bp40-diagnóstico da piscicultura na bacia do alto taquari - ms

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    Diagnstico da Piscicultura naBacia do Alto Taquari - MS

    ISSN 1517 -1981

    Outubro 200 0ISSN 1517-1981Novembro, 2003

    4 0

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    Repblica Federativa do Brasil

    Luiz Incio Lula da SilvaPresidente

    Ministrio da Agricultura e do AbastecimentoRoberto RodriguesMinistro

    Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria - Embrapa

    Conselho de Administrao

    JosAmauri Dimrzzio

    Presidente

    Clayt on CampanholaVice-Presidente

    Alexandre Kalil Pires

    Dietrich Gerhard Quast

    Srgio Faust o

    Urbano Campos RibeiralMembros

    Diretoria-Executiva da Embrapa

    Clayt on CampanholaDiretor-Presidente

    Gustavo Kauark Chianca

    Herbert Cavalcante de Lima

    Mariza Marilena T. Luz BarbosaDiretores-Executivos

    Embrapa Pantanal

    Emiko Kaw akami de ResendeChefe-Geral

    JosAnibal Comastri FilhoChefe-Adjunto de Administrao

    Aiesca Oliveira PellegrinChefe-Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento

    JosRobson Bezerra SerenoChefe-Adjunto da rea de Comunicao e Negcios

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    ISSN 151 7-198 1

    Novembro, 2003

    Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria

    Centro de Pesquisa Agropecuria do Pantanal

    M inistrio da Agricult ura, Pecuria e Abastecimento

    Bolet im de Pesquisa

    e Desenvolvimento 40

    Diagnstico da Piscicultura na

    Bacia do Alto Taquari - MSMarco Aurlio Rotta

    Corumb, MS2003

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    Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na:

    Embrapa PantanalRua 21 de Setembro, 1880, CEP 79320-900, Corumb, MSCaixa Postal 109Fone: (67) 233-2430Fax: (67) 233-1011Home page: www.cpap.embrapa.brEmail: [email protected]

    Comit de Publicaes:

    Presidente: Aiesca Oliveira PellegrinSecretrio-Executivo: Marco Aurlio Rot taMembros: Balbina Maria Arajo Soriano

    Evaldo Luis CardosoJosRobson Bezerra Sereno

    Secretria: Regina Clia Rachel dos SantosSupervisor editorial: Marco A urlio RottaRevisora de texto: Mirane dos Santos da CostaNormalizao bibliogrfica: Romero de AmorimTratamento de ilustraes: Regina Clia R. dos SantosFoto(s) da capa: Marco A urlio Rot taEditorao eletrnica: Regina Clia R. dos Santos

    Elcio Lopes Sarath

    1 edio1 impresso (2003): formato eletrnico

    Todos os direitos reservados.A reproduo no-autorizada desta publicao, no todo ou em parte,constitui violao dos direitos autorais (Lei n 9.610).

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Embrapa Pantanal

    Rotta, Marco Aurlio. Diagnstico da piscicultura na Bacia do Alto Taquari - MS / Marco Aurlio Rotta - Corumb: Embrapa Pantanal, 2003. 31 p. (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento / Embrapa Pantanal ISSN 1517-1981; 40).

    1.Piscicultura - Diagnstico - Bacia do Alto Taquari - Pantanal - MatoGrosso do Sul. 2.Peixe - Produo - Diagnstico - Pantanal. 3.Bacia doAlto Taquari - Pantanal - Piscicultura - Levantamento - Caracterizao.I.Embrapa Pantanal. II.Ttulo. III.Srie.

    CDD: 639.3 (21 ed.)Embrapa 2003

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    Sumrio

    Resumo...............................................................5Abstract ..............................................................6Introduo ...........................................................7Material e Mtodos .............................................11Resultados e Discusso.......................................12

    Perfil do piscicultor..............................................12Perfil da propriedade rural......................................14Perfil da piscicultura ............................................15Legislao ambiental............................................20Assistncia tcnica..............................................21Comercializao e beneficiamento ...........................22

    Concluses ........................................................23Agradecimentos .................................................23Anexos..............................................................24Referncias Bibliogrficas ....................................29

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    Diagnstico da Piscicultura naBacia do Alto Taquari - MS

    Marco Aurlio Rotta1

    ResumoO objetivo deste trabalho a caracterizao da situao da piscicultura na bacia doalto Taquari (BAT) a fim de se propor melhorias no seu sistema, viabilizando-ocomo meio alternativo de renda para os produtores da regio. Este estudo foirealizado no ms de abril de 2003 atravs de levantamento com a aplicao de umquestionrio aos piscicultores da BAT. Foram obtidas informaes para caracterizaros produtores, a propriedade e a produo, alm de outros aspectos relevantes

    atividade. Dos 24 produtores localizados na BAT, 12 (50%) se encontram ematividade, 10 esto inativos (42%) e em dois deles (8%) no foi possvel obterinformaes. Na BAT a atividade de piscicultura vem sendo realizadaprincipalmente em grandes propriedades, com rea mdia de aproximadamente1.400 ha. Nessas propriedades, a atividade econmica predominante a pecuria,com 63% , seguido da agricultura, com 25%. A piscicultura no aparece emnenhum caso como sendo a atividade econmica principal. Em mdia aspisciculturas possuem uma rea de espelho d'gua de 5,5 ha, com um nmeromdio de 11 viveiros por propriedade. Os produtores da BAT produzem

    principalmente as espcies nativas, como o pacu (Piaractus mesopotamicus), opintado (Pseudoplatyst oma corruscans) e o piavuu (Leporinus macrocephalus).

    Termos de indexao: Rio Taquari, piscicultura, levantamento, caracterizao

    1Eng. Agrnomo, M.Sc., Embrapa Pantanal, Cx. Postal 109, CEP 79320-900 - Corumb, MS,[email protected]

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    Fish Culture Diagnostic inUpper Taquari River Basin - MS

    AbstractThe goal of th is work is the characterization of f ish culture situat ion in upper

    Taquari river basin (UTB) in order to proposes improvements in its system, enabling

    it as alternative source of income for t he producers of the region. This scrutiny

    w as performed in April 2003 through t he application of a questionnaire to

    fishculturists of the basin. Information w ere arisen to characterize the producers,

    her property and the fish product ion, besides other important aspects to theactivity. Among 24 producers located in UTB, 12 (50% ) they f ind in activity , 10

    are inactive (42% ) and in tw o (8% ) it w asn' t possible to get information. In UTB

    the fish culture activity has been performed most ly in big properties, w ith area

    average of about 1,400 ha. In this propert ies, the predominant economic activity is

    the catt le breeding, w ith 63% of the cases, follow ed by the agriculture, w ith 25% .

    The fish culture doesn' t appear as being the main economic activity in any case.

    On an average the fish culture ow n a w ater area of 5 .5 ha, w ith an average

    number of 1 1 ponds per property. The fishculturists of UTB produce mostly the

    native species, as pacu (Piaractus mesopotamicus), the pintado (Pseudoplatystoma

    corruscans) and piavuu (Leporinus macrocephalus).

    Index terms: Taquari river, f ish culture, scrut iny, characterization

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    IntroduoA bacia hidrogrfica do rio Taquari possui uma dimenso de 78 mil km2, sendo que50 mil km2compem o leque aluvial que est localizado na plancie pantaneira(Braun, 1977). Nessa plancie, o Taquari se comporta como um rio defluente, isto, ao invs de receber afluentes, ao longo do seu percurso, vai perdendo guaatravs de vrias bocas e arrombados, formando uma rea de inundao de11 mil km2(Galdino et al., 1997).

    A bacia do alto Taquari - BAT - compreende a rea do planalto drenada pelo rioTaquari e seus afluentes, at a plancie pantaneira, prximo cidade de Coxim-MS(Fig. 1). A superfcie da BAT de 28.450,6 km2, sendo que a maioria dessa reaest localizada no Estado de Mato Grosso do Sul - MS (86,52%) e o restante em

    Mato Grosso - MT (13,48%). Os municpios que integram a BAT so: Alcinpolis,Camapu, Costa Rica, Coxim, Pedro Gomes, Ribas do Rio Pardo, Rio Verde, SoGabriel dOeste e Sonora, localizados no Estado de Mato Grosso do Sul, e AltoGaras, Alto Araguaia e Alto Taquari, no Estado de Mato Grosso, como pode servisto na Fig. 2 (Galdino et al., no prelo).

    Segundo Galdino et al. (no prelo) a BAT pode ser dividida em quatro sub-bacias(Fig. 3). A sub-bacia do rio Taquari (12.055 km2) compreende a rea de drenagemdo rio Taquari a montante da confluncia com o seu principal afluente, o rioCoxim. A sub-bacia do rio Coxim (7.442 km2), com seo de controle a montantedo seu mais importante tributrio, o rio J aur. Outras sub-bacias so as do rioJ aur (6.394 km2) e do Taquari-Mirim (1.476 km2).

    A bacia do rio Taquari notadamente conhecida pela grande quantidade de peixesexistentes em seus cursos dgua. Este fato se deve ao fenmeno da subida decardumes migratrios, que usam parte da bacia como rea de reproduo. Comrelao a sua ictiofauna, a rea de inundao da BAT constitui um imenso local decriao de peixes, onde os jovens encontram abrigo e alimento para o crescimentoe os adultos encontram alimento para repor as perdas devido a longa migrao,

    bem como para continuar o seu crescimento e acumular energias para o prximoperodo reprodutivo (Resende et al., 1996).

    Para o Pantanal, at a presente data, foram identificadas 263 espcies de peixes(Britski et al., 1999), as quais certamente ocorrem nessa bacia, dada a suadimenso e a falta de barreiras que impeam a livre disperso. As espcies deimportncia econmica so as mesmas da bacia como um todo, quais sejam opacu, pintado, cachara, dourado, ja, piavuu, piraputanga, barbado e curimbat.

    Com a expanso da atividade agropecuria no planalto da BAT a partir do final da

    dcada de 70, sem o manejo adequado do solo, houve uma intensificao dosprocessos erosivos, aumentando a produo de sedimentos e seu aporte para o

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    Fig. 1.Localizao da bacia do alto Taquari e da plancie de inundao do baixo curso do rio Taquari no Pantanal.

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    Fig. 2.Bacia do alto Taquari com limites dos municpios. Fig. 3. Localizao das principais sub-bacias do alto Taquari.

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    Pantanal (Oliveira et al., 2000). O assoreamento do rio Taquari j foi bastanteestudado (Padovani et al., 1997; Galdino et al., no prelo). Este problema se deveao fato de que grande parte do planalto da BAT possui solos suscetveis eroso,estando em segundo lugar em termos de risco de eroso potencial dentro da bacia

    do alto Paraguai - BAP. Suas vertentes so predominantemente compostas porsolos arenosos, sendo as areias quartzosas o grupo mais importante (possuem90% de areia) (Padovani et al., 1998; Galdino et al., no prelo). O aumento doaporte de material em suspenso nos corpos dgua prejudicial qualidade dagua e s comunidades aquticas em dois aspectos: por assorear o leito do rio, queinflui na mobilidade e dinmica do fundo do seu leito, e, principalmente, por alteraras caractersticas fsicas e qumicas da gua (Calheiros, 1993). Tanto o soloarenoso quanto o aumento nos sedimentos dos rios da BAT podem prejudicar odesenvolvimento da piscicultura na regio, pois esta atividade necessita de solos

    argilosos para que se possa construir viveiros de terra com baixa infiltrao, comotambm necessita de gua de qualidade para assegurar um bom desempenho dospeixes nos viveiros de cultivo.

    Portanto, a maior garantia para a conservao e utilizao da ictiofauna presente naBAP, tanto atravs da pesca como atravs da piscicultura, e, conseqentemente,da bacia do Taquari, a manuteno da integridade dos habitats e processosecolgicos que ocorrem na plancie, planaltos e morrarias. Mantendo-se a qualidadeda gua para a preservao da vida aqutica, conseqentemente a qualidade dagua para outros fins, como abastecimento, pesca, aquacultura, irrigao, lazer e

    mesmo navegao estaro assegurados (Calheiros, 1993).

    A BAT se caracteriza por guas com alta concentrao de oxignio dissolvido (6,6a 8,2 mg/L), pH entre 6 e 7, condutividade eltrica entre 16,0 e 53,0 S/cm,alcalinidade total entre 0,17 e 0,68 meq/L e CO2livre entre 0,8 e 12,7 mg/L.Apresenta tambm baixa transparncia da gua (12,0 a 46,0 cm), clorofila at 2,8g/L e baixas concentraes de nutrientes (123,2 a 491,5 g N total/L e 41,7 a224,8 g P total/L) (Oliveira e Calheiros, 1998), encontrando-se dentro da faixaadequada para o uso em piscicultura.

    No h trabalhos especficos que caracterizem a situao da atividade dapiscicultura na BAT. Entretanto, para o Estado do Mato Grosso do Sul, j existemalguns estudos sobre esta atividade. Podem-se destacar o Plano de conservao daBacia do A lto Paraguai(Catella et al., 1997), a Caracterizao, diagnst ico eprojeto de fortalecimento da Piscicultura no Estado de M ato Grosso do Sul(MATOGROSSO DO SUL, 1999), o Perfil Competit ivo do Estado de Mato Grosso do Sul(Mercoeste, 2002), o Diagnstico da Piscicultura Comercial de Mato Grosso do Sul(DFA/MS, 2002) e o Estudo da Cadeia Produt iva da Piscicultura-MS(Prochmann,no prelo).

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    Quanto s pisciculturas situadas na BAP, estas encontravam-se localizadas noplanalto e no na plancie pantaneira. Esta atividade se desenvolveu principalmenteem propriedades pequenas, concentrando-se nas fazendas menores que 50 ha(30%), onde a maioria das reas inundadas para cultivo eram menores que 5 ha

    (75%) (Catella et al., 1997).Segundo Catella et al.(1997), o Mato Grosso do Sul possua em 1995 uma reade viveiros utilizados na piscicultura de aproximadamente 120 ha, sendo que omunicpio de Coxim concentrava 32% desta rea (38,4 ha) e o somatrio dosmunicpios pertencentes bacia do Taquari correspondia a 41% da rea total delmina dgua destinada piscicultura (49,2 ha). Os sistemas de cultivo utilizadosna poca eram o extensivo e o semi-intensivo com a finalidade de engorda dospeixes para a posterior venda (64%) (Catella et al., 1997). As principais espciesproduzidas no Estado eram, em ordem de importncia, o pacu, o curimbat, o

    piau, o piavuu e o pintado (os nomes cientficos dos peixes citados no textoencontram-se listados no Anexo A) (Catella et al., 1997).

    No Estado do Mato Grosso do Sul comercializa-se atualmente cerca de 2.000t/ano de pescado oriundo da piscicultura, o que acaba promovendo umadiminuio do esforo de pesca sobre os estoques pesqueiros. Entretanto, estevolume ainda muito baixo, pois se estima que o potencial de consumo no MatoGrosso do Sul seja de 10 mil t/ano. Logo, a produo gerada pela piscicultura noatende a 20% desta demanda (Mercoeste, 2002). Para se mudar esta realidade o

    estado precisa buscar alternativas que alavanquem a piscicultura, pois esta anica forma de manter e/ou aumentar a sua produo de pescado, tendo em vistaque cada vez mais ir se restringir ou diminuir a contribuio da pescaesportiva/comercial na produo total de peixe (Prochmann, no prelo).

    O objetivo deste trabalho a caracterizao da situao da piscicultura na bacia doalto Taquari pertencente ao estado do Mato Grosso do Sul, a fim de se propormelhorias no seu sistema, viabilizando-o como meio alternativo de renda para osprodutores da regio. Para tanto sero abordados os aspectos considerados maisrelevantes para auxiliar no seu desenvolvimento, mediante a gerao deinformaes capazes de respaldar tecnicamente a legislao e de ampliar asatividades do setor aqcola na regio.

    Materiais e MtodosComo o objetivo central deste trabalho apresentar um perfil do piscicultor queest desenvolvendo suas atividades dentro da bacia hidrogrfica do alto Taquari, a

    fim de proporcionar um entendimento bsico da sua situao, foi realizada no msde abril de 2003 uma viagem BAT com a finalidade de aplicar um questionrio

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    aos piscicultores da regio. Os levantamentos foram realizados nos municpios deAlcinpolis, Camapu, Costa Rica, Coxim, Pedro Gomes, Ribas do Rio Pardo, RioVerde de Mato Grosso, So Gabriel DOeste e Sonora. Dos produtores nolocalizados/visitados, realizou-se uma entrevista por telefone, entre os meses de

    maio e julho de 2003, com a finalidade do preenchimento do questionrio proposto(Anexo B).

    Foram levantadas informaes para caracterizar os produtores (como idade eescolaridade), a propriedade (como posse, rea e atividades econmicaspredominantes) e a produo (como rea da lmina dgua, nmero de viveiros,espcies de peixe produzidas, sistema de cultivo, assistncia tcnica ebeneficiamento), alm de outros aspectos relevantes atividade. Os dados depoisde tabulados, foram analisados utilizando mtodos estatsticos descritivos, porm,devido ao pequeno nmero de questionrios respondidos na sua totalidade,

    medidas de posio e variabilidade tiveram que ser descartadas, permanecendo nadiscusso somente os resultados das anlises de mdia e freqncia relativa.

    Antes da aplicao dos questionrios procedeu-se um levantamento dospiscicultores junto aos cadastros da Secretaria de Meio Ambiente do Estado doMato Grosso do Sul - SEMA/MS, do Instituto de Meio Ambiente - Pantanal -IMA-P, e da Delegacia Federal de Agricultura do Estado do Mato Grosso do Sul -DFA/MS (DFA/MS, 2002). Os produtores que alteraram seus endereos decontato foram localizados, quando possvel, pelo escritrio do Consrcio

    Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentvel da Bacia Hidrogrfica doTaquari - COINTA, localizado em Coxim/MS.

    Resultados e DiscussoDo total de 54 produtores cadastrados na SEMA/MS e no DFA/MS, 24questionrios (44%) foram aplicados atravs da visita nas propriedades e os 30questionrios restantes (56%) foram aplicados por telefone. Dos 54 questionrios,foram obtidos 24 teis, pois as propriedades analisadas se encontravam dentro darea de estudo. Dos 30 questionrios no aproveitados, 9 deles foram depropriedades pertencentes a outras bacias hidrogrficas e os 21 questionriosrestantes no se obtiveram informaes (SI - Sem Informao), como podemos verna Fig. 4.

    Perfil do piscicultor

    O piscicultor mdio foi caracterizado como um homem de 55 anos de idade,

    casado, com dois dependentes, educao superior completa, exercendo essaatividade h oito anos, em mdia, e reside, principalmente, em reas urbanas. Uma

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    situao bastante diferente daquela encontrada em MATO GROSSO DO SUL(1999), onde a grande maioria dos produtores vivem na propriedade e nopossuem alto grau de escolaridade. Dos 24 produtores localizados na BAT, 12

    (50%) se encontram em atividade, 10 esto inativos (42%) e em dois deles (8%)no foi possvel obter informaes.

    Fig. 4.Freqncia relativa (%) da localizao das propriedades quanto baciahidrogrfica pertencente (entre parnteses a freqncia relativa desconsiderando-seas respostas SI).

    Esta realidade corrobora com a constatao de Prochmann (no prelo), que afirmouexistirem duas realidades distintas: a dos grandes produtores, com emprego detecnologia, elevada escala de produo e bons ndices de produtividade, e a outra,com produtores atrasados tecnologicamente, baixa escala de produo,produtividade e rentabilidade, os quais, possivelmente, j abandonaram a atividade.

    Cerca de 90% dos piscicultores no utilizaram financiamento para iniciar napiscicultura e 63% no pretendem expandir a atividade por julgarem de baixoretorno econmico. Os outros 37% acreditam que a atividade rentvel, valendo apena um maior investimento, principalmente quando realizada concomitantementecom a utilizao de tecnologia.

    Quanto possibilidade de financiamento para a piscicultura, de acordo com olevantamento realizado pelo MATO GROSSO DO SUL (1999), so vrias as linhasde crdito aplicveis nesta atividade. Algumas delas bastante interessantes do

    ponto de vista financeiro. As principais so o Fundo Constitucional deFinanciamento do Centro-Oeste - FCO, o Programa Nacional de Fortalecimento da

    SI39%

    Paran9% (15%)

    Negro2% (3%)

    Piquiri6% (10%)

    Taquari44% (72%)

    Outros61%

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    Diagnstico da Piscicultura na Bacia do Alto Taquari - MS14

    Agricultura Familiar do Ministrio do Desenvolvimento Agrrio - PRONAF e oPrograma de Gerao de Emprego e Renda - PROGER; todas de origem federal eoperacionalizadas pelo Banco do Brasil.

    O FCO foi e continua sendo um importante meio de financiamento de pisciculturaem Mato Grosso do Sul, tendo sido responsvel por grande parte dos projetosexistentes. Atualmente, opera-se no Programa de Desenvolvimento Rural comtaxas de 8% a.a. e corrigido com base no ndice Geral de Preos/DisponibilidadeInterna IGPD/DI da Fundao Getlio Vargas, com prazos que podem chegar adoze anos dependendo do projeto (MATO GROSSO DO SUL, 1999).

    Apesar dos recursos serem provenientes de fundos do governo, os riscos dasoperaes so integralmente do Banco do Brasil, o que justifica as intensasexigncias cadastrais. Entre essas exigncias, a que representa um dos maiores

    impeditivos do acesso ao crdito o volume de garantias reais a se negociar, quepodem chegar a 200% (MATO GROSSO DO SUL, 1999).

    Perfil da propriedade rural

    A propriedades que possuem projetos de piscicultura encontram-se localizadas noPlanalto, sendo que 88% das propriedades que foram obtidas informaes so depropriedade do prprio produtor, e as outros 12% so arrendadas.

    As pisciculturas localizadas na BAP at 1995 encontravam-se localizadas noplanalto e no na plancie pantaneira, que, devido as suas caractersticas, torna-seimprpria para a implantao de viveiros de piscicultura, pois possui solosarenosos, topografia plana, possibilidade de inundaes anuais e ocorrncia dadequada (Catella et al., 1997). Este fenmeno, segundo Calheiros e Ferreira(1997), resulta da depleo de oxignio e do aumento da concentrao de gscarbnico dissolvido na gua devido aos processos oxidativos da matria orgnicaque entra em contato com a gua na poca da enchente. O fenmeno acabatambm dificultando o sistema de cultivo em tanque-rede, o qual tem capacidadede aproveitar amplos corpos dgua sem a necessidade de construes de viveiros

    de terra.

    Na BAT, conforme os dados levantados por este estudo, a atividade da pisciculturavem sendo realizada principalmente em propriedades grandes, com rea mdia deaproximadamente 1.400 ha. Na BAP a atividade de piscicultura se desenvolveuprincipalmente em propriedades pequenas, com rea inferior a 500 ha (78%),concentrando-se principalmente em propriedades menores que 50 ha (30%).Nessas propriedades, a maioria das reas inundadas para cultivo eram menores que5 ha (75%), sendo a maior parte delas inferiores a 1 ha (37%) (Catella et al.,

    1997).

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    Diagnstico da Piscicultura na Bacia do Alto Taquari - MS 15

    Nas propriedades levantadas, a atividade econmica predominante a pecuria,com 63% dos casos, seguido da agricultura, com 25% (Fig. 5), conforme ditoanteriormente. Vale a pena ressaltar que a piscicultura no aparece em nenhumcaso como sendo a atividade econmica principal, obtendo, no mximo, e um

    caso, a posio de segundo lugar em uma propriedade que est investindo naproduo de surubins em viveiros de terra (Fig. 6). Quantificando-se esta

    importncia, a piscicultura possui, para os produtores entrevistados, em mdia,somente 10% de importncia, sendo, portanto, uma atividade praticamentedesconsiderada dentre as demais desenvolvidas pelo produtor. Logo, dentro daspropriedades levantadas, nenhuma delas se sustenta atravs da piscicultura.

    Fig. 5.Freqncia relativa (%) da atividade econmica predominante daspropriedades que possuem projetos de piscicultura na BAT (entre parnteses afreqncia relativa desconsiderando-se as respostas SI).

    Esta realidade acaba gerando uma situao de descaso com a atividade, pois no

    dada a devida importncia e ateno ao cultivo, levando, invariavelmente, obteno de resultados insatisfatrios, aumentando a possibilidade de abandonoda piscicultura.

    Perfil da piscicultura

    Dentre os projetos de piscicultura existentes na BAT, estes possuem geralmentedois objetivos: a subsistncia (33%) e a produo comercial (59%). Outro objetivoencontrado entre as propriedades levantadas foi a atividade cientfica em uma delas(8%), a qual pertence a uma universidade particular do estado de So Paulo efunciona como um campo experimental.

    SI33% Outros67%

    Suinocultura8% (12%)

    Piscicultura0% (0%)

    Pecuria42% (63%)

    Agricultura17% (25%)

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    Diagnstico da Piscicultura na Bacia do Alto Taquari - MS16

    Fig. 6.Vista panormica dos viveiros de recria de uma piscicultura que trabalhacom o cultivo intensivo de surubins na regio da BAT.

    A maioria das propriedades no utilizam conhecimentos tcnicos bsicos depiscicultura nas suas criaes (75%), como filtros nas entradas de gua, controle

    de predadores, sistemas de abastecimento e escoamento independente entre osviveiros (Fig. 7 e 8), adubao adequada da gua, etc. Entretanto, 63% dosprodutores dizem realizar anlises na qualidade de gua do viveiro, principalmenteantes do peixamento dos mesmos, ou quanto est ocorrendo algum problema nacriao, como o aparecimento de doenas ou de mortalidade nos peixes.

    Fig. 7.Canal de abastecimento dosviveiros de terra e seu registro para aentrada independente de gua.

    Fig. 8.Cano de abastecimento degua dos viveiros de terra.

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    Diagnstico da Piscicultura na Bacia do Alto Taquari - MS18

    SI33%

    Outros67%

    Mista17% (25%)

    Caseira17% (25%)

    Industrializada33% (50%)

    Fig. 9.Freqncia relativa (%) da origem da rao utilizada nos projetos depiscicultura na BAT (entre parnteses a freqncia relativa desconsiderando-seas respostas SI).

    Segundo Catella et al. (1997), a maioria as pisciculturas do Mato Grosso do Sul sededicavam engorda (64%), entretanto havia um grande nmero de projetos que

    se dedicavam criao ou alevinagem (36%). Os sistemas de cultivo utilizados napoca (at 1995) eram o extensivo e o semi-intensivo. No sistema extensivo aproduo se baseava principalmente no alimento natural produzido no tanque. J no sistema semi-intensivo ocorria o arraoamento suplementar dos peixes,necessitando tambm um maior controle do sistema quando comparado aoextensivo.

    Em 2001/2002, do total de 536 produtores no Estado, 39 (7%) trabalham comreproduo, 96 (18%) com pesque e pague, e os demais com engorda (75%),com uma produo mdia de 4,85 t/ha. O sistema de cultivo utilizado atualmente

    o intensivo, o qual fornece rao nutricionalmente completa aos peixes enecessita um maior controle do ambiente. S no ano de 2002, segundo os dadosdo NPA/DFA/MS, foram registrados mais 84 produtores, com uma rea de 558,3ha e uma produo declarada de 2.689 t/ha, sendo que 10 destes trabalham comreproduo, 9 com a atividade de pesque e pague e o restante com engorda(DFA/MS, 2002). Nos municpios pertencentes a BAT, em 2001/2002 haviam 56produtores, dos quais 2 (3%) trabalhavam com reproduo, 12 (21%) compesque-pague e o restante com engorda (76%). A rea total de viveiros era de 102ha, com uma produtividade estimada de 452 t (DFA/MS, 2002).

    Com relao s espcies produzidas, estas so determinadas pela preferncia domercado e pela disponibilidade de tecnologia para sua produo e engorda (Catella

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    et al., 1997). As principais espcies produzidas no Estado em 1995 eram, emordem de importncia, o pacu, o curimbat, o piau, o piavuu e o pintado (Catellaet al., 1997). Segundo os dados do MATO GROSSO DO SUL (1999) eProchmann (no prelo), o Mato Grosso do Sul produz principalmente as espcies

    nativas, como o pacu, curimbat, piavuu e o pintado, alm do tambaqui que uma espcie de origem amaznica. Alm do mais, o Estado o maior produtor detilpia da regio Centro-Oeste, mesmo esta sendo uma espcie extica, pois permitida a sua criao na bacia do Paran.

    Segundo os dados levantados neste estudo, os produtores da BAT produzemprincipalmente as espcies nativas, sendo as espcies mais cultivadas, em ordemde importncia, o pacu, o pintado e o piavuu, alm de outras espcies, como olambari, o tambacu e o curimbat, que tambm so bastante difundidas, comopodemos ver na Fig. 10. Vale ressaltar que o tambacu um hbrido entre o pacu,

    peixe da Bacia do Prata e o tambaqui, peixe da Bacia Amaznica. Como ocorre nonorte da BAP, no estado do Mato Grosso, h uma grande produo e aceitao dotambacu pelas pisciculturas e peixarias, pois um peixe precoce, rstico e comboas caractersticas zootcnicas, sendo, portanto, preferido pelos produtores aopacu e o tambaqui.

    Pacu

    Pintado

    Tamba

    cu

    Piavuu

    Lamba

    ri

    Curimbat

    SI

    Primeira EspcieSegunda EspcieTerceira Espcie0

    10

    20

    30

    40

    50

    %d

    osProdutores

    Espcie

    Fig. 10.Freqncia de utilizao das espcies de peixes cultivadas pelos

    piscicultores da BAT.

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    Atualmente o cultivo do pintado e do cachara vem ganhando muita fora devidoao domnio do seu sistema de cultivo, abrindo a possibilidade de ser o peixe maiscultivado no Estado, pois as caractersticas da sua carne so muito atrativas, comoa ausncia de espinhas, a sua colorao, o seu sabor e o seu alto valor de mercado

    (Prochmann, no prelo).

    Legislao ambiental

    No levantamento realizado no presente estudo, 44% cultivam ou cultivaramalguma espcie de peixe extica ou hbrida na sua propriedade. Entretanto, quandoquestionados a respeito do conhecimento da legislao a respeito da proibio daintroduo de espcies exticas ou hbridas na BAP, somente 25% responderamque no tm conhecimento desta restrio.

    Conforme decreto estadual n 5.646/MS, de 28 de setembro de 1990, art. 14 ,pargrafos 1 e 2, proibida a introduo e o cultivo de espcies exticas ouhbridas na BAP que pertence ao Mato Grosso do Sul. A portaria do InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis IBAMA n145/98, de 29 de outubro de 1998, art. 3 , tambm veda a possibilidade denovas introdues de espcies de peixes alctones. Entretanto, em parte da baciada BAP, que pertence ao Mato Grosso, o cultivo da espcie hbrida tambacu estsendo realizada a vrios anos, fomentada pelos prprios rgos governamentais,antes mesmo das leis citadas anteriormente serem criadas. Esta discrepncia leva a

    uma situao absurda e de difcil soluo, pois as polticas devem ser realizadas deforma igual em toda da bacia hidrogrfica para serem eficientes e devem antecedera introduo da espcie em questo.

    Ateno especial deve ser dada ao fato da piscicultura representar um risco para aintroduo indesejvel de espcies exticas no ambiente, que podem ser muitodanosas para o ecossistema, pois a falta de informao e do ordenamento do setortem facilitado a ocorrncia de fatos como o que ocorreu no rio Piquiri em 1982,quando uma barragem contendo a espcie amaznica tucunar se rompeu,disseminando esta espcie na regio, e que vem sendo encontrada com freqnciaem vrios locais do Pantanal (Sarez et al., 2001; Nascimento et al., 2001).J ustifica-se plenamente este cuidado devido a falta de metodologia cientficaconhecida para se avaliar, antecipadamente, o impacto da introduo de espcieextica pois, uma vez introduzida, no ser possvel a sua remoo (Prochmann,no prelo).

    Ainda no que diz respeito legislao ambiental, este estudo mostra que 88% dosprodutores possuem a licena ambiental para o desenvolvimento da piscicultura,entretanto 100% deles no possuem qualquer tipo de tratamento de efluentes.

    Estes valores so superiores queles encontrados nos municpios pertencentes aBAT em 2001/2002 (DFA/MS, 2002), quando haviam 56 produtores em atividade

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    mas somente 29 (52%) possuam licena ambiental. No Estado, em 2001/2002,do total de 536 produtores, um pouco menos da metade (46%) possuem licenajunto aos rgos ambientais (DFA/MS, 2002).

    A legislao ambiental (Lei Estadual n1653 alnea e) sugere a possibilidade depiscicultura gerar efluentes poluentes nos cursos naturais de gua. Entretanto, aproduo de peixes em viveiros convencionais de baixo fluxo de gua, quepredominam no Estado, geram poucos efluentes, quando comparados com outrasatividades, sendo, portanto, considerada de baixo impacto ambiental (Prochmann,no prelo).

    Os produtores tambm se mostraram conhecedores da legislao quanto preservao da mata ciliar, visto que 88% dos mesmos afirmaram conhecer alegislao sobre a rea de preservao permanente obrigatria nas margens dos

    corpos dgua.

    Portanto, para o desenvolvimento da piscicultura na BAP, e consequentemente naBAT, necessrio o estabelecimento de uma poltica especifica, tendo legislao efiscalizao prprias. preciso considera-la uma atividade zootcnica,diferenciando-a da pesca extrativa, uma vez que ambas s possuem em comum oproduto final, o pescado (Catella et al., 1997), o que vem ocorrendo atualmente,pois com a criao da Secretaria Especial de Aqicultura e Pesca, percebe-se que osetor da aqicultura est se consolidando, abrindo a possibilidade para o

    levantamento e soluo destes problemas. Para que isto ocorra de formasustentada, alm da estruturao da cadeia produtiva das espcies de maiorinteresse para o agronegcio brasileiro e da sua anlise econmica, outro aspectomuito importante que precisa ser levado em conta a questo da sustentabilidadee competitividade dos sistemas de produo vista com o enfoque ambiental. Estaquesto de grande importncia neste setor por ter como caracterstica marcanteo uso direto de recursos hdricos disponveis, o que atualmente provoca grandediscusso entre o governo, produtores e agncias ambientais.

    Assistncia tcnica

    Quanto questo de assistncia tcnica, a piscicultura considerada uma dasatividades em que o produtor rural tem mais dificuldade para assimilar a tecnologia.Aparentemente, os conceitos relativos a um animal que se encontra em umambiente diferente do usual, como a gua, no possibilita comparaes, criandosrias dificuldades incorporao de tecnologia (MATO GROSSO DO SUL, 1999).

    Dentro das propriedades estudadas neste trabalho, 51% possuem algum tipo deassistncia tcnica. Este alto ndice pode estar relacionado ao alto grau de

    escolaridade dos produtores, que por mais que no tenham conhecimento

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    especfico da rea, tem condies de procurar e entender os novos conceitos queregem a produo de animais aquticos.

    A falta de assistncia tcnica aliada a baixa utilizao de rao comercial faz com

    que muitos produtores tenham baixa produtividade em seus tanques,comprometendo a qualidade da produo e a prpria viabilidade da atividade. Estaspodem ser as causas da grande quantidade de produtores que se encontram forade atividade (42%).

    Esta tambm pode ser a razo pela qual poucos produtores (25%) fazem anlisede custo na atividade da piscicultura. Esta realidade muito preocupante, pois todavez que a falta de profissionalismo ocorre em uma piscicultura, e a falta de controlefinanceiro certamente uma das mais importantes, a possibilidade de ocorrerprejuzo na atividade muito grande, levando o produtor a se desmotivar com a

    criao e abandonar a atividade, como j vem acontecendo na regio.

    Comercializao e beneficiamento

    Dentre os destinos para a comercializao do peixe, houve uma preferncia porparte dos produtores aos mercados regionais, com 57%, como podemos ver naFig. 11. As casas de iscas encontram-se em segundo lugar, com 29%, devido aospisciculturas de reproduo que esto presentes na regio e trabalham basicamentecom o lambari, uma espcie muito difundida como isca viva.

    SI

    42%

    Outros

    58%

    Pesque-pague8% (14%)

    Mercado33% (57%)

    Casa de iscas17% (29%)

    Feiras0% (0%)

    Indstria0% (0%)

    Fig. 11.Freqncia relativa (%) do destino dos peixes comercializados pelos

    piscicultores da BAT (entre parnteses a freqncia relativa desconsiderando-se asrespostas SI).

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    Vale ressaltar que os pesque-pagues so procurados por uma pequena quantidadede produtores para a venda do peixe (14%), que juntamente com as feiras (0%),remuneram melhor o produtor. Esta baixa procura dos produtores, deve-se,possivelmente, pouca demanda de peixes por esses mercados ou pela falta de

    contato entre os produtores e os feirantes, que devem, provavelmente, preferir ospeixes oriundos da pesca.

    A indstria no atua na compra do pescado produzido na regio (0%),possivelmente devido a grande distncia do produtor, a baixa produo e ainconstncia no fornecimento. Soma-se a isto a baixa quantidade de pisciculturasque executam algum tipo de beneficiamento (25%), mostrando a tendncia de secomprar peixes inteiros, fato muito comum em uma regio com o costume de sepreparar pratos a base de pescado.

    ConclusesNas condies em que este estudo foi realizado, pode-se concluir que:

    1. Os piscicultores que esto em atividade na bacia do alto Taquari possuem umacondio social e um grau de instruo superior a mdia do Estado;

    2. De modo geral no h emprego de conhecimentos tcnicos adequados nas

    criaes de peixes localizadas na bacia do alto Taquari;3. As principais espcies produzidas na bacia do alto Taquari so as que possuem

    alto valor econmico ou que detm a preferncia pelo mercado;

    4. H uma grande possibilidade de disperso e introduo de espcies exticaspelos piscicultores da bacia do alto Taquari;

    5. Mesmo criando espcies com sistemas de cultivo bem estabelecidos, apiscicultura realizada na bacia do alto Taquari carente de profissionalismo.

    Agradecimentos

    Agradeo ao Fundo para o Meio Ambiente Mundial - GEF (ANA/GEF/PNUMA/OEA)pelo financiamento deste estudo, que est vinculado ao Subprojeto 5.2 GEFPantanal-Alto Paraguai. Agradeo Sra. Rosana Aparecida Cndido Pereira (IMA-P)pelo auxlio na confeco do questionrio, Sra. Elizabeth Burkhardt (SEMA/MS)pela ajuda na busca dos endereos dos piscicultores licenciados na bacia do alto

    Taquari, ao Sr. Valter Loeschner (DFA/MS) por fornecer a listagem dos piscicultoresem atividade na bacia do alto Taquari e, finalmente, ao Sr. J os Francisco de Paula

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    Filho e a Sra. Rute Santana de Souza (COINTA), pelo grande amparo dado nalocalizao dos produtores.

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    AnexosAnexo A.Relao dos nomes comuns dos peixes mencionados no texto e seusrespectivos nomes cientficos.

    Nome Comum Nome Cientf ico

    Barbado Pinirampus pirinampu

    Cachara Pseudoplatystoma fasciatum

    Curimbat Prochilodus lineatus

    Dourado Salminus maxillosus

    J a Paulicea luetkeni

    Lambari Astyanax sp.

    Pacu Piaractus mesopotamicus

    Piau Leporinus friderici

    Piavuu Leporinus macrocephalus

    Pintado Pseudoplatystoma corruscans

    Piraputanga Brycon microlepis

    Tambacu C. macropomum x P. mesopotamicus

    Tambaqui Colossoma macropomum

    Tilpia Oreochromissp.

    Tucunar Cichlasp.

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    Anexo B.Questionrio aplicado aos piscicultores da BAT.

    CARACTERIZAO DA AQUACULTURA NA BACIA DO ALTO TAQUARI

    I CARACTERIZAO DO PROPRIETRIONome:_______________________________________________________________________Idade:________Endereo Residencial: ________________________________________________________Cidade/Estado:_______________________________________CEP:____________________Telefone:____________ Nmero de dependentes:____________

    Nvel de escolaridade do proprietrio: Sem instruo Ensino Fundamental - Completo IncompletoEnsino Mdio - Completo IncompletoEnsino Superior - Completo Incompleto

    II CARACTERIZAO DA PROPRIEDADENome da Propriedade:_________________________________________________________Endereo:__________________________________________ Municpio:________________Bacia Hidrogrfica pertencente:________________________________________________Propriedade: arrendada ou prpriaCoordenadas - Latitude: ____________ Longitude:____________ Altitude:___________Vias de acesso trafegvel:

    o ano inteiro na seca nas chuvas em pssimas condiesTipo de Atividade: Comercial Subsistnciarea total da Propriedade:_____________

    Atividades econmicas predominantes:Atividade % de importncia

    III CARACTERIZAO DA PISCICULTURATipo de Estrutura N de Tanques Lmina dgua (ha) FinalidadeTanque EscavadoTanque RedeTanque de alvenariaTq. de alta renovaoAude

    RepresaTotal

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    Quantos anos trabalha nesta atividade? ______________Se sustenta atravs da piscicultura? Sim NoPossui Filtro na Captao da gua? Sim No

    Que tipo? Areia Pano Tela Outros

    Origem da gua: Represa Crrego Rio Aude Nascente Poos OutrosSistema de distribuio da gua: Independente ComumTipo de Abastecimento dos tanques: Canal de alvenaria Canal de amianto

    Canal plstico Canal no revestido Tubo de PVC Tubo de metal Tubo de cimento Tubo de barro Outros

    Qual a vazo do canal de abastecimento? _____________Captao de efluentes: Independente ComumDestino dos efluentes: Tratamento qumico Tratamento biolgico

    Tq. de decantao Sem tratamento Outros

    Qual a rea destinada ao tratamento dos efluentes? ______________Nutrio: Rao Prpria ou Industrializada Rao Completa Rao Suplementar Mista Subprodutos

    Grosin natura OutrosFaz anlise dos custos de produo? Sim No Como? ____________________

    Controle da gua(qualidade) Sim NoCaractersticas: Freqncia Problemas Comuns Providncias

    TemperaturaOxignioPHTransparncia

    IV - CARACTERIZAO DA PRODUO1 Reproduo Sim NoEspcie CultivadaNome Produo

    Anual (mil.)Quebra %(mortalid.)

    Sistema deCultivo

    reaCultivada

    MonoPolicult.

    Nat./Hibr./Extica

    Valor deVenda

    MercadoFinal

    Como faz a venda: na propriedade ou faz entrega aos clientes/produtoresComo faz a despesca? Seca o viveiro Passa a rede

    Local da Comercializao: Municpio Estado Pas ExteriorTransporte: Prprio Terceiros

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    2 Recria Sim NoEspcie CultivadaNome Produo

    Anual (mil.)Quebra %(mortalid.)

    SistemaCultivo

    reaCultiv.

    Mono ouPolicult.

    Nat./HbrExtica

    ValorVenda

    Merc.Final

    Como faz a venda: na propriedade ou faz entrega aos clientes/produtoresComo faz a despesca? Seca o viveiro Passa a redeLocal da Comercializao: Municpio Estado Pas ExteriorTransporte: Prprio Terceiros

    3 Engorda/Terminao Sim NoEspcie CultivadaNome Produo

    Anual (mil.)Quebra %(mortalid.)

    SistemaCultivo

    reaCultiv.

    Mono ouPolicult.

    Nat./HbrExtica

    ValorVenda

    Merc.Final

    Como faz a despesca? Seca o viveiro Passa a redeComo faz a venda - na propriedade ou faz entrega aos produtoresComercializao: Peixe Vivo Beneficiado S/Vsceras C/VscerasComo faz a venda: na propriedade ou faz entrega aos clientes/produtores

    Local da Comercializao: Municpio Estado Pas ExteriorTransporte: Prprio Terceiros

    4 Pesque-pague Sim NoEspcie CultivadaNome Custo kg Quebra %

    (mortalid.)SistemaCultivo

    reaCultiv.

    Mono ouPolicult.

    Nat./HbExtica

    VendaAnual (kg)

    ValorVenda

    Merc.Final

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    Forma de cobrana: por kg pescado, por pessoa, por horaComo faz a despesca? Seca o viveiro Passa a redeComercializao: Peixe Vivo Beneficiado S/Vsceras C/Vsceras

    Como faz a venda: na propriedade ou faz entrega aos clientes/produtoresLocal da Comercializao: Municpio Estado Pas ExteriorTransporte: Prprio Terceiros

    Assistncia Tcnica: Particular ou Pblica.Qual?___________________________________ Sem acompanhamento Com projeto inicial

    Com acompanhamento contnuo Com acompanhamento espordicoCusto da assistncia: R$_________________________

    Qualificao do profissional:Profisso Eng. Agr. Veterinrio Zootec. Outros.__________Grau acadmico B.Sc. Esp. M.Sc. Dr./Ph.D.

    Conhece a legislao estadual e federal sobre aquacultura? Sim NoPossui Licenciamento ambiental para Piscicultura? Sim NoNo DPA IBAMA SEMA/IMAP Secretaria Municipal de Meio AmbienteTem conhecimento do valor das multas? Sim NoTem conhecimento das reas de preservao permanente (matas ciliciares ereserva legal ) e da impossibilidade de introduo de espcies exticas?

    Sim NoTem certificado do IAGRO quanto a questo sanitria dos animais? Sim No

    Utilizao de medicamentos:Quais soutilizados?_____________________________________________________________Pessoal treinado? Sim NoUtilizam EPI? Sim No

    Instalao da Piscicultura: Recursos Prprios FinanciadaQual banco?_____________________ Qual o fundo utilizado?______________________Pretende expandir? Sim NoCom Recursos Prprios ou FinanciadoQual banco?________ __________ Qual o fundo a ser utilizado?_________________

    Beneficiamento na propriedade Sim No Peixe Inteiro Peixe limpo/eviscerado Fils Postas

    Industrializao - Lingia, peixe defumado, fishburguer, salgadoPossui atestado de sanidade: Sim No Municipal Estadual Federal

    Utiliza as peles para artesanato? Sim NoTem interesse sobre a sua utilizao? Sim No

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    Agncia Nacional de guasFundo para o

    Meio AmbienteMundial

    Programa dasNaes Unidas parao Meio Ambiente

    OEA

    Organizao dosEstados Americanos

    Ministrio da Agricultura,