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Endereço: Secretaria Municipal de Saúde, Quadra 502 Sul, Av. Teotônio Segurado – Paço Municipal PROJETO VIDA NO TRÂNSITO Histórico O Projeto Vida no Trânsito (PVT) – Road Safety in ten countries, faz parte das ações do Brasil frente ao Desafio lançado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em reduzir em pelo menos 50¨% dos óbitos por Acidentes no Trânsito no período de 2010 a 2020 em 10 países no mundo. Sendo que estes representam em torno de 50% das mortes. Em nível nacional, existe uma Comissão Interministerial coordenada pela Ministério da Saúde, responsável pela implantação nas capitais brasileiras e municípios com mais de 1 milhão de habitantes. A nível local, existe um Comissão Intersetorial responsável pela análise detalhada dos acidentes graves e fatais e construção e implementação de um plano de ação local baseado nos fatores de risco álcool, velocidade e outro fator determinado pela análise local em nosso município, são os motociclistas. O objetivo do PVT é reduzir as lesões graves e mortes no trânsito, por meio da concepção de parceria e proatividade, rumo a uma cultura avançada de segurança viária em 50% no período de 2010-2020. Trabalhando os três eixos de infraestrutura, fiscalização e educação baseado na análise dos acidentes graves e fatais para ter um resultado mais assertivo e rápido de forma intersetorial. Em 2014, em Palmas, Tocantins a taxa de óbitos por causas externas (acidentes e violências) ultrapassou novamente a taxa por doenças do aparelho circulatório, sugerindo uma nova configuração, e, consequentemente, uma mudança na percepção de como estes dados devem ser trabalhados, visando promoção e prevenção de violências e acidentes (Tabela 01). Tabela 01 - Frequência e taxa de mortalidade pelos capítulos da CID 10, de residentes em Palmas-TO, no período de 2008 a 2014 (Taxa por 100.000 habitantes). CAPÍTULOS (CID10) 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 N TX N TX N TX N TX N TX N TX N TX II. Neoplasias (Tumores) 88 47,8 100 53,0 104 45,5 133 56,5 147 60,3 143 55,0 138 52,0 IX. Doenças do Ap. Circ. 154 83,7 159 84,3 180 78,8 169 71,8 202 82,6 186 72,1 204 76,9 X. Doenças do Ap. Resp. 47 25,5 40 21,2 38 16,2 58 24,6 63 26,0 75 29,0 81 30,5 XX.Causas externas 127 69,0 144 75,8 166 72,7 173 73,5 159 64,4 195 75,6 221 83,3 Fonte: SIM, Palmas, 2015. *Dados atualizados em 15/06/15. “A missão do PVT é promover a segurança viária, por meio da formulação e efetivação de uma política embasada em dados estatísticos e realidade local, investindo em tratamentos de pontos críticos, acessibilidade e mobilização social, assim como no aumento de fiscalização.” Boletim Epidemiológico Prefeitura Municipal de Palmas Setembro de 2015 Edição 1, Volume 3

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Endereço: Secretaria Municipal de Saúde, Quadra 502 Sul, Av. Teotônio Segurado – Paço Municipal

PROJETO VIDA NO

TRÂNSITO HistóricoO Projeto

Vida no

Trânsito

(PVT) – Road Safety in ten

countries, faz parte das ações do

Brasil frente ao Desafio lançado

pela Organização Mundial de

Saúde (OMS) em reduzir em pelo

menos 50¨% dos óbitos por

Acidentes no Trânsito no período

de 2010 a 2020 em 10 países no

mundo. Sendo que estes

representam em torno de 50% das

mortes.

Em nível nacional, existe

uma Comissão Interministerial

coordenada pela Ministério da

Saúde, responsável pela

implantação nas capitais

brasileiras e municípios com mais

de 1 milhão de habitantes. A

nível local, existe um Comissão

Intersetorial responsável pela

análise detalhada dos acidentes

graves e fatais e construção e

implementação de um plano

de ação local baseado nos

fatores de risco álcool,

velocidade e outro fator

determinado pela análise

local em nosso município,

são os motociclistas.

O objetivo do PVT é

reduzir as lesões graves e

mortes no trânsito, por meio

da concepção de parceria e

proatividade, rumo a uma

cultura avançada de segurança

viária em 50% no período de

2010-2020. Trabalhando os três

eixos de infraestrutura,

fiscalização e educação baseado

na análise dos acidentes graves e

fatais para ter um resultado mais

assertivo e rápido de forma

intersetorial.

Em 2014, em Palmas,

Tocantins a taxa de óbitos por

causas externas (acidentes e

violências) ultrapassou

novamente a taxa por doenças do

aparelho circulatório, sugerindo

uma nova configuração, e,

consequentemente, uma

mudança na percepção de como

estes dados devem ser

trabalhados, visando promoção e

prevenção de violências e

acidentes (Tabela 01).

Tabela 01 - Frequência e taxa de mortalidade pelos capítulos da CID 10, de residentes em Palmas-TO, no período

de 2008 a 2014 (Taxa por 100.000 habitantes).

CAPÍTULOS (CID10) 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

N TX N TX N TX N TX N TX N TX N TX

II. Neoplasias

(Tumores)

88 47,8 100 53,0 104 45,5 133 56,5 147 60,3 143 55,0 138 52,0

IX. Doenças do

Ap. Circ.

154 83,7 159 84,3 180 78,8 169 71,8 202 82,6 186 72,1 204 76,9

X. Doenças do

Ap. Resp.

47 25,5 40 21,2 38 16,2 58 24,6 63 26,0 75 29,0 81 30,5

XX.Causas externas

127 69,0 144 75,8 166 72,7 173 73,5 159 64,4 195 75,6 221 83,3

Fonte: SIM, Palmas, 2015. *Dados atualizados em 15/06/15.

“A missão do PVT é

promover a segurança

viária, por meio da

formulação e efetivação de

uma política embasada em

dados estatísticos e

realidade local, investindo

em tratamentos de pontos

críticos, acessibilidade e

mobilização social, assim

como no aumento de

fiscalização.”

Boletim Epidemiológico Prefeitura Municipal de Palmas Setembro de 2015 Edição 1, Volume 3

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Endereço: Secretaria Municipal de Saúde, Quadra 502 Sul, Av. Teotônio Segurado – Paço Municipal

Segundo o SIM, os tipos de causas externas com maior índice de mortalidade no município são os

acidentes de transporte, as agressões e as lesões autoprovocadas.

ANÁLISE DOS DADOS DE FORMA INTERSETORIAL

Comissão de Gestão e Análise dos Dados do Projeto Vida No Trânsito (PVT)

Esta comissão trabalha com os dados

quantitativos, utilizando as seguintes fontes de

dados: Sistema de Informações de Operações

Policiais (SIOP) – boletins de ocorrência da

polícia militar, agentes de trânsito, do

DETRAN e do Corpo de Bombeiros; Sistema de

Informação de Mortalidade (SIM) –

declarações de óbitos; Dados fornecidos pelo

SAMU nos atendimentos; Sistema de

Informações Hospitalares – Sistema Único de

Saúde (SIH-SUS), a partir do documento

denominado “Autorização de Internação

Hospitalar” que registra a situação em que a

pessoa se internou num hospital do SUS e o

tratamento oferecido para as doenças, lesões e

agravos e apresenta o quadro da mortalidade e

a morbidade da população. A partir de 2014

iniciou a participação do Instituto de

Criminalística com as perícias para a análise

dos acidentes graves e fatais, Além dos laudos

do Instituto Médico Legal (IML) com os dados

de álcool e outras drogas nos óbitos nos local.

E também a inclusão da notificação

compulsória no Pronto Socorro do Hospital

Geral de Palmas (HGPP) que agilizou a análise

e definição dos acidentes graves e fatais. E tem

representantes de todas as instituições nas

reuniões de análise semanais. Os dados que

serão apresentados a seguir é o produto desta

Análise Intersetorial dos acidentes graves e

fatais.

Figura 1. População e frota de veículos em Palmas-TO, referentes aos anos de 2010 a 2014.

Fonte: IBGE, DENATRAN

Nesse período, houve um crescimento de

15% da população e de 44% da frota de veículos

o que demanda realmente um esforço

diferenciado de todos os órgãos envolvidos com

o tema para a redução dos acidentes neste

contexto de transporte individual.

Tabela 2. Taxa de mortalidade por

Acidentes de Trânsito por 10000 veículos e

100000 habitantes em Palmas, Tocantins no

período de 2010 a 2014.

Fonte: Comissão de Dados do Projeto Vida no Trânsito

Taxa de mortalidade 2010 2011 2012 2013 2014

10000 veículos 3,5 2,7 3,4 3,0 3,3

100000 habitantes 16,6 14,0 18,6 16,3 20,2

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A taxa de mortalidade em relação a 10000

veículos já conseguimos identificar a redução,

nos anos de 2011 e 2013 também tivemos a

redução por 100000 habitantes.

Considerando os dados obtidos, faz-se

necessário continuar a implementar as ações de

forma intersetorial. Tivemos anos onde houve

redução nos óbitos, porém isso ainda não é

uma tendência, o que mostra que o processo de

trabalho ainda não está consolidado e que

precisa ainda de apoio político e institucional

para a implementação de uma plano de Ação

intersetorial para conseguir o objetivo da

Década.

Acidentes de Trânsito em Palmas/TO no

período de 2010 a 2015

Os dados da Figura 2 apresentam a

frequência de acidentes de trânsito, ocorridos no

perímetro urbano do Município de Palmas

referentes aos anos de 2010 a 2015. Sendo

possível observar que em 2010, foram 4911

acidentes e em 2011 diminuiu para 4647, mas

voltando a subir para 4993 em 2012. Já em 2013

houve novamente uma diminuição, sendo 4540

acidentes, para em 2014, atingir o maior número

desse período, chegando a 5677 acidentes de

trânsito. A estimativa para 2015 é de 5764

acidentes e até março de 2015 são 1441. A

variação é constante de um ano para outro com

maior destaque para o crescimento em 2014

Pode-se observar que na Figura 3, a

frequência de acidentes graves e fatais ocorridos

no perímetro urbano do Município de Palmas –

TO, referentes aos anos de 2010 a 2015, passa por

aumentos e diminuições de um ano para o outro.

De 2010 para 2011 houve uma diminuição de 51

acidentes, mas de 2011 aumentou de 311 para

377 em 2012, voltando a cair para 349 em 2013 e

mantendo-se em queda em 2014, onde

ocorreram 336 acidentes. Quanto à incidência de

acidentes graves e fatais para 2015, a estimativa

é de 324 e até março houve 81. O comportamento

dos acidentes graves e fatais é diferente do total

de acidentes, o pico do período foi em 2012 e

partir daí começou a diminuir. E mesmo com o

aumento nos acidentes totais em 2014, os

acidentes graves e fatais estão reduzindo desde

2012.

Figura 2. Frequência de acidentes de transito, ocorridos no perímetro

urbano do Município de Palmas – TO referentes aos anos de 2010 a

2015.

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito)

Figura 3. Frequência de acidentes graves e fatais, ocorridos no perímetro

urbano do Município de Palmas – TO referentes aos anos de 2010 a 2015.

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito)

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Nas figuras 4 e 5 voltamos a observar o

aumento e redução dos óbitos no decorrer do

período analisado. No ano de 2015 até abril,

observa-se redução em relação a 2014 e no mês

de agosto, voltamos a reduzir com mais de 30

dias consecutivos sem acidentes fatais. Como os

acidentes são multifatoriais, mesmo quando

intensificamos o controle de um fator de risco,

pode não refletir de maneira direta nos acidentes

e óbitos.

Análise Detalhada Tipo de acidente

Conforme a Figura 6, a frequência de

acidentes de trânsito de acordo com a

natureza as colisões são as maiores

causadores de vítimas graves e fatais tanto

no ano de 2013 como em 2014, seguido

pelas quedas que em 2013 foram 45 e em

2014 foram 74. Os atropelamentos vêm em

terceiro lugar com 29 em 2013 e 37 em 2014,

sendo o choque e capotamento em menor

número.

Figura 4. Frequência de acidentes fatais até 30 dias, ocorridos no perímetro

urbano do Município de Palmas – TO referentes aos anos de 2010 a 2015*.

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito)

Figura 6. Frequência de acidentes de trânsito com vítimas graves e fatais

segundo a natureza, ocorridos no perímetro urbano do Município de Palmas

– TO referentes aos anos de 2013 e 2014.

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito)

Figura 5. Frequência de vítimas fatais por mês acumulado, ocorridos no

perímetro urbano do Município de Palmas – TO referentes aos anos de

2014 a 2015*.

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito)

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A Figura 7 mostra a

Proporção de vítimas identificadas

nos acidentes de trânsito como

vítimas graves e fatais, ocorridos no

perímetro urbano do Município de

Palmas – TO entre 2012 e 2014.

Percebe-se que os motociclistas são

as vítimas que mais se acidentam em

Palmas, seguidos pelos pedestres,

ciclistas e condutores de veículos

leves. Em 2012, o número de

motociclistas vítima de acidente

graves e fatais foi discretamente

menor que em 2013, mas com uma

diminuição para o ano de 2014. Em relação aos pedestres esse número de acidente é significativamente

menor sendo que em 2012, o percentual foi maior que em 2013, mas aumentando para 12% em 2014.Esses

acidentes para os ciclistas passou de 5% em 2012, para 6% em 2013, aumentando para 13% em 2014. Com

os veículos leves os dados seguem um parâmetro mais constante, saindo de 6% em 2012 e mantendo-se

em 7% em 2013 e 2014.

Desde o início do PVT, os motociclistas foram os usuários escolhidos para trabalhar as

intervenções e no ano de 2014, o Programa Motociclista Seguro colaborou para a redução nos acidentes

graves e fatais. Os dados nos alertaram para desenvolver ações e intervenções também direcionadas a

pedestres e ciclistas que antes não tinham esse destaque.

ANÁLISE DETALHADA DOS ACIDENTES GRAVES E FATAIS EM 2014

A Figura 9 apresenta o mapa

dos acidentes graves e fatais

em Palmas, apontando o

perímetro onde mais

ocorrem os referidos

acidentes. Nele observa-se

que, em 2014, o destaque é o

número de acidentes na TO

– 050 e em seguida na Av.

Teotônio Segurado, inverso

aos anos anteriores.

Figura 7. Proporção vítima identificados nos acidentes de trânsito com vítimas graves e

fatais, ocorridos no perímetro urbano do Município de Palmas – TO entre 2012 e 2014.

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito)

Figura 9 - Mapa dos acidentes de trânsito com vítimas graves e fatais ocorridos no perímetro

urbano do município de Palmas - TO referentes aos acidentes em 2014.

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito)

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Figura 10. Frequência de acidentes de trânsito com vítimas graves e fatais segundo principais

vias de ocorrência (avenidas e rodovias), ocorridos no perímetro urbano do Município de

Palmas – TO referentes a 2014.

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito)

Em 2014, na rodovia TO-050, que

interliga a região Sul ao Centro e Norte da

Capital, 26 pessoas perderam a vida, vítimas de

acidentes de trânsito. Conforme a Comissão de

Dados do Projeto Vida no Trânsito, 50% das

vítimas fatais do trânsito registradas no

perímetro urbano de Palmas foram na TO-050.

Como principal fator de risco contributivo para

os acidentes na rodovia, está a Velocidade

excessiva, sendo responsável por 33% acidentes,

o álcool e a infraestrutura vem logo a seguir,

sendo cada um responsável por 25% dos casos.

Houve a migração dos acidentes na Avenida

Teotônio Segurado, que foi investido no ano de

2013 em sinalização e fiscalização eletrônica,

além de intervenção em cruzamentos críticos

com colocação de semáforos, que desde o início

do PVT era o destaque dos acidentes graves e

fatais. Outro fator que ajudou a reduzir a

velocidade na Teotônio foi a implantação da

Onda Verde, que através do sincronismo dos

semáforos, os condutores podem pegar todos os

sinais abertos, se permanecerem a uma

velocidade média de 65km/h.

Sendo a Rodovia TO-050 um local crítico

em acidentes de trânsito graves e fatais, a

Prefeitura de Palmas e o Governo do Estado do

Tocantins celebraram o Termo de Convênio nº

01/2014.

Com o convênio estabelecido, a partir de

junho/2015, a Secretaria Municipal de

Acessibilidade, Mobilidade, Trânsito e

Transporte – SMAMTT, começou a instalar

novos radares, do tipo fixo e lombadas

eletrônicas nos principais pontos críticos de

acidentes na rodovia, além das instalações de

radares o município vem realizando a roçagem

nas marginais e implantando toda a iluminação

nas marginais leste e oeste da rodovia, além de

que no mês de junho/2015, também realizou a

escavação na canaleta central da rodovia

evitando assim, retornos em locais proibidos.

Esse foi o maior desafio vencido que desde o

início o convênio estava para ser renovado e não

tínhamos como efetivar as ações planejadas. E

com a assinatura deste convênio, foi possível

ampliar a área do perímetro urbano para análise

e intervenção do PVT.

Nas Figuras 11 e 12, podemos perceber que

os acidentes graves e fatais começam a aumentar

na sexta feira até o final do domingo e as faixas

de horário de maior ocorrência são das 05:00 as

08:59h e das 16:00 as 20:59h, o que deve

direcionar o planejamento da fiscalização, e isso

é muito dinâmico por isso deve ser analisado e

aplicado constantemente no planejamento.

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.

Figura 12. Frequência de acidentes de trânsito com vítimas graves e fatais segundo a faixa de horário,

ocorridos no perímetro urbano do Município de Palmas – TO referentes a 2013 e 2014.

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito

Figura 11. Frequência de acidentes de trânsito com vítimas graves e fatais segundo dia da semana,

ocorridos no perímetro urbano do Município de Palmas – TO referentes a 2013 e 2014.

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito)

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A Figura 13 apresenta as principais

condutas de risco identificadas nos acidentes

com vítimas graves e fatais. Cruzar sem dar

preferência, é uma conduta que de 2011 a

2014, vem sofrendo uma diminuição.

Enquanto que a perda de controle, não

manter a distância mínima de segurança,

cresceram neste mesmo período. A parada

obrigatória foi uma conduta que reduziu de

2011 para 2012, mas se manteve de 2012 a

2013 e voltou a crescer em 2014.

Na Figura 14, observamos um

aumento nos acidentes pelo fator álcool. No

início do PVT, as fontes de informação sobre

a alcoolemia eram somente dos óbitos no

local pelo IML, atualmente e no decorrer do

período (2010-2014), o Samu implantou um

campo na ficha de atendimento, onde os

indícios de álcool são assinalados, no

Boletim de Ocorrência essa informação

melhorou e com os laudos da perícia

também isso foi melhor esclarecido. Não

acreditamos que o fator de risco piorou ou

melhorou, mas a identificação da

informação melhorou muito. Nestes dois

últimos anos o enfoque da Fiscalização e

Educação foram o álcool e direção, com duas

edições “Lei Seca eu Apoio”, uma campanha

de mídia em duas edições. Segundo o

VIGITEL, entre 2012 a 2014 houve uma

redução no consumo do álcool, entre adultos

maiores de 18 anos. Bem como a redução no

consumo do álcool e a condução de veículo.

Melhoria do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM)

A partir dos dados desta comissão, foi

feita a revisão da codificação dos óbitos por

Acidentes de Trânsito do perímetro urbano de

Palmas no SIM. Em relação ao total dos óbitos

ocorridos em Palmas, 11 óbitos em 2012 (14,67

%) e 13 em 2013 (18,57%) houve concordância

com a codificação da área técnica e não foram

alterados. Quando analisamos somente entre

os óbitos do escopo do Projeto foi realizada

uma melhoria de 62,79% dos casos em 2012 e

67,50% dos casos em 2013, onde foi possível

identificar o tipo do acidente e da vítima. Esse

trabalho hoje, é rotina e realizado pela Área

Técnica de Acidente de Trânsito da Secretaria

Municipal de Saúde, com a retroalimentação

do sistema de informação.

.

Figura 13. Proporção dos principais condutas de risco identificados nos acidentes

de trânsito com vítimas graves e fatais, ocorridos no perímetro urbano do

Município de Palmas – TO entre 2011 e 2014*.

Fonte:

SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito)

Figura 14. Proporção da ponderação dos principais fatores de risco identificados

nos acidentes de trânsito com vítimas graves e fatais, ocorridos no perímetro

urbano do Município de Palmas – TO entre 2011 e 2014*.

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito)

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Tabela 2. Frequência de óbitos por Acidentes de Trânsito no ano de 2014 em Palmas, TO por Mês do Óbito

segundo local de ocorrência

Ano do óbito jan. fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total

Ocorrência SIM 4 10 11 13 5 7 10 14 8 11 6 7 106

Residência SIM 6 9 6 8 6 6 5 11 5 3 5 7 77

Óbitos ocorrência do

SIM e não residentes

em Palmas

4 7 7 6 3 4 3 5 3 2 5 4 53

Óbitos ocorrência do

SIM de residentes em

Palmas

4 4 9 6 1 4 4 8 3 1 4 5 53

Óbitos no SIM no

Perímetro do PVT 3 4 6 6 3 5 5 5 5 1 4 5

52

Residentes em Palmas

e fora do Perímetro do

PVT

1 2 1 1 1 2 1 1 2 1 1 0 14

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito)

De acordo com a Tabela 2, pode-se

observar a frequência de óbitos por acidentes de

trânsito no ano de 2014 em Palmas, TO por mês

do óbito, segundo local de ocorrência. Tomando

como base o SIM, em 2014 foram 106 óbitos de

residentes ou não de Palmas. Quanto aos

residentes em Palmas informadas pelo SIM, os

óbitos totalizam 77 em 2014. Outro dado

observado na tabela refere-se Perímetro PVT não

residentes em Palmas e os residentes em Palmas,

que ambos totalizam o mesmo valor, de 53

óbitos em 2014. O último dado da tabela, refere-

se a 14 óbitos de residentes em Palmas, mas que

não foram contabilizados pelo PVT, pois

ocorreram fora do seu perímetro de análise. Essa

análise nos permite ver se o perímetro de análise

está coerente com a realidade de intervenção e

permite alterar quando necessário. Além disso,

também mostra qual deve ser o enfoque das

ações educativas para a população de Palmas ou

do entorno. E realmente, o foco para redução são

os nossos moradores.

Como podemos perceber, 50% dos óbitos

em Palmas não são de residentes em nosso

município, isso em virtude do HGPP ser

referência no estado. A presente tabela 3, fornece

uma série histórica de 2010 a 2014 dos óbitos em

virtude dos acidentes de transporte ocorridos no

Estado do Tocantins. Esses dados foram

organizados de maneira decrescente dentre os

dez municípios com maior índice de óbitos.

Cerca de 30% da incidência dos óbitos no Estado

do Tocantins ocorreram nos municípios cortados

pela BR-153.

A BR-153 é a principal ligação do Meio-

Norte do Brasil com a Região Centro-Sul do país.

Devido a esse fato e somado ao grande fluxo de

veículos, a BR-153 é considerada atualmente

como uma das principais rodovias de integração

nacional do Brasil. A alta velocidade aliada à

imprudência, imperícia e negligência ao dirigir

nas rodovias e nos centros urbanos contribuem

para a ocorrência dos acidentes de transporte.

Os dez municípios deste ranque

respondem por cerca de 36% dos óbitos por

acidente de transporte no Estado. Em

praticamente todos os municípios em questão,

nota-se uma redução do número de óbitos ao

compararmos 2010 com 2011, em virtude de

ações em pró da segurança viária. No ano

seguinte, ocorreu um pequeno aumento dos

óbitos por acidentes de transporte. E já em 2013

e 2014, os índices de óbitos permaneceram

praticamente estáveis conforme a tabela abaixo.

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Tabela 3 - Frequência por Ano do Óbito de Acidentes de Trânsito segundo Município de

Residência - TO

Município

Residência - TO 2010 % 2011 % 2012 % 2013 % 2014 % Total %

Palmas 75 13 56 13 76 14 80 16 80 14 367 14

Araguaína 62 11 52 12 55 10 46 9 66 11 281 11

Gurupi 49 8 30 7 30 6 31 6 31 5 171 7

Porto Nacional 28 5 24 6 30 6 19 4 32 6 133 5

Paraíso do Tocantins

29 5 20 5 7 1 15 3 27 5 98 4

Colinas do Tocantins

22 4 19 4 19 4 20 4 16 3 96 4

Miracema do Tocantins

14 2 13 3 8 2 5 1 8 1 48 2

Formoso do Araguaia

7 1 7 2 18 3 9 2 10 2 51 2

Guaraí 9 2 9 2 12 2 11 2 4 1 45 2

Araguatins 9 2 7 2 13 2 9 2 7 1 45 2

Total dos Selecionados

214 37 162 38 191 36 176 34 209 36 952 36

Total Geral 578 100 426 100 529 100 511 100 581 100 2.625 100

Fonte: SIM, SESAU, set 2015.

Melhoria do Sistema de Informação Hospitalar (SIH)

As internações por Acidentes de

Trânsito (AT) sempre tiveram destaque

no Hospital de Referência em nosso

município, porém os dados não

mostravam a realidade, por problemas

na codificação e faturamento das

autorizações de internação hospitalar.

Porém, a partir de 2014, houve uma

intervenção no processo de trabalho, de

maneira que esta informação está mais

próxima da realidade. Esse processo

teve início quando das análises

nacionais ficávamos em últimos lugares

de taxa de internação por acidentes de

trânsito e primeiros lugares em

mortalidade. Quando começamos a

analisar os acidentes, foi percebido que o

problema era na codificação das autorizações de internação hospitalar (AIH), que era codificado como

sequelas de causas externas. Então foi proposta a implantação de um carimbo nas fichas de atendimento

(com a identificação do acidente e do tipo de vítima) e orientação no setor de faturamento para melhoria

da informação sobre acidente de trânsito. E o resultado pode ser percebido a partir de 2014, não com um

aumento nas internações, mas com a identificação destes casos (Tabela 3). Além disso, o HGPP implantou

a notificação compulsória do acidentes de trânsito na classificação de risco do Pronto Socorro (2014) a

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Na Figura 15, podemos perceber o quanto a

integração das fontes notificadoras é importante

durante o ano de 2014. Somente 22% das ocorrências

foram coincidentes no Banco de Dados do SIOP e do

SAMU, e 29% estavam somente no SIOP e 48% das

vítimas estavam somente no banco de dados do

SAMU, demonstrando o quanto é relevante a

integração das fontes para a construção do perfil e do

plano de ação para a redução dos acidentes em

Palmas.

fim de agilizar as informações para a análise da Comissão de Dados que não precisam aguardar de 90 a

120 dias o retorno das AIH para classificar o acidente como grave (pelo menos 24 h de internação).

Melhoria do Sistema de Informação da Polícia e Agentes de Trânsito

Foi firmada uma parceira junto aos

agentes de trânsito municipais, estaduais e

policiais militares para o uso de um Boletim de

Ocorrência (BOAT) único, instituído pela

Resolução do CETRAN/TO nº 012/2014.

Reconhecemos ser um ponto chave na

identificação dos fatores de risco dos acidentes,

se essa parte for melhor preenchida, toda nossa

análise será qualificada

Melhoria do Sistema de Informação do Atendimento Pré-Hospitalar

No início do processo, tínhamos uma

grande dificuldade de identificar o uso de

álcool relacionado com os acidentes de trânsito

por não haver relatos nas fichas de

atendimento do SAMU. A equipe de análise de

dados sugeriu que a ficha contemplasse este

dado e foi acrescentado um campo onde consta

se a vítima apresenta sinais de uso de bebida

alcoólica.

No início, houve uma certa resistência

por parte dos profissionais em anotar este

dado, porém, foi realizado uma sensibilização

destes profissionais e hoje 90% das fichas

constam se há ou não o indício de uso de

bebida alcoólica. Outra melhoria feita na ficha

de atendimento foi o acréscimo do campo que

informa de a vítima de acidente de trânsito estava trabalhando ou no trajeto do trabalho.

Ganho da informação com o Linkage

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no Trânsito

Figura 15: Frequência de vítimas de acidentes de

trânsito no perímetro urbano de Palmas, TO, 2014

segundo a fonte notificadora da informação.

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DADOS DE FISCALIZAÇÃO

Fonte: SIOP, SIM, SAMU, AIH, HGP, IC (Projeto Vida no

Trânsito

Nesses quadros, pode se observar o

incremento da Fiscalização de álcool a partir de

2013. Melhorias no sistema de Fiscalização:

Junto com o novo modelo de fiscalização

eletrônica que será equipado com o sistema de

OCR (tecnologia para reconhecer caracteres a

partir de um arquivo de imagem) e por modo

não intrusivo, além desses equipamentos, os

agentes passaram a confeccionar os AIT’S (Auto

infração de infração de trânsito) por meio

eletrônico, ou seja, talonário eletrônico, que

neste primeiro momento a SMAMTT receberá 25

equipamentos e no segundo momento mais 30

equipamentos, que também serão repassados

aos agentes do DETRAN-TO e aos policias no

PTRAN (Policiamento de Trânsito).

Ampliação e Modernização da Fiscalização e do Operacional de Trânsito e Transporte

Desde 2005 não havia aumento no

número de agentes de trânsito. Em 2014 foi

realizado concurso público para provimento de

24 vagas para o cargo de agente de trânsito e

transporte, nomeados pelo Ato Nº 1226-NM de

13 de novembro de 2014, podendo ser nomeados

mais 10 agentes do cadastro reserva.

Realizaram-se no ano de 2014, diversas licitações

para aquisição de equipamentos, tais como,

(cones, barreiras, super cones, máquina de

sinalização, uniforme para a equipe de

sinalização) estamos também com processos

montados e em fase de licitação para aquisição

de uniforme para à fiscalização de trânsito,

aquisição de Etilômetros e bocais, rádios de

comunicação HT, motocicletas de 500cc com

todos os dispositivos e melhoria da qualidade

dos veículos.

Atualmente contamos com 78 faixas

monitoradas por radares e lombadas eletrônicas,

24 faixas monitoradas por equipamento

educativo (ponto de espera), 1 radar estático e 1

radar portátil, com a licitação que foi realizada

aumentará para 152 faixas monitoradas por

radares e lombadas eletrônicas, 61 faixas

monitoradas por equipamento educativo (ponto

de espera), 3 radar estático e 2 radar portátil. No

novo contrato temos a implementação dos autos

eletrônicos PDA e ainda todos os equipamentos

a ser instalados serão dotados com o sistema

OCR. Em 2014, foram instalados2 conjuntos de

semáforos no cruzamento da Av. Teotônio

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Segurado com Av. LO-12 e Av. LO-14, ponto que

foi necessário a intervenção com redutor de

velocidade (lombada) para reduzir a velocidade

e os acidentes graves e fatais. Somando-se aos 14

conjuntos de semáforos veiculares e 13 conjuntos

de semáforos de pedestre, todos já instalados e

em pleno funcionamento. Estamos em processo

de conclusão do termo de referência para

aquisição de novos conjuntos de semáforos, no

qual até o final de 2015 contaremos com todos os

cruzamentos da Av. Teotônio Segurado sendo

controlados por semáforos e ainda a instalação

de mais 5 conjuntos para controle veicular em

outros pontos e dobrar a quantidade de

conjuntos para controle de pedestre.

Ações de Educação em Saúde

Como estratégias para realização das ações, tivemos o envolvimento intersetorial para discutir a

Política de Segurança Viária no município, com Campanhas Educativas de grande repercussão como a

“Campanha Eu Me Comprometo”, Empresas Comprometidas com a Vida no Trânsito, exemplo a Foz-

Saneatins, que trabalha com os seus funcionários mudanças de comportamento, mudanças no

deslocamento dos seus funcionários, produção de material educativo, inclusão do tema Trânsito na

Semana de prevenção de acidentes de trabalho, e não só na unidade de Palmas, como nos outros

municípios do Estado. Atualmente com a Campanha Lei Seca eu Apoio e o Amigo da Vez.

Demais ações realizadas:

Realização de blitz educativas e repressivas, em pontos estratégicos da cidade e em pontos onde

ocorrem acidentes, conforme apontado pela Comissão de Dados do PVT.

Duas campanhas de mídia financiadas pela OPAS sobre álcool e velocidade, os dois principais

fatores de risco de nossos acidentes.

Treinamento para Jornalistas que mudou o enfoque das principais notícias veiculadas em nosso

município, agora com o intuito de educação e mobilização social levantando fatores de risco.

Organização das mobilizações nos dias D como: Semana mundial de Segurança viária, Carnaval,

Férias, Semana Nacional do Trânsito, Semana Santa, Maio Amarelo são realizadas em conjunto

pela Sec. De Trânsito, Saúde municipal e estadual, Detran e todas outras instituições afins do

tema, ONG

II Edição do Concurso Eldon Correa de Educação para o trânsito

Projeto Transitando com Segurança

I e II Edição do Concurso Vida no Trânsito de Jornalismo

Aquisição da Escolinha móvel de trânsito para ações educativas

Aquisição de Infláveis

Contratação de artistas para trabalhar com a arte educação as ações educativas0 Utilizando-se

de apresentações artísticas com esquetes específicas para álcool e direção, velocidade,

motociclista e imprudência no trânsito, palestras em escolas e empresas, abordagem em bares e

restaurantes da cidade,

Campanhas de Volta as aulas

Dados da Perícia Técnica em Acidentes de Trânsito

Estudos apontam que em 2013, violência

e ferimentos provocados por acidentes de

trânsito estão no topo da lista de causas de morte

entre brasileiros com idade entre 15 e 49 anos,

resultando em 72.373 vítimas (The Lancelet).

Diariamente, pessoas são vitimadas pela

negligência, imperícia, imprudência, fadiga,

vaidade, pressa excessiva, falta de educação,

desrespeito a legislação de trânsito, dentre

outros fatores. Resta então ao governo, como

alternativa, investir em campanhas educativas,

melhoria da engenharia de tráfego nas estradas,

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tolerância zero para o uso de substância

alcoólica e exigência de itens de segurança nos

veículos.

Quando tudo isso falha e sobrevém o

acidente, no objetivo de conhecer as causas, atua

o Instituto de Criminalística do Estado do

Tocantins, através da Seção de Delitos de

Trânsito na capital e seus Núcleos de Perícia

espalhados pelas cidades do interior.

Os vestígios e as evidências são coletados

na via, no ambiente, nos veículos, nas condutas

do motorista e são denominadas provas técnicas.

Os mais comuns são as marcas pneumáticas, os

fragmentos desprendidos e as deformações

encontradas nas carrocerias, as manchas de

sangue, as posições finais de repouso, bem como

as trajetórias empreendidas por veículos e

pedestres e são considerados elementos vitais

para a elaboração da dinâmica do evento e sua

conclusão, expressa em laudo pericial, que é o

documento oficial emitido pelo perito criminal.

Isso deve responder ao cidadão que visualiza a

via interditada para a realização dos

levantamentos periciais de local, faça chuva ou

faça sol, que o atrasa para seus compromissos, o

quanto é importante para o perito que o local

permaneça o mais real possível. O isolamento e

a preservação do local são essenciais para a

perfeita coleta dos elementos acima elencados,

de qual resultado, trará um causador e sua

respectiva responsabilidade, seja civil ou

criminal.

Por isso, ao se envolver ou presenciar um

acidente de trânsito, evite retirar o veículo do

local, (exceto em casos de socorro às vítimas)

bem como impeça que outros veículos ou

pessoas transitem sobre os fragmentos e demais

marcas deixadas no pavimento, ligando

imediatamente para a Policia Militar (190).

A Seção de Delitos de Trânsito da Capital

já atendeu 809 ocorrências de acidentes com

vítimas de leões e veículos oficiais, no período de

Janeiro a Agosto de 2015.

Dados do Corpo de Bombeiros

Ações para o Trânsito

O Corpo de Bombeiros Militar do

Tocantins – CBMTO, criado no ano de 1992,

começou a atuar nas ruas da Capital ainda de

maneira improvisada nos acidentes de transito,

da mais nova Capital do Brasil. Com o

crescimento populacional de Palmas, a

Corporação teve que enfrentar as dificuldades

com o aumento do número de acidentes de

trânsito envolvendo os distintos meios de

transporte. Muitas foram e ainda são as

iniciativas e fomento que o Corpo de Bombeiros

Militar tem feito para contribuir na minimização

dos acidentes de trânsito em Palmas, em

parceria ou não com outros órgãos afins. A

Corporação possui dentro da estrutura do 1º

Batalhão de Bombeiros Militar, a 1ª Companhia

de Bombeiros que atende a região central e norte,

localizada na quadra 403 Sul, e a 2ª Companhia

de Bombeiros, localizada em Taquaralto que

atende a região sul da capital, o distrito de

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Taquarussu e regiões próximas, até o limite com

Porto Nacional e demais municípios vizinhos.

Em 2014, a Corporação atendeu no

perímetro urbano de Palmas 819 ocorrências,

típicas de acidentes de transito, leves, graves ou

fatais. Para contribuir com redução desses

números, CBMTO tem atuado com palestras e

treinamentos em escolas, empresas e órgãos

intervindo assim de forma direta e indireta na

educação para o trânsito, além de investir na

capacitação dos Bombeiros e aquisição de

modernas viaturas e equipamentos para melhor

atender a população.

A Corporação, além de atuar nos

atendimentos às ocorrências de acidentes de

transito com salvamento e resgate de vítimas,

atua na prevenção como, por exemplo, pontos

bases em pontos estratégicos nos horários de

picos do trânsito, tanto para estar mais perto da

população quanto para deixar o usuário do

trânsito mais atento. E desta forma, contribuir

para a redução do número de acidentes no

trânsito na capital tocantinense.

Atuando nas ruas de Palmas, a

Corporação está cumprindo o seu papel junto à

sociedade, buscando manter a incolumidade das

pessoas e do patrimônio. O Corpo de Bombeiros

está pronto 24horas por dia acionados via

telefone 193. Corpo de Bombeiros Militar do

Tocantins: Vidas Alheias e Riquezas Salvar.

Trabalhos apresentados em eventos

• Projeto de Intervenção para Prevenção de Acidentes de Trânsito com Idosos em Palmas –

Tocantins. Congresso Trânsito e Vida - Fenasdetran 2013. Ações de educação em saúde de forma

intersetorial a partir da análise dos dados do SIM.

• A análise intersetorial como uma estratégia na qualificação da causa básica dos óbitos por

acidentes de trânsito em Palmas-TO/ EXPOEPI 2014

• Informações sobre Acidentes de Trânsito em Unidades de Pronto Atendimento: Uma

Contribuição do Pet-Saúde / Expoepi 2014

• Perfil das vítimas de acidentes de trânsito atendidas em Unidades de Pronto Atendimento na

cidade de Palmas-TO / Fenasdetran 2013

• Relato de Experiência da Área Técnica de Vigilância de Acidente de Trânsito e Transporte da

Secretaria de Saúde de Palmas – Tocantins. Congresso Trânsito e Vida - Fenasdetran 2015

São inúmeros os desafios que

precisamos enfrentar para viver e transitar

nas cidades brasileiras, sem estar sujeitos a

acidentes de trânsito. Um deles é a

mobilidade e acessibilidade das cidades. Em

Palmas, essa realidade não difere das

demais capitais brasileiras, mesmo sendo

uma cidade planejada, apresenta problemas

de mobilidade e acessibilidade urbana,

inerente a uma cidade em fase de

crescimento e desenvolvimento, que

contribuem com os acidentes no trânsito. A

falta de acessibilidade, mobilidade, sinalização e fiscalização são fatores que mais contribuem para os

acidentes de trânsito, considerando que em grande parte da cidade não existem calçadas, faixa de

pedestre e sinalização adequada. O plano de mobilidade foi finalizado agora em maio de 2015.

Outro desafio, é organizar a rede de atendimento do SUS para um atendimento adequado às

vítimas de acidentes leves e graves, buscando evitar que evoluam para óbito, além da melhoria do

atendimento pré-hospitalar a fim de minimizar as sequelas.

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Principais destaques de cada setor

Com o recurso específico para área, foi

possível: a aquisição de dois Kit Catástrofes para

utilização do SAMU no processo de qualificação de

pessoal com os simulados e no atendimento a

acidentes com múltiplas vítimas; adquirir uma

Escolinha Móvel do Trânsito para auxiliar nas

ações de mobilização nos espaços públicos;

financiar produção de material educativo; apoio a

educação continuada da equipe da saúde e do

trânsito; contratação de artistas para a mobilização

social; organização dos processos de trabalho no

atendimento de urgência e emergência as vítimas

de trânsito; propor atendimento de reabilitação,

onde foi possível a equipe da Atenção

Especializada da Saúde inserir o atendimento as

vítimas de acidentes de trânsito na implantação do

um Centro de Reabilitação em Fisioterapia, onde

será implantado agora o monitoramento dos casos

atendidos como sequela dos acidentes, para

dimensionar o problema que até hoje, que por ser

descentralizado o serviço, não era possível;

As atividades da área compõem as

Estratégias de Pro atividade e Participação no PVT.

As práticas instituídas que continuarão:

Gestão da informação de forma intersetorial

Informação direcionando o planejamento das

secretarias envolvidas

Desenvolvimento de ações de educação e fiscalização de

forma integrada

Intersetorialidade

Os dados apresentados nesta

edição são fruto do trabalho e

análise dos bancos de dados da

Segurança Pública (SIOP, Corpo

de Bombeiros, IML).

O Destaque desta edição, foi o

envolvimento de todos os setores,

o que almejamos é ainda mais,

que cada vez tenhamos mais

parceiros do setor público,

privado e sociedade civil para

juntos analisar os perfil dos

acidentes de Palmas, construir

um planejamento integrado e

realizar as atividades propostas.

Também precisamos avançar na

construção dos indicadores de

monitoramento dos Programas

do Álcool, Velocidade e

Motociclista, a tempo de propor

mudanças a fim de alcançar a

meta de redução almejada.

Já avançamos muito na cultura

de Segurança Viária em nosso

município. Vamos continuar

juntos nessa jornada de

Preservação da Vida.

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EXPEDIENTE

Carlos Enrique Franco Amastha

Prefeito de Palmas

Luiz Carlos Alves Teixeira

Secretário Municipal de Saúde

Renata de Oliveira Peres Chaves

Diretora de Vigilância em Saúde

Vandecléia Luciano da Silva

Gerente de Vigilância Epidemiológica

COMISSÃO GESTÃO DE DADOS E INFORMAÇÕES

DO PVT

Coordenação: Zuilton Chagas – SMAMTT

Geraldo Magela– DETRAN

Dunya Wieczorek Spricigo de Lima– Perícia Técnica e

Cientifica

Gabrielly Lopes da Silva -SMAMTT

Eudeane de Sousa Rêgo - SMAMTT

Diana Aleixo – SEMUS

Jessimira Petrilli – SAMU

Simone Gondim – SESAU

Ivana Gripp – Hospital Geral de Palmas

Bruno Sales Cunha – SIOP

Tenente Junior – 1º BPM

Capitão Matos –BM

EQUIPE TÉCNICA

Marta Maria Malheiros Alves

Coordenadora CDANT

Diana Aleixo - Área Técnica DVS

Alexandre Guerreiro - SMAMTT

Zuilton Chagas - SMAMTT

Dunya Wieczorek Spricigo de Lima– Perícia Técnica e

Cientifica

Alex Matos Fernandes – Cap. Bombeiro Militar

Sheila Marcia Machado Barbosa - SESAU

Simone Matias Gondim Silva – SESAU

COLABORADOES

Patrícia Alves de Mendonça Cavalcante

Silvely Tiemi Kojo Souza

INSTITUIÇÕES PARCEIRAS

SESAU – Secretaria Estadual da Saúde;

SEMUS – Secretaria Municipal da Saúde;

DETRAN – Departamento Estadual de Transito;

SMAMTT – Secretaria Municipal de Acessibilidade,

Mobilidade, Trânsito e Transportes;

SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência;

IML – Instituto Médico Legal;

PM – Policia Militar;

IC – Instituto de Criminalística;

CBM - Corpo de Bombeiros Militar