brasil imperial

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Brasil Imperial 1822-1889 Professora: Viviane Ribeiro E-mail: [email protected] vivihistoria.blogspot.com

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Page 1: Brasil imperial

Brasil Imperial1822-1889

Professora: Viviane RibeiroE-mail: [email protected]

vivihistoria.blogspot.com

Page 2: Brasil imperial

Foi dividido em três períodos:

Primeiro Reinado: 1822 – 1831

Período das Regências: 1831 – 1840

Segundo Reinado: 1840- 1889

Page 3: Brasil imperial

Vinda da Família Real para o Brasil

No ano de 1808, ainda no período colonial, o rei

português D. João, mudou-se para o Brasil com toda a

sua corte.O motivo era que na Europa estavam

acontecendo muitos conflitos, então, para fugir da invasão dos franceses, o rei português veio

para o Brasil que era sua colônia com cerca de 15 mil pessoas.

Saíram de Portugal meio ás escondidas.

Page 4: Brasil imperial

Próximo ao litoral brasileiro as embarcações se dispersaram,

algumas aportaram em Salvador, no caso a do

príncipe regente em janeiro de 1808 e outras no RJ.

Em março, D. João transferiu-se para o RJ, onde foi recebido com

uma grande festa, preparada pelos

funcionários do reino que haviam chegado

antes.

Page 5: Brasil imperial

Esta vinda da corte para o Brasil trouxe alguns

transtornos á população do RJ.

Houve uma dificuldade em acomodar as 15 mil pessoas

que chegaram.

Então foi dada a ordem de despejo aos moradores das melhores residências do RJ.

Afixando-se nas portas a sigla P . R , que deveria dizer:

Príncipe Regente, a população revoltada lia-a

dessa maneira: Ponha-se na Rua ou prédio roubado!

Page 6: Brasil imperial

Muitas foram as mudanças na cidade do Rio de Janeiro para acomodar da melhor

maneira a Corte Portuguesa.

Page 7: Brasil imperial

A vinda da família real trouxe

mudanças na vida cultural da colônia.

Page 8: Brasil imperial

Entre elas destacam-se:

• Criação de vários cursos no RJ e BA como a fundação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.

• Fundação do Museu Nacional, Observatório Astronômico e Biblioteca Real.

• Criação da Imprensa Régia.

• Promoção da vinda ao Brasil da Missão Artística Francesa.

Page 9: Brasil imperial

Nessa época, existia o Pacto Colonial, onde o Brasil só podia fazer comércio com Portugal, mas ao chegar D.

João decretou a abertura dos Portos ás Nações Amigas

(Inglaterra).

Logo, o Brasil foi declarado Reino Unido a Portugal e Algarves,

isso ocorreu em 1815.

Mas desde que D. João veio para o Brasil com sua corte,

Portugal enfrentou vários problemas e os portugueses

queriam que D. João voltasse para governar Portugal.

Foi o que aconteceu em 1821.

Page 10: Brasil imperial

Mas antes de ir embora, D.João deixou seu filho D. Pedro que tinha apenas 21 anos como príncipe regente do

Reino do Brasil.

Ele tinha a importante missão de não deixar o Brasil se separar de

Portugal.

Mas era difícil pois muitos brasileiros queriam o Brasil independente de

Portugal.

Vendo que a independência estava próxima, D. João pediu que o filho

voltasse para Portugal, mas ele não quis saber.

Em 9 de janeiro de 1822, ficou conhecido como o Dia do Fico.

Page 11: Brasil imperial

E em 7 de setembro de 1822, D. Pedro declarou ás

margens do riacho do Ipiranga que o Brasil estava

liberto de Portugal.

Mas as coisas não mudaram muito, o Brasil ainda estava sendo administrado pelos

portugueses.

A escravidão ainda existia e continuou até quase o final

do Império

Page 12: Brasil imperial

.

O Brasil continuou com o sistema de governo conhecido como Monarquia, enquanto outros países da América já

eram repúblicas independentes.

Page 13: Brasil imperial

Quando o Brasil se tornou um Império?

Após a independência D. Pedro foi aclamado imperador no dia 12 de

outubro de 1822, e recebeu o título de D. Pedro I.

A partir daí começa o período conhecido como Primeiro Reinado

que durou de 1831 á 1840.

O Brasil independente passou a ser governado por D. Pedro com um regime chamado de monarquia.

Para que D. Pedro governasse o Brasil de forma organizada era preciso

criar leis.

Page 14: Brasil imperial

Para elaborar estas leis, os deputados, reuniram –se em

maio de 1823 para formar uma Assembleia

Constituinte, que tinha a função de

escrever e aprovar a primeira

Constituição.

Page 15: Brasil imperial

O que é a Constituição?

É a lei maior que rege todos os deveres e direitos dos cidadãos

brasileiros.

No projeto da Constituição, os deputados queriam reduzir o

poder do imperador, o que não deixou D. Pedro feliz.

Em resposta a isso, D. Pedro mandou fechar esta Assembleia e até prender alguns deputados.

Então, em 25 de março de 1824, D. Pedro outorgava a primeira

Constituição brasileira.

Page 16: Brasil imperial

A Constituição estipulava que:

• Governo seria uma monarquia hereditária, constitucional e representativa;

• Voto censitário, havia uma exigência de certa renda pessoal para ser eleitor ou eleito;

• Somente homens livres, acima de 25 anos, alfabetizado participavam do processo eleitoral;

Page 17: Brasil imperial

• Voto oral e descoberto;

• Divisão do Brasil em províncias, governadas por presidentes nomeados pelo imperador.

• Religião oficial era a católica;

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Poder dividido em três poderes: Executivo – exercido pelo imperador

e ministros e tinham a função de executar as leis.

Legislativo – exercido pelos deputados e senadores e tinham a função de fazer as leis.

Judiciário – exercido pelos juízes e tinham como função fiscalizar o cumprimento das leis.

Moderador – exercido somente pelo imperador, onde ele tinha o poder de tomar decisões.

Page 19: Brasil imperial

Algumas províncias do Nordeste, lideradas por Pernambuco, se

rebelaram no que deu origem a conhecida Confederação do

Equador e no Sul foi a Guerra da Cisplatina.

Mas em 7 de abril de 1831, depois de uma grande manifestação popular

no Rio de Janeiro, ocorria a abdicação de D. Pedro I e o trono brasileiro passava a seu filho de cinco anos, Pedro de Alcântara.

Como D. Pedro de Alcântara era menor de idade, de acordo com a

constituição brasileira, o trono passou a ser ocupado por regentes, os quais deveriam governar até que o imperador completasse 18 anos.

Page 20: Brasil imperial

Grupos políticos no Período Regencial

Logo após a saída de D. Pedro I do Brasil, a

camada dominante, que participava ativamente do

processo de abdicação, dividiu-se em

diferentes grupos políticos:

Page 21: Brasil imperial

• Liberais Moderados: também conhecidos como chimangos.

Defendiam a ordem social e jurídica estabelecida pela

Constituição.

• Liberais Exaltados ou Farroupilhas: Defendiam a federação, isto é, a efetiva autonomia das províncias, e as liberdades individuais.

• Restauradores: também chamados de caramurus.

Lutavam pela volta de D. Pedro I ao governo do Brasil. Este grupo desapareceu em 1834, com a

morte do monarca.

Page 22: Brasil imperial

Rebeliões no Período das Regências

Durante o período regencial, diversas

rebeliões contestaram a forma autoritária do

governo central.

As rebeliões foram diferentes aos objetivos

propostos, podemos destacar:

Page 23: Brasil imperial

• Cabanagem: 1835-1840Também conhecida como

Revolta dos Cabanos, aconteceu no Pará,

teve uma participação maciça de negros,

índios e mestiços que trabalhavam na

extração de produtos da floresta e moravam em cabanas á beira dos

rios.

Page 24: Brasil imperial

• Revolta dos Malês: 1835Levante de escravos e ex-

escravos negros organizado pelos Malês, como eram conhecidos

os africanos de formação muçulmana, que

falavam e escreviam árabe.

Planejavam libertar os escravos de Salvador e,

posteriormente do Recôncavo Baiano.

Page 25: Brasil imperial

• Guerra dos Farrapos: 1835-1845

Foi a mais longa revolta do Período Regencial, aconteceu no RS, também chamada de

Revolução Farroupilha.

O movimento foi provocado pelo descontentamento dos donos

das fazendas de criação, charqueadores e

exportadores, com a política do governo imperial, que

diminuiu os impostos sobre a importação do charque

uruguaio.

Page 26: Brasil imperial

• Balaiada: 1838-1840.

Revolução de caráter popular que aconteceu no MA, teve como líder

Manoel dos Anjos Ferreira, fabricante de

balaios.

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• Sabinada: 1837-1838

Movimento liderado pelo médico Francisco Sabino da Rocha Vieira, na BA, que em

seu jornal, criticava o governo dos regentes e o presidente da província,

convocando o povo a separar a Bahia de todo o

Brasil e organizar uma república com caráter

provisório, até a maioridade de D. Pedro de Alcântara.

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Já o Segundo Reinado, iniciou-se no dia 23 de julho de 1840 e foi

governado por D. Pedro II após um golpe, chamado de Golpe da

Maioridade que o nomeou imperador do Brasil com apenas

14 anos de idade.

D. Pedro II era interessado por ciência, pelos estudos e pelo que era moderno para sua época. Foi ele que após uma visita em uma

feira nos EUA trouxe para o Brasil a invenção que mudaria a vida de todo mundo: o telefone, que foi inventado por Granhm

Bell.

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As madames vestiam roupas da moda francesa.

Da França vinham além das roupas, tecidos, papéis de parede, porcelana,

etc.

Em seus passeios eram carregadas em cadeirinhas de arruar, que eram

carregadas por escravos. Mais tarde, veio o tílburi, que era

um carro com duas rodas e dois assentos, capota e carregado por

um só animal.

Depois veio o Cabriolé, que era um tipo de carruagem pequena e

leve, com capota móvel, também puxada por um único animal.

Page 30: Brasil imperial

Na hora de dormir as mulheres usavam toucas para não desmanchar o

penteado, seus costumes eram completamente

diferentes dos nossos.

Foi nessa época, que surgiu na cidade de São Paulo, os barões do café, que

construíram seus palacetes na

movimentada atual Avenida Paulista.

Page 31: Brasil imperial

Falando em café... você conhece sua origem?

No inicio o café servia apenas como planta ornamental, depois foi responsável pela formação de uma nova elite econômica.

Originário da Abssínia foi trazido no século XVIII pelos franceses para a Guiana Francesa e, em 1727, introduzido no Brasil nas regiões próximas a Belém do Pará.

Page 32: Brasil imperial

Em 1761, João Alberto Castelo Branco levou algumas

sementes para o RJ, onde o produto se desenvolveu graças

a mão-de-obra abundante, facilidade de transporte e

proximidade do porto.

Com todos esses recursos aos poucos o Brasil se tornou o maior produtor mundial de

café.

Os maiores consumidores do café brasileiro eram os americanos.

Page 33: Brasil imperial

O Trabalho e a economia no Brasil Imperial

Com o fim do ciclo do ouro, a agricultura volta a ser importante no Brasil.

Houve a volta do cultivo do açúcar, além do cultivo do arroz, do

algodão, cacau e o café.

Todos estes produtos tinham um destino o exterior.

De todos os produtos cultivados o que dava mais lucro era o café.

Page 34: Brasil imperial

A mão-de-obra utilizada nas lavouras era dos escravos

africanos, mas isso não durou muito tempo.

Em 1850, já se iniciava uma lenta tentativa de acabar

com a escravidão, por meio do tráfico de

escravos (Lei Eusébio de Queiroz) e isso, fez com

que o preço de um escravo ficasse cada vez mais caro.

Page 35: Brasil imperial

Os primeiros pés de café foram cultivados ainda

quando a mão-de-obra no Brasil ainda era escrava.

Mas o que aconteceu após a abolição?

A solução encontrada foi trazer imigrantes

europeus para substituir a mão-de-obra dos

africanos.

Page 36: Brasil imperial

Essa mudança foi bastante difícil, mas os cafeicultores

viram no trabalho assalariado vantagens, pois

os trabalhadores trabalhavam primeiro e

depois recebiam, já com o escravo o investimento

acontecia antes da produção.

Mesmo assim, o governo não tomava novas medidas

para a abolição.

Page 37: Brasil imperial

O império tentou amenizar a pressão interna e externa,

assinando duas leis: a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei do

Saxagenário (1885).

O império sentia ainda duras investidas, principalmente

internas, para a abolição da escravatura.

Então, a filha do imperador e herdeira do trono, Princesa

Isabel, assinou em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea, que

colocava um fim na escravidão do Brasil definitivamente.

Page 38: Brasil imperial

Mas esta mudança aconteceu muito lentamente, os

imigrantes que vieram eram italianos e alemães e houve muita divergência até que

trabalhadores e fazendeiros se ajustassem e o Brasil começasse

a ganhar com a cafeicultura.

Os barões do café dominavam a política, mas para poder

serem chamados de barões eles pagavam taxas

e impostos que sustentavam o império

brasileiro.

Page 39: Brasil imperial

A Modernização

Parte do dinheiro obtido com a venda do café foi aplicada na

industrialização do Brasil.

As cidades que mais se destacaram foram: RJ, Recife, Salvador,

Belém, SP.

Um dos pioneiros na história da indústria no Brasil foi o

empresário Barão de Mauá.

Até as primeiras décadas do século XX, o RJ era o principal pólo

industrial do país.

Page 40: Brasil imperial

Crises do Império

A crise do império foi resultado das

transformações processadas na economia e na sociedade e foi marcada por uma série de questões

que desembocaram na Proclamação da República.

O regime monárquico estava acabando; os ventos

republicanos já sopravam no horizonte.

Page 41: Brasil imperial

Foi no II Reinado que aconteceu a Guerra do Paraguai, uma guerra que envolvia: Brasil, Argentina e Uruguai

contra o Paraguai, por questões territoriais.

Mas o Brasil tinha uma marinha muito

poderosa e derrotou o Paraguai na famosa

Batalha do Riachuelo em junho de 1865.

Page 42: Brasil imperial

Fim do Império e Proclamação da República.

Cientes desse problema, os republicanos viram-se obrigados a apelar para a força, e em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca proclama a

república.

D.Pedro II foi deposto do trono brasileiro e obrigado a embarcar

para a Europa com toda sua família no dia 17 de novembro de 1889, na calada da noite, a fim de não gerar uma revolta

popular.

Page 43: Brasil imperial

O país mudava a forma de governo sem revolucionar a sociedade:

trocava de bandeira, separava a igreja do Estado, fazia uma nova constituição, tudo no

clima de ordem.

O novo governo era organizado pelos grupos sociais que promoveram a república; militares, cafeicultores e profissionais liberais que fora

liderados por Deodoro da Fonseca, que deixara de ser monarquista somente nas

vésperas do golpe republicano.