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Publicado em 30.11.2011 EDIÇÃO N o 46 S UMÁRIO Destaques 2 Biodiesel 11 Produção e Capacidade 11 Atos Normativos 11 Localização de Unidades Produtoras 12 Preços e Margens 12 Entregas dos Leilões 14 Preço das Matérias-Primas 14 Participação das Matérias- Primas 17 Produção Regional 18 Não Conformidades no Diesel B 18 Consumo Internacional 18 Etanol 19 Produção e Consumo 19 Exportação 20 Frota Flex-Fluel 20 Atos Normativos 21 Preços e Margens 21 Paridade de Preços 22 Consumo Internacional 19 Preços do Açúcar 24 Não Conformidades 24 A PRESENTAÇÃO Nesta edição, apresentamos informações e dados sobre produção e preços de biocombustíveis, atualizados até outubro de 2011. Como destaques principais do mês, temos: Os resultados do 24º Leilão de Biodiesel; A assinatura do Memorando de Entendimento para cooperação na esfera da produção de biocombustíveis entre Brasil e Ucrânia; O crescimento do número de usinas brasileiras aptas a exportar etanol para os EUA; A redução da CIDE sobre a gasolina e o diesel; O lançamento de cartilha do MDA sobre o PNPB; A aceleração de programa brasileiro para desenvolvimento do bioquerosene de aviação; A futura instalação de centro de pesquisa em biocombustíveis para aviação em São Paulo; A realização de voo teste por companhia chinesa utilizando bioquerosene; A realização do primeiro voo comercial movido a bioquerosene nos EUA; O início de voos comerciais com bioquerosene de óleo de fritura por companhia aérea norte- americana; A reintrodução da mistura de etanol na gasolina no Zimbábue; A duplicação da produção argentina de etanol de milho nos próximos dois anos; A assinatura de convênio pelo INMETRO no valor de R$ 4,3 milhões para o desenvolvimento de tecnologias automotivas; e O anúncio de produção de motos flex-fuel no Brasil por montadora chinesa. O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando-as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral. O Boletim é distribuído gratuitamente por e-mail e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html. Muito obrigado, A Equipe do DCR Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS

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Publicado em 30.11.2011

EDIÇÃO No 46

SUMÁRIO Destaques 2

Biodiesel 11

Produção e Capacidade 11

Atos Normativos 11

Localização de Unidades Produtoras

12

Preços e Margens 12

Entregas dos Leilões 14

Preço das Matérias-Primas 14

Participação das Matérias-Primas

17

Produção Regional 18

Não Conformidades no Diesel B

18

Consumo Internacional 18

Etanol 19

Produção e Consumo 19

Exportação 20

Frota Flex-Fluel 20

Atos Normativos 21

Preços e Margens 21

Paridade de Preços 22

Consumo Internacional 19

Preços do Açúcar 24

Não Conformidades 24

APRESENTAÇÃO Nesta edição, apresentamos informações e dados

sobre produção e preços de biocombustíveis, atualizados até outubro de 2011. Como destaques principais do mês, temos:

Os resultados do 24º Leilão de Biodiesel; A assinatura do Memorando de Entendimento para

cooperação na esfera da produção de biocombustíveis entre Brasil e Ucrânia;

O crescimento do número de usinas brasileiras aptas a exportar etanol para os EUA;

A redução da CIDE sobre a gasolina e o diesel; O lançamento de cartilha do MDA sobre o PNPB; A aceleração de programa brasileiro para

desenvolvimento do bioquerosene de aviação; A futura instalação de centro de pesquisa em

biocombustíveis para aviação em São Paulo; A realização de voo teste por companhia chinesa

utilizando bioquerosene; A realização do primeiro voo comercial movido a

bioquerosene nos EUA; O início de voos comerciais com bioquerosene de

óleo de fritura por companhia aérea norte-americana;

A reintrodução da mistura de etanol na gasolina no Zimbábue;

A duplicação da produção argentina de etanol de milho nos próximos dois anos;

A assinatura de convênio pelo INMETRO no valor de R$ 4,3 milhões para o desenvolvimento de tecnologias automotivas; e

O anúncio de produção de motos flex-fuel no Brasil por montadora chinesa.

O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando-as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral.

O Boletim é distribuído gratuitamente por e-mail e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html.

Muito obrigado,

A Equipe do DCR

Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis

BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS

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46 OUTUBRO/2011

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DESTAQUES

Brasil e Ucrânia assinam Memorando de Entendimento para cooperação na esfera da produção de biocombustíveis

O ato foi assinado por ocasião da visita ao Brasil do Presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, em outubro de 2011. Os órgãos responsáveis pela implementação do Memorando são o Ministério de Energia e Indústria de Carvão da Ucrânia e o Ministério de Minas e Energia do Brasil.

As partes incentivarão a cooperação institucional conjunta, encorajarão e apoiarão a colaboração bilateral no domínio da produção de biocombustíveis. Nos quadros da legislação e normas jurídicas dos seus Estados, os dois Ministérios favorecerão o desenvolvimento da cooperação científica, técnica, tecnológica, normativa, administrativa e comercial bilateral na produção de biocombustíveis. Os dois Ministérios concordam em colaborar com o objetivo de favorecer a atividade de investimento nos dois países na produção biocombustíveis, particularmente do etanol e em incentivar o intercâmbio de informações e experiências, especialmente para melhorar a cooperação entre as esferas governamentais e entre os agentes econômicos que trabalham na esfera da cadeia produtiva de biocombustíveis.

Observada a transversalidade dos temas ligados aos biocombustíveis, que envolvem áreas como agricultura, indústria, comercialização de combustíveis e ciência e tecnologia, as partes irão se empenhar para incluir a participação, quando necessária, de outros entes públicos e privados, para colaborarem na realização do objeto do Memorando de Entendimento. As partes confirmam a existência de várias áreas de investimento potenciais no ramo de biocombustíveis para os setores privado e estatal e encorajarão as companhias localizadas nos seus respectivos países para investimento na produção de biocombustíveis.

Ambos Ministérios envidarão esforços para a cooperação mutuamente benéfica nas seguintes áreas, entre

outras de interesse mútuo:

a) Estudos conjuntos das perspectivas do desenvolvimento da produção de biocombustíveis na Ucrânia;

b) Desenvolvimento e implementação de projetos ambientalmente amigáveis, fundamentados

economicamente e socialmente na produção de biocombustíveis na Ucrânia, no Brasil e em terceiros

países;

c) Pesquisa cientifica referente à possibilidade de realizar os projetos na produção de biocombustíveis;

d) Treinamento de pessoal;

e) Intercâmbio de informações e especialistas no tema de biocombustíveis.

O Memorando permanecerá em vigor por um período de cinco anos, desde que nenhuma das partes

decida terminá-lo. A vigência do Memorando poderá ser renovada por acordo mútuo.

Fonte: Ministério das Relações Exteriores – MRE (www.itamaraty.gov.br)

Mais de 100 usinas brasileiras estão aptas a exportar etanol para os EUA

Desde o início de outubro, 107 usinas brasileiras já possuem o registro junto à Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency - EPA) necessário para exportar etanol para aquele país. O cadastramento e aprovação de usinas que pretendem exportar seu produto para o principal mercado consumidor de combustíveis do mundo faz parte das exigências do Padrão de Combustíveis Renováveis (Renewable Fuels Standard - RFS), um conjunto de normas que regula a produção e a utilização de biocombustíveis no território norte-americano.

Fonte: União da Indústria de Cana-de-Açúcar – Unica (www.unica.com.br)

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46 OUTUBRO/2011

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Redução da CIDE sobre a gasolina e o diesel

Foram reduzidas as alíquotas da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) incidentes sobre a gasolina e o óleo diesel. O objetivo é amenizar as flutuações dos preços internacionais do petróleo, além de garantir a manutenção da estabilidade dos preços dos combustíveis. Dessa forma, a partir de 1º de novembro de 2011 até 30 de junho de 2012, as alíquotas da gasolina passarão de R$ 0,192/litro para R$ 0,091/litro e do óleo diesel de R$ 0,07/litro para R$ 0,047/litro.

Com a medida (Decreto nº 7.591/2011), o Governo Federal pretende neutralizar a elevação dos custos desses produtos, mantendo o preço ao consumidor inalterado. O custo estimado da medida é da ordem de R$ 282 milhões para 2011 e de R$ 1,769 bilhão para 2012. É importante destacar que um dos objetivos da CIDE, criada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001, é justamente instituir um mecanismo capaz de mitigar eventuais elevações ou reduções abruptas nos preços dos combustíveis.

MDA lança cartilha sobre o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel

A Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), por meio da Coordenação Geral de Biocombustíveis, lançou uma cartilha que mostra a evolução do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) com dados atualizados até 2010.

O objetivo do MDA é garantir transparência ao processo de repasse das informações sobre o PNPB. A cartilha será atualizada anualmente e, no primeiro semestre de 2012, as atualizações de 2011 estarão disponíveis.

Temas como Projeto Pólos de Biodiesel, Selo Combustível Social, valores de aquisições da agricultura familiar pelas empresas de biodiesel, entre outros, são abordados na cartilha.

O MDA participa da gestão do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) , por meio do qual, além de estimular a produção do novo combustível, apoia a participação da agricultura familiar na cadeia de produção. Instrumentos como crédito, zoneamento, assistência técnica e extensão rural, fomento, benefícios fiscais (Selo Combustível Social) estão disponíveis para promover o fortalecimento da agricultura familiar na produção de biodiesel.

A cartilha promove a transparência no repasse de informações sobre o PNPB e pode ser acessada no seguinte endereço eletrônico: http://www.mda.gov.br/portal/saf/arquivos/view/biodisel/arquivos-2011/Biodiesel_Book_final_Low_Completo.pdf

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA (www.mda.gov.br)

Brasil acelera programa para produzir bioquerosene

O forte crescimento da demanda por combustível de aviação no Brasil levou a Petrobras Biocombustível – PBio a acelerar seu programa para desenvolver o bioquerosene de aviação (bioQAV) e tornar sua produção estratégica.

Ao lado do etanol de segunda geração, a produção do bioQAV é prioridade da sociedade de economia mista para o período até 2015. Os investimentos para o projeto virão dos US$ 300 milhões previstos para aplicação em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para o setor. Até o primeiro trimestre de 2012, será decidida a rota química de produção a ser utilizada. As rotas que vem sendo analisadas são a produção do bioquerosene a partir de óleos vegetais e a partir de sacarose da cana-de-açúcar.

Fonte: Estadão (www.economia.estadao.com.br)

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São Paulo receberá centro de pesquisa em biocombustíveis para aviação

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP, a Boeing e a Embraer assinaram, em outubro, em São Paulo, uma carta de intenção para colaboração em pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis para a aviação comercial.

O acordo prevê a construção, no Estado de São Paulo, de um centro de pesquisa focado no desenvolvimento de biocombustível sustentável para aviação, que será baseado no modelo dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP voltados para desenvolver pesquisas na fronteira do conhecimento.

Para criar o centro, inicialmente será realizado um estudo, com duração prevista entre 9 a 12 meses, para o levantamento das possibilidades e dos principais desafios sociais, econômicos, científicos e tecnológicos de diferentes rotas tecnológicas para o desenvolvimento de um biocombustível para aviação no Brasil, e para definir os investimentos que deverão ser realizados pelos participantes do projeto.

O estudo será orientado por uma série de workshops públicos a serem realizados ao longo de 2012 para coleta de dados. Esses dados serão fornecidos por diferentes integrantes da cadeia produtiva de biocombustíveis e por um Conselho Consultivo Estratégico. O Conselho será composto por empresas aéreas, produtores e fornecedores de combustível, pesquisadores e representantes do governo, entre outros.

Em uma fase final do estudo, a FAPESP lançará uma chamada especial de propostas para o estabelecimento do Centro. O projeto se valerá de diversas pesquisas já realizadas no Brasil e no exterior para a utilização de biocombustíveis, como as desenvolvidas no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).

Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP (www.fapesp.br)

Companhia aérea chinesa testa bioquerosene em aeronave

A companhia aérea chinesa, Air China, realizou seu primeiro teste com um avião de passageiros utilizando uma mistura com 50% de bioquerosene e 50% de querosene de aviação tradicional (QAV). O biocombustível usado no teste foi produzido a partir de sementes de tungue (um tipo de pinhão manso) pela PetroChina em parceria com uma empresa privada.

O Boeing 747-400 pousou com segurança no aeroporto de Pequim após duas horas de voo, depois de consumir mais de 10 toneladas do biocombustível. Após o teste, a Administração de Aviação Civil da China disse que o combustível está pronto para ser utilizado em voos comerciais.

O voo foi resultado de um amplo esforço iniciado em 2010 pela Administração Nacional de Energia da China e pela Agência de Comércio e Desenvolvimento dos Estados Unidos com o objetivo de atender a fatores técnicos, econômicos e institucionais exigidos para o desenvolvimento de uma nova indústria de biocombustíveis na China.

A PetroChina relatou que levou 10 anos para superar barreiras técnicas para converter o óleo extraído da planta em biocombustível. A companhia espera oferecer 60 mil toneladas de bioquerosene em 2014.

Fonte: FOX News (www.foxbusiness.com) e Air Transport World – ATW (http://atwonline.com)

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Empresa aérea norte-americana realiza o primeiro voo comercial movido a bioquerosene no país

A United Airlines realizou o primeiro voo comercial movido a biocombustível nos Estados Unidos, percorrendo o trajeto de Houston a Chicago (1.000 km de distância), com uma mistura de 60% de querosene de aviação convencional (QAV) e 40% de bioquerosene feito de a partir de algas. A aeronave utilizada foi um Boeing 737-800. A companhia também anunciou a assinatura de uma carta de intenção de compra de 20 milhões de galões (76 milhões de litros) de bioquerosene de algas, por ano, até 2014.

Fonte: Reuters (www.reuters.com) e PR Newswire (www.prnewswire.com)

Companhia aérea norte-americana inicia voos comerciais com bioquerosene de óleo de fritura usado

A Alaska Airlines iniciou a operação de 75 rotas domésticas utilizando 80% de querosene de aviação convencional e 20% de bioquerosene a partir de óleo de fritura usado. Os primeiros voos serão realizados por aeronaves Boeing 737 e Bombardier Q400 entre Seattle-Portland e Seattle-Washington. A aquisição de 28.000 galões (106 mil litros) do biocombustível teve um custo de US$ 17 por galão (cerca de R$ 7,90 por litro). O Alaska Air Group estima que o uso do bioquerosene em seus voos reduzirá as emissões de CO2 em 10%.

Fonte: Air Transport World (http://atwonline.com) e Alaska Airlines (www.alaskaair.com)

Zimbábue reintroduz mistura de etanol na gasolina

O governo do Zimbábue reintroduziu a mistura de etanol na gasoline no país (E10), uma ação com o objetivo de aumentar a segurança do suprimento de combustíveis. A mistura tinha sido paralisada em 1992 devido à indisponibilidade de etanol em razão de uma seca no país. Além disso, com o objetivo de impulsionar a fabricação de etanol, o Zimbábue construirá uma usina que seguirá os padrões adotados no Brasil, importando tecnologia e métodos de cultivo praticados nos canaviais brasileiros.

Quando estiver em pleno funcionamento, em dezembro de 2012, a maior usina de etanol do Zimbábue deverá produzir 105 milhões de litros de etanol por ano a partir do melaço, um subproduto do processamento da cana. A expectativa é de que, em 2014, a unidade localizada no estado de Chisumbanje, região sudeste do país, atenda à metade das necessidades de combustíveis do Zimbábue. O empreendimento, orçado em US$ 600 milhões, é resultado de uma parceria público-privada que pretende expandir o cultivo da cana na região, dos atuais 12 mil para 40 mil hectares.

O novo projeto em Chisumbanje faz parte de um programa de revitalização da indústria de etanol iniciado em 2008. Com algumas reformas realizadas na usina de Triangle, no distrito de Chiredzi, e a conclusão de mais cinco unidades, o Zimbábue produzirá, até 2020, 260 milhões de litros de etanol por ano. Atualmente, somente 25 milhões de litros são produzidos embora exista uma capacidade de produção de 40 milhões de litros de etanol por ano.

Dados do estudo Global Agro-Ecological Zones Assessment: Methodology and Results, documento divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) em parceria com o Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados (International Institute for Applied Systems Analysis - IIASA) o potencial de área agricultável para a produção canavieira no continente africano é de 81 milhões de hectares, ou seja, cerca de dez vezes a área total utilizada no Brasil para a cultura da cana atualmente. Assim como o Brasil, o Zimbábue possui clima e grande disponibilidade de terras para a produção canavieira.

Fonte: União da Indústria de Cana-de-Açúcar – UNICA (www.unica.com.br) e The Herald (www.herald.co.zw)

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Argentina dobrará a produção de etanol de milho nos próximos dois anos

A Argentina irá mais que dobrar sua produção de etanol de milho para uso no mercado interno de combustíveis nos próximos dois anos. De acordo com a Agencia de Noticias de la Republica Argentina - Télam, a produção nacional de etanol de milho foi de cerca de 120 mil m³ em 2010. A Argentina é o segundo maior país exportador de milho do mundo, atrás apenas dos EUA.

Fonte: Valor Econômico (www.valor.br) e Télam (www.telam.com.ar)

INMETRO firma convênio de R$ 4,3 milhões para o desenvolvimento de tecnologias automotivas

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC, o presidente do INMETRO, e o presidente da Fiat-Chrysler para a América Latina assinaram, na sede da montadora, em Betim-MG, um convênio no valor de R$ 4,3 milhões para a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para o setor automotivo.

A parceria prevê a realização de pesquisas e cursos, sendo o principal projeto, orçado em R$ 2,3 milhões, o desenvolvimento de um motor para veículos comerciais leves movido à mistura de 30% de biodiesel e 70% de diesel (B30). O veículo conceito será apresentado ao Governo brasileiro até 2013 (prazo de 24 meses). Os recursos investidos virão de linha de financiamento de pesquisa. A pesquisa será conduzida por pesquisadores do INMETRO e da montadora nos laboratórios do INMETRO, localizados em Duque de Caxias - RJ.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC (www.desenvolvimento.gov.br)

e Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO (www.inmetro.gov.br)

Montadora chinesa anuncia produção de motos flex-fuel no Brasil

A montadora chinesa Shineray Motorcycles disputará com a japonesa Honda o mercado nacional de motocicletas flex-fuel a partir de 2013, quando concluir a construção de uma fábrica no Complexo Portuário de Suape, em Pernambuco.

A primeira motocicleta bicombustível produzida em série no mundo foi lançada pela Honda em março de 2009, especialmente desenhada para o público brasileiro. Nos anos seguintes, a montadora japonesa, que detém 78,5% do mercado nacional, tem apostado cada vez mais no segmento flex-fuel com quatro modelos.

De março de 2009 a setembro de 2011, já foram vendidas mais de 1,2 milhão de unidades, o que representa quase 10% da frota total de motos em circulação. Atualmente, cerca da metade das motos vendidas no País são flex-fuel.

Fonte: União da Indústria de Cana-de-Açúcar – Unica (www.unica.com.br)

Resultados do 24º Leilão de Biodiesel

Em atendimento às diretrizes definidas pelo MME, foi promovido pela ANP, no mês de novembro, o 24º Leilão de Biodiesel, para suprimento do mercado durante o primeiro trimestre de 2012. Foram arrematados 647 mil m³, ao preço médio de R$2,33 por litro (inclui os tributos federais Pis/Pasep e Cofins e já incorpora a aplicação do fator de ajuste logístico). A movimentação financeira supera R$1,5 bilhão. Do volume total, 597 mil m³ de litros (92%) serão fornecidos por empresas detentoras do Selo Combustível Social. Os resultados preliminares, obtidos logo após a realização do certame, são apresentados a seguir.

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Na Tabela 1, é apresentado um resumo dos 10 lotes comercializados no Leilão.

Tabela 1. Resumo do 24ºLeilão de Biodiesel

LOTE 1 32 101.000 2,4348 2,4141 -0,85% 243.820.600 2,4088 2,4209

LOTE 2 22 26.000 2,4348 2,0942 -13,99% 54.449.820 2,0018 2,1755

LOTES 1 E 2 54 127.000 2,4348 2,3486 -3,54% 298.270.420 2,0018 2,4209

LOTE 3 77 217.600 2,4614 2,3799 -3,31% 517.860.700 2,2414 2,4410

LOTE 4 51 54.400 2,4614 1,9889 -19,20% 108.194.860 1,8922 2,2507

LOTES 3 E 4 128 272.000 2,4614 2,3017 -6,49% 626.055.560 1,8922 2,4410

LOTE 5 20 60.800 2,4441 2,4233 -0,85% 147.338.440 2,4219 2,4236

LOTE 6 13 15.200 2,4441 2,0255 -17,13% 30.787.790 2,0001 2,0425

LOTES 5 E 6 33 76.000 2,4441 2,3438 -4,11% 178.126.230 2,0001 2,4236

LOTE 7 21 53.600 2,5787 2,3719 -8,02% 127.131.460 2,2510 2,5559

LOTE 8 13 13.400 2,5787 2,2009 -14,65% 29.492.665 1,8343 2,3770

LOTES 7 E 8 34 67.000 2,5787 2,3377 -9,35% 156.624.125 1,8343 2,5559

LOTE 9 29 84.000 2,5469 2,4343 -4,42% 204.478.510 2,2170 2,5260

LOTE 10 20 21.000 2,5469 2,1792 -14,44% 45.763.480 2,0428 2,3542

LOTES 9 E 10 49 105.000 2,5469 2,3833 -6,43% 250.241.990 2,0428 2,5260

LOTES COM SELO 180 517.000 2,4802 2,3997 -3,25% 1.240.629.710 2,2170 2,5559

LOTES SEM SELO 119 130.000 2,4800 2,0668 -16,66% 268.688.615 1,8343 2,3770

LOTES 1 a 10 298 647.000 2,4802 2,3328 -5,94% 1.509.318.325 1,8343 2,5559

Preço

Médio

(Com FAL)

(R$/litro)

Preço

Referência

(R$/litro)

Nº de Itens

Comercializados

Região de

EntregaNº do Lote

Volume

(m3)

TOTAL GERAL

SUL

SUDESTE

CENTRO-OESTE

NORTE

NORDESTE

Valor Total

(Com FAL)

(R$)

Deságio

Médio

(Com FAL)

(%)

Preço

Máximo

(R$/litro)

Preço

Mínimo

(R$/litro)

O gráfico a seguir apresenta o volume vendido e os preços médios de venda (com e sem FAL) por unidade produtora, agrupados por região. Observa-se que, nas regiões exportadoras (Sul e Centro-Oeste), existe uma diferença entre os preços devido ao Fator de Ajuste Logístico. Nas regiões importadoras de biodiesel, as empresas locais venderam internamente, não observando-se diferença entre os preços com e sem FAL.

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Tabela 2. Participação por unidade produtora

Unidade

ProdutoraUF Região

Capacidade de Oferta

Disponível (m3/trim.)

Volume

Vendido

(m3)

Valor total

com FAL

(R$)

Preço Médio

Arrematado com

FAL

(R$ / litro)

Participação

(%)

ADM MT CO 97.344 5.500 R$ 11.355.500 2,0646 0,9%

Amazonbio RO N 6.480 5.000 R$ 11.885.000 2,3770 0,8%

Araguassú MT CO 7.200 1.000 R$ 2.422.600 2,4226 0,2%

Barralcool MT CO 11.765 7.200 R$ 16.462.580 2,2865 1,1%

Binatural GO CO 32.400 1.850 R$ 3.814.260 2,0618 0,3%

Biocamp MT CO 21.600 16.500 R$ 38.764.790 2,3494 2,6%

Biocapital SP SE 59.328 27.200 R$ 66.394.130 2,4410 4,2%

Biocar MS CO 2.160 1.850 R$ 4.336.320 2,3440 0,3%

Bionasa GO CO 47.016 23.150 R$ 46.697.865 2,0172 3,6%

Biopar MT MT CO 7.200 2.900 R$ 6.603.700 2,2771 0,4%

Biopar PR PR S 8.640 5.000 R$ 11.915.500 2,3831 0,8%

Biotins TO N 5.832 4.500 R$ 11.000.425 2,4445 0,7%

Bioverde SP SE 36.235 13.900 R$ 28.040.085 2,0173 2,1%

Vanguarda BA BA NE 25.920 17.500 R$ 44.204.050 2,5259 2,7%

Vanguarda TO TO N 25.920 17.500 R$ 44.691.100 2,5538 2,7%

BSBios RS S 31.968 31.800 R$ 75.337.570 2,3691 4,9%

BSBios/Petrobras PR S 25.416 25.250 R$ 54.946.835 2,1761 3,9%

Camera RS S 28.800 28.800 R$ 66.226.255 2,2995 4,5%

Caramuru Ipameri GO CO 45.000 26.100 R$ 60.284.710 2,3098 4,0%

Caramuru São Simão GO CO 45.000 35.800 R$ 83.531.200 2,3333 5,5%

Cesbra RJ SE 12.002 6.000 R$ 14.644.800 2,4408 0,9%

Cooperbio MT CO 24.480 21.550 R$ 49.043.910 2,2758 3,3%

Delta MS CO 21.600 11.000 R$ 26.168.500 2,3790 1,7%

Fertibom SP SE 23.998 2.200 R$ 5.369.230 2,4406 0,3%

Fiagril MT CO 40.536 30.900 R$ 70.784.460 2,2908 4,8%

Granol GO GO CO 44.136 44.050 R$ 98.041.815 2,2257 6,8%

Granol RS RS S 67.200 34.150 R$ 79.317.395 2,3226 5,3%

Grupal MT CO 8.640 7.400 R$ 17.336.690 2,3428 1,1%

Innovatti SP SE 2.160 200 R$ 366.860 1,8343 0,0%

JBS SP SP SE 40.337 27.000 R$ 65.811.150 2,4375 4,2%

Minerva GO CO 3.240 600 R$ 1.242.060 2,0701 0,1%

Oleoplan RS S 75.600 52.050 R$ 119.585.185 2,2975 8,0%

Olfar RS S 43.200 37.000 R$ 89.324.700 2,4142 5,7%

Petrobras BA BA NE 43.446 37.000 R$ 93.175.000 2,5182 5,7%

Petrobras CE CE NE 21.723 10.850 R$ 25.829.225 2,3806 1,7%

Petrobras MG MG SE 21.723 19.750 R$ 47.557.400 2,4080 3,1%

SP Bio SP SE 5.007 5.000 R$ 12.202.950 2,4406 0,8%

Transp. Caibiense MT CO 7.200 2.000 R$ 4.602.520 2,3013 0,3%

1.206.368 647.000 R$ 1.509.318.325 2,3328 100,0%

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Figura 3. Participação por região de origem do biodiesel

Tabela 3. Participação por estado de origem do biodiesel

UF RegiãoCapacidade de Oferta

Disponível (m3/trim.)

Volume

Vendido

(m3)

Valor total

com FAL

(R$)

Preço Médio

Arrematado com

FAL

(R$ / litro)

Deságio

Médio Com

FAL

(%)

RS S 272.688 183.800 R$ 429.791.105 2,3384 -5,7%

GO CO 216.792 131.550 R$ 293.611.910 2,2319 -10,0%

MT CO 237.749 94.950 R$ 217.376.750 2,2894 -7,7%

SP SE 191.864 75.500 R$ 178.184.405 2,3601 -4,8%

BA NE 100.542 54.500 R$ 137.379.050 2,5207 1,6%

PR S 34.056 30.250 R$ 66.862.335 2,2103 -10,9%

TO N 31.752 22.000 R$ 55.691.525 2,5314 2,1%

MG SE 24.920 19.750 R$ 47.557.400 2,4080 -2,9%

MS CO 24.552 12.850 R$ 30.504.820 2,3739 -4,3%

CE NE 21.723 10.850 R$ 25.829.225 2,3806 -4,0%

RJ SE 12.002 6.000 R$ 14.644.800 2,4408 -1,6%

RO N 7.128 5.000 R$ 11.885.000 2,3770 -4,2%

1.206.368 647.000 R$ 1.509.318.325 2,3328R$ -5,9%TOTAL

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BIODIESEL

Biodiesel: Evolução da Produção e da Capacidade Produtiva Mensais

Em outubro de 2011, dados preliminares com base nas entregas dos leilões promovidos pela ANP mostram que a produção estimada no mês foi de 222 mil m³. No acumulado do ano, acrescido da estimativa para outubro, a produção atingiu 2.151 mil m³, um aumento médio de 8% em relação ao mesmo período de 2010 (2.001 mil m³).

A capacidade instalada, em outubro de 2011, ficou em 6.011 mil m³/ano (501 mil m³/mês). Dessa capacidade, 77% são referentes às empresas detentoras do Selo Combustível Social.

Biodiesel: Atos Normativos e Autorizações de Produtores em Setembro

Produtores Autorizações de Operação no 459/2011 (Petrobras Biocombustível/CE – instalação de caldeira a gás

natural e tancagem, sem ampliação de capacidade); Autorizações de Comercialização no 442/2011 (Amazombio/RO – capacidade de 90 m³/d); e Cancelamento do Selo Combustível Social concedido à Binatural/GO.

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Testes e Usos Específicos

Autorizações ANP nos 460/2011 (Viação Campo Belo - uso específico de B20 - São Paulo - SP), 461/2011 (Via Sul Transportes Urbanos - uso específico de B20 - São Paulo - SP), 462/2011 (Viação Gato Negro - uso específico de B10 - São Paulo - SP), 463/2011 (Sambaíba Transportes Urbanos - uso específico de B20 - São Paulo - SP), 470/2011 (Fetranspor ‐ uso experimental de combustível não especificado - B5 + 30% de Diesel de Cana-de-Açúcar - Rio de Janeiro - RJ), 471/2011 (Tupi Transportes Urbanos Piratininga - uso específico de B20 - São Paulo - SP).

Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras

Biodiesel: Evolução de Preços e Margens

O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS e CIDE, sem ICMS). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra-se, também, o comportamento das margens de revenda.

Região nº usinas Capacidade Instalada

mil m3/ano %

N 6 218 4%

NE 6 741 12%

CO 25 2.395 40%

SE 13 1.144 19%

S 8 1.534 25%

Total 58 6.032 100%

OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 31/10/2011

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No mês de outubro, o preço médio de venda da mistura B5 ao consumidor apresentou acréscimo de 0,3%, na média nacional, em relação ao mês anterior. No preço intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), houve 0,8% de acréscimo.

A margem bruta de revenda da mistura B5, por sua vez, apresentou um decréscimo de 3,2%. É importante lembrar que esta margem é calculada pela diferença entre o preço de venda ao consumidor final e o preço de aquisição do produto pelo posto revendedor. Representa, em tese, a lucratividade bruta do posto revendedor por cada litro de combustível comercializado.

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Biodiesel: Evolução das Entregas nos Lei lões e Demanda Estimada

O gráfico abaixo apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP e nos leilões de estoque. Mostra-se, também, a demanda de biodiesel estimada.

O desempenho médio das entregas nos leilões públicos promovidos pela ANP é mostrado no gráfico a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é entre 90% e 110% na média trimestral. Em outubro, primeiro mês das entregas do 23º Leilão, a performance média ficou em 93%.

Biodiesel: Evolução dos Preços das Matérias-Primas

O gráfico abaixo apresenta a evolução histórica do preço da soja em grão em São Paulo, Bahia e Mato Grosso.

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Na continuação, apresentamos as séries históricas do preço do óleo de soja em São Paulo, em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro.

No gráfico a seguir, apresentamos as cotações internacionais de outras matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel. Posteriormente, apresentamos as cotações do sebo bovino.

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No próximo gráfico, é mostrada a variação acumulada do óleo e do grão de soja.

No gráfico a seguir, apresentamos as cotações dos preços de exportação e importação brasileiras de matérias-primas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras.

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O gráfico abaixo apresenta a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP, comparados a outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos.

As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação.

Biodiesel: Evolução da Participação das Matérias-Primas

O gráfico a seguir apresenta a evolução da participação das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel. No mês de setembro, a participação das três principais matérias-primas foi: 78,5% (soja), 13,0% (gordura bovina) e 5,0% (algodão).

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Biodiesel: Evolução da Distribuição Regional da Produção

A produção regional, em setembro de 2011, apresentou a seguinte disribuição: 32,9% (Centro-Oeste), 40,7% (Sul), 16,9% (Sudeste), 5,8% (Nordeste) e 3,7% (Norte).

Biodiesel: Não Conformidades no Óleo Diesel (B5)

A ANP analisou 7.764 amostras da mistura B5 comercializada no mês de outubro. O teor de biodiesel fora das especificações representou 35,3% do total de não conformidades identificadas. Em setembro, o teor de biodiesel representou 41,5% do total de não conformidades.

Biodiesel: Evolução do Consumo em Países Selecionados

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ETANOL

Etanol: Evolução da Produção e Consumo Mensais

O mês de outubro foi marcado pelo declínio na moagem de canade-de-açúcar. Neste mês foram processados 55,5 milhões de toneladas de cana, queda de 38% em relação à moagem de setembro e queda de 16% em relação ao mesmo mês da safra anterior. De acordo com os produtores, esta diminuição já reflete o contínuo declínio do número de usinas em operação na região Centro-sul. Ainda segundo os produtores, nesta safra, havia 310 usinas em operação na região Centro-sul. Destas, 89 já haviam encerrado suas atividades até a segunda quinzena de outubro; 186 devem finalizar suas operações no decorrer de novembro; e as 35 unidades restantes seguirão moendo em dezembro.

A produção de etanol anidro está em alta expressiva na Safra 2011/2012. Até outubro, foram produzidos 7,65 milhões de m3. Enquanto que o acumulado da produção de anidro cresceu 15% em relação à safra anterior, a produção de hidratado caiu 27,1% no período. O acumulado da produção de açúcar também teve queda de 3%.

Em outubro, o consumo de etanol carburante apresentou uma redução de 13% em relação ao mês anterior. O hidratado foi o principal responsável pela redução deste consumo, recuando 16%. Já o anidro recuou 8% em relação ao mês anterior. Essa redução do volume de anidro já era esperada para o primeiro mês da vigência do novo percentual de mistura, porém o volume comercializado superou as estimativas preliminares, que apontavam vendas da ordem de 500 mil m³.

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Etanol: Evolução das Exportações

Em outubro, as exportações brasileiras de etanol foram de 247,6 mil m3. O preço médio (FOB), em outubro, teve um leve aumento de 1,4% em relação ao mês anterior, atingindo o valor de US$ 0,81/litro. Os principais destinos, em outubro, foram EUA (51,3 mil m3), Japão (31,7 mil m3) e Trindade Tobago (27,2 mil m3).

De janeiro a outubro, foram exportados 1,42 mil m3 de etanol, uma queda de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações para o mercado norte-americano, neste ano, de forma direta e indireta (via CBI – CAFTA), totalizaram 659,5 mil m3, 93% superior ao mesmo período do ano anterior.

As importações brasileiras de etanol, em outubro, somaram 132,4 mil m3 de etanol. O preço médio (FOB) dessas importações foi de US$ 0,73/litro. As importações de etanol totalizam 724 mil m3 até outubro deste ano, com um preço médio de US$ 0,733/litro.

Etanol: Evolução da Frota Flex-Fuel

O número de licenciamento de veículos leves em outubro de 2011 foi de 263,7 mil, apresentando uma redução de 8,3% em relação a outubro de 2010. Desse total, os carros flex-fuel representaram 83%. Em outubro, o setor automotivo alcançou a marca de 14,8 milhões de veículos flex-fuel licenciados desde 2003 e a participação estimada na frota total de veículos leves é de 46%. Exalta-se o aumento da participação dos veículos à gasolina, devido ao aumento significativo, nos últimos meses, do licenciamento de veículos importados.

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Etanol: Atos Normativos

Decretos Decreto no 7.591 de 28/10/2011 , reduz o valor da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico

(Cide) sobre a gasolina de R$ 230 por m3 para R$ 192,60 por m3 e do diesel de R$ 70 por m3 para R$ 47 por m3.

Etanol: Evolução dos Preços do Etanol Hidratado

Etanol: Evolução das Margens de Comercialização do Etanol Hidratado

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Etanol: Evolução de Preços de Anidro e Hidratado no Produtor (Centro -Sul)

Mesmo no perído da safra, o preço do etanol hidratado voltou a aumentar diante da perspectiva de uma oferta de etanol reduzida. O etanol hidratado no produtor, em outubro, teve uma alta de 2,5%, atingindo o valor médio de R$ 1,23/litro. O preço do anidro manteve-se estável no valor médio de R$ 1,38/litro. Comparado aos preços de outubro de 2010, em 2011, o anidro está 16,8% maior e o hidratado 25,8% maior.

Etanol: Evolução de Preços de Exportação e Etanol Anidro no Produtor

Etanol: Evolução Histórica da Paridade de Preços – Média Mensal

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Etanol: Paridade de Preço – Semana de 06.11.2011 a 12.11.2011

Diante de uma perpectiva de restrição na oferta de etanol, a paridade de preços, na segunda semana de novembro de 2011, não favoreceu o consumo de etanol hidratado em veículos flex-fuel em todas as regiões brasileiras. Destaque para as cidades de Palmas, Cuiabá e Goiânia, que tiveram paridade abaixo de 70% e a cidade de Boa Vista que teve paridade acima de 87,2%. São Paulo apresenta paridade próxima ao limite de 70%.

Etanol: Evolução do Consumo em Países Selecionados

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Etanol: Evolução de Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol

Em outubro, o preço do açúcar apresentou queda de 16%, alcançando o valor aproximado de US$ 582/ton. O preço do açúcar está 6,8% maior do que o praticado em outubro de 2010. Já o preço do anidro se mantém em patamar superior ao da gasolina na refinaria. No mês de outubro, seu preço médio ficou 28% acima do preço da gasolina. O Petróleo tipo Brent apresentou pequena redução e, desde fevereiro, permanece em um patamar superior ao da gasolina nas refinarias brasileiras.

Etanol: Não Conformidades na Gasolina C

A ANP analisou 8.217 amostras de gasolina C no mês de outubro. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 45,6% do total das não conformidades. Em setembro, esta NC representou 22,2%.

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Etanol: Não Conformidades no Etanol Hidratado

A ANP analisou 4.093 amostras de etanol hidratado no mês de outubro, das quais 78 apresentaram não conformidades, representando 1,91%. A maioria das não conformidades se refere ao teor alcoólico fora das especificações da ANP.

Errata: Gráfico “Demanda de Biodiesel e Ociosidade da Capacidade Instalada Habilitada”

No Boletim nº 45, de Setembro de 2011, na página 4, os últimos quatro períodos referentes aos Leilões de Biodiesel (L20, L21, L22 e L23) mostrados no eixo inferior do gráfico não referenciaram os trimestres corretos. O Boletim contendo a correção do gráfico já está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html.

Ressalva do Editor A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte.

Distribuição do Boletim A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por e-mail. Aqueles interessados em receber mensalmente essa publicação, favor solicitar cadastramento na lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço [email protected]. O Boletim também está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html

Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Poliana Ferreira de Souza, Henrique Soares Vieira Magalhães, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Raphael Ehlers dos Santos e Ricardo Borges Gomide.