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#+emplos v3rios e e+celentes. <emete 1 A(onso Arinos. Documentoslegislativos com (or$a constitucional (a*em parte da & material AMP5A,transcendem o te+to r"gido do constituinte e se prende indireta emediatamente. ='o o!ra do legislador ordin3rio, n'o entram no corpo da &e (ormalmente n'o s'o parte.

&ontr3rio ocorre tam!6m. Disposi$%es com aparente teor & entram naconstitui$'o, impropriamente, (ormalmente e n'o materialmente, pois n'odi*em respeito 1 e+istência pol"tica (orma do #stado, nature*a do regime,moldura competência do poder, de(esa conserva$'o e+erc"cio da li!erdade.

#m!ora n'o materialmente constitucionais, est'o postas na & tais normase só podem ser suprimidas alteradas por processo espec"fco -maioriaqualifcada vota$'o repetida ratifca$'o #stados>mem!ros, prescri$'o & ,

etc./.Aspecto (ormal da & : (orma di("cil de re(ormar a & ela!orar lei & . orma(3cil: legisla$'o ordin3ria -aprova$'o por maioria simples, ausentes osrequisitos citados/.

&ita 7elsen: (ala>se em & em sentido (ormal quando se (a* a distin$'o entreas leis ordin3rias e aquelas outras que e+igem certos requisitos especiaispara sua cria$'o e re(orma . Distin$'o segundo 7elsen entre legisla$'oordin3ria e constitucional.

&ita Bascunan: #ssa diversidade de ór!itas entre o que 6 constitucional sóna es(era (ormal e aquilo que o 6 em sentido su!stancial, logicamente só seprodu* nas &onstitui$%es escritas, desde que, nas consuetudin3rias,unicamente a interpreta$'o racional determina quais as regras do sistema

)ur"dico que têm car3ter constitucional.

4. Constituições rígidas e exí eis. !. "3

<emete 1 5ord Br?ce: & ou s'o r"gidas ou @e+"veis.

<"gidas: n'o podem ser modifcadas das mesma (orma que as leis

ordin3rias. Processo de re(orma mais complicado e solene.. Maioria dos #stados modernos,principalmente no Atl ntico. ari3vel o grau de rigide*. Alguns autores (alamem r"gidas e semirr"gidas.

le+"veis: n'o e+igem nen um requisito especial de re(orma.#menda revis'o pelo mesmo processo de (eitura revoga$'o de lei ordin3ria.#+emplo: Cnglaterra. &ita Bart 6lem?.

4eoria eral do #stado, p. EE0.

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le+i!ilidade & poss"vel nas & costumeiras ou escritas. D3 e+emplo da &(rancesa anterior a F8G. <ei alterou sucess'o do trono sem audiência dos#stados. Parlamento cassou. & r"gida e costumeira.

#. C$ costumeira e escrita. p."4

At6 fnal do s6c. H CCC predominava as costumeiras. <aras as escritas.

&ostumeiras: (undadas no costume constitucional. &aracteri*am>se pelapresen$a de regimes a!solutistas.

Anteriores aos sistemas pol"ticos modernos de limita$'o interna do poderso!erano de cada #stado. Pre(erencia dos teóricos contrarrevolucion3rios doin"cio do =#& HCH, contra o constitucionalismo li!eral.

9o)e em dia n'o e+istem constitui$%es totalmente costumeiras. &itaBar elem?: uma comple+a massa de costumes, usos e decis%es )udici3rias.

93 & parcialmente costumeiras: Cnglaterra. 5ei de direito estatut3rio,casu"stico )urisprudencial, costume -principal 6 o Parlamentar/ e asconven$%es constitucionais.

P. 8I

&onstitui$%es complementadas em sua aplica$'o pelo costume: certospa"ses o elemento consuetudin3rio entra como (ator au+iliar su!sidi3rioimportante para completar e corrigir lacuna ou suprir, via interpreta$'o,o!scuridades controv6rsias da & .

#+emplo: & J=A. &ita &arl K. riedric .

Possivelmente onde menos se con ece a & 6 no seu te+to. 2'o d3 pradespre*ar a parte su!mersa e invis"vel das & .

Lutra denomina$'o: n'o escritas. Podem aver costumes redigidos.

&ita Mario on*ale*: Pode di*er>se que &onstitui$%es escritas s'o aquelas

que (oram promulgadas pelo órg'o competente & n'o escritas ouconsuetudin3rias aquelas que a pr3tica ou o costume sancionaram ouimpuseram.

&onstitui$%es escritas. Parte (ruto de lutas pol"ticas inglesas -triun(oparlamentar/, parte doutrina do contrato social de <ousseau: maisadequado concreti*ar em um pacto ou contrato as normas de convivênciaentre governantes e governadosN. &ita Mario on*ale*: nasceu a ideia da& escrita, do pacto ou estatuto (undamental posto no papel e sancionadopela autoridadeN.

O & escrita, !ases modernas, car3ter nacional e limitativo: segundo#smein (oi o Cnstrumento o( overnment de &rom ell em Q. ;. QEE,

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Cnglaterra. 4in a R; artigos. =erviu como padr'o aos J=A. Protótipo da &

J=A.

P. 8Q

Prima*ia das & escritas so!re as consuetudin3rias 6 sustentada por v3riosconstitucionalistas

<a*%es istoricamente comprovadas recon ecidas -#smein arcia Pela?o/:

a. &redo na superioridade da escrita so!re o costume!. Cmagem sim!ólica de que a & renova solenemente o contrato socialc. =entimento, desde =#& H CCC, que n'o 3 mel or instrumento de

educa$'o pol"tica que o te+to & .

Para(raseia Burdeau: & escrita tem conte do claro, certo e preciso. &itaBurdeau: 2o documento se consignam com precis'o o estatuto dosgovernantes e o m!ito dos direitos dos governados, com tal (or$ao!rigatória, que a atividade do governante e a dos indiv"duos e gruposintegrantes do #stado 4êm que cingir>se 1 pauta nele f+ada.

P. 8F.

Para(raseia arcia Pela?o: & escrita 6 a nica que corresponde a umconceito racional de & . &ita Pela?o: tra$os de prima*ia so!re a costumeira:maior garantia de racionalidade, ago$a de ordem o!)etiva e permanente(ace mo!ilidade e transitoriedade de situa$%es o!)etivas e proporcionaseguran$a aos governados contra ar!itrariedade dos governantes.

Argumentos dos autores -Bascunan/ de(ensores da costumeira (rente 1escrita: fel e permanente concord ncia entre norma (undamental e arealidade principalmente a @e+i!ilidade e a versatilidade de conte do,sempre aptas se adaptarem 1s necessidades mut3veis dos (atos sociais.

%. C$ codi&cadas e as legais

& escritas tem tecnicamente duas (ormas: codifcadas -mais adotadas/ elegais -mais raras/.

&odifcadas: aquelas que est'o contidas inteiramente num só te+to, comprinc"pios e disposi$%es ordenadas e articuladas sistematicamente emt"tulos, cap"tulos, se$%es. Snico corpo de lei.

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&ompreende: pream!ulo, introdu$'o, parte org nica, parte dogm3ticae disposi$%es gerais ou fnais, acrescidas ou n'o de disposi$%estransitórias. -Hi(ra 9eras/.

Pream!ulo: em regra, constituinte sumari*a profss'o de (6, li!erdade,

)usti$a e regime democr3tica e invoca prote$'o divina. Prote$'odivina: ocorre na & B<.

P. 88.

Cntrodu$'o: disposi$%es preliminares so!re regime politico, (orma degoverno, organi*a$'o (undamental do #stado, separa$'o de poderes,etc.

Parte dogm3tica: demonstra o car3ter individualista ou social da &via declara$'o de D4L 4A dos cidad'os. Cmport ncia capital das

declara$%es no constitucionalismo moderno.Parte org nica: nomeia órg'os !3sicos da & , competênciaminuciada, esta!elece princ"pios gerais de (uncionamento ou teor dealgumas rela$%es entre poderes.

Disposi$%es transitórias: gerais.

5egais: escritas, esparsas ou (ragmentadas em v3rios te+tos. & (rancesa8FI.

4am!6m dita como escrita n'o (ormal.

P. 8G

'. C$ outorgadas( pactuadas e populares.

&lassifca$'o usual. Modalidades.

Lutorgada: largo es!o$o de limita$'o da autoridade do governante.<ei pr"ncipe c e(e de #stado tem poderes a!solutos, mas se des(a*,unilateralmente, de uma parcela das prerrogativas ilimitadas, em proveitodo povo. Passamos a go*ar de diretos e garantias )ur"dicas e pol"ticas. ra$a

real. Kuridicamente: T ato unilateral de uma vontade pol"tica so!erana.Politicamente: inelut3vel concess'o (eita por aquela vontade ao poderpopular ascendente. Produto de (or$as antagUnicas. Monarquia +democracia.

& e(e de #stado se su)eita 1 & , )ur"dica e politicamente.

#+emplos: carta de 5uis H CCC em 8 R, monarquia (rancesa &imperial B< de 8;R, D. Pedro C, etc.

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Pactuada: e+prime compromisso inst3vel de duas (or$as pol"ticas rivais:reale*a a!soluta + no!re*a !urguesia. #quil"!rio institucional, limitando amonarquia.

#quil"!rio prec3rio. Jma das partes sempre politicamente em posi$'o

de (or$a. Pacto selado )uridicamente enco!re. & (rancesa FG .#stipula$'o unilateral camu@ada.

#+emplos: Bill o( <ig ts, Q8G Act o( =ettlement, F0 etc.

Populares democr3ticas: e+primem no todo o princ"pio pol"tico )ur"dico deque todo governo deve apoia>se no consentimento dos governados etradu*ir a vontade so!erana do povo.

L!ra da assem!leia constituinte. =u!mete via re(erendo 1 aprecia$'oso!erana do povo o pro)eto & ela!orado. 9egemonia pol"tica das (or$as

populares, que legitimam as !ases da nova ordem )ur"dica e do sistemarepresentativo que a vontade dos cidad'os consagrou.

<emontam 1 & J=A. & (rancesa =#& HCH e & entre guerras mundiais.

<e(erendo 6 adotado desde =#& H CCC. FGI na ran$a. Depois da VVCC,v3rios #stados usaram re(erendo como (onte de legitimidade para aorgani*a$'o social.

P. G

". C$ concisas e prolixas.

&lassifca$'o quanto 1 e+tens'o.

&oncisas: a!range apenas princ"pios gerais regras !3sicas de organi*a$'o e(uncionamento do sistema )ur"dico do #stado. Pormenores fcam com alegisla$'o complementar org nica. #m regra, só entram, sucintamente,mat6ria constitucional sentido estrito.

Maior esta!ilidade constitucional. le+i!ilidade permite adaptar a & assitua$%es novas e imprevistas no desenvolvimento institucional de um povo,varia$%es de ordem pol"tica, econUmica e fnanceiras, necessidades deimprovisar solu$%es que es!arraria na rigide* & .

#+emplo: & J=A.

Proli+as: mais numerosas. 4ra*em mat6ria de nature*a al eia ao direitoconstitucional. Min cias de regulamenta$'o, ca!"veis em 5&s regras epreceitos que pertencem 1 5egisla$'o Lrdin3ria. Cngresso no te+to &(ormalmente.

P. G;

Alargamento das & : direitos de grupos intermedi3rios W (am"lias, igre)a,escola, minorias, regi%es e partidos.

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L inc a$o visa dar prote$'o efca* a certos institutos e dar esta!ilidade aodireito legislado so!re determinadas mat6rias.

#+emplo 6 a & 88.

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