brasil e afeganistão

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Brasil e Afeganistão estabeleceram relações diplomáticas em 1952 e mantêm diálogo político bastante fluido. O Governo afegão considera o Brasil seu principal parceiro em potencial na América Latina. Em 2010, os dois países decidiram instalar Embaixadas residentes nas respectivas capitais. Em dezembro de 2012, instalou-se em Brasília a embaixada residente daquele país, a primeira do Afeganistão na América Latina. A cooperação técnica é o setor mais promissor para o aprofundamento dos laços entre os dois países. Acordo Básico a respeito foi assinado em 2006, e missão de prospecção da ABC a Cabul foi realizada. Durante a Rio+20, foram assinados dois Ajustes Complementares ao referido Acordo ("Fortalecimento da extensão rural no Afeganistão" e "Abordagem colaborativa para o zoneamento agroecológico do Afeganistão"). Além da agricultura, há potencial para a cooperação em biocombustíveis, energia, mineração, defesa, desminagem, educação, tecnologia eleitoral e políticas sociais. Embora tenha crescido 20 vezes nos dez últimos anos, o intercâmbio comercial é pequeno e amplamente superavitário para o Brasil, que exporta sobretudo frangos e carnes. O Brasil importa, quase exclusivamente, uvas secas. A corrente de comércio entre Brasil e Afeganistão concluiu 2012 no patamar de US$ 8,49 milhões. Trata-se do terceiro maior valor da série histórica do intercâmbio bilateral, inferior apenas aos registrados em 2011 (US$ 11,53 milhões) e em 2009 (US$ 8,86 milhões). Em 2013, até outubro, o comércio totalizou US$ 9,7 milhões. O Afeganistão tem cerca de 26 milhões de habitantes e reservas minerais ainda não-exploradas, avaliadas em um trilhão de dólares. Espera-se que o processo de reconstrução e estabilização do país possa estimular a diversificação e ampliação dos fluxos de comércio e de investimentos bilaterais.

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Descrição das relações entre Brasil e Afeganistão

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Page 1: Brasil e Afeganistão

Brasil e Afeganistão estabeleceram relações diplomáticas em 1952 e mantêm diálogo político bastante fluido. O Governo afegão considera o Brasil seu principal parceiro em potencial na América Latina. Em 2010, os dois países decidiram instalar Embaixadas residentes nas respectivas capitais. Em dezembro de 2012, instalou-se em Brasília a embaixada residente daquele país, a primeira do Afeganistão na América Latina. A cooperação técnica é o setor mais promissor para o aprofundamento dos laços entre os dois países. Acordo Básico a respeito foi assinado em 2006, e missão de prospecção da ABC a Cabul foi realizada. Durante a Rio+20, foram assinados dois Ajustes Complementares ao referido Acordo ("Fortalecimento da extensão rural no Afeganistão" e "Abordagem colaborativa para o zoneamento agroecológico do Afeganistão"). Além da agricultura, há potencial para a cooperação em biocombustíveis, energia, mineração, defesa, desminagem, educação, tecnologia eleitoral e políticas sociais. Embora tenha crescido 20 vezes nos dez últimos anos, o intercâmbio comercial é pequeno e amplamente superavitário para o Brasil, que exporta sobretudo frangos e carnes. O Brasil importa, quase exclusivamente, uvas secas. A corrente de comércio entre Brasil e Afeganistão concluiu 2012 no patamar de US$ 8,49 milhões. Trata-se do terceiro maior valor da série histórica do intercâmbio bilateral, inferior apenas aos registrados em 2011 (US$ 11,53 milhões) e em 2009 (US$ 8,86 milhões). Em 2013, até outubro, o comércio totalizou US$ 9,7 milhões. O Afeganistão tem cerca de 26 milhões de habitantes e reservas minerais ainda não-exploradas, avaliadas em um trilhão de dólares. Espera-se que o processo de reconstrução e estabilização do país possa estimular a diversificação e ampliação dos fluxos de comércio e de investimentos bilaterais. O Brasil defende o imperativo da reconciliação nacional e a interdependência entre segurança e desenvolvimento no Afeganistão. O Governo brasileiro já realizou mais de US$ 1 milhão em contribuições ao Afeganistão (reconstrução e refugiados). No episódio mais recente, em maio do corrente, o Brasil doou US$ 250.000 para a "Estratégia de Soluções" para os refugiados afegãos no Paquistão e no Irã.