boletim mensal da autoridade nacional de … · interactivos, ateliers, visionamento de filmes,...

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BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL / Nº27 / JUNHO 2010 / ISSN 1646–9542 NOTÍCIAS — PÁG.2/3 > Apresentação da Directiva Opera- cional Nacional: DECIF 2010 > ANPC e ANACOM assinam proto- colo de colaboração > VI Congresso Nacional, II Congresso Internacional de Riscos NOTÍCIAS DOS DISTRITOS —PÁG. 4 > III Cidadania e Segurança > Simulacro “PROCIDAY 10” TEMA— PÁG. 5 > Para uma floresta mais protegida DESTAQUE — PÁGS. 6 /7 > DECIF 2010 ESPECIAL — PÁG. 8 > Visita de Bento XVI a Portugal INTERNACIONAL — PÁG. 9 > A cooperação entre Portugal e Espanha LEGISLAÇÃO — PÁG. 10 > Definição do Período Crítico no âm- bito do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios para o ano de 2010 QUEM É QUEM — PÁG.11 > Célula de Planeamento e Empenha- mento Operacional de Meios Aéreos AGENDA — PÁG.12 27 ÍNDICE Enfrentar o tempo quente Os efeitos decorrentes das alterações climáticas a que vimos assis- tindo apontam para um incremento nas ameaças, nomeadamente de incêndios florestais, com os inerentes efeitos de dominó na desflores- tação e desertificação. Aproximamo-nos do período do ano em que as condições meteo- rológicas, aliadas a outros factores, por vezes decorrentes de algumas negligências, poderão vir a constituir condições propícias para a defla- gração de ignições na floresta, mato ou povoamentos. O Dispositivo para o combate aos incêndios florestais no ano de 2010 reflecte aprendizagens que pudemos retirar da prática nos anos anteriores. O espírito de cooperação e a articulação entre todos vai continuar a prevalecer no dia-a-dia dos nossos trabalhos e apelo aos esforços de sensibilização no sentido da diminuição dos comportamentos negli- gentes e de risco. A todos os agentes que em anos transactos contribuíram e para os que no ano em curso, integrando o Dispositivo, contribuem para que possamos atingir os objectivos, quero endereçar especial saudação de total confiança, certo de que continuaremos a assegurar esta respon- sabilidade comum e que o país pode continuar a contar connosco. Arnaldo Cruz ................................................................. EDITORIAL Distribuição gratuita Para receber o boletim PROCIV em formato digital inscreva-se em: Junho de 2010 www.prociv.pt ....................... ................................................................ ........................................

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B O L E T I M M E N S A L DA AU T O R I DA D E N AC I O N A L D E P R O T E CÇ ÃO C I V I L / N º 2 7 / J U N H O 2 010 / I S S N 16 4 6 – 95 42

N O T Í C I A S — PÁG . 2 /3

> Apresentação da Directiva Opera-cional Nacional: DECIF 2010> ANP C e ANACOM assinam proto-colo de colaboração> VI Congresso Nacional, II Congresso Internacional de RiscosN O T Í C I A S D O S D I S T R I T O S — PÁG . 4 > III Cidadania e Segurança> Simulacro “PROCIDAY 10”

T E M A — PÁG . 5

> Para uma floresta mais protegidaD E S TAQ U E — PÁG S . 6 /7

> DECIF 2010 E S P E C I A L — PÁG . 8

> Visita de Bento XVI a PortugalI N T E R N AC I O N A L — PÁG . 9

> A cooperação entre Portugal e Espanha

L E G I S L AÇ ÃO — PÁG . 10

> Definição do Período Crítico no âm-bito do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios para o ano de 2010Q U E M É Q U E M — PÁG .11

> Célula de Planeamento e Empenha-mento Operacional de Meios AéreosAG E N DA — PÁG .12

27

ÍND

ICE

Enfrentar o tempo quente

Os efeitos decorrentes das alterações climáticas a que vimos assis-tindo apontam para um incremento nas ameaças, nomeadamente de incêndios florestais, com os inerentes efeitos de dominó na desflores-tação e desertificação.

Aproximamo-nos do período do ano em que as condições meteo-rológicas, aliadas a outros factores, por vezes decorrentes de algumas negligências, poderão vir a constituir condições propícias para a defla-gração de ignições na floresta, mato ou povoamentos.

O Dispositivo para o combate aos incêndios florestais no ano de 2010 reflecte aprendizagens que pudemos retirar da prática nos anos anteriores.

O espírito de cooperação e a articulação entre todos vai continuar a prevalecer no dia-a-dia dos nossos trabalhos e apelo aos esforços de sensibilização no sentido da diminuição dos comportamentos negli-gentes e de risco.

A todos os agentes que em anos transactos contribuíram e para os que no ano em curso, integrando o Dispositivo, contribuem para que possamos atingir os objectivos, quero endereçar especial saudação de total confiança, certo de que continuaremos a assegurar esta respon-sabilidade comum e que o país pode continuar a contar connosco.

Arnaldo Cruz

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .E D I T O R I A L

Distribuição gratuitaPara receber o boletim

P RO C I V em formato digital inscreva-se em:

Junho de 2010

www.prociv.pt

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N O T Í C I A S

P. 2 . P R O C I V

Provas de avaliação

da condição física

Visita ao Centro de

Meios Aéreos

1.

1.

2.

Número 27, Junho de 2010

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2.

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Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Emergência Pré-Hospitalar

A Associação Portuguesa de Enfermeiros de Emer-gência Pré-Hospitalar realizou, nos dias 28 e 29 de Maio de 2010, nas Piscinas Oceânicas de S. Pedro de Moel, o Congresso Nacional subordinado ao tema “ Enfermagem de Emergência Pré-Hospitalar: Perspectivar o Futuro!”.

No decorrer deste encontro, foram abordados temas como: o papel do Enfermeiro em situações de conflito e catástrofe, o Tratamento Hiperbárico e a Fluidoterapia em situações de emergência.

Coimbra: VI Encontro Nacional, II Congresso Internacional de Riscos

A Riscos, Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança promoveu, entre os dias 22 e 25 de Maio, mais uma edição do Encontro Nacional de Riscos, em simultâneo com a do Congresso Internacional, desta vez com o objectivo de afirmar as ciências cindínicas e, ao mesmo tempo, reequacionar o conhecimento dos riscos e das catástrofes.

Os encontros visaram estimular a divulgação de trabalhos científicos desenvolvidos em Portugal e no estrangeiro, nos últimos anos, sobre esta temática. Por esse motivo, este Congresso/Encontro dirigiu-se tanto a especialistas, como a estudantes de Riscos e Catástrofes e, ainda, aos técnicos, operacionais e a todos aqueles que se preocupam com estas matérias, por terem de lidar com elas no seu dia-a-dia, quer seja em termos de prevenção, de socorro ou de reabilitação de áreas afectadas.

Provas físicas

A condição física dos bombeiros, nomeadamente dos que integram a Força Especial de Bombeiros (FEB) e as Equipas de Intervenção Permanente (EI P), é um tema que merece a melhor atenção da A N PC, dadas as implicações que este factor tem na optimização da prestação do socorro.

Deste modo, no dia 30 de Abril, em Montemor-o- -Novo, no dia 3 de Maio, na Guarda e no dia 4 de Maio, em Abrantes, realizaram-se as provas para a, I.ª, II.ª e III.ª Companhias da FEB.

Aproveitando estas deslocações, efectuaram-se no período da tarde as provas de avaliação da condição física para a criação de Equipas de Intervenção Permanente ou para substituição de efectivos de Equipas já existentes.

Visita aos C D OS e C M A

O Secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, visitou nos dias 10 e 11 de Maio os Comandos Distritais de Operações de Socorro de Évora, Beja e Faro e os Centros de Meios Aéreos (CM A) de Estremoz, Moura e Loulé. Acompanhado pelos governadores civis destes distritos e por alguns autarcas, teve oportunidade de analisar com os Comandantes Operacionais Distritais e com agentes de protecção civil, incluindo os comandantes dos corpos de bombeiros voluntários, a situação do Dispositivo de Combate aos Incêndios Florestais para 2010.

Nos CM A de Estremoz e de Moura o Secretário de Estado saudou o contingente da Força Especial de Bombeiros ali posicionada e a companhia dos GI PS/GN R presente em Loulé, na Base Permanente.

N O T Í C I A S

P R O C I V . P.3Número 27, Junho de 2010

Apresentação da Directiva

Operacional Nacional: DECIF 2010

O Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, presidiu, no dia 8 de Maio, à cerimónia de apresentação da Directiva Operacional Nacional – Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais 2010, que decorreu no Estádio Municipal de Leiria.

Esta Directiva Operacional Nacional, que actualiza a Directiva do ano passado, visa garantir em permanência, nos níveis nacional, distrital e municipal, a resposta operacional adequada, em conformidade com os níveis de gravidade e probabilidade de ocorrência de incêndios florestais. Aplica-se a todo o território continental e a todos os organismos e instituições que concorrem para a defesa

3.

M A I durante a apresen-

tação do DEC I F

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3.

da floresta contra incêndios.Estiveram ainda presentes na cerimónia

o Secretário de Estado da Protecção Civil, deputados, autarcas, governadores civis, representantes das diversas entidades militares e forças de segurança, dos diferentes agentes de protecção civil e de outros organismos públicos e privados.

Universidade Lusófona debate «Cobertura Jornalística de Catástrofes»

A Universidade Lusófona realizou no passado dia 10 de Maio, no Auditório Victor Sá, em Lisboa, uma conferência subordinada ao tema «Cobertura Jornalística de Catástrofes».

Esta iniciativa, integrada no Ciclo de Conferências sobre a temática «Comunicação e Jornalismo no séc. XXI», contou com a participação dos jornalistas António Antunes, da RT P, Cândida Pinto, do Expresso, José Manuel Rosendo, da Antena 1, Patrícia Fonseca, da revista Visão e Paulo Moura, do Público.

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A N P C e a A NAC OM assinam protocolo de colaboração

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (A N PC) e a Autoridade Nacional de Comunicações (A NACOM) assinaram, no dia 4 de Maio, um protocolo de colaboração, numa cerimónia que decorreu na sede da A N PC, em Carnaxide, presidida pelo Secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco.

O protocolo tem por objectivo estabelecer os mecanismos de cooperação entre as partes, com vista ao desenvolvimento e operaciona-lização da componente de comunicações públicas do Plano Nacional de Comunicações da Protecção Civil, a qual, no âmbito da legislação em vigor, deverá ser suportada nas redes e serviços públicos de comunicações electrónicas.

Através deste protocolo de colaboração, as entidades acordam em cooperar na elaboração de estudos no domínio da actuação de cada autoridade e em matérias de interesse comum, na participação conjunta em exercícios de protecção civil de nível nacional ou de outro nível e em operações de protecção e socorro, no âmbito do Dispositivo Integrado das Operações de Protecção e Socorro (DIOPS).

Para o efeito, as partes comprometem-se a disponibilizar os dados e toda a informação em seu poder necessários à prossecução dos estudos associados, bem como a desenvolver as tarefas que no âmbito das suas competências sejam necessárias à devida implementação das pertinentes conclusões e/ou recomendações que dos mesmos resultem.

4.

Assinatura do Protocolo

entre a A N P C

e a A NACOM

4.

Exercício Europeu entre peritos de Protecção Civil e Ajuda Humanitária

Decorreu entre os dias 26 e 28 de Abril, na Bélgica, o segundo de uma série de quatro exercícios CPX organizado pela Direcção-Geral de Ajuda Humanitária e Protecção Civil da Comissão Europeia.

O cenário de base para o Exercício foi a explosão de um vulcão num país ficticiamente situado no continente africano, a qual resulta em consequências directas para as populações locais.

N O T Í C I A S

P. 4 . P R O C I VNúmero 27, Junho de 2010

2.

Exercício

“PRO C I DAY 10”1.

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A N P C presente

no III Fórum

“Cidadania eSegurança”2.

III Fórum “Cidadania e Segurança”

A Câmara Municipal de Aveiro realizou, entre 5 e 7 de Maio de 2010, no Parque de Exposições daquela cidade, o III Fórum “Cidadania e Segurança”.

Tendo como objectivo a promoção de uma cidadania activa e participativa, o evento, de carácter pedagógico e cultural, esteve aberto ao público em geral, que teve a possibilidade de conhecer e interagir com as entidades presentes, através de uma série de actividades de carácter lúdico-pedagógico (jogos interactivos, ateliers, visionamento de filmes, torre de escalada, slide, demonstrações cinotécnicas) e exposição de meios afectos a cada entidade.

A iniciativa contou com as participação da Autoridade Nacional de Protecção Civil, através do CDOS de Aveiro, dos Bombeiros Velhos de Aveiro, Bombeiros Novos de Aveiro, PSP, GN R, I N E M, Cruz Vermelha Portuguesa, Gabinete Técnico Florestal da autarquia, Exército Português (Centro de Recrutamento do Porto), Marinha Portuguesa e do Instituto de Socorros a Náufragos.

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Simulacro “PRO C I DAY 2010”

O CDOS do Porto organizou no final do mês de Abril o exercício “PROCI DAY 10”, nas instalações da Refinaria da Petrogal, em Matosinhos.

Este simulacro teve como finalidade treinar a estrutura operacional e demais entidades com responsabilidade em matéria de protecção civil, à luz dos princípios legalmente estabelecidos do Plano Operacional Distrital n.º 01/2009 e do Plano de Emergência Interno (Refinaria de Matosinhos), concretamente no quadro de uma intervenção em caso da ocorrência de um acidente, conduzindo à intervenção de equipas de socorro num cenário de multi–ocorrências.

Tratou-se de um exercício de grande importância, realizado pelo segundo ano consecutivo. A dimensão planeada obrigou ao envolvimento de meia centena de veículos e mais de 150 operacionais de diversas corporações de Bombeiros, equipas médicas e equipas de socorro do distrito do Porto.

C D OS Porto organiza Seminário Técnico

O CDOS do Porto realizou, no dia 15 de Maio, no Auditório do Museu Soares dos Reis, no Porto, um Seminário Técnico subordinado ao tema “Riscos Tecnológicos”.

Esta iniciativa contou com o apoio de diversas entidades e teve a participação de especialistas que abordaram questões relacionadas com os “Riscos da Actividade”, “Planeamento/Fiscalização”, passando pela “Prevenção de Acidentes Graves” e “Análise de Acidentes Graves” até à “Auditoria de Instalações e Peritagem de Acidentes Graves”.

1.

Visita do Secretário de Estado da Protecção Civil ao C D OS de Aveiro

O Distrito de Aveiro recebeu, no passado dia 22 de Maio de 2010, a visita do Secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, no âmbito do DECIF. O programa da visita compreendeu uma reunião de trabalho no CDOS de Aveiro, na qual foi apresentada uma breve caracterização do Distrito e do dispositivo de defesa da floresta contra incêndios distrital para 2010, seguida de visita às instalações.

A comitiva, na qual se incluia o Governador Civil de Aveiro, membros do respectivo gabinete e os representantes do CCOD de Aveiro, deslocou-se em seguida ao Centro de Meios Aéreos de Águeda, onde se situa uma base dos GI PS/GN R.

T E M A

P R O C I V . P.5Número 27, Junho de 2010

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Portugal, devido ao seu contexto geográfico, situa-se numa zona muito sensível à variabilidade climática, alternando influências atlânticas com outras, de carácter marcadamente mediterrânicas, verificando-se cada vez mais um aumento das temperaturas médias e alguns fenómenos extremos de seca e de precipitação.

Com as actuais condições climáticas, a grande quantidade de combustível disponível provocado por um inverno rigoroso e muitas vezes o uso indevido do fogo pelos cidadãos, face à continuidade horizontal e vertical da mancha florestal portuguesa, leva a que a ocorrência periódica de violentos incêndios florestais seja um fenómeno largamente facilitado. Anos como os de 2003, 2004 ou 2005 podem estar ao virar da esquina.

O Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios aprovado em 2006 enuncia a estratégia e determina os objectivos, as prioridades e as intervenções a desenvolver para atingir as metas preconizadas. Uma dessas metas para o período até 2012 é a de se alcançar uma área ardida média inferior a 100.000 h a /ano.

Verifica-se que, nestes últimos 4 anos, a média da área ardida é de 52.000 h a e que não houve áreas ardidas anuais superiores a 100.000 h a, o que, pela primeira vez, se alcançou em 4 anos consecutivos nos últimos 25 anos.

Perante os dados referidos e o nível de organização e empenhamento actuais, a nossa maior ameaça é a de podermos pensar que o problema dos incêndios florestais está resolvido e que o nosso dispositivo está absolutamente preparado para todo e qualquer desafio. Importa realçar que prever o impensável ainda não está ao alcance do ser humano, como as mais recentes catástrofes têm demonstrado.

Por isso, os objectivos devem continuar a centrar-se no investimento no planeamento, na previsão do risco e do perigo, na análise e avaliação das vulnerabilidades do território, na formação continuada das equipas de intervenção e dos decisores e na regulação das questões organizativas.

Aumentando as actividades de prevenção e de planeamento reduzem-se as actividades de combate, e uma organização de resposta de ataque inicial

Para uma floresta mais protegida

Paulo Gil Martins, Comandante Operacional Nacional

bem conseguida diminui a necessidade de grandes organizações e de grandes quantidades de meios empenhados nos teatros de operações.

A organização da resposta deve, assim, assegurar, em constante articulação com todos os Agentes de Protecção Civil e Socorro, a mobilização, prontidão, empenhamento e gestão dos meios e recursos disponíveis, tendo em vista um elevado nível de eficiência e eficácia no combate, através da permanente e prioritária capacidade de intervir imediata, massiva e fulminantemente sobre incêndios florestais nascentes, em ataque inicial. Ataque inicial que será tão mais bem sucedido quanto maior for a capacidade do dispositivo de prevenção operacional na redução do n.º de ignições e na detecção oportuna de incêndios.

De relevar a importância decisiva das campanhas de sensibilização da população, com o objectivo de alertar para a necessidade de adequação dos seus comportamentos ao território e à meteorologia, colaborando com o seu esforço para reduzir o número de ignições, já que, como sabemos, em 97% dos casos os incêndios florestais têm origem humana.

Os portugueses devem continuar a assumir que a defesa da floresta contra incêndios é um desígnio nacional que passa por todos e cada um de nós.

O ano de 2010 será novamente de grande desafio para o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais e para todos os seus operacionais, porque Portugal sem fogos continuará a depender de todos.

Incêndios florestais

D E S T A Q U E

Número 27, Junho de 2010

P. 6 . P R O C I V

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DECIF 20101. As ignições em zonas florestais durante os

períodos de maior risco, a maior parte por negligência, propiciam condições para o surgimento de situações complexas que são normalmente potenciadas por condições meteorológicas extremas de difícil ou muito curta previsão, podendo originar perdas de bens e vidas humanas, exigindo por isso a preparação e organização de um dispositivo adequado para os enfrentar, através da intervenção de forças de protecção e socorro quer na defesa da floresta, enquanto bem estratégico do País, quer na protecção das populações e do ambiente.

2. Para o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais - DECIF 2010 contribuem fortemente as mulheres e os homens que, distribuídos pelo território do nosso país, se distinguem pela competência, persistência e dedicação com que levam a cabo as missões e como contribuem de forma organizada e pronta para a execução das tarefas de investigação, fiscalização, sensibilização, vigilância, detecção, apoio, assistência e combate.

Homens e mulheres dos Bombeiros como principal força de protecção e socorro impossível de substituir ou contornar, das Forças Militares, das Forças de Segurança, dos sapadores florestais, dos vigilantes da natureza, dos pilotos das aeronaves, dos produtores florestais, das organizações de baldios, das associações da sociedade civil, e das instituições técnicas e científicas que dão as mãos, trabalhando irmanados por um único objectivo – a defesa de um dos bens estratégicos do país – a nossa floresta.

Mas também contribuem, como Autoridades Políticas de Protecção Civil, as Senhoras e os Senhores Governadores Civis, que de forma inteligente tudo fazem para coordenar as diversas e complexas situações

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Prioridade absoluta

ao ataque inicial1.

Despacho de meios2.

2.

Dispositivo especial de combate aos incêndios florestais

que surgem, sobretudo nos períodos mais críticos, e dos Senhores Presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de Freguesias na intervenção decisiva ao nível local.

Também a A N PC, através da disponibilidade e competência da sua estrutura operacional distrital e do forte empenhamento e dedicação dos seus dirigentes, técnicos e restante pessoal nos mais diversos níveis, concorre determinadamente para a coordenação, funcionamento e sustentação de todo o DECIF.

3. O DECIF garante em permanência, nos níveis distrital e municipal, a resposta operacional adequada e articulada, em conformidade com o risco de incêndio florestal durante os períodos de perigo considerados, assegurando a mobilização, prontidão, empenhamento e gestão dos meios e recursos, tendo em vista garantir um elevado nível de eficiência e eficácia no combate aos incêndios florestais, reduzindo o número de baixas e garantindo permanentemente a segurança das pessoas, dos meios e a integridade física dos operacionais envolvidos em intervenções.

4. O DECIF, em permanente articulação com todos os Agentes de Protecção Civil (A PC) e com o dispositivo de prevenção operacional, coordenado pela GN R, desenvolve a resposta imediata e adequada às acções de vigilância dissuasiva, detecção oportuna de incêndios florestais, despacho imediato de meios de ataque inicial, domínio de incêndios no seu início, recuperação contínua da capacidade de ataque inicial, reforço rápido dos teatros de operações, permanente consolidação da extinção, unidade de comando e controlo e gestão da informação operacional pública unificada.

5. O DECIF compreende prioritariamente as seguintes acções operacionais:

1.

D E S T A Q U E

Helicóptero pesado

em operação

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3.

P R O C I V . P.7Número 27, Junho de 2010

4.

Equipa da F EB em

combate indirecto4 .

3.

Permanente capacidade de antecipação> Antecipando acções de prevenção operacional sob

a coordenação da GN R, em zonas mais susceptíveis aos incêndios, em permanente articulação com os CDOS.

> Antecipando as acções de combate, pré posicionando meios de ataque inicial no território, em Locais Estratégicos de Pré-Posicionamento por despacho do CDOS, tendo como base a análise decorrente da avaliação da situação diária, da previsão do risco de incêndio, do envolvimento do dispositivo e da situação do país, e em permanente articulação com o dispositivo de prevenção operacional.Prioridade máxima e absoluta ao Ataque Inicial

> Garantindo o ataque inicial, como primeira intervenção organizada e integrada, sustentada por um despacho inicial de meios, até 2 minutos depois de obtida a localização do incêndio, de forma musculada, consistente e em triangulação.

> Este ataque inicial deve permitir colocar o primeiro meio de intervenção operacional, no incêndio, até 20 minutos depois do despacho inicial.

> O ataque inicial desenrola-se de forma intensa, com rápida progressão de equipas helitransportadas, equipas terrestres e meios aéreos, independentemente da sua titularidade e explorando todas as suas capacidades. Rescaldo cuidado

> Assegurando uma acção descontínua e obriga-tória em qualquer incêndio em espaço florestal, que visa eliminar toda a combustão viva e isolar o material ainda em combustão lenta, utilizando prioritariamente ferramentas manuais, tractores agrícolas e/ou máquinas de rasto, garantindo-se que o incêndio não reactiva.Extinção efectiva

> Assegurando uma actuação que permita que todos os focos de combustão estão apagados estando garantida a consolidação do perímetro do incêndio e portanto o seu não reacendimento.

6. Assim, a partir de 1 de Junho e logo que as condições de risco o justificarem, será projectado no

terreno o DECIF, que contará no conjunto das Fases Bravo, Charlie e Delta, com 22.519 operacionais e com 5.002 veículos de comando, intervenção e apoio.

No período mais crítico, de 1 de Julho a 30 de Setembro, correspondente à Fase Charlie, o DECIF contará com 9.985 mulheres e homens, 2.177 veículos operacionais, 237 Torres de Vigia e 56 meios aéreos, em que se destacam 49 meios de ataque inicial, dos quais 35 helicópteros com brigadas helitransportadas.

7. O DECIF continuará a ter como factor crítico de sucesso o ataque inicial, na perspectiva de que quem estiver mais próximo do incêndio deve intervir de imediato, independentemente da sua dependência hierárquica e funcional e desde que disponha dos meios adequados à resolução da ocorrência, salvaguardando sempre a articulação com a estrutura operacional de comando e controlo da A N PC.

Contará com a intervenção directa de 14 entidades e organizações diferenciadas e de instituições técnicas e científicas, numa lógica de complementaridade, no sentido de fortalecer a atitude e a cooperação, desenvolver a colaboração e a integração, ampliar a capacidade do sistema de protecção civil e socorro e rentabilizar ao máximo os recursos de que dispomos.

Contará com pessoal disponível, empenhado, determinado e coeso, numa procura constante de melhorar o que sempre fizeram, e que não deixarão de se aplicar continuadamente no cumprimento das obrigações a que se sentem responsabilizados, de forma a construir um futuro mais seguro e a cooperar institucionalmente como agentes especializados no sistema global de protecção civil e especialmente na defesa da floresta contra incêndios.

Contará certamente com PORTUGUESES CONSCIENTES em assumir que a defesa e a preservação do nosso património florestal e ambiental são um DESÍGNIO NACIONAL, que passa por todos e cada um de nós, porque PORTUGAL SEM FOGOS, DEPENDE DE TODOS…

Paulo Gil Martins, Comandante Operacional Nacional

E S P E C I A L

P. 8 . P R O C I VNúmero 27, Junho de 2010

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1.

Balanço da “Operação

Fátima/2010”

1.

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Visita de Bento XVI a Portugal mobiliza dispositivo de segurança complexo

2.

Motos e segway

presentes em Fátima2. 3.

Na sequência da visita do Papa Bento XVI a Portugal, de 11 a 14 de Maio, a A N PC montou um Dispositivo Especial de Protecção e Socorro, no âmbito da Directiva Operacional Nacional (DON) desenvolvida especificamente para a visita Papal, com o objectivo de responder com eficácia, rapidez e segurança às situações de protecção e socorro.

O dispositivo da A N PC para Lisboa, Fátima e Porto envolveu 2455 operacionais, 497 veículos de socorro e apoio, quatro helicópteros de busca e salvamento e também de coordenação (2 destacados e 2 em permanência), 6 meios náuticos e 11 estruturas de emergência médica.

Foi ainda accionado o alerta amarelo, segundo de uma escala de quatro, durante o período de vigência da DON, entre 10 e 14 de Maio, tendo sido também activada uma célula de acompanhamento da visita do Papa Bento XVI no Comando Nacional de Operações e Socorro e Centro Táctico de Comando (CETAC) montado em Fátima. O efectivo operacional que esteve instalado em Fátima, sob o comando do Comandante Operacional Distrital de Santarém, Joaquim Chambel, foi reforçado devido ao esperado grande afluxo de peregrinos ao Santuário.

Nesta visita Papal a Fátima foi também assegurado o socorro através da utilização de novos recursos, como motos e “segways” (veículo eléctrico para transporte pessoal), conduzidos por socorristas. Estes meios pretenderam dar maior cobertura aos locais com mais afluência de pessoas, onde a mobilidade foi mais complexa.

Refira-se que o Posto de Comando Conjunto instalado em Fátima recebeu a visita de uma delegação de representantes da Direcção Geral de Protecção Civil de Espanha.

Para além da Autoridade Nacional de Protecção Civil, estiveram envolvidos neste dispositivo a Força Especial Bombeiros, os corpos de bombeiros, o I N E M, a Cruz Vermelha Portuguesa e a Direcção Geral da Autoridade Marítima. Participaram, ainda, o Corpo Nacional de Escutas, a organização não governamental Paramédicos de Catástrofe Internacional e a Rede de Rádio-Amadores.

Pessoas assistidas

56

1754

48

1858

Feridos graves

1

2

2

5

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .Pessoas evacuadas

7

40

3

50

Lisboa

Fátima

Porto

TOTAL

3.

O dispositivo da ANPC

envolveu 2455 operacionais,

497 veículos de socorro e

apoio, 4 helicópteros,

6 meios náuticos e

11estruturas de emergência

médica.

I N T E R N A C I O N A L

P R O C I V . P.9Número 27, Junho de 2010

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Unidade Militar de

Emergências de Espanha1.

1. 2.

Central 112 em Espanha2.

2.ª Reunião Informal de Directores–Gerais de Protecção Civil

Realizou-se, no passado dia 5 de Maio, em Paris, a 2.ª reunião informal de Directores Gerais de Protecção Civil no Quadro do programa União para o Mediterrâneo (UpM), actualmente presidida pela França e Egipto. A União para o Mediterrâneo iniciou-se em 13 de Julho de 2008, sucedendo à Parceria Euro- -Mediterrânica e tem como membros os 27 Estados- -Membros da União Europeia e 16 países do Sul do Mediterrâneo e Médio Oriente. Os principais objectivos da UpM são o desenvolvimento de projectos regionais, sub-regionais e transnacionais em diversas áreas.

Esta reunião, que contou com a participação da A N PC, teve como objectivo analisar os projectos a desenvolver nas cinco áreas de actuação prioritárias no domínio da protecção civil, designadamente a Prevenção, alerta precoce, formação, preparação para a participação em operações e articulação operacional.

A cooperação entre Portugal e Espanha

A cooperação bilateral entre Portugal e Espanha em matéria de Protecção Civil é orientada pelo protocolo firmado em 1992 entre os dois Estados e consequente adenda de 2003. Este protocolo regulamenta a assistência mútua a praticar em situação de emergência.

Durante a XXIV Cimeira Luso–Espanhola, realizada a 22 de Janeiro de 2009, em Zamora, foi formalizada a modificação do Protocolo Adicional, que permite a extensão para 15 km da zona de actuação, sem autorização prévia, no caso de ocorrência de incêndios florestais nas zonas fronteiriças.

Nesse âmbito, Portugal e Espanha têm desenvolvido uma cooperação muito próxima, assente no bom relacionamento tanto a nível central, entre a Autoridade Nacional de Protecção Civil e a Direcção–Geral de Protecção Civil e Emergências do Reino de Espanha, como ao nível fronteiriço, entre os Comandos Distritais de Operações de Socorro, os governos civis e as Comunidades Autónomas espanholas.

De forma a dar a conhecer aos principais responsáveis da A N PC, em especial aos Comandantes Operacionais Distritais das zonas fronteiriças, algumas metodologias operacionais, telecomunicações, equipamentos e formação, implementadas em Espanha na área da gestão de emergência, realizou-se uma visita de carácter técnico a Madrid, entre os dias 27 e 28 de Abril.

O programa da visita incluiu uma visita à UM E, Unidade Militar de Emergência, unidade das Forças Armadas de Espanha vocacionada e preparada para responder a operações de Protecção Civil, funcionando como reserva estratégica do Governo Espanhol no desenvolvimento da protecção de pessoas, bens e ambiente, à Escola Nacional de Protecção Civil de Madrid, que tem como objectivo a formação dos elementos integrantes das organizações com responsabilidades na emergência, e Central 112, local construído de raiz, tecnologicamente evoluído e na vanguarda de sistemas de informação e gestão de ocorrências de emergência. A Central 112 está dividida em 4 categorias de emergência: segurança pública, saúde, protecção civil e bombeiros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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L E G I S L A Ç Ã O

Legislação

Glossário

www

Publicações

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P.1 0 . P R O C I VNúmero 27, Junho de 2010

BIOMA SSAFracção biodegradável dos produtos, desperdícios ou resíduos de actividade agrícola (incluindo

Raque l A ze vedo Freit as, M á r io Fer rei ra e Isabe l Morei ra . Alm a s d e FogoDa autoria do bombeiro Mário Ferreira, da professora Isabel Moreira e da psicóloga Raquel Azevedo Freitas, este livro relata a vida quotidiana dos bombeiros, compreendendo os domínios pessoal, emocional e psíquico destes “soldados da paz”.

Autoridade Florestal Nacional — http://www.afn.min-agricultura.pt/portal/dudfO site da Autoridade Nacional Florestal, para além de disponibilizar um conjunto de informação institucional focalizando a sua principal missão – a gestão sustentável dos recursos florestais –, na componente particular dos fogos florestais disponibiliza um conjunto de planos, guias e manuais técnicos sobre matérias específicas: Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, indicadores estatísticos sobre incêndios florestais, cartografia nacional das áreas ardidas, informação geográfica associada a terrenos percorridos por incêndios florestais e mapeamento da perigosidade de incêndio florestal em Portugal continental.

Centro da Biomassa para a Energia — http://www.centrodabiomassa.pt/O Centro da Biomassa para a Energia surgiu em 1988 através de um projecto lançado pela Secretaria de Estado da Energia, inserido no quadro da política energética nacional, designadamente no âmbito da diversificação energética e do aproveitamento dos recursos naturais de que o País dispõe. Através deste site é possível aceder a espaços dedicados à sua missão e actividades, entre outros temas. Em destaque estão algumas das actividades promovidas por este Centro.

Consulta em: www.prociv.pt/Legislacao/Pages/LegislacaoEstruturante.aspx

Despacho n.º 8085/2010, de 10 de MaioNomeação do adjunto de operações distrital de Faro, licenciado Rui Jorge Baptista Conceição Graça.

substâncias vegetais e animais) e florestal e de indústrias relacionadas, bem como a fracção

biodegradável de resíduos industriais e urbanos.

Despacho n.º 7974/2010, de 6 de MaioConcessão da medalha de mérito de protecção e socorro, no grau prata e distintivo azul à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos.

Portaria n.º 269/2010, de 17 de MaioEstabelece que o período crítico no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios vigore de 1 de Julho a 15 de Outubro no ano de 2010.

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Q U E M É Q U E M

P R O C I V . P.11Número 27, Junho de 2010

A Célula de Planeamento e Empenhamento Operacional de Meios Aéreos (CPE M A) integra organicamente o Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da A N PC, tendo como atribuições o fornecimento de informações à Célula de Planeamento, Operações e Informações (CEPOI) sobre os indicadores de gestão e controlo dos meios aéreos, a elaboração de propostas de dispositivo de meios aéreos a integrar nas Directivas e Planos Operacionais do CNOS, o assegurar o registo de ocorrências que possam pôr em causa a eficácia das operações, a elaboração de documentos de natureza técnica e proposta de soluções mais adequadas à gestão do dispositivo aéreo, a análise, do ponto de vista operacional, da execução dos contratos de aluguer dos meios aéreos e supervisão do seu cumprimento, a avaliação da eficácia operacional dos meios aéreos e a sugestão de medidas consideradas como adequadas à resolução das anomalias detectadas, a participação nos briefings, garantindo a informação operacional adequada e, por fim, a colaboração no planeamento e estudo dos assuntos da sua responsabilidade.

A CPE M A reporta ao 2.º Comandante Operacional Nacional e é constituída em permanência por dois elementos, podendo ser reforçada sempre que a situação o justifique.

Esta célula, em 2009, para além da elaboração de vários estudos e pareceres dentro do seu âmbito, esteve activamente envolvida na produção do Manual Operacional: Emprego dos Meios Aéreos em Operações de Protecção Civil, realizado em co–autoria com a Empresa de Meios Aéreos (E M A).

Os seus elementos são responsáveis por várias aplicações que permitem a gestão operacional e contratual dos diversos contratos de locação de meios aéreos à A N PC.

Entre 15 de Maio e 15 de Outubro de 2009, a CPE M A foi responsável pela gestão operacional de nove contratos do qual faziam parte 56 meios aéreos, divididos por 35 helicópteros e 14 aviões de ataque inicial, bem como 5 helicópteros e 2 aviões de ataque ampliado.

No que concerne à actividade dos dois Helicópteros de Socorro e Assistência (H ESA), sedeados nas Bases de Helicópteros em Serviço Permanente de Santa Comba Dão e Loulé, há a destacar as 28 missões de Busca e Salvamento, realizados entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2009, tendo sido resgatadas 17 pessoas. Neste período foram realizadas 10 missões de evacuação aeromédica, das quais 9 a pedido do I N E M e ainda 7 missões de transporte de órgãos a pedidos do Gabinete de Coordenação de Colheita de Órgãos de Transplantação (G CCO T) de Coimbra.

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Célula de planeamento e empenhamento operacional de meios aéreos – A NPC

Entre 1 de Janeiro e 31 de

Dezembro de 2009 foram

efectuadas 28 missões

de Busca e Salvamento

e resgatadas 17 pessoas.

Edição e propriedade – Autoridade Nacional de Protecção Civil Director – Arnaldo Cruz Redacção e paginação – Núcleo de Sensibilização, Comunicação e Protocolo Fotos – A N PC; José LeiteDesign – Barbara Alves Impressão – Europress Tiragem – 2000 exemplares ISSN – 1646– 9542 Impresso em papel 100% reciclado R E NOVA PR I N T E .

Os artigos assinados traduzem a opinião dos seus autores. Os artigos publicados poderão ser transcritos com identificação da fonte.

Autoridade Nacional de Protecção Civil Pessoa Colectiva nº 600 082 490 Av. do Forte em Carnaxide / 2794–112 Carnaxide Telefone: 214 247 100 Fax: 214 247 180 [email protected] www.prociv.pt

A G E N D A

P.12 . P R O C I V

B O L E T I M M E N S A L D A A U T O R I D A D E N A C I O N A L D E P R O T E C Ç Ã O C I V I L

Número 27, Junho de 2010

9 – 11 DE JUNHO

MADRID, ESPANHA

REUNIÃO DIRECTORES GERAIS UE

A ANP C participa nesta reunião cujo

objectivo principal é possibilitar a

discussão, a partilha de ideias e a reflexão

sobre as matérias actuais debatidas ao

nível dos organismos da União Europeia

neste domínio. Este evento assume-se

como um dos pontos mais marcantes

do exercício da Presidência da U E , na

área da Protecção Civil, que, no próximo

semestre, será assumido pela Bélgica.

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1 – 2 JUNHO

KARLSTAD, SUÉCIA

SEMINÁRIO TÉCNICO NO ÂMBITO

DO PROJECTO SERM

A Agência Sueca para as Contingências

Civis (M SB) e o Serviço Federal Alemão

de Meios Técnicos de Socorro

(T H W ) organizam este seminário

técnico, integrado no projecto co-

-financiado pela Comissão Europeia

“SE R M ” (Procedimentos de Evacuação

e Repatriamento de Cidadãos Europeus

em Países Terceiros). A ANP C integra

o comité de gestão deste projecto,

que teve início em Março de 2009 e

terminará em Abril de 2011.

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2 JUNHO

TORRES VEDRAS

SEMINÁRIO «PROTECÇÃO CIVIL:

UM DESAFIO PERMANENTE»

A Câmara Municipal de Torres Vedras

organiza este seminário no auditório

municipal, dirigido a técnicos dos

serviços de protecção civil, dirigentes

autárquicos, técnicos de segurança,

elementos dos corpos dos bombeiros

e das forças de segurança, gestores de

emergência e população em geral.

A ANP C far-se-á representar através

do Chefe do Núcleo de Planeamento

de Emergência e do CODI S Lisboa.

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