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ontabilizado até setembro, o incremento apu-rado pela indústria de alimentação animal bra-sileira surpreendeu positivamente e avançou 3%, resultando 52,8 milhões de toneladas de rações. Projetando tração na demanda e im-

pulsionada por reação mais vigorosa das principais ca-deias produtivas durante os três últimos meses, é possí-vel que a produção em 2019 revele uma expansão ainda maior, amparada por conta da melhora de diversos indi-cadores de atividade, bem como aqueles ligados à pau-ta exportadora e ao varejo e confiança do consumidor.

O entusiasmo, que contagia a economia em geral, é resultado da flexibilização monetária e da inflação con-trolada, das reformas trabalhista e previdenciária, da ex-pansão agropecuária ancorada nos grãos e nas carnes e da melhora na percepção do risco-país, muito embo-ra, algumas incertezas persistam, por conta da infindá-vel tensão comercial entre americanos e chineses, ins-tabilidade política da “Primavera Latina” que sacode o Chile e Argentina, Colômbia, Bolívia e Equador, e o re-lativo desinteresse dos investidores estrangeiros frente ao, ainda pouco animador, crescimento do PIB brasileiro.

consumidores e da urbanização, do incremento da renda da população global e da mudança dos seus hábitos ali-mentares, vem sendo monitorada pelo Sindirações, que atento às ações necessárias para reduzir os efeitos da mu-dança climática e alinhado ao propósito desmistificador da bizarra imagem de um superlativo Brasil poluidor, tem investido recursos financeiros e humanos e contribuído positivamente com as exportações agropecuárias, haja vista a recente cooperação estabelecida com a Embrapa, no intuito de corrigir os índices de emissão de gases de efeito estufa da agropecuária brasileira, supervalorizados pela enviesada metodologia empregada pelo consórcio de (clientes) europeus e (concorrentes) norte-americanos.

O prognóstico de um próspero 2020, àqueles em-preendedores que atuam com ética, boa-fé e respeito às regras do jogo, encontra ressonância nas medidas de intervenção mínima do Estado sobre as atividades pri-vadas, tais como a promulgação do conjunto de princí-pios que reforçam a liberdade econômica, o revogaço de leis e atos normativos concomitante à análise do seu impacto, e também do programa de autocontrole nos estabelecimentos de alimentação animal.

Ariovaldo Zani Vice-Presidente Executivo

ALIMENTAÇÃO ANIMAL GANHA TRAÇÃOPor seu gigantismo continental, abundância de recur-

sos naturais e inquestionável potencial, o Brasil merece-ria maior protagonismo no mundo transacional, muito embora, a falta de uma política comercial consistente e outros motivos, atrelados à (ir)responsabilidade domés-tica, continuam sufocando os investimentos, afiançando a medíocre produtividade industrial e acorrentando pe-sada âncora à sua competitividade internacional. A pre-valência dos arroubos políticos e ideológicos, do prote-cionismo de interesse setorial, da burocracia tributária e da insegurança jurídica, nesse (eterno) país do futu-ro (que parece nunca chegar), acaba por amplificar as tradicionais barreiras de acesso formal aos mercados.

No entanto, se faz justo reconhecer que o Governo vem se esforçando em prol dos exportadores de manufa-turados, notadamente aqueles voltados à pecuária, atra-vés das medidas para retomada ou incremento da quan-tidade e diversificação embarcada e das negociações de alto nível para acesso aos mercados novos e estratégicos.

A intensificação global da pressão ambiental, resulta-do da crescente demanda por proteína animal, conse-quência do inquestionável crescimento do número de

A SUINOCULTURA, PECUÁRIA DE CORTE E AVICULTURA GANHARAM IMPULSO NO TERCEIRO TRIMESTRE

C

BOLETIM INFORMATIVO DO SETORDEZEMBRO 2019

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AVICULTURA DE POSTURATambém contrariando a expectativa inicial de crescimento vigoroso, nos primeiros nove meses do ano corrente, a produção de ra-ções para poedeiras alcançou 4,8 milhões de toneladas e recuou 1,4% principalmente por conta do alojamento bastante ajustado.

SUINOCULTURAJá a demanda por rações para suínos somou 12,5 milhões de toneladas de janeiro a setem-bro, impulsionada crescentemente pela deman-da incremental chinesa, cujo plantel fora abati-do pela epidemia de peste suína africana.

AVICULTURA DE CORTEO produtor de frangos de corte demandou 24,6 milhões de toneladas de rações de ja-neiro a setembro, um avanço de 2,9%, marca que supera substancialmente o incremento previsto inicialmente. O surto de PSA na Chi-na permitiu ao Brasil exportar mais carne suí-na, além das outras proteínas animais. O fe-nômeno acabou por impulsionar a produção de frangos, estimulada também pela necessi-dade do consumidor brasileiro de alternativa mais econômica, quando comparada à car-ne bovina bastante valorizada no período.

Fonte: Sindirações Fonte: ABPA, adaptado Sindirações

JAN FEV MAR ABR MAI JUN

1195

Fonte: ABPA, adaptado Sindirações

PRODUÇÃO DE RAÇÕES ATÉ SETEMBRO (milhões toneladas)

Fonte: Sindirações | *Estimativa

AVESFRANGOS CORTEPOEDEIRASSUÍNOSGADOLEITECORTECÃES E GATOSEQUINOSAQUACULTURAPEIXESCAMARÕESOUTROSTOTAL RAÇÕES

2,22,9

-1,44,43,94,52,73,01,65,15,07,0

-1,83,0

28,823,94,9

12,06,44,3

2,091,99

0,4440,950,89

0,0540,63751,3

29,524,64,8

12,56,74,5

2,142,05

0,4511,000,94

0,0580,62652,8

%JAN a SET 2018 JAN a SET 2019*

EVOLUÇÃO % PRODUÇÃO RAÇÕES(2019 em relação a 2018)

JAN a MARJAN a JUN JAN a SET

1,3%2,0%

FRANGOCORTE

GADOCORTE

GADOLEITE

SUÍNO CÃO/GATO EQUINO OUTROS TOTAL

-7,0%

-2,6%

0,4%0,3%POEDEIRA

8,8%

11,0%

2,4%

4,1%

2,0%

3,8%

0,9%1,1%

0,2%1,3% 1,4%

2,7%2,9%

-1,4%

2,7%

4,5%3,0%

2,4%1,6%3,0%

4,4%

PRODUÇÃO CARNE DE FRANG0(mil toneladas)

2018 2019

1110

1254

1148

1205 11941200

1108

12231159

1144

1080

POEDEIRAS EM PRODUÇÃO(milhões cabeças)

SET/1

8OUT/1

8NOV/1

8DE

Z/18

JAN/19

FEV/1

9MAR

/19AB

R/19

MAI/19

JUN/19

111,7JU

L/19

AGO/19

SET/1

9

113,1113,7

113,2

113,9114,7

114,3

115,0115,6

114,2

113,9

113,5

113,6

ABATE DE SUÍNOS(milhões cabeças)

Fonte: SIGSIF/MAPA, adaptado Sindirações

1O. Trim. 2O. Trim. 3O. Trim. 4O. Trim.

7,9

7,4

8,0

8,1

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

8,3

7,9

8,5

9,3

8,1

8,2

7,5

9,4

8,0

7,6

8,8

9,7

8,4

8,1

8,8

9,2

9,2

8,9

8,6

9,1

8,9

9,0

9,4

9,4

9,3

9,0

9,5

2019

8,9

9,2

9,6

9,9

BOLETIM INFORMATIVO DO SETOR DEZEMBRO 2019

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100103

107 109 108 107 108 109113 112 111

112116

BOVINOCULTURA DE CORTENo caso das rações para bovinos de corte, a produção foi de 2,1 milhões de toneladas e revelou incremento da ordem de 2,7%, sobretudo incentivada pela valo-rização crescente da arroba no segundo semestre. A tendência de escassez de oferta de bois terminados e os embarques demandados pelos chineses prova-velmente impulsionarão o preço a ser pago pelos fri-goríficos e inflacionarão a carne bovina no varejo no período próximo às festas de final de ano.

Fonte: CEPEA, adaptado Sindirações

AQUACULTURAA produção de rações para peixes e camarões durante o primeiro semestre somou 940 mil toneladas, garantida pela produção da piscicultura integrada que cresce so-bremaneira no estado do Paraná. A carcinicultura, por sua vez, continua reagindo, muito embora, ininterruptamente atenta a qualquer novo evento sanitário, por conta do risco proporcionado pela importação do produto equatoriano.

CÃES E GATOSO crescente e significativo consumo das famílias, prin-cipal componente do PIB e responsável por mais de 60% pelo lado da demanda, vem sendo impulsionado pela expansão do crédito, queda dos juros e alguma recuperação de vagas de trabalho. Esse ambiente me-nos adverso permitiu aos tutores demandarem mais de 2 milhões de toneladas até setembro. A expectativa é que o consumo privado ganhará ainda mais fôlego no último trimestre, por conta da liberação dos recur-sos do FGTS, e a demanda por alimentos para cães e gatos superar a marca de 4% de crescimento.

BOVINOCULTURA DE LEITEA cadeia pecuária leiteira, por sua vez, demandou 4,5 milhões de toneladas de janeiro a setembro, um avanço de 4,5%, marca que demonstra moderação daquele ímpeto crescente na utilização das raçoes e

concentrados pelo produtor de leite, provavelmente desmotivado pela valorização dos grãos adicionados à alimentação animal e pela qualidade das pastagens favorecidas pelas chuvas.

Fonte: CEPEA, adaptado Sindirações

nov/18

COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES

ÍNDICE PREÇO

SET/18 OUT/18 NOV/18 DEZ/18 JAN/19 FEV/19 MAR/19 ABR/19 MAI/19 JUN/19

10099

98

100 100102

105

102100

102103

106

BEZERRO (8 a 12 meses)BOI GORDO (16,5 arrobas)

JUL/19 AGO/19 SET/19

102

CAPTAÇÃO LEITEPREÇO LEITE

dez/18 jan/19 fev/19 mar/19 abr/19 mai/19 jun/19 jul/19 ago/19 set/19

101

101

102

99

94

103

93

111

90

111

88

107

89

106

91

102

95

9392

98100

100

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