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ADUBAÇÃO VERDE COM LEGUMINOSAS EM POMARES DE CAJUEIRO ANÃO PRECOCE Boletim de Pesquisa Número 31 ISSN 0103-6424 Setembro, 2000

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ADUBAÇÃO VERDE COM LEGUMINOSAS EMPOMARES DE CAJUEIRO ANÃO PRECOCE

Boletim de PesquisaNúmero 31

ISSN 0103-6424Setembro, 2000

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

PresidenteFernando Henrique Cardoso

Ministério da Agricultura e do Abastecimento

MinistroMarcus Vinicius Pratini de Moraes

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Diretor-PresidenteAlberto Duque Portugal

Diretores

Elza Ângela B. Brito da CunhaJosé Roberto Rodrigues PeresDante Daniel Giacomelli Scolari

Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical

Chefe-GeralFrancisco Férrer Bezerra

Chefe Adjunto de Pesquisa e DesenvolvimentoLevi de Moura Barros

Chefe Adjunto de AdministraçãoPaulo César Espíndola Frota

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Boletim de Pesquisa No 31 ISSN 0103-6424Setembro, 2000

ADUBAÇÃO VERDE COM LEGUMINOSAS EM

POMARES DE CAJUEIRO ANÃO PRECOCE

Francisco Nelsieudes S. OliveiraAntonio Agostinho Cavalcanti Lima

Antonio Renes Lins de AquinoJoão Batista Anjos Costa

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© Embrapa Agroindústria Tropical, 2000

Embrapa Agroindústria Tropical. Boletim de Pesquisa, 31

Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Agroindústria TropicalRua Dra. Sara Mesquita 2270Planalto PiciCaixa Postal 3761CEP 60511-110 Fortaleza, CETel. (0--85)299-1800Fax: (0--85)299-1803 / 299-1833E-mail: [email protected]

Tiragem: 300 exemplares

Comitê de PublicaçõesPresidente: Raimundo Braga SobrinhoSecretário: Marco Aurélio da Rocha MeloMembros: João Ribeiro Crisóstomo

José Carlos Machado PimentelOscarina Maria da S. AndradeJosé de Souza NetoHeloísa Almeida Cunha FilgueirasMaria do Socorro Rocha Bastos

Coordenação editorial: Marco Aurélio da Rocha MeloDiagramação: Arilo Nobre de OliveiraNormalização bibliográfica: Rita de Cassia Costa CidRevisão: Mary Coeli Grangeiro Ferrer

OLIVEIRA, F.N.S.; LIMA, A.A.C.; AQUINO, A.R.L. de; COSTA, J.B.A.Adubação verde com leguminosas em pomares de cajueiro anãoprecoce. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2000. 19p.(Embrapa Agroindústria Tropical. Boletim de Pesquisa, 31).

Termos para indexação: Adubação verde; Leguminosas; Coberturado solo; Cajueiro anão; Green fertilization; Leguminous; Soil coverage;Dwarf cashew.

CDD 631.452

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SUMÁRIO

RESUMO .................................................................................................. 5

ABSTRACT .............................................................................................. 6

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 7

MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................ 8

RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................ 10

CONCLUSÕES ..................................................................................... 16

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 16

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ADUBAÇÃO VERDE COM LEGUMINOSAS EM POMARES DECAJUEIRO ANÃO PRECOCE

Francisco Nelsieudes S. Oliveira1

Antonio Agostinho Cavalcanti Lima1

Antonio Renes Lins de Aquino2

João Batista Anjos Costa3

1 Eng.-Agr., M. Sc., Embrapa - Centro Nacional de Pesquisa de AgroindústriaTropical, Rua Dra. Sara Mesquita 2270, Bairro Pici, Caixa Postal 3761, CEP60511-110 Fortaleza, CE.

2 Eng.-Agr., D.Sc., Embrapa Agroindústria Tropical.3 Estagiário, Embrapa Agroindústria Tropical/UFC.

RESUMO - A região litorânea ocidental do Nordeste apresenta uma ex-ploração agrícola muito intensa para atender à demanda de matéria-prima para a agroindústria do caju, com reflexos negativos naspropriedades do solo. Por estas razões, buscou-se avaliar o efeito docultivo do cajueiro anão intercalado com as leguminosas “feijão-de-porco”(Canavalia ensiformes, D.C.), “feijão-lab-lab” (Dolichos lab lab, L.),“cunhã” (Clitoria ternatea, L.), “feijão-guandu” (Cajanus cajan, L.),mucuna-preta (Mucuna aterrima , Piper & Tracy) e cajueiro emmonocultivo. A pesquisa foi realizada em área de produtor, no municípiode Horizonte, Estado do Ceará, no delineamento experimental de blocosao acaso, com quatro repetições e seis tratamentos. A espécie “feijão-de-porco” (Canavalia ensiformes, D.C.) foi a mais promissora em rendi-mento de biomassa e precocidade fenológica, além de promover 100%de cobertura do solo. O melhor rendimento produtivo do cajueiro (294,5kg/ha de castanha) foi obtido a partir do terceiro ano, em cultivo comfeijão-de-porco. No ano seguinte, o rendimento de castanha, no referidotratamento, foi de 1179,0 kg/ha, um acréscimo de 300% em relação aoano anterior e 108,7% em relação à testemunha. As plantas daninhasprejudicaram o rendimento dos adubos verdes de crescimento inicial lento.

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GREEN MANURE WITH LEGOMINOUS SPECIESINTERCROPPED IN DWARF CASHEW ORCHARDS

ABSTRACT -The Brazilian northeastern coastal region presents anintensive agricultural exploitation in order to provide raw material for thecashew nut industry. Such activities can cause considerable soildegradation. This study aimed to assess the effects of intercroppedleguminous species on the dwarf cashew plants growth as well as in thesoil protection, compared with cashew plants grown in a traditional system.The experiment was set in a small holder area, in Horizonte county (stateof Ceará, Brazil), under a randomized block design with 4 replicates and6 treatments. The following leguminous species were tested: Canavaliaensiformes, D.C.; Mucuna aterrima, P.T.; Dolichos lab lab, L.; Clitoriaternatea; Cajanus cajan. The specie C. ensiformes was the mostprecocious, produced the highest amount of green matter and completelyprotected the soil surface. The highest cashew nut productivity (294.5kg/ha) was achieved when intercropped with C. ensiformis, from the thirdproduction year. In the fourth year the nut harvested at the same treatmentwas 1,179.0 kg/ha, 300% higher as compared to the previous harvestand 108.7% higher than control harvest. Weeds hampered thoseleguminous with initial slow growth.

Index terms: Green fertilization, leguminous, soil coverage, dwarfcashew.

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INTRODUÇÃO

A região Nordeste Ocidental brasileira apresenta grande potencialagrícola, com destaque para a fruticultura. Nesta região, o cultivo docajueiro (Anacardium occidentale, L.) é bastante expressivo nos solosdos Tabuleiros Costeiros, que são formações terciárias do grupo Barreiras,presentes ao longo do litoral (Silva et al., 1993). Tais solos são repre-sentados por Latossolos (Oxisols), Podzólicos (Ultisols) e AreiasQuartzosas (Entisols) e têm uso intensivo com a cultura do caju (Oliveira& Ramos, 1995). Embora apresentando relevo plano a suave-ondulado,os solos arenosos da região apresentam uma série de limitações ao cres-cimento e desenvolvimento do cajueiro. O predomínio da fração areiagrossa, os baixos níveis de bases trocáveis, de matéria orgânica e defósforo assimilável são as características desse tipo de solo (Oliveira,1984).

Na região litorânea do Ceará, os solos apresentam problemas dedeficiência hídrica e baixa fertilidade natural. Mesmo assim, tem-se veri-ficado, na região, uma exploração agrícola muito intensa para atender àdemanda de matéria-prima para a agroindústria do caju, marcada pelocrescente e indiscriminado uso de mecanização em substituição ao tra-balho humano.

Várias pesquisas comprovam os efeitos negativos do usoindiscriminado de máquinas e implementos, desde o preparo do solopara plantio até a colheita das culturas, principalmente no que se refereà formação de camadas compactadas e, ou, adensadas, redução daporosidade, drenagem interna (Machado & Brum, 1978; Hulugalle et al.,1984 ; Asady & Smucker, 1989). Essas camadas têm sido consideradasum dos principais fatores de degradação dos solos, levando a um au-mento na densidade do solo (Bodman & Constantini, 1965; Silva et al.,1977; Resck, 1987), à redução da infiltração e à restrição do volume desolo a ser explorado pelo sistema radicular das culturas, à redução nosteores de matéria orgânica (Warkentin, 1971; Aina, 1979; Agboola, 1981;Cintra & Mielniczuk, 1983; Blackwell et al., 1989; Alvarenga et al., 1996).

Algumas alternativas de uso do solo que minimizam o uso corretode máquinas e implementos e, conseqüentemente, os efeitos negativossobre as propriedades e as características deste existem e são bastantecitadas na literatura. Entretanto, tais estudos não se aplicam isolada-mente, em função das especificidades de solo e dos sistemas de manejo

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adotados, próprios para cada cultura. Na opinião de Ramos (1982), devemerecer atenção aquele sistema de manejo que, ao utilizar a terra parafins agrícolas, o faça de modo a preservar ou melhorar as condições dosolo, garantindo seu uso por tempo indeterminado. O uso de leguminosaspara adubação verde e cobertura morta são algumas das opções quepodem ser testadas, uma vez que se aplicam-se diretamente à idéia decultivo mínimo no cultivo do cajueiro.

Portanto, o emprego de leguminosas para adubação verde seconstitui numa alternativa de grande relevância nas áreas de fruticulturanordestina. Dentre os benefícios que ela proporciona são citados a fixa-ção biológica do nitrogênio do ar, o controle de plantas daninhas, oarmazenamento de água no solo, a elevação do teor de matéria orgânica,a redução das perdas de solo e água, a diminuição do encrostamentosuperficial, a redução nas variações de temperatura do solo, o controlede nematóides e a incorporação de nutrientes (Melo Filho & Silva, 1978;Bragagnolo & Mielniczuk,1990; Morote et al., 1990; Pereira et al., 1992;Choudhury et al., 1991; Lourenço et al., 1993; Alves et al., 1995; Ros &Aita, 1996), resultando em maior produtividade das culturas.

Embora sendo a adubação verde uma prática empregada paramelhorar a produtividade do solo e apesar dos benefícios apresenta-dos, vários pesquisadores (Ramos, 1982; Miyasaka et al., 1983; Turriateet al., 1986; Vasconcelos & Pacheco, 1987) enfatizam que esta práticanão está ainda amplamente disseminada entre os produtores brasilei-ros. Quando se considera o cultivo do cajueiro, são pouquíssimos osrelatos sobre o uso desta prática cultural. Diante deste quadro e dasevidências da literatura, desenvolveu-se este estudo que teve comoobjetivo avaliar o efeito do cultivo do cajueiro anão intercalado comleguminosas, verificar os benefícios desta prática e propor alternativasracionais de manejo nos solos arenosos da região Nordeste.

MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada em área de produtor rural, localizada nomunicípio de Horizonte, CE, nas coordenadas 4º 30’ S e 38º 30’ WG.O solo da área experimental é originário de sedimentos arenosos e argi-losos da formação Barreiras. O relevo é praticamente plano, com tre-chos suave-ondulados, onde os declives raramente excedem 3%, numafaixa quase contínua penetrando do litoral para o interior. O clima pre-

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dominante na área experimental pertence à classe AW’ (clima tropical chu-voso), segundo a classificação climática de Köppen (Jacomine et al.,1973).

Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso,com quatro repetições e seis tratamentos, cujo modelo estatístico éYij = m + bi + tj + lij. Através desta equação foram estimados a médiacentral (m), o efeito do i-ésimo bloco (b), o efeito do tratamento (t) eo efeito do erro experimental (l):

m: estima o efeito da média central;

bi: estima o efeito do i-ésimo bloco (i = 1,2,...,4);

tj: estima o efeito do i-ésimo tratamento (j=1,2,...,6);

lij: estima o efeito do erro experimental.

As médias dos tratamentos foram comparadas por meio do testede Tukey ao nível p < 0,05 de probabilidade.

Foram testados os seguintes tratamentos: a) cajueiro anão xguandu (Cajanus cajan, L.); b) cajueiro anão x feijão-de-porco (Canavaliaensiformes, D.C.); c) cajueiro anão x mucuna-preta (Mucuna aterrima, P.& T.); d) cajueiro anão x lab lab (Dolichos lab lab, L.); e) cajueiro anão xcunhã (Clitoria ternatea, L.) e f) cajueiro anão em monocultivo (testemunha).

As atividades tiveram início em fevereiro de 1994, com o plantiode mudas enxertadas de cajueiro anão precoce CCP 76, no espaçamentode 8,0 m x 5,0 m. As covas tiveram as dimensões 0,40 m x 0,40 m x 0,40 m,utilizando-se na adubação de fundação 2,0 kg de esterco de curral, 150 gde superfosfato triplo e 50 gramas de cloreto de potássio. As unidadesexperimentais foram constituídas de 20 plantas, sendo seis úteis e 14de bordadura completa, totalizando 480 plantas estabelecidas numa áreade 2,4 hectares. Cada parcela compreendeu uma área total de 800 m2

(32,0 m x 25,0 m) e 240 m2 (16,0 m x 15,0 m) de área útil.

Logo após o plantio do cajueiro, as leguminosas foram semeadasmanualmente em fileiras distanciadas cerca de 0,40 m e afastadas 1,50 mdo cajueiro, totalizando 30 fileiras de 20 metros lineares por parcela. Asemeadura foi efetuada em sulcos com profundidade variando de 3 a 5centímetros. As sementes de cunhã (Clitoria ternatea, L.) e mucuna-preta(Mucuna aterrima, P.& T.), foram imersas em água quente (80 ºC por trêsminutos), antes da semeadura, a fim de quebrar a sua dormência.

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A inoculação com rhizobium específico de cada leguminosa somente foirealizada no primeiro ano de cultivo. As quantidades de sementes utili-zadas por hectare, corresponderam a 40 kg de guandu, 30 kg de cunhã,140 de feijão-de-porco, 80 kg de mucuna-preta e 40 kg de lab lab. Combase na análise do solo efetuou-se uma adubação mineral de manuten-ção com 50 kg/ha de P2O5, à base de superfosfato triplo, entre fileirasde leguminosas, a partir da segunda semana de plantio.

No decorrer do estudo, anualmente, e a partir do quinto mês desemeadura, as leguminosas foram avaliadas por sua produção de massaverde na época da floração, bem como pela cobertura do solo que pro-porcionaram. A produção de massa vegetal foi obtida pelo peso frescoda biomassa contida numa área de 1,0 m2, separando-se as partes,folhas, flores e hastes. Em seguida, foram submetidas à secagem emestufa a 60 ºC durante 78 horas, para obtenção da matéria seca.

Na avaliação da qualidade de cobertura do solo, efetuou-se umaobservação visual e atribuiu-se notas de 1 a 5. As notas 1, 3 e 5correspondem, respectivamente, a 0% 50% e 100% de área coberta, aopasso que as notas 2 e 4 representaram pontos intermediários da escala.Completado o ciclo vegetativo, as leguminosas foram incorporadas aosolo mediante gradagem (grade de 18 discos) na profundidade de 15centímetros. A produção do cajueiro anão precoce enxertado foi obtidaa partir do terceiro ano de estabelecimento no campo, pelo peso decastanhas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 1, estão sumarizados os resultados das característicasfísico-químicas da unidade pedogenética predominante na área experi-mental, Podzólico Vermelho-Amarelo Plíntico, textura areno-argilosa, compercentuais de areia superiores a 90%, até a metade do perfil.

As características químicas indicam baixos níveis de fósforo (0,09a 0,23 mg/kg) decrescendo em profundidade no perfil e baixos níveis(< 0,06%) de matéria orgânica. O cálcio + magnésio apresentam valoresmédios (2,40 a 2,90 cmol/kg) com tendência a crescer em profundidade.Os níveis de potássio são baixíssimos (< 0,05 cmol/kg) em todos os ho-rizontes do perfil. A saturação de bases (V) variou de 50% a 53%, cons-tituindo-se numa característica eutrófica do solo.

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Resultados referentes à altura da planta indicaram que não hou-ve dirença entre os tratamentos estudados (Tabela 2). Mas vale desta-car que pequenos incrementos ocorreram nas plantas intercaladas comfeijão-de-porco.

TABELA 1. Características físico-químicas do solo Podzólico Vermelho-Amarelo Plíntico, textura areno/argilosa, Horizonte – CE, 1994.

Hori- Profun- Areia Silte Argila Classe texturalzonte didade

(cm)

Ap 0-18 923,9 25,4 50,7 Areia

A2 18-52 908,4 35,7 55,9 Areia

B2 120-172 648,9 61,1 290,0 Franco-areno-argilosa

(g/kg)

Ap 1,40 1,00 0,04 0,28 2,72 2,13 2,65 50 0,52 0,64 0,23

A2 1,80 1,00 0,02 0,21 3,03 1,83 2,85 51 1,04 0,12 0,12

B2 1,60 1,30 0,05 0,39 3,34 1,96 2,91 53 0,09 0,13 0,09

Cátions trocáveis (Cmol/kg) V Al+3 M.O P

Ca++ Mg++ K+ Na+ S H+ Al+ % Cmol/kg (g/kg) (mg/kg)

Análises realizadas no Laboratório de Solo e Agua da Embrapa Agroindústria Tropical.

TABELA 2. Altura de plantas de cajueiro anão precoce (C.A.P.), aos 36meses de idade. Horizonte – CE, 1997.

Tratamentos Altura de planta

(m)

C.A.P. x Canavalia ensiformes, D.C. (feijão-de-porco) 2,02 a

C.A.P. x Monocultivo (testemunha) 1,92 a

C.A.P. x Styzolobium, aterrima, P.T. (mucuna preta) 1,91 a

C.A.P. x Dolichos Lab lab, L. (lab lab) 1,90 a

C.A.P. x Cajanus cajan, L. (feijão guandu) 1,89 a

C.A.P. x Clitoria ternatea, L. (cunhã) 1,87 a

g.l. = 23 g.m.e. = 0,902

Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nívelde 5% de significância

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As características e o desenvolvimento fenológico das leguminosaspodem ser observados na Tabela 3. Os adubos verdes anuais, feijão-de-porco (Canavalia ensiformes, D.C.) e mucuna preta (Mucuna aterrima,P.& T.), apresentaram excelente produção de biomassa e proporciona-ram 100% de cobertura do solo, prolongando o período de tempo emque este permanece coberto durante o ano. Foi verificada diferençaestatística entre o feijão-de-porco e as demais leguminosas pelo testede Tukey a 5% de probabilidade, na produção de biomassa verde. Outravantagem do feijão-de-porco (Canavalia ensiformes, D.C.) consiste nofato de este apresentar rápido crescimento vegetativo, cobrir o solo, sema necessidade de subir na fruteira, como é o caso da mucuna que, em-bora produza grande quantidade de massa verde, é uma leguminosaagressiva, que requer controle específico. Foi observado ataque decigarrinha-verde nos adubos verdes perenes de pequeno porte: feijão-lab-lab (Dolichos lab lab, L.) e cunhã (Clitoria ternatea, L.).

Estas leguminosas possuem crescimento inicial lento, daí anecessidade de maior número de capinas durante o ciclo vegetativo,característico da espécie. Na avaliação do rendimento médio anual debiomassa verde (Fig. 1), a leguminosa feijão-de-porco (Canavaliaensiformes, D.C.) diferiu estatisticamente das demais, com 30.039, 26.562e 31.962 kg/ha, respectivamente, nos anos de 1995, 1997 e 1998. Refe-rida leguminosa foi superada apenas pela mucuna-preta (Mucunaaterrima, P. & T.) no ano de 1996, em decorrência da pluviosidade acimado normal nos meses de fevereiro e março, impedindo a realização dostratos culturais. Em conseqüência, ocorreu intensa competição das plan-tas daninhas com as leguminosas na fase inicial de desenvolvimento.Nos anos seguintes, a produtividade das leguminosas voltou à normali-dade, em relação ao período inicial, observando-se que a média derendimento de biomassa verde do feijão-de-porco (Canavalia ensiformes,D.C.) diferiu das demais leguminosas, com 24.057 kg/ha.

A Fig. 2 apresenta os valores médios de rendimento de castanha,a partir do terceiro e quarto anos de idade da cultura do cajueiro anão.Observa-se que o melhor resultado em 1997 (294,5 kg/ha de castanha)foi obtido com a incorporação do feijão-de-porco (Canavalia ensiformes,D.C.). Este resultado representa um acréscimo percentual de 108,5 emrelação à testemunha (monocultivo). No ano seguinte, o rendimento decastanha no referido tratamento foi de 1.178,9 kg/ha. Isto representaum acréscimo de 300% em relação ao ano anterior e 108,7 em relação àtestemunha, monocultivo, no referido período.

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CONCLUSÕES

1. Das espécies avaliadas, a mais promissora foi o feijão-de-porco(Canavalia ensiformes, D.C.) por apresentar alta produtividade debiomassa verde, precocidade fenológica, excelente cobertura do soloe não favorecer a incidência de pragas e doenças.

2. A mucuna-preta (Mucuna aterrima, P. & T.), apesar de bons atributoscomo adubo verde, apresenta o incoveniente hábito de subir na fru-teira e apresentar ciclo fenológico longo.

3. Melhor desempenho produtivo do cajueiro verificou-se com o cultivointercalar do feijão-de-porco (Canavalia ensiformes, D.C.), em virtudedo eficiente controle das ervas daninhas.

4. A adubação verde surge como uma alternativa viável para os solosarenosos do Nordeste, capaz de proporcionar melhorias nas suas pro-priedades, economia no controle de plantas invasoras e ganhos deprodutividade.

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