boletim informativo sindimadaz545403.vo.msecnd.net/sindimad/2014/11/boletim-novembro-2014.pdfboletim...

1
Sindicato da Indústria de Serrarias, Carpintarias, Madeiras Compensadas e Laminadas no Estado de São Paulo BOLETIM INFORMATIVO SINDIMAD ano 1 - edição 01 Rua Cel. Xavier de Toledo, 220 - 11º Andar - São Paulo - SP - CEP: 01048-000 - Telefone: (11) 3255-8566 - Fax: (11) 3255-8566 - [email protected] Confira as principais notícias e novidades do setor de madeira Consumir madeira da Amazônia é um ato de cuidado com a floresta floresta Amazônica é ainda um grande mistério para o povo brasileiro. Pouco Asabemos da sua realidade cotidiana e das suas principais grandezas e fragilidades. Escutamos coisas que, ora nos levam a crer que ela está mais protegida, ora menos. Os dados variam ao léu da fonte, do pesquisador, dos interesses por detrás dos números – e que, muitas vezes, mais confundem do que informam. E na distância um tanto ignorante, um tanto alienada, deixamos de cumprir um papel crucial como cidadãos que fazem escolhas de consumo a todo o momento. Sim, cada escolha que fazemos por produtos cotidianos como camas, telhados e pisos, tem um reflexo imediato nesse universo à parte chamado Amazônia. E a base de toda boa escolha é a informação. A floresta Amazônica tem 5.500.000km², e 60% dessa área está em território brasileiro. Do total, a maior parte pode ser manejada, ou seja, ter seus recursos madeireiros e não madeireiros extraídos a partir de técnicas de manejo florestal aprovadas pelos órgãos ambientais competentes. Por meio de um planejamento cuidadoso do que pode ou não ser retirado e sob a ótica da sobrevivência da floresta, sua fauna, flora e habitantes, essas técnicas garantem o uso sustentável dos recursos florestais. A madeira da Amazônia oriunda de manejo florestal responsável precisa voltar a fazer parte da vida de todos nós. Porém, o retrato da exploração madeireira na Amazônia é, hoje, bem diferente. Tomemos o caso do Pará para ilustrar. Segundo dados do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), entre 2009 e 2011, 65% da madeira extraída do Estado era ilegal. Os planos de manejo que aprovaram a extração dos 35% restantes, para piorar a situação, foram avaliados como inconsistentes (10%, por referirem-se, por exemplo, à áreas já desmatadas), de qualidade intermediária (49%) ou ainda, de baixa qualidade (23%). Recente campanha lançada pelo Greenpeace traz ainda outro aspecto relevante: o atual sistema de comando e controle brasileiro é muito falho, de forma que os documentos oficiais que garantem a origem da madeira tropical brasileira são pouco ou quase nada confiáveis. Cinco estudos de caso confirmam esta denúncia, dando recheio a um alerta já feito por outras organizações nacionais e internacionais. A conclusão diante desse quadro não é das mais animadoras. Se quase metade da madeira que chega ao mercado nacional é ilegal, e se a outra metade é pouco ou nada confiável em função da ineficiência do sistema público de comando e controle, então, para evitar o desmatamento e o fim da floresta Amazônica, todos devem evitar consumir sua madeira, certo? Não! Absolutamente errado. Essa conclusão é um dos principais motores de continuidade da ilegalidade e falsa legalidade e, consequentemente, do desmatamento. Pois, ao não consumirmos seus recursos de forma sustentável, deixamos de valorizar a floresta como tal, e a entregamos, em um ciclo perverso, porém absolutamente recorrente, à extração ilegal para fins de uso do solo por atividades bem menos nobres quando se trata do bioma amazônico, como criação de gado e agricultura. A floresta é rica em recursos naturais renováveis, ela é um organismo vivo com seres que morrem e nascem a todo o tempo, com ciclos próprios e fortes o suficiente para se perpetuarem e sobreviverem ao convívio de múltiplos usos racionais. E há técnicas milenares – assim como bastante avançadas do ponto de vista tecnológico – de extração sustentável de tais recursos. Procedência Selos como o FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal) atestam a qualidade ambiental e social desse manejo a partir da avaliação de mais de sessenta critérios. Esses olham desde a definição das espécies e árvores que podem ser extraídas a cada ciclo de 30 ou mais anos até a garantia de direitos aos trabalhadores, povos indígenas e ribeirinhos que moram dentro ou próximos às áreas florestais. Ao não consumirmos seus recursos de forma sustentável deixamos de valorizar a floresta e a entregamos à extração ilegalFabíola Zerbini , secretária executiva do FSC Brasil, sobre a Amazônia Hoje, no Brasil, há 2,872 milhões de hectares certificados pelo FSC, a maior parte deles no Estado do Pará, seguido por Acre e Rondônia. Ainda é pouco para a área de quase 350 milhões de hectares de vegetação nativa da Amazônia, é verdade. Mas isso já representa, aproximadamente, 500 mil m3 de cumaru, massaranduba, cambará e cedrinho, entre tantas outras espécies de madeira bruta certificadas disponíveis para consumo imediato, por empresas intermediárias ou consumidores finais. Apenas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná já são mais de 70 estabelecimentos de beneficiamento e venda de produtos de madeira tropical certificada, como briquetes, pisos, portas, janelas, camas, mesas, e objetos em geral, com fonte absolutamente confiável em relação à sua origem e qualidade. A madeira da Amazônia oriunda de manejo florestal responsável precisa voltar a fazer parte da vida de todos nós. Porém, sob um novo perfil de consumidor: aquele que questiona a origem e qualidade dos produtos que consome, que duvida de preços muito baixos que normalmente escondem exploração de trabalho e/ou ambiental, e que transcendem o momento da compra, ponderando o rastro e o legado do que se está consumindo. Este ciclo perverso precisa de um fim. E nós, consumidores, somos o começo deste processo. texto: Fabíola Zerbini - Especial para o UOL 07/07/2014 presidente do Sindimad, José Antônio Baggio e outros presidentes de sindicatos da indústria madeireira de vários estados brasileiros se reuniram no dia 18 de setembro, Ona Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), para discutir os desafios e avanços do setor madeireiro no país. Com o tema 'Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria Madeireira', o evento abordou assuntos como: o compartilhamento de experiências de gestão e boas práticas de lideranças setoriais, e também tratou sobre os desafios e prioridades que envolvem o setor em todo o país, como negociação coletiva e prestação de serviços. De acordo com José Antônio, o encontro foi uma ótima oportunidade para troca de experiência e conhecimento entre os líderes do setor. Sindimad presente no Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria Madeireira em Cuiabá Presidente do Sindimad busca redução do ICMS para produtos de madeira maciça presidente do Sindimad, Sr. José Antônio Baggio, participou de diversas reuniões na Secretaria da Fazenda, em São Paulo, com o objetivo de reduzir o ICMS para produtos Oprovenientes de madeira maciça. “Atualmente, os produtos de madeira são tributados em 18% de ICMS, enquanto produtos utilizados na construção civil tais como: ferro, plástico ou pisos cerâmicos, possuem alíquota de 12%. É necessário igualar as porcentagens para que a competição entre os produtos seja justa”, afirmou José Antônio. O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) é um tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal. Esse imposto incide principalmente, sobre a circulação de mercadorias e, nesse caso, não importa se a venda da mercadoria foi efetivada ou não, o que importa é que houve a circulação e isso é cobrado. Cada Estado possui autonomia para estabelecer suas próprias regras de cobrança do imposto, respeitando as regras previstas na Lei.

Upload: others

Post on 23-Jul-2020

7 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: BOLETIM INFORMATIVO SINDIMADaz545403.vo.msecnd.net/sindimad/2014/11/boletim-novembro-2014.pdfBOLETIM INFORMATIVO SINDIMAD ano 1 - edição 01 Rua Cel. Xavier de Toledo, 220 - 11º

Sindicato da Indústria de Serrarias, Carpintarias, Madeiras Compensadas e Laminadas no Estado de São Paulo

BOLETIM INFORMATIVO SINDIMAD

ano 1 - edição 01

Rua Cel. Xavier de Toledo, 220 - 11º Andar - São Paulo - SP - CEP: 01048-000 - Telefone: (11) 3255-8566 - Fax: (11) 3255-8566 - [email protected]

Confira as principais notícias e novidades do setor de madeira

Consumir madeira da Amazônia é um ato de cuidado com a floresta

floresta Amazônica é ainda um grande mistério para o povo brasileiro. Pouco Asabemos da sua realidade cotidiana e das

suas principais grandezas e fragilidades.Escutamos coisas que, ora nos levam a crer que ela está mais protegida, ora menos. Os dados variam ao léu da fonte, do pesquisador, dos interesses por detrás dos números – e que, muitas vezes, mais

confundem do que informam.E na distância um tanto ignorante, um tanto alienada, deixamos de cumprir um papel crucial como cidadãos que fazem escolhas de consumo a todo o momento. Sim, cada escolha que fazemos por produtos cotidianos como camas, telhados e pisos, tem um reflexo imediato nesse universo à parte chamado Amazônia. E a base de toda boa escolha é a informação.A floresta Amazônica tem 5.500.000km², e 60% dessa área está em território brasileiro. Do total, a maior parte pode ser manejada, ou seja, ter seus recursos madeireiros e não madeireiros extraídos a partir de técnicas de manejo florestal aprovadas pelos órgãos ambientais competentes.Por meio de um planejamento cuidadoso do que pode ou não ser retirado e sob a ótica da sobrevivência da floresta, sua fauna, flora e habitantes, essas técnicas garantem o uso sustentável dos recursos florestais.A madeira da Amazônia oriunda de manejo florestal responsável precisa voltar a fazer parte da vida de todos nós.Porém, o retrato da exploração madeireira na Amazônia é, hoje, bem diferente. Tomemos o caso do Pará para ilustrar. Segundo dados do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), entre 2009 e 2011, 65% da madeira extraída do Estado era ilegal.Os planos de manejo que aprovaram a extração dos 35% restantes, para piorar a situação, foram avaliados como inconsistentes (10%, por referirem-se, por exemplo, à áreas já desmatadas), de qualidade intermediária (49%) ou ainda, de baixa qualidade (23%).Recente campanha lançada pelo Greenpeace traz ainda outro aspecto relevante: o atual sistema de comando e controle brasileiro é muito falho, de forma que os documentos oficiais que garantem a origem da madeira tropical brasileira são pouco ou quase nada confiáveis. Cinco estudos de caso confirmam esta denúncia, dando recheio a um alerta já feito por outras organizações nacionais e internacionais.A conclusão diante desse quadro não é das mais animadoras. Se quase metade da madeira que chega ao mercado nacional é ilegal, e se a outra metade é pouco ou nada confiável em função da ineficiência do sistema público de comando e controle, então, para evitar o desmatamento e o fim da floresta Amazônica, todos devem evitar consumir sua madeira, certo? Não! Absolutamente errado.Essa conclusão é um dos principais motores de continuidade da ilegalidade e falsa legalidade e, consequentemente, do desmatamento. Pois, ao não consumirmos seus recursos de forma sustentável, deixamos de valorizar a floresta como tal, e a entregamos, em um ciclo perverso, porém absolutamente recorrente, à extração ilegal para fins de uso do solo por atividades bem menos nobres quando se trata do bioma amazônico, como criação de gado e agricultura.A floresta é rica em recursos naturais renováveis, ela é um organismo vivo com seres que morrem e nascem a todo o tempo, com ciclos próprios e fortes o suficiente para se perpetuarem e sobreviverem ao convívio de múltiplos usos racionais. E há técnicas milenares – assim como bastante avançadas do ponto de vista tecnológico – de extração sustentável de tais recursos.ProcedênciaSelos como o FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal) atestam a qualidade ambiental e social desse manejo a partir da avaliação de mais de sessenta critérios. Esses olham desde a definição das espécies e árvores que podem ser extraídas a cada ciclo de 30 ou mais anos até a garantia de direitos aos trabalhadores, povos indígenas e ribeirinhos que moram dentro ou próximos às áreas florestais.Ao não consumirmos seus recursos de forma sustentável deixamos de valorizar a floresta e a entregamos à extração ilegalFabíola Zerbini , secretária executiva do FSC Brasil, sobre a AmazôniaHoje, no Brasil, há 2,872 milhões de hectares certificados pelo FSC, a maior parte deles no Estado do Pará, seguido por Acre e Rondônia. Ainda é pouco para a área de quase 350 milhões de hectares de vegetação nativa da Amazônia, é verdade. Mas isso já representa, aproximadamente, 500 mil m3 de cumaru, massaranduba, cambará e cedrinho, entre tantas outras espécies de madeira bruta certificadas disponíveis para consumo imediato, por empresas intermediárias ou consumidores finais.Apenas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná já são mais de 70 estabelecimentos de beneficiamento e venda de produtos de madeira tropical certificada, como briquetes, pisos, portas, janelas, camas, mesas, e objetos em geral, com fonte absolutamente confiável em relação à sua origem e qualidade. A madeira da Amazônia oriunda de manejo florestal responsável precisa voltar a fazer parte da vida de todos nós. Porém, sob um novo perfil de consumidor: aquele que questiona a origem e qualidade dos produtos que consome, que duvida de preços muito baixos que normalmente escondem exploração de trabalho e/ou ambiental, e que transcendem o momento da compra, ponderando o rastro e o legado do que se está consumindo. Este ciclo perverso precisa de um fim. E nós, consumidores, somos o começo deste processo.texto: Fabíola Zerbini - Especial para o UOL 07/07/2014

presidente do Sindimad, José Antônio Baggio e outros presidentes de sindicatos da indústria madeireira de vários estados brasileiros se reuniram no dia 18 de setembro, Ona Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), para discutir os

desafios e avanços do setor madeireiro no país.Com o tema 'Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria Madeireira', o evento abordou assuntos como: o compartilhamento de experiências de gestão e boas práticas de lideranças setoriais, e também tratou sobre os desafios e prioridades que envolvem o setor em todo o país, como negociação coletiva e prestação de serviços.De acordo com José Antônio, o encontro foi uma ótima oportunidade para troca de experiência e conhecimento entre os líderes do setor.

Sindimad presente no Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria Madeireira em Cuiabá

Presidente do Sindimad busca redução do ICMS para produtos de madeira maciça

presidente do Sindimad, Sr. José Antônio Baggio, participou de diversas reuniões na Secretaria da Fazenda, em São Paulo, com o objetivo de reduzir o ICMS para produtos Oprovenientes de madeira maciça.

“Atualmente, os produtos de madeira são tributados em 18% de ICMS, enquanto produtos utilizados na construção civil tais como: ferro, plástico ou pisos cerâmicos, possuem alíquota de 12%. É necessário igualar as porcentagens para que a competição entre os produtos seja justa”, afirmou José Antônio.O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) é um tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal. Esse imposto incide principalmente, sobre a circulação de mercadorias e, nesse caso, não importa se a venda da mercadoria foi efetivada ou não, o que importa é que houve a circulação e isso é cobrado. Cada Estado possui autonomia para estabelecer suas próprias regras de cobrança do imposto, respeitando as regras previstas na Lei.