boletim estadual n° 385

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Filiada à INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA 5 8 8 Este ano, a APLB-Sindicato realizou assembleias em março, abril e maio e liderou paralisações pelo paga- mento da URV em 25 de março e 25 de maio. Além disso, a entidade intensificou as atividades no mês de maio com Plenária dos Coordenadores Pedagógi- cos (em 17 de maio), Seminário sobre Processo de Avaliação/ Mudança de Grau (em 18 de maio). No dia 20 de maio, representantes da APLB-Sindica- to e da CNTE teriam uma audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, para discutir o pagamento da URV. Infelizmente, a audiên- cia foi adiada em virtude de reunião de última hora marcada pelo STF para analisar as dúvidas sobre o projeto Ficha Limpa do Congresso Nacional. A nova data não foi definida. No calendário de atividades da categoria definiu-se a realização de manifestações com paralisação de 24 horas na última terça-feira de julho (27/07); na última quarta-feira de agosto (25/08); e na última quinta-feira de setembro (30/09). Antes disso, contamos com a participação maciça da categoria nas manifestações do 2 de Julho. Manifestação em frente ao Fórum Nem mesmo o tempo chuvoso arrefeceu o ânimo dos professores, que foram protestar em 25 de maio em frente ao Fórum Ruy Barbosa, contra a morosidade da Justiça no julgamento da ação movida pela cate- goria e pelo cumprimento do compromisso do gover- no estadual no pagamento da URV (Unidade Real de Valor). É importante lembrar que o pagamento da URV APLB-Sindicato intensifica a campanha pelo pagamento da URV foi uma das bandeiras do então candidato Jaques Wagner durante a campanha de 2006. Professores do interior do Estado vieram em várias caravanas. O processo da URV movido pela APLB-Sindicato, corre na 6ª Vara da Fazenda Pública, no Fórum Ruy Barbosa. A coordenadora do APLB-Sindicato, profes- sora Marilene Betros, informou que o juiz responsá- vel recebeu a categoria no dia 25 de março, quando fizeram protesto semelhante no local. Marilene Betros lembra ainda que no dia 9 de abril foi publicada no Diário Oficial da Justiça mais uma deci- são favorável aos docentes na ação judicial pelo pa- gamento das perdas decorrentes da conversão do Cruzeiro Real para a URV. “Queremos que o proces- so caminhe”, afirma. A ação é de 1994 e a categoria se ampara em recente recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que os processos ini- ciados até 2005 nos tribunais estaduais sejam con- cluídos este ano. “A saúde ganhou recentemente. Nossa expectativa é que nós também sejamos vitori- osos”, ressaltou Rui Oliveira, coordenador da APLB- Sindicato, licenciado, lembrando que a entidade en- tregou o documento da URV ao ministro Gilmar Men- des, então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e à desembargadora Telma Brito, presidente do Tribunal de Justiça da Bahia. O sindicato exige a aceleração no julgamento da ação que cobra correção de 11,98% (acrescido de 0,5% de juros ao mês e correção monetária) nos salários. Esse valor foi perdido durante o processo de criação da Unidade Real de Valor (URV), que marcou a tran- sição do cruzeiro para o real em 1994. Procuradoria do Estado A Procuradoria Geral do Estado, por meio de nota, informou que o pagamento da URV aos “servidores estaduais do Poder Executivo depende de julgamen- to final sobre recurso extraordinário interposto no ano de 2004 no Supremo Tribunal Federal (STF). A última decisão pertinente ao assunto foi oriunda do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acerca de outro recurso, desta vez especial, também, impetrado no ano de 2004. Portanto, não há decisão judicial final transita- da em julgado sobre esta questão”. A APLB quer o pagamento da URV (que já foi paga a outras categorias de servidores) e a aposentadoria dos professores que já cumpriram o tempo de servi- ço, mas não são liberados pela SEC. A professora Marilene Betros informou que a mani- festação, além do pagamento da URV, envolveu ou- tras reivindicações, como a reformulação do estatuto do magistério e a agilização nos processos de apo- sentadoria. “Queremos leis que promovam e regu- lem a carreira. A lei de certificação, que só disponibiliza a mudança de grau (nova promoção) a 10% da cate- goria, precisa ser repensada, mesmo que já tenha sido publicada. Todos os professores têm direito à pro- moção. No caso da URV os funcionários do Legislativo e do Judiciário já receberam. Não justifica o governo manter esse débito com os professores da rede es- tadual”, enfatiza. Rede Estadual Nº 385 - Junho/2010 Foto: Manoel Porto A professora Marilene Betros coordenadora da APLB-Sindicato dá explicações sobre o pagamento da URV durante o ato público realizado em frente ao Fórum Ruy Barbosa no dia 25 de março

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Boletim Estadual

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Page 1: Boletim Estadual N° 385

www.aplbsindicato.org.br 1

Filiada à

INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA

588

Este ano, a APLB-Sindicato realizou assembleias emmarço, abril e maio e liderou paralisações pelo paga-mento da URV em 25 de março e 25 de maio. Alémdisso, a entidade intensificou as atividades no mêsde maio com Plenária dos Coordenadores Pedagógi-cos (em 17 de maio), Seminário sobre Processo deAvaliação/ Mudança de Grau (em 18 de maio).

No dia 20 de maio, representantes da APLB-Sindica-to e da CNTE teriam uma audiência com o presidentedo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, paradiscutir o pagamento da URV. Infelizmente, a audiên-cia foi adiada em virtude de reunião de última horamarcada pelo STF para analisar as dúvidas sobre oprojeto Ficha Limpa do Congresso Nacional. A novadata não foi definida.

No calendário de atividades da categoria definiu-se arealização de manifestações com paralisação de 24horas na última terça-feira de julho (27/07); na últimaquarta-feira de agosto (25/08); e na última quinta-feirade setembro (30/09).

Antes disso, contamos com a participação maciçada categoria nas manifestações do 2 de Julho.

Manifestação em frente ao Fórum

Nem mesmo o tempo chuvoso arrefeceu o ânimo dosprofessores, que foram protestar em 25 de maio emfrente ao Fórum Ruy Barbosa, contra a morosidadeda Justiça no julgamento da ação movida pela cate-goria e pelo cumprimento do compromisso do gover-no estadual no pagamento da URV (Unidade Real deValor). É importante lembrar que o pagamento da URV

APLB-Sindicato intensifica a campanhapelo pagamento da URV

foi uma das bandeiras do então candidato JaquesWagner durante a campanha de 2006.

Professores do interior do Estado vieram em váriascaravanas.

O processo da URV movido pela APLB-Sindicato,corre na 6ª Vara da Fazenda Pública, no Fórum RuyBarbosa. A coordenadora do APLB-Sindicato, profes-sora Marilene Betros, informou que o juiz responsá-vel recebeu a categoria no dia 25 de março, quandofizeram protesto semelhante no local.

Marilene Betros lembra ainda que no dia 9 de abril foipublicada no Diário Oficial da Justiça mais uma deci-são favorável aos docentes na ação judicial pelo pa-gamento das perdas decorrentes da conversão doCruzeiro Real para a URV. “Queremos que o proces-so caminhe”, afirma. A ação é de 1994 e a categoriase ampara em recente recomendação do ConselhoNacional de Justiça (CNJ) para que os processos ini-ciados até 2005 nos tribunais estaduais sejam con-cluídos este ano. “A saúde ganhou recentemente.

Nossa expectativa é que nós também sejamos vitori-osos”, ressaltou Rui Oliveira, coordenador da APLB-Sindicato, licenciado, lembrando que a entidade en-tregou o documento da URV ao ministro Gilmar Men-des, então presidente do Supremo Tribunal Federal(STF) e à desembargadora Telma Brito, presidentedo Tribunal de Justiça da Bahia.

O sindicato exige a aceleração no julgamento da açãoque cobra correção de 11,98% (acrescido de 0,5%de juros ao mês e correção monetária) nos salários.

Esse valor foi perdido durante o processo de criaçãoda Unidade Real de Valor (URV), que marcou a tran-sição do cruzeiro para o real em 1994.

Procuradoria do Estado

A Procuradoria Geral do Estado, por meio de nota,informou que o pagamento da URV aos “servidoresestaduais do Poder Executivo depende de julgamen-to final sobre recurso extraordinário interposto no anode 2004 no Supremo Tribunal Federal (STF). A últimadecisão pertinente ao assunto foi oriunda do SuperiorTribunal de Justiça (STJ) acerca de outro recurso,desta vez especial, também, impetrado no ano de2004. Portanto, não há decisão judicial final transita-da em julgado sobre esta questão”.

A APLB quer o pagamento da URV (que já foi paga aoutras categorias de servidores) e a aposentadoriados professores que já cumpriram o tempo de servi-ço, mas não são liberados pela SEC.

A professora Marilene Betros informou que a mani-festação, além do pagamento da URV, envolveu ou-tras reivindicações, como a reformulação do estatutodo magistério e a agilização nos processos de apo-sentadoria. “Queremos leis que promovam e regu-lem a carreira. A lei de certificação, que só disponibilizaa mudança de grau (nova promoção) a 10% da cate-goria, precisa ser repensada, mesmo que já tenhasido publicada. Todos os professores têm direito à pro-moção. No caso da URV os funcionários do Legislativoe do Judiciário já receberam. Não justifica o governomanter esse débito com os professores da rede es-tadual”, enfatiza.

Rede EstadualNº 385 - Junho/2010

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A professora Marilene Betros coordenadora da APLB-Sindicato dá explicações sobre o pagamento da URV durante o ato público realizado em frente ao Fórum Ruy Barbosa no dia 25 de março

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[email protected]

A APLB-Sindicato participou daConferência Nacional da ClasseTrabalhadora, realizada noPacaembu (foto), dia 1º de junho,com cerca de 30 mil sindicalistasde 4.500 entidades de todo o Bra-sil. Vários de seus dirigentes esti-veram no evento. Como espera-do, a grande imprensa cobriu mala Conclat, como bem analisou PorJoão Franzin*, na Agência Sindi-cal.

A má cobertura pela imprensa, evi-dentemente, compromete a trans-missão, para o grande público, doque realmente se passou ali. A im-pressão vendida pela mídia é deque foi um evento político, só.Quando, na verdade, a Conferên-cia foi marcadamente sindicaleira,com o componente político típicode um ano eleitoral.

O que fazer? Criticar a mídia nãoresolve o problema concreto co-locado, que é difundir as delibera-ções da Conferência para o gran-

APLB-Sindicato esteve presente na Conclatde público e especialmente juntoà classe trabalhadora.

Temos, portanto, de enfrentaresse desafio, usando a arma deque dispomos, ou seja, a impren-sa sindical.

A recomendação, se é que tenhoesse direito, é que as 4.500 enti-dades presentes repercutam aConferência em seus materiais decomunicação, e já (boletins, jor-nais, sites, blogs, programas derádio e TV etc.).

Os trabalhadores têm o direito desaber por que a Conferência foichamada, como ela se realizou,quais as deliberações e que tare-fas ela coloca para o conjunto domovimento.

Mais detalhes no site:(http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=6&id_noticia=131033)*João Franzin (da Agência Sindical) éjornalista e assessor sindical

A APLB-Sindicato informa quenão procede a informação quevem sendo circulada via e-mail,sobre a restituição do FUNPREV,na verdade se refere ao ABONOPERMANÊNCIA que é pago aosservidores que tenha completa-do as exigências para aposen-tadoria voluntária estabelecidano § 1º, III, alínea “a” do art. 40da C. Federal, e que opte empermanecer em atividade. Estesservidores fazem jus à percep-ção de um abono de permanên-cia equivalente ao valor da suacontribuição previdenciária (quecorresponde ao que é contribuí-do a título de FUNPREV).

Assim, para a concessão do abo-no de permanência é necessá-rio a comprovação de que o ser-vidor já cumpriu os requisitosexigidos para a aposentadoria,tendo, todavia, optado por per-

A verdade sobre a restituição do FUNPREVmanecer em atividade, por estarazão é que a “notícia” circuladavia e-mail, suscita que o servi-dor tem que:

• Se professor e ou professoratem que ter respectivamente25/30 anos de regência, comotambém, 50/55 anos de idade.• Providenciar requerimentoatravés de RDV, instruindo comcópia do último contra cheque,cópia do RG, atestado informan-do às atividades exercidas nosúltimos cinco anos, carga horá-ria cumprida, certidão negativade benefício (original) expedidapelo INSS.

• Declaração de Licença Prêmionão gozada (se aceita ou nãocontar em dobro), pois uma vezrequerida a contagem em dobro,para efeito de cômputo de tem-po de serviço para aposentado-

ria para fins de percepção deABONO DE PERMANÊNCIA, oservidor fica ciente de que aaceitação acarretará em nãopoder usufruir tais períodos. Por-tanto, hoje já não se fala emrestituição de FUNPREV, decor-rente da imunidade, pois esta hi-pótese era prevista pela EC nº20/98, que em seu § 5º, art.8º, previa que o servidor quecompletasse os requisitos paraa aposentadoria integral e per-manecessem em atividade teri-am direito à imunidade comre lação à contr ibu içãoprevidenciária.

Ocorre que a imunidade acimamencionada criada pela EC 20/98, deixou de existir a partir desua revogação pela EC 41/03,de 31.12.03, então esta imuni-dade só pode ser reconhecidaaté esta data, pois a partir de

então passou a existir a figurado ABONO PERMANÊNCIA.

Assim, concluímos que em ver-dade os e-mails que vem circu-lando como dito reporta-se aoABONO PERMANÊNCIA, e quesomente fazem jus ao dito abo-no aqueles que no momentopreenchem ou já preencheramdesde 2005 os requisitos paraaposentadoria voluntária, e pre-tendem permanecer em ativida-de. Portanto, se o servidor jáestava apto a se aposentar des-de 2005, e, ainda não requereuo abono permanência, caso orequeira, sugerimos que faça seupedido retroativo àimplementação dos requisitos aaposentadoria para ser aprecia-do pela SEC.

Diretoria Jurídica da APLB-Sindi-cato

Criativo, o professor OduvaldoTerêncio Bento (foto) construiuuma forma bem peculiar de cha-mar a atenção para a questãoda URV. Fez um cartaz, no qualinseriu a letra de uma compo-sição musical sua e desfilou/protestou na recente manifes-tação da APLB-Sindicato pelopagamento da URV em frenteao Fórum Ruy Barbosa. O pró-ximo passo agora, segundo ele,é gravar a música. Estamos tor-cendo!

O professor Bento e a URVA equipe do Colégio EstadualAlfredo Magalhães parabeniza atodos os alunos e convidados dacomunidade, que abrilhantaram oprojeto "show de talentos" reali-zado no mês de maio.

- A participação e presença dosalunos e comunidade, em nossoseventos é muito forte. Isso nosdeixa muito feliz!!!

Vera Monteiro

Show de talentos

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Outras fotos na galeria do site www.aplbsindicato.org.br

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O interior do Estado da Bahia deu provas neste semestre de que não está inerte à situação da Educação e dos profissionaisdeste segmento. Vários foram os movimentos, todos eles divulgados pelo site da APLB-Sindicato. A lamentar a agressão sofri-da pelo diretor sindical Germano Barreto, numa atitude de completa ignorância política e nenhuma civilidade de agressor e do

mandante da agressão. Em pleno Século XXI depois de várias conquistas a civilização não precisa passar mais por isso.Quem age assim está completamente fora dos parâmetros de cidadania e sociabilidade.

A seguir um resumo do que houve em alguns municípios:

A consciência política do interior da Bahia

Em nota pública o Sindicato dosTrabalhadores em Educação daRede Pública do Estado da Bahia(APLB/Sindicato) agradeceu a im-prensa, clubes de serviços, Câ-mara de Vereadores, Conselhode Leigos, a CNTE [Confedera-ção Nacional dos Trabalhadoresem Educação], a CTB, pais, alu-nos e a sociedade em geral peloapoio dado à greve de 30 diasdos profissionais da rede munici-pal.

“Esta greve demonstrou a orga-

Jequié - Trabalhadores em Educaçãoaprovam suspensão da greve

nização e unidade da categoria esua disposição de lutar por me-lhores salários e condições dignasde trabalho. Foi o maior movimen-to de trabalhadores/as de Jequiédos últimos anos. Resgatamosnossa identidade coletiva e mos-tramos para todo o município eestado o vergonhoso salário pra-ticado pelo Governo do Município.A greve foi vitoriosa porque criouespaço para que a sociedadejequieense pudesse debater de fatoa realidade da educação munici-pal”, informa a nota.

Os alunos do Ensino Médio domatutino da rede estadual doanexo do Colégio EstadualRômulo Galvão (em São Félix –Bahia), obrigados a convivercom uma situação bastante difí-cil, o 3º ano é obrigado a assistiras primeiras aulas em plena pra-ça ate às 10 horas e o restantedas aulas no Múltiplo Uso, emque não tem nem cadeira parasentar.

O 1º e 2º assistem aula no coroe ao lado da igreja, convivendocom o mau cheiro, vai e vem efezes dos morcegos. Desde2005 existia a promessa do go-verno estadual construir um pré-dio para atender as necessida-des dos alunos da Zona Rural eaté hoje nada de concreto.

Em São Félix, estudantes e professoresdenunciaram situação humilhante

A denúncia foi feita pela profes-sora Helena Maria Vasconcelos(Moreninha) – de São Félix

Magistral vitória

Em seguida, a professora More-ninha enfatizou uma “magistralvitória da categoria”.

“Os funcionários da Educação daRede Municipal de São Félix-Ba,associados à APLB-Sindicato es-tão comemorando o recebimen-to da primeira parcela doPrecatório nº 00254.1994.401.Entraram na Justiça há vinteanos e só agora começou orecebimento da diferença dosalário mínimo decretado pelaJustiça. Valeu!”.

A agressão física contra o dirigen-te sindicalista da APLB de Feira deSantana, professor GermanoBarreto, ocorrida na quarta-feira,12 de maio, ao lado da Câmara,por um homem ainda não identifi-cado, consternou a sociedadefeirense.

“A barbaridade que foi cometidacontra o professor GermanoBarreto não se restringe apenasas agressões físicas a este cida-dão. O que a ele foi cometido éum atentado contra o estado dedireito democrático. É acima detudo, um ato que jamais podemosaceitar ou tolerar. Foi uma violên-cia jamais vista ao longo dessesanos aqui nesta Casa. ProfessorGermano, quero transmitir a Vos-sa Senhoria o meu mais profundorepúdio e indignação a esse ato”,declarou o vereador RobertoTourinho.

O vereador acrescentou: “A Câ-mara na sua totalidade, ela repug-

Feira de Santana – atitudedo tempo das cavernas

na e se manifesta, visto que esseato foi um atentado não ao ho-mem Germano, mas a toda a ci-dade de Feira de Santana”. Na opi-nião de Roberto Tourinho, o sindi-calista estava defendendo seusideais, através de uma manifesta-ção pacifica dos professores. “A ouB podem não concordar, pois vi-vemos num regime democráticode direito, mas a ninguém é dadoo direito de abafar, de calar, de in-timidar e de agir com atos aindado tempo da caverna, completa-mente inaceitáveis na virada doséculo”, observa.

A sessão de terça-feira (18) daCâmara Municipal de Vereadoresde Capim Grosso foi marcada pelaaprovação dos projetos de refor-ma do Reestruturação do Estatu-to do Magistério e Cria o Plano deCargos e Salários, bem como doreajuste salarial para todos os ser-vidores do município, reajuste esseque fez parte da pauta de reivindi-cações dos profissionais da edu-cação em meio a paralisação dasaulas do ano letivo em vigor. O fimda greve só aconteceu medianteacordo entre a categoria e a ad-ministração municipal representa-da pelo ex-prefeito Itamar Rios, naaudiência a presença de Joel Câ-mara, representante da APLB-Sin-dicato de Salvador e do mediadordo encontro o ex-promotor dacomarca local, Gilder Oliveira, pro-movido para a comarca de Irecê.Os projetos aprovados foram ela-

Capim Grosso: comemoraçãoProfessores de Capim Grosso comemoram aprovação do Plano de Cargos

e Salários, Estatuto do Magistério e reajuste salarial de 10%

borados por uma ComissãoTripartite formada por representan-tes da categoria, encabeçada pelaAPLB-Sindicato Delegacia SindicalCapingrossense, APLB-SindicatoExecutiva de Salvador, Secretariada Educação e Câmara Municipalde Vereadores e passaram maisde um ano engavetados, mas di-ante da assinatura do TAC – Ter-mo de Ajustamento de Conduta,documento elaborado pelo citadopromotor, os projetos foram en-viados para casa legislativa e semalterações por parte dos edis,ambos foram votados e aprova-dos por todos os pares da casa.Os projetos seguem agora paraserem sancionados pelo prefeitoJoão Dias.

Mais detalhes, acesse o linkhttp://www.aplbsindicato.org.br/conteudo.php?ID=844

Em Uauá, a APLB-Sindicato deci-diu na manhã de segunda-feira (31de maio), em assembléia realiza-da na sede da entidade, pela pa-ralisação das atividades, o sindi-cato dos professores reivindica oplano de cargos e salários, paga-mento de ajustes retroativos dosprofessores de nível superior, e osajustes do Fundeb, que não foram

Uauá: professores municipaisparalisam atividades

repassados para os professores.Para Francisco Tavares, coordena-dor do movimento, a lei do MEC éclara e diz que 60% do Fundeb épara ser usado com os professo-res e 40% com o MDE o que daria128 mil do montante de 320 mil,o restante de 192 mil é para serrateado com os professores o quênão aconteceu até o momento.

A Região Oeste da Bahia parali-sou as suas atividades no dia 2de junho, quarta-feira, reivindi-cando o pagamento da diferen-ça do valor custo aluno 2009que foi repassado as prefeiturasem 30.04.2010, revisão dos pla-

Região Oestenos de carreira nas cidades quenão conseguiram, reajuste sa-larial anual entre outros.

Abraços Sindicais, JaciraWanderleyDiretora da Regional Oeste

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[email protected]

Para completar, o prefeito não res-peitou a proposta discutida, ela-borada e aprovada pela comissãoparitária e encaminhou um proje-to de lei, Plano de Carreira e Esta-tuto do Magistério na terça feiradia 08/06, segundo comentárioselaborado por um advogado dacidade de Lagarto -SE, projetosestes que ferem todos os princípi-os da Legislação. Um dos pioresabsurdos, ao invés de nos ajudartirou todas as vantagens que játínhamos a exemplo da regênciade classe, avanço vertical (Pro-gressão na Carreira) e nem sequerlembrou que merendeiras, serven-tes e porteiros também são tra-balhadores em educação, comoafirma a Lei 12.014/2009.

Na verdade, o Sr. prefeito enca-minhou os projetos sem ao me-nos ter conhecimento do que láestá,talvez tenha sido pra tentarenfrentar porque estamos exer-cendo um direito nosso que é agreve. Tivemos a presença de maisde 200 trabalhadores em educa-ção na Câmara de Vereadores

Paripiranga - greve desde 4 de junhoonde ficamos em vigília ate as 22horas esperando a leitura dos pro-jetos encaminhados aquela casalegislativa, uma vez perguntado seera aquele projeto que queriam foirespondido em alta voz que não.E o pior acontece quando vamosvisitar as escolas para fazer umaavaliação da greve somos barradospor diretores e segurança dizendoque não podemos entrar.

Vale lembrar também que a pre-feitura segundo a folha de paga-mento nos fornecida pelo mesmosai dos 60% quase 45.000 reaispara o pagamento de diretores ecoordenadores que não são doquadro efetivo. O pior é que a Se-cretaria de Educação e os direto-res estão ameaçando alguns pro-fessores por estar em estágioprobatório, pressionando os alu-nos a irem a sala de aula mesmosem a presença da maioria dosprofessores ameaçando os mes-mo que se não forem irão perdera bolsa família.

Na sexta feira 11/06 houve um ato

público com panfletagem por todaa cidade.

Segundo a categoria a greve irácontinuar até o Poder Executivoencaminhar a proposta de plano

de cargos e salários e estatuto domagistério que foi elaborado, dis-cutido e aprovada pela comissãoparitária.

Comissão de Greve

Desde fevereiro deste ano, estátramitando na Câmara de Vere-adores de Barra do Mendes oplano de carreira dos profissio-nais do magistério, que já deve-ria estar em vigor desde dezem-bro de 2009.

O que aconteceu na sessão dodia 31 de maio, na Câmara deVereadores de Barra do Mendesenvergonhou as pessoas que as-sistiam à sessão, pois o verea-dor André Ribeiro, que faz parteda comissão de educação, nãoaceitou as emendas feitas pelosoutros membros, a vereadoraSueli Araújo e o vereador AllanKardec. Mas, mesmo assim asemendas foram feitas, pois oplano de carreira que o executi-vo elaborou só beneficia ele mes-mo. Depois que as emendas fo-ram lidas e aprovadas pelos ve-readores Joviniano Filho, JutairCerqueira, Allan Kardec, DiogoMendonça e Sueli Araújo, o ve-reador que é o líder da bancadado prefeito, Robson Clei

Barra do Mendes - Plano de Carreira dosProfissionais do Magistério e outras notícias

Malaquias, enfatizou que o pla-no só poderia ser votado na suaforma original,ou seja, sem asemendas. Um absurdo! Pois sa-bemos que o poder legislativoalém de fazer e aprovar leis tam-bém pode propor emendas,quando necessárias.

O presidente da Câmara dispen-sa comentários, mas, assimmesmo vou comentar. Do inícioao fim da sessão mostrou-se ex-tremamente descontrolado, gri-tando e batendo a mão namesa, aparentando estar sendopressionado. No final, disse paraas pessoas presentes que elasnão estavam usando “raciocí-nio”, pois queriam que entendes-sem sua fúria. Houve muitasvaias por parte da platéia e nofinal, os três vereadores que vi-vem atrelados e defendendosempre o chefe do poder exe-cutivo, votaram a favor do pla-no de carreira sem asemendas,provando assim quesão os verdadeiros “inimigos do

povo”, que só pensam e agemem benefício próprio mostran-do também com essa atitudeque devemos tomar cuidadocom esses falsos legisladores enas próximas eleições escolher-mos melhor nossos represen-tantes.

Como se não bastasse, aindaameaçam os cinco vereadoresque fazem oposição ao prefeitode perderem seus mandatos,alegando infidelidade partidáriase não votarem nos projetos quelhe são convenientes.

A que ponto nós chegamos! Jánão basta um prefeito persegui-dor, que impõe sua vontade des-de a escolha da madrinha dosformandos da UNOPAR, até amanipulação de vereadores semvontade própria, que se deixamservir de joguete, de fantochesnas mãos de uma pessoa into-lerante.

Agora esses quatro vereadores

mostraram de que lado estão enão é do lado do povo não, elesdefendem os seus interessespessoais.

- Secretaria municipal de educa-ção de Barra do Mendes é omis-sa em relação a professores doestado que lecionam em esco-las municipalizadas

- A DIREC 21 faz vista grossa aesse fato, fingindo que nada estáacontecendo.

- Diretora proíbe entrada de pro-fessora em escola

- Desrespeito ao direito de ir e vir

Essas e outras notícias deBarra do Mendes estão no linkhttp://www.aplbsindicato.org.br/conteudo.php?ID=862

Informações da professoraLeide Martins e do professorOrlando Dourado

EXPEDIENTE

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia. End.: Rua Francisco Ferraro, 45, Nazaré - CEP 40050-020 - Salvador - Bahia.Telefone (71) 4009-8350 - Fax: 4009-8379. Site: www.aplbsindicato.org.br - Email: [email protected] - Diretores Responsáveis: Rui Oliveira (Coorde-nador Geral), Noildo Gomes do Nascimento, Ivana Maria Cabral Leoni e Zaineide dos Santos Pinto (Diretores de Imprensa). Jornalista Responsável: José Bomfim- Reg.1023 DRT-Ba. Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica: Jachson Jose dos Santos. Estagiária: Juliana Geambastiani. Impresso na Imprima Gráfica eEditora.: Tiragem 40 mil exemplares.

Categoria demonstra força na assembleia