaForlan,EdsonTamayoSanches,DouglasVinicius dosSantos,

Ewerton Vargas de Almeida, Aparício BernardoCalderaro Junior, Walter Martins e Jânio LucasCavassani, do RC de Maringá, PR. Agora, todos osassociados do clube são Companheiros Paul Harris.ENTREGUES POR: EGD Emilio Germani, pelo ex-presidente do clube João Norberto Labriola e pelocompanheiro Adelson Luiz Klem.

AGRACIADA: YVALDINEMaria Neves de CoutoMelo, presidente do RCde Maringá-Novo Centro,PR, com sua primeirasafira.ENTREGUE POR: JoséManoel HernandezFilho, governador indica-do 2010-11.

AGRACIADO: EDSONVolpato, presidente

eleito do RC de Maringá-Novo Centro, PR.ENTREGUE POR:

Nivaldo Barbosa deLima, governador

distrital.

AGRACIADA:LEONI AnnaNeuwald, do RCde Canela, RS.ENTREGUE POR:EGD Dirceu LuizSchmitt, padrinhoda agraciada, nas presenças dogovernador distrital Eliseu Gonçalvese da presidente do clube, Maria doCarmo Saul.

AGRACIADO:OSCAR JacóScheffel, queaparece na fotoladeado pelopresidente do RC deNovo Hamburgo-Oeste, RS, AdolfoKlein, e pelogovernador distritalEliseu Gonçalves daSilva.

AGRACIADO:HUGO

Springer.ENTREGUE POR:

Adolfo Klein,presidente do RCde Novo Hambur-

go-Oeste, RS, epelo governador

do distrito, EliseuGonçalves da

Silva.

AGRACIADA:MARTHA LaeticiaCatani Pinto, compa-nheira do RC de Pelotas-Centenário, RS, querecebeu a terceira safira.ENTREGUE POR:Tirone Lemos Michelin, governador do distrito.

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Novos Companheiros Paul Harris

62 JANEIRO DE 2009

D.D.D.D.D. 47504750475047504750 D.D.D.D.D. 47704770477047704770

MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FR

D.D.D.D.D. 47804780478047804780AGRACIADO:VANDERLEIFichel, companhei-

ro do RC de Bagé-Campanha, RS.ENTREGUE POR: casal EGDCláudio Neves e Ana.

AGRACIADO: RONALDIda Silva Venâncio, doRC de Campos-SãoSalvador, RJ.

AGRACIADO: JORGEPedroso, companheirodo RC de Rio Verde, GO.ENTREGUE POR: EGDNapoleão AlvesNeto.

AGRACIADA: DILÉARodrigues Pereirado Nascimento, doRC de Niterói, RJ. Elarecebeu o segundorubi em nome do marido, o EGD José Danir Siqueirado Nascimento, e um título de Companheiro PaulHarris em nome de seu filho, Sérgio Lui. Na fotoaparece também o presidente do clube, MaurícioRodrigues Campos.

AGRACIADO: JORGEDelani Barroso, doRC de Campos-SãoSalvador, RJ.

AGRACIADOS:COM a primeirasafira, os compa-nheiros MarceloInácio Mar-ques Pereira, Augusto RodriguesSiqueira Filho, Elaine Gianini Godoy,Neusa Maria Alvim Nasciutti e HumbertoSantos Nasciutti. Eles são associados do RCde Araguari-Café do Cerrado, MG.

AGRACIADOS:OLGA MariaNascimentoLourençoPereira, LucianoAlves Rosa,Lázaro PereiraPinto Júnior(que foi representa-do pela companhei-ra Luana Faria) eRaquel Amadoda SilvaTravaglia, também pertencentes ao RC deAraguari-Café do Cerrado, MG. A entrega foifeita nas presenças de Nelson Marra de Olivei-ra, associado do RC de Ipameri, GO; da EGDAldair de Queiroz Franco, coordenadora regio-nal da Fundação Rotária; João Maluf Franco,companheiro do RC de Frutal, MG; e do gover-nador do distrito, Antônio José Oliveira.

AGRACIADOS:MAGNALDOAlves deRezende eÉzio José deOliveira, comum título deCompanheiroPaul Harris, e

Geraldo Martins, com a primeira safira. Ostrês são associados do RC de Rio Verde, GO.ENTREGUES POR: Alan Kardec GuimarãesSouza, ex-presidente do clube.

BRASIL ROTÁRIO 63

Numa operação noturna da po-lícia, um carro é parado. Feito oteste do bafômetro, o policial dáuma bronca no motorista:

– O senhor não tem vergo-nha não? – e mostra o apare-lho, marcando 3,45.

– Droga! – responde o bê-bado – Três e quarenta e cin-co da madrugada... Minhamulher vai me matar!

O pão-duro liga para o jornal:– Quero anunciar o faleci-

mento da minha mulher.– Pois não, quais são os di-

zeres?– “A família de Antonela An-

gelina comunica seu faleci-mento”.

– Só isso, senhor? O preçomínimo permite mais quatropalavras.

– Ah é? Então acrescenta:“Vendemos Santana bem con-servado”.

A professora para o aluno:– Juquinha, forme uma fra-

se com o verbo “hospedar”.– Essa é mole: “Ospedar da

bicicreta tá quebrado!”

Rodrigo

O vendedor ambulante berra nomeio da praça:

– Todo dia eu tomo uma co-lher deste elixir da juventude! Jávivi 300 anos!

Aí a multidão vai se juntandoem volta dele, olhando espanta-da para a cara do homem. Até queum sujeito resolve desmascarar acharlatanice, perguntando aomenino que segura os vidros:

– Que história é essa, ga-roto? Tem certeza que o teupatrão já viveu 300 anos?

E o menino:– Certeza eu não tenho

não... Até porque só trabalhopra ele há uns 100 anos.

Colaboração de Edson Cae-tano da Costa, associado doRC de Campos do Jordão, SP(D.4600).

Felizes para sempreJá quase em seu derradeiro suspiro,o marido chama a mulher e sussurra:– Antes de morrer, eu quero fazer umúltimo pedido: gostaria que você se casassecom o Niltinho...– Mas ele é o teu maior inimigo! – responde a mulher.E o moribundo, já quase sem fala:– Por isso mesmo!Colaboração do EGD Hertz Uderman (D.4570)

Dois amigos estão pescando na beira do rio. Entre umgole e outro de cerveja, um deles quebra o silêncio e diz:– Acho que vou me separar da minha mulher. Já faz trêsmeses que ela não fala comigo.Depois de refletir alguns momentos, o outro aconselha:– Pensa bem no que você vai fazer, Alberto... Hoje em diaé muito difícil encontrar uma mulher assim...

Ninja

R e l axR e l ax

64 JANEIRO DE 2009

O adeus a Lindoval de Oliveira

Vocês estão de parabéns pela excelência da homenagempóstuma ao nosso guerreiro Lindoval (“O adeus a Lindovalde Oliveira”, edição de novembro de 2008), desde a sele-ção da foto, com o sorriso apimentado, até o histórico vito-rioso desse valente nordestino. É muito bom estar tão próxi-mo de uma equipe tão boa.

José Maria Meneses dos Santos, associado do RC do Riode Janeiro-Saúde, RJ (D.4570) e vice-presidente de Finançasda Cooperativa Editora Brasil Rotário.

Ao ler a edição de novembro, tive a lamentável notícia dofalecimento do companheiro jornalista Lindoval de Oliveira.Tenho certeza de que seus feitos e obras permanecerão vi-vos em todas as demais edições, tendo sido ele, além deeditor da Brasil Rotário, um dos grandes responsáveis peladivulgação do Rotary International no Brasil e no mundo. Aomesmo tempo, desejo sucesso ao novo editor, CarlosHenrique de Carvalho Fróes, e ao jornalista responsável NunoVirgílio Neto.

Jorge Alexandre da Silva, associado do RC de Valença,RJ (D.4600).

Correspondência dirigida ao EGDWaldenir de BragançaDe posse da edição de novembro de 2008 da BrasilRotário, e apreciando muitíssimo seu artigo “Nossa pátria, alíngua portuguesa”, quero cumprimentá-lo. Seu artigo é oque sempre sonhei: puro, claro e muito oportuno. Parabénsmil vezes. Com a língua portuguesa, somos eternamenteunidos, e por isso seu artigo é uma bandeira. “Nossa pátria,a língua portuguesa” é um hino ao patriotismo, sem dúvida.

Elias Almeida Ward, sócio-honorário dos RCs de Avaré ede Avaré-Expoente, SP (D.4620).

Cartas& Recados

Cobertura do Instituto de Belo Horizonte

Caro amigo Carlos Henrique de Carvalho Fróes,

Na condição de diretor do Rotary International e convocador doXXXI Instituto Rotary do Brasil, que se realizou entre os dias 15 e19 de setembro do ano passado na cidade de Belo Horizonte,em Minas Gerais, venho externar meus mais profundos senti-mentos de alegria e reconhecimento pela forma como a nossaBrasil Rotário, mais uma vez, demonstrou seu interesse e totalapoio às atividades do rotarismo brasileiro.

Refiro-me à excelente cobertura realizada pela revista, emsuas edições de novembro e dezembro de 2008, das atividadesdo Instituto e do Pré-Instituto, dedicando atenção e efetivo inte-resse, tão necessários nestes momentos, devendo, por justiça,destacar o trabalho técnico desenvolvido pelos funcionários, tendoa sua frente o competente jornalista Nuno Virgílio Neto e ogerente Gilberto Geisselmann.

Finalmente, peço que este meu agradecimento seja com-partilhado com toda a diretoria e demais órgãos da Cooperativa.

Themístocles Américo Caldas Pinho, diretor do RotaryInternational.

SaudadesSaudadesJosé João Holzbach, associado do Rotary Club de PassoFundo, RS (D.4700).

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Joaquim Pereira da Silva, do Rotary Club do Rio de Ja-neiro, RJ (D.4570).

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Jacob Korolik, associado do Rotary Club do Rio de Ja-neiro-São Conrado, RJ (D.4570).

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José Elias, ex-governador do distrito 4510 e companhei-ro do Rotary Club de Marília-Leste, SP.

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Enilson Ribeiro Crispim, companheiro do Rotary Clubde São João do Rio do Peixe, PB (D.4500).