boletim subsede sul - apeoesp - agosto 2015

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Boletim Boletim Boletim Informativo Informativo Informativo Informativo Informativo SINDICATO DOS PROFESSORES DO ENSINO OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Filiado à e Boletim 02 Agosto - 2015 Rua Cerqueira César, 474 Sto. Amaro . 04750-080 F: 11 5681.4826 / 4194 Greve Histórica de 92 Dias em Defesa da Escola Pública P rofessores e professoras de rede pública estadual decretaram greve no dia 13 de março numa assembleia realizada no vão do Masp. Iniciava uma ver- dadeira batalha em defesa da escola pública, pelo emprego, salários e melhores condições de trabalho. O governador Geraldo Alckmin, blindado pela imprensa, procurou desqualicar o movi- mento e ten- tou colocar a população contra o sindi- cato. Não con- seguiu. Aos poucos o movimento transformou- se numa onda que envolveu não só os pro- fessores gre- vistas. Estu- dantes, pais e a população trabalhadora apoiaram e deixaram bem claro que as reivindicações da categoria eram justas. Ao longo desses três meses de luta ocupamos ruas, avenidas e rodovias. Montamos acampa- mento em frente à Secretaria de Educação. Tomamos a Ponte Estai- ada, em frente a Rede Globo. Rea- lizamos passeatas na Av. 23 de Maio, Marginal Pinheiros, Conso- lação... Ocupamos a Assembleia Legislativa. Realizamos protestos em aeroportos, em frente ao Tri- bunal de Justiça(TJ), na Sé. Pane- tagens em estações de trem e metrô. Manifestações em termi- nais de ônibus. As caravanas do interior estiveram presentes como há muito tempo não ocor- ria. Isso era um sinal de que a greve era algo real e atingia toda a rede. Os comandos de greve foram motor do movimento, percorren- do as escolas no trabalho de con- vencimento aos nossos colegas. Enquanto isso, o governo estadu- al tentava desesperadamente negar a força do movimento. Che- gou a dizer que era uma “greve de temporários”. Atacou o direito de greve proibindo os comandos de entrarem nas escolas. Mas a covar- dia desse governo não parou nis- so. O corte no pagamento dos grevistas foi último recurso usado para barrar a força do movimento. Ato criminoso típico de um gover- no que não respeita o direito de greve dos trabalhadores. Nin- guém esqueceu a perseguição aos trabalha- dores do Metrô. Proces- sados, ganha- ram o direito de readmis- são na justiça. Continua- remos nossa luta justa em defesa da esco- la pública. Melhores con- dições de ensi- no. Fim do contrato pre- cário (catego- ria O). Mais verbas para a educação pública. Fim da superlo- tação das salas de aula. Reajuste salarial imediato. Melhorar as con- dições de atendimento no hospi- tal do servidor público. Reajuste imediato do vale-refeição. Quem disse que não tínhamos motivo para entrarmos em greve, senhor governador?! A ssim que a greve foi decre- tada o Comando de Greve da subsede Sul entrou em ação. A prioridade foi visitar escolas e aumentar a adesão ao movimento. Realizamos diversas atividades que visavam dar visibilidade à nossa luta. Foram várias passeatas na região, envolvendo estudantes e pais. Protes- to no Aeroporto de Congonhas, pro- testo em evento de escolas privadas (Pavilhão Imigrantes), festas, saraus e barracas para arrecadar grana para o Fundo de Greve. Ocorreram mani- festações em várias escolas da região. Distribuímos cestas bási- cas e rifas em solidariedade aos colegas necessitados. Pressiona- mos (inclusive com ocupação) os Dirigentes de Ensino das três DE's (sul1, Sul2 e Sul3) para que o direito de greve fosse respeitado nas esco- las. Foram milhares de adesivos ESTAMOS EM GREVE EM DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA, faixas e cartazes que deram visibilidade à nossa justa e importante luta. Em muitas escolas recebemos o apoio acalorado e solidá- rio dos estudantes. Numa escola estudantes do noturno chegaram a mon- tar um kit cesta-básica para ajudar os professores sem salário. É por isso, que nossa luta continuará: não tem arrego. PARABÉNS, ZONA SUL! Temos certeza que na próxima greve mais Temos certeza que na próxima greve mais colegas estarão conosco! colegas estarão conosco! Temos certeza que na próxima greve mais colegas estarão conosco!

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Boletim Agosto de 2015 da Subsede Sul da APEOESP

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  • BoletimBoletimBoletim

    InformativoInformativoInformativoInformativoInformativoSINDICATO DOS

    PROFESSORES DO ENSINO OFICIAL

    DO ESTADO DE SO PAULO

    Filiado e

    Boletim 02Agosto - 2015

    Rua Cerqueira Csar, 474Sto. Amaro . 04750-080F: 11 5681.4826 / 4194

    Greve Histrica de 92 Dias em Defesa da Escola Pblica

    Professores e professoras de rede pbl ica estadual decretaram greve no dia 13 de maro numa assembleia realizada no vo do Masp. Iniciava uma ver-dadeira batalha em defesa da escola pblica, pelo emprego, salrios e melhores condies de trabalho. O governador Geraldo Alckmin, blindado pela imprensa, procurou desqualicar o movi-mento e ten-tou colocar a p o p u l a o contra o sindi-cato. No con-s e g u i u. Ao s p o u c o s o m o v i m e n t o transformou-se numa onda que envolveu no s os pro-fessores gre-vistas. Estu-dantes, pais e a populao trabalhadora a p o i a r a m e deixaram bem claro que as reivindicaes da categoria eram justas.

    Ao longo desses trs meses de luta ocupamos ruas, avenidas e rodovias. Montamos acampa-mento em frente Secretaria de Educao. Tomamos a Ponte Estai-ada, em frente a Rede Globo. Rea-lizamos passeatas na Av. 23 de

    Maio, Marginal Pinheiros, Conso-lao... Ocupamos a Assembleia Legislativa. Realizamos protestos em aeroportos, em frente ao Tri-bunal de Justia(TJ), na S. Pane-tagens em estaes de trem e metr. Manifestaes em termi-nais de nibus. As caravanas do interior estiveram presentes como h muito tempo no ocor-ria. Isso era um sinal de que a

    greve era algo real e atingia toda a rede.

    Os comandos de greve foram motor do movimento, percorren-do as escolas no trabalho de con-vencimento aos nossos colegas. Enquanto isso, o governo estadu-al tentava desesperadamente negar a fora do movimento. Che-gou a dizer que era uma greve de

    temporrios. Atacou o direito de greve proibindo os comandos de entrarem nas escolas. Mas a covar-dia desse governo no parou nis-so. O corte no pagamento dos grevistas foi ltimo recurso usado para barrar a fora do movimento. Ato criminoso tpico de um gover-no que no respeita o direito de greve dos trabalhadores. Nin-gum esqueceu a perseguio

    aos trabalha-d o r e s d o Metr. Proces-sados, ganha-ram o direito de readmis-so na justia.

    Continua-remos nossa luta justa em defesa da esco-l a p b l i c a . Melhores con-dies de ensi-n o . F i m d o contrato pre-crio (catego-ria O). Mais verbas para a

    educao pblica. Fim da superlo-tao das salas de aula. Reajuste salarial imediato. Melhorar as con-dies de atendimento no hospi-tal do servidor pblico. Reajuste imediato do vale-refeio. Quem disse que no tnhamos motivo para entrarmos em greve, senhor governador?!

    Assim que a greve foi decre-tada o Comando de Greve da subsede Sul entrou em ao. A prioridade foi visitar escolas e aumentar a adeso ao movimento. Realizamos diversas atividades que visavam dar visibilidade nossa luta. Foram vrias passeatas na regio, envolvendo estudantes e pais. Protes-to no Aeroporto de Congonhas, pro-testo em evento de escolas privadas (Pavilho Imigrantes), festas, saraus e barracas para arrecadar grana para o Fundo de Greve. Ocorreram mani-festaes em vrias escolas da regio. Distribumos cestas bsi-cas e rifas em solidariedade aos colegas necessitados. Pressiona-mos (inclusive com ocupao) os Dirigentes de Ensino das trs DE's (sul1, Sul2 e Sul3) para que o direito de greve fosse respeitado nas esco-las. Foram milhares de adesivos ESTAMOS EM GREVE EM DEFESA DA ESCOLA PBLICA, faixas e cartazes que deram visibilidade nossa justa e importante luta. Em muitas escolas recebemos o apoio acalorado e solid-rio dos estudantes. Numa escola estudantes do noturno chegaram a mon-tar um kit cesta-bsica para ajudar os professores sem salrio. por isso, que nossa luta continuar: no tem arrego.

    PARABNS, ZONA SUL!

    Temos certeza que na prxima greve maisTemos certeza que na prxima greve maiscolegas estaro conosco!colegas estaro conosco!

    Temos certeza que na prxima greve maiscolegas estaro conosco!

  • Exigimos uma reposio justa e oExigimos uma reposio justa e opagamento total dos dias paradospagamento total dos dias paradosExigimos uma reposio justa e o

    pagamento total dos dias parados

    Sendo a greve um direito constitucional exigimos do governo estadual o respeito esse direto garantindo uma repo-sio justa e o respeito as deci-ses dos conselhos de escola. Ao nal da greve nos reunimos com os Dirigentes de Ensino da nossa

    regio exigindo a integralidade da reposio de a u l a s p a r a todos os pro-fessores. Para o governo, onde entrou eventu-al no houve greve. Profes-sores de Educa-o Fsica e Arte foram impedi-

    dos de repor com a alegao de que os alunos no faltaram. Mas poderiam repor em outra escola, para outros alunos. Um absurdo. Alguns colegas entra-ram com mandado de seguran-a para garantir o direito repo-

    sio. Obtivemos provas de que durante a greve em muitas esco-las o contedo programtico no foi trabalhado. Procure o sindicato caso seu direito no seja respeitado.

    Podemos acrescentar Calote-iro ao sobrenome do senhor Geraldo Alckmin. Mesmo per-dendo no STF Supremo Tribu-nal Federal o mesmo ignorou a deciso judicial e no pagou os salrios dos grevistas na integra-lidade. Muitos colegas ainda no receberam. Lembramos que o sindicato acionou o TJSP Tribu-nal de Justia de So Paulo para que o governo regularize a situa-o. Descumprir deciso judicial crime.

    Rearmamos nossa posi-o contrria a qualquer projeto que vise aprimorar a represso sobre a juventude pobre da periferia. As elites que-rem resolver os problemas cria-dos pela desigualdade capitalis-ta com o encarceramento de

    jovens infratores. Na cabea de Alck min, Datena, M arcelo Resende, Raquel Sheherazade entre tantos outros, resolvere-mos a questo da violncia dimi-nuindo a idade da maioridade penal e ampliando o tempo de recluso. A burguesia tem porta-

    vozes de peso e endinheirados. Bombardeiam a cabea da popu-lao mostrando uma s posi-o. Sob a batuta de Eduardo Cunha, o congresso foi direita.

    No aceitaremos que xenfo-bos, racistas, machistas, homo-fbicos e preconceituosos de outras vertentes faam sua pro-paganda sem a reao justa dos setores progressistas da socie-dade. Entidades sindicais, movi-mentos populares, organiza-es de direitos humanos, asso-ciaes de bairros, grmios estu-dantis, centro acadmicos, par-tidos e organizaes de esquer-da devem unicar a luta contra essa pauta conservadora que tomou conta do pas. A serpente saiu do ovo. Mas viver pouco tempo.

    Pela autonomia total doGrmio Estudantil

    Contra a reduo da maioridade penal.Mais escolas, menos prises.

    CONTRA OS PLANOS DE AJUSTE FISCAL QUE DIMINUEM VERBAS DOS SERVIOS PBLICOSCONTRA OS PLANOS DE AJUSTE FISCAL QUE DIMINUEM VERBAS DOS SERVIOS PBLICOSE RETIRAM DIREITOS DOS TRABALHADORES. QUE OS RICOS PAGUEM A CONTA DA CRISE!E RETIRAM DIREITOS DOS TRABALHADORES. QUE OS RICOS PAGUEM A CONTA DA CRISE!CONTRA OS PLANOS DE AJUSTE FISCAL QUE DIMINUEM VERBAS DOS SERVIOS PBLICOSE RETIRAM DIREITOS DOS TRABALHADORES. QUE OS RICOS PAGUEM A CONTA DA CRISE!

    subsede Sul reitera que a formao de Agrmios estudantis deve ser incentivada nas escolas. Os estudantes devem organizar-se de

    maneira independente, sem a interferncia dos

    gestores. O termo Grmio Livre j diz tudo. Cabe

    aos professores apoiarem e incentivarem que os

    estudantes se organizem para reivindicar uma

    escola pblica melhor. Durante a nossa greve

    muitos grmios apoiaram o nosso movimento

    participando ativamente das manifestaes

    realizadas em todo o estado. Perceberam que a

    luta dos professores e professoras a luta

    tambm dos estudantes. Viva a juventude

    estudantil e trabalhadora!

    Qualquer criana do quinto ano sabe que um pas

    s pode ser melhor se investir em educao. Entendemos que verbas usadas no ensino pblico

    no podem ser conside-radas gastos, e sim, inves-timento. Mesmo pases com economia menor que a nossa apresentam ndices educacionais melhores do que o Brasil

    (Uruguai, Cuba...). Estu-dos da ONU apontam o Brasil sempre nas ltimas posies no quesito edu-cao. Mesmo sendo a sexta economia mundial.

    Sendo assim, o mote da campanha da candi-data Dilma foi esquecido pela presidenta Dilma. O governo federal no pou-pou esforos para fazer o ajuste scal atacando direitos dos trabalhado-res e reduzindo gastos com setores essenciais, como sade e educao. No aceitaremos pagar a conta que deve ser debi-

    tada na conta dos ricos, da burguesia. A Apeoesp deve posicionar-se rme-mente contra esse ata-que do governo federal contra os nossos direitos. Nossa palavra de ordem TIREM AS MOS DOS N O S S O S D I R E I T O S . Vamos tomar as ruas e mobilizar os trabalhado-res para garantir conquis-tas alcanadas com o s u o r , s a n g u e e a t mesmo a vida de lutado-res e lutadoras ao longo da nossa histria.

    Ptria educadora, presidenta? Onde?