boletim técnico - jovagro – produtos agrícolas, s.a · 22 8.1 recomendações de uso 23 8.2...
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Boletim Técnico
Syngenta Crop Protection Lda.
Os dados contidos neste documento reflectem o conhecimento
actual do produto e pretendem servir de informação básica e geral.
Alguns dos dados citados podem ser de utilidade parcial, ou
inclusivamente não válidos, para o uso do produto em Portugal,
podendo ser modificados no futuro de acordo com informações que
possam surgir fruto de nova experimentação.
Em qualquer momento, devem seguir-se as recomendações de uso
indicadas no rótulo do produto.
04 1. Introdução
05 2. Identificação da substância activa
05 2.1 Características da substância activa
06 2.2 Características do produto formulado
07 3. Perfil toxicológico e comportamento no ambiente da substância activa
07 3.1. Perfil Toxicológico
07 3.1.1 Toxicidade para mamíferos
07 3.1.2 Toxicidade para a fauna selvagem
07 3.1.3 Toxicidade para aves
07 3.1.4. Toxicidade para peixes e organismos aquáticos
08 3.1.5 Toxicidade para minhocas e microorganismos do solo
08 3.1.6 Toxicidade para polinizadores
08 3.1.7 Selectividade sobre fauna auxiliar
09 3.2 Comportamento no ambiente (água, solo e ar)
09 3.2.1 Comportamento no solo
09 3.2.2 Comportamento na água
09 3.2.3 Comportamento no ar
10 4. Grupo químico, modo de acção e propriedades biológicas
10 4.1 Mandipropamida
10 4.1.1 Modo de acção bioquímico
10 4.1.2 Absorção e translocação
11 4.1.3 Actuação no ciclo de infecção
12 4.1.4 A Actividade “Lok+ Flo” de Mandipropamida
15 5. Prevenção do desenvolvimento de resistências
16 6. Efeitos das aplicações sobre produção
17 6.1 Tolerância da cultura
18 6.2 Efeitos sobre as características organolépticas dos produtos tratados
18 6.3 Limite Máximo de Resíduos (LMR) e Intervalo de Segurança (IS)
Índice
19 7. Resultados da experimentação de campo
19 7.1 Resumo dos ensaios efectuados com REVUS em Portugal, na cultura da batateira
20 7.2 Resumo dos ensaios efectuados com REVUS em Portugal, na cultura do tomateiro
21 7.3 Resumo dos ensaios de eficácia do programa global de desenvolvimento da Syngenta
21 7.4 Ensaios de eficácia do grupo EUROBLIGHT
22 8. Modo de Utilização
22 8.1 Recomendações de uso
23 8.2 Modo de aplicação
23 8.3 Precauções
24 9. Posicionamento Técnico
®
®
04
Mandipropamida é um fungicida eficaz contra a
maioria dos Oomicetas patogénicos das plantas.
Estes patógenos originam uma série de doen-
ças que, por vezes, levam à completa perda da
produção.
O desenvolvimento destas doenças é favorecido
por tempo húmido e quente.
Nestas condições, os agricultores podem ter que
tratar as suas culturas a intervalos regulares, com
aplicações de fungicidas foliares que previnam o
desenvolvimento dessas doenças.
01 Introdução
Diversos sistemas de previsão encontram-se
disponíveis para diferentes culturas para avisar os
agricultores dos períodos de risco de infecção.
Mandipropamida pertence a uma nova classe
química de fungicidas (mandelamidas) e é o pri-
meiro composto da sua classe em desenvolvi-
mento para utilização comercial. Foi pela primei-
ra vez apresentado no British Crop Production
Council (BCPC) em Outubro de 2005 (Huggen-
berger et al., 2005).
®REVUS é a marca para um dos novos fungicidas contendo a nova substância activa,
Mandipropamida (Código interno: NOA 446510).
® Marca registada de Syngenta AG – Basileia (Suiça)
2.1 Características da substância activa
Mandipropamida
Quadro 1. Características físico-químicas de Mandipropamida
Nome comum
Código interno
Família química
Nome químico (IUPAC):
Nº CAS
Fórmula química
Fórmula de estrutura
Peso molecular
Estado físico
Ponto de fusão
Solubilidade na água (25º)
Pressão de vapor (25º)
Coeficiente de partição n-octanol/água (log P):
Ponto de ebulição
Mandipropamida
NOA 446510
Mandelamidas
2-(4-chloro-phenyl)-N-[2-(3-methoxy-4-prop-2-ynyloxy-phenyl)-ethyl]-2-prop-2-ynyloxy-acetamide
374726-62-2
C H ClNO23 22 4
411,9
Pó beige claro
96,4 a 97,3 °C
4,2 mg/litro a 25°C
<9.4 x 10 Pa-7
3,2 a 25°C
Decomposição térmica começa cerca dos 200ºC
02 Identificação da substância activa
Nome comum:
Mandipropamida
Nomenclatura IUPAC:
2-(4-chloro-phenyl)-N-[2-(3-methoxy-4-prop-2-
ynyloxy-phenyl)-ethyl]-2-prop-2-ynyloxy-acet-
amide
Código de desenvolvimento interno Syngenta:
NOA 446510.
Mandipropamida é um fungicida da classe química
das Mandelamidas, que controla uma vasta gama
de doenças causadas por fungos da classe dos
Oomicetas num variado número de culturas.
05
2.2 Características do produto formulado
Nome comercial
Código interno
Composição (materias activas)
Tipo de formulação
Cor
Cheiro
Densidade relativa
pH
REVUS
A12946B
250 g/l (ou 23, 4% p/p)de mandipropamida
Suspensão concentrada (SC)
Beige claro
Nenhum odor especial
7,6 (1% água desionizada)
1,072 g/cm3
Quadro 2. Características físico-químicas da formulação REVUS
06
®
®
03 Perfil toxicológico e comportamento no ambiente da substância activa
3.1 Perfil toxicológico
O perfil toxicológico de Mandipropamida é de uma
baixa toxicidade em geral. A toxicidade aguda po-
tencial do produto é muito baixa devido a muito
baixas toxicidades oral e dermal, e baixa toxicidade
por inalação. Não é irritante para a pele e os olhos e
não apresenta sensibilização dermal.
Os estudos realizados com Mandipropamida
demonstram que não possui efeitos neurotóxicos,
nem teratogénicos, nem sobre a reprodução, nem
possui nenhum potencial mutagénico.
3.1.1.Toxicidade para mamíferosLD50 oral aguda em rato - 5 000 mg/kg.
3.1.2 Toxicidade para a fauna selvagem
Nas condições normais de aplicação, Mandi-
propamida apresenta um baixo risco para aves,
organismos aquáticos e organismos do solo.
3.1.3 Toxicidade para aves
Mandipropamida não possui riscos para aves após
exposições do tipo aguda ou crónica.
3.1.4 Toxicidade para peixes
e organismos aquáticos
No que se refere a espécies aquáticas, as avalia-
ções de risco conduzidas, considerando as aplica-
ções de emprego propostas, permitem excluir os
riscos para organismos aquáticos potencialmente
expostos à substância activa. Os estudos indicam
que a Mandipropamida não tende à bioacumulação.
CL50 96h Peixes (Oncorhynchus mykiss) >
2,6 mg s.a./l
EC50 Invertebrados aquáticos (Daphnia magna)
= 7,1 mg s.a./l
EbC50 Algas (Pseudokirchneriella subcapitata) >
7,1 mg s.a./l
07
- LD50 oral aguda aves > 1 000 mg s.a./kg p.c./dia.
- LD50 oral crónica aves > 2 141 mg s.a./kg p.c./dia.
Não é neurotóxico em rato e apresenta uma rápida absorção e eliminação.
Não produz efeitos adversos na reprodução de ratos.
Não mutagénico, nem teratogénico nem carcinogénico em rato.
Irritação dermal em coelho: irritante moderado.
Irritação ocular em coelho: irritante leve.
LD50 dermal aguda em rato - 5 050 mg/kg.
3.1.5 Toxicidade para minhocas e microorganismos do solo
08
3.1.7 Selectividade sobre a fauna auxiliar
3.1.6 Toxicidade para polinizadores
Mandipropamida não é tóxica para abelhas.
O quociente de risco (HQ), calculado em função da dose mais alta do rótulo, é igual a 0,75 e portanto extraor-
dinariamente inferior ao limite estabelecido (50) nas directrizes europeias para autorização das substâncias
activas.
- DL50 Abelhas (oral e contacto) > 200 µg s.a./abelha
Não existem indicações de risco significativo para este tipo de organismos, confirmando um excelente perfil
eco-toxicológico.
- CL50 Minhocas > 1 000 mg s.a./kg
Ensaios de laboratório realizados sobre predadores de ácaros (Typhlodromus pyri) e insectos parasitóides
(Aphidius rhopalosiphi), permitiram concluir que as aplicações de Mandipropamida não pressupõem nenhum
tipo de risco para auxiliares. Por outro lado, em parcelas tratadas previamente com Mandipropamida, os pre-
dadores de ácaros foram referenciados e identificados nestes locais.
- LR50 Aphidius rhopalosiphi 827 g/ha
-LR50 Typhlodromus pyri > 900 g/ha
Além destes estudos, realizou-se em Espanha, no ano de 2006, um estudo de laboratório para determinar a
selectividade dos artrópodos auxiliaires (Aphidius colemani, Amblyseius cucumeris, Phytoseiulus persimilis,
Diglyphus isaea, Eretmocerus mundus, Aphidoletes aphidimyza, Macrolophus caliginosus, Nesiodiocoris tenuis,
Adalia bipunctata) ao fungicida Mandipropamida.
Este estudo foi levado a cabo pelo Departamento de Produção Vegetal da Universidade de Cartagena. Mandi-
propamida foi utilizada à dose de 0,15 g de substância activa por litro e Dimetoato a 0,4 g de substância activa
(padrão tóxico) e comparados com uma testemunha sem tratamento.
Em face do exposto, o REVUS poderá ser recomendado para Programas de Protecção ou Produção
Integrada.
®
09
3.2 Comportamento no ambiente
(água, solo e ar)
Mandipropamida degrada-se rapidamente em
todos os compartimentos ambientais (ar, água e
solo).
3.2.1 Comportamento no solo
No solo, Mandipropamida degrada-se rapidamente
até uma completa mineralização em dióxido de
carbono, principalmente por via microbiológica;
nas proximidades da superfície do solo, também a
fotólise contribui para a degradação.
- Degradação no solo (estudos de campo): DT50
média de 27.5 dias
3.2.2 Comportamento na água
Mandipropamida caracteriza-se por uma baixa
mobilidade no solo (Koc médio: 847 ml/g).
Seguindo as condições de utilização recomenda-
das, é possível excluír o risco de contaminação
de águas subterrâneas para todos os cenários de
avaliação previstos para a Europa.
A concentração de Mandipropamida prevista
para as águas superficiais e para os sedimentos,
conjuntamente com o favorável perfil ecotoxi-
cológico, permitem que se exclua qualquer risco
para as espécies aquáticas não visadas, de acordo
com a utilização seguindo as recomendações do
rótulo.
3.2.3 Comportamento no ar
A volatilização de Mandipropamida a partir do solo,
água e superfície foliares é negligível considerando
a baixa volatilidade da substância activa e a rápida
degradação fotoquímica.
04 Grupo químico, modo de acção e propriedades biológicasREVUS tem na sua composição a substância activa Mandipropamida.
4.1.2 Absorção e translocação
Mandipropamida possui uma elevada afinidade para com as camadas cerosas da superficie das plantas. Após
uma aplicação foliar, a maior parte da substância activa é adsorvida na camada cerosa da planta não sendo
por isso lavada por chuvas posteriores à aplicação, se esta acontece depois do depósito da pulverização ter
secado sobre a planta.
Uma parte de mandipropamida entra para o interior da folha, conferindo uma excelente protecção.
Porque a cobertura da planta é fundamental, devem realizar-se aplicações de REVUS cada sete a 10 dias de
intervalo, nos períodos altamente críticos da doença.
A figura seguinte demonstra como a mandipropamida se distribui dentro da folha. O contínuo fluír do fungicida
assegura uma excelente protecção entre as aplicações.
4.1.1 Modo de acção bioquímico
O modo de acção de Mandipropamida está a ser estudado. Os estudos preliminares indicam que Mandi-
propamida inibe a biosíntese dos fosfolípidos (fosfatidilcolina, lecitina) e a formação da parede celular. Man-
dipropamida, dimetomorfe e iprovalicarbe inibem a incorporação da C14-colina na fosfatidilcolina em Phy-
tophthora infestans e Plasmopara viticola. Griffiths et al. (2003) propuseram como potencial local de actuação a
fosfocolina-transferase para uma mandelamida experimental anterior à Mandipropamida.
4.1 Mandipropamida
Mandipropamida pertence à classe química das Mandelamidas dentro do grupo dos CAA (Carboxilic Acid
Amides) ou Amidas do Ácido Carboxílico.
Legenda:
Autoradiografias de folhas de batateira,
após a remoção da camada cerosa que
mostram a absorção de mandipropami-
da C14, tiradas em tempos diferentes
após aplicação.
Redistribuição local significativa em volta
dos pontos de absorção.
A absorção aumenta com o tempo de
exposição.
10
baixa Radioctividade elevada
®
Mandipropamida possui também uma alta actividade intrínseca contra os fungos Oomicetas, pelo que
aplicado às doses recomendadas, é capaz de impedir o crescimento do micélio do fungo no interior da planta e
proteger a face oposta da folha tratada devido à sua actividade translaminar. Estas propriedades conferem-lhe
uma actividade fungicida excelente, consistente e duradoura (Herman et al., 2005).
4.1.3 Actuação no ciclo de infecção
Mandipropamida é altamente activa sobre a germinação dos zoósporos e dos zoosporângios, inibindo
imediatamente o crescimento do fungo. A sua acção é máxima em aplicações preventivas contra as doenças
a controlar, mas também tem alguma acção curativa, durante o período de incubação da doença, expressa
pela acção sobre o crescimento micelial e a formação dos haustórios (Knauf-Beiter & Hermann, 2005).
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Figura - Actividade biológica no ciclo de vida do fungo. A dimensão das setas mostra a intensidade da acção da mandi
propamida no respectivo ciclo do fungo.
Folha infectada
Esporangíoforonuma folha
Zoosporângio
Libertação
Zoósporos
Zoósporos enquistadosinfectam a folha
Zoósporos infectam os tubérculos
Planta infectada
Germinação
Folha infectada
4.1.4 A Actividade “Lok+Flo” de Mandipropamida
Mandipropamida, graças às suas peculiares características fisíco-químicas e ao seu elevado nível de actividade
sobre os patógenos é dotada de uma dupla actividade que foi designada por “LOK+FLO”:
1) LOK: Actividade de contacto prolongada no tempo
Uma vez chegada à vegetação, Mandipropamida adere imediatamente e tenazmente às ceras epicuticulares
presentes sobre a superfície dos orgãos a proteger. A sua elevada afinidade às ceras e a sua prolongada
persistência permitem à substância activa:
12
Acção Lok:
Uma vez chegada à vegetação, Mandipropamida adere imediatamente e tenazmente às ceras epicuticulares
exercer uma marcada acção preventiva por um prolongado
período de tempo;
resistir à chuva que pode desalojar o fungicida se esta
ocorrer pouco depois da aplicação (desde que a pulveriza-
ção tenha secado sobre a vegetação tratada);
resistir à acção da chuva, mesmo que intensa, que se
verifica depois de um tratamento e os seguintes.
Tomateiro
Batateira
Revus Ref. penetrante Ref. ditiocarbamato
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
13
No gráfico seguinte podemos ver os resultados de ensaios em condições de elevadas chuvas e pressão de
doença (300-350 mm chuva entre a 1ª aplicação e a última observação). Os valores indicados no eixo horizon-
tal são as eficácias obtidas contra o míldio das respectivas culturas. Demonstrou-se, assim a utilidade prática
do efeito Lok.
2) FLO: Actividade no interior da planta e translaminar
Uma certa quantidade de Mandipropamida penetra e redistribui-se pelo interior dos tecidos foliares, atingindo
a parte oposta da superfície foliar tratada; esta fracção de substância activa é a suficiente para ter uma acção
curativa sobre as infecções no seu início. Por outro lado, permite uma protecção translaminar, para além de
acompanhar o crescimento dos tecidos foliares, mantendo-os protegidos.
Acção Flo: Uma certa quantidade de Mandipropamida penetra
e redistribui-se pelo interior dos tecidos foliares, atingindo a
parte oposta da superfície foliar tratada.
Tomateiro
Batateira
Revus Ref. penetrante Ref. ditiocarbamato
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
% Eficácia
No gráfico seguinte podemos ver os resultados de um ensaio em que os produtos foram aplicados à página
superior de folhas de batateira. A inoculação com o fungo foi efectuada na página inferior de folhas destaca-
das. A avaliação da percentagem da área foliar infectada foi feita 6 dias após a inoculação. Verificou-se que
o produto conseguiu atingir a outra face da folha controlando o míldio (efeito translaminar). As substâncias
activas foram utilizadas em partes por milhão (ppm).
14
62.5 ppm
Mandipropamida Ref. penetrante
125 ppm
250 ppm
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
% Eficácia na face oposta da folha inoculada com míldio
05 Prevenção do desenvolvimento de resistênciasPara preservar a eficácia no tempo dos produtos com base em mandipropamida e evitar possíveis resistên-
cias, basta seguir algumas regras simples que são válidas para todos os fungicidas com um modo de acção
específico.
O grupo de trabalho europeu do FRAC (Fungicide Resistance Action Committee) incluíu a mandipropamida
no grupo 40, conjuntamente com outros produtos do grupo químico das CAA. Para todos os produtos CAA,
prevê-se que o risco de resistência seja baixo a moderado e é necessária uma estratégia anti-resistência. No
caso do míldio da batateira e tomateiro, Phytophthora infestans, o risco de resistência é baixo.
15
Utilizar o produto sempre num critério de controlo
preventivo do míldio da batateira e tomateiro;
Não efectuar mais do que 3 tratamentos fungici-
das com o REVUS ou produtos pertencentes ao
grupo CAA;
A aplicação de REVUS deve ser feita em se-
quência, ou em alternância, com produtos com
diferente modo de acção.
As recomendações Syngenta, no sentido de preservar a eficácia do REVUS são:
Para informações actualizadas sobre a prevenção das resistências consultar o site da internet www.frac.info.
As aplicações em bloco de 2-3 vezes de REVUS,
podem ser alternadas com blocos de 2-3 apli-
cações com produtos com diferente modo de
acção.
Aplicar com equipamentos de pulverização em
bom estado e sujeitos a verificações periódicas;
Respeitar a concentração de aplicação, o inter-
valo entre tratamentos e todas as indicações
referidas no rótulo.
®
®
®
®
06 Efeitos das aplicações sobre a produção
Revus 0,4 l/ha
Ref. Ditiocarbamato
Ref. Contacto
5 10 15 20 25 30
Revus 0,6 l/ha
Ref. Penetrante
2,6 %
9,7 %
4,8 %
1,5 %
2,7 %
0
% tubérculos afectados (peso afectados/total colheita)
Estes resultados mostram que a mandipropamida 100-150 g s.a./ha tem um resultado igual ou melhor que os
produtos de referência no míldio dos tubérculos provocado por Phytophthora infestans.
16
Batateira
A juntar à eficácia do fungicida em infecções foliares,
o REVUS também apresenta protecção contra as infecções
dos tubérculos originadas por Phytophthora infestans.
O controlo do míldio do tubérculo é especialmente impor-
tante em batatas que vão para armazém após a sua colheita.
Os tubérculos contaminados podem infectar os tubérculos
sãos durante o seu armazenamento e comprometer a quali-
dade das batatas armazenadas.
Uma protecção eficaz dos tubérculos é o resultado de uma
protecção das infecções foliares combinada com protecção
das infecções directas dos tubérculos. Resultados obtidos
a partir de avaliações feitas a tubérculos à colheita e após
armazenagem de sete (7) ensaios que incluiam o REVUS
durante a campanha de 2004 encontram-se no gráfico
seguinte.
®
®
®
®
17
Tomateiro
O controlo de doenças nas partes comercializáveis das hortí-
colas tem obviamente um efeito directo na qualidade e quan-
tidade de produto agrícola produzido. A eficácia de REVUS
confere aos frutos tratados não só uma melhor produção em
quantidade, como também a qualidade se pode expressar
na sua totalidade.
REVUS, aplicado às doses de 0,4-0,6 l/ha, em ensaios com
uma infecção média de míldio nas testemunhas de 87,5%
a 94,25% de superfície foliar afectada, apresentou un incre-
mento no número de frutos comercializáveis, em relação às
parcelas não tratadas de 23 a 738%.
Os aumentos mais altos dão-se quando o míldio aparece na
floração, reduzindo drasticamente a produção das parcelas
não tratadas.
6.1 Tolerância da cultura
Batateira
As aplicações foliares de REVUS não demonstra-
ram qualquer fitotoxicidade nas plantas tratadas
em todos os ensaios.
As aplicações foliares, de formulações contendo
mandipropamida, não mostraram ter efeito nos
parâmetros de propagação como sejam: o número
de tubérculos abrolhados, número de brolhos por
tubérculo abrolhado ou comprimento dos brolhos
após o abrolhamento.
Tomateiro
REVUS mostrou-se perfeitamente selectivo em
todos os ensaios.
Não foram observados sintomas de fitotoxicidade.
®
®
® ®
6.2 Efeitos sobre as características organolépticas dos produtos tratados
6.3 Limite Máximo de Resíduos (LMR) e Intervalo de Segurança (IS)
CULTURA IS (dias) LMR (mg/kg)
Batateira
Tomateiro
21 0.01
3 1
18
Batateira
Imediatamente após a aplicação de mandipro-
pamida, os resíduos nos tubérculos estão no
limite máximo de resíduos de 0.01 mg/ kg ou
abaixo deste, colhendo os tubérculos após 3 dias.
Pequenas quantidades de mandipropamida são
absorvidas pelos tecidos da planta mas o compos-
to não se transloca pela planta. Por isso, não são
esperados efeitos nos parâmetros qualitativos ou
de sabor nos tubérculos.
Ensaios realizados, colhendo tubérculos de
talhões tratados com REVUS ou o produto de
referência, permitiram concluir que as aplicações
foliares com REVUS não produzem efeitos negati-
vos nos parâmetros qualitativos de processamen-
to ou no sabor dos produtos obtidos a partir dos
tubérculos.
Tomateiro
A Syngenta contratou testes específicos sobre
produtos obtidos a partir de tomate fresco tratado
com REVUS. No estudo foram avaliados os efeitos
sobre o tomate consumido em fresco e tomate
processado em sumo pasteurizado.
As conclusões deste estudo indicam que a apli-
cação de REVUS à cultura do tomate não tem
qualquer influência no sabor do produto fresco e no
sabor do produto obtido após processamento para
sumo pasteurizado.
Nota importante: a mandipropamida está inclu-
ida nas listas de substâncias activas autoriza-
das recentemente emitidas pelas várias empre-
sas que operam no sector da transformação e
comercialização do tomate.
®
®
®
®
19
07 Resultados da experimentação de campo
Eficácia média de 6 ensaios (na testemunha % de ataque)
Gráfico: Revus em míldio da batateira (Portugal, 2003-2004)
7.1 Resumo dos ensaios efectuados com REVUS em Portugal, na cultura da batateira
Revus 40 ml/hl
Testemunha
Revus 60 ml/hl
Ref. Ditiocarbamato
Ref. Penetrante
54,11 %
95,05 %
96,57 %
84,75 %
92,04%
30 40 50 60 70 80 90 100
®
®
®
®
7.2 Resumo dos ensaios efectuados com REVUS em Portugal, na cultura do tomateiro
Gráfico: Revus em míldio do tomateiro (Portugal, 2006). Na testemunha os números referem-se à percentagem de ataque
(2 observações realizadas).
Revus 0,4 l/ha
Testemunha
% ataque
Revus 0,6 l/ha
Ortiva 1 l/ha
34,61 %
20,00 40,00 60,00 80,00 100,00
89,07 %
97,93%
81,39%
97,66%
86,30%
96,42%
89,51%
Observação inicial
Observação final
20
Revus 0,4 l/ha
Ref. Ditiocarbamato
Ref. Contacto
30 40 50
Revus 0,6 l/ha
Ref. Penetrante
89,4 %
60 70 80 90 100
94,2 %
83,4 %
67,7%
89,6 %
% Eficácia
®
®
®
®
7.2 Resumo dos ensaios efectuados com REVUS em Portugal, na cultura do tomateiro
21
7.3 Resumo dos ensaios de eficácia do programa global de desenvolvimento da
Syngenta
Foram realizados diversos ensaios na Europa, provando o REVUS no controlo do míldio da batateira em com-
paração com os fungicidas anti-míldio de referência.
Como se pode observar no gráfico seguinte, a sua eficácia foi sempre excelente e superior, em média, aos
outros fungicidas utilizados.
Revus 0,4 l/ha
Ref. Ditiocarbamato
Ref. Contacto
30 40 50
Revus 0,6 l/ha
Ref. Penetrante
89,4 %
60 70 80 90 100
94,2 %
83,4 %
67,7%
89,6 %
% Eficácia
7.4 Ensaios de eficácia do grupo EUROBLIGHT
Durante os anos de 2006/07/08/09, um grupo de investigadores independentes levou a cabo diversos ensaios
com diversos produtos anti-míldio homologados no últimos anos. As suas conclusões, independentes, mostra-
ram que o REVUS é o melhor fungicida contra o míldio das folhas, ao qual foi atribuído um ranking de 4, o
melhor entre os produtos ensaiados.
Mais informação pode ser consultada no sítio da internet:
http://www.euroblight.net/FungicideComparison.asp?&language=UK .
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®
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®
08 Modo de Utilização
Cultura
Batateira
Tomateiro
Doença Concentração (ml/hl) Recomendações
Míldio
Míldio
40-60
60
A concentração indicada, tem como
base aplicações em alto volume
(1000 l/ha), conduzindo a uma dose
de 0,4 a 0,6 l/ha.
Aplicar a concentração mais alta, em
anos em que a pressão da doença é
muito elevada.
Os tratamentos devem realizar-se
de acordo com as indicações do
Serviço de Avisos. Na sua ausência
os tratamentos devem ser
realizados em condições climáticas
favoráveis à doença. A persistên-
cia biológica do REVUS é de 7 a 10
dias devendo usar o intervalo mais
curto e a concentração mais elevada
em condições de maior pressão da
doença.
Iniciar os tratamentos em condições
climáticas favoráveis à doença.
A persistência biológica do REVUS
é de 7 a 10 dias devendo usar o
intervalo mais curto em condições
de maior pressão da doença.
22
8.1 Recomendação de uso
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8.2 Modo de aplicação
As concentrações indicadas para o combate ao míldio da batateira e do tomateiro referem-se a pulverização a
alto volume. No caso da aplicação a médio ou baixo volume (turbinas ou atomizadores), dever-se-á aumentar a
concentração de forma a que a quantidade de produto a aplicar por hectare seja a mesma que no alto volume.
8.3 Precauções
Ficha de Segurança fornecida a pedido de utilizadores
profissionais.
Não respirar a nuvem de pulverização.
Não comer, beber ou fumar durante a utilização.
Não contaminar a água com este produto ou com a sua
embalagem.
Tóxico para os organismos aquáticos, podendo causar
efeitos nefastos a longo prazo no ambiente aquático.
Para protecção dos organismos aquáticos, não aplicar em
terrenos agrícolas adjacentes a águas de superfície.
Após o tratamento lavar bem o material de protecção e os
objectos contaminados, tendo cuidado em lavar as luvas por
dentro.
Intervalo de Segurança: 3 dias em tomateiro; 21 dias em
batateira.
Tratamento de emergência – Em caso de ingestão, consultar
imediatamente o médico e mostrar-lhe a embalagem ou o
rótulo.
Classificação: Isento; Perigoso para o ambiente - N
A embalagem vazia deverá ser lavada três vezes, fechada, inutilizada e colocada em sacos de recolha,
devendo estes serem entregues num centro de recepção autorizado; as águas de lavagem deverão ser usadas
na preparação da calda.
Embalagens disponíveis: 100 ml; 1 L; 5 L
Tomateiro
Posicionamento técnico recomendado, no ciclo cultural do tomateiro e com outros produtos Syngenta:
09 Posicionamento Técnico
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Batateira
O posicionamento técnico recomendado, no ciclo cultural da batateira e com outros produtos Syngenta, é o
exposto em seguida:
Revus não apresenta risco de resistências cruzadas com Ridomil Gold MZ ou com Shirlan.
Revus não apresenta risco de resistências cruzadas com Ridomil Gold MZ ou com Ortiva.
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