botulismo

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Alunos: Mariana Amorim dos Santos Lucas Souza Pires Gabriel Motta Timotheo David Rodrigues Brasil IFET-JF BOTULISMO

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Page 1: Botulismo

Alunos: Mariana Amorim dos SantosLucas Souza PiresGabriel Motta TimotheoDavid Rodrigues BrasilIFET-JF

BOTULISMO

Page 2: Botulismo

DefiniçãoDoença não contagiosa;Resultante da ação de uma potente

neurotoxina;Apresenta-se sob três formas: botulismo

alimentar, botulismo por ferimentos e botulismo intestinal;

O local de produção da toxina botulínica é diferente em cada uma dessas formas, porém todas se caracterizam clinicamente por manifestações neurológicas e/ou gastrintestinais

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O botulismoFoi identificado em 1897, na

Bélgica, por Emile Pierre Van Ermengen;

Primeiramente descrito na Alemanha, no século XVIII, após um surto associado à ingestão de salsicha de produção doméstica, de onde se originou o nome (botulus em latim significa salsicha).

Doença de alta letalidade que deve ser considerada como uma emergência médica e de saúde pública;

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Clostridium botulinum O botulismo é causado por uma toxina produzida pelo

Clostridium botulinum, um bacilo Gram positivo, anaeróbio, esporulado. São conhecidos oito tipos de toxinas botulínicas: A, B, C1, C2, D, E, F e G, das quais as do tipo A, B, E e F são patogênicas para o homem.

Os esporos do C. botulinum resistem a temperaturas de 120°C por 15 minutos. Estão amplamente distribuídos na natureza, no solo e em sedimentos de lagos e mares. São encontrados em produtos agrícolas como legumes, vegetais, mel, vísceras de crustáceos e no intestino de mamíferos e peixes.

Por que a conserva caseira é tão perigosa?O alimento é contaminado ainda no solo, por esporos

ultrarresistentes. Quando em conserva, o micro-organismo modifica-se e começa produzir a toxina;

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Modo de contaminaçãoBotulismo alimentar: Ocorre por ingestão de toxinas presentes

em alimentos previamente contaminados e que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada;

Botulismo por ferimentos: Ocasionado pela contaminação de ferimentos com Clostridium botulinum, que em condições de anaerobiose, assume a forma vegetativa e produz toxina in vivo;

Botulismo intestinal: Resulta da ingestão de esporos presentes no alimento, seguida da fixação e multiplicação do agente no ambiente intestinal, onde ocorre a produção e absorção de toxina;

Outras formas: Embora raros, são descritos casos de botulismo acidental, associados ao uso terapêutico ou estético da toxina botulínica e à manipulação de material contaminado, em laboratório (via inalatória ou contato com a conjuntiva). Injeções subcutâneas ou intramusculares de heroína podem estar contaminadas com esporos de C. botulinum, constituindo um importante fator de risco para o desenvolvimento do botulismo na ferida.

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PatogeniaA toxina absorvida no trato gastrintestinal ou no ferimento

dissemina-se por via hematogênica (por via sanguínea) até as terminações nervosas, mais especificamente a membrana pré-sináptica da junção neuromuscular, bloqueando a liberação da acetilcolina. Consequentemente, haverá falha na transmissão de impulsos nas junções das fibras nervosas, resultando em paralisia flácida dos músculos que estes nervos controlam;

O alimento consumido juntamente com a toxina pode protegê-la do efeito deletério dos ácidos durante a passagem pelo estômago. O local de máxima absorção da toxina botulínica é o intestino delgado, de onde segue para o sistema linfático e posteriormente alcança a corrente sanguínea;

Proteolíticos e os não-proteolíticos;

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A toxina botulínicaApresenta duas cadeias peptídicas, uma pesada e outra leve,

que são unidas por pontes de dissulfeto;Pesada: liga-se ao tecido neural;Leve: causa os sintomas; No sistema nervoso periférico, após a ligação da porção

pesada da toxina, a porção leve é translocada mediante endocitose para o citoplasma da célula nervosa. A toxina botulínica inibe a fusão das vesículas contendo acetilcolina na membrana citoplasmática. Desta forma não existe liberação de acetilcolina na fenda sináptica e não ocorre a contração muscular.

É um dos venenos mais potentes que conhecemos. Apenas como comparação, para que o cianureto (usado como arma qúimica na segunda guerra mundial) seja letal em ratos é preciso uma dose 10000 microgramas por quilo. Já a toxina botulínica é capaz de matar com apenas 0,0003 microgramas por quilo.

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Período de incubaçãoQuando o mecanismo de transmissão envolvido é a ingestão

direta de toxina já presente no alimento, o período de incubação é menor e a doença se manifesta mais rapidamente. Quando ocorre a ingestão de esporos ou a contaminação de ferimentos, o período de incubação é maior porque a doença só se inicia após a transformação do Clostridium botulinum da forma esporulada para a vegetativa, em que se multiplica e libera toxina.

Períodos de incubação curtos sugerem maior gravidade e maior risco de letalidade.

Botulismo alimentar: pode variar de duas horas a dez dias, com média de 12 a 36 horas. Quanto maior a concentração de toxina no alimento ingerido, menor o período de incubação.

Botulismo por ferimento: pode variar de quatro a 21 dias, com média de sete dias.

Botulismo intestinal: o período não é conhecido devido à impossibilidade de determinar o momento da ingestão de esporos.

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Quadro clínicoOs sintomas são gastrintestinais e neurológicos:Náuseas;Vômitos;Diarreia;Dor abdominal;Cefaleia (ou cefalgia, que é dor de cabeça);Vertigem;Tontura;Visão turva;Ptose palpebral (pálpebras caídas) uni ou bilateral;Dificuldade de convergência dos olhos;Diplopia (visão dupla) decorrente da paralisia da musculatura

extrínseca (que vai de fora para dentro) do globo ocular;Oftalmoplegia (paralisia dos músculos dos olhos), no entanto, não

há perda da acuidade visual;Pupilas tornam-se dilatadas e não fotorreagentes (reagentes à

luz)

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Disfagia (dificuldade de engolir);Disartria (falta de coordenação dos músculos da fala);Dispneia (desconforto ao respirar e/ou falta de ar);Redução dos movimentos da língua, do palato e da musculatura

cervical (dificuldade para sustentar o pescoço); Insuficiência respiratória;Tetraplegia flácida;Retenção urinária;Boca seca; Íleo (última parte do intestino delgado) paralítico;Hipotensão sem taquicardia;O quadro neurológico se caracteriza por uma paralisia flácida

motora descendente associada ao comprometimento autonômico disseminado. Os sinais e sintomas começam no território dos nervos cranianos e evoluem no sentido descendente. Esta particularidade distingue o botulismo da síndrome de Guillain Barré, que é uma paralisia flácida aguda ascendente.

No botulismo por ferimentos pode haver febre e os sintomas gastrintestinais não são esperados;

No botulismo intestinal pode haver desde constipação (entupimento das vias aéreas) até síndrome de morte súbita.

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Diagnóstico clínicoIsolamento das toxinas nas fezes ou no sangue;Nos casos de botulismo por ferimentos, não

adianta examinar as fezes, é preciso procurar pela bactéria da ferida ou no sangue;

Por questões de saúde pública é importante também pesquisar pela toxina ou esporos em alimentos recentemente ingeridos pelo paciente;

A eletroneuromiografia é um exame que permite identificar se a lesão no sistema nervoso periférico localiza-se na raiz, nos plexos, no nervo, no músculo ou na junção neuromuscular. Dessa forma, este exame é de grande valor no diagnóstico de botulismo ao demonstrar o comprometimento da junção neuromuscular, mais especificamente da membrana pré-sináptica, causada pela toxina botulínica. Além disso, o exame auxilia no diagnóstico diferencial com outras doenças com quadros clínicos semelhantes.

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TratamentoSerá necessário

um medicamento para combater as bactérias, denominado antitoxina contra botulismo (antitoxina botulínica);

São prescritos antibióticos para algumas pessoas, mas nem sempre eles ajudam.

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Prevenção

O mel pode conter esporos da bactéria

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NUNCA dê mel ou xarope de milho para crianças abaixo de um ano de idade, nem mesmo um pouco para adoçar a chupeta.

Jogue sempre fora latas estufadas ou alimentos guardados com cheiro de estragado. Esterilize os alimentos em conservas caseiras cozinhando-os na panela de pressão a 120ºC por 30 minutos para reduzir o risco de botulismo.

Mantenha batatas assadas em papel-alumínio quente ou na geladeira, nunca à temperatura ambiente.

Existem vacinas, porém somente para uso veterinário (mais comum aplicação no gado), lembrando que os esporos também podem se reproduzir muito bem no solo, água e produtos agrícolas;

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CuriosidadeA toxina botulínica é usada em pequenas doses, como

tratamento cosmético temporário, porém seus riscos não devem ser ignorados. A sua intensa capacidade paralítica é desejada por indivíduos que procuram esconder as suas rugas (as rugas são causadas por contrações musculares) e outras imperfeições faciais.

Também tem uso em verdadeiros problemas médicos, sendo usado como relaxante muscular e como medicamento para doenças como o Mal de Parkinson.

A toxina botulínica passou a ser usada na medicina para pacientes cuja paralisação controlada de alguns músculos mostrava-se benéfica. Porém, para ser administrada de modo seguro, foi preciso primeiro isolar e purificar a toxina para que esta pudesse ser sintetizada. Surgiu então o Botox®, a forma farmacêutica da toxina botulínica A.

A toxina botulínica é a única letal por ingestão.

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Clostridium botulinum e o reino animal:

Urubu rei Consumidores de carne

em putrefação desempenham importante papel saneador, eliminando matérias orgânicas em decomposição. São imunes, ao botulismo, pois o suco gástrico dos urubus é bioquimicamente tão ativo que neutraliza as toxinas cadavéricas e bactérias como a Clostridium botulinum.

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O botulismo no BrasilNo Brasil, há relatos de doença em

humanos somente pelos tipos A e B, em que a forma contaminação mais comum é por alimentação (botulismo alimentar). Só muito recentemente (em 1999) o botulismo foi incluído como uma doença de notificação obrigatória e por causa disso não há ainda dados suficientes que

possam mostrar a sua real

ocorrência.

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OcorrênciaA distribuição da doença é

mundial, com casos esporádicos ou surtos familiares, em geral relacionados à produção e conservação de alimentos de maneira inadequada.

No Brasil, a notificação de surtos e casos isolados passou a ser feita de forma sistemática a partir de 1999. Na maioria deles, a toxina identificada foi a do tipo A e os alimentos mais envolvidos foram conservas caseiras.

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Conclusão A bactéria Clostridium botulinum é muito perigosa e letal.Deve-se tomar cuidados específicos para que não ocorra a

contaminação de alimentos.E se adquirido o botulismo ,tomar os cuidados

necessários com o auxílio de um médico.Pode-se dizer que o botulismo é uma doença não muito

comum, mas que ocorre em todos os países do mundo, principalmente, naqueles com grande consumo de alimentos preparados como conservas. Em geral, o número de pessoas afetadas pelo botulismo veiculado por alimentos é relativamente pequeno e o surto fica restrito às pessoas que consumiram o mesmo alimento. Porém, a doença é muito grave e com alta mortalidade se não tratada a tempo e adequadamente.

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Fonteshttps://www.google.com.br/search?q=botuli

smo&client=opera&hs=Z9Q&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=vpaTU6-oMuqv7AaklIDYDg&ved=0CDkQsAQ&biw=1366&bih=660#imgdii=_

http://www.infoescola.com/reino-monera/esporulacao-bacteriana/

https://www.google.com.br/search?q=botulismo+no+brasil+gráfico&client=opera&hs=iIv&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=20uPU_qwBNHH7AbbtYB4&ved=0CCAQsAQ&biw=1366&bih=660#q=botulismo%20no%20brasil&tbm=isch&facrc=_&imgdii=_

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/botulismo