bom criolo 2ºa.pptx

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O Naturalismo uma ramificao do Realismo e uma das suas principais caractersticas a retratao da sociedade de uma forma bem objetiva. No Naturalismo usa-se as leis da natureza para explicar os mistrios do mundo e do homem, tanto em sua vida social quanto biolgica, o homem encarado como produto biolgico passando a agir de acordo com seus instintos, chegando a ser comparado com os animais.

Segundo o Naturalismo, o homem desprovido do livre-arbtrio, ou seja, o homem uma mquina guiada por vrios fatores: leis fsicas e qumicas, hereditariedade e meio social,alm de estar sempre merc de foras que nem sempre consegue controlar. Para os naturalistas, o homem um brinquedo nas mos do destino e deve ser estudado cientificamente.

As obras retratam a realidade de forma ainda mais objetiva e fiel do que no realismo. Por isso, o naturalismo considerado uma radicalizao desse movimento. Nas artes plsticas no tem o engajamento ideolgico do realismo, mas na literatura e no teatro mantm a preocupao com os problemas sociais.

Adolfo Ferreira Caminha.

Nasceu no dia 29 de maio de 1867 em Aracati, no Cear. Era filho de Raymundo Ferreira dos Santos e Maria Firmina Caminha. Sua infncia no foi muita tranquila, pois ficou rfo de me muito cedo, com apenas 10 anos, mesmo ano em que o Nordeste foi assolado pela seca.

Aps ficar rfo, foi com seus cinco irmos para Fortaleza, onde teve seus primeiros estudos, e seis anos depois, em 1883, foi para o Rio, onde estudou na Escola Naval. Devido instituio ser conservadora e monarquista, l revelou seus primeiros sentimentos republicanos e abolicionistas, chegando ao extremo de, com apenas 17 anos, fazer um discurso na presena de D. Pedro II, declarando-se contra a escravido e o imprio. Mesmo assim formou-se na Escola Naval no ano de 1885, como guarda-marinha.

Por volta de 1886 demonstra sua vocao de escritor atravs da publicao dos poemas Vos Incertos. Em 16 de Dezembro de 1887 foi promovido a 2 tenente, mesmo ano em que publicou seu primeiro livro de contos. No ano seguinte pede transferncia para Fortaleza, provavelmente no por acaso, pois sabia que o Cear j havia libertado os escravos, realidade que agradava aos seus ideais. Vem a se demitir do seu cargo na marinha no ano de 1890.

Em 1891 funda, em Fortaleza, a revista Moderna, e colabora para o Jornal do Norte. Em 1892, funda a Padaria Espiritual, um movimento literrio-poltico que acreditava na educao do povo para mudar o pas, e publicava o jornal, O Po.

No ano seguinte lana o romance A Normalista, de cunho naturalista, criticando a vida urbana em Fortaleza, capital cearense. Colabora tambm na imprensa carioca, na Gazeta de Notcias e no Jornal do Comrcio.

Adolfo Caminha foi um dos principais representantes do naturalismo no Brasil, e sua obra se caracterizava por ser densa e trgica, naturalmente no foi muito bem aceita na poca.

Em 1 de Janeiro 1897, com apenas 30 anos, atormentado pelas dificuldades econmicas e debilitado pela tuberculose, o escritor vem a falecer. Deixa inacabados os romances: ngelo e O Emigrado

Principais obrasA Normalista(1893)

No Pas dos Yankees (1894)

Cartas Literrias (1895)

Tentao (1896)

Trechos Escolhidos (1960)

O Bom-Crioulo(1895)

Personagens

Amaro: ex-escravo, marinheiro e extremamente forte. Tem trinta anos no incio da estria

Aleixo: jovem grumete de apenas 15 anos.

Carolina: portuguesa, ex-prostituta e dona de uma penso.

Herculano: marinheiro desleixado e tmido.

Agostinho: guardio da proa. Especialista no trato com a chibata.

Sant'ana: Marinheiro gago, indisciplinado e mentiroso.

Resumo da obra. Ainda no tempo da escravido, Amaro, aos dezoito anos de idade, ingressa na Marinha. Logo, ganha a admirao dos oficiais pelo seu carter e modos ingnuos. O que acabou lhe rendendo o apelido de Bom-Crioulo. Contudo, durante uma viagem, o rapaz teve contato com a cachaa e, quando isso acontecia, ele ficava violento. Nessa mesma viagem ele conheceu Aleixo, grumete do qual, com o tempo, aproximou-se cada vez mais. Ao aportar no Rio de Janeiro, Amaro encontra sua amiga Dona Carolina e consegue um quartinho para ele e Aleixo ficarem. Com o navio atracado, sempre desciam a terra e ficava no quartinho. Com o tempo, os trs passaram a formar uma famlia. Amaro teve que partir, mas Aleixo ficou e queixou-se para Dona Carolina dos abusos sexuais que sofria e do desgosto que sentia em relao ao negro. Mais tarde, a ex-prostituta acaba declarando que queria ter o jovem para si, na cama. Bom-Crioulo foge no escaler das compras e vai esperar inutilmente por se amado. Contudo, esse no aparece e o rapaz acaba saindo, bebendo e arranjando briga. Com isso, acaba sendo preso e sofre uma surra de chibata, tendo que ser hospitalizado. Nessa altura, Aleixo j dormia com Dona Carolina e exigia que ela acabasse com seus casos com outros homens. Amaro escreve um bilhete Aleixo que acaba caindo nas mos de Dona Carolina antes. Ela, ento, o faz em pedaos. O rapaz entra em desespero, achando ter sido trocado por outro. Depois de receber a notcia de que Aleixo estava muito amigo dos oficiais, foge do hospital levando consigo uma navalha. L fora, soube que Donas Carolina e Aleixo saam noite e levantavam-se tarde todos os dias. Ao avistar o seu amado, precipitou-se sobre ele, xingando e agarrando-lhe. Com o tumulto, Dona Carolina aparece na janela e v o jovem ensangentado. A narrativa termina com Aleixo sendo levado nos braos por dois marinheiros, j morto. Enquanto Bom-Crioulo preso pelos guardas.

Caractersticas da obra."Bom-Crioulo" uma romance escrita por Adolfo Caminha. A obra est inserida no Naturalismobrasileiro e apresenta caractersticas como o Determinismo, linguagem pesada e abordagem de aspectos srdidos do ser humano.

O autor faz uso de uma linguagem clara, direta, objetiva e agressiva ao narrar em 3 pessoa a histria de maneira linear do tringulo amoroso entre Amaro, Aleixo e Dona Carolina