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PETRÓPOLIS. BRASIL COMO RE-POVOAR RE UM TECIDO INFORMAL E UM ÂMBITO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL EM AMEAÇA MÚTUA PETRÓPOLIS. RIO DE JANEIRO. BRASIL

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PETRÓPOLIS. BRASILCOMO RE-POVOAR RE UM TECIDO INFORMAL E UM ÂMBITO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL EM AMEAÇA MÚTUA

PETRÓPOLIS. RIO DE JANEIRO. BRASIL

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PETRÓPOLIS. BRASILCOMO RE-POVOAR RE UM TECIDO INFORMAL E UM ÂMBITO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL EM AMEAÇA MÚTUA

A cidade de Petrópolis, a 67 km da capital do Estado do Rio de Janeiro, foi afetada em janeiro de 2011 por inun-dações e deslizamentos de terra devido às fortes chuvas atingiram também a outras cidades na região serrana. Apesar das chuvas de verão serem periódicas e ocorre-rem habitualmente entre Dezembro e Março, a intensi-dade do aguaceiro foi tal que desbordou os sistemas de

emergência causando danos materiais e humanos sem precedentes.

Em geral, os riscos que afetam a região serrana surgem de suas próprias condições orográficas, mas a forte pressão antrópica tem vindo a piorar a situação. O rá-pido processo de crescimento que a cidade sentiu pela

ESTRATÉGIA DEBATE OPPTA:LOCALIZAÇÃO:POPULAÇÃO:ÁREA DE POPULAÇÃO:ÁREA INTERVENÇÃO:OBSERVADORES:COLABORADORES:

INTERLOCUTORES:

COMO RE-POVOAR RE UM TECIDO INFORMAL E UM ÂMBITO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL EM AMEAÇA MÚTUA MADAME MACHADO. Distrito III Itaipava. Prefeitura de Petrópolis. Estado do Rio de Janeiro, BRASIL.total Distrito III Itaipava 13.843 (censo 2010, Instituto Brasileiro de Geografía e Estadística) 16,8 ha41,2 haGUILHERME WISNIK, ISABEL MARTíNEZ ABASCALRACHEL COUTINHO (Universidad Federal Río de Janeiro). MARCELA MÁRQUEZ ABLA SERGIO ABLA. EMBRAERO (Aerofotografía Ltda.)PREFECTURA DE PETRÓPOLIS (Secretaria Municipal de Habitação, Secretaria do Planejamento)

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migração de trabalhadores rurais, especialmente na dé-cada de 70 para dar serviço ao impulso industrial da ci-dade, favoreceram a ocupação desordenada que cresce nos morros e ao longo das margens dos rios propícios a enchentes. Essas ocupações resolvem o problema de ti-pos de habitação com tipologias e localizações que nem sempre são de segurança nem de mínima qualidade.

Esta situação tem vindo a acontecer até hoje, agravada pela ausência de um planejamento vigente e medidas de fiscalização que evitem ocupar as áreas risco ou de proteção ambiental permanente.

Essa invasão de áreas de risco e de proteção ambiental aumentou os graves danos ambientais e humanos que ocorreram em 11-12 de Janeiro de 2011 devido a um processo de mútua pressão do ambiente sobre o ho-mem e do homem sobre o meio ambiente refletido pela ocupação inadequada e pelo desmatamento. Essa pres-são afeta o meio ambiente natural, que desprotegido e encorajado por fenômenos naturais e grandes enxu-rradas, descarga a sua pressão sobre os assentamentos formais e informais.

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PETRÓPOLIS. BRASILCOMO RE-POVOAR RE UM TECIDO INFORMAL E UM ÂMBITO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL EM AMEAÇA MÚTUA

A área de trabalho proposto no Concurso está locali-zado no terceiro distrito, Itaipava, onde as áreas mais afetadas foram o Vale do Cuiabá e Madame Machado, atingidas respectivamente pela enchente do Rio Santo Antônio e pelos deslizamentos de terra que sofreram as encostas dos morros onde cresce Madame Machado.

A bacia do Rio Santo Antônio é um dos limites norte do APA-Petrópolis e, embora esteja fora da área, tem-se beneficiado da presença desta figura. O APA (Área de Proteção Ambiental) é a primeira e uma das áreas mais complexas de proteção ambiental no Brasil, de extraor-

dinária importância no desenvolvimento sustentável da Prefeitura e da região. Funciona como uma figura que impede a degradação dos recursos naturais da área de alto valor ecológico (50% da sua área está coberta por Mata Atlântica). É pioneira na gestão participativa e o seu Conselho Gestor está formado por 78 entidades ci-vis, cujos membros se reúnem para planejar ações de educação, desenvolvimento sustentável e preservação do patrimônio.

DISTRITO DE ITAIPAVA. ÁREAS MADAME MACHADO E VALE DE CUIABÁ AFETADAS PELAS

CHUVAS E ENCHENTES DA BACIA DO RIO SANTO ANTONIO

PREFEITURA DE PETRÓPOLIS E ÁREA APA - Petrópolis (Área de Proteção Ambiental)

APA-Petrópolis

APA-Petrópolis

1

Madame Machado

Madame Machado

1

1

Rio Santo AntônioA

Rio PiabanhaB

B

A

Distrito III. Itaipava

1

distrito IPETRÓPOLIS

distrito IICASCATINHA

distrito IIIITAIPAVA

distrito IVPEDRO DO RIO

distrito VPOSSE

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PETRÓPOLIS. BRASIL

Esta figura permitiu o desenvolvimento do Zoneamen-to Ambiental, desenvolvido pelo Instituto Ecotema, que permite identificar e cartografar atributos ambientais, características sócio-econômicas e vulnerabilidades da região. Com este diagnóstico pode-se prever onde a ci-dade cresce e onde não, dada a vulnerabilidade e falta de terras disponíveis que reúna as condições de habita-bilidade e segurança. Serve, portanto, como uma ferra-menta para o poder público e a sociedade civil para o planejamento e desenvolvimento sustentável.

A forte consciência do problema de risco e, da pressão ambiental que o crescimento urbano informal está cau-sando, põe o problema na agenda de prioridades, tan-to da Prefeitura de Petrópolis como das associações de moradores e empresários, incentivando o trabalho par-ticipativo para agir de forma coordenada na resolução de problemas. Neste sentido, o concurso complementa uma série de iniciativas e ações que estão sendo desen-volvidos em Itaipava, entre os quais podemos destacar o Parque Fluvial da Orla do Piabanha (2007), o projeto Estações de Itaipava (2006), o Parque Estradas das Arcas e iniciativas e propostas de tratamento de borda ao lon-go do Rio Santo Antônio.

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O Concurso OPPTA levanta a questão de COMO RE-POVOAR RE UM TECIDO INFORMAL E UM ÂMBITO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL EM AMEAÇA MÚTUA, que planeja em três escalas: distrital, de bairro (Madame Machado) e de pormenor, tentando propor uma aproxi-mação a diferentes escalas e realidades de um mesmo problema. É importante considerar o projeto em fases progressivas de crescimento e de decrescimento, para encontrar um equilíbrio entre o construído e o meio am-biente.

1. ESCALA DISTRITALNa escala distrital (Distrito III, Itaipava) é proposta uma reflexão sobre os padrões de migração e de crescimen-to futuros, tendo em conta que as áreas potenciais de ação são aquelas que estão fora das áreas de risco e pro-teção ambiental. Responderão a três princípios: estudos de disponibilidade e de adequação enfrentada ao risco; modelos de desenvolvimento sustentável que permitam o equilíbrio ambiental; e o desenvolvimento da habita-bilidade e da habitação concluída por meio de progra-mas participativos e de auto-organização.

2. ESCALA DE BAIRRONa escala de bairro, Madame Machado é uma das áreas de alto risco e, é onde se propõe trabalhar em propostas de decrescimento progressivo que permitam ser aplica-das aos residentes situados em áreas de alto risco ou cujas casas foram afetadas pelos últimos deslizamen-tos de terra. Em paralelo, será interessante reflexionar sobre mecanismos de recuperação e consolidação da envolvente em termos de infra-estrutura e, programas produtivos e equipamentos compatíveis com essa zona que, estando em risco, devem ser consolidados para ga-rantir a minimização de riscos e restaurar o equilíbrio entre o construído e o meio natural.

3. ESCALA DE PORMENORNa escala de pormenor, é proposto trabalhar na defi-nição material e espacial de uma área de Madame Ma-chado, à escolha dos concorrentes, derivada de suas propostas de maior escala. Se valoriza o desenvolvi-mento de habitação anti-deslizamento e sistemas estru-turais e infra-estruturas que garantam a consolidação e melhoria das áreas do bairro já consolidadas que não necessite ser transferida por motivos de risco.

PPPPPPPPP

1

3

2

4

P C

A

B

1

15%

20%

15%

35%

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870

865

810805

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695 700

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0

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785

780

760

765

770

50%

50%

45%

100%

35%

65%

50%

Faça o download completo das bases em:

concurso.oppta.org

ÁREAS MADAME MACHADO E BACIA DO RIO SANTO ANTÔNIO

Madame Machado áreas divididas por características topográficas e de risco

1

3

2Rio Santo AntônioAÁrea de inundaçãoB

Áreas dependente acentuada4